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CENTRO TECNOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

DIVISÃO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Disciplina: Fenômenos de Transporte I


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 5 - WELTY, J.R., WICKS, C.E. E WILSON, R.E.
CT/DEQAL Fundamentals of Momentun, Heat, and Mass
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I Transfer, 3a. ed. Ed. John Wiley & Sons, Inc.1969.
TE-06033 (Pré-requisito - Cálculo III) 803p.

PROFESSOR: CÉLIO SOUZA: B ) Outros:

NORMAS DA DISCIPLINA: B.1 ) Transporte de Quantidade de Movimento

EMENTA 1 - SHAMES, J.H. Mechanics of Fluids. Ed. Mc


Graw-Hill. Book company. 1982. 692p.
Teoria:
Introdução aos fenômenos de transferência. 2 - STREET, Victor L. Mecânica dos Fluidos.
Transporte molecular de Quantidade de Movimento, Guanabara Dois. 1978. 673p.
Calor e Massa Transporte unidimensional em fluxo
laminar: Balanços de quantidade de movimento e 3 - BASTOS, F. A. A. Problemas de Mecânica dos
Calor. Transporte multidimensional: Equações de Fluidos. Ed. Guanabara Dois. 1983, 483p.
variação para sistemas isotérmicos, não isotérmicos e
para mistura binárias. B.2) Transporte de Calor

Laboratório: 1 - KREITH, Frank. Princípios de Transmissão de


Análise dimensional. Determinação de Calor. Trad. Eitaro Yamane... (et alii), São Paulo.
propriedades de transporte (viscosidade, Edgard Blucher. 1973, 650p.
condutividade térmica e coeficiente de difusão),
determinação de Reynolds críticos e de coeficiente de 2 - HOLMAN, J.P. Transferência de Calor. Ed. Mc
atrito, medidas de perfis de perda de carga em dutos e Graw-Hill. 1983, 639p.
localizada.
3 - INCROPERA, F, P & WITT, D.P. Fundamentos
FAIXA DE CONCEITO de Transferência de Calor e Massa. Ed. Guanabara
Koogam. 1992, 455p
REGIME DE REGIME DE
CRÉDITO SERIADO B.3 ) Transporte de Massa:
SR [ 00, 10 ) INS [ 00, 50 )
MAU [ 10, 30 ) REG [ 50, 70 ) 1 - HINES, A.L. & MADDOX, R.N. Mass
INS [ 30, 50 ) BOM [ 70, 85 ) Transfer. Ed. Prentice-Hall, Inc. 1985. 542p.
REG [ 50, 70 ) EXC [ 85, 100]
BOM [ 70, 90 ) 2 - CUSSLER, EL. Diffusion: Mass Transfer in Fluid
EXC [ 90, 100] Sistems. Ed. Cambridge University Press, 1984.
525p.
APROVAÇÃO NA DISCIPLINA:
PROGRAMA DE FEN. DE TRANSP. I (LAB)
a) Freqüência igual ou superior a 75% da CH (60h)
b) Os conceitos de acordo com o Regimento da 1a AULA: ANÁLISE DIMENSIONAL
UFPA. -Considerações gerais
-Leis mecânicas
BIBLIOGRAFIA: -Sistemas de unidades e dimensões
-Teorema de Bridgman
A ) Livros Textos : -Exercícios

1 - BENNET, C. O. & MYERS, J. E. Fenômenos de 2a AULA: DENSIDADE (PRÁTICA)


Transporte. Trad. Eduardo Walter Leser... (et alii). -Considerações gerais
São Paulo. Mc Graw - Hill, 1978, 812p. -Definições de massa específica, peso específico e
densidade
2 - SISSOM, Beighton E. & PITTS, Donald R. -Medida da massa específica de líquidos
Fenômenos de Transporte Trad, Adir M, Luiz Rio
de Janeiro, Guanabara dois, 1979, 765p. 3a AULA: VISCOSIDADE (PRÁTICA)
-Considerações gerais
3 - BIRD, R, B, et alli. Fenômenos de Transporte. -Dedução da fórmula da viscosidade para o
Trad, Fidel Mafo Vázques. Espanha, Reverté. 1978. viscosímetro de Queda de Esfera.
-Medida da viscosidade no viscosímetro de Queda de
4 - BRODKEY, R. S. V. & HERSHEY, H.C. Esfera.
Transport Phenomena . McGraw-Hill, 1988. 847p.
4a AULA: VISCOSIDADE (PRÁTICA)
-Considerações gerais
-Manuseio e determinação experimental da PROGRAMA DE FEN. DE TRANSP. I (TEO)
viscosidade no viscosímetro Saybolt
1ª AULA: ANÁLISE MATEMÁTICA
5a AULA: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE -Considerações Gerais
-Balanço global de massa -Conceito de variável
-Teoria de campos
6a AULA: TEOREMA DE BERNOULLI -Noções de gradiente, divergente e rotacional
(MEDIDAS DE VAZÃO) -Derivada substancial
-Considerações Gerais
-Tubo de Pitot 2ª AULA: LEI DE NEWTON DA VSICOSIDADE
-Venturi -Introdução ao fenômeno de transferência
-Rotâmetro -Conceitos de força motriz, meio e fluido
-Equação de Newton da viscosidade
7a AULA: MEDIDAS DA VAZÃO DA PLACA -Viscosidade (conceito, dimensões, influência da
DE ORFÍCIO (PRÁTICA) temperatura e pressão)
-Considerações Gerais -Reologia
-Dedução da velocidade na placa de orifício -Exercícios
-Medida da velocidade na placa de orifício
3ª AULA: BALANÇO DIFERENCIAL DE
8a AULA: PERDA DE CARGA POR ATRITO MASSA
EM FLUIDO INCOMPRESSÍVEL -Equação da continuidade
-Considerações gerais -Exercícios
-Balanço de energia mecânica - Equação de Bernoulli
-Fórmula de Darcy 4ª AULA: EQUAÇÃO GERAL DO
-Experiência de Nikuradse MOVIMENTO
-Comparação da equação de Darcy com a de -Equação de CAUCHY
Poiseuille -Outras formas da equação geral do movimento
-Exercícios -Exercícios

9a AULA: PERDA DE CARGA POR ATRITO 5ªAULA: TRANSFERÊNCIA DE CALOR


(PRÁTICA) -Considerações gerais
-Perda de carga em tubo de ferro galvanizado -Mecanismos de transportes
-Perda de carga em tubo de PVC -Modelos matemáticos
-Comparação entre os dois materiais -Aplicação em corpos de geometria simples ( Eq. de
Fourrier da condução)
10a AULA: PERDA DE CARGA LOCALIZADA -Exercícios
-Fórmula de Borda
-Método: Coeficiente de resistência e comprimento 6ª AULA:EQUAÇÃO GERAL DA CONDUÇÃO
equivalente DE CALOR
-Manuseio de ábacos e tabelas -Considerações gerais
-Equação geral da condução de calor
11a AULA: PERDA DE CARGA LOCALIZADA -Casos particulares
(PRÁTICA) -Principais fontes de geração de energia interna
-Perdas em válvulas globo e gaveta, redução gradual -Exercícios
e curvas
7ª AULA: TÓPICOS EM TRANSP. DE MASSA
12a AULA: DIFUSIVIDADE DE MASSA−GÁS -Considerações gerais
PSEUDO-ESTACIONÁRIO (PRÁTICA) -Definições: concentrações, velocidades e densidades
de fluxo
-1ª lei de Fick da difusão
-Exercícios

8ª AULA: MECANISMOS DE TRANSPORTE


DE MASSA
-Difusão através de um gás parado
-Contra-difusão equimolar
-Exercícios
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I

