Você está na página 1de 66

CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A. MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO 03


A.1. Disposições gerais 03
A.1.1.Condições Comuns 03
A.1.2. Normas e Regulamentos Aplicáveis 03
A.1.3. Fornecimento 04
A.1.4. Armazenamento 05
A.1.5. Ensaios 06
A.1.6. Recepção de Materiais 07
A.1.7.Remoção de Materiais Rejeitados 07
A.2.Estaleiro. Trabalhos Preparatórios. Piquetagem e Implantação Topográfica 08
A.2.1. Objectivo 08
A.2.2. Critérios de Medição 08
A.2.3. Descrição 08
A.2.4. Levantamento Topográfico da Área dos Trabalhos 08
A.2.5. Piquetagem e Implantação Topográfica 09
A.2.6. Implantação dos Trabalhos 09
A.3. Cimento 12
A.4. Cal 13
A.5.Colas 13
A.6. Argamassas e Caldas de Cimento 14
A.6.1.Fabrico de Argamassas 16
A.7. Azulejos 19
A.8. Betume 19
A.9.Brita 20
A.10.Calcário 21
A.11. Cantarias e Mármores 21
A.12. Fechaduras e Ferragens 21
A.13. Ferro Forjado e Laminado 22
A.14. Ferro Fundido 22
A.15. Geotêxtil 22
A.16. Geodrenos 23
A.17. Gesso 23
A.18. Isolamentos Térmicos 24
A.19. Juntas (Material de Preenchimento) 29
A.20. Ladrilhos Cerâmicos 30
A.21. Louças Sanitárias 30
A.22. Madeiras 31
A.22.1. Madeiras para Estruturas 32
A.22.2. Portas e Guarnições em Madeira 33
A.23. Pavimentos Desportivos - Piso Sintético / All Weather 35
A.24. Pedras Naturais para Revestimentos 35

Página 1 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.25. Pedra para Betuminoso 36


A.26. Saibro 36
A.27. Serralharias 37
A.28. Tijolo Cerâmico de Barro Vermelho 37
A.29. Tintas e Vernizes 37
A.29.1. Primários para rebocos 39
A.29.2. Primários para madeiras 39
A.29.3. Primários para metais 39
A.29.4. Vernizes 41
A.30. Vidros e Espelhos 41
A.31. Zinco 42
A.32. Materiais Não Especificados 42

B. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS E CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO 43


B.1. Disposições Gerais 43
B.2. Alvenarias de Tijolo Cerâmico 44
B.3. Betonilhas 46
B.4. Caboucos 47
B.5. Caixilharia de Alumínio 47
B.6. Cantarias 49
B.7. Carpintarias 49
B.8. Coberturas 50
B.9. Equipamento Sanitário 51
B.10. Rebocos 51
B.11. Impermeabilizações 53
B.12. Revestimento de Pavimentos e Rodapés 54
B.12.1. Mosaicos Pedra, Hidráulicos, Cerâmicos, etc 55
B.12.2. Revestimentos Cerâmicos em Pavimentos 57
B.12.3. Revestimentos Pétreos 59
B.12.4. Pedra e Mármore 59
B.13. Pinturas 60
B.13.1. Pintura a Tinta de Esmalte sobre Madeira 61
B.13.2. Pintura a Tinta de Esmalte sobre Serralharias 61
B.13.3. Pintura com Tinta de Emulsão Plástica em Paredes e Tectos 61
B.13.4. Pintura com Tinta Texturada em Paredes e Tectos 62
B.13.5. Enceramento e Envernizamento de Madeiras 62
B.13.6. Pinturas Em Paredes Exteriores 63
B.14. Serralharias de Ferro 64
B.15. Tectos Falsos em Gesso Cartonado 65
B.16. Vidros 65
B.17. Omissões 66

Página 2 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A. MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

A.1. Disposições gerais

A.1.1. Condições comuns

Os materiais e elementos de construção a utilizar na obra deverão satisfazer as especificações


referidas no presente Caderno de Encargos e as disposições legais em vigor.

Sempre que o Projecto e as Condições Técnicas do Caderno de Encargos não definam as


características dos materiais, ou os pormenores de execução considerados correntes, o
Empreiteiro apresentará a solução que julgue mais adequada, de harmonia com a melhor
técnica de execução, sem mais encargos para o Dono da Obra, atendendo ao definido no
Projecto e no Caderno de Encargos para casos análogos, aos regulamentos e Normas oficiais em
vigor, às obras análogas e aos processos habituais de solução, submetendo estes aspectos da sua
resolução à apreciação da Fiscalização.

Nos casos previstos no número precedente, o Empreiteiro informará a Fiscalização sobre qual o
material e/ou equipamento proposto e os seus processos de aplicação, no período de
preparação da empreitada, e sempre de modo a que as diligências de aprovação não
comprometeram o cumprimento do Plano de Trabalhos em vigor, tendo em conta o prazo em
que a Fiscalização deverá pronunciar-se sobre a decisão.

O empreiteiro poderá propôr a substituição de qualquer especificação de materiais ou elementos


de construção, desde que não contrarie os regulamentos da construção.

A proposta deverá ser feita por escrito, até 30 dias antes da data programada para a execução
dos trabalhos a que se destinam, devidamente fundamentada e indicando,
pormenorizadamente, as características de qualidade a que o material ou elemento de
construção irá satisfazer.

Compete à Fiscalização aprovar ou rejeitar a proposta de substituição, a qual poderá ser


condicionada à alteração das condições administrativas, nomeadamente, prazos e custos.

A decisão da Fiscalização quanto às propostas do Empreiteiro será dada no prazo de 15 dias a


contar da data da sua recepção.

A.1.2. Normas e Regulamentos Aplicáveis

Todos os materiais que se empregam nas obras terão a qualidade, dimensões, forma e demais
características designadas no respectivo projecto, com as tolerâncias regulamentares ou
admitidas nestas Especificações Técnicas.

Devem ser acompanhados de certificados de origem e obedecer ainda a:

a) Sendo Nacionais, às Normas Angolanas, Documentos de Homologação de laboratórios oficiais,

Regulamentos em vigor e Especificações destas Especificações Técnicas;

b) Sendo Estrangeiras, às Normas e Regulamentos em vigor no País de origem, caso não haja
Normas Nacionais aplicáveis.

Página 3 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.1.3. Fornecimento

Todos os materiais necessários à obra serão directamente adquiridos ou explorados pelo


Empreiteiro, sob a sua responsabilidade e encargo, e ficam sujeitos à aprovação da Fiscalização.

Nenhum material pode ser adquirido em obra sem prévia autorização da Fiscalização.

O Empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização, poderá aplicar materiais diferentes dos
previstos se a solidez, estabilidade, aspecto, duração e conservação da obra não forem
prejudicados e se não houver alteração, para mais, no preço.

O facto de a fiscalização permitir o emprego de qualquer material não isenta o Empreiteiro da


responsabilidade sobre o seu comportamento.

Dentro dum critério de equivalência de preço e qualidade dar-se-á preferência a materiais e


produtos da indústria nacional.

Serão da conta do Empreiteiro todos os transportes, cargas, descarga, armazenamentos e


aparcamentos, realizados de modo a evitar a mistura de materiais de tipo diferentes, bem como a
sua conservação e todos os encargos coma arrumação dos materiais e seu acondicionamento.

O Empreiteiro obriga-se a apresentar à Fiscalização, com a antecedência de quinze dias em


relação à data prevista de aplicação na obra, amostra de todos os materiais a empregar,
acompanhadas de certificado de origem, os quais, depois de aprovados, servirão de padrão.

Cumpre ao Empreiteiro fornecer em qualquer ponto do estaleiro e sem direito a retribuição todas
as amostras de materiais para ensaios laboratoriais que a Fiscalização pretenda efectuar.

As amostras serão geralmente tomadas em triplicado e levarão as indicações necessárias à sua


identificação.

As análises, provas e ensaios necessários serão sempre executados pelas entidades que a
Fiscalização entender e por conta do Empreiteiro.

A aceitação e o controlo exercidos pela Fiscalização não reduzem a responsabilidade do


Empreiteiro sobre os materiais utilizados.

Os materiais que não satisfaçam as condições exigidas serão rejeitados, sem excepção, pela
Fiscalização, e considerados como não fornecidos.

Os materiais rejeitados serão retirados pelo Empreiteiro do local dos trabalhos e dos terrenos do
Dono da Obra, no prazo máximo de três dias após a data da comunicação escrita da rejeição,
sem direito a qualquer indemnização ou prorrogação de prazos.

A falta de cumprimento desta determinação confere à Fiscalização o direito de remover a


encargo do Empreiteiro, pela forma que entender, os materiais rejeitados, cabendo ao
Empreiteiro, toda a responsabilidade pela eventual deterioração ou extravio.
O Empreiteiro deverá apresentar amostras de todos os materiais e elementos de construção a
utilizar, as quais, depois de aprovadas pela Fiscalização, servirão de padrão.

A apresentação das amostras deverá ser efectuada até 15 dias antes da entrada do material ou
elementos de construção na obra.

Página 4 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Os materiais e elementos de construção sujeitos a homologação obrigatória só poderão ser


aceites se acompanhados do respectivo documento de homologação passados por um
laboratório oficial.

Quando da entrada dos materiais e elementos de construção na obra, verificar-se-á a


permanência das características da amostra aprovada.

O Empreiteiro é obrigado a comunicar à Fiscalização, no prazo de 48 horas após a entrada no


estaleiro, a chegada de todo e qualquer material ou elemento de construção destinado à obra.

Os materiais e elementos de construção só poderão ser aplicados na obra depois de efectuada a


sua recepção pela Fiscalização.

A aprovação ou rejeição dos materiais ou elementos de construção, pela Fiscalização, deverá ter
lugar no prazo de 10 dias, a contar da comunicação da sua entrada no estaleiro. A aprovação
considera-se dada, tacitamente, se a Fiscalização não se pronunciar naquele prazo, excepto se
for necessário realizar ensaios que exijam maior período de tempo do que o prazo acima
indicado, circunstância que a Fiscalização comunicará ao Empreiteiro.

Serão da responsabilidade do Empreiteiro os encargos resultantes das operações de carga,


descarga e transporte de materiais e elementos de construção.

Os materiais ou elementos de construção deteriorados durante estas operações serão rejeitados.

A.1.4 Armazenamento

Os materiais, equipamentos e outros elementos de construção serão armazenados, ou


depositados, por lotes separados e devidamente identificados, com arrumação que garanta
condições adequadas de acesso e circulação.

Os materiais e elementos de construção deterioráveis pela acção dos agentes atmosféricos serão,
obrigatoriamente, depositados em armazéns fechados que ofereçam segurança e protecção
contra a intempérie e a humidade do solo.

Salvo condições particulares, a decidir pela Fiscalização, poderão ser armazenados ao ar livre os
seguintes materiais e elementos de construção: pedras e elementos pétreos; elementos moldados
de aglomerantes hidráulicos, excepto elementos de gesso; materiais cerâmicos.

O empreiteiro assegurará a conservação dos materiais e elementos de construção durante o seu


armazenamento ou depósito.

Os materiais e outros elementos de construção, existentes em armazém ou depósito, que se


encontrem deteriorados, serão rejeitados e removidos para fora do local dos trabalhos.

O Empreiteiro deverá garantir a existência em depósito das quantidades de materiais e elementos


de construção necessários à laboração normal dos trabalhos.
Será normal a existência em depósito de materiais e elementos de construção que garantam um
mínimo de 30 dias de laboração.

Página 5 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.1.5. Ensaios

Serão sempre realizados os ensaios indicados como obrigatórios nas Condições Técnicas Especiais
deste Caderno de Encargos.

Os ensaios obrigatórios serão realizados por um laboratório oficial ou por um laboratório não oficial
escolhido por acordo entre o Empreiteiro e a Fiscalização.

Sempre que o laboratório não seja oficial, deverá ser garantido o acesso da Fiscalização para
verificação do seu equipamento e das condições de ensaio.

Se a Fiscalização ou o Empreiteiro entenderem ser necessário, serão realizados ensaios qualitativos


de características, para efeito de recepção de materiais ou elementos de construção.

O custo de obtenção, condicionamento e transporte das amostras e de realização dos ensaios


obrigatórios ou previstos no Caderno de Encargos será suportado pelo Empreiteiro.

O custo de obtenção, condicionamento e transporte das amostras e de realização dos ensaios


determinados pela Fiscalização será suportado pelo Dono da Obra, se o ensaio provar que a
qualidade dos materiais está conforme as Normas e Especificações do Caderno de Encargos.

Para os materiais e elementos de construção com homologação controlada por laboratório oficial
não serão exigidos ensaios relativos às características controladas. Não se dispensa, no entanto, a
verificação de outras características, nomeadamente as geométricas.

Sempre que a Fiscalização ou o Empreiteiro entenderem ser necessário, este último executará, a
título de ensaio, protótipos de elementos de construção (portas, bancadas, etc.), ou uma
quantidade não inferior a 6 m2 (ou 6 ml) de determinados acabamentos que servirão de padrão
depois de aprovados pela Fiscalização.

Para a realização de cada ensaio obrigatório, serão colhidas as amostras, ou grupos de amostras,
requeridas pela especificação respectiva. Se o resultado do ensaio não satisfizer, a Fiscalização
rejeitará definitivamente o lote respectivo.

Para a realização de cada ensaio não obrigatório, serão colhidas três amostras ou grupos de
amostras: uma para a Fiscalização, outra para o Empreiteiro e a terceira para resolução de litígios.

As amostras a utilizar pela Fiscalização e pelo Empreiteiro poderão ser ensaiadas em laboratório à
sua escolha.

Baseada ou não em ensaios, a Fiscalização poderá rejeitar provisoriamente o lote respectivo.

Havendo acordo com o Empreiteiro, a rejeição provisória passará a definitiva; em caso de litígio, a
terceira amostra será ensaiada em laboratório oficial.

Se o resultado do ensaio do laboratório oficial não satisfizer, a Fiscalização rejeitará


definitivamente o lote.

As regras de aceitação ou rejeição são as especificadas nas do Caderno de Encargos relativas a


cada material ou elemento de construção.

Se as Condições Técnicas forem omissas, as regras a seguir serão estabelecidas por acordo entre a
Fiscalização e o Empreiteiro, ou recorrendo a parecer de um laboratório oficial.

Página 6 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.1.6 Recepção de Materiais

Os materiais e elementos de construção só poderão ser aplicados na obra depois de efectuada a


sua recepção pela Fiscalização.

Para recepção de cada lote, deverá ser elaborado pelo Empreiteiro um boletim de recepção de
que constarão os seguintes elementos:

- Identificação da obra;
- Designação do material ou do elemento;
- Número do lote;
- Providência;
- Data da entrada na obra;
- Decisão de recepção;
- Visto da Fiscalização

Ao boletim de recepção deverão ser anexados os seguintes elementos:

- Certificado de origem;
- Guia de remessa;
- Boletins de ensaio;
- Documento de homologação ou classificação.

O boletim de recepção e anexos, após visto da Fiscalização, deverão ser integrados no livro de
registo da obra.

A recepção dos materiais e elementos de construção será feita com base na verificação de que
satisfazem as condições e características especificadas neste Caderno de Encargos.

Consideram-se fazendo parte do Caderno de Encargos todos os documentos fornecidos pela


Fiscalização durante as fases de concurso e execução da obra, neste caso desde que
comunicados ao Empreiteiro no prazo de 30 dias antes da data programada para o início dos
trabalhos.

A.1.7. Remoção de Materiais Rejeitados

Os materiais e elementos de construção rejeitados provisoriamente deverão ser removidos para


local da obra que permita a sua identificação e separação dos restantes.

Os materiais e outros elementos de construção rejeitados definitivamente, serão removidos para


fora do local dos trabalhos, no prazo que a Fiscalização estabeleça de acordo com as
circunstâncias.

Em caso de falta de cumprimento, pelo Empreiteiro, das obrigações estabelecidas nos números
anteriores, poderá a Fiscalização fazer transportar aqueles para onde mais lhe convier, pagando o
que for necessário, tudo a expensas do Empreiteiro.

Página 7 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.2. Estaleiro. Trabalhos Preparatórios. Piquetagem e Implantação Topográfica

A.2.1. Objectivo

Definição das condições de execução do estaleiro, das condições de execução dos trabalhos
preparatórios da empreitada, nomeadamente, levantamentos topográficos das áreas de
trabalho, implantação dos trabalhos, etc., e definição do modo de execução da piquetagem e
implantação topográfica da obra.

A.2.2. Critérios de Medição

O custo do estaleiro (construção, manutenção e outros encargos, incluindo todos os materiais e


trabalhos inerentes) de todos os trabalhos preparatórios e da piquetagem e implantação
topográfica da obra são do encargo do Empreiteiro, bem como fornecimento de água, energia,
combustíveis, telecomunicações e todos os outros necessários para o conveniente funcionamento
do estaleiro e execução da obra consideram-se incluídos nos preços unitários fornecidos para os
restantes materiais e trabalhos que constam do mapa de quantidades de trabalho.

A.2.3. Descrição

a) O Empreiteiro obriga-se a cumprir toda a legislação respeitante à construção, do pessoal, nos


estaleiros e segurança no trabalho, incluindo o fornecimento de dispositivos de protecção;

b) Os trabalhos da empreitada não poderão ser iniciados sem que as instalações referidas nos
números estejam construídas ou montadas e em condições de serem habitadas ou utilizadas;

c) Concluída a empreitada, os materiais empregues nestas instalações provisórias são pertença


do empreiteiro;

d) Após a conclusão da obra o Empreiteiro deverá regularizar e reconstruir se necessário todas as


zonas afectadas pelo trabalho e levantamento do estaleiro e de outras obras provisórias.

A.2.4. Levantamento Topográfico da Área dos Trabalhos

a) O Empreiteiro procederá em conjunto com a Fiscalização, ou sob o controlo directo desta, à


verificação do levantamento topográfico fornecido pelo Dono da Obra da área abrangida pelos
trabalhos;

b) Todas as cotas altimétricas serão referidas à mesma cota altimétrica base indicada no projecto;

c) O Empreiteiro fica responsável pelas estacas e marcas colocadas, devendo substituir as que,
por qualquer motivo, desapareçam. Será também responsável pelos prejuízos que possam resultar
da eventual deslocação das estacas e marcas colocadas;

d) O Empreiteiro fornecerá todo o equipamento e pessoal habilitado necessário para levar a


efeito o trabalho;
e) Este levantamento, uma vez aprovado, servirá de base a todas as medições dos trabalhos que
envolvam movimentação de terras.

Página 8 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.2.5. Piquetagem e Implantação Topográfica

Descrição

a) O Empreiteiro deverá executar 3 marcos de betão com aço inox incorporado, que servirão de
pontos principais de referência. Estes marcos destinam-se a efectuar a implantação da obra.

A localização dos marcos bem como a sua forma e dimensões serão definidos pela Fiscalização.

Os marcos deverão ficar concluídos e coordenados de forma a permitirem a implantação


atempada das diferentes estruturas.

Para a definição de cotas altimétricas das estruturas o Empreiteiro deverá recorrer a pontos de
referência fixos, localizados fora da obra e não susceptíveis de sofrer assentamentos ao longo do
tempo;

b) Antes de iniciar qualquer das fases de um trabalho, o Empreiteiro deverá proceder à


implantação do seu traçado e piquetagem, com base em alinhamentos e cotas de referência
fornecidos pelo Dono da Obra. O material topográfico necessário a estes trabalhos será fornecido
pelo Empreiteiro;

c) O plano de implantação e piquetagem será submetido, pelo Empreiteiro, ao Dono da Obra


que o aprovará ou modificará no prazo de 3 dias úteis;

d) O Empreiteiro terá um prazo de 5 dias úteis para verificação no local e apresentação, se for
caso disso, de observações assinalando as deficiências que eventualmente encontre, deficiências
essas que serão objecto de uma verificação contraditória com o Dono da Obra;

e) Na piquetagem dos trabalhos serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com
8 a 10 cm de diâmetro na cabeça, cravadas e numeradas, sendo as cotas das suas cabeças
ligadas às marcações de referência fixas definidas na alínea a)

f) O Empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como recolocá-las à


sua custa em condições idênticas, quer em posição definitiva, quer numa outra, se as
necessidades do trabalho o exigirem, depois de o Dono da Obra ter concordado com a
modificação da piquetagem.

