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Cadeira de Contabilidade Bancaria e de Seguros

Bancos Públicos versus Fundo de Desenvolvimento Distrital (vulgo sete bis)

Alfiado José Rafael

Teste 2, pesquisa de campo/ pesquisa bibliográfica

Tutor: Ricardo Dias

2018
Agradecimentos

Aos meus amigos, colegas de trabalho agradeço pelo estímulo e amizade e


Mais o mais importante de todos, a Deus, meu princípio e fim, pela sua presença na minha
vida.

ii
Índice

Lista de siglas e abreviaturas ................................................................................................. iv


Introdução ............................................................................................................................... v
Objectivos gerais da pesquisa ................................................................................................ vi
Objectivos específicos da pesquisa ........................................................................................ vi
Metodologia ........................................................................................................................... vi
Subtítulo 1 Fundo Distrital de Desenvolvimento – FDD ................................................. vii
Etapas do processo de seleção dos projetos do FDD ........................................................... viii
Subtítulo 2 – Ideia da criação de um banco público ......................................................... ix
Possível vantagem de criação de um banco público .............................................................. ix
E se for um banco privado em parceria com o governo? ...................................................... ix
Conclusão .............................................................................................................................. xi
Recomendações ao estado .................................................................................................... xii
Recomendações aos mutuários ............................................................................................. xii
Referências bibliográficas ................................................................................................... xiii

iii
Lista de siglas e abreviaturas

CCL – Conselho consultivo da localidade


CCA – Conselho consultivo do posto administrativo
CCD – Conselho consultivo distrital
FDD – Fundo distrital de desenvolvimento

iv
Introdução

De acordo com o n° 1 Artigo 7, (Organização Territorial), da Constituição da Republica,


Moçambique organiza se Territorialmente em Províncias, Distritos, Postos Administrativos,
Localidades e Povoações.
Moçambique è um país localizado na costa sudeste do continente africano, com área de
801.590 km2, possui 28,861,863 de habitantes (INE, 2017) e, no geral, a esperança de vida
não ultrapassa os 50 anos de idade. A taxa de alfabetização é de 50,8% e de forma
discriminada entre homens e mulheres. A masculina é de 66,8% e a feminina é de 36,9%.
Grande parte da população (70%) vive em zonas rurais e dedica-se maioritariamente a
agricultura. No tocante a divisão administrativa, o país é constituído por 11 Províncias que são
divididas em 128 Distritos e estes em 414 Postos Administrativos.

v
Objectivos gerais da pesquisa
 Conhecer a finalidade da ideia da criação do FDD;
 Conhecer a quem estava destinado para esse fundo e fases da obtenção do mesmo;

Objectivos específicos da pesquisa


 Âmbito e grau de execução do FDD pelos mutuários e
 Saber se vale apenas prevalecer o FDD.

Metodologia

A metodologia a ser apresentada nesse trabalho, será a pesquisa bibliográfica e documental


para extrair o máximo de informação sobre o tema que enfatiza a criação e objectivos da
criação do FDD.
Por tanto, trata-se de uma pesquisa exploratória, pois tem-se o objectivo de escrever e
aprimorar as ideias sobre o tema. A caracterização da pesquiza è qualitativa.

vi
Subtítulo 1 Fundo Distrital de Desenvolvimento – FDD

No âmbito da implementação da lei 8/2003 de 19 de Maio, que estabelece princípios e normas