CONVERSÃO DE UNIDADES

Grandeza Dimensões Unidades no Sistema

Física MLT FLT CGS MKS (SI) FPS Engenharia

Comprimento L L cm m ft ft
Massa M FL-1T2 g Kg lb slug
Tempo T T s s sec sec
Velocidade LT-1 LT-1 cm/s m/s ft/sec ft/sec
-2 -2 2 2 2
Aceleração LT LT cm/s m/s ft/sec ft/sec2
g.cm/s2 = kg.m/s2 = lb.ft/sec2 = slug.ft/sec2
Força MLT-2 F
Dina Newton (N) Poundal = lbf
Quantidade de MLT-1 FT Dina.s N.s Pdl.sec lbf.sec
Movimento
Energia e Dina.cm N.m =
ML2T-2 FL Pdl.ft lbf.ft
Trabalho = Erg Joule (J)
Joule/s =
Potência ML2T-3 FLT-1 Erg/s Pdl.ft/sec lbf .ft/sec
Watt (W)
Torque ML2T-2 FL Erg Joule Pdl.ft lbf.ft
Pressão e N/m2 = lbfft2
ML-1T-2 FL-2 Dina/cm2 Pdl/ft2
Tensão Pascal (Pa) (p.s.f.)
Densidade ML-3 FL-4T2 g/cm3 Kg/m3 lb/ft3 slug/ft3
Viscosidade g/cm.s lb/ft.sec = slug/ft.sec
ML-1T-1 FL-2T Kg/m.s
Dinâmica (poise) Pdl.sec/ft2 = lbf.sec/ft2
Viscosidade cm2/s =
L2T-1 L2T-1 m2/s ft2/sec ft2/sec
Cinemática Stokes (St)
Tensão MT-2 FL-1 Dina/cm N/m Pdl/ft lbf/ft
Superficial
Velocidade T-1 T-1 rad./s rad./s rad./sec rad./sec
Angular
Momento de ML2 FLT2 g.cm2 kg.m2 lb.ft2 slug.ft2
Inércia
Vazão ft3/sec ft3/sec
L3T-1 L3T-1 cm3/s m3/s
Volumétrica (c.f.s) (c.f.s.)
Vazão MT-1 FL-1T-1 g/s kg/s lb/sec slug/sec
Mássica
CONVERSÃO DE UNIDADES

1.1 - Comprimento, Área e Volume:


1Km = 103m 1cm = 10 −2m 1mm = 10−3m
Comprimento (L) 1mícron (µ) = 10−6m 1milimícron (mµ) = 10−9m 1ângstron (A) = 10−10m
1ft = 12in = 30,48cm 1in = 2,54cm 1m = 39,32in = 3,28ft
1milha = 1,609Km = 1.609m

Área (A) 1ft2 = 144m2 = 929cm2 1m2 = 10,76ft2 = 104cm2

1L =103cm3 = 61,02m3 = 0,03532ft3 1m3 = 103L = 35,32ft3


Volume (V) 1ft = 7,481 US galão = 0,02832m3 = 28,32L
3

1 US galão = 231in3 =3,785L 1 galão imperial = 1,201 US galão

1.2 - Massa:

→ X
Kg g utm lb oz slug Observação

Kg 1 103 0,102 2,205 35,28 6,85x10−2 Quilograma

g 10−3 1 1,02x10−4 2,2x10−3 35,3x10−3 6,85x10-5 grama

utm 9,80665 9806,65 1 21,62 346 0,67 unid. Téc. de massa

lb 0,4535 453,5 4,62x10−2 1 16 3,1x10−2 libra-massa

oz 2,83x10− 28,3 2,9x10−3 6,25x10−2 1 1,9x10−3 onça


2

slug 14,59 14589 1,49 32,17 514,7 1 _____

1.3 - Velocidade: 1.4 - Densidade Absoluta:


↑ ↑
→ X
Km/h m/s no ft/s → X
Kg/m3 g/cm3 lb/ft3

Km/h 1 0,28 0,54 0,91 Kg/m3 1 10−3 6,25.10−2

m/s 3,6 1 1,94 3,28 g/cm3 103 1 62,5

no 1,852 0,51 1 1,59 lb/ft3 16 1,6.10−2 1

ft/s 1,1 0,3048 0,59 1


1.5 - Força:

→ X
dina N Kgf pdl lbf Observações

dina 1 10−5 0,102x10-5 7,23x10−5 2,3x10−6 dina

N 105 1 0,102 7,23 0,225 Newton

Kgf 980665 9,80665 1 70,95 2,205 quilograma-força

pdl 13823 0,138 1,41x10−2 1 3,1x10−2 poundal

lbf 4,45x10−5 4,45 0,453 32,17 1 libra-força

1.6 - Pressão:

Pa atm bar ba Kgf/m2 at lbf/ft2 psi Torr in Hg
→ X

Pa 1 9,869.10−6 10−5 10 10,2.10-2 10,2.10−6 20,9.10−3 1,45.10−4 7,5.10−3 2,95.10


−4

atm 101325 1 1,01325 1,013.106 10,33.103 1,033 2116 14,6959 760 29,92

bar 105 9,87.10−1 1 106 10,2.103 1,02 2088,5 14,5 750 29,53

ba 10−1 9,87.10−7 10−6 1 10,2.10−3 10,2.10−7 2,09.10−3 14,5.10−6 7,5.10−4 29,5.10


−6

Kgf/m2 9,80665 9,68.10−5 9,8.10−5 98 1 10−4 20,5.10−2 14,2.10−4 735.10−4 28,9.10


−4

at 98066,5 9,68.10−1 9,8.10−1 98.105 104 1 2048 14,2 735,56 28,958

lbf/ft2 47,88 47,26.10−5 4,79.10−4 478,8 4,88 4,9.10−4 1 69,4.10−4 36.10−4 14.10−3

6,80.10−2 6,9.10−2 68,95.10 703.10−4


3
psi 6894,8 703 144 1 51,7 2,04

Torr 133,3 13,2.10−4 1,33.10−1 1333 13,595 13,6.10−4 2,78 19,3.10−3 1 39,4.10
−3

in Hg 3386,5 3,34.10−2 33,9.10−3 33865 345,3 345.10−4 70,73 49.10−2 25,4 1

Observações:
Pascal
atmosfera física ou normal
bar
bária
--------------------
atmosfera técnica = 1kgf/cm2
--------------------
lbf/in2
Torricelli = 1mmHg
polegada de mercúrio
1.7 - Energia e Trabalho:

→ X
J KJ L.atm cal Kcal Kgf.m Btu lbf.ft

J 1 10-3 98,7.10−4 238,8.10−5 23,9.10−5 10,2.10−2 94,8.10−5 737,5.10−7

KJ 103 1 98,7.10−1 238,85 23,9.10−2 101,97 94,8.10−2 737,5

L.atm 101,325 101,3.10−3 1 24,2 24,2.10−3 10,33 96.10−3 74,73

cal 4,1868 4,19.10−3 4,13.10−2 1 10−3 426,9.10−4 39,7.10−4 3,09

Kcal 4,187.103 4,1868 41,31 103 1 426,9 3,97 3,09.103

Kgf.m 9,80665 9,8.10−3 96,8.10−3 2,34 2,3.10−3 1 93.10−4 7,2

Btu 1055 1055.10−3 10,413 252 0,252 107,59 1 778,165

lbf.ft 1,356 1,36.10−3 1,3.10−2 0,324 3,2.10−4 138,3.10−3 12,9.10−4 1

Observações:
Btu → Unidade Térmica Britânica
J → Joule
cal → caloria

1.8 - Viscosidade Dinâmica:



→ X
P Kg/m.s Kg/m.h Kgf.s/m2 Kgf.h/m2 lb/ft.s lbf.s/ft2

P 1 0,1 360 0,010197 2,833.10−6 0,06721 2,0885.10−5

Kg/m.s 10 1 3600 0,10197 2,833.10−5 0,6721 2,0885.10−2

Kg/m.h 2,778.10−3 2,778.10−4 1 2,833.10−5 78,68.10−10 18,67.10−5 5,801.10−6

Kgf.s/m2 98,07 9,807 353,04.102 1 2,778.10−4 6,5919 0,20482

Kgf.h/m2 353,04.103 353,04.102 127,09.106 3600 1 23730 737,28

lb/ft.s 14,882 1,4882 5357 0,15175 4,214.10−5 1 0,03108

lbf.s/ft2 478,8 47,88 172,4.103 4,882 1,356.10−3 32,174 1


dina ⋅ s g
(P)* → Poise = =
cm 2 cm ⋅ s

1.9 - Potência:
↑ Kcal /
→ X
W KW cv hp KJ/h KJ/min Kcal/h Kcal/s
min

W 1 10−3 1,36.10−3 1,34.10−3 3,6 0,06 0,8598 1,43.10−2 2,39.10−4

KW 103 1 1,36 1,34 3,6.103 60 859,8 14,33 0,239

cv 735,5 0,736 1 0,9868 2647,8 44,13 632,41 10,54 0,1757

hp 745,3 0,745 1,013 1 2683 44,72 640,8 10,68 0,178

KJ/h 0,278 278.10−4 3,78.10−4 3,73.10−4 1 1,7.10−2 0,239 3,98.10−3 6,64.10−5

KJ/min 16,67 1,67.10−2 2,27.10−2 2,24.10−2 60 1 14,33 0,239 3,98.10−3

Kcal/h 1,163 1,16.10−3 1,58.10−3 1,56.10−3 4,187 6,97.10−2 1 1,67.10−2 2,78.10−4

Kcal/min 69,78 6,9.10−2 9,49.10−2 9,36.10−2 251,2 4,187 60 1 1.67.10−2

Kcal/s 4186,8 4,186 5,69 5,618 15072 251,2 3600 60 1

Kgf.m/h 2,7.10−3 2,7.10−6 3,7.10−6 3,65.10−6 9,81.10−3 1,63.10−4 2,34.10−3 3,9.10−5 6,5.10−7

Kgf.m/min 0,1634 1,63.10−4 2,22.10−4 2,19.10−4 0,5884 9,81.10−4 0,141 2,34.10−3 3,90.10−5

Kgf.m/s 9,80665 9,8.10−3 1,33.10−2 1,32.10−2 35,3 0,5884 8,432 0,141 2,34.10−3

Btu/h 0,293 2,93.10−4 3,98.10−4 3,93.10−4 1,055 1,76.10−2 0,252 4,2.10−3 7.10−5

Btu/min 17,58 1,76.10−2 2,39.10−2 1,36.10−2 63,3 1,055 15,12 0,252 4,2.10−3

Btu/s 1055 1,055 1,435 1,416 3798,3 63,3 907,2 15,12 0,252

lbf.ft/h 3,77.10−4 3,77.10−7 5,12.10−7 5,05.10−7 1,36.10−3 2,26.10−5 3,24.10−4 5,4.10−6 9.10−8

lbf.ft/min 22,6.10−3 2,26.10−5 3,07.10−5 3,03.10−5 8,14.10−2 1,36.10−3 1,94.10−2 3,24.10−4 5,4.10−6

lbf.ft/s 1,356 1,35.10−3 1,84.10−3 1,18.10−3 4,88 8,14.10−2 1,166 1,94.10−2 3,24.10−4

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1.9 - Potência (continuação):

Kgf.m/h Kgf.m / Kgf.m/s lbf.ft /
→ X
Btu/h Btu/min Btu/s lbf.ft/h lbf.ft/s
min min

W 367,1 6,12 0,102 3,412 5,68.10−2 9,48.10−4 2655 44,25 0,7375

KW 3,67.10−5 6118 101,97 3412 56,8 0,948 2,66.106 4,43.104 737,5

cv 2,7.105 4500 75 2509,6 41,83 0,697 1,95.106 3,26.104 542,5

hp 2,74.105 4560 76 2543 42,38 0,706 1,98.106 2,4.104 549,7

KJ/h 107,97 1,6695 2,83.10−2 0,9478 1,58.10−2 2,63.10−4 737,53 12,29 0,205

1,58.10−2 4,43.10
4
KJ/min 6118,3 101,97 1,6995 56,87 0,9478 737,5 12,29

Kcal/h 426,93 7,116 0,1186 3,968 6,61.10−2 1,1.10−3 3088 51,5 0,858

2,56.104 6,61.10−2 1,85.10


5
Kcal/min 426,9 7,12 238,1 3,968 3088 51,5

Kcal/s 1,54.106 2,56.104 426,9 1,43.104 238,09 3,968 1,11.107 1,85.105 3088

Kgf.m/h 1 1,67.10−2 2,78.10−4 9,3.10−3 1,5.10−4 2,58.10−6 7,23 0,12 2.10−3

Kgf.m/min 60 1 1,67.10−2 0,558 9,3.10−3 1,55.10−4 434 7,23 0,12

Kgf.m/s 3600 60 1 33,46 0,5577 9,3.10−3 26038 434 7,23

Btu/h 107,6 1,793 3.10−2 1 1,67.10−2 2,78.10−4 778,15 12,97 0,216

Btu/min 6455,3 107,6 1,793 60 1 1,67.10−2 46689 778,15 12,97

Btu/s 3,87.105 6455,3 107,6 3600 60 1 2,8.106 46689 778,15

lbf.ft/h 0,138 2,3.10−3 3,8.10−5 1,3.10−3 2,14.10−5 3,57.10−7 1 1,67.10−2 2,78.10−4

lbf.ft/min 8,296 0,138 2,3.10−3 7,7.10−2 1,3.10−3 2,1.10−5 60 1 1,67.10−2

lbf.ft/s 497,74 8,296 0,138 4,626 7,71.10−2 1,3.10−3 3600 60 1

Observações:
cv → cavalo vapor
hp → cavalo de potência
J
W → Watt =
s
1.10 - Condutividade Térmica [k]:

↑ W Kcal cal Btu.in Btu Btu


→ X 2
cm.º C m.h.º C cm.s.º C ft .h.º F ft.h.º F in.h.º F

W
1 85,985 0,23885 693,5 57,79 4,815
cm.º C

Kcal
0,01163 1 2,778.10−3 8,064 0,6719 0,05599
m.h.º C

cal
4,1868 360 1 2903 241,9 20,16
cm.s.º C

Btu.in
2
1,442.10−3 0,1240 3,445.10−4 1 0,08333 6,944.10−3
ft .h.º F

Btu
1,731.10−2 1,488 4,134.10−3 12 1 0,08333
ft.h.º F

Btu
0,2077 17,858 4,964.10−2 144 12 1
in.h.º F

Observação:
W 2 W
1 = 10
cm.º C m.º C

1.11 - Coeficiente de Transmissão de Calor [h]:

↑ W W Kcal cal Btu


→ X 2 2 2 2 2
cm .º C m ºC m .h.º C cm .s.º C ft .h.º F

W
2
1 104 8598,5 0,23885 1761
cm .º C

W
2
10−4 1 0,85985 2,389.10−5 0,1761
m ºC

Kcal
2
1,163.10−4 1,163 1 2,778.10−5 0,2048
m .h.º C

cal
2
4,1868 4,1868.104 3,6.104 1 7373
cm .s.º C

Btu
2
5,681.10−4 5,681 4,886 1,356.10−4 1
ft .h.º F
1.12 - Viscosidade Cinemática (ν) , Temperatura, Densidade (ρ) e Ângulo:
Viscosidade 1Stoke (St) = 102 centistokes (cSt) =1,076.10−3ft2/sec
Cinemática 1ft2/sec = 92900 (cSt) = 0,01 (St)
5
K = ºC + 273,15 = R
9
9
R = ºF + 459,67 = K
5
Temperatura
5
ºC = (ºF − 32) = K − 273,15
9
9
ºF = ºC + 32 = R - 459,67
5
Densidade 1g/cm3 = 10−3Kg/m3 = 62,43lb/ft3 = 1,94 slug/ft3
1lb/ft3 = 0,01602g/cm3
1slug/ft3 = 0,5154g/cm3
Ângulo 1rad = 57,296º 1º = 0,017453rad
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

ANÁLISE MATEMÁTICA

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Tem como principal objetivo o estudo das variáveis e suas inter-
relações, ou seja, a análise trata de forma geral o conceito de magnitude
(módulo) sem entretanto considerar seu significado físico.