A.2.6 Implantação dos Trabalhos

a) A implantação de toda a obra será feita de harmonia com as indicações do projecto e a partir
dos pontos principais de referência definidos, sendo da inteira responsabilidade do Empreiteiro a
demarcação e implantação correcta de todos os trabalhos a executar.
Na escolha dos pontos principais de referência dever-se-á ter em atenção o desenvolvimento da
obra e os movimentos de terra necessários, de forma a que todas as implantações a executar em
obra se possam sempre relacionar aos pontos principais de referência inicialmente tomados;

b) A tolerância nas implantações e cotas altimétricas é de 5 mm;

c) A implantação pormenorizada da obra compete ao Empreiteiro que deverá rever todo o


sistema de cotas do projecto, nomeadamente eixos de estrutura e elementos de construção, e
proceder à sua conjugação com os desenhos de arquitectura, redes e fluidos e eixos de
arruamentos.

Página 9 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

d) Se não comunicar oportunamente, nos termos das Especificações Técnicas, qualquer omissão
erro ou descoordenação, o Empreiteiro assume inteira responsabilidade pelos mesmos, não lhe
cabendo qualquer direito a reclamação;

e) Os eixos principais de construção serão marcados mediante referências precisas e


permanentes, colocadas fora das obras de escavação, de depósito de terras, de materiais ou na
zona de estaleiro;

f) A implantação pormenorizada referida no número anterior será necessariamente verificada


pela Fiscalização com base no sistema previsto no parágrafo 3, alínea a);

g) A Fiscalização poderá em qualquer ocasião, proceder à verificação das demarcações e


implantações efectuadas, sem que daí resulte diminuição das obrigações e responsabilidades do
Empreiteiro.

A.3. Cimento

O cimento a empregar deverá ser do tipo Portland normal, proveniente de firmas da


especialidade, de inteira confiança do Empreiteiro e da Fiscalização e obedecerá em tudo às
prescrições do Caderno de Encargos para o fornecimento e recepção de cimento “Portland”
normal.

Deverá ser armazenado nas embalagens de origem de 50 kg, agrupado por lotes, de acordo com
a sua origem de 50 kg, agrupado por lotes, de acordo com a sua origem e data de fornecimento,
em armazéns secos e dispostos sobre estrados, de modo a não contarem com o chão, ou sem silos
apropriados, não devendo por via de regra, o período do seu armazenamento ser superior a 90
dias.
O cimento deverá apresentar-se, no acto de aplicação, seco, sem vestígios de humidade e isento
de grânulos. O conteúdo de um saco em que tal não se verifique será provisoriamente rejeitado e
retirado do local dos trabalhos, de acordo com a cláusula REMOÇÃO DE MATERIAIS REJEITADOS. A
rejeição tornar-se-á definitiva se o peso total dos grânulos, metidos no peneiro

ASAM nº 30 (0.59 mm), não facilmente desfeito com os dedos, ultrapassar 5% do peso total.
A Fiscalização poderá, se assim o entender necessário, mandar colher amostras para o ensaio de
todos os lotes chegados à obra.

Normas e Regulamentos Aplicáveis

Legislação

Decreto-Lei nº. 208/85 de 26 de Junho, Regulamento das Características e Condições de


Fornecimento e de Recepção de Cimentos.

Portaria nº. 50/85, de 25 de Janeiro, Regulamento da Marca Nacional de Conformidade com as


Normas de Cimentos.

Decreto-Lei nº. 445/89, de 30 de Dezembro, Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.

Decreto-Lei nº. 349-C/83, de 30 de Julho, Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-


esforçado.

Página 10 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Normas Portuguesas e Angolanas

NP 952 - Cimento “Portland” normal. Determinação do teor em magnésio. Processo


complexométrico.

EP 2064 - Cimentos. Definições, classes de resistências e características

NP 2065 - Cimento. Condições de fornecimento e recepção

Especificações do LNEC

E 229 - Cimentos. Ensaio de expansibilidade sem auto clave

E231 - Cimentos. Determinação do teor em halogenetos

E 49 - Cimento Portland. Determinação do teor em sulfuretos

E 56 - Cimento Portland. Determinação do teor em alcalis solúveis em água

E 59 - Cimento Portland. Determinação da perda ao fogo

E 60 - Cimento Portland. Determinação do resíduo insolúvel

E 61 - Cimento Portland. Determinação do teor em anidrido sulfúrico

E 64 - Cimento Portland. Determinação da massa específica

E 65 - Cimento Portland. Determinação da superfície específica

E 68 - Cimento Portland. Determinação do calor da hidratação

E 66 - Cimento Pozolânico. Ensaio de pozolanicidade

E toda a legislação Angolana vigente no âmbito dos cimentos.

Entregas na obra

a) O ligante será entregue em remessas não inferiores a uma tonelada, quer em sacos quer a
granel;

b) Em cada remessa, o Empreiteiro deve fornecer à Fiscalização um boletim de entrega indicando


a quantidade, o número de remessa, o nome do fabricante, a data da moagem e o número do
certificado de ensaio da fábrica relativo à mesma remessa;

c) O Empreiteiro deve providenciar para que as entregas sejam feitas com a frequência imposta
pelo plano de trabalhos, a fim de ser assegurada a frescura e a suficiência do aglomerante e que
não haja nenhuma suspensão ou retardamento dos trabalhos em consequência da sua falta.

Aprovação ou rejeição

A aprovação ou rejeição dos cimentos será feita no estaleiro da obra, em conformidade com os
resultados das determinações e ensaios de recepção.

Página 11 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A regra de decisão para a aprovação ou rejeição dos cimentos é a seguinte: aprova-se o lote se
todos os ensaios forem satisfatórios; rejeita-se em caso contrário.

Serão rejeitados os sacos de cimento cujo invólucro não esteja em bom estado quer à entrada
para o armazém quer à saída para aplicação.

Todo o cimento que se apresente endurecido ou com nódulos correspondentes a princípio de


hidratação será rejeitado.

Para se conseguir cor uniforme em todos os parâmetros que ficam à vista, utilizar-se-á apenas o
cimento com a mesma cor e proveniente da mesma origem.

Armazenamento

Deverá ser mantido um livro de registo do movimento de cimentos armazenados de forma que,
em qualquer momento, se possa identificar cada remessa.

O tempo de armazenagem não excederá 90 dias.

O cimento fornecido a granel será armazenado em silos metálicos e quando fornecido em sacos
será armazenado em arrecadação fechada, exclusivamente destinada a esse fim, e dispondo
dos requisitos necessários para ser evitada uma acção sensível da humidade.

A.4. Cal

A cal a utilizar poderá ser fornecida sob a forma de cal viva, cal apagada em pó ou cal apagada
em pasta.

A cal viva poderá ser fornecida a granel, ou embalada em sacos ou barricas e deverá ser extinta

imediatamente após a sua chegada à obra, salvo se forem adoptadas disposições que evitem a
sua hidratação ou carbonatação.

Em nenhum caso a cal viva poderá ser armazenada em conjunto com materiais inflamáveis.

A cal apagada em pó deverá ser fornecida embalada em sacos que impeçam o contacto com
o ar e garantam a sua inviolabilidade. Os sacos deverão ter indicação visível da designação do
material, peso nominal, nome comercial do fabricante e marca.

A cal apagada em pó deverá ser armazenada em local fechado, seguro e protegido contra as
intempéries e a humidade do solo.

A cal apagada em pasta será obtida a partir da cal viva ou da cal apagada em pó.

A preparação de cal apagada em pasta a partir de cal viva deverá ser deixada em repouso
durante um período mínimo de 2 semanas.

O armazenamento da cal apagada em pasta poderá ser feito ao ar livre, desde que se adoptem
disposições que evitem o seu contacto directo com o ar.

A Fiscalização poderá solicitar a realização de ensaios para verificação da conformidade da cal


viva e da cal apagada em pó com as Normas Americanas ASTM, respectivamente, Designation

Página 12 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

C50 e Designation C25 quanto a:

- composição química;
- resíduo;
- plasticidade da pasta resultante da sua extinção;
- Formação de bolhas ou grumos, na pasta, durante a sua extinção.

O lote será rejeitado se qualquer um dos ensaios não for satisfatório.

A cal será de boa qualidade, sendo extinta por imersão em tanques ou por aspersão e deverá
satisfazer as seguintes condições:

a) Ser bem cozida, sem cinzas, matérias terrosas, fragmentos de calcário cru ou recozido e isenta
de quaisquer outras impurezas;

b) Ser cozido a mato;

c) Após a extinção, ser isenta de fragmentos resultantes de deficiências ou excesso de cozedura


de calcário;

d) A cal extinta por aspersão guardada em armazéns fechados, para não ficar sujeita à acção
dos

agentes atmosféricos; na falta de armazém poderá ser permitida a sua conservação ao ar livre,
desde que seja coberta, depois de extinta, com uma camada delgada de argamassa de cal e
areia bem alisada.

e) No caso de se empregar cal extinta por imersão, será esta trabalhada sem nova adição de
água.

A cal só poderá ser empregue 24 horas depois de extinta.

A.5. Colas

As colas a utilizar devem assegurar um bom comportamento à humidade, à temperatura


ambiente e devem satisfazer as particularidades dos materiais sobre que são aplicadas.

O Empreiteiro deve apresentar um certificado do fabricante para as colas que são utilizadas na
empreitada em que indique os elementos seguintes:

- Trabalho a que se destina a cola;


- Consistência e viscosidade;
- Tempo de endurecimento, em horas;
- Resistência ao corte, em kgf/cm2, para diversos tempos de endurecimento;
- Resistência ao calor;
- Inflamabilidade;
- Medidas de precaução a tomarem na sua aplicação;
- Tempo de Armazenamento sem perdas de qualidade.

Página 13 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.6. Argamassas e Caldas de Cimento

Objectivo

Fixação das condições a que deverão obedecer as argamassas hidráulicas e caldas de cimento,
utilizadas em obras de construção civil.

Critério de Medição

A unidade de medição é o m3

Normas E Regulamentos Aplicáveis

Decreto nº 445/89, de 30 de Dezembro, Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos e toda a


legislação Angolana reguladora de betões e ligantes hidráulicos.

ASTM C270 - Specification for Mortar for Unit Masonry.

Especificações aplicáveis

Os materiais componentes das argamassas hidráulicas de cimento deverão satisfazer às seguintes


especificações destas Especificações Técnicas:

"Materiais e elementos de construção civil. Água"

"Materiais e elementos de construção civil. Inertes para betões de ligantes hidráulicos e


argamassas hidráulicas"

"Materiais e elementos de construção civil. Cimentos"

Água

À água a aplicar nas argamassas destinadas a reparação de peças de betão imperfeitas deverá
ser adicionado o produto "Sika-Latex" na proporção de uma parte de aditivo para duas partes de
água.

Inertes

Os inertes a utilizar deverão ter a granulometria seguinte:

Peneiro ASTM Retidos acumulados


nº 0
nº 8 0 a 10
nº16 0 a 30
nº 30 20 a 60
nº 50 60 a 90
nº 100 90 a 100

Página 14 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Cimentos

O cimento a utilizar deverá ser Portland normal ou Portland de ferro de finura média. Não deverá
conter cloreto de cálcio.

Composições

a) Indicam-se como composições tipo de argamassas hidráulicas de cimento, a aplicar nas obras
as seguintes:

kg de cimento/m3de inertes Traço (cimento/inerte)


600 1:2
400 1:3

b) Sempre que não haja outra indicação devem ser consideradas as seguintes composições e
dosagens de acordo com o local de operação, tendo em conta que os traços estão expressos em
volumes:

b.l) Rebocos

b.l.l) exteriores em construção civil


. cal hidráulica 1:5
. cal ordinária e cimento 1:1:5

b.l.2) interiores em construção civil


. cal hidráulica 1:7
. cal ordinária e cimento 1:3:7

b. 1. 3) estanques . cimento 1:2

b.l.4) de argamassas imersas frescas em águas


agressivas, como por exemplo águas do mar . cimento 1:1,5

b2) Assentamento de alvenaria

b2.1) tijolo. Cimento 1:6

b2.2) de pedra, em paredes em fundação e elevação. Cimento 1:5

b2.3) de pedra, em muros de suporte. Cimento 1:4

b2.4) refechamento de juntas. Cimento 1:4

b3) Assentamento de forro de cantaria, ladrilhos e azulejos

Página 15 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

b3.1) forro de cantaria ·cimento 1:2

b3.2) ladrilho hidráulico·cimento 1:8

b3.3) ladrilho cerâmico·cimento 1:6

b3.4) azulejos. cal hidráulica 1:7


cal ordinária e cimento 1:2:8

b4) Betonilha .cimento 1:3 a 1:5

A.6.1. Fabrico de Argamassas

Argamassas Hidráulicas

a) As proporções em peso de cimento para agregado fino na argamassa deverão ser as


mencionadas no projecto ou nas Especificações Técnicas;

b) A argamassa deverá ser completamente misturada com a quantidade de água suficiente para
fazer uma mistura homogénea e trabalhável;

c) A argamassa deverá ser usada dentro de meia hora a uma hora a seguir à junção da água aos
materiais secos.

Caldas

As instruções a seguir no fabrico de caldas, a não ser que haja outras resultantes de experiência
sobre caldas, serão as seguintes:

a) Devem conter apenas cimento ordinário Portland e água, a menos que outra indicação conste
do projecto ou seja dada pela Fiscalização;

b) Devem conter água cimento numa relação tão baixa quanto possível, compatível com a
necessária trabalhabilidade; em nenhumas circunstâncias a relação deverá exceder 0,4;

c) Não devem ser sujeitas a segregação de água além de 2%, depois de 3 horas, ou 4% no
máximo, quando medida a l8oC num cilindro de vidro coberto, com cerca de l0cm de diâmetro,
com uma altura de calda da ordem de l0cm; a água deve ser reabsorvida depois de 24 horas;

d)Devem ser misturadas durante um mínimo de 2 minutos, até que se obtenha uma consistência
uniforme.

Recepção

Colheita de Amostras

a) Se a Fiscalização entender serão colhidas amostras de argamassa para ensaios;

Página 16 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

b) A colheita será realizada ao longo do período de fabrico da argamassa correspondente ao


lote respectivo. Cada amostra deverá corresponder a uma amassadura diferente;

c) A resistência à compressão aos 28 dias, à temperatura de l90ºC e à humidade relativa de cerca


de 70%, não deverá ser inferior a 300kg/cm2 para cubos de l0cm de aresta ou cilindros com altura
e diâmetros iguais a l0cm. Se forem usados cilindros com outras dimensões deverá aplicar-se um
factor de conversão.

Transporte a Depósito

a) Depois de fabricados, as argamassas deverão ser transportadas para os locais de aplicação


utilizando meios de transporte limpos e não absorventes, e que não provoquem a segregação dos
componentes. Quando as circunstâncias o permitam, pode o transporte das argamassas ser
realizado por gravidade, por ar comprimido ou por bombagem;

b) Sempre que as argamassas tenham que aguardar algum tempo antes de serem aplicadas,
devem ser depositadas em recipientes ou plataformas estanques, limpas e abrigados.

Nenhuma argamassa pode ser utilizada após ter iniciado a presa.

Argamassa Epoxy

Normas Aplicáveis

American Society for Testing and Materials (ASTM)

ASTM C579 - Test for Compressive Strength of Chemical - Resistant Mortars and Monolithic
Surfacings;

ASTM C58O - Test for Flexural Strength and Modulus of Elasticity of Chemical Resistant Mortars,
Grouts, and Monolithic Surfacings.

Generalidades

a) A argamassa Epoxy consistirá basicamente de uma resina Epoxy endurecedora e de um


agregado inerte bem graduado, apropriado para ser usado em condições climatéricas
desfavoráveis;

b) A argamassa Epoxy deverá ter as seguintes características mínimas e resistência:

bl) Tensão de compressão de 750kg/cm2 quando testado aos 7 dias e a 25ºC de acordo com
ASTM C579;

b2) Módulo de elasticidade de 160 000kg/cm2 quando testado aos 7 dias a 25 oC de acordo com
o ASTM C580.

Mistura

a) A mistura deverá ser feita por um misturador mecânico de acordo com as instruções do
fabricante;

b ) Só serão misturadas as quantidades necessárias ao uso imediato.

Página 17 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Qualquer argamassa que tenha sido misturada, e que não seja usada até ao fim do seu prazo de
duração ou que tenha começado a endurecer, deve ser rejeitada.

A argamassa Epoxy será rigorosamente aplicada de acordo com as instruções e recomendações


do fabricante.

Durante a aplicação da resina a temperatura da superfície deverá ser superior a +5ºC.

Todas as superfícies às quais a argamassa Epoxy venha a ser aplicada deverão estar
perfeitamente secas, limpas e isentas de óleos, gorduras e poeiras.

As superfícies que venham a receber a argamassa Epoxy deverão ser saneadas antes do início da
presa de modo a que os inertes figurem à vista.

Os desperdícios e o lixo devem ser removidos antes da aplicação da argamassa Epoxy.


As superfícies de aço onde irá ser aplicada argamassa Epoxy devem ser limpas e escovadas com
escovas de arame para remover toda a gordura, rebarbas e ferrugem.

A argamassa Epoxy deverá ser protegida da acção de quaisquer cargas por um mínimo de doze
horas depois do assentamento.

Aditivos para Argamassas

Os aditivos para argamassas deverão ser previamente submetidos à aprovação da Fiscalização,


para o que o Empreiteiro fornecerá todas as indicações e esclarecimentos necessários acerca dos
produtos que propuser, incluindo os resultados dos ensaios comprovativos das suas características,
realizados no L.N.E.C.
Os aditivos para hidrofugação de argamassas poderão ser em pó ou líquidos. Os primeiros
deverão ser adicionados e bem misturados ao cimento seco, antes da adição dos inertes e da
água; os segundos serão adicionados e bem diluídos na água da amassadura.

Todos os produtos que venham a ser aprovados, ou sugeridos pela Fiscalização, deverão ser
aplicados em conformidade com as instruções do fabricante e os resultados dos ensaios feitos.

Areia

A areia a utilizar no fabrico de betões e argamassas deve proporcionar-lhes as qualidades


necessárias de resistência, durabilidade, impermeabilidade e peso específico.

Em especial, deverá:

- Ser limpa ou lavada e isenta de terra, substancias orgânicas ou quaisquer outras impurezas,
devendo ser peneirada quando necessário;

- Ter grão anguloso, áspero ao tacto;


- Ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa.

No fabrico de argamassas destinadas a alvenarias, rebocos ou guarnecimentos, deve utilizar-se


areia de grão fino. Para o betão armado deve ser, tanto quanto possível, composta de grãos
finos, médios e grossos, em partes aproximadamente iguais, porém para que a sua composição
granulométrica seja a mais conveniente para a compacidade do betão.

Considera-se areia de grão grosso a que, passando num peneiro de 5 mm, é retirada no peneiro

Página 18 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

de 2 mm; areia de grão médio a que, passando num peneiro de 2 mm, é retirada no de 0,5 mm; e
areia de grão fino a que, passando no peneiro de 0,5 mm, é retirada no de 0,07 mm.

Deverá ser de natureza siliciosa, isenta de matérias orgânicas ou quaisquer outras que
prejudiquem a qualidade das argamassas. Deverá ainda ser limpa, lavada, sem gesso e
submetida a ensaio sobre quantidade de argila. Conterá pelo menos 1/3 de grãos de dimensões
inferiores a 1 mm na sua composição.

A areia a empregar nas drenagens ou calçadas será de preferência calcária ou siliciosa, bem
limpa e isenta de terras.
Deverá ser de grão grosso, rijo e anguloso.

A.7. Azulejos

Os azulejos apresentarão, na face de tardoz, a marca do fabricante, em relevo ou depressão.

Serão de primeira escolha e devem satisfazer as seguintes condições:

a) Serem bem cozidos.

b) Terem textura homogénea e uniforme e não apresentar cravos ou manchas.

c) Apresentarem superfícies bem desenhadas e arestas bem definidas.

d) O vidrado deverá apresentar constância de tom, não deverá ser estaladiço e será
regularmente distribuído.

Os azulejos terão as dimensões especificadas no Projecto.

A.8. Betume

O betume deve ser homogéneo de cor negra e brilhante, isento de água e não fazer espuma
quando aquecido à temperatura de 170 graus.
As características dos betumes serão definidas conforme métodos normais para os ensaios destes
materiais devendo as amostras, para a sua determinação, tomarem-se em recipientes que
contenham cerca de 2 kg, devidamente lacrados e rubricados pela Fiscalização e pelo
adjudicatário ou seu representante oficial.

