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Invocação inicial:

Deus, vinde em nosso auxílio.


Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao pai. Como era(Aleluia)

Antes de todo louvor: Faz-se o sinal da cruz sobre os lábios às palavras:


Abri, Senhor, os meus lábios: E a minha boca anunciará o vosso louvor.
Recita o Salmo 94: –1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!

–2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *

e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

–3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *

o grande Rei, muito maior que os deuses todos.

–4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *

e as alturas das montanhas lhe pertencem;

–5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *

e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

–6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *

e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!

=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †

e nós somos o seu povo e seu rebanho, *

as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †

“Não fecheis os corações como em Meriba, *

9 como em Massa, no deserto, aquele dia,

– em que outrora vossos pais me provocaram, *

apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †

e eu disse: “Eis um povo transviado, *

11seu coração não conheceu os meus caminhos!”

– E por isso lhes jurei na minha ira: *

“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Laudes: Oração da manhã, início do dia
Hora Intermediária: Oração das 9, 12 e 15horas(Pag.10)
Vésperas: Oração do entardecer, recitada no fim da tarde(Pag.14)
Completas, recitada antes de dormir(Pag.19)

Laudes
TEMPO DO ADVENTO
I
Uma voz que vem de longe
Faz estremecer a noite,
Prometendo a madrugada
Que anuncia a luz de Cristo.
Despertai, adormecidos
Na escravidão do pecado:
Já desperta o novo Sol,
Vencedor do inimigo.
Do alto desce o Cordeiro,
Que nos traz a salvação.
A voz clama no deserto:
Preparai os seus caminhos.
E quando, no fim dos tempos,
De novo Cristo vier,
Mereçamos ser chamados
Para a glória dos eleitos.
Glória e louvor sejam dados
A Deus Pai e a seu Filho,
Com o Espírito Paráclito,
Agora e por todo o sempre.
II
Erguei-vos, que vem o Senhor!
A voz do profeta anuncia
Aos que O procuram no deserto:
Erguei-vos, que vem o Senhor!
O Reino de Deus se aproxima!
Erguei-vos, que vem o Senhor!
Em nós a esperança renasce
Ao ver cumpridas as promessas.
Erguei-vos, que vem o Senhor!
Endireitai suas veredas!
Erguei-vos, que vem o Senhor!
Nossos corações estremecem
E surgem cantos de alegria.
Erguei-vos, que vem o Senhor!
Lavai-vos dos vossos pecados!
Erguei-vos, que vem o Senhor!
Na água João vos baptiza
Como sinal de penitência.
Erguei-vos, que vem o Senhor!
É Ele, em verdade, o Messias!
Erguei-vos, que vem o Senhor!
No Espírito Santo e no fogo
Baptizará os que O seguirem.
Erguei-vos, que vem o Senhor!
É Ele o Salvador do mundo!
III
Ó glória eterna do Céu,
Esperança dos mortais,
Filho Único de Deus
E da Virgem sem pecado:
Estendei a vossa mão
Aos que anseiam por erguer-se.
Toda a alma se levante
E dê graças ao Senhor.
Resplandeça a madrugada,
Livre do poder das trevas,
E o fulgor da santidade
Ilumine a nossa vida;
E liberte os corações
Da escuridão do mundo;
E conserve o nosso peito
Em pureza permanente.
Vivamos para o Senhor,
Caminhando à luz da fé,
Animados na esperança,
Unidos na caridade.
Dêmos glória a Deus Eterno
E a seu Filho, em união
Com o Espírito Paráclito
Pelos séculos dos séculos.
TEMPO DA QUARESMA