de organização, competências e funcionamento dos órgãos locais do Estado nos escalões de
Província, Distrito, Posto Administrativo e Localidade, bem como do respectivo regulamento
aprovado pelo decreto nº11/2005 de 10 de Junho, o Distrito tornou-se a base de planificação
do desenvolvimento econômico, social e cultural, passando a ser dotado de orçamento
próprio, como já destacado.
Nesta perspectiva, o governo de Moçambique instituiu no ano 2006, o Orçamento de
Investimento de Iniciativa Local (OIIL) com a finalidade de induzir transformações na
economia rural de forma a tornar os Distritos unidades orçamentais e centros dinâmicos de
promoção da economia multifuncional e que contribuíssem para fazer do distrito o efetivo
polo de desenvolvimento do país.
Os governos Distritais passaram então a ser responsáveis pela execução do OIIL em projetos
de produção de alimentos, geração de renda com impacto junto às populações locais. O OIIL
constituiu teoricamente um mecanismo para a materialização da visão, dos objetivos
estratégicos e das prioridades constantes nos instrumentos de políticas e estratégias
governamentais de Moçambique. (MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO et al, 2009).
Na concepção do governo, para a consolidação do OIIL, no que refere a maior autonomia,
rigor e profissionalismo na gestão e racionalização dos recursos, ampliação do impacto e
maior controle dos recursos pelas instituições locais, como forma de tornar o processo mais
sustentável, em Dezembro de 2009 foi aprovado o Fundo Distrital de Desenvolvimento (FDD)
pelo decreto nº 90/2009, de 15 de Dezembro. (DNPDR, 2009).
A Direção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural é uma instituição ligada ao
Ministério da Administração Estatal de Moçambique que, dentre outras funções, visa elaborar
propostas de políticas e estratégias de desenvolvimento rural que resultem na melhoria das
condições de vida e bem-estar da população. Para essa organização (DNPDR, 2011), a
necessidade de transformação do OIIL em FDD baseou-se na criação de mecanismos flexíveis
apropriados e legalmente enquadrados que assegurassem a gestão criteriosa, transparente e
autônoma de recursos do orçamento do Estado, dos reembolsos dos empréstimos e dos fundos
concedidos por instituições nacionais ou internacionais, na aferição de maior dinâmica
econômica e financeira no nível local e na criação de um fundo vocacionado à promoção de
atividades econômicas através da captação, disponibilização e recuperação de recursos.

vii
O Decreto nº 90/2009 criou em cada um dos 128 Distritos o Fundo Distrital de
Desenvolvimento, tutelado pelo Governador Provincial. É uma Instituição Pública dotada de
personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira, que se destina a captação e
gestão de recursos financeiros provenientes de orçamento do Estado, dos recebimentos dos
empréstimos concedidos (sujeitos à aplicação de taxas de juros) e fundos concedidos por
instituições nacionais ou internacionais a título de donativo. Este fundo visa financiar ações
que estimulem o empreendedorismo no nível local de pessoas pobres, mas economicamente
ativas e que não têm acesso ao crédito bancário; atividades de produção e comercialização de
alimentos, criação de postos de trabalho permanentes ou sazonais, assegurando a geração de
rendimento; ações que visem melhorar as condições de vida relacionadas com as atividades
econômicas e produtivas das comunidades locais, mediante a concessão de empréstimos
reembolsáveis. (CONSELHO DE MINISTROS DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE, 2009).

Etapas do processo de seleção dos projetos do FDD

1. Determinação dos limites do FDD para os distritos pela Tesouraria Nacional e o


Ministério de Planificação e Desenvolvimento;
2. Homologação dos planos anuais distritais pelo governador provincial;
3. Definição das áreas prioritárias dos distritos e divulgação da existência dos FDD;
4. Submissão das propostas de projetos ao CCL pelos proponentes;
5. Apreciação e seleção das propostas de projetos pelo CCL e em seguida pelo CCA;
6. Avaliação técnica das propostas de projetos pela comissão técnica da secretaria
Distrital – repartição de planificação e desenvolvimento local, submetidas pelo CCA;
7. Submissão do parecer técnico das propostas de projetos ao CCD para apreciação e
aprovação, pela comissão técnica da secretaria distrital;
8. Apreciação e aprovação/reprovação das propostas de projetos a financiar;
9. Divulgação da lista de projetos aprovados/reprovados aos CCA e CCL pela comissão
técnica da secretaria distrital;
10. Comunicação dos projetos aprovados aos beneficiários/mutuários pelos CCA e CCL;
11. Celebração dos contratos e recepção dos fundos;
12. Monitoria da execução do projeto pela comissão técnica, CCL, CCA e CCD e
13. Reembolso dos FDD pelos mutuários/beneficiários.

viii
A criação de um banco público vocacionado para o efeito não seria boa alternativa?