As características serão as constantes do quadro seguinte:

CARACTERÍSTICAS BETUME PURO 180/200

Peso especifico 1.01 - 1.04


Penetração a 25 graus 180 - 200
Ponto de amolecimento (graus C) 37 - 43
Ponto de inflamação em vaso aberto mínimo (graus) 200 graus
Perda por volatilização (em percentagem) 0.5
Solubilidade no sulfureto de carbono (em percentagem) 99%
Ductilidade em cm 25 graus C 100

Página 19 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.9. Brita

A brita a utilizar no fabrico de betões deve proporcionar-lhes as qualidades necessárias de


resistência, durabilidade, impermeabilidade e peso específico.

A brita deve ser proveniente de rochas que tenham a necessária resistência às intempéries
alternâncias de secura e humidade, variação de temperatura, congelação e degelo.

A brita deve ser isenta de impurezas superficiais -película de argila ou qualquer outro revestimento
- que isolem do contacto com a pasta de cimento.

A existência de outras substâncias não deve ser em quantidade que prejudique a presa, o
endurecimento e as qualidades dos betões e não deve atacar o aço das armaduras.

A brita deverá ter dimensões variáveis adequadas às peças de betão armado a que se destinam
e de forma que, juntamente com a areia, se obtenha a maior compacidade do betão.

A brita para macadame deverá ser dura, não geladiça ou friável, praticamente inatacável pelo
ar ou pela água.
Deverá satisfazer as seguintes condições:

- Apresentar arestas vivas e faces de fractura recente.


- Não apresentar forma lamelar.
- Ser isenta de terra ou outras substâncias estranhas.
- Ter as dimensões compreendidas entre 0.04 e 0.08 m, com a tolerância de 0.01m, para mais ou
menos, até 20% do volume a empregar.

As dimensões serão verificadas por meio de anéis.

Brita para Betão

A brita a empregar, ou seixo anguloso, deverá ser rija, não fendida, não margosa, nem geladiça,
bem lavada e isenta de substâncias que alterem o cimento e com as dimensões variáveis de
forma que conjuntamente com a areia dê maior capacidade ao betão.
Deverão adoptar-se dimensões que permitam a fácil penetração das pedras entre os varões das
armaduras e por entre estas e os moldes.
As dimensões normais serão as que permitem a passagem por um crivo com orifícios de 4 cm de
diâmetro.
A composição granulométrica de pedra britada será estabelecida por meio de ensaios antes do
início da obra quando a Fiscalização o exigir.

Brita para Sistemas Drenantes

A brita a utilizar em drenos deverá ser rija, não fendida, não margosa, bem lavada e isenta de
substâncias prejudiciais e praticamente inalterável sob a acção dos agentes atmosféricos.

A dimensão da brita deverá situar-se entre 5 e 40 mm.

Aos materiais britados são aplicáveis às NP e as Especificações Técnicas do LNEC relativas a estes
materiais.

Página 20 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

De uma maneira geral, deverão possuir as seguintes características:

- resultar de materiais rijos e sãos;


- resistência mecânica e composição química adequadas à utilização a que se destinam;
- ausência de elementos friáveis
- forma não lamelar nem alongada
- ausência de terra, matéria orgânica e outras impurezas em quantidades prejudiciais ao fim a que
se destinam.

O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização a origem e a composição


granulométrica dos materiais a empregar nos sistemas de drenantes.

A.10. Calcário

A pedra de calcário deverá ser dura, não margosa nem geladiça ou friável, praticamente
inalterável pelo ar e pela água.
Deverá satisfazer as seguintes condições:

a) Apresentar arestas vivas e faces de fractura recente;

b) Não apresentar a forma lamelar;

c) Ser isenta de terras e outras substâncias estranhas.

A.11. Cantarias e Mármores

Deverão ser de grão homogéneo e apertado, não geladiços, inatacáveis pelos agentes
atmosféricos, isentos de cavidades, abelheiras, fendas, lesins e limpos de quaisquer matérias
estranhas.
Os leitos e sobre-leitos ficarão em esquadria com os parâmetros aparelhados e sem falha sensível
em toda a sua extensão.
As juntas deverão ser bem desempenadas, em esquadria com os parâmetros e de forma a
apresentarem a menor espessura possível, salvo determinações especiais do projecto.
As pedras deverão ser trabalhadas de forma que assentem sobre o leito de pedreira ou sejam
comprimidas perpendicularmente a esse plano.
Todas as pedras deverão ter acabamento, dimensões e configuração prevista no projecto e
serem executadas de acordo com as condições especiais nele especificadas.
As cantarias serão perfeitamente isentas de quaisquer colorações ou veios, salvo indicações
especiais do projecto.

A.12. Fechaduras e Ferragens

Devem obedecer aos tipos e qualidade especificados no Projecto de Arquitectura.

O empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização os tipos que se aplicar, bem como certificados do
fabricante que indiquem os materiais constituintes das peças, resistência e durabilidade.

Página 21 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.13. Ferro Forjado e Laminado

Os ferros forjados e laminados serão bem fabricados, bem soldados, sem falhas ou outros
quaisquer defeitos, maciços, não quebradiços, maleáveis a quente e frio.

Apresentarão nas fracturas ou cortes, textura homogénea, de grão fino e compacto.

Nos ferros laminados a laminagem deve ser perfeita, sendo expressamente proibido quaisquer
reparações destinadas a encobrir ou remediar algum defeito.

A elasticidade dos ferros não deverá sofrer alteração, quando submetidos a esforços inferiores a
15 kg/mm2.

O ferro de rebites será da melhor qualidade, dúctil, tenaz, de nervo fino e com todos os sinais de
perfeita resistência.

As chapas de ferro de boa qualidade e de espessura uniforme.

As que forem de nervo folheado e apresentarem fenda sob a punção ou se esgaçarem na flexão
sob a tesoura, serão rejeitadas.

Deverão dar corte macio com as máquinas de furar, aplainar ou com a tesoura.

A.14. Ferro Fundido

O ferro fundido será de segunda fusão, bem resistente, compacto e homogéneo, isento de
fendas, bolhas e areias, fácil de trabalhar com instrumentos cortantes e compressível à pancada
do martelo.

A.15. Geotêxtil

O geotêxtil a utilizar deverá exercer a função de filtro através de características de boa


permeabilidade à água e capacidade de retenção das partículas do solo (incluindo as mais finas)
sem colmatação dos poros

As características de permeabilidade à água deverão manter-se inalteráveis mesmo quando


sujeitos a pressões elevadas.

O geotêxtil será de polipropileno (PP) do tipo Polyfelt TS 600, com gramagem não inferior a 200
g/m2, com permeabilidade (permissividade) maior que 10-5cm/s e com diâmetro dos poros DW

(segundo o ensaio de porometria do Franzius Institute) menor que 100 µm.

O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização o tipo e características do geotêxtil


que se propõe utilizar.

O armazenamento dos rolos de geotêxtil em obra será feita pelo Empreiteiro em local apropriado
devendo apenas retirar-se o revestimento de protecção da fábrica no início da sua colocação.
Deverão ser tomados cuidados especiais para evitar uma exposição directa prolongada do

Página 22 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

geotêxtil à acção dos raios solares, poeiras, solos argilosos, ou outros factores que possam afectar
a sua qualidade.

O geotêxtil a utilizar deverá ser durável e imputrescível, mantendo-se inalterável sob a acção dos
agentes físicos e químicos do meio em que será colocado.

A.16. Geodrenos

Os geodrenos a utilizar nos sistemas drenantes deverão ser constituídos por um tubo de PVC
canelado e perfurado com 0 mínimo de 65 mm envolvido por um geotêxtil.

O geotêxtil deverá exercer a função de filtro através de características de boa permeabilidade à


água e capacidade de retenção das partículas do solo (incluindo as mais finas) sem colmatação
dos poros.
As características de permeabilidade à água deverão manter-se inalteráveis ao longo do tempo.

O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização o tipo e características do geodreno


que se propõe utilizar.

O armazenamento dos rolos de geodreno em obra será feito pelo Empreiteiro em local apropriado
devendo apenas retirar-se o revestimento de protecção de fábrica no início da sua colocação.
Deverão ser tomados cuidados especiais para evitar uma exposição directa prolongada do
geodreno
à acção dos raios solares, poeiras, solos argilosos, ou outros factores que possam afectar a sua
qualidade.

O geodreno deverá ser durável e imputrescível, mantendo-se sob a acção dos agentes físicos e
químicos do meio em que será colocado.

A.17. Gesso

O gesso a empregar na obra será de primeira qualidade, de fabrico recente, de cor clara e
uniforme, bem cozido e moído e untuoso ao tacto.
Sendo amassado com água na proporção de 1200 litros desta para 1 m3 gesso, deverá
apresentar no fim de 30 dias de exposição ao ar livre à temperatura de 25 graus, a resistência de
12 kg por cm2 e isento de impurezas.

Os gessos de construção deverão satisfazer ao especificado na NP 315.

O gesso será fornecido embalado e de acordo com o especificado na Norma NP 420.

A Fiscalização poderá solicitar a realização de ensaios para determinação das seguintes


características:

- granulometria por peneiração;


- princípio de presa e do tempo de presa;
- resistência à rotura à tracção por flexão;
- teor em sulfato.

Página 23 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.18. Isolamentos Térmicos

Os projectos de construção de edifícios devem ser elaborados tendo em conta o Regulamento


das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) do Decreto-Lei n.º 40/90 de 6
de Fevereiro. No anexo II do RCCTE são indicados os valores dos coeficientes de transmissão
térmica K, de referência e máximos admissíveis, em função das zonas climáticas (definidas no
anexo III) e do tipo de envolvente.

Os valores de K acima mencionados são facilmente satisfeitos na envolvente opaca horizontal de


edifícios utilizando placas de isolamento térmico do tipo ROOFMATE e considerando todas as
soluções construtivas de coberturas.

No entanto, os valores do coeficiente K preconizados no RCCTE são moderados. A


regulamentação térmica de outros países europeus é já mais exigente, obrigando a valores do
coeficiente K para coberturas exteriores de 0.50 W/m² °C. Assim, para maior exigência e melhor
comportamento térmico da envolvente dos edifícios, devem ser considerados valores do
coeficiente K inferiores, o que facilmente pode ser obtido com maiores espessuras de isolamento
térmico.

Há que ter também em consideração a inércia térmica e o efeito da chuva no cálculo térmico de
uma cobertura invertida.

a) Inércia Térmica
Ao serem aplicadas as placas de isolamento térmico do tipo ROOFMATE sobre o suporte estrutural
da cobertura, é aproveitada ao máximo a capacidade calorífica dos materiais do suporte que,
assim, contribuem com toda a eficácia possível para a inércia térmica do edifício.
Consequentemente melhora-se a estabilidade da temperatura interior frente às alterações da
temperatura exterior, minorando o risco de condensação inerente a eventuais descontinuidades
no isolamento térmico da cobertura (pontes térmicas). Estas descontinuidades devem, no entanto,
ser evitadas;

b) Efeito da chuva no cálculo térmico de uma cobertura invertida


Ainda que a maior parte da água da chuva seja evacuada sobre as placas do tipo ROOFMATE,
uma ínfima quantidade de água poderá passar pelas juntas das placas atingindo o nível da
impermeabilização, sob o isolamento térmico. Este fenómeno poderá implicar um ligeiro
acréscimo das perdas térmicas da cobertura, devido ao escoamento e à evaporação da água
sob as placas de isolamento térmico.

Diversos institutos independentes de construção de toda a Europa levaram a cabo inúmeros


ensaios com o objectivo de medir a influência da água da chuva na temperatura da cobertura,
elaborando, desta forma, o fundamento da espessura de isolamento térmico a aplicar numa
cobertura invertida.

Ficou comprovado que a temperatura superficial interior do elemento estrutural de uma cobertura
invertida durante fortes aguaceiros, é inferior em 1,5 °C (como valor máximo) ao mesmo valor de
temperatura numa coberta tradicional. Esta diferença de temperatura não influi nas condições de
conforto térmico interior, nem origina o fenómeno de condensação.

As perdas térmicas acima descritas podem ser compensadas com um aumento da espessura do
isolamento térmico utilizado, em função da pluviosidade do local de aplicação.

Página 24 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Controlo de Condensações

Na cobertura invertida, a impermeabilização cumpre também o papel de barreira pára-vapor,


uma vez que se encontra sob o isolamento térmico. Por conseguinte, o sistema de cobertura
invertida permite eliminar qualquer risco de ocorrência do fenómeno de condensação intersticial,
já que a membrana de impermeabilização / barreira pára-vapor mantém-se quente e a
temperaturas muito acima da temperatura de ponto de orvalho.

O método que permite analisar o risco de ocorrência de condensação baseia-se no desenho dos
gráficos de perfil de temperaturas e de pressão de vapor (pressão de saturação e pressão real)
correspondentes à cobertura.

O procedimento de cálculo está descrito na norma europeia EN 13788, baseada na norma alemã
DIN 4108 (diagrama GLASER de pressões de vapor).

A informação necessária para a realização deste cálculo é a seguinte:

Temperatura e condições higrotérmicas interiores e exteriores;


Espessura de cada camada componente da cobertura;
Condutibilidade térmica (ou resistência térmica) de cada camada componente da cobertura;
Resistência à difusão do vapor de água de cada camada componente da cobertura.

Utilizando estes dados é possível obter o perfil de pressão de vapor através da cobertura. Se a
linha de pressão real cruzar ou tocar a linha de pressão de saturação, haverá lugar a
condensação na cobertura.

Há que realçar que quanto maior for a resistência à passagem de vapor de água de um material
isolante, menor será o risco de condensação.

Impermeabilização

Através da protecção adicional que o sistema de cobertura invertida assegura à membrana


impermeabilizante, pode admitir-se qualquer solução de impermeabilização usada em cobertura
tradicional, obtendo-se, para uma mesma membrana impermeabilizante, maior durabilidade.

Quando se preveja a aplicação de uma lâmina sintética de PVC, deverá consultar-se o seu
fabricante acerca da compatibilidade entre a sua formulação específica e o XPS. Na maior parte
dos casos é suficiente prever-se a colocação de um feltro sintético não-tecido (poliester,
polipropileno), de massa unitária superior a 100 g/m², a colocar entre a lâmina de PVC e o XPS.

Como incompatibilidades conhecidas, não são aceitáveis sistemas de impermeabilização que


contenham solventes e possam emiti-los durante ou após a aplicação das placas de isolamento
térmico em poliestereno extrudido (XPS), assim como qualquer impermeabilização à base de
alcatrão (embora sejam recomendáveis sistemas betuminosos).

O intervalo de pendentes recomendadas é de 2% a 5%, chegando o limite superior a 10% no caso


de protecção com lajetas sobre apoios pontuais. Pode ser admitida uma pendente inferior a 2%
tendo em conta a adopção de soluções particulares de impermeabilização.

Nos remates da impermeabilização com elementos emergentes da cobertura, a

Página 25 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

impermeabilização deve elevar-se pelo menos 150 mm acima da camada de protecção pesada.

Comportamento Mecânico

Como referido anteriormente, em conjunto com os valores da resistência à compressão a “curto


prazo”, há que considerar a fluência ou deformação a longo prazo sob carga permanente.
Nos métodos de ensaio e cálculo para determinar a fluência (como a norma de ensaio NP EN
1605) é admitida uma deformação máxima de 3%.

No caso das placas do tipo ROOFMATE SL assegura-se uma deformação a longo prazo, sob cargas
permanentes, inferior ao limite admissível, estabelecendo um limite de carga permanente igual a
1/3 do valor mínimo admissível para a resistência máxima à compressão: 300 kPa / 3 = 100 kPa (10
ton/m², 1 kg/cm²).

Numa cobertura invertida, deve ser aplicada, sobre a superfície de isolamento térmico (do tipo
ROOFMATE SL), uma protecção pesada cuja execução deve acompanhar a instalação das
placas isolantes, com o objectivo de:
Proteger as placas XPS das radiações ultravioletas;
Evitar o levantamento das placas isolantes devido à acção do vento;
Evitar a flutuação das placas isolantes provocada por uma eventual presença de grandes
quantidades de água na cobertura.

No caso das coberturas não acessíveis (visitáveis para manutenção), a protecção das mesmas
deverá ser constituída por uma camada de seixo rolado lavado de granulometria nominal 16/32
mm (solução preferencial) ou por uma camada de brita lavada de igual granulometria. A
espessura desta camada de protecção deve ser igual à espessura das placas do tipo ROOFMATE
SL e nunca inferior a 50 mm.

Entre a camada de protecção e as placas de isolamento térmico, deve ser interposto um feltro
sintético não-tecido de massa compreendida entre 100 e 150 g/m². Este feltro, que deve ser
permeável ao vapor de água e resistente à radiação ultravioleta, bem como compatível com o
XPS, tem como funções a protecção a protecção mecânica das placas de isolamento em
relação ao seixo ou brita, e a filtragem de elementos finos que poderiam acumular-se sobre a
impermeabilização e contribuir para a sua degradação.

Nas coberturas de edifícios localizados em zonas muito expostas à acção do vento ou com altura
superior a 8 m, a protecção de seixo ou brita deve ser substituída, numa faixa periférica junto à
platibanda, por uma protecção de lajetas dispostas sobre uma camada de gravilha. Esta faixa
periférica deve ter uma largura igual a 1/8 da largura em planta do edifício, com um mínimo de 10
m.
As zonas de circulação para manutenção devem ser providas de uma protecção idêntica à
recomendada para coberturas acessíveis.

No caso das coberturas acessíveis à circulação e permanência de pessoas a protecção deve ser
constituída por lajetas de betão sobre apoios pontuais com uma altura mínima de 20 mm e
dimensionados de modo a que a pressão de contacto sobre as placas do tipo ROOFMATE SL seja
inferior a 60 kPa.

Em alternativa, poderão ser consideradas lajetas assentes numa camada d 25 mm de gravilha de


granulometria nominal 4/8 mm aplicada sobre um feltro sintético não-tecido com 100 a 150 g/m²,
ou lajetas de betão providas de rasgos na face inferior que permitam o fácil escoamento das
águas pluviais.

Página 26 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A espessura das lajetas não deve ser inferior a 40 mm, devendo ser aumentada em função da
espessura das placas do tipo ROOFMATE SL. As juntas entre lajetas devem ser mantidas abertas.

Em relação às coberturas ajardinadas a protecção das mesmas deve compreender


essencialmente as seguintes camadas:

Feltro sintético de protecção mecânica;


Camada drenante;
Camada filtrante;
Camada de suporte da vegetação (substrato) e respectiva vegetação.

A camada drenante, com uma espessura mínima de 100 mm, pode ser realizada com base em
materiais granulares, como seixo rolado de granulometria 20 a 30 mm, aplicado sobre feltro
sintético não-tecido com 100 a 150 g/m².

A camada filtrante que deve assegurar a retenção da camada suporte da vegetação e


sobretudo dos seus elementos mais finos, deve ser permeável à água e ter uma boa resistência ao
punçoamento e ao rasgamento. A título indicativo, podem-se indicar feltros de fibras de
polipropileno ou poliester. O substrato deve ter uma espessura adaptada ao tipo de vegetação
prevista. Em geral, a espessura mínima desta camada é de cerca de 300 mm.

Poderá ainda ser equacionado um sistema extensivo, em que o substrato tem uma espessura que
varia entre os 60 e os 120 mm. Neste caso, a vegetação não deverá necessitar de cuidados
especiais nem de rega periódica (habitualmente, vegetação rasa).

Protecção Ligeira

Todas as protecções descritas anteriormente são protecções pesadas, que implicam, geralmente,
uma carga que representa pelo menos 80 kg/m². Quando, por razões estruturais (quer em obra
nova, de recuperação ou de reabilitação), seja intenção do projecto a utilização do sistema de
cobertura invertida com o menor número valor possível de sobrecarga, utilizar-se-ão as placas de
isolamento térmico do tipo ROOFMATE LG. Estas placas têm um peso de 25 kg/m² e não requerem
meios especiais para o seu manuseamento, uma vez que a sua ligeireza permite que sejam
manuseadas por uma pessoa.

