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Talvez para reafirmar o ja dito, talvez para que o leitor não esqueça, mas o autor
retoma varias vezez durante o decorrer do capítulo as mesmas ideias. Principalmente o
fato de que as pessoas escravizadas eram tratadas como uma propriedade, daqueles que
se diziam seus senhores, utilizando-se de termos como “bens móveis”e “mercadorias”
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livres possuem direitos e deveres definidos por seu status social, político e até religioso,
aqui oss escravos possuem apenas obrigações.
As guerras na África eram a principal forma de adquirir escravos, usada tanto pelos
Europeus como pelos Islâmicos, ambos compravam os cativos de guerra das comunidades
locais. Também era possível haver escravidão como forma de punição a crimes como
assassinato, roubo, adultério e bruxaria, existiam procedimentos judiciais e religiosos
responsáveis por este processo. A escravização voluntária também era possível, mas esta
era fruto do desespero humano, quando ja não haviam mais opções além de morrer de
fome.
Mesmo com tanta importância econômica dada ao trabalho forçado, este coexistia
com outras formas laborais, como a servidão, a clientela, o trabalho assalariado, o penhor
e o trabalho comunal. Estes trabalhadores ainda que dependessem de alguém para garantir
o seu sustento possuiam a relativa liberdade inerente a todos aqueles que pertenciam a
classe “livre” da sociedade, no caso dos trabalhadores escravos os senhores decidiam se
estes poderiam casar-se e com quem. Inclusive seus direitos reprodutivos eram tolhidos,
muitos homens eram castrados, no caso das mulheres, seus desejos raramente eram
levados em consideração. As famílias, legalmente falando não poderiam se separadas,
mas na prática muitas vezes isto não ocorria e núcleos familiares eram desfeitos.
Diante de uma inserção tão intensa de estrangeiros escravizados este tipo de mão
de obra tornou-se essencia para o funcionamento da economia de locais como América e
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Islã. Existem três situações que refletem bem a necessidade deste modo de produção, a
primeira é a relação entre a África e a demanda por escravos no mundo islâmico do norte
da África e Oriente Médio; a segunda enfatiza a conexão entre a África e as Américas; a
terceira diz respeito a utilização produtiva de escravos na África.