2 − CONCEITO DE VARIÁVEL:
Se uma grandeza física assume valores numéricos diferentes,
então, podemos afirmar que a mesma é uma variável.

3 − TEORIA DE CAMPOS:
3.1 − Campo escalar:
Denomina-se campo escalar a lei de correspondência que associa a
cada ponto do espaço ⎥n, ou de parte do espaço, uma grandeza física
escalar.

Ex: Campo de temperatura, campo de concentração, campo de pressão.

Se tivermos uma função escalar do ponto "M", f = f(M), onde M ∈


⎥ , no sistema cartesiano de coordenadas (x, y, z), teremos f = f (x, y, z),
n

logo se:

F = Concentração ⇒ C = C (x, y, z);


F = Temperatura ⇒ T = T (x, y, z);
f = Pressão ⇒ P = P (x, y, z);

3.2 − Campo Vetorial:


É a lei de correspondência que associa a cada ponto do espaço ⎥n,
ou parte do espaço, uma quantidade física vetorial.

Ex: Campo de velocidade, campo de quantidade de movimento, campo


de aceleração.

1
Um campo vetorial escreve-se mediante uma função vetorial do
ponto "M".

→ → → → →
f = f (M ) ∴ f = f1 ( x , y , z ) i + f 2 ( x , y , z ) j + f 3 ( x , y , z ) k

logo:
→ → → →
v = v1 ( x, y, z ) i + v 2 ( x, y, z ) j + v3 ( x, y, z ) k
# NOTAS:
Campo escalar e vetorial permanente ou estacionário → são
aqueles que a função escalar ou vetorial só depende das coordenadas
espaciais.

Campo escalar e vetorial transiente → são aqueles que as funções


escalares e vetoriais dependem das coordenadas espaciais e do tempo.

Campo escalar e vetorial unidimensional e estacionário → são


aqueles que as funções vetoriais e escalares independem do tempo e
variam somente em uma direção.

3.3 − Campo Tensorial:


Se qualquer ponto "M" do domínio de um tensor for especificado,
dizemos que existe campo tensorial no domínio "D".

⎛ f11 f12 f13 ⎞


~ ~ ⎜ ⎟
f = f (M ) ∴ f = ⎜ f 21 f 22 f 23 ⎟
⎜f f 33 ⎟⎠
⎝ 31 f 32

⎛ F ⎞
Ex: Campo de tensão cisalhante: ⎜τ = C ⎟
⎝ A⎠

Obs: A aplicação da teoria de campo escalar, vetorial e tensorial para o


espaço Euclidiano ⎥3, mostra-nos que estes campos são tensores, ou seja:
/ Escalar → é um tensor de ordem "zero"; 30 = 1 (módulo).
/ Vetor → é um tensor de ordem "1"; 31 = 3 (módulo, direção e
sentido).
/ Tensor → é um tensor de ordem "2"; 32 = 9 (módulo, direção e
sentido nas três direções)
2
4 − GRADIENTE:
É uma função vetorial derivada de uma função escalar.
É uma função tensorial derivada de uma função vetorial.
Para uma função escalar ϕ = ϕ (x, y, z)

∂ → ∂ → ∂ →
∂ϕ → ∂ϕ → ∂ϕ → i+ j+ k = ∇
GRADϕ = i+ j+ k , onde ∂x ∂y ∂z
∂x ∂y ∂z

⎛ ∂ → ∂ → ∂ →⎞
∇ = Operador Nabla, então: ∇ϕ = ⎜⎜ i + j + k ⎟⎟ϕ
⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

5 − DIVERGENTE:
É uma função escalar derivada do produto escalar entre dois
vetores.

→ → → →
Dada a função vetorial: v ( x, y, z ) = v1 ( x, y, z ) i + v2 ( x, y, z ) j + v3 ( x, y, z ) k

∂v1 ∂v2 ∂v3 ⎛ ∂ → ∂ → ∂ →⎞ ⎛ → → →



div.v = + + ∴ ∇.v = ⎜⎜ i + j + k ⎟⎟ ⋅ ⎜ v1 i + v2 j + v3 k ⎟
∂x ∂y ∂z ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠ ⎝ ⎠

∂v1 ∂v2 ∂v3


∇.v = + +
∂x ∂y ∂z

NOTA:

→ →
⎛→ →⎞
A⋅ B = A B cos .⎜ A, B ⎟
⎝ ⎠
→ → → → → →
i ⋅ i = j ⋅ j = k ⋅ k = 1 ∴ cos 0º = 1

→ → → → → →
i ⋅ j = i ⋅ k = j ⋅ k = 0 ∴ cos 90º = 0

3
6 − OPERADOR DE LA PLACE (∇2):
É a divergência do gradiente (div.gradϕ ; ou ; ∇.∇ϕ ; ou ; ∇2ϕ)

∂2 ∂2 ∂2
∇ = 2+ 2+ 2
2
∂ 2ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ
∂x ∂y ∂z , então: ∇ = 2 + 2 + 2
2

∂x ∂y ∂z

7 − ROTACIONAL (ROT):
É uma função vetorial derivada do produto vetorial entre dois
vetores.

→ → →
i j k

ROT v = ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂k
v1 v2 v3

→ → → →
onde: v ( x, y, z ) = v1 ( x, y, z ) i + v2 ( x, y, z ) j + v3 ( x, y, z ) k

8 − PROPRIEDADES DO OPERADOR NABLA:


∇(ϕ1 + ϕ 2 ) = ∇ϕ1 + ∇ϕ 2
∇ ⋅ (V1 + V2 ) = ∇ ⋅ V1 + ∇ ⋅ V2
∇x (V1 + V2 ) = ∇xV1 + ∇xV2
∇ ⋅ (ϕV ) = (∇ϕ )V + ϕ (∇ ⋅ V )
∇x (ϕV ) = (∇ϕ )xV + ϕ (∇xV )
∇ ⋅ (∇xA) = 0

APLICAÇÃO:
Calcular o gradiente e a divergência do gradiente da função abaixo
e provar que ∇ ⋅ ∇ = ∇ 2 .
ϕ = x2 y + y3z3

⎛ ∂ϕ → ∂ϕ → ∂ϕ → ⎞
( ) j + 3y z
→ → →
∇ϕ = ⎜⎜ i+ j+ k ⎟⎟ ∴ ∇ϕ = 2 xy i + x + 3 y z
2 2 3 3 2
k
⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

4
⎧ v1 = 2 xy
∂v ∂v ∂v ⎪
∇ ⋅ ∇ϕ = 1 + 2 + 3 ∴ ⎨v2 = x + 3 y z
2 2 3
∂x ∂y ∂z ⎪ v = 3y3z 2
⎩ 3

∇ ⋅ ∇ϕ = 2 y + 6 yz 3 + 6 y 3 z

⎛ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ ⎞
∇ ϕ = ⎜⎜ 2 + 2 + 2 ⎟⎟
2
∴ ∇ 2ϕ = 2 y + 6 yz 3 + 6 y 3 z
⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

logo: ∇ 2ϕ = ∇ ⋅ ∇ϕ

9 − DERIVADA SUBSTANTIVA:
Representa a taxa de variação de uma grandeza física, associada a
uma partícula em movimento.