I
Desperta já a luz do novo dia,
Jubilosos cantemos nossa fé;
Peçamos ao Senhor humildemente
Que acenda o seu fervor em nossas almas.
Andemos confiantes os caminhos
Que purificam o homem do pecado,
Ao Senhor convertidos, procuremos
Uma verdade nova em nossas vidas.
Circule em nosso ser a seiva nova,
Caudal de puras águas cristalinas,
Que, brotando do lado do Senhor,
Correm vivas até à eternidade.
Recebei, ó Pai santo, este louvor,
Que, unida para sempre a vosso Filho
No amor do Espírito divino,
A Igreja peregrina reza e canta.
II
A clemência de Deus é infinita,
Ele perdoa as culpas do seu povo:
Dá luz ao cego, dá ouvido ao surdo,
Dá voz ao mudo, os mortos ressuscita,
E faz do mundo antigo um mundo novo.
Com poderosas armas se levanta
A negra morte sobre toda a terra;
A palavra de Deus é esquecida,
Cercam as trevas a Cidade Santa,
Em vez da paz é construída a guerra.
Acolhei esta nossa penitência,
Fazei-nos testemunhas da esperança,
Semente duma nova humanidade,
Sinal da vossa eterna complacência,
Povo de Deus que pelo mundo avança.
O vosso Filho nos salvou da morte,
A morte mais infame suportando;
Presos, porém, ainda do pecado,
Vossa misericórdia nos conforte,
No tempo da Quaresma nos guiando.
Deus, nosso Pai,
É clemente e compassivo.
Ele nos corrige,
Ele nos dá o seu perdão.
III
Eis o tempo favorável
Que nos deu a Divindade,
Para que tenham remédio
As culpas da humanidade.
A luz excelsa de Cristo
Nos traz hoje um novo dia,
Que nos tira do pecado
E a salvação anuncia.
Penitentes, corpo e alma,
Assim Deus não nos condene
E nos leve em alegria
À sua Páscoa perene.
Renovados pela graça,
Erguei um cântico novo
Ao Pai que enviou seu Filho
A resgatar o seu povo.
IV
Ó glória eterna do Céu,
Esperança dos mortais,
Filho Único de Deus
E da Virgem sem pecado:
Estendei a vossa mão
Aos que anseiam por erguer-se.
Toda a alma se levante
E dê graças ao Senhor.
Resplandeça a madrugada,
Livre do poder das trevas,
E o fulgor da santidade
Ilumine a nossa vida;
E liberte os corações
Da escuridão do mundo;
E conserve o nosso peito
Em pureza permanente.
Vivamos para o Senhor,
Caminhando à luz da fé,
Animados na esperança,
Unidos na caridade. Dêmos glória a Deus Eterno
E a seu Filho, em união
Com o Espírito Paráclito
Pelos séculos dos séculos
TEMPO PASCAL
À ASCENSÂO DO SENHOR
I
Da terra aos Céus Se eleva triunfante
E senta-Se em seu trono o Rei eterno:
Julgará com justiça a humanidade.
Por nossa causa Ele sofreu a morte;
Ressuscitando, fez o homem novo;
Subindo aos Céus, mostrou a sua glória.
Eis nas alturas a Cidade Santa:
Caminhai, ó nações, ao seu encontro;
Cristo, Rei do universo, vos espera.
O Senhor vence os reinos poderosos,
Aos pés de Cristo hão-de humilhar-se os grandes
E serão exaltados os humildes.
Assim como subiu por entre as nuvens,
Assim há-de voltar no fim dos tempos
O novo Adão da humanidade nova.
A morte já não é nosso destino:
A vinda do Senhor nós esperamos,
Eternamente em Cristo viveremos.
II
Lá Vos tornais, Senhor, onde subistes
Para lá nos subir donde descestes;
Nascestes para nós, por nós morrestes,
Morto por nos dar vida ressurgistes.
A nossa humanidade que vestistes,
Vestida para o Céu levar quisestes;
E tudo quanto nela merecestes
Connosco livremente repartistes.
O nascer, o morrer, o ressurgir,
O subirdes ao Céu por nos mostrar
O caminho por onde havemos de ir,
Tudo tem muito em si que contemplar;
Mais, muito mais em mim ver-Vos partir,
Sem Vos poder, meu Deus, acompanhar.
2.AO ESPÍRITO SANTO
Vem, ó Espírito Santo,
E da tua luz celeste
Soltando raios piedosos
Nossos ânimos reveste.
Pai carinhoso dos pobres,
Distribuidor da riqueza,
Vem, ó luz dos corações,
Amparar a natureza.
Vem, Consolador supremo,
Das almas hóspede amável,
Suavíssimo refrigério
Do mortal insaciável.
És no trabalho descanso,
Refresco na calma ardente;
És no pranto doce alívio
De um ânimo penitente.
Suave origem do bem,
Ó fonte de luz divina,
Enche nossos corações,
Nossas almas ilumina.
Sem o teu celeste influxo,
No mortal nada há perfeito;
A tudo quanto é nocivo
Está o homem sujeito.
Lava o que nele há de impuro,
Quanto há de árido humedece;
Sara-lhe quanto é moléstia,
Quanto na vida padece.
O que há de dureza abranda
O que há de mais frio aquece;
Endireita o desvairado
Que o caminho desconhece.
Os sete dons com que alentas
Os que humildes te confessam,
Aos teus devotos concede
Sempre fiéis te mereçam.
Por virtudes merecidas,
Dá-lhes fim que os leve aos Céus;
Dá-lhes eternas delícias
Que aos bons prometes, meu Deus.