As placas do tipo ROOFMATE LG são constituídas por uma base de isolamento térmico ROOFMATE
e uma camada de argamassa com 10 mm de espessura, assente em toda a superfície da espuma
de isolamento. O seu perfil macho-fêmea (nos bordos longitudinais) assegura um encaixe perfeito
entre placas de ROOFMATE LG quando aplicadas.

Uma cobertura isolada termicamente com placas do tipo ROOFMATE LG oferece todas as
vantagens da cobertura invertida e, adicionalmente:

As placas podem ser utilizadas nos casos em que a estrutura da cobertura apenas possa suportar
uma carga adicional mínima;
Numa única operação são executados o isolamento térmico e o acabamento, sem haver a
necessidade de aplicação de seixo ou brita, o que permite uma economia de mão-de-obra;
Permite o acesso para manutenção sem a necessidade de instalação de lajetas de betão
adicionais. Importa no referir que as placas de isolamento térmico do tipo ROOFMATE LG não se
destinam a ser aplicadas em coberturas acessíveis, mas apenas visitáveis.

As pacas do tipo ROOFMATE LG podem ser aplicadas com pendentes que variem de 1% a 5%. No
perímetro da cobertura, os bordos das placas do tipo ROOFMATE LG devem ser protegidos contra

Página 27 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

a radiação solar e a acção do vento que possa implicar uma tendência de levantamento. Os
muretes de periferia devem ter uma altura mínima de 50 mm a partir da superfície superior das
placas de isolamento a partir da superfície superior das placas de isolamento.

Na maior parte da superfície da cobertura, a junta macho-fêmea (que proporciona um bom


encaixe se as placas forem bem encostadas) e o peso das placas do tipo ROOFMATE LG são
factores suficientes para evitar o efeito de levantamento provocado pela sucção originada por
ventos fortes.

Nas zonas de perímetro e de encontro com elementos emergentes (clarabóias, chaminés, etc.)
deve ser criado um peso adicional, como forma de complementar o disposto no parágrafo
anterior e assegurar a total segurança contra a acção do vento. Este peso adicional pode ser
criado de duas formas:

Através da colocação de lajetas de betão (com 600 x 600 x 50 mm), a formar um percurso
fechado;
Através de uma fixação mecânica ou colagem das placas.

A superfície de argamassa das placas do tipo ROOFMATE LG poderá, em circunstâncias


específicas e pontuais, apresentar algumas fissuras que, no entanto, não contrariam o propósito
de fornecer uma protecção ligeira à base isolante e não implicam nenhuma degradação,
térmica ou mecânica, da base em XPS.
Isolamentos (Roofmate)

Instalação das Placas do Tipo ROOFMATE SL

A colocação das placas do tipo ROOFMATE SL deverá ser feita imediatamente após executado o
sistema de impermeabilização, devendo as mesmas ser dispostas directamente por cima da
impermeabilização sem qualquer forma de fixação.
Quando, pela natureza da membrana de impermeabilização, exista o risco de aderência total
entre o isolamento térmico e a impermeabilização, recomenda-se a interposição de um feltro
sintético não-tecido com 100 a 150 g/m2.

As placas de isolamento térmico devem ser aplicadas numa única camada, com juntas
transversais desencontradas e devem ficar bem encostadas umas às outras.
No encontro com pontos singulares onde a cobertura tenha aberturas (clarabóias, ralos,
chaminés, etc.), as placas do tipo ROOFMATE SL podem adaptar-se mediante cortes ou orifícios
facilmente executados com ferramentas tradicionais de carpintaria ou um instrumento cortante.
Na união com platibandas e muretes, as placas devem adaptar-se através de um corte em bisel,
de forma a reduzir ao máximo o efeito de eventuais pontes térmicas.
Dada a leveza das placas do tipo ROOFMATE SL, a aplicação da protecção pesada deve
acompanhar a aplicação das placas isolantes.
Deve ser empregue um feltro sintético não-tecido com 100 a 150 g/m2 entre a protecção pesada
e as placas de isolamento térmico para evitar a formação de depósitos de sujidade sobre a
membrana impermeabilizante e para proteger o XPS contra a eventual acção da radiação
ultravioleta.

Instalação das Placas do Tipo ROOFMATE LG

A colocação das placas do tipo ROOFMATE LG deverá ser feita imediatamente após executado o

sistema de impermeabilização, devendo as mesmas ser dispostas directamente por cima da


impermeabilização sem qualquer forma de fixação.

Página 28 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Quando, pela natureza da membrana de impermeabilização, exista o risco de aderência total


entre o isolamento térmico e a impermeabilização, recomenda-se a interposição de um feltro
sintético não-tecido com 100 a 150 g/m2.
As placas de isolamento térmico devem ser aplicadas com juntas transversais desencontradas e
devem ficar bem encostadas umas às outras. As placas situadas nos extremos de cada fiada não
devem ser cortadas ou, como mínimo, apresentar um comprimento igual a metade do
comprimento total de uma placa do tipo ROOFMATE LG. Quando tal não for possível, o troço de
placa sobrante deve ser aplicado na zona central da cobertura.
Na entrega com pontos singulares onde a cobertura tenha aberturas (clarabóias, ralos, chaminés,
etc.), as placas do tipo ROOFMATE LG podem adaptar-se mediante cortes ou orifícios facilmente
executados com uma serra radial. Deve ser deixada uma junta entre a placa e o elemento
emergente com 5 mm.
Na união com platibandas e muretes, as placas devem adaptar-se através de um corte em bisel,
de forma a reduzir ao máximo o efeito de eventuais pontes térmicas.
Na zona de alteração de pendente, a argamassa de revestimento das placas deve ser cortada
com uma serra radial ao longo da linha de alteração de pendente. Desta forma reduz-se a acção
de flexão do painel isolante.

Deverá ser colocado um peso adicional ou executada uma fixação suplementar na fiada de
placas situada no perímetro da cobertura ou junto aos elementos singulares e emergentes.

Precauções de Utilização

As placas de isolamento térmico do tipo ROOFMATE sofrem alterações dimensionais irreversíveis


quando expostas a altas temperaturas por longo período de tempo. A temperatura máxima de
trabalho, em serviço permanente, é de 75 °C. Estas placas, em contacto directo com substâncias
ou materiais que contenham componentes voláteis, ficam expostas ao ataque de solventes. Ao
ser seleccionada uma cola ou outro meio aderente, devem ser tidas em conta as recomendações
do fabricante no que diz respeito à sua compatibilidade com a espuma de poliestireno.

As placas do tipo ROOFMATE podem ser armazenadas ao ar livre. Não são afectadas por chuva,
neve ou gelo. A sujidade acumulada pode ser facilmente lavada. Se as placas são armazenadas
por um longo período de tempo, devem ser protegidas da luz solar directa, de preferência na sua
embalagem original.

Estas placas contêm um aditivo retardante de chama a fim de evitar a ignição acidental
proveniente de uma pequena fonte de incêndio. No entanto, as placas são combustíveis e ardem
rapidamente se expostas a fogo intenso. Todas as classificações relativas à reacção ao fogo
baseiam-se em ensaios realizados em pequena escala e poderão não reflectir a reacção do
material perante condições de fogo real.

A.19. Juntas (Material de Preenchimento)

Normas e Regulamentos Aplicáveis

ASTM D 1190 - 74
ASTM D 1850 - 67
ASTM D 1751 - 73
ASTM D 3542 - 76
ASTM D 1490

E toda a legislação Angolana para juntas e estanquelidade das mesmas.

Página 29 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

a) O material para o preenchimento das juntas deve possuir características de deformabilidade


adequadas para acompanhar os movimentos das juntas sem prejuízo das suas qualidades elasto-
plásticas, de acordo com os desenhos de construção do projecto;

b) Deverá, além disso, constituir um preenchimento estanque, praticamente incombustível e


capaz de conservar todas as suas propriedades, não endurecendo, fedendo, estalando ou
enxugando, quando sujeito a temperaturas variando entre -10ºC e +60ºC;
c) Serão realizados os ensaios necessários para comprovação das características estipuladas.

A.20. Ladrilhos Cerâmicos

Os ladrilhos a empregar na obra deverão satisfazer às seguintes condições:

a) Ter dimensões bem definidas;

b) Ter coloração uniforme e constante para os tons;

c) Ter textura homogénea, de grão fino;

d) Não ter fragmentos calcários ou outras quaisquer impurezas;

e) Serem bem cozidos, duros, sonoros, não estratificados, sem fendas, bolhas ou fracturas;

f) Ter espessura uniforme, de arestas vivas e sem rebarbas;

g) O volume de água absorvida, após 28 dias de imersão, não deve exceder 6% do volume total
do ladrilho;

h) No ensaio à compressão devem apresentar, quando secos, uma resistência mínima de rotura
de 1000 kg/cm2;

A.21. Louças Sanitárias

Todas estas peças serão de louça cerâmica de primeira escolha, bem desempenadas e de
conformação regular.
Serão bem cozidas, sonoras e apresentando nas fracturas textura homogénea, uniforme e de grão
fino.

O vidrado será perfeito, de espessura uniforme, isento de poros ou bolhas bem aderente à massa.
Serão rejeitadas todas as peças que se apresentarem com fendilhações ou estaladas.
Todas as louças terão coloração uniforme.
As louças serão fornecidas em número e do tipo indicado no projecto, incluindo todos os
acessórios necessários ao seu funcionamento que quando metálicos serão cromados.

A Fiscalização só autorizará o fornecimento e assentamento de louças que tenham sido


submetidas previamente à sua aprovação.

Página 30 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.22. Madeiras

A madeira é um produto natural. Estando a árvore condicionada, durante o seu desenvolvimento,


por um grande número de factores não é possível obter, dentro da mesma espécie florestal e até
na mesma árvore, duas amostras iguais. A análise do corte transversal de uma árvore permite
distinguir em quase todas as madeiras, uma série de camadas concêntricas que são os anéis de
crescimento anual. Os anéis serão tanto mais largos quanto mais rápido for o seu crescimento e
mais estreitos quanto mais lento o mesmo tiver sido. O primeiro caso dá origem a madeira de veios
e o segundo a madeira de veios finos.

A madeira contém uma humidade elevada que em alguns casos ultrapassa os 100%. Para ser
trabalhada deve ser seca e a sua humidade final deverá ajustar-se às condições de ambiente do
local onde for aplicada.

Os valores geralmente recomendados são:


Carpintaria exterior: 17+ 2%
Carpintaria interior:
Locais com aquecimento intermitente: 15 + 2%
Locais com aquecimento contínuo a uma temperatura entre 12-18 °C: 12 + 2%
Idem mas com temperatura entre 20-24 °C: 10 + 2%
Locais próximos de fontes de calor: 8 + 2%

A secagem ao ar é um processo muito lento, impreciso e dependente das condições


atmosféricas. A secagem artificial, em estufa, é um processo rápido, preciso e seguro, mas requer
muita

experiência e conhecimentos sobre a tecnologia da madeira. Após secagem e antes de ser


trabalhada, a madeira deve ser armazenada, sob condições de humidade controlada, para
estabilização.
Folha de Madeira

As características e beleza de uma folha de madeira estão muito relacionadas com o modo
como se faz o corte e como se apresenta depois de unida. O corte pode ser feito perpendicular
ou tangencialmente aos anéis de crescimento. No primeiro caso obtém-se aquilo a que
vulgarmente se chama folha listada e no segundo caso folha figurada. Em geral a sua espessura
situa-se entre 0.5 e 0.7 mm.

Na folha listada o tronco é serrado em quartos (“Quartier”) no sentido longitudinal. A folha, obtida
por corte feito perpendicularmente aos anéis de crescimento, fica com velos razoavelmente
direitos, paralelos e estreitos.

Na folha figurada, de acordo com o seu diâmetro, o tronco é serrado a meio no sentido
longitudinal ou simplesmente esquadrejado. A folha, obtida por corte feito tangencialmente aos
anéis de crescimento, apresenta no seu centro veios com o aspecto de arcos de parábola
bastante alongados e na zona lateral veios razoavelmente paralelos.

Após o corte, seja folha listada ou figurada, esta é seca a 10-14% de humidade e colocada em
lotes nos quais mantém a mesma sequência que se obtém durante o corte. Quando se pretende
obter uma face para um revestimento de qualidade, só as folhas de um mesmo lote e unidas
segundo a sua sequência de corte podem ser utilizadas. Cada par de folhas é aberto como as
páginas de um livro e unidas topo a topo. A face obtida apresenta assim uma simetria e desenho
agradável que qualquer outro tipo de união não permite obter. Utilizando um número par de
folhas essa simetria desenvolve-se em relação ao centro da face, o que lhe confere um efeito

Página 31 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

ainda mais decorativo. Este é o procedimento geralmente seguido no revestimento de portas ou


outros painéis decorativos.

Aglomerado

O aglomerado é um painel de partículas de madeira. Utiliza como matéria-prima sub-produtos de


serração e rolaria de pinho que são reduzidos a aparas. Estas partículas são secas e separadas de
acordo com a sua granulometria. São misturadas com cola à base de resina de ureia-formaldeído
e outros aditivos destinados a melhorar as características do painel e submetidas a prensagem a
elevada temperatura e pressão. As partículas mais finas ficam a constituir as duas camadas
exteriores e as partículas intermédias a camada interior do painel. Este processo permite obter
painéis de grande estabilidade dimensional em qualquer direcção, de fácil revestimento com
folha de madeira, papel malamínico ou PVC.

As madeiras, a aplicar nas diferentes peças de construção, serão das qualidades que se
indicaram no projecto.
Deverão ser de fibras direitas e unidas, sem nós viciosos ou em grande quantidade, bem secas,
não ardidas, sem fendas que comprometam a sua duração e resistência e isentas de caruncho ou
outra qualquer doença.
Todas as peças de madeira serão perfeitamente desempenadas e acusarão os perfis indicados
no projecto.

Todo o vigamento e demais peças, quer de pavimentos, quer de coberturas, deverão ser
fornecidas em quina viva, salvo indicação em contrário das condições especiais do projecto.
A madeira maciça a empregar em interiores deverá estar seca, com menos de 14% de humidade,
e desempenada.

A madeira será tratada com protecção insecticida, fungicida, ignífuga e hidrófuga.

O produto deverá ser incolor para as madeiras à vista e com cor para as restantes.
Os processos de tratamento e os produtos empregues serão submetidos pelo Empreiteiro à
apreciação da Fiscalização

Os aglomerados de madeira terão faces duras e lisas e apresentarão uma certa flexibilidade.

A Fiscalização poderá solicitar a realização de ensaios para verificação de:

- Madeiras maciças:
- Variações dimensionais;
- Desempeno da superfície;
- Identificação de espécie;
- Aglomerados de Madeira:
- Absorção de água;
- Emissão de formaldeídos;

A.22.1. Madeiras para Estruturas

a) As madeiras para estruturas deverão ser duras, com reconhecida resistência natural ao ataque
de fungos, insectos e moluscos xilófagos (neste caso mergulhados no mar abaixo do nível médio);

b) A Fiscalização poderá permitir o uso de madeiras que não obedeçam ás características de


dureza e de resistência natural antes referida, desde que sejam tratadas com preservativos

Página 32 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

adequados, tais como:

- produtos à base de sais de cobre;


- creosoto;
- solução de creosoto e alcatrão ou “epoxy-alcatrão”

Neste último caso, a mínima retenção de preservativo deve ser de 300Kg/m3.

c) As madeiras para pavimentos de passadiços metálicos, flutuantes ou não, deverão ser duras e
imputrescíveis, de preferência madeiras exóticas.

Determinações e Ensaios de Recepção

a) Aplicam-se as disposições do nº. 3.1.2

b) As tensões exigidas serão as seguintes (Kgf/cm2)


Flexão 70

Compressão paralela 40
Compressão perpendicular 30
Corte longitudinal 7

A.22.2. Portas e Guarnições em Madeira

Deve iniciar-se a montagem do aro - material já com acabamento final - apenas quando se
derem por concluídos os acabamentos interiores, nomeadamente a aplicação de vidros, pisos e a
pintura das paredes. Uma vez que a humidade existente no interior das habitações em fase de
construção é mais elevada que o recomendado aconselhável que a embalagem do aro seja
colocada na área onde vai ser instalado, em posição horizontal e com a tampa aberta. A
movimentação dos materiais deve ser feita com o máximo cuidado, para não os danificar. Os
materiais lacados devem merecer cuidados especiais.

Para se fixar o prumo à travessa deve usar-se um lamelo (cavilha plana), que deve ser introduzido
no rasgo destinado a esse fim, antes de se apertar o prumo contra a travessa. Em seguida aplica-
se a união metálica nos furos das guarnições fixas e, usando uma chave de estrela, aperta-se até
ajustar a ½ esquadria. Por fim, coloca-se as garras de fixação num dos rasgos do prumo/ travessa
e com a ajuda de um martelo faz-se a introdução da outra extremidade no outro rasgo. Deve
verificar-se se as meias esquadrias ficam bem fechadas e a se a ligação do prumo à travessa não
apresenta desencontros.

Para a formação da guarnição amovível deve aplicar-se a união metálica nos furos das
guarnições fixas e, usando uma chave de estrela, apertar-se até ajustar a ½ esquadria.

Para se colocar o aro é necessário verificar se as medidas da abertura de construção civil


respeitam as medidas. Depois de se introduzir o aro na abertura deve ajustar-se e imobilizar o
mesmo. Para tal é necessário introduzir tacos (calços) de madeira com a medida adequada ao
nível da dobradiça superior, na zona da fechadura e a cerca de 70 mm do chão. Colocam-se
umas tiras de cartão (2 - 3 mm) entre a parte inferior e o chão e colocam-se três travessas de
imobilização, previamente cortadas à medida da largura do aro, no alinhamento dos tacos de
madeira, de forma a imobilizá-lo convenientemente. Seguidamente deve verificar-se se o aro está
nivelado e aprumado.

Página 33 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Deve ter-se em conta que para deslocar a porta no sentido lateral, deve actuar-se na dobradiça
da porta, rodando-a, tendo o cuidado de não ultrapassar o limite de aperto para não danificar a
orla da porta. Para deslocar no sentido transversal, deve actuar-se na dobradiça do prumo,
deslocando-a no seu suporte, desapertando para o efeito o parafuso de imobilização da
dobradiça, acessível pela face anterior do prumo, depois de retirada a tampa decorativa. Depois
de devidamente ajustada a folga, deve-se voltar a apertar o parafuso de imobilização e colocar
a tampa. Os pequenos ajustamentos devem ser efectuados na chapa testa da fechadura,
limando as corcovas nas entradas do trinco e língua.

Após a colocação da porta e do acerto de possíveis folgas deve aplicar-se espuma adesiva,
operação de extrema importância para o bom funcionamento do portaro. Para a realização
desta operação deve limpar-se convenientemente a alvenaria onde vai ser aplicado o aro. A
espuma, para endurecer, necessita de humidade, portanto deve proceder-se ao humedecimento
da parede nas zonas onde for aplicada.

Deve aplicar-se a espuma em ambos os prumos, de cima para baixo, normalmente em quatro
áreas por lado, cada com altura aproximada de 250 mm e enchendo somente 40 a 50 % do
espaço, de trás para a frente. Estas áreas situam-se: na zona do taco superior (deve evitar-se que
o canto superior do aro seja atingido), na zona intermédia (acima e abaixo do taco situado na
zona da chapa testa da fechadura) e na zona do taco inferior.

Para prevenir possíveis sujidades de espuma, a área de trabalho à volta do aro deverá ser coberta
com um plástico ou cartão. Alguma espuma que salpique para a roupa ou elemento da
construção deverá ser limpa, enquanto verde, com acetona ou um solvente semelhante. Depois
de seca somente poderá ser removida por processos mecânicos. Deve-se ter em atenção que a
espuma quando aplicada em quantidade excessiva, ao expandir, pode sobrar para cima do aro
danificando o verniz, se não for removida.

Após a aplicação da espuma, deve deixar-se a mesma estabilizar durante 24 horas, cota-se a
espuma excedente e aplica-se, em seguida, a guarnição amovível. Concluída esta operação,
retiram-se as travessas de imobilização.