Sendo B = B[x(t ), y (t ), z (t ), t ] , então:

DB ∂B ∂B ∂x ∂B ∂y ∂B ∂z
= + ⋅ + ⋅ + ⋅
Dt ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t ∂z ∂t

∂x ∂y ∂z
onde , e são as componentes da velocidade, então:
∂t ∂t ∂t

DB ∂B ∂B ∂B ∂B
= + ⋅ vx + ⋅ vy + ⋅ vz
Dt ∂t ∂x ∂y ∂z

5
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DEQAL/CMEQ
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA
e

LEI DE NEWTON DA VISCOSIDADE


1 − INTRODUÇÃO AO FENÔMENO DE TRANSFERÊNCIA:
O processo de transferência é caracterizado pela tendência ao
equilíbrio, que é uma condição em que não ocorre nenhuma variação.
Numa força motriz, o movimento no sentido do equilíbrio e o transporte
de alguma quantidade, são os fatores comuns a todos os processos de
transferência.
2 − FORÇA MOTRIZ:
É a diferença entre duas grandezas às quais ocorre uma variação ( é
dB
dado pelo gradiente unidirecional )
dx
Ex1: Transporte de calor:
y
T1 T2 Fluxo de calor da esquerda para a
x direita (T1 > T2)

z
fonte de aquecimento

0 0
∂T → ∂T → ∂T → dT
∇T = i+ j+ k ∴ ∇T =
∂x ∂y ∂z dx

Ex2: Transporte de massa:


y C1

x Fluxo de massa (C1 > C2)


C2
z 0 0
∂C → ∂C → ∂C → dC
∇C = i+ j+ k ∴ ∇T =
∂x ∂y ∂z dx
Ex3: Transporte de quantidade de movimento:
y

x H2O Fluxo de quantidade de


movimento (v1 > v2)
z v1 v2
0 0
∂v x ∂v y ∂v z dv x
∇⋅v = + + ∴ ∇⋅v =
∂x ∂y ∂z dx

3 − MEIO:
É a porção da matéria em que ocorrem as variações, ou suja, os
fenômenos de transferência. Os meios apresentam-se na forma sólida e
fluida, sendo os fluidos líquidos e gases.

4 − FLUIDO:
São substâncias que podem escoar, movendo-se as moléculas e
mudando a posição relativa sem fragmentação da massa. Os fluidos
deformam-se continuamente quando submetidos à tensões cisalhantes,
por menores que estas sejam, e se adaptam às formas do recipiente que
os contém.

5 − EQUAÇÃO DE NEWTON DA VISCOSIDADE:


5.1 − Considerando-se um bloco sólido:
y
FC (Força cisalhante)

Placa Fixa
x
FC
τ yx =
A
y
FC
γ

P.F.
x
# Dentro do regime de deformação elástica, temos:

τ yx = Gγ

onde:
G → constante de proporcionalidade que é o módulo de elasticidade;
γ → ângulo de deformação.

Obs: O módulo de elasticidade é uma propriedade intrínseca do material.


Ela é uma medida direta da resistência interna que o mesmo apresenta
face às forças cisalhantes.

5.1 − Considerando um bloco fluido:


y γ1 γ2 γ3
FC P. móvel FC

x P. fixa
γ1 < γ2 < γ3

dγ dγ
τ yx α ⇒ τ yx = µ ⋅ (I)
dt dt

Obs: A equação (I) relaciona a tensão de cisalhamento com a taxa de


deformação, conhecida como "Lei de Newton da Viscosidade", sendo
"µ" a viscosidade absoluta.

Obs: Como a deformação angular não é facilmente mensurável, então,


procura-se expressar a equação (I) em grandezas facilmente
mensuráveis.

5.3 − Seqüência do fenômeno:


y FC P.M.

t = 0; placa em repouso
x P.F.
y FC P.M.
t = pequeno; há um regime
transiente, ou seja, o perfil
é vx = vx (y, t).
x P.F.

y FC P.M.
t = ∞; perfil de velocidade
estacionário, ou seja,
vx = vx (y)
x P.F.

y dx P.M.

dy γ vx = vx (y)

x P.F.

dx
tg (γ ) = ; porém para ângulos pequenos ⇒ γ = tg (γ )
dy

d ⎛ dx ⎞ dv x
logo γ =
dx
; então ⇒ τ yx = ⎜⎜ ⎟⎟ ∴ τ yx = − µ ⋅
dy dt ⎝ dy ⎠ dy (II)

Obs: O sinal negativo da equação acima é devido ao atrito, pois o


mesmo é exercido pela parede sólida sobre o fluido e em sentido
contrário ao escoamento. Matematicamente, podemos dizer que o
escoamento está indo de uma região de maior fluxo de quantidade de
movimento para uma de menor fluxo.

FC m.a m v Quantidade de movimento


τ yx = = = ⋅ = , mas...
A A A t A.t

grandeza Taxa
Taxa = e Fluxo = , logo :
tempo área

τyx = Densidade de fluxo de quantidade de movimento.


5.4 − Validade da Lei de Newton da Viscosidade:
Fluido newtoniano;
Distância entre as placas muito pequena;
Utilizado para pequenas deformações.

6 − VISCOSIDADE:
A constante de proporcionalidade da equação (I) ou (II) é chamada
de viscosidade absoluta ou dinâmica (µ) e mede, portanto, a resistência
que o fluido oferece às forças cisalhantes, ou seja, mede o atrito interno
que as moléculas constituintes do fluido exercem entre si.
A viscosidade cinemática (υ) é uma outra propriedade do fluido.
Ela é definida como sendo a relação entre a viscosidade dinâmica (µ) e a
massa específica (ρ) do fluido.

µ
υ=
ρ

6.1 − Dimensões de "µ" e "υ":


a) Sistema [MLT]:

τ yx
µ=
dv x dy

F y M .L.T −2 L
µ= ⋅ =
A v L2

LT
∴ [
µ = ML−1T −1 ]

µ M .L−1 .T −1
υ= =
ρ M .L−3
[
∴ υ = L2T −1 ]
b) Sistema [FLT]:

µ=
F y F L
⋅ = ⋅
A v L2 L T
∴ [
µ = FTL−2 ]
6.2 − Unidades mais usuais de viscosidade:
a) Viscosidade dinâmica (µ):
## Sistema CGS:

dy.s g
ou ou POISE ∴ 1P = 100cP
cm 2 cm.s
## Sistema Internacional:

N .s Kg
ou
m2 m.s

## Sistema Inglês:

lbf .s lbm
ou
ft 2 ft.s

b) Viscosidade cinemática (υ):


## Sistema CGS:

cm 2
= STOKE ∴ 1St = 100cSt
s

## Sistema Internacional:

m2
s

## Sistema Inglês:

ft 2
s

6.3 − Influência da Pressão e Temperatura:


a) Pressão:
Para pressões moderadas a viscosidade dos fluidos independe da
pressão (até 10atm).
Para altas pressões, os gases e a maioria dos líquidos variam,
porém não existem leis bem definidas.

b) Temperatura:
Nos gases, aumentando-se a temperatura, aumenta a viscosidade,
devido à transferência de quantidade de movimento entre as moléculas.
Nos líquidos, aumentando-se a temperatura, diminui a viscosidade,
devido diminuírem as forças de coesão entre as moléculas.
6.4 − Condições finitas:
Mostre que para condições finitas e perfil linear, a tensão de
V
cisalhamento é dada por: τ yx = .
Y

# Se o perfil de velocidade é linear, então → vx = a.y + b


condições de contorno:
1ª: y = 0 ∴ vx = 0 ⇒ 0 = a.0 + b ⇒ b = 0
V
2ª: y = Y ∴ vx = V ⇒ V = a.Y + 0 ⇒ a =
Y

V dv x V
vx = y ∴ =
Y dy Y

dv x V
τ = µ. ⇒ τ = µ.
dy Y

7 − REOLOGIA DE FLUIDOS NÃO-NEWTONIANOS:


7.1 − Definição:
É a ciência que estuda a deformação e o fluxo de matérias, tais
como: sangue, suspensões, tintas, vernizes, etc. Estas substâncias fluem,
porém não obedecem a Lei de Newton da viscosidade, sendo estas
substâncias ditas fluidos não Newtonianos.

7.2 − Diagrama Reológico ou Reograma:


Na figura abaixo estão esquematizadas as relações de "τ" e
"dvx/dy" para fluidos não Newtonianos, independentes do tempo.
τ (dy/cm2)
(2) (1) n = µ
(3) n > 1
α

τ0 (4) n < 1

(5)
dvx/dy (s−1)
# Curva (1) → Representa um fluido Newtoniano, onde a tangente do
dv x
ângulo "α" é igual a "τ = µ ".
dy
Ex: Substâncias de baixo peso molecular (álcool, água e todos os gases),
óleos lubrificantes e óleos comestíveis.

