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INTRODUÇÃO
Hoje, mais do que nunca, estamos conscientes de que a
energia, a capacidade de produzir trabalho, é vital
para a nossa civilização moderna. Nas suas diversas
formas (elétrica, mecânica, química, calorífica,
luminosa, etc.) é utilizada para a manufatura de
produtos, transporte, aquecimento, refrigeração, e
demais trabalhos.
A célula viva igualmente necessita de energia
para a realização dos diversos trabalhos fisiológicos
que executa: biossínteses (trabalho químico), transporte
ativo (trabalho osmótico), contração muscular (trabalho
mecânico), bioluminescência, etc.
BIOENERGÉTICA
A bioenergética é o campo da bioquímica que
trata das transformações e uso da energia pelas células
vivas.
A termodinâmica, parte da física que trata das
alterações energéticas, afirma, na sua 1a Lei que “a
energia não é criada e nem destruída, mas apenas
transformada”, e, numa 2a Lei que “todas as
transformações, físicas ou químicas, tendem a
ocorrer numa direção tal que a energia útil (aquela
capaz de produzir trabalho), sofre degradação
irreversível para uma forma desordenada, chamada
de entropia”.
ENERGIA LIVRE
Existem duas formas de energia útil que pode ser
obtida através de reações químicas:
MOLÉCULAS ADP + Pi
COMBUSTÍVEIS + O2
TRABALHOS
FISIOLÓGICOS
CO2
ATP
H2O
ΔG = EB - EA
ΔG < 0 : reação exergônica
Ea
A
ΔG = ΔH - T ΔS
ΔG
B ΔH = variação de entalpia
ΔS = variação de entropia
Coordenada da reação
CONCEITO DE ENERGIA LIVRE DE UMA REAÇÃO
QUÍMICA
ΔGo = - RT ln Keq
ΔG = ΔGo + RT ln Keq
ΔG = ΔGo + RT ln 1
ΔG = ΔGo + RT x 0
ΔG = ΔGo
Ligações fosfóricas
Estrutura do ATP
NUCLEOTÍDEOS DE ADENOSINA E SUA
ENERGIA DE HIDRÓLISE
NH2
N
N
CH
OH OH OH N N
OH P O P O P O CH2 O
O O O
OH OH
ATP → ADP ; ∆G= - 8.000 cal/mol
Adenosina
ADP → AMP ; ∆G= - 6.500 cal/mol
Adenosina monofosfato = AMP
AMP → ADENOSINA; ∆G= - 2.200 cal/mol
ATP ADP
CH2OH H2C O H2PO 3 ATP → ADP ∆G = - 8.000 cal/mol
O O
GLUCOSE → GLUCOSE-6-P ∆G = 3.300 cal/mol
∆G = - 4.700 cal/mol
GLUCOSE GLUCOSE-6-P
ADP ATP -
O O O O
- 1,3-DPGA→ 3-PGA ∆G = - 11.800 cal/mol
C O P O C
-
HCOH O H C OH ATP → ADP ∆G = 8.000 cal/mol
CH2O H2PO3 CH2O H2PO 3
∆G = - 3.800 cal/mol
1,3-DIFOSFOGLICERATO 3-FOSFOGLICERATO
ENZIMAS
• CONCEITO
• ESPECIFICIDADE (SÍTIO ATIVO)
• DESNATURAÇÃO PROTÊICA e
INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA
• CINÉTICA ENZIMÁTICA
• EQUAÇÃO DE MICHAELLIS-MENTEN
• CONCEITOS BIOQUÍMICOS DE Km e Vm
• FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE
ENZMÁTICA
CONCEITO
São proteínas fabricadas pela própria célula, com a
função de acelerar as reações químicas,
termodinamicamente possíveis, porém sem alterar
os valores de Variação de Energia Livre ( ∆G) ou a
Constante de Equilíbrio da reação (Keq).
Atuam em quantidades extremamente baixas em
relação à quantidade ou concentração de substrato
processada, e tornam a velocidade das reações
compatíveis com as exigências do metabolismo.
Tais reações não ocorreriam, ou se ocorressem,
seria com velocidade extremamente baixa,
comprometendo a manifestação dos processos
metabólicos vitais.