Se o local onde se aplicou o portaro não for imediatamente habitado, deve ser
convenientemente ventilado para evitar que a acumulação excessiva de humidade provoque a
degradação do seu acabamento superficial. O excesso de humidade, por períodos prolongados,
pode provocar o aparecimento de fungos ou bolores, na superfície dos materiais. Se por qualquer
razão houver necessidade de retirar o aro temporariamente, ou de substituir, deve-se proceder às
seguintes operações:

Retirar a porta;
Retirar a guarnição amovível com a ajuda de uma chave de fendas, para ter acesso à espuma
de fixação;
Cortar a espuma com a ajuda de um serrote ou faca;
Retirar o aro;
Limpar cuidadosamente a superfície da parede e do aro dos resíduos secos de espuma;
Voltar a montar o aro seguindo todos os passos a partir da operação “Aplicação do aro na
abertura de construção civil”

Página 34 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Soleira de Pedra

A soleira de pedra quando apresente nível superior em relação ao pavimento exterior, deve ter na
largura +20 mm em relação à espessura final da parede e no comprimento, +160 mm em relação
à largura da porta. No assentamento da soleira, estes 160 mm devem ser simetricamente
distribuídos em relação à largura do vão. A junta entre a soleira e o pavimento interior, deve ficar
alinhada com a face interior da parede. A pedra ficará sempre com 1 cm a mais em relação à
extremidade das guarnições, ou seja, 0,5 cm para cada lado.

A.23. Pavimentos Desportivos - Piso Sintético / All Weather

Este piso é aconselhado para courts de ténis, polidesportivos e pistas de cicloturismo, pela sua
comodidade.

Modo de Construção

A construção deste piso assenta numa base em pó-de-pedra com 11 cm de espessura, que após
compactação ficará com 8 cm e sobre a qual será espalhada brita n.º 2 com 3 cm de espessura,
regado com emulsão asfáltica e devidamente compactado e regularizado.

Depois da fase anterior, procede-se à colocação de brita n.º 1, novamente regado e


compactado, fase essa que suportará o espalhamento da última camada de brita, bago de arroz
regado e compactado e já com a planimetria desejada.

Fases de Pintura

Depois do piso regularizado e em planimetria correcta, procede-se à colocação de resinas


elásticas/ slury-seal.

A primeira demão de slury-seal/ flexi-pav será pigmentada à cor desejada, novamente raspada e
regularizada, que depois de seca, se procede à colocação de mais uma demão de slury-seal/
flexi-pav e que corresponderá à última camada de pintura do piso.

Marcações de Jogo

As marcações de jogo para este tipo de piso serão em tinta elástica com as mesmas
características das do piso de jogo.

O preço por m² deste tipo de piso depende da área ou do tipo específico a construir.

A.24. Pedras Naturais para Revestimentos

As pedras a utilizar serão obtidas por serragem de pedra natural.

As suas qualidades serão as referidas na “Lista de Quantidades de Trabalho” e no Projecto.


A tolerância na espessura das peças será de 0,5 mm nas peças com vistas de topo e de 3 mm nas
restantes peças.

A falta de esquadria das peças não deverá ser superior a 0,5 mm.

Página 35 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

As pedras não apresentarão manchas friáveis nas arestas, ou nas faces vistas, com dimensões
superiores a 1 dm2, ou superiores a 1/5 da dimensão da face.

As pedras não terão inclusões de materiais estranhos, siliciosos ou outros, e serão isentas de
cavidades, abelheiras, fendas e lesins.

As faces serão bem desempenadas, com coloração perfeita, e bem acabadas nos paramentos à
vista.

A.25. Pedra para Betuminoso

Será obtida pela britagem de granito, basalto ou calcário da melhor qualidade, nomeadamente
no que diz respeito à resistência, dureza e inalterabilidade em relação aos agentes atmosféricos e
isenta de direcções de clivagem que provoquem demasiado escacilhamento durante a
britagem.
Deverá ser livre de matérias orgânicas, argila ou qualquer outra matéria que impeça a aderência
ao betume e as suas medidas estarem compreendidas entre 4 e 6 mm.
A composição grânulo métrica deve ficar compreendida dentro dos seguintes limites:

PENEIROS PERCENTAGEM QUE ATRAVESSAM


O PENEIRO

(Série Americana) (Aberturas Quadradas)

3/4” 100
1/2” 82 a 100
3/8” 70 a 90
Nº 4 55 a 79
Nº 10 40 a 67
Nº 40 17 a 44
Nº 80 9 a 29
Nº 20 3 a 8

Antes do começo dos trabalhos o adjudicatário submeterá à apreciação da Fiscalização a


composição granulo métrica contida naqueles limites que de facto pretende empregar.
Essa composição deverá corresponder a uma graduação contínua não se admitindo que da
tabela anterior, para uns calibres se considerem valores próximos e para os calibres adjacentes se
considerem valores próximos dos máximos.
Aprovada a composição granula métrica deverá ela ser mantida constante em todo o decorrer
da obra.

A.26. Saibro

O saibro a empregar para o macadame deverá ser da melhor qualidade, silicoso, não contendo
argila em quantidade tal que possa prejudicar a estabilidade do pavimento.
Deverá ser de grão grosso e isento de substâncias estranhas.

Página 36 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.27. Serralharias

As condições gerais referentes a serralharias são as contidas no REGULAMENTO DE AÇO PARA


EDIFÌCIOS em vigor.
Todas as peças metálicas serão decapadas e metalizadas a zinco por imersão a quente. Depois
de convenientemente limpas, serão pintadas, antes da saída da oficina, com uma demão de
cromato de zinco, seguida de outra demão de sub capa compatível com a tinta aprovada pela
Fiscalização para revestimento final.

A.28. Tijolo Cerâmico de Barro Vermelho

Os tijolos serão de primeira escolha e terão as dimensões nominais indicadas no Projecto e no


Caderno de Encargos.

Os tijolos deverão ter textura homogénea, isenta de corpos estranhos, sem fendas.

Os tijolos deverão ter formas e dimensões regulares e uniformes, ser bem cozidos, duros e sonoros,
consistentes e não vitrificados, admitindo-se uma tolerância para mais ou para menos de 2% para
o comprimento e de 3% para a espessura.

Se imersos durante 12 horas em água, o volume deste absorvido não devem exceder 1/5 do
volume do tijolo ou um peso superior a 12% do seu peso próprio.

No ensaio à compressão deve verificar-se uma carga de rotura de 110 kg/cm2 para tijolo furado,
200 kgf/cm2 para tijolo maciço, destinados a alvenarias exteriores e 225 kgf/cm2 para tijolos de
paramento visto.

Os tijolos deverão ter cor uniforme; apresentarem fractura de grão fino e compacto e isenta de
manchas.

É obrigatória a realização de ensaios à tensão de rotura, eflorescência e teor de sais solúveis, de


acordo com a NP 80.

A.29. Tintas e Vernizes

Todos os materiais de pintura deverão entrar no local da obra nos recipientes fornecidos pelo
fabricante e devidamente intactos, não sendo permitida a entrada e aplicação de qualquer
material que não venha nestas condições.

O óleo de linhaça deverá ser puro, claro e sem depósitos; fervido com litargírio ter peso específico
de cerca de 0.939 g/cm2; aplicado em camada delgada sobre chapa de vidro e deverá secar
em 24 horas; não deverá ter traços de água e será fervido para a execução de massas ou
aplicações em interiores.

As cores e a sua utilização serão sujeitas à aprovação da Fiscalização.


Os secantes empregados não alterarão as qualidades das tintas, em especial a sua resistência à
intempérie.

As massas serão executadas com óleo fervido e alvaiades de primeira qualidade.

Deverão resultar perfeitamente homogéneas e terem consistência adequada às aplicações.

Página 37 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

As tintas quer de base oleosa, quer celulósica, deverão ser apropriadas aos processos da sua
aplicação manual ou mecânica, de harmonia com o indicado nos elementos do projecto.

Durante a aplicação das tintas haverá o cuidado de as remexer frequentemente afim de evitar
depósitos ou espaçamentos das camadas inferiores, com a consequente alteração da
homogeneidade.

Normas e Regulamentos Aplicáveis

Normas Portuguesas

NP 41 - Tintas e vernizes. Terminologia e definições

NP 42 - Tintas e vernizes. Classificação

NP 111 - Tintas e vernizes. Defeitos na pintura.Termologia e definições

NP 679 - Tintas. Determinação do teor em pigmento

NP 680 - Tintas. Determinação do teor em água

NP 684 - Tintas. Determinação do grau de dispersão do pigmento

NP 681 - Tintas mistas de zarcão e óxido de ferro. Determinação do teor em óxido de ferro do
pigmento

NP 682 - Tintas mistas de zarcão e óxido de fero. Determinação do teor em zarcão do pigmento

NP 1510 - Tinta de cromato de zinco. Determinação do teor de crómio total do pigmento

NP 1511 - Tintas de cromato de zinco e óxido de ferro . Determinação do teor de matéria insolúvel

NP 1512 - Tintas de cromato de zinco e óxido de ferro. Determinação do teor de óxido de ferro do
pigmento.

NP 1513 - Tintas de cromato de zinco e de óxido de ferro. Determinação do teor de crómio total
do pigmento.

NP 1514 - Tintas de cromato de zinco, de óxido de ferro. Determinação do teor de zinco

NP 840 - Tintas brancas. Determinação do teor em chumbo total do pigmento

NP 841 - Tintas brancas. Determinação do teor em zinco do pigmento

NP 842 - Tintas brancas. Determinação do teor em enxofre total do pigmento

NP 843 - Tintas verdes de crómio. Determinação do teor em crómio total do pigmento

NP 844 - Tintas verdes de crómio. Determinação do teor em cromato de chumbo do pigmento

NP 845 - Tintas verdes de crómio. Determinação do teor em sulfato de sódio e do teor em matéria

Página 38 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

siliciosa insolúvel de pigmento

NP 846 - Tintas verdes de crómio. Determinação do teor em chumbo total de pigmento

NP 847 - Tintas verdes de crómio. Determinação do teor em cálcio do pigmento

NP 848 - Tintas amareladas e alaranjadas. Determinação do teor em óxido de titânio do pigmento

NP 849 - Tintas pretas

A.29.1. Primários para rebocos

Estes primários serão resistentes à acção dos sais alcalinos e devem impedir que estes ataquem as
películas sobrejacentes.

Estas primárias serão dotadas de boa inércia química e deverão ter bom poder de penetração e
adesão e boas características de impermeabilidade.

A.29.2. Primários para madeiras

Deverão eliminar a absorção da madeira e, para isso, devem penetrar e saturar os poros da
madeira.

Deverão estabelecer uma barreira que dificulte as trocas de humidade entre a madeira, a
atmosfera e as superfícies de assentamento, impedindo a penetração das águas de
condensação.

Deverão ter elasticidade suficiente para acompanhar as variações da base, sem roturas da
película da pintura.

Deverão oferecer boa adesão às camadas de tinta sobrejacentes.

A.29.3. Primários para metais

Estes primários não permitirão a corrosão das superfícies aparentes.

Deverão desenvolver, por secagem, boa adesão ao metal base onde forem aplicados, bem
como às camadas de tintas sobrejacentes.

Os primários à base de zarcão terão 60%, em peso, deste produto.

Sub capas para madeiras e metais

As sub capas dotadas de boas propriedades de enchimento, compatibilidade e adesão.

As sub capas deverão ser compatíveis com as tintas especificadas para acabamento final das
madeiras e metais.

Página 39 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Prescrições Adicionais

a) As tintas a utilizar são, na generalidade dos casos:

- condicionadores de metal “Wash-Primer”

- primários anti-corrosivos
- intermediários
- acabamentos

b) As películas de tinta devem satisfazer os requisitos necessários à garantia de protecção eficaz


durante o período mínimo aceitável, a saber:

- boa aderência à superfície metálica;


- boa penetração em todos os poros ou irregularidades do metal aquando da pintura;
- elevada impermeabilidade à água;
- existência de agentes iniciadores, para favorecer a inércia do metal, e baixa condutividade
eléctrica;

c) Os pigmentos dos primários anti-corrosivos devem ser o zarcão ou o cromato de zinco, isolados
ou combinados com outros produtos.

Os primários contendo zarcão não se devem empregar em contacto permanente ou intermitente


com água salgada; os de cromato de zinco podem ser empregues nestas condições;

d) As tintas deverão ser submetidas a ensaios correspondentes às especificações mais


importantes.

Os ensaios mais representativos para avaliar a duração das tintas quando submetidas à acção de
diferentes atmosferas (ensaios de comportamento) são os ensaios de envelhecimento natural em
ambientes perfeitamente diversificados e, em alternativa, ensaios de envelhecimento artificial
acelerado e de corrosão pelo meio salino e humidade;

e) As tintas a utilizar nas superfícies metálicas deverão ter as propriedades mais adequadas à
pintura que consta destas Especificações Técnicas, serão de marca conhecida e de qualidade
comprovada e terão de ser aprovadas pela Fiscalização.

Acabamentos para rebocos

As tintas de água serão constituídas por emulsões aquosas de colorímetros estireno-ecrílicos de


bom grau de dispersão, com boa lavabilidade a água e boa resistência ao ataque químico e à
saponificação.

A Fiscalização poderá autorizar a diluição da pasta de tinta, conforme a absorção da superfície a


pintar.

A diluição será sempre realizada de acordo com as prescrições do fabricante.

Acabamentos para madeiras e metais

As tintas serão à base de poliuretano, resinas epoxy ou borracha clorada, conforme especificado
no Projecto ou nas Condições Técnicas especiais.

Página 40 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

As tintas darão boa lacagem.

A.29.4. Vernizes

O verniz deverá ter grande dureza e ser muito resistente ao amarelecimento.

O verniz a utilizar deverá assegurar o tipo de brilho definido no Projecto ou nas Condições
Especiais do caderno de Encargos.

A composição do verniz deverá ser celuloso, à base de poliuretano ou de resinas epoxy, conforme
especificado no Projecto ou nas Condições Técnicas Especiais.

Ensaios

O Empreiteiro submeterá à apreciação da Fiscalização os resultados dos ensaios, fornecidos pelos


fabricantes das tintas e vernizes que pretende utilizar, relativamente ás seguintes características:

- Resistência aos alcalis do cimento.


- Envelhecimento acelerado de 45 ciclos (apenas para tintas de exteriores).
- Aderência.
- Resistência à alteração da cor.
- Resistência à lavagem (apenas para tintas de interiores).
- Tempos de secagem.

- Opacidade e rendimentos.
- Percentagem de pigmento fixo e colátil.

Só podem se utilizadas tintas aprovadas pela Fiscalização, acondicionadas nas embalagens de


origem, com a marca e a referência do fabricante bem visíveis.

As tintas devem ser armazenadas nas condições de temperatura ambiente indicadas pelo
fabricante.

A.30. Vidros e Espelhos

Os vidros a empregar deverão obedecer quanto à sua qualidade, espessura e procedência, às


indicações do projecto.

As chapas de vidro serão de fabrico mecânico de primeira escolha de textura homogénea, bem
desempenadas e isentas de defeitos de fabrico.

Os vidros a utilizar serão provenientes de chapas de vidro flutuado, conforme classificação na NP


2801.

As chapas de vidro deverão ter cor uniforme e apresentar a mesma tonalidade em todo o seu
comprimento, quando vista de cutelo.

As espessuras e dimensões estarão de acordo com as indicações do Projecto e das Condições


Técnicas Especiais.

As chapas de vidro deverão ser de classe extra.


O tipo de vidro a utilizar será o definido do Projecto ou nas Condições Técnicas Especiais.

Página 41 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A.31. Zinco

O zinco deve ser da melhor qualidade, homogéneo e isento de qualquer liga.

As folhas terão as espessuras e as dimensões prescritas no Projecto, devendo ser planas e sem
fendas.

O zinco não deve conter mais de 1,5% de matérias estranhas.

As folhas devem ter, bem visíveis, a marca do fabricante e o número de referência.

Tolerância de espessura: 10% da espessura teórica, correspondendo ao seu número de referência.

Tolerâncias de peso: em lotes de 10 folhas e em cada folha, 2,5% em relação ao peso teórico,
com o máximo de 5% por cada folha.

Peso e espessura dos números de referência:

Peso Espessura
Nº de Ref. (kgf/m2) (mm)
10 3,500 0,500
12 4,620 0,600
14 5,740 0,820
16 7,560 1,080

A.32. Materiais Não Especificados

As características dos materiais não especificados serão propostas pelo Empreiteiro à Fiscalização,
que se reserva o direito de os não aprovar se entender que não possuem condições de
resistência, duração e adaptabilidade aos fins a que se destinam.

Página 42 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

B. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS E CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

B.1. Disposições Gerais

Antes da apresentação da sua proposta o Empreiteiro deve inteirar-se, no local da obra e junto
da entidade que preside ao concurso, de todos os condicionalismos que possam influir no modo
de realização da empreitada.

A ignorância dos condicionalismos a que está sujeita a execução da obra não poderá ser
invocada para alterar as condições de prazo e/ou de preço em que a empreitada foi
adjudicada.

É condição fundamental da empreitada que todos os materiais nela empregues sejam da melhor
qualidade.

Do mesmo modo, exige-se a execução dos trabalhos de forma perfeita, sem excepção, tendo a
Fiscalização o direito de não aceitar ou mandar desfazer todo o trabalho que não obedeça a tal
condição, sem qualquer indemnização ao Empreiteiro.

Quando, em qualquer das peças do Projecto ou do Caderno de Encargos, se indique um material


tipo, pretende-se estabelecer um nível de qualidade e preço, tendo a Fiscalização o direito de
exigir a utilização do material indicado se outro, proposto pelo Empreiteiro, não satisfazer sob os
pontos de vista técnico, económico ou estético.

Os acabamentos obedecerão integralmente às condições constantes do Projecto de Execução,


tendo sempre em consideração as disposições particulares constantes deste Caderno de
Encargos.

O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização os detalhes de construção de todos


os elementos não pormenorizados no projecto, não podendo proceder à execução de qualquer
destes elementos sem que os referidos pormenores tenham sido aprovados pela Fiscalização.

A aprovação e o visto da Fiscalização, a que se refere o artigo anterior, não atenua a


responsabilidade que incumbe integralmente ao Empreiteiro em todos os trabalhos que executar
e relativamente à segurança da obra em conjunto.

Salvo indicação em contrário deste Caderno de Encargos, ou Mapa de Quantidades, os trabalhos


serão quantificados de acordo com os critérios de medição do L.N.E.C. ou com os habitualmente
utilizados em Projectos similares, tomando-se como base as dimensões teóricas definidas nos
desenhos para os diversos elementos. Assim, os preços unitários de cada trabalho referido no
mapa de Quantidades, deverá incluir o custo de quebras, desperdícios, sobre consumos, cortes,
irregularidades das bases de assentamento, empolamentos, sobre-larguras, sobreposições,
tolerâncias de fabrico, ou qualquer sobredimensionamento próprio da execução e natureza do
trabalho.

Do mesmo modo, consideram-se incluídos nos preços unitários a montagem, manutenção e


desmontagem do estaleiro, os consumos de água, energia eléctrica e combustíveis, o transporte,
carga, descarga e armazenamento de todos os materiais, os andaimes e meios de elevação, a
preparação de superfícies, execução de mestras, as argamassas e colas, os apoios, ligações,
fixações, soldaduras, selagens, refechamentos, ensaios, etc., salvo se o Mapa de Quantidades
contiver artigos que expressamente os contemplem.

Página 43 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

B.2. Alvenarias de Tijolo Cerâmico

A responsabilidade da implantação das alvenarias será do Empreiteiro que, a partir da estrutura


existente, definirá um sistema coordenado de referências a partir dos eixos dos elementos
daquela.

Com base neste sistema coordenado, o Empreiteiro implantará, por meio de fasquias graduadas e
de cérceas, nas plantas de cada piso da estrutura, todas as paredes de alvenaria, referenciando
todas as medidas e cotas das paredes a este sistema. A Fiscalização pode subordinar o início dos
trabalhos de alvenaria à aprovação destas plantas.

A tolerância relativa às dimensões nominais dos vãos das portas e janelas será de 0,5 cm.

A tolerância em relação às cotas definidas a partir do sistema coordenado será de 0,5 cm.

Antes da execução das alvenarias, o Empreiteiro deve tomar conhecimento dos traçados das
canalizações de água, de esgotos, das tubagens de electricidade, das condutas de ar
condicionado ou outras instalações destinadas a ficarem embebidas ou que atravessem as
paredes.

Tendo em conta estes traçados, serão tomadas disposições, para se evitar a abertura posterior de
roços e cavidades. Para isso, sempre que possível, serão utilizados tijolos, quer com ranhuras no
paramento exterior, quer no sentido dos traçados.