HINOS VÁRIOS
I
Abri meus olhos, Senhor,
À luz da vossa presença.
Sou um ceguinho perdido
Que Vos procura: curai-me.
Abri, Senhor, minhas mãos
Que tudo esperam de Vós.
A cada pobre com fome
Levai-me a dar do meu pão.
Fazei-me andar sem parar,
Seja qual for o caminho.
Quero seguir-Vos, Senhor:
Os vossos braços me amparem.
Há meus irmãos que Vos gritam:
Eu os escute, Senhor.
Não seja surda a minha alma
A toda a voz de quem sofre.
Guardai-me a fé; tantos clamam
A vossa morte, Jesus.
E quando a noite chegar,
Ficai comigo, Senhor.
II
Bom Jesus, Salvador,
Cristo, imagem do Pai,
Rei imortal dos séculos,
Luz da Luz sempiterna,
Esperança do mundo.
Escuta a nossa prece.
Tu, Senhor, que quiseste
Ser Filho de Maria,
Recorda-Te de nós.
Porque nos redimiste,
Adoramos teu nome,
Cantando um canto novo.
Louvor e glória ao Pai
E a Ti, Jesus Cristo
E ao Espírito Santo.
III
Vão-se as sombras da noite sobre a terra.
Sobre a terra já brilha a luz da aurora.
Ajoelhemos, orando. Exulte a alma
No Senhor que nos ouve.
O Senhor nos atenda e nos envolva
No perdão que só Ele pode dar,
E nos salve e conceda o dom da paz
Na alegria do bem.
Glória ao Pai, glória ao Filho, glória em tudo
Ao Espírito Santo! Glória a Deus!
O seu nome se alargue no universo
Como um hino sem fim.
IV
Senhor do nosso tempo, dono das horas mortas,
Que nos deste o descanso e a trégua do sono
E trazes pela mão o sol que, no horizonte,
Confirma esta manhã de luz e claridade:
A aurora deu verdade aos olhos duvidosos,
O que pecou nas trevas volta ao bom caminho;
O trabalho e a esperança reconstroem o dia,
O mundo sabe a pão e à certeza do lar.
O Sangue do Cordeiro tirou todo o pecado:
Sobe a nossa oração, como astro esplendoroso
A Cristo, pedra firme, alicerce da vida,
Modelo e garantia da nova criação.
Deus do Universo, Esplendor da eternidade,
Que renovas dia a dia a luz da Terra,
Orienta os nossos passos peregrinos,
Confirma esta manhã de paz e claridade.
Entoemos um cântico ao Criador da luz
Até que a sua vontade ordene o nosso fim,
E que, bendizendo-O, nossa última aurora
Se perca num meio-dia sem manhã nem crepúsculo...
Louvor e glória a Ti, Santíssima Trindade,
Pai, Filho, Espírito Santo; que sempre Te adoremos,
Enquanto o astro dos tempos iluminar o mundo
E mesmo quando os séculos terminem o seu curso.
V
Ó inefável manancial de luz,
Verbo, onde o Eterno seu esplendor contempla,
Astro de que o sol é imperfeita sombra;
Dia sagrado a quem o dia pede a sua claridade.
Ergue-Te, Sol, adorável,
Que a eternidade transformas num só dia feliz;
Ilumina-nos sempre com teu fértil clarão,
Derrama em nosso peito o teu amor em chama.
Conduz a nossa alma pela tua senda,
Faz nosso corpo dócil à tua lei divina:
Infunde-nos uma esperança que a dúvida não abale,
E que jamais o erro perturbe nossa fé.
Que Jesus Cristo seja o nosso pão celeste
A água duma fé viva nos dessedente o peito;
Ébrios do teu espírito, sóbrios em tudo o mais,
Inspira a tua força em teus soldados.
VI
A ave anunciadora da manhã
Já nos previne que vem perto a luz;
Já, despertando as almas, se aproxima
O Sol de Cristo e à vida nos conduz.
Deixai os vossos leitos – diz-nos Ele –
Deixai o sono, as mágoas, a tristeza.
Estou chegando a vós! Ficai despertos
Vivendo na justiça e na pureza.
Do sono um breve tempo nos foi dado
Como da eterna morte breve imagem;
Nossos pecados são a escura noite,
Da eterna perdição triste mensagem.
Porém no firmamento a voz de Cristo
Nos vem dizer que vai nascer o dia;
Que perto vem a hora de ser livre
Quem no medo e torpor se refugia.
Já fogem os demónios que folgavam
Nas densas trevas, pois o galo canta;
Espantam-se os espíritos da noite,
Que a prometida luz já se levanta.
“Antes que o galo cante, por três vezes
Me negarás” – e Pedro assim fizera.
Porém, cantando o galo, acorda Pedro
E o ilumina a fé que ele esquecera.
Dissipa-nos o sono, Jesus Cristo,
Os vínculos da noite vem quebrar-nos;
Afasta para longe o vil pecado
E vem, ó nova Luz, iluminar-nos!
VII
Noite, trevas, densas nuvens,
Confusas formas do mundo:
Nasce a luz, os céus aclaram;
Afastai-vos que vem Cristo!
A escura terra se rasga
Dum fio de luz ferida;
As cores da natureza
Renascem ao Sol fulgente.
Assim as trevas que envolvem
Nossas almas pecadoras
Hão-de fugir como as nuvens
Que o divino Rei dissipa.
Ninguém pode ter ocultos
Agora os seus pensamentos;
A nova manhã penetra
Os mais íntimos segredos.
Ao começar cada dia
Começa a vida de novo:
Uns em busca do trabalho,
Da ganância tantos outros.
Nós, porém, outro cuidado
Além de Vós não nos move,
Jesus Cristo, a quem erguemos
Nossas preces, nossos hinos.
Penetrai nossos sentidos,
Perscrutai as nossas vidas;
As muitas manchas que temos
Vossa luz as purifique.
A Vós, Cristo, Rei piedoso,
A Deus Pai e ao Santo Espírito,
Honra, glória e louvor
Pelos séculos dos séculos.