Em linhas gerais, coma criação do FDD foi uma boa iniciativa para o desenvolvimento dos
Distritos conforme visa o seu objectivo, mas no final de tudo a maior parte do povo da terra
do metical, se desviam dos seus projectos quando os fundos são desembolsado para a
execução dos seus projectos. Por um lado, a maior parte dos mutuários ao receberem os
fundos, aplicam o mesmo para a aquisição de géneros alimentícios e outras aquisições que se
desviam do projecto desenhado e aprovado pelo técnicos da CCD, por outro lado a minoria
dos mutuários as vezes chegam a implementar com o projectado mas dependendo do projecto
as mudanças climáticas acabam recuando todo o esforço a trabalho e a custo zero.
Contudo, existe maior fragilidade no reembolso desses fundos por parte dos mutuários, isto è,
esse fundo ajuda para quem o recebe por um breve e curto espaço de tempo.

Subtítulo 2 – Ideia da criação de um banco público

Aliado à proposta da criação do banco público vocacionado para o efeito, eu acho que seria
uma boa alternativa, pesem bora sendo um banco publico, banco è banco. Com tudo só
poderia se aproximar a esse banco quem è objectivo e que tenha objectivo pelo qual precisa do
fundo, tomando em conta que os bancos tem as suas condições.

Possível vantagem de criação de um banco público

Como vantagem da criação de banco público para financiamento de projectos de


desenvolvimento distritais è a procura por esse financiamento pessoas serias envolvidas na
componente “empreendedorismo criação de auto emprego”. Desencorajando assim as pessoas
que procuram por esse financiamento para efeito de combate a fome nas suas casas.

E se for um banco privado em parceria com o governo?

Em muitos casos, os bancos privados, no leque dos seus objectivos è a obtenção do lucro, dai
que, caso o Governo queira criar parceria com os bancos privados, urge a necessidade das
duas partes sentarem e encontrar um meio-termo na componente de taxas e juros. Porque com
fundo de desenvolvimento Comunitário, o Estado não espera lucros para os cofres do estando

ix
mas sim tem como objectivo a redução do índice de pobreza no seio das comunidades
Distritais.

x
Conclusão

A pós a pesquisa do presente trabalho, cheguei a conclusão de que o FDD veio para alavancar
as populações dos Distritos mas a população (mutuários) interpretam mal esse fundo.

xi
Recomendações ao estado

 Parar com o financiamento do FDD;


 Abrir espaço para financiar os funcionários visto que eles podem ter visão de fazer o
uso devido do fundo assim como o seu reembolso estará garantido independentemente
de não reembolso, cabendo estes criar postos de empregos para a população.

Recomendações aos mutuários

 O FDD não se difere a uma família que cresce e evolui em geração por geração. O
FDD é a chance de transformarmos as nossas como comunidades assim como as
nossas vidas pessoais através da aplicação desse fundo nos projectos pelos quais
fizeram com que saia esse fundo.
 Reembolsar os fundos de modo que os outros adiram isto è se o meu projecto na
comunidade è de vender sal, há necessidade de haver outro na comunidade que possa
vender peixe, arroz, etc.

xii
Referências bibliográficas

• Decreto no. 90/2009 de 15 de Dezembro do Conselho de Ministros criou o Fundo


Distrital de Desenvolvimento (FDD),
• Constituição da Republica de moçambique,
• Manual de procedimentos do Ministério da Planificação e Desenvolvimento e
• Dados do Instituto Nacional de Estatística – Agosto de 2017.

xiii

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