Quando não seja viável a utilização de tijolos especiais, serão tomadas as disposições necessárias
para que as alvenarias não sejam deterioradas com a execução dos roços e cavidades de
acordo com as seguintes condições:

- Depois da marcação dos traçados, as aberturas nas alvenarias serão executadas por pessoal
competente, utilizando ferramentas adequadas e bem afiadas.

- De preferência, serão utilizadas serras mecânicas com discos abrasivos que limitarão os cortes
nas profundidades necessárias, procedendo-se a seguir à abertura e remoção dos fragmentos de
tijolos e argamassa.

- As cavidades destinadas ao assentamento ou passagem de quadros, caixas e outras


aparelhagens ou equipamentos, serão deixadas abertas durante a execução das alvenarias. Se
não forem conhecidas com precisão as dimensões respectivas, estas aberturas serão
dimensionadas com as folgas suficientes para permitir a sua fixação, sem demolição das
alvenarias.

- Não é permitida a abertura de cavidade nas paredes já executadas, para introdução de


suportes de andaimes. Quando tal for necessário, serão deixadas aberturas durante a execução
das alvenarias que, posteriormente, serão preenchidas com argamassa da mesma composição
dos revestimentos.

- As alvenarias serão executadas com tijolos furados de barro vermelho, com as dimensões que
melhor se adaptem às espessuras projectadas e serão assentes com argamassa de cimento e
areia ao traço 1:4.

- Sempre que as alvenarias assentem sobre superfícies cimentosas, estas serão limpas de poeiras
ou sujidades e, se necessário, serão aferroadas e lavadas com jacto de água para se

Página 44 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

apresentarem rugosas e húmidas no início da colocação da argamassa de assentamento dos


tijolos.

- A 1ª. fiada das alvenarias dos pisos térreos e das alvenarias de todas as zonas húmidas deverá ser
assente com argamassa hidrófuga.

Antes do seu assentamento, os tijolos deverão ser mergulhados em água durante alguns segundos.

Nenhuma fiada de tijolos deverá ser assente sem previamente humedecer a fiada precedente.

A argamassa estender-se-á em camadas mais espessas do que o necessário, a fim de que,


comprimindo os tijolos contra as juntas e leitos, a argamassa ressuma por todos os lados. A
espessura dos leitos e juntas não deverá ser superior a 1 cm.

Os tijolos serão dispostos segundo os seus comprimentos ou segundo as suas larguras, consoante a
espessura das paredes, mas sempre com as juntas desencontradas, de modo a conseguir-se um
bom travamento.

Os paramentos vistos da alvenaria serão perfeitamente planos e aprumados. As juntas serão


perfeitamente niveladas e uniformemente acabadas, mantendo a mesma espessura.

A elevação das paredes será interrompida abaixo da face interior da lajes ou vigas que deverão
atingir. A conclusão da parede e o seu encunhamento superior só serão executados depois de
terminada a retracção da argamassa de assentamento e depois de concluídas as alvenarias
correspondentes dos pisos superiores.

Os trabalhos deverão ser suspensos sempre que se verifiquem temperaturas abaixo de 4 graus
centígrados.

O trabalho feito durante o dia, nas alturas em que se prevejam para a noite temperaturas baixas,
deverá ser convenientemente protegido por materiais que garanta a necessária protecção
térmica.

O trabalho danificado por acção de baixas temperaturas, ou por outra qualquer razão, será
demolido e reconstruído pelo Empreiteiro, sem direito a qualquer indemnização.

A ligação dos panos de alvenaria aos pilares, ou paredes, de betão será obtida por meio de
grampos inoxidáveis, cravados nos elementos de betão por meio de pistola e intercalados nas
juntas horizontais dos blocos com um afastamento de 1,00 m.

As juntas entre os panos de alvenaria e os elementos de betão serão preenchidas com argamassa
misturada com uma fibra mineral resistente ao fogo.

No caso de paredes duplas com caixa-de-ar, os dois paramentos serão ligados entre si por
grampos de arame zincado ou de outro metal inoxidável, com diâmetro mínimo de 5 mm na
protecção de dois grampos por cada metro quadrado de paramento. Os grampos serão
inclinados para o paramento exterior da parede e terminarão com ganchos que devem ficar
embebidos na argamassa das juntas.
No fundo da caixa-de-ar, será moldada uma caleira ligeiramente inclinada para o exterior,
impermeabilizada com emulsão betuminosa do tipo Flintkote, e serão colocados tubos de PVC
com 20 mm de diâmetro para drenagem das águas de condensação.

A caleira deverá ser protegida com serapilheira ou papel durante o levantamento dos panos, de

Página 45 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

forma a evitar que nela se deposite argamassa proveniente do assentamento dos tijolos,
dificultando o posterior escoamento das águas.

Depois de executados os dois panos da parede, a caixa-de-ar deverá ser limpa, de modo a
eliminar todas as substâncias que estabelecem contacto entre os dois paramentos, e a caleira
será retirada.

Nas paredes com comprimento superior a 4,0 m, que não estejam limitadas lateralmente por
elementos estruturais, ou por paredes transversais, devem ser integrados pilaretes, constituídos da
forma seguinte:

- Secção: a largura da parede e comprimento mínimo de 0,20 m;


- Betão: da classe B25;
- Armadura: 4 varões de 6 mm, no mínimo, com estribos do mesmo diâmetro, afastados de 0,20 m.

As paredes com comprimento superior a 4,0 m de altura superior a 2,0 m, que não rematam
superiormente com lajes ou vigas, ou com altura superior a 4,00 m, devem ser travadas, na face
superior, por cintas, constituídas da forma seguinte:

- Secção: a largura da parede e comprimento mínimo de 0,20 m;


- Betão: da classe B25;
- Armadura: 4 varões de 6 mm, no mínimo, com estribos do mesmo diâmetro, afastados de 0,30 m.

Nas ligações das cintas com os pilares, a armadura destes deverá ser fixada à das cintas.

As vergas dos vãos serão constituídas por lintéis de secções adequadas à largura dos vãos. Os
lintéis poderão ser executados em betão armado ou por meio de tijolos armados com varões de
aço, devendo a entrega do lintel ser de 15 cm de cada lado do vão.

Sobre todas as alvenarias a revestir será aplicado um salpico com argamassa de cimento e areia
grossa ao traço 1:2, para garantir a aderência dos revestimentos.

Para além do equipamento necessário e do fornecimento e transporte de todos os materiais,


estão incluídos nos preços unitários das alvenarias todos os custos relacionados com:

- implantação das alvenarias e preparação das superfícies;


- assentamento dos blocos;
- fabrico, transporte e colocação da argamassa;
- as cintas e pilares de travamento;
- execução de lintéis sobre vãos e outras aberturas;
- execução de grampeamentos de travamento;
- preenchimento das juntas entre as alvenarias e os elementos de betão;
- execução das caleiras e tubos de drenagem das águas de condensação;
- o salpico sobre as alvenarias a revestir;

B.3. Betonilhas

As betonilhas só poderão ser executadas depois de terem sido aprovados pela Fiscalização os
ensaios referentes às canalizações de águas e esgotos e às tubagens de electricidade ou outras
que fiquem embebidas nos pavimentos.

A superfície de assentamento será plana e bastante rugosa para garantir a aderência da

Página 46 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

argamassa. Caso contrário será aferroado, manual ou mecanicamente.

A superfície de assentamento será limpa de leitanças, poeiras, outras impurezas ou materiais e será
limpa com jacto de água.

As betonilhas serão executadas com argamassa de cimento e areia ao troço 1:3. A sua espessura
será a necessária para obter as cotas de limpos e as inclinações previstas para os pavimentos.

Se, para respeitar as cotas do Projecto, o enchimento necessário for superior a 5 cm, a betonilha
deverá ser armada com rede inoxidável. O custo da armadura deverá ser incluído no preço da
betonilha.

A superfície de assentamento estará humedecida antes da aplicação da betonilha.

O nivelamento da superfície será realizado com mestras ou dados espaçados, no máximo, de 2,00
m.

A betonilha será aplicada de forma contínua e em toda a espessura, em painéis cuja superfície
não exceda 15,00 m2 e com o comprimento máximo de 5,00 m, de modo a que se formem juntas
de esquartelamento que evitem fendas ou fissuras por retracção das argamassas. Não são
permitidas interrupções de betonilhas nos painéis assim definidos.

A betonilha será espalhada sobre a base húmida, ajeitada à colher e sarrafada, com movimentos
em sentidos transversais, até ser obtida uma superfície plana com textura homogénea. As
betonilhas para pintar terão acabamento afagado.

As betonilhas serão mantidas húmidas, durante pelo menos 5 dias e serão protegidas das
correntes de ar e das exposições ao sol.

Se não for possível assegurar a protecção indicada no artigo anterior, as betonilhas serão regadas
com frequência e durante o tempo necessário para evitar que a secagem rápida provoque
fendas ou fissuras por retracção das argamassas.

B.4. Caboucos

Os caboucos para as fundações serão abertos de acordo com os desenhos do projecto.


O adjudicatário deverá executar as escavações necessárias até atingir uma formação de terreno
que possa garantir a estabilidade da obra a construir, o que será verificado pela Fiscalização.
Os caboucos deverão ficar bem regularizados e nivelados.

B.5. Caixilharia de Alumínio

Os caixilhos serão executados em perfis de alumínio extrudido, com dureza de 12 Websters no


mínimo, termo lacados nas cores indicadas no Projecto.

As caixilharias de alumínio deverão satisfazer as exigências gerais de qualidade preconizadas pelo


L.N.E.C. no relatório 75/87 “Qualificação de Componentes de Edifícios. Escolha de janelas em
função da sua exposição”; devendo apresentar, nomeadamente, a seguinte classificação:

- Permeabilidade ao ar: classe A3;


- Estanquicidade à água: classe E3;

Página 47 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

- Resistência a acções do vento: classe V2

O Empreiteiro deverá apresentar documento de homologação relativamente ao sistema de


caixilharia que propõe ou, na sua ausência, certificados de qualidade ou de ensaios passados
pelo L.N.E.C..

Todas as peças de ferro que fiquem em contacto com elementos de alumínio deverão ser
tratados com protecção anticorrosiva e deles separadas por peças de borracha, ou nylon.

Todos os acessórios a utilizar serão fabricados em alumínio, em aço inoxidável ou em materiais que
não entrem em reacção electrolítica com o alumínio. As ferragens a utilizar serão do memo
fabricante dos caixilhos.

Exige-se particular cuidado nas operações de assentamento para que os diferentes elementos
fiquem rigorosamente implantados, não se admitindo furações ou cortes nos elementos já
lacados. As estruturas devem por consequência ser fornecidas nas medidas exactas e com as
furações necessárias à sua fixação.

Os aros dos caixilhos serão assentes contra elementos rígidos que permitam a sua fixação. Essa
fixação será executada por intermédio de molas, parafusos e buchas de aço inoxidável, com
dimensões compatíveis com os perfis.

Ao longo de todo o contorno dos aros deverão ser colocados cordões de mástique ou espuma de
poliuretano e as juntas serão seladas com adequado mástique acrílico, de modo que garantam,
ao mesmo tempo a estanquicidade dos caixilhos e a compensação de dilatações diferenciais.

Antes de efectuar as selagens, as peças lacadas deverão ser protegidas de modo que a lacagem
seja preservada.

As tolerâncias dos vãos para a colocação dos caixilhos deverão ser as seguintes:

- Verticalmente .................................................... 2 mm
- Horizontalmente ................................................ 1,5 mm

Os vidros dos caixilhos terão as espessuras e as características indicadas no Projecto e serão


montados sobre calços de neoprene.

Todos os elementos de alumínio, uma vez completamente acabados, deverão ser preservados

contra choques e outras acções mecânicas, bem como contra acções corrosivas de natureza
química, pela aplicação de vernizes apropriados ou outros dispositivos que protejam os perfis e as
superfícies, quer durante as diferentes fases de transporte, quer nas operações de assentamento
em obra, quer ainda nas fases complementares de construção civil (remates com rebocos e
pinturas). As protecções serão retiradas no final da obra, sem mais encargos para o Dono da
Obra.

Após remoção das protecções, a limpeza final dos caixilhos deverá ser feita com água e
detergentes neutros.

Os caixilhos que apresentarem distorções, empenamentos, amolgadelas, raspões ou outros danos


que comprometam o seu funcionamento, a sua qualidade ou o seu aspecto estético serão
rejeitados e substituídos por outros a expensas do Empreiteiro.

Página 48 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Os caixilhos de alumínio deverão ter uma garantia de 10 anos, abrangendo as propriedades de


lacagem dos perfis, a resistência à corrosão e ao envelhecimento dos perfis, acessórios e juntas e
a estanquicidade dos caixilhos.

O preço das caixilharias deverá incluir o custo das ferragens, molas, vidros e vedantes, incluindo os
destinados a ser impostos entre a caixilharia e os elementos de construção civil.

B.6. Cantarias

Serão assentes com argamassa de cimento e areia ao traço que for julgado mais indicado.
Haverá o cuidado de limpar e molhar previamente as cantarias. As pedras deverão ser colocadas
cuidadosamente na devida posição e aconchegadas a maço de madeira de modo a que a
argamassa ressume pelas juntas, devendo os espaços vazios dos leitos de assentamento, quando
existam, serem devidamente preenchidos por lascas da mesma pedra.

Sempre que necessário, utilizar-se-ão gatos e pernes, para ligação dos elementos das cantarias
entre si ou fixação das mesmas, em latão ou aço inoxidável, colocados em número que garanta
uma perfeita estabilidade dos conjuntos e localizados de forma a não se notar a sua existência,
devendo o seu número ser fixado de acordo com a Fiscalização atendendo à natureza do
trabalho.

Os tampos das bancadas e as soleiras serão selados com silicone, nas juntas com as paredes
envolventes.

O preço das cantarias deverá incluir o custo de todos os materiais e trabalhos necessários ao seu
correcto assentamento, bem como o acabamento dos topos vistos.
Depois do assentamento, as cantarias serão convenientemente protegidas contra choques ou
outros danos que prejudiquem a sua qualidade ou acabamento. Em qualquer caso, o Empreiteiro
deverá reparar ou substituir as peças danificadas.

No final da obra, se necessário, as peças serão polidas mecanicamente ou manualmente, com


um grau de abrasão que respeite o acabamento projectado, e será aplicado um produto
impermeabilizante. O custo deste acabamento deverá estar incluindo no preço das cantarias.

Todas as juntas, aparelho dos paramentos e o talhe das arestas ficarão de acordo com as
indicações do projecto ou mediante a aprovação prévia da Fiscalização.

Todos os pilares, nembos, vergas, ombreiras, peitoris e soleiras, de janelas ou portas, serão fixadas
de modo a garantirem a sua perfeita solidez.
O tipo, dimensões e coloração das pedras serão definidos no projecto ou, nos casos omissos, pela
Fiscalização.

B.7. Carpintarias

Todos os trabalhos de carpintaria serão executados de acordo com os desenhos de pormenor do


projecto e com as indicações da Fiscalização.

As carpintarias de limpos deverão ser perfeitamente acabadas, não sendo permitidas quaisquer
emendas que possam prejudicar o seu futuro comportamento, devendo observar-se o maior
cuidado nas ligações entre as peças por meio de samblagens, bem embebidas e travadas em
todos os sentidos.

Página 49 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

As peças tais como: guarnições, aros, tacos, rodapés, etc., serão imunizadas, devendo as que
figurem em contacto com as alvenarias, levar uma demão de aparelho antes de montadas.

A madeira a empregar nos trabalhos de carpintaria será de 1ª qualidade e deverá ser tratada
com produtos que assegurem protecção insecticida, fungicida e hidrófuga.

O tratamento das madeiras deverá ser feito, preferencialmente, em auto clave. O Empreiteiro
deverá submeter à apreciação da Fiscalização os produtos e métodos que pretende empregar
para tratamento das madeiras.

As madeiras para pintar serão em tola.

Os trabalhos serão executados com toda a perfeição, segundo as regras da arte. As obras que
apresentem defeitos de construção, ou forem executadas com madeira de má qualidade, serão
substituídas pelo Empreiteiro e à sua custa.

Se os trabalhos não se encontrarem devidamente pormenorizados, ou se o Empreiteiro desejar


propor quaisquer alterações, deverá submeter à aprovação da Fiscalização desenhos detalhados
onde constem as secções, samblagens, ligações, ferragens e fixações relativas às peças a
executar, de modo que fique sempre garantido o seu bom funcionamento de perfeita solidez.

Conforme indicação do Projecto, as folhas das portas serão constituídas por engradados interiores,
revestidos a contraplacado e termolaminado.

Os aros e guarnições das portas serão constituídos por peças de madeira de tola, sem emendas, e
serão fixadas por meio de parafusos com porcas inoxidáveis. Os buracos aparentes resultantes da
colocação de parafusos serão tapados com buchas da mesma madeira.

No assentamento das portas serão respeitadas as seguintes tolerâncias:

- Verticalidade das ombreiras ............................................................. 2 mm


- Horizontalidade das vergas .............................................................. 2 mm
- Desvio, na horizontal, do eixo, em relação às cotas dos desenhos...... 5 mm

As folhas das portas serão fixadas ao aro por meio de três dobradiças de 3 1/2”. As ferragens e
fechaduras a utilizar serão de 1ª qualidade.

As carpintarias só serão assentes com teor de humidade compatível com os locais de aplicação e
os acabamentos previstos.

O preço das carpintarias deverá, incluir o custo do fornecimento e assentamento das ferragens,
fechaduras e molas, bem como dos acabamentos previstos no Projecto, os quais serão
executados conforme especificado no capítulo “PINTURAS”.

B.8. Coberturas

As coberturas de edifícios ou outras serão realizadas de acordo com o projecto correspondente e


serão respeitadas, quando omissas, todas as disposições tanto regulamentar como as
aconselháveis pela arte de bem construir.

- As coberturas em lajes de betão deverão ser devidamente impermeabilizadas.

Página 50 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

B.9. Equipamento Sanitário

As louças sanitárias serão de cor branca ou de cor, de 1ª qualidade, assentes e fixadas


convenientemente assegurando-se a sua vedação perfeita.

As sanitas serão providas de aro e tampo em madeira lacada, de qualidade e cor a escolher.

O equipamento sanitário será assente com todos os acessórios tais como, válvulas, pitons,
correntes, etc., devendo o preço destes acessórios estar incluído no preço do equipamento.

Os aparelhos sanitários serão instalados de nível, fixos às paredes ou aos pavimentos onde se
localizarem.

A fixação às paredes será obtida por intermédio de consolas metálicas que permitam a
imobilização do aparelho e o seu apoio.

Quando, nas fixações dos aparelhos, se utilizem parafusos, estes serão inoxidáveis e deverão dispor
de anilhas de borracha, de forma a permitir o aperto sem danificar o material cerâmico.

As juntas entre os aparelhos e os elementos em que estão apoiados serão seladas com mástiques
de silicone brancos.

O preço do equipamento sanitário deverá incluir o custo das peças e elementos de fixação e as
selagens.
O preço do equipamento sanitário deverá incluir, ainda, o custo das ligações às redes de águas e
esgotos, de modo a ficar pronto a funcionar.

As torneiras serão de 1ª qualidade, em latão cromado, com manípulo cromado e castelo normal.

B.10. Rebocos

A execução do reboco só será iniciada depois de asseguradas as seguintes condições:

Todos os trabalhos de toscos que interessam às superfícies a rebocar estarão concluídos.

As alvenarias, betões ou outros suportes devem ter sido concluídos, em regra, com 15 dias de
antecedência.

O assentamento dos aros estará realizado.

Os ensaios de verificação de estanquicidade das canalizações de água e de esgoto, assim como


as condições de assentamento das tubagens de electricidade embebidas nas paredes, estarão
aprovados pela Fiscalização.

O tapamento dos roços, aberturas e cavidades existentes nos paramentos será realizado com
uma argamassa idêntica à do reboco.

- Serão previamente retirados todos os elementos soltos ou desagregáveis.

- As superfícies serão cuidadosamente limpas e saturadas de água.

Página 51 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

- A calda de aderência será realizada com uma emulsão aquosa de látex sintético, misturada
com cimento na proporção recomendada pelo fabricante e diluída ao traço 1:1.

- A calda será aplicada à trincha ou a pincel, e o reboco deverá ser aplicado com a calda ainda
húmida.