HORA INTERMEDIÁRIA
Tempo do Advento
I
Senhor poderoso, de imensa piedade,
Aceita a oferenda da nossa humildade.
Do céu e da terra potente Criador,
Só a Ti reconheço por Deus e Senhor.
Oh perdoe ao povo a tua piedade,
Senhor do universo e da eternidade.
Abre, claro Céu, tuas portas sublimes,
Chove-nos o Justo, com que nos redimes.
Entreabra-se a terra, e como uma flor
Brote lá de dentro o nosso Salvador.
II
De novo a nossa terra, sequiosa,
Anseia pelas águas da alegria.
A esperança é força luminosa:
Quem sofre a longa noite atrai o dia.
De novo a nossa terra, prisioneira,
Abriu as portas para a liberdade.
A esperança é força verdadeira:
Quem sofre o mar domina a tempestade.
De novo a nossa terra, adormecida,
Desperta e para a festa se prepara.
Renasce do silêncio a flor da vida:
Quem morre como o trigo faz seara.
De novo está um povo peregrino
Buscando em pleno tempo a eternidade.
De novo a Igreja santa entoa um hino
À glória da Santíssima Trindade.
III
Vós que sois Senhor do tempo,
Deus fiel e sem mudança:
Morre o dia, vem a noite,
Guardai-nos todos unidos.
Concedei vida sem fim
E uma velhice sem trevas;
No dia da vossa vinda,
Brilhe em nós a eterna glória.
Ouvi-nos, Omnipotente,
Por Jesus, Filho Unigênito,
Que reina com o vosso Espírito,
Agora e por todo o sempre.

TEMPO DO NATAL
II. DESDE A SOLENIDADE DA EPIFANIA
I
Os santos Reis, prostrados,
Adoram o Menino,
Trazendo do Oriente
Ouro, incenso e mirra.
Ouro e incenso proclamam
Rei e Deus imortal;
A mirra é testemunho
Da morte do Senhor.
Belém, agora és grande,
Porque de ti saiu,
Para todos os homens,
A salvação do mundo.
Louvor a Vós, ó Cristo,
Que nascestes da Virgem,
Com o Pai e o Espírito,
Agora e para sempre.
II
Ditosa estrela que os três Reis guiaste
Da praia oriental tão fielmente
Que o grande Rei dos reis omnipotente
Menino em um presépio lhes mostraste,
Um raio só de quantos derramaste
Guie minha alma já diretamente
Ao mesmo bom Jesus que juntamente
Ali também com eles adoraste,
Onde, posto nos braços de Maria,
Ali fé, esperança e caridade
Lhe ofereceram ouro, mirra, incenso.
Depois, guiado do teu lume imenso,
De Herodes conhecendo a falsidade,
Me torne a recolher por outra via.
III
Filho do Eterno Pai,
Nascido de Maria,
Que na água do Baptismo
Nos deste a luz da vida,
Fica, Senhor, connosco
E com tua palavra
Confirma os nossos passos
Na luz dos teus caminhos.
Tu que do Céu desceste
Sob a forma de servo,
Liberta-nos da morte,
Dá-nos a vida eterna.
Cristo, Senhor da glória,
Socorre os teus fiéis:
Os corações visita
Com a divina graça.
Glória a Ti, Jesus Cristo,
E ao Pai omnipotente
E ao Espírito divino,
Agora e para sempre.
HINOS VÁRIOS
I
A vossa ressurreição
Foi, Jesus, a nossa aurora.
Convosco ressuscitamos
Por obra da vossa graça.
É por Vós que a nossa alma
Se associa à vossa morte.
É por Vós que os nossos corpos
Se libertam para a vida.
De Vós, Cristo triunfante,
Nos vem o peso da glória,
Renascidos, cantaremos
A vitória que nos destes.
Na visão da vossa face
Saberemos como sois:
Luz da luz, paz e doçura
Verdadeira e sempiterna.
Em adoração, cantamos:
Honra e glória ao vosso nome,
Na alegria consumada
Da Santíssima Trindade.
II
Ó Santíssima Trindade
Que ordenais todas as coisas:
O trabalho em cada dia
E o descanso em cada noite.
Da manhã ao fim da tarde
Vos louvamos, de alma em prece.
Nada cante em nossa vida
Que não seja à vossa glória.
Suplicante, adoramos
Vossa excelsa majestade,
Misturando nossas vozes
Às dos Anjos nas alturas.
Amparai-nos, Pai eterno,
Com o Filho e o Santo Espírito
Que convosco vive e reina
Pelos séculos dos séculos.
III
Deus, Criador do universo,
Jesus Cristo, Deus de Deus,
E Vós, Espírito Santo,
Socorrei-nos e salvai-nos.
Lembrai-vos, Trindade Santa,
Que por amor nos criastes
E, lavando-nos da culpa,
No Sangue nos redimistes.
Vós sois a nossa alegria,
Vós sois a nossa esperança.
Por isso Vos dedicamos
Nossas mais ardentes preces.
Unidos com toda a Igreja
Na terra nós Vos cantamos
E no Céu Vos cantaremos,
Ó Santíssima, Trindade!
VÉSPERAS
TEMPO DO ADVENTO
I
Excelso Criador dos grandes astros,
Jesus, eterna luz dos vossos crentes,
Divino Redentor da humanidade,
Ouvi as nossas súplicas ardentes.
Viestes, ó Jesus, para salvar-nos
Da morte em que o demônio nos trazia:
Do mundo enfraquecido foi remédio
O vosso amor que alenta e que alumia.
Para salvar-nos todos do pecado,
Viestes até nós como um Cordeiro:
Dum seio imaculado vós nascestes
Para Vos imolardes num madeiro.
O vosso nome santo e omnipotente
Por toda a criação seja adorado:
Vós sois, Senhor Jesus, excelso Rei,
Todo o poder que existe Vos foi dado.
Combatendo na terra o bom combate,
Queremos vosso reino dilatar:
Vireis, divino Rei, no fim dos tempos,
A vossa eterna glória proclamar.
II
Sabedoria infinita,
Vinde já ao nosso mundo
Ensinar-nos o caminho
Da salvação e da graça.
Poder de Deus infinito,
Vinde já ao nosso mundo
Libertar-nos do inimigo,
No poder do vosso braço.
Vós que sois luz infinita,
Vinde já ao nosso mundo
Iluminar a cegueira
Para vermos o caminho.
Palavra do amor de Deus,
Vinde já ao nosso mundo.
Nascei, Senhor, na minha alma
E ficai para todo o sempre.
III
Ó nuvens, chovei do alto,
E apareça a salvação
Que Deus nos traz escondida
Em humano coração.
Abra-se a terra e germine,
Em fecunda virgindade,
O Salvador prometido
Para toda a humanidade.
Deus está perto de nós
E já se sente pulsar
O coração do Senhor
Que vem connosco morar.
Glória seja dada ao Pai
E ao Filho que Ele nos deu
E ao Espírito fecundo
Que sobre a Virgem desceu.

TEMPO PASCAL
À ASCENSÃO DO SENHOR
I
Aquele que Se ergueu no firmamento,
Como o Sol vencedor da noite escura,
Virá de novo no final dos tempos,
Para julgar a humana criatura.
Cristo Jesus, o vencedor da morte,
Junto do Pai Eterno está sentado;
De glória e majestade é o seu trono,
Por todo o universo é aclamado.
O Verbo criador de todo o mundo
Venceu a morte, renovou a vida;
Criará novos Céus e nova Terra,
Nova Jerusalém será erguida.
Ó Igreja de Cristo peregrina,
Ele é o Sol que à tua frente avança;
Proclama Jesus Cristo glorioso,
Anuncia a palavra da esperança.
O Rei universal vem ao encontro
Da sua Esposa, a nova Humanidade;
Será vencida a morte para sempre,
Viveremos por toda a eternidade.
Aclamai Jesus Cristo,
Cantai o Homem Novo,
Vós que sois sua Igreja,
Vós que sois o seu Povo.
II
Jesus, nossa redenção,
Nosso amor, nossa esperança,
Deus criador do universo,
Feito homem verdadeiro.
Por tua grande bondade,
Lavaste nossos pecados,
Sofreste morte cruel
Para nos livrar da morte.
Desceste ao reino das trevas
A libertar os cativos
E hoje sobes glorioso
À direita de Deus Pai.
E mandaste aos que ficavam
De olhos cravados no céu
Que, vivendo santamente,
Fossem tuas testemunhas.
Tua clemência nos leve
A superar nossos males,
A abraçar a cruz da vida
À luz pura do teu rosto.
Tu és a nossa alegria,
Serás o prêmio no Céu,
Na glória da tua glória,
Pelos séculos sem fim.
2. AO ESPÍRITO SANTO
Vem, criador Espírito de Deus,
Visita o coração dos teus fiéis
E com a graça do alto os purifica
Paráclito do Pai, Consolador,
Sê para nós a fonte de água viva,
O fogo do amor e a unção celeste.
Nos sete dons que descem sobre o mundo,
Nas línguas que proclamam o Evangelho,
Realiza a promessa de Deus Pai.
Ilumina, Senhor, a nossa mente,
Acende em nós a tua caridade,
Infunde em nosso peito a fortaleza.
Livra-nos das ciladas do inimigo,
Dá-nos a tua paz, e evitaremos
Perigos e incertezas no caminho.
Dá-nos a conhecer o amor do Pai
E o coração de Cristo nos revela,
Espírito de ambos procedente.
Louvemos a Deus Pai e a seu Filho,
Demos glória ao Espírito Paráclito,
Agora e pelos séculos sem fim.
Amém.
HINOS VÁRIOS
I
Ó Deus, Trindade santíssima
E sempiterna Unidade,
Ao morrer o sol da tarde.
Fique em nós a vossa luz.
Nossos hinos da manhã
Serão ainda os da tarde.
Nossa voz agora e sempre
Seja um canto à vossa glória.
Pai eterno e Filho único
E Vós, divino Paráclito,
Amparai-nos na jornada
Até em Vós repousarmos.
II
Alegra-te, minha alma,
Porque Deus habitou
No meio do seu Povo.
Diante dos teus olhos,
Já não temos vergonha
Por causa do antigo
Pecado do teu povo.
Arrancarás da terra
O coração soberbo,
Terás um povo humilde
De coração sincero.
No meio das nações,
Somos pequeno resto
A cantar tuas obras
E a anunciar teu reino.
Seremos nova raça,
Novos céus desejando,
Sacerdotal estirpe
Do Filho Primogênito.
Cairão os tiranos,
Exultarão os servos:
E os filhos oprimidos
Serão os teus herdeiros.
E poderão marcar
O dia do regresso
Àqueles que comiam
Duro pão do desterro.
Exulta coração,
Alegra-te meu povo,
Porque o Senhor é justo,
Misericordioso.
Temos hoje o remédio
Ao alcance da mão,
Porque Deus habitou
No meio do seu povo.
III
Se toda nossa vida é desafio,
Se sobre nada tem seu fundamento.
Que descuido este meu? Que errado intento?
Que pretendo? Que espero? Em que me fio?
Ó vida humana, folha em seco estio
Levada pelo ar de qualquer vento.
Ó flor de primavera, num momento
Chamuscada do sol, murcha do frio!
Quando cuido no tempo atrás passado,
O que passei me espanto, o porvir temo,
No presente não sei que me embaraça.
Mas ainda que de Ti tão alongado,
Ordena Tu que torne, ó Pai supremo,
Este pródigo filho à tua graça.
IV
Bem eu sei a fonte que mana e corre,
Embora seja noite.
Aquela eterna fonte não a vê ninguém
E bem sei onde é e donde vem,
Embora seja noite.
Não sei a fonte dela, que não há,
Mas sei que toda a fonte vem de lá,
Embora seja noite.
Não pode haver, eu sei, coisa tão bela
E céus e terra beleza bebem dela,
Embora seja noite.
Porque não pode ali o fundo achar,
Eu sei que ninguém a pode atravessar,
Embora seja noite.
A claridade sua não escurece
E sei que toda a luz dela amanhece,
Embora seja noite.
Tão caudalosas são suas correntes
Que regam céus, infernos e as gentes,
Embora seja noite
E desta fonte nasce uma corrente
E bem sei eu que é forte e omnipotente,
Embora seja noite.
E das duas a corrente que procede
Sei que nenhuma delas a precede,
Embora seja noite.
E esta eterna fonte está escondida
Em este vivo pão a dar-nos vida,
Embora seja noite.
Aqui está a chamar as criaturas
Que bebem desta água, e às escuras,
Porque é de noite.
Esta viva fonte que desejo,
Em este pão de vida, aí a vejo,
Embora seja noite.
V
Jesus, redentor da vida,
Palavra do Pai eterno,
Fulgor da luz invisível,
Nosso guarda vigilante.
Criador de todo o mundo,
Juiz de todos os tempos:
Depois das nossas fadigas,
Dá-nos a noite serena.
Ó vencedor dos infernos,
Salva-nos do Inimigo;
Redimidos por teu Sangue,
Jamais o mal nos seduza!
Ainda que o sono vença
Os nossos corpos cansados,
Nunca as nossas almas cedam
Ao peso da sonolência.
Jesus, vencedor da morte,
Vive em glória eternamente
Com o pai que revelaste
E com o Espírito Santo!
VI
Radiosa luz da glória,
Imagem do Pai celeste,
Nós Te louvamos, Senhor,
Pelo dia que nos deste.
Ao vermos o sol descendo
E a noite voltar de novo,
Damos-Te graças, Senhor,
Eterno Sol do teu Povo.
És digno de ser cantado
Com alegria e pureza;
Nós Te louvamos, Senhor,
E louva-Te a natureza.
Louvor ao Pai soberano
E ao seu Filho bem-amado;
Louvor ao Espírito Santo
Por mais um dia passado.

COMPLETAS
Luz terna, suave, no meio da noite,
Leva-me mais longe...
Não tenho aqui morada permanente:
Leva-me mais longe...
Que importa se é tão longe para mim
A praia aonde tenho de chegar,
Se sobre mim levar constantemente
Poisada a clara luz do teu olhar?
Nem sempre Te pedi como hoje peço
Para seres a luz que me ilumina;
Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso
Na plenitude da tua luz divina.
Esquece os meus passos mal andados,
Meu desamor perdoa e meu pecado.
Eu sei que vai raiar a madrugada
E não me deixarás abandonado.
Se Tu me dás a mão, não terei medo,
Meus passos serão firmes no andar.
Luz terna, suave, leva-me mais longe:
Basta-me um passo para a Ti chegar.

TEMPO DO NATAL
Deus fez brilhar em nós a sua luz
Para que nela víssemos a imagem
Do esplendor da glória de Deus,
Que se reflecte em Cristo, sol da vida.
Olhos na luz que nos revela o dia,
A luz nos leve ao dia do Senhor.
O seu clarão desfaça as nossas trevas
E reine a paz em nossos corações.
O nosso Deus, o Pai da glória eterna,
Se digne abrir ao Céu o nosso olhar
E nos conceda a herança jubilosa
Que nos reserva em Cristo Salvador.
Honra e louvor e glória ao Pai do Céu,
Por Jesus Cristo, seu amado Filho,
Na unidade do Espírito Santo.
Honra e louvor ao Deus da eternidade!
TEMPO DA QUARESMA
I
Se me envolve a noite escura
E caminho sobre abismos de amargura,
Nada temo porque a Luz está comigo.
Se me colhe a tempestade
E Jesus vai a dormir na minha barca,
Nada temo porque a Paz está comigo.
Se me perco no deserto
E de sede me consumo e desfaleço,
Nada temo porque a Fonte está comigo.
Se os descrentes me insultarem
E se os ímpios mortalmente me odiarem,
Nada temo porque a Vida está comigo.
Se os amigos me deixarem
Em caminhos de miséria e orfandade,
Nada temo porque o Pai está comigo.
Se me envolve a noite escura
E caminho sobre abismos de amargura,
Nada temo porque a Luz está comigo.
II
Senhor meu Deus, humildemente peço
O teu amor de Pai e o teu perdão,
Embora eu saiba que o não mereço.
Defende e acolhe a humilde devoção,
Reforma sempre na verdade santa
O antigo pensamento errado e vão.
Louvado seja Deus, minha esperança:
Ao cair sobre a terra a noite escura,
Renova em mim a paz e a confiança.
Louvor se dê ao Pai onipotente,
Ao Filho, imagem sua e formosura,
E ao Espírito de ambos procedente.

TEMPO PASCAL
I
Jesus, Redentor da vida,
Palavra do Pai eterno,
Fulgor da luz invisível,
Nosso guarda vigilante.
Criador de todo o mundo,
Juiz de todos os tempos:
Depois das nossas fadigas,
Dá-nos a noite serena.
Ó vencedor dos infernos,
Salva-nos do Inimigo;
Redimidos pelo teu Sangue,
Jamais o mal nos seduza.
Ainda que o sono vença
Os nossos corpos cansados,
Nunca as nossas almas cedam
Ao peso da sonolência.
Jesus, vencedor da morte,
Vive em glória eternamente
Com o Pai que revelaste
E com o Espírito Santo.
II
Fica conosco, Senhor, porque anoitece.
De noite descia a escada misteriosa
Junto da pedra onde Jacob dormia.
De noite celebravas a Páscoa com teu povo
Enquanto nas trevas caíam os inimigos.
De noite ouviu Samuel três vezes o seu nome
E em sonhos falavas aos santos Patriarcas.
De noite num presépio nasceste, Verbo eterno,
E os Anjos e uma estrela anunciaram a tua presença.
À noite celebraste a primeira Eucaristia
No meio dos teus amigos na última Ceia.
De noite agonizaste no Jardim das Oliveiras
E recebeste o beijo frio da traição.
A noite guardou o teu Corpo no sepulcro
E viu a glória da tua Ressurreição.
Na noite da nossa vida, com a luz da fé acesa,
Esperamos alegres a tua última Vinda.
III
Na glória do teu rosto contemplamos,
Jesus, Filho Unigénito de Deus,
A beleza divina que floresce
Nas moradas eternas lá dos Céus.
Se a luz da eterna vida que pregaste
As trevas deste mundo recusaram,
Dá, Deus benigno, a tua plenitude
Àqueles que em Ti creram e Te amaram.
Companheiro do homem peregrino,
Através dos perigos desta vida,
Conduz os nossos passos, sempre firmes,
A caminho da Terra Prometida.
Louvor e glória a Ti, ó Pai celeste,
E ao Filho, tua imagem e esplendor,
E ao Espírito de ambos procedente:
Ambos unindo num eterno amor.

HINOS VÁRIOS
I
Ao terminar este dia,
Nós Vos pedimos, Senhor:
Não nos falte a vossa bênção
Nem a vossa piedade.
Só adormecendo em Vós
Nosso coração repousa,
Para Vos louvar, cantando,
À primeira luz da aurora.
Fortalecei-nos a vida
Ao calor da vossa graça
E acendei com vossa luz
As trevas da nossa noite.
Salvai-nos, Pai glorioso,
Por Jesus Cristo Senhor,
Que convosco e o Santo Espírito
Vive e reina eternamente.
II
Cristo, luz que dissipais
Todas as trevas da noite
E, com olhos, de clemência,
Acompanhais os errantes,
Senhor, nós Vos imploramos
Que benigno nos guardeis
E nos deis durante o sono
Horas de santo repouso.
Mesmo dormindo tenhamos
O coração acordado
E vossa mão nos proteja
Amorosa e providente.
Defendei as nossas vidas
De todos os inimigos
E dai força aos vossos servos
No vosso sangue remidos.
A Vós, Cristo, Rei piedoso,
A Deus Pai e ao Santo Espírito,
Honra, glória e louvor, pelos séculos dos séculos.

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