ESPECIFICIDADE
No. moleculas
20oC 30oC
Ea 20%
Ea* 50%
S reagem reagem
ΔG
1 2 3 4 5
Coordenada da reação
Ea* = energia de ativação na presença da enzima
Energia cinética
A CATÁLISE
HIDRÓLISE DA URÉIA
H+
O=C(NH2)2 + H2O CO2 + 2NH3 Ea = 24.600 CAL/MOL
UREASE
O=C(NH2)2 + H2O CO2 + 2NH3 Ea = 6.800 CAL/MOL
Fe+++
H2O2 H2O + 1/2O2 Ea = 10.100 CAL/MOL
CATALASE
H2O2 H2O + 1/2O2 Ea = 1.700 CAL/MOL
CINÉTICA DE REAÇÃO
[P] [S2] Nos instantes iniciais da reação,
substrato reage com a enzima
formando o complexo enzima-
[S1]
substrato. A partir daí a velocidade de
formação de produto se processa com
velocidade constante, até o momento
em que a redução na concentração de
0 10 20 30 min substrato afete a velocidade de reação.
Vm/2
Km [s]
s0 s1 s2 s3 s4 sn
P0/t Pn/t
V0 Vn
MODELO MATEMÁTICO DA CATÁLISE
ENZIMÁTICA
+ K1 K3 +
K2
ENZIMA COMPLEXO
SUBSTRATO ENZIMA-SUBSTRATO PRODUTO
12 0 0 v0 = K3 x 0
9 100.000 3 v1 = K3 x 3
8 200.000 4 v2 = K3 x 4
7 300.000 5 v3 = K3 x 5 = Vm/2
6 400.000 6 v4 = K3 x 6
5 500.000 7 v5 = K3 x 7
3 600.000 9 v6 = K3 x 9
0 800.000 12 vn = K3 x 12 = Vm
CINÉTICA ENZIMÁTICA
Vm
Vm.[S]
Vm/2 v = Km + [S]
Km [s]
V1 V3
E + S ES E + P
V2
Vm
Vm.[S]
Vm/2 v = Km + [S]
Km [s]
V1 V3
E + S ES E + P
V2
Vm = velocidade máxima: concentração de Km = constante de Michaelis:
saturação dos sítios ativos, todas as concentração de semi-saturação dos
moléculas de enzima estão na forma ES sítios ativos, 50% das enzimas estão na
forma de complexo ES e 50% livres
TRANSFORMADA DE LINEWEAVER-BURK
(RETIFICAÇÃO DA HIPÉRBOLE)
V
Vm 1/ V
Vm/2
1/ Vm
Vm . [S]
V= Km . 1/[S] + 1/Vm
Km + [S] 1/ V =
Vm
FATORES QUE AFETAM A
ATIVIDADE ENZIMÁTICA
• CONCENTRAÇÃO DE SUBSTRATO
• CONCENTRAÇÃO DE ENZIMA
• pH (concentração hidrogeniônica)
• TEMPERATURA
• INIBIDORES
• EFETORES ALOSTÉRICOS
• COFATORES ENZIMÁTICOS
Efeitos das concentrações de enzima e de
substrato
Vm
Vm
Vm/2
Vm/2
Km [s]
V1 V3
E + S ES E + P
V2
ATIVIDADE
0 3 7 10 pH
[H+] [OH-]
COOH COO-
COO-
NH3+ NH2
NH3+
ENERGIA CINÉTICA
100%
ATIVIDADE/VELOCIDAD
TERMODESNATURAÇÃO PROTÊICA
(% DE ENZIMAS ATIVAS)
E
0 30 60
TEMPERATURA
TEMPERATURA ÓTIMA
INIBIDORES ENZIMÁTICOS
(SE ALOJAM NO SÍTIO ATIVO DA ENZIMA)
• COMPETITIVOS (REVERSÍVEIS)
ENZIMA
INIBIDOR
SUBSTRATO
COMPLEXO ENZIMA-SUBSTRATO
SUBSTRATO E INIBIDOR COMPETEM
PELO SÍTIO ATIVO
ENZIMA
INIBIDOR
SUBSTRATO
COMPLEXO ENZIMA-INIBIDOR
Ácido malônico: um inibidor competitivo
Ácido malônico
Cinética de uma inibição competitiva
Sem inibidor
Vm
Com inibidor
Vm/2
Km Kmi [S]
-SH
FCH2COOH
ENZIMA
INIBIDOR
SUBSTRATO (FLUORACETATO)
-S-CH2COOH
ENZIMA
SUBSTRATO
Cinética de uma inibição não competitiva
Sem inibidor
Vm
Vm
Vm/2
Vm/2 Com inibidor
Km [S]
Atividade
[Efetor]
Cofatores enzimáticos
NADH+H+ NAD+
H O
CH2OH
C
CH3
CH3 Desidrogenase alcoólica
ETANOL
ACETALDEÍDO
Cofatores nas reações de óxido-redução
Reação de produção do lactato na glicólise e na fermentação alcoólica
COOH
COOH
desidrogenase lática
C O HO C H
CH3 CH3
+ +
NADH + H NAD
REAÇÃO ENZIMÁTICA COM PARTICIPAÇÃO
DE GRUPO PROSTÉTICO