- O preço da regularização das superfícies previamente picadas deverá incluir o custo da


preparação das superfícies e da calda de aderência.

Após aplicação da calda de aderência, a preparação das irregularidades das superfícies será
efectuada nas seguintes condições.

- quando as irregularidades são localizadas e não ultrapassam 0,03 m de espessura, a sua


regularização será executada com argamassa da mesma composição do reboco.

- quando as irregularidades têm espessura compreendida entre 0,03 e 0,05 m, a sua regularização
será executada com argamassa da mesma composição do reboco aplicado sobre uma rede de
polipropileno, fixada ao suporte com pregos inoxidáveis.

- quando as espessuras são superiores a 0,05 m, a sua regularização será realizada com alvenaria
de tijolo ou com betão armado com uma rede electrosoldada, com características apropriadas à
extensão e espessura do enchimento.
A regularização das paredes e tectos apenas será paga separadamente no caso de superfícies
previamente picadas e está incluída no preço da calda de aderência. No caso de paredes
novas, se a regularização for necessária, deverá estar incluída no preço do revestimento.

O preço do reboco inclui a preparação das superfícies designadamente:

- a superfície de assentamento será rugosa para permitir uma boa ligação do reboco; se a
rugosidade não for suficiente, a superfície será decapada, aferroada ou passada com escova
metálica. No caso das alvenarias novas, elas serão previamente salpicadas.

- A superfície de assentamento será limpa de leitanças, poeiras, argamassas mal aderentes, óleos
de descofragem e outras impurezas;

- A superfície será humidificada em profundidade, por aspersão de água. Esta humidificação será
adaptada à natureza e à porosidade do suporte, de modo a ser obtida uma boa aderência;

- As juntas entre blocos e outros materiais, ou elementos de construção serão abertas numa
profundidade de 1 a 3 cm limpas com escova metálica e humidificadas; aos elementos de
madeira embebidos na parede que fiquem em contacto directo com o reboco será fixada, com
pregos ou parafusos, uma rede metálica inoxidável, com arames de 1,5 cm a 3,00 cm de lado;

Os rebocos exteriores serão executados com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5.

Quando a espessura do revestimento não ultrapassar 1,5 cm, a argamassa será aplicada apenas
numa camada.

Quando a espessura do revestimento estiver compreendida entre 1,5 cm e 3,0 cm, a argamassa
será aplicada em duas camadas.

Página 52 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

- Emboço
- Reboco

Na execução de emboço, a argamassa é projectada contra a base de assentamento, ficando a


sua superfície bastante rugosa, sem qualquer operação complementar.

A execução do reboco será iniciada desde que o emboço tenha realizado uma parte da presa; o
intervalo entre o início destas duas operações é, em regra, de 48 horas.

A argamassa do reboco será fortemente projectada, apertada à colher e sarrafada, com


movimentos de baixo para cima.

Não são permitidas interrupções de rebocos em superfícies dos mesmos paramentos. As juntas de
trabalho serão definidas de modo a que não fiquem aparentemente no revestimento final.

Os rebocos serão interrompidos, obrigatoriamente, nas juntas de dilatação da estrutura.


Nos rebocos exteriores, será aplicada uma tela de fibra de vidro com 50 cm de largura nas juntas
das alvenarias com os elementos de betão. O custo deste reforço deverá estar incluído no preço
do reboco.

Nos períodos de chuva, os rebocos recentemente executados serão convenientemente


protegidos da água da chuva.

Os rebocos serão mantidos húmidos durante, pelo menos, 5 dias após a sua execução.
Os rebocos não poderão ser executados a temperaturas inferiores a 5 graus centígrados.

Os rebocos para pintar terão um acabamento areado fino. Os rebocos que constituem base de
assentamento de impermeabilizações, entre as paredes e os tectos.

B.11. Impermeabilizações

A impermeabilização de coberturas planas será iniciada com a execução de uma camada de


forma, de betão leve, formando as pendentes projectadas, com uma espessura mínima de 4 cm.

A execução da camada de forma inclui a formação das caleiras necessárias.

A camada de forma deverá ficar desligada de todos os elementos verticais por uma junta com 15
mm de espessura, preenchida com material compressível.

A betonagem da camada de forma deverá ser feita em painéis alternados com a dimensão
máxima de 3,00 x 3,00 m2 de modo a evitar fissuras por retracção. A superfície deverá apresentar-
se desempenada, com acabamento afagado. Se tal não acontecer, deverá ser executada uma
betonilha de regularização, cujo custo está incluído no preço da camada de forma.

A impermeabilização será realizada por meio da aplicação de um complexo betuminoso


constituído por:

- primário betuminoso;
- membrana betuminosa de 2,5 kg/m2, com armadura de fibra de vidro de 50 gr/m2;
- membrana betuminosa de 4 kg/m2, com armadura de poliéster de 150 gr/m2, auto protegida
com agregado mineral de cor a escolher.

Página 53 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A impermeabilização não deverá ser executada antes de estar garantida a estabilização da


camada de forma ou da betonilha de assentamento.
As superfícies verticais deverão ser previamente regularizadas com argamassa de cimento e areia.

Antes da aplicação do primário, as superfícies deverão ser cuidadosamente limpas, removendo-se


excessos de argamassa, partículas soltas e outros materiais estranhos. Todos os cantos deverão ser
arredondados em meia cana.

Deverão ser tomados cuidados especiais nas concordâncias das impermeabilizações com ralos,
grelhas, canalizações, etc., boleando ou arredondando em meia cana os encontros de
superfícies.

O primário será aplicado diluído, excepto na periferia e junto aos ralos, tubos de queda, grelhas,
etc. em que a emulsão será aplicada pura.

Quando for necessário efectuar emendas da camada impermeabilizante, as sobreposições serão


superiores a 0,10 m. As juntas devem ser perfeitamente soldadas a maçarico.

A membrana inferior será soldada ao suporte apenas nas juntas, na periferia e nos pontos
singulares.

A membrana superior deverá ser completamente aderida, por chama de maçarico, à membrana
inferior.

Na intersecção com paredes e muretes, a impermeabilização deverá ser reforçada com uma
banda com 0,30 m de largura de membrana betuminosa de 4 kg/m2 com armadura de poliéster
de 180 gr/m2.

O sistema de impermeabilização deverá subir pelo menos 0,20 m no paramento vertical,


rematando num roço tomado. Nas platibandas, o levantamento deverá acompanhar toda a sua
altura, dobrando no topo.

Nos tubos de queda, será interposto, entre a primeira e a segunda membrana, um local flexível,
resistente à chama do maçarico, com um encaixe mínimo de 18 cm.

As impermeabilizações só poderão ser executadas em superfícies secas e serão feitas em dias de


sol, ou em dias que ofereçam baixo teor de humidade relativa no ar.

Após a execução das impermeabilizações, serão realizados ensaios para verificação da sua
estanquicidade. Os tubos de queda serão tapados e a cobertura será inundada, para que fique
completamente submersa durante 48 horas.

O custo da camada de forma e da regularização das superfícies de assentamento, bem como


dos levantamentos, sobreposições, remates, reforços e bocais dos tubos de queda deverá estar
incluído no preço das membranas betuminosas.

Os trabalhos de impermeabilização deverão ser executados por pessoal especializado, exigindo-


se uma garantia mínima de 10 anos.

B.12. Revestimento de Pavimentos e Rodapés

Antes de iniciar a execução, o Empreiteiro deve certificar-se de que os trabalhos referentes às

Página 54 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

instalações electromecânicas e sanitárias, relacionados com o pavimento em causa, estão


devidamente executados e ensaiados.

Tratando-se de revestimento a executar sobre laje estrutural, esta deve ter sido concluída há mais
de um mês.

Para melhorar a aderência do revestimento à base, esta deve ser bem limpa, eliminando-se os
resíduos de leitanças, poeiras e outras substâncias prejudiciais.
A base deve ser aferroada ou picada, de forma a apresentar-se rugosa. Esta rugosidade também
pode ser obtida, e de preferência, fazendo a lavagem da superfície, antes do endurecimento,
com jacto de água, ou de ar e água.

Sobre a base assim preparada, quando esta apresentar irregularidades sensíveis ou for necessário
fazer enchimentos, será executada uma camada de regularização constituída por uma
argamassa de 4,0 KN de cimento por m³, traço 1:3, bem comprimida, sarrafada mas não afagada.
A argamassa de regularização deve ser feita à cota necessária para que a superfície do
pavimento acabado fique à cota indicada no projecto, ou com as inclinações estabelecidas.
Para reduzir os efeitos de contracção, a camada de regularização deve ser feita por painéis
quase quadrados, com cerca de 15 m², intervaladas de 2 a 3 dias em relação a painéis contíguos.

As betonilhas para regularização de pavimentos levarão incorporado um aditivo hidrófobo.

Consideram-se as seguintes espessuras de betonilha de regularização, de acordo com o


revestimento:

a) Revestimento com ladrilhos hidráulicos, ladrilhos cerâmicos, pedra serrada ou tacos de madeira:
até 3cm.
b) Revestimento com ladrilhos vinílicos ou linóleos: 3 a 5cm.

Critérios De Medição

A unidade de medição do revestimento do pavimento é o metro quadrado (m²) medido em


planta sobre os desenhos de projecto.
A unidade de medição dos rodapés é o metro (ml) medido em planta sobre os desenhos de
projecto.

Os preços unitários correspondentes às unidades de medição indicadas, englobam todos os


encargos com materiais, equipamentos e mão-de-obra necessários para a completa execução
dos trabalhos tal como especificado.

Compreendem o fornecimento dos mosaicos e linóleo em tapete, o fornecimento e execução, se


necessário, da betonilha de regularização e do barramento auto-nivelador, o fornecimento e
execução da betonilha de assentamento, fornecimento e colocação de cola, fornecimento e
colocação de elementos de fixação, o assentamento do elemento, incluindo os cortes e remates
necessários e o acabamento final do pavimento conforme as indicações das peças desenhadas.

B.12.1 Mosaicos, Pedra, Hidráulicos, Cerâmicos, etc.

Características Dos Materiais

As tijoleiras para revestimento de pavimentos deverão satisfazer, no que lhes for aplicável, a norma

Página 55 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

NP-80 (Tijolos para Alvenaria. Características e Ensaios) e a norma NP-52 (Azulejos e Ladrilhos.
Características e Recepção), no que disser respeito às resistências ao choque, ao desgaste e às
manchas.
Os ensaios relativos às características indicadas na NP-52 serão realizados de acordo com o
especificado nas seguintes normas:
NP-308 Ladrilhos. Ensaio de choque
NP-309 Ladrilhos. Ensaio de desgaste
NP-310 Ladrilhos. Ensaio de resistência às manchas

Execução

Os pavimentos de mosaico serão executados com material de primeira qualidade da escolha da


Fiscalização e sempre com tardoz áspero e rugoso que será bem limpo antes do assentamento.
Deverão dar entrada na obra parafinados na face em vista para protecção durante a execução.
O revestimento deverá ser executado com o maior número possível de peças inteiras; os remates
nos vãos e portas, a concordância de painéis contíguos e os remates com paredes ou maciços de
assentamento de máquinas deverão ser ensaiados a seco antes de se fazer o assentamento
definitivo.

A limpeza deve ser feita a jacto de água e, depois de as superfícies estarem secas, a palha-de-
aço, de modo a eliminar as leitanças ou manchas produzidas durante o assentamento e o
refechamento das juntas.
O tardoz das peças deve ser convenientemente limpo de poeiras ou quaisquer outras substâncias
que possam prejudicar o assentamento e a aderência. Antes de serem aplicadas, as peças
devem ser imersas em água durante bastante tempo; momentos antes de serem aplicadas,
devem ser deixadas a escorrer.
O assentamento do mosaico só se fará depois da base bem endurecida, a qual será bem limpa
com escova de aço no início do assentamento. Sempre que este pavimento disponha de ralos ou
outros dispositivos onde possa receber as águas da lavagem ou outras, o assentamento dos
mosaicos deverá ser feito com pendentes muito ligeiras, para os referidos locais de recolha de
água.
O assentamento terá sempre em atenção a NP 56.
Sobre a camada de regularização executada de acordo com a cláusula 2. e estando esta ainda
em estado plástico, faz-se o assentamento dos ladrilhos cerâmicos com uma argamassa de 3,0 KN
de cimento por m³, traço 1:4, numa espessura de 2,0cm.
No assentamento, as tijoleiras devem ser cuidadosamente batidas nas suas posições definitivas, de
modo a expulsar todo o ar que se tenha interposto entre a camada de assentamento.
O assentamento, quer sobre o maciço de betão dos pavimentos térreos quer sobre as lajes será
feito sobre uma camada de separação constituído por papel encorpado (tipo papel
cenográfico) com sobreposições mínimas de juntas de 0.05 m ou ainda cartão asfáltico quando
houver humidades nos pavimentos.
A Fiscalização poderá nos casos em que achar conveniente autorizar que não se utilize a camada
de separação, devendo então a camada de regularização ser considerada por argamassa
bastarda a 1/2/8.
Como camada de separação será utilizada argamassa de cimento e areia a 1/3.
Os inertes para todas estas argamassas deverão ter a maior dimensão possível com o máximo de
0.7 cm de espessura da camada.
As juntas devem ser refechadas com uma calda de cimento espalhada a rolo, pigmentada da
mesma cor das tijoleiras.
Serão objecto de especial atenção o alinhamento e a uniformidade das peças, e o desempeno
da superfície acabada. Quanto ao desempeno, uma régua de 2,00m de comprimento, assente
em qualquer direcção, não deve acusar desnivelamentos superiores a 2mm.

Página 56 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A utilização do pavimento assim acabado não deve iniciar-se antes de decorridos três dias.
Estes pavimentos serão conservados em permanente estado de humidade durante os primeiros 10
dias.
Os pavimentos de mosaicos serão raspados, betumados e encerados, levando antes duas
demãos de óleo de linhaça de fluidez adequada. Exceptuam-se as de mármore que serão
polidas com pedra de rebolo.
Todos estes pavimentos ficarão com o contorno limpo, separado de paredes ou pilares por uma
junto de dilatação cheia de produto asfáltico conveniente.
Considera-se implícito aos pavimentos o rodapé em material da mesma qualidade e com 0,10m,
de altura quando nada for indicado em contrário.

Rodapé em Mosaico Cerâmico ou porcelânico

a) O rodapé em mosaico cerâmico ou porcelânico será assente com cola cimento.


b) Deverá ser dada a maior atenção ao alinhamento e desempenos das peças.

B.12.2. Revestimentos Cerâmicos em Pavimentos

Todos os ladrilhos serão de 1ª qualidade e deverão apresentar a superfície desempenada e


arestas rectilíneas e ortogonais.

Os mosaicos de grés deverão ser resistentes aos choques térmicos e ao gelo e pertencer, quanto à
resistência ao desgaste, ao grupo 4 da classificação P.E.I. A absorção de água nestes mosaicos
deverá ser inferior a 0,05%.

O assentamento dos mosaicos será executado com argamassa de cimento e areia ao traço de
1:6, numa camada de espessura não superior a 2 cm. Nos pavimentos interiores, poderá ser
admitida, com a aprovação da Fiscalização, a adição de cal apagada até 10% do peso do
cimento, para melhorar a plasticidade da argamassa.

Se a superfície do pavimento não estiver regularizada, ou não estiver de nível e com as inclinações
necessárias para permitir o assentamento dos mosaicos com a espessura da argamassa indicada,
será previamente aplicada uma betonilha de regularização, com argamassa de cimento e areia,
ao traço 1:3. A execução desta betonilha de regularização, que obedecerá às condições
indicadas no artigo “BETONILHAS”, está incluída nos custos do revestimento dos mosaicos
cerâmicos.

As lajes sobre que assentarão os mosaicos deverão ter sido concluídas, pelo menos, com 30 dias
de antecedência. Se tiver sido executada betonilha de regularização, a argamassa de
assentamento será aplicada, de preferência, quando a betonilha estiver ainda em estado
plástico.

Aquando do assentamento dos mosaicos, os ensaios de verificação de estanquicidade das


tubagens de águas e de esgotos que interessam aos locais de assentamento estarão aprovados
pela Fiscalização.

Os locais de aplicação estarão limpos e livres de outros materiais que não sejam necessários à
execução dos revestimentos.

A superfície de assentamento será limpa de leitanças, resíduos de argamassas, poeiras ou outras


impurezas.

Página 57 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

A superfície de assentamento será plana; a verificação com uma régua de 20,00 m de


comprimento não deve acusar em nenhum ponto, uma flecha superior a 5 mm.

Se não tiver sido executada betonilha de regularização, ou se esta não estiver ainda em estado
plástico, a superfície de assentamento será bastante rugosa para garantir boa aderência à
argamassa de assentamento dos ladrilhos e, se necessário, será aferroada ou picada.

Os ladrilhos a assentar deverão estar limpos, especialmente a tardoz; e os mosaicos cerâmicos

serão imersos em água durante, pelo menos, 4 horas e serão postos a escorrer antes da sua
aplicação.

Os ladrilhos serão assentes antes da argamassa de assentamento ter feito presa; sendo batidos,
com cuidado, nas suas posições definitivas, de modo a expulsar todo o ar que se tenha
introduzido entre elas e a superfície de assentamento.

A leitança da argamassa refluirá através de todas as juntas; os excessos de argamassa serão


limpos com um pano húmido.

Os mosaicos serão assentes com juntas de cerca de 3mm de espessura, não sendo permitido o
contacto directo e contínuo das peças.

As juntas entre as peças devem apresentar-se segundo direcções paralelas ou perpendiculares


entre si, constituindo objecto de especial atenção o seu alinhamento.
O revestimento será executado com peças inteiras, salvo nos remates.

Os remates nos vãos, na concordância de painéis contíguos ou nas paredes, serão ensaiados a
seco, antes do seu assentamento definitivo.

Entre as paredes da última fiada de revestimento deverá ser deixada uma junta de 5 a 8 mm, que
depois de limpa, será preenchida com um cordão de material imputrescível que suporte
compressões e grandes deformações sem provocar, por reacção, a compressão dos
revestimentos.

Nas superfícies superiores a 60 m2, o assentamento do revestimento será fraccionado. As juntas


entre as diferentes fracções serão preenchidas com material compressível e imputrescível.

No refechamento das juntas, aplicar-se-á pasta de cimento pigmentada na mesma cor dos
mosaicos.

A pasta de cimento deve estar fluida, a fim de penetrar bem nas juntas, e será aplicada antes da
argamassa de assentamento ter terminado a presa, pelo que serão tomadas as disposições
adequadas para não prejudicar o trabalho já realizado.

Decorridos pelo menos 3 dias após o refechamento das juntas, os revestimentos serão limpos por
passagem à escova e lavagem com jactos de água. A adição de detergentes ou de quaisquer
outros produtos químicos para execução destas operações carece de aprovação da
Fiscalização.

O acabamento final do revestimento com mosaico tipo S. Paulo será executado com um produto
incolor e impermeabilizante recomendado pelo fabricante. O custo deste acabamento deverá
estar incluído no preço do revestimento.

Página 58 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Depois do assentamento, a superfície do pavimento será plana. Uma régua de 2,00 m, colocada
em qualquer direcção, não deve acusar uma flecha superior a 2 mm.
A verificação do alinhamento das juntas, realizada com a régua de 2,00 m, não deve acusar
diferenças de alinhamento, para além da tolerância admitida na espessura das juntas (1 mm).

Finalizando o revestimento, o pavimento deverá ser devidamente protegido, de forma a evitar a


sua deterioração. Em qualquer caso, o Empreiteiro deverá, sem mais encargos para o Dono da
Obra, reparar ou substituir as zonas danificadas.