# Curva (2) → Caracteriza um plástico de Bingham. Este tipo de fluido


apresenta um excesso de rigidez, o qual deve ser vencido para que o
material possa fluir.
Ex: Lamas de perfuração

dv x
Equação de Bingham → τ yx = τ 0 + µ p ⋅
dy

onde "µp" é a viscosidade do plástico.

# Curva (3) → Caracteriza um fluido "Dilatante". Observa-se que sua


viscosidade aumenta com o aumento da tensão cisalhante (OSBORNE
REYNOLDS).
Ex: Suspensões de amido, silicato de potássio e areia.

# Curva (4) → Caracteriza um fluido "Pseudoplástico". Observa-se que


a viscosidade diminui com o aumento do gradiente de velocidade
(METZNER).
Ex: Soluções de polímeros de moléculas grandes, purês de frutas e
legumes, sangue, maionese.

# Curva (5) → Representa um fluido ideal ou perfeito, ou seja, sem


atrito, visto que a tangente é nula.

7.3 − Modelo matemático para fluidos Dilatante e Pseudoplásticos:


É o modelo de Ostwald-de-Walle ou lei da potência.

n −1
⎛ dv ⎞ dv x
τ yx = − K ⎜⎜ x ⎟⎟ ⋅
⎝ dy ⎠ dy
onde:
K → é o índice de consistência do fluido;
n → é o índice de comportamento do escoamento do fluido;
n −1
⎛ dv ⎞
K ⎜⎜ x ⎟⎟ → viscosidade aparente.
⎝ dy ⎠

Obs:
Se K = µ e n = 1, o fluido é Newtoniano;
Se n > 1, fluido Dilatante;
Se n < 1, fluido Pseudoplástico.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

Lista de Exercícios de Lei de Newton da Viscosidade

1 − A distância entre dois pratos planos e paralelos é 0,00914m e o prato inferior está sendo
puxado a uma velocidade relativa de 0,366m/s. O fluido entre os pratos é óleo de soja com
viscosidade de 4x10−2Pa.s a 303K.
a) Calcule a tensão cisalhante e o gradiente de velocidade, em unidades do S.I. Resp: 1,6 Pa; 40
s-1
b) Caso o glicerol a 293 K com viscosidade 1,069 Kg/m.s seja usado no lugar do óleo de soja,
qual será a velocidade relativa em m/s necessária para a mesma distância entre os pratos e a
mesma tensão cisalhante obtida no item (a)? Qual o novo gradiente de velocidade? Resp:
0,014 m/s; 1,5 s-1.

2 − O pistão mostrado na figura abaixo, desliza no cilindro com uma velocidade constante de
0,6m/s. Calcular o peso do pistão, sabendo-se que a viscosidade do fluido lubrificante é 200cP.
Resp: 12,4 N.
Dados:
Comprim.Pistão = 40cm
Lubrificante DPistão = 11,6cm
Dcilindro = 12,0cm
200cP = 2P
0,6m/s = 60cm/s
Pistão
Obs:
Considere a espessura do
P filme muito pequena
45º

3 − Tem-se um viscosímetro rotatório que consta basicamente de dois cilindros coaxiais onde o
óleo de ensaio é colocado entre eles (ver figura). É necessário um torque de 2N.m para fazer o
cilindro interno girar a 30rpm. Os cilindros possuem 0,457mde comprimento e a folga entre eles
é de 0,30cm. Desprezando os efeitos de borda, demonstre que:
a) A tensão cisalhante é dada por (τ = 0,697/r2);
b) Calcule a viscosidade do óleo de ensaio em "Pa.s" supondo-o Newtoniano e ri
=0,15m.Resp:0,2 Pa.s.

re
ri
4 − A figura abaixo mostra uma placa "A", com área total de 1,0 m2 e massa de
0,10Kg, deslizando para baixo entre duas placas, entre as quais, encontra-se um
óleo (µ = 407cP). Desprezando a espessura da placa "A" e o empuxo calcule:
a) A tensão cisalhante no S.I; Resp: a) 0,981 N; b) v= 0,25 m/s.
b) A velocidade da placa no S.I.
Fc1 Fc2

y2

y1

5 − Um eixo com 18 mm de diâmetro externo, gira a 20 rotações por segundo dentro de um


mancal de sustentação estacionário de 60 mm de comprimento. Uma película de óleo com
espessura de 0,2 mm preenche a folga anular entre o eixo e o mancal. O torque necessário para
girar o eixo é de 0,0036 N.m. Estime a viscosidade do óleo que se encontra que se encontra na
folga. Resp: 0,0208 Pa.s.

6- Uma fina placa quadrada de 20 cm de lado, desliza ao longo de um palano inclinado de 300.
Qual a massa da placa se a viscosidade do fluido é de 800 cP? O perfil de velocidade é dado por
Vx= 3,5 y (em cm/s). Resp: 22,834 g.

7- Marque V se for verdadeira e F se for falsa:


( ) Na Lei de Newton da Viscosidade, o gradiente de velocidade eqüivale a taxa de deformação
do fluido, cuja dimensão é o segundo, e sempre esse gradiente é negativo, pois o fluido
movimenta-se de maiores para menores concentração de velocidade de quantidade de
movimento.
( ) A diferença mecânica entre um dilatante é que esse último deve vencer uma tensão inicial
para começar a se deformar.
( ) Para µ= 0,06 kg/m.s e d= 0,6, a viscosidade em Stokes é igual a 1.

8- A tabela abaixo contém dados experimentais para um reograma de um material polimérico.


Determine se este fluido é um pseudoplastico. Caso o for, determine os parâmetros k e n.
Resp: 9604,62 e n< 1.

dv/dy (s-1) 10 20 50 100 200 400 600 1000 2000


σ (N/m2).104 2,2 3,1 4,4 5,8 7,4 9,8 11,1 13.9 17,0
Resolução dos Exercícios

1ª) Solução:
⎧ y = 0,00914m
⎪ V
Dados: ⎨µ = 4 ⋅ 10 −2 N ⋅ s m 2 ⇒ τ yx = µ ⋅
⎪ Y
⎩ T = 303K
x P. Fixa

y P. Móvel
Fluido

a) V=0,366m/s:
0,366 N
τ yx = 4 ⋅ 10 −2 ⋅ ⇒ τ yx = 1,6 2
ou τ yx = 1,6 Pa
0,00914 m

V 0,366 V
= ⇒ = 40 s −1
Y 0,00914 Y

b) µ = 1,069 Kg m ⋅ s ; T = 293K
V τ yx V 1,6 V
= ⇒ = ⇒ = 1,5s −1
Y µ Y 1,069 Y

V = 1,5 ⋅ 0,00914 ⇒ V = 0,014m / s

2ª) Solução:
# Como a espessura do filme é muito pequena, podemos considerar perfil linear.

P. fixa
P. móvel (Pistão)

PX PY

P
45º

∆r

∆r = R2 − R1 ; Px = P ⋅ Cos 45º ; V x = ay + b
⎧ y = 0 ∴ Vx = 0 ∴ b = 0
⎪⎪

⎪ y = ∆r ∴ V = V Vmáx
⎪⎩ x máx ∴ a =
∆r
dV
τ yx = µ ⋅ x ; A = π ⋅ D ⋅ L → área lateral
dy
F P P ⋅ Cos 45º V π ⋅ D1 ⋅ L ⋅ µ Vmáx
τ yx = x = x = = µ ⋅ máx ⇒ P = ⋅
A A π ⋅ D1 ⋅ L ∆r Cos 45º ∆r
π ⋅ 11,6 ⋅ 40 ⋅ 2 60
P= ⋅ ⇒ P = 1.236.898,61 Dinas ou P = 12,4 N
Cos 45º 12 − 11,6

3ª) Solução:
⎧ T = 2 N .m ⎧ L = 0,457 ⎧ R = Ri + fo lg a
Dados: ⎨ ; ⎨ ; ⎨ e
⎩ f i = 30rpm ⎩ y = 0,30cm ⎩ Re = 0,153m
a) T = F ⋅ r ⇒ T = τ ⋅ A ⋅ r ⇒ T = τ ⋅ (2π ⋅ r ⋅ L )r ⇒ T = 2π ⋅ L ⋅ r 2 ⋅ τ

2 0,697
τ= ⇒ τ=
2π ⋅ 0,45 ⋅ r 2 r2
b)
V r 0,153
dV 0,697 e e
dr ⎛ 1⎞
−µ⋅ = τ = 2 ⇒ µ ∫ dV = −0,697 ∫ 2 ⇒ µ ⋅ (Ve − Vi ) = −0,697⎜ − ⎟
dr r Vi ri r ⎝ r ⎠ 0,150

⎛ 1 1 ⎞ 0,091
− µ ⋅ Vi = 0,697⎜ − ⎟ ⇒ − µ ⋅ Vi = −0,091 ⇒ µ=
⎝ 0,153 0,15 ⎠ Vi

Rot 1 min
f = 30 ⋅ ⇒ f = 0,5rps ∴ Vi = ω ⋅ ri mas : ω = 2π ⋅ f
min 60s

1 0,091 N .s
Vi = 2π ⋅ ⋅ 0,15 ⇒ Vi = 0,471m / s ∴ µ = ⇒ µ = 0,2 2 ou µ = 0,2 Pa.s
2 0,471 m

4ª) Solução:
g 1Kg 10 2 cm Kg
µ = 407cP = 4,07 P = 4,07 ⋅ ⋅ ∴ µ = 0,407
cm.s 10 3 g 1m m.s

A1 + A2 = AT = 1,0m 2 ⇒ A1 = A2 = 0,5m 2

⎧m = 0,10 Kg ⎧τ = ?
Dado: ⎨ pede - se : ⎨
⎩ AT = 1,0m ⎩V = ?
2
# Balanço de força:
P = F1 + F2

Kg .m
P = m ⋅ g = 0,10 ⋅ 9,81 ⇒ P = 0,981
s2

a) Cálculo da tensão:
F F F F F + F2 P 0,981 N
τ = τ1 + τ1 = 1 + 2 = 1 + 2 = 1 = = ⇒ τ = 1,962
A1 A2 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 m2

b) Cálculo da velocidade:
F V V
τ= ∴ F = τ ⋅ A ∴ F1 + F2 = τ 1 ⋅ A1 + τ 2 ⋅ A2 ∴ F1 + F2 = A1µ ⋅ + A2 µ ⋅
A y1 y2
⎛1 1 ⎞
mas : A1 = A2 = 0,5 ⇒ P = 0,5µ ⋅ V ⎜⎜ + ⎟⎟
⎝ y1 y 2 ⎠
⎛ 1 1 ⎞ m
0,981 = 0,5 ⋅ 0,407 ⋅ V ⋅ ⎜ + ⎟ ⇒ V = 0,51
⎝ 0,35 0,15 ⎠ s

5ª) Solução:

h Vr = ay + b

⎧ y = 0 ∴ Vr = V1 ∴ b = V1

V1 V2 ⎨y = h ∴ V = V V2 − V1
⎪⎩ r 2 ∴ a =
h
r
(V1 − V2 )
y a=−
h

(V1 − V2 ) dVr (V − V2 ) dVr


Vr = − ⋅ y + V1 ⇒ =− 1 ∴ τ yr = − µ ⋅
h dy h dy
⎡ (V − V ) ⎤ F ⎛ V − V2 ⎞
τ yr = − µ ⋅ ⎢− 1 2 ⎥ = c (diferenciando) : dFc = µ ⋅ ⎜ 1 ⎟ ⋅ dA
⎣ h ⎦ A ⎝ h ⎠
⎧ dT
⎪ dT = dF ⋅ r ∴ dF = (Torque)
⎨ r
⎪⎩dA = r ⋅ dr ⋅ dθ (Área da circunferência)

2π R
R2
∫ dA = ∫ ∫ r ⋅ dr ⋅ dθ ⇒ A = 2π ⋅
2
= π ⋅ R2
0 0
⎛ V − V2 ⎞ ⎧ V = ω1 ⋅ r
dT = µ ⋅ ⎜ 1 ⎟ ⋅ r ⋅ r ⋅ dr ⋅ dθ ∴ mas : ⎨ 1
⎝ h ⎠ ⎩V2 = ω 2 ⋅ r


⎛ ω − ω2 ⎞ 3 ⎛ ω1 − ω 2 ⎞ 3
T d 2
dT = µ ⋅ ⎜ 1
⎝ h
⎟ ⋅ r ⋅ dr ⋅ dθ

⇒ ∫ dT = µ ⋅ ⎜
⎝ h
⎟ ∫ r ⋅ dr ∫ dθ
⎠0
0 0
⎛ ω − ω2 ⎞ d µ ⋅π
4
T = 2π ⋅ µ ⋅ ⎜ 1 ⎟ ⋅ ⇒ T= ⋅ (ω1 − ω 2 ) ⋅ d 4
⎝ h ⎠ 24 ⋅ 4 32 ⋅ h

32 ⋅ h ⋅ T
(ω1 − ω 2 ) =
µ ⋅π ⋅ d 4
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: Célio Souza

EQUAÇÕES DE VARIAÇÃO (SISTEMAS ISOTÉRMICOS - I)

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
As equações são baseadas em leis fundamentais, tais como:
Princípio da Conservação da Massa;
2ª Lei da Termodinâmica;
Princípio da Conservação da Energia.

2 − EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE:
Esta equação é baseada na lei de conservação da massa. Vamos
considerar um balanço de massa para um fluido circulando em uma
região fixa no espaço em um elemento de volume "∆x. ∆y. ∆z".

2.1 − Lei da Conservação da Massa:

Taxa de massa Taxa de massa Taxa de acúmulo


que entra no − que sai do volume = de massa no vol.
volume de de controle de controle

massa Kg m 2 kg
taxa de massa = = ρv. A ⇒ ⋅ ⋅m =
tempo m3 s s

z (ρvz)/(z+∆z)
(ρvy)/(y+∆y)

y (ρvx)/x (ρvx)/(x+∆x)

(ρvy)/y
(ρvz)/z
x
2.1.1 − Taxa de entrada de massa no volume de controle:
# em "x": ( ρv x ) x ⋅∆y.∆z

# em "y": (ρv y ) y ⋅∆x.∆z

# em "z": ( ρv z ) z ⋅∆x.∆y

2.1.2 − Taxa de saída de massa do volume de controle:


# em "x": ( ρv x ) ( x+ ∆x ) ⋅∆y.∆z

# em "y": (ρv y ) ( y + ∆y ) ⋅∆x.∆z

# em "z": ( ρv z ) ( z + ∆z ) ⋅∆x.∆y

2.1.3 − Taxa de acúmulo de massa: (variação da massa com o tempo)

m ∂m ∂ρ
ρ= ∴ m = Vρ (÷ tempo ) ∴ = ∆x.∆y.∆z ⋅
V ∂t ∂t

# Substituindo cada item no balanço de massa, temos:

[( ρv x ) x − ( ρv x ) x + ∆x ] ⋅ ∆y.∆z + [(ρv y ) y − (ρv y ) y + ∆y ]⋅ ∆x.∆z +

+ [( ρv z ) − ( ρv z ) z + ∆z ] ⋅ ∆x.∆y = ∆x.∆y.∆z ⋅ ∂ρ (÷ ∆x.∆y.∆z )


∂t
z

∂ρ ⎡ ( ρv ) x + ∆x − ( ρv x ) (ρv y ) y + ∆y − (ρv y ) ( ρv z ) z + ∆z − ( ρv z ) ⎤
= −⎢ x + +
x y z
∂t ∆x ∆y ∆z ⎥
⎣ ⎦

# Levando o 2º membro ao limite quando (∆x, ∆y, ∆z → 0), teremos:

lim ( ρv x ) x + ∆x − ( ρv x ) ∂
x
= ( ρv x ) , logo:
∆x → 0 ∆x ∂x
∂ρ ⎡∂ ∂ ∂ ⎤
= − ⎢ ( ρv x ) + (ρv y ) + ( ρv z )⎥
∂t ⎣ ∂x ∂y ∂z ⎦ (I)

Obs: A equação (I) é a equação da continuidade que pode também ser


escrita da forma:

∂ρ ⎛ →⎞
= −∇.⎜ ρ v ⎟
∂t ⎝ ⎠ (II)

# Aplicando-se a derivada do produto em (I), teremos:

∂ρ ⎡ ∂v ∂ρ ∂v y ∂ρ ∂v ∂ρ ⎤
= −⎢ ρ x + vx +ρ + vy + ρ z + vz ⎥
∂t ⎣ ∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z ⎦

∂ρ ∂ρ ∂ρ ∂ρ ⎛ ∂v ∂v y ∂v z ⎞
+ vx + vy + vz = − ρ ⎜⎜ x + + ⎟⎟
∂t ∂x ∂y ∂z ⎝ ∂x ∂ y ∂z ⎠

Dρ →
= − ρ∇. v
Dt (III)

Obs: A equação (III) é uma outra forma de se escrever a equação (I).


Ambas são definidas para "fluido compressível e regime transiente".

Obs: Não existe regime transiente incompressível, visto que para ser
incompressível (ρ = cte), a variação com o tempo é nula, o que tornaria
o regime em permanente.

3 − CASOS PARTICULARES:
∂ρ
3.1 − Fluido incompressível (ρ = cte) e regime permanente ( = 0 ).
∂t
0

∂ρ ⎛ →⎞ ∇. v = 0
= −∇.⎜ ρ v ⎟ ∴
∂t ⎝ ⎠
∂ρ
3.2 − Fluido compressível (ρ ≠ cte) e regime permanente ( = 0 ).
∂t
0

∂ρ ⎛ →⎞
⎛ →⎞ ∇.⎜ ρ v ⎟ = 0
= −∇.⎜ ρ v ⎟ ∴ ⎝ ⎠
∂t ⎝ ⎠

4 − OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS:


4.1 − Coordenadas Cilíndricas (r,θ,z):

∂ρ 1 ∂
+ ( ρ .r.vr ) + 1 ∂ ( ρ .vθ ) + ∂ ( ρ .v z ) = 0
∂t r ∂r r ∂θ ∂z

4.2 − Coordenadas Esféricas (r,θ,ϕ):

∂ρ 1 ∂
+ 2
∂t r ∂r
(
ρ .r 2 .vr + )
1 ∂
r senθ ∂θ
( ρ .vθ .senθ ) + 1 ∂ (ρ .vϕ ) = 0
r senθ ∂ϕ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

Lista de Exercícios de Equação da Continuidade

01 − Faça os cálculos para verificar se equação da velocidade V = (2xy)i + (x − y)j


+ (z − 2zy)k, satisfaz a equação da continuidade para o escoamento de um fluido
incompressível em regime permanente.

02 − Dado o campo de velocidade V = (2x + cosy)i + (senx − 2y)j − 4zk, verifique


se o mesmo é compressível ou incompressível.

03 − O escoamento de um fluido bidimensional, vx = 0, é incompressível. O


componente "vy" em qualquer ponto é dado por: vy = 4y2 - cos(α)z. Encontre "vz",
sabendo-se que para z = 0 ; vz = v0.

04 − Em um duto cilíndrico escoa um fluido com velocidade vz = v0 − Z


. Ocorre
t
neste movimento do fluido a variação de sua massa específica somente com o
tempo "t", e onde no instante t = t0, ρ = ρ0 (cte). Calcule a expressão para a massa
específica "ρ" do fluido.

05 − O escoamento de um fluido incompressível em coordenadas retangulares é


dado pelos componentes de velocidade: vx = x3y e vy = 2yx2, onde "vz" é
desconhecido. Encontre "vz", sabendo-se que vz = 0 em z = 0.

06 − Seja vx = vx (x,t), o único componente de um escoamento em plano


unidimensional e transiente para o qual a massa especifica varia de acordo com
ρ = ρ0[2 − cos(ωt)]. Determine a expressão para "vx", se em x = 0; vx = v0, para
qualquer valor de "t".

07 − Um campo de escoamento unidirecional é representado por vz = 1 + z.


Sabendo-se que ρ = ρ(z), e sendo ρ = ρ0, quando z = 0, obtenha uma expressão
para calcular "ρ".
Resolução dos Exercícios

1ª) Solução:

→ → → → ∂v x ∂v y ∂v z
v = (2 xy ) i + ( x − y ) j + ( z − 2 zy ) k ⇒ = 2y ; = −1 ; = 1− 2y
∂x ∂y ∂z
∂v x ∂v y ∂v z
+ + = 0 (incompressível ) ⇒ 2 y − 1 + 1 − 2 y = 0 (sim)
∂x ∂y ∂z

2ª) Solução:

→ → → → ∂v x ∂v y ∂v x
v = (2 x + cos y ) i + (sen x − 2 y ) j − 4 z k ⇒ =2 ; = −2 ; = −4
∂x ∂y ∂x
∂v x ∂v y ∂v z
+ + = 0 (incompressível ) ⇒ − 2 + 2 − 4 = −4 (compressível)
∂x ∂y ∂z

3ª) Solução:

v y = 4 y 2 − cos α z ∴ v z = ? ∴ v x = 0 ∴ z = 0 ⇒ v z = v0
0
∂v y ∂v x ∂v y ∂v z dv
= 8y ∴ + + = 0 ∴ 8y + z = 0
∂y ∂x ∂y ∂z dz
∫ dv z = −∫ 8 y dz ∴ v z = −8 yz + C ∴ cond .cont. : v z = v0 ⇒ z = 0

v0 = −8 y ⋅ 0 + C ∴ C = v0 ∴ v z = v0 − 8 yz

4ª) Solução:
0 0
∂ρ 1 d ⎧ v z = v z (z, t )
+ (rρ vr ) + 1 ∂ ( ρ vθ ) + ∂ ( ρ v z ) = 0 ∴ ⎨
∂t r dr r ∂θ ∂z ⎩t = t0 ⇒ ρ = ρ 0
0
∂ρ ∂ ∂ρ ∂v ∂ρ ∂ρ ∂v
+ (ρ v z ) = 0 ∴ + ρ z + vz =0 ∴ +ρ z =0
∂t ∂z ∂t ∂z ∂z ∂t ∂z

z ∂v z 1 ∂ρ ρ dρ ρ dρ dt
v z = v0 −
t

∂z
=−
t
∴ − =0
∂t t

dt
=
t
∴ ∫ ρ
=∫
t
⎛ρ ⎞ ⎛ρ ⎞
ln ρ = ln t + C ∴ subst. a cond .cont. ∴ C = ln⎜⎜ 0 ⎟⎟ ∴ ln ρ = ln t + ln⎜⎜ 0 ⎟⎟
⎝ t0 ⎠ ⎝ t0 ⎠

⎛ t ⋅ ρ0 ⎞ t
ln ρ = ln⎜⎜ ⎟⎟ ∴ ρ = ρ0
⎝ 0 ⎠t t0

5ª) Solução:
v x = x 3 y ; v y = 2 yx 2 ; v z = ? ; cond . cont. : v z = 0 ⇒ z = 0
∂v x ∂v y ∂v z ∂v x ∂v x dv z
+ + =0 ∴ = 3x 2 y ∴ = 2x 2 ∴ 3x 2 y + 2 x 2 + =0
∂x ∂y ∂z ∂x ∂x dz
∫ dv z = ∫ − (3x )
y + 2 x 2 dz ∴ ( )
v z = − 3x 2 y + 2 x 