B.12.3 Revestimentos Pétreos

Refechamento de Juntas

O acabamento e limpeza dos paramentos e refechamento das juntas tanto nas cantarias como
nas enchilharias e alvenarias aparelhadas, fár-se-á depois de concluir o seu assentamento.
O acabamento dos paramentos consistirá na supressão das saliências e outras irregularidades
resultantes quer da perfeição do aparelho, quer do assentamento das pedras.
O refechamento das juntas iniciardes pela sua limpeza com a legra na profundidade de 0.03 m
devendo ser abertas a cinzel nos pontos em que as suas arestas se toquem devido ao deficiente
aparelho ou assentamento das pedras.
As juntas serão lavadas e antes de secarem serão bem cheias com argamassa bastante
consistente e que será bem comprimida.
A argamassa depois de ter começado a endurecer, será recalcada e alisada com uma espátula
de ferro até que desapareçam as fendas produzidas pela sua retracção não devendo ser alisadas
com excessiva rapidez.
A superfície das argamassas das juntas deverá ficar recolhida de 0.01 m nas pedras de enxilharia
ou alvenaria de paramentos, e de 0.005 m nas de cantaria em relação às arestas que deverão
ficar bem limpas.
No refechamento das juntas das alvenarias de tijolo em paramentos proceder-se-á por igual
forma.
Na reparação das juntas velhas deverá começar-se por se lhes tirar com a legra a massa ainda
existente até à profundidade de 0.03 m.
As juntas serão depois bem limpas com escovas, e antes de enxugar serão bem atacadas com
fibras de estopa ou sizal embebidas em massa de gesso.
Devem evitar-se as juntas contínuas ao longo dos suportes alternando as chapas em xadrez.

B.12.4. Pedra e Mármore

Inclui-se neste trabalho o fornecimento e assentamento das cantarias e mármores, das


argamassas e aguadas de assentamento, dos gatos de ferro zincado, dos cravos de gesso, dos
tacos, dos materiais de limpeza e polimento, e os cortes e remates necessários das peças.
Este trabalho é medido por m2 de superfície vista de placa de pedra assente e limpa, com as
juntas tomadas e acabadas. Não serão levadas em linha de conta as sobras resultantes de cortes.
As placas serão manuseadas com cuidado por forma a não ferir as bordas. Não serão aceites
emendas ou disfarces com massas excepto se a Fiscalização autorizar.
Na selecção das peças não será de seguir, na maior parte dos casos a conjugação de acidentes,
excepto quando a Fiscalização a exigir.
Deve-se procurar a maior regularidade das superfícies evitando-se o emprego de peças que
apresentem esporadicamente acidentes muito acentuados.
Deve ser feita uma cuidadosa escolha prévia nas oficinas de corte para evitar perdas de
trabalhos e atrasos.

Página 59 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

As superfícies de ligação deverão ser rugosas para permitir uma boa aderência, além de
escrupulosamente limpas.
Todas as pedras serão gateadas com ferros zincados em cravos de gesso.
Para o assentamento todas as peças bem como a parede serão bem molhadas sendo a
argamassa de assentamento de cimento e areia ao traço 1/3.
As peças serão aconchegadas a maço de madeira.
A argamassa de assentamento deve ser aplicada lentamente e por camadas para evitar o
movimento nas pedras.
Serão cuidadosamente verificados os encontros das juntas, as prumadas e alinhamentos.
Todas as peças cujas tonalidade ou qualidade possam ser alteradas por acção das argamassas
serão devidamente ionizadas apresentando o adjudicatário documentação de garantia dos
produtos.
Toda esta obra será convenientemente protegida depois de assente, de modo a evitar-se a
alteração do seu aspecto, em consequência dos trabalhos.
No caso de ser previsto polimento este será feito mecanicamente.

B.13. Pinturas

Condições Comuns a Todas as Pinturas

Antes de iniciar a execução das pinturas, o Empreiteiro procederá à verificação do estado das
superfícies e proporá à Fiscalização a solução de qualquer problema que, eventualmente,
dificulte a obtenção de uma qualidade na sua execução (humidade, alcalinidade ou qualquer
outra deficiência).
O Empreiteiro tomará as precauções necessárias para assegurar a protecção das superfícies
(mármores, madeiras, alumínios, etc.) que possam ser atacadas, manchadas ou alteradas, pelas
pinturas, submetendo à aprovação da Fiscalização as medidas que pretende adoptar.

As bases de aplicação serão cuidadosamente limpas de poeiras, substâncias gordurosas,


manchas e resíduos provenientes da realização de trabalhos anteriores.

O teor de humidade e o acabamento das bases, as condições de temperatura e higrométricas


do meio ambiente devem satisfazer às condições indicadas para cada pintura e às prescrições
de aplicação do fabricante das tintas.

As tintas serão aplicadas conforme especificações do fabricante. Os primários, isolantes, diluentes


e outros produtos a aplicar serão da mesma marca das tintas.

As deficiências da base de aplicação fissuras, cavidades, irregularidades e outras serão reparadas


quer com o mesmo material do revestimento, quer com produtos de isolamento e de barramento
adequados às pinturas a aplicar.

As superfícies metálicas a pintar serão convenientemente tratadas de modo a ficarem


completamente livres de ferrugem e de outros resíduos e impurezas.

O Empreiteiro preparará, de acordo com as instruções da Fiscalização, as amostras das pinturas


necessárias para fixação das tonalidades definitivas das superfícies acabadas.

As superfícies pintadas devem apresentar textura e coloração uniformes e regulares.

A correcção das deficiências das superfícies pintadas - bolhas, manchas, fissuras e outras - só será
iniciada depois do Empreiteiro ter apresentado a aprovação da Fiscalização as medidas que

Página 60 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

pretende aplicar.

As operações de pintura devem ser realizadas em compartimentos ou locais previamente limpos


de todas as poeiras.

B.13.1. Pintura a Tinta de Esmalte sobre Madeira

As pinturas das portas de madeira serão realizadas depois da afinação das portas e do
assentamento das ferragens.

As superfícies a pintar devem apresentar-se bem secas, sem falhas nem partes desagregáveis.

O trabalho começará pelo isolamento de nós, eventualmente existentes, com produto


impermeável e quimicamente resistente às substâncias que “transpiram” da madeira, seguindo-se
a lixagem da superfície a pintar.
A pintura será aplicada segundo o seguinte esquema:

- Aplicação de primário até à saturação dos poros da madeira;

- Aplicação de sub capa sintética e, depois da sua secagem, lixagem com lixa de água;

- Aplicação de uma 1ª demão de tinta de esmalte e, depois da sua secagem, lixagem até ao
desaparecimento total de áreas brilhantes;

- Aplicação da 2ª demão com a mesma tinta de esmalte.

B.13.2. Pintura a Tinta de Esmalte sobre Serralharias

As serralharias serão decapadas em oficina com jacto de areia, de modo a que a superfície fique
liberta de ferrugem, cascão e outros resíduos. A superfície será então limpa e as peças
metalizadas a zinco.

Em obra, far-se-á uma lixagem das bases e aplicar-se-á diluente para limpeza de produtos oleosos.

A pintura será aplicada seguindo o seguinte esquema:

- Uma demão de primário sintético;

- Primeira demão de acabamento com esmalte sintético, na cor aprovada pela Fiscalização;
- Lixagem da primeira demão de acabamento, até ao desaparecimento total de áreas brilhantes;

- Segunda demão de esmalte;

- Terceira demão de esmalte, se necessário;

B.13.3. Pintura com Tinta de Emulsão Plástica em Paredes e Tectos

A pintura de paredes e tectos com tintas de emulsão plástica só deverá ser executada depois da
base estar completamente seca.

Página 61 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Será previamente aplicado um produto anti-alcalino.

O acabamento das superfícies deverá obedecer ao seguinte esquema:

- Primeira demão de tinta plástica, diluída com 10% de água;


- Segunda demão de tinta, diluída a 5%;
- Terceira demão de tinta diluída a 5%, se necessário.

Nas zonas húmidas, a tinta será adicionada com um produto anti-fungos recomendado pelo
fabricante da tinta.

O preço da pintura inclui a aplicação do primário e do aditivo anti-fungos.

B.13.4. Pintura com Tinta Texturada em Paredes e Tectos

A pintura de paredes e tectos com tinta texturada só deverá ser executada depois da base estar
completamente seca e deverá obedecer ao seguinte esquema:

- Isolamento da base com primário anti-alcalino;


- Primeira demão de tinta texturada para exteriores;
- Segunda demão de tinta texturada para exteriores;

B.13.5. Enceramento e Envernizamento de Madeiras

Sempre que nada for dito em contrário, todas as madeiras à vista, serão envernizadas, para o que
se executarão os seguintes trabalhos;

Lixar toda a superfície das madeiras


Imunizar as madeiras incluindo as semblagens, quando nada houver em contrário, serão tratadas
por imersão durante o tempo mínimo de 5 minutos, sendo da conta do Empreiteiro o fornecimento
de tanques para este fim.
Não será autorizado o tratamento de pintura;
O produto insecticida para tratamento deverá ter a aprovação da Fiscalização e estar
homologado pelo L.N.E.C.;
Como princípio deve tomar-se um produto à base de pentaclorofenol;
Depois do tratamento, todas as madeiras devem ser armazenadas em local coberto e bem
ventilado para evaporação do solvente do insecticida;
As madeiras tratadas só poderão ser aplicadas depois de secas;
A Fiscalização poderá examinar todos os trabalhos quer estes se realizem na obra ou em estaleiro.
Todas as madeiras em contacto com alvenaria ou betão, só serão aplicadas depois da parede ter
sido devidamente impermeabilizada nos pontos de contacto.
As madeiras em contacto serão tratadas com óleo fervido a quente se outro caso não for
especificado.
Três de mãos no mínimo de verniz conforme amostra aprovada pela Fiscalização.
As restantes madeiras à vista serão enceradas depois de convenientemente preparadas com três
demãos de óleo de linhaça fervido, dadas com intervalo de tempo suficiente para que a anterior
tenha secado.

Página 62 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

B.13.6. Pinturas Em Paredes Exteriores

Encontram-se compreendidos neste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua


boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os
que abaixo se indicam:
O fornecimento do material de isolamento e da tinta.
A aplicação do isolamento sobre a superfície a pintar.

A aplicação da tinta, nas demãos necessárias, qualquer que seja a natureza e aspereza da
superfície a pintar.
A execução das amostras necessárias para afinação das cores.
Entre as várias condições técnicas a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo
mencionam-se, como merecendo referência especial, as seguintes:
a) A tinta a aplicar será de base aquosa, própria para aplicação sobre o reboco de cimento com
aspergido, e resistente às intempéries e aos impermeabilizantes.
b) A tinta deverá dar entrada na obra em embalagens de origem e será de cor a escolher pela
Fiscalização.
O esquema de aplicação do isolamento e da tinta será submetido à Fiscalização antes do início
do trabalho.
Todas as superfícies a pintar serão isoladas com produtos apropriados à natureza da parede, e
segundo as instruções do fabricante da tinta.
Sobre o isolamento será aplicado o número de demãos indicado pelo fabricante, no mínimo de
duas e serão aplicadas as demãos necessárias para obter uma cor uniforme e um perfeito
recobrimento das superfícies pintadas.

Execução

a) Na execução dos trabalhos serão integralmente cumpridas todas as instruções dos fabricantes
dos materiais aplicados, com especial atenção no que se refere a diluições e tempos de
secagem.
b) Sejam quais forem os materiais a utilizar ou o seu modo de emprego, não deverão aplicar-se
camadas excessivamente espessas, pois originam escorrimentos nas superfícies inclinadas e
formam rugosidades nas superfícies horizontais, causando, em qualquer dos casos, um aspecto
deficiente que será motivo de rejeição das pinturas que se apresentem com esses defeitos.
c) A aplicação dos materiais deve, em todos os casos, ser feita de maneira uniforme, de modo a
evitar estriações e desigualdades de aspecto, procurando-se obter um acabamento homogéneo.
Deverá haver especial cuidado em evitar que as tintas engrossem nas depressões, curvas ou reen-
trâncias, ou que tenham tendência a fugir das arestas, deixando películas excessivamente finas.
d) A espessura final a obter para o conjunto de todas as camadas de tinta aplicadas sobre cada
superfície, será definida conforme o sistema de pintura a utilizar.
e) A superfície a pintar deverá estar bem limpa e sem humidade. Além disso, tratando-se de uma
segunda demão, só deverá ser executada depois da primeira estar convenientemente seca. Se a
película de tinta se apresentar muito dura e lisa, terá que ser lixada para se obter melhor
aderência.
f) No caso particular dos trabalhos a executar com tintas ou vernizes de reacção (dois ou mais
componentes) deverão respeitar-se as instruções dos fabricantes, em especial no que se refere às
proporções da mistura dos diversos componentes e ao "POT-LIFE" (tempo de aplicabilidade do
produto depois de efectuada a mistura da base com o catalizador).

Pintura a Tinta Texturada

Compreende a execução de todos os trabalhos de pintura em paramentos de paredes exteriores

Página 63 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

indicados no projecto e seu acabamento, bem como os trabalhos acessórios.


a) Será utilizada tinta de base plástica (tipo "PlastoCin" da CIN) aplicada a rolo por forma a
conseguir um recobrimento perfeito de toda a superfície. A pintura deverá apresentar cor
uniforme e estável e ser impermeável à água. A aplicação poderá ser feita directamente sobre o
emboço, caso este, apresente uma superfície desempenada e lisa, podendo dispensar-se o
isolamento mediante documento comprovativo da impermeabilidade da tinta fornecida pelo
fabricante.
b) Os paramentos deverão estar bem secos e sem formação de eflorescências quando da
aplicação da pintura.
c) Serão feitos ensaios de cor e pintura para apreciação pela Fiscalização.

B.14. Serralharias de Ferro

Os perfis a utilizar serão de aço macio, de acordo com o Regulamento de Estruturas de Aço para
Edifícios e terão as secções indicadas nos desenhos do Projecto.

Todas as serralharias de ferro serão limpas e metalizadas, em oficina.

O transporte e manuseamento das serralharias deverão ser efectuado com cuidado, de modo a
evitar a deformação das peças e a danificação do tratamento anti-corrosivo. Em qualquer caso,
a rectificação destas deformações ou do tratamento anti-corrosivo deverá ser realizada antes do
assentamento das serralharias e o seu custo será suportado pelo Empreiteiro.
Em todas as estruturas metálicas, as ligações por aparafusamento, rebitagem ou braçadeiras
serão firmes. As ligações por soldadura serão perfeitas e executadas de acordo com as Normas
Portuguesas em vigor. As superfícies a soldar deverão estar limpas e sem escórias, procedendo-se
à sua repicagem quando os cordões forem obtidos por mais de uma passagem.

As portas metálicas serão estruturadas em perfis de aço metalizados, devidamente soldados e


contraventados, e chapeados dos dois lados com chapa de aço metalizada.

Os aros serão também em perfis de aço macio, assentes, antes da execução dos rebocos, por
meio de buchas metálicas expansíveis, não oxidáveis.

Os vazios entre os aros e as alvenarias ou elementos de betão serão preenchidos com veda-juntas
de espuma de poliuretano de modo a assegurar a estanquicidade do aro e a permitir o
acompanhamento das dilatações e contracções diferenciais dos diferentes materiais.

Os assentamentos deverão ser efectuados de forma que as partes móveis trabalhem suavemente,
sem prisões, apresentando uma folga sempre igual e nunca superior a 2 mm em relação aos
elementos fixos onde se inserem.
As ferragens serão de primeira qualidade, a aprovar pela Fiscalização.

As grelhas de ventilação localizadas nas fachadas serão do tipo persiana, executadas em perfis e
barra de ferro, e serão dotadas de redes “anti-pássaro” em metal inoxidável. O afastamento entre
as persianas e a sua inclinação será tal que não haja passagem de chuvas para o interior do
edifício, por acção de ventos horizontais.

No assentamento das portas metálicas serão respeitadas as tolerâncias seguintes:


- Verticalidade das ombreiras ............................................................. 2 mm
- Horizontalidade das vergas ......................................................................... 2 mm

- Desvio, na horizontal, do eixo, em relação às cotas dos desenhos 5 mm

Página 64 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

O preço das portas deverá incluir o fornecimento e assentamento das ferragens e fechaduras,
bem como dos vidros e grelhas nelas incorporadas.

O preço das grelhas deverá incluir a metalização, e a pintura a tinta de esmalte, executada
conforme especificado no capítulo “PINTURAS”.

B.15. Tectos Falsos em Gesso Cartonado

Os tectos falsos só serão montados depois de concluídas as coberturas dos compartimentos onde
irão ser instalados e depois de todos os paramentos dos referidos compartimentos estarem
completamente acabados e inspeccionados pela Fiscalização

Os perfis de suspensão dos tectos falsos serão montados em perfis de alumínio.

As estruturas serão suspensas por meio de cabos reguláveis. Utilizar-se-ão buchas metálicas
expansíveis sempre que os cabos sejam fixos a elementos de betão.

As estruturas serão montadas de modo a que a segurança e rigidez de todo o tecto fique, desde
logo, assegurada.

O preço dos tectos falsos incluirá ainda as aberturas e reforços necessários para a instalação de
grelhas, difusores, armaduras de iluminação e outros elementos previstos nos Projectos de
Instalações Especiais.

B.16. Vidros

Para tudo o que estiver omisso na presente especificação, os elementos vítreos e sua aplicação
deverão obedecer às seguintes normas portuguesas:
NP - 69 - CHAPA LISA DE VIDRO - TERMINOLOGIA DOS DEFEITOS
Fixa e define os termos a usar na designação dos principais defeitos de chapa lisa de vidro.
NP - 70 - CHAPA LISA DE VIDRO - ESPESSURA E MASSA
Fixa os valores recomendados, da espessura e da massa por unidade de chapa lisa de vidro de
superfície rectangular, na sua forma inicial.
NP - 177 - CHAPA LISA DE VIDRO - CLASSIFICAÇÃO E RECEPÇÃO
Estabelece a classificação da chapa lisa de vidro, fixando as características diferenciadoras das
classes e as tolerâncias.
Indica as regras para a colheita de amostras e para a recepção.

Geral

A chapa deverá apresentar uma cor uniforme e quando vista de cutelo, apresentar a mesma
tonalidade de cor em todo o seu comprimento.
Poderá apresentar um máximo de 5 "piques" por metro quadrado, que não devem estar situados
num círculo de 20 cm de diâmetro.
A chapa não deve apresentar "bolhas", ampolas, serpenteios, fiadas, cordas, arranhaduras,
queimaduras, desvitrificações ou bolhas rebentadas, nem "bolhetes espalhados", "alvoraçados" ou
"murças".
Para definição dos termos usados designativos dos defeitos de vidraça deve ser consultada a NP -
69.

Página 65 de 66
CADERNO DE ENCARGOS – ARQUITECTURA

Dimensões

As dimensões e formas das chapas serão as indicadas no projecto, admitindo-se para tolerâncias
destas medidas os valores assinalados na NP - 70.
Cada embalagem, à saída da fábrica, só deve conter chapa de vidraça de uma classe e deve
levar indicado por forma indelével a designação do fabricante e a sua classe.

Armazenamento

1. Deve haver particular cuidado, na descarga, acomodação e armazenamento das "chapas de


vidraça", evitando que se possam quebrar nas arestas ou riscar por contactos com materiais duros
ou de umas com as outras.
2. Com esse intuito, quando se armazenarem em sobreposição, haverá que colocar entre elas
umas camadas de papel grosso ou de palha miúda.
3. Deverão ser armazenadas em recinto coberto e vedado, separadas por lotes perfeitamente
identificados, só devendo daí ser retiradas para transporte imediato para o local de colocação.

Composição Química de Vidros Comerciais

LÂMINA VIDRO LAMINADO CHAPAS


ESTRIADA E IMPRESSO
Na2O 14 a 16% 12 a 14% 13 a 14%
CaO 8 a 10% 11 a 14% 13 a 14%
SiO2 71 a 73,9% 70,2 a 72,5% 70,5 a 13%
MgO 1,5 a 3,5% 0 a 2% 0 a 1%
Fe2 + Al2O3 0,5 a 1,5% 0,5 a 1,5% 0,5 a 1,5%

Aplicação em Obra

A fixação dos vidros será efectuada para que não seja afectada a sua conservação por acção
da temperatura, quer sobre eles, quer sobre a caixilharia. Todos os vidros serão assentes com
massas apropriadas e terão sempre folgas em relação aos caixilhos ou elementos onde se inserem,
devendo ficar perfeitamente imobilizados pela massa ou rebites, de modo a não sofrerem efeitos
de vibração.

Critérios de Medição

A unidade de medição é o metro quadrado (m2).


O preço unitário do artigo correspondente engloba todos os encargos, com materiais,
equipamentos e mão-de-obra necessários à boa aplicação do vidro.

B.17. Omissões

Em todos os casos omissos neste Caderno de Encargos, reger-se-á o adjudicatário pelos projectos,
das diferentes especialidades, que constituem elemento fundamental da empreitada e pelos
Regulamentos Angolanos em vigor.

Página 66 de 66

Você também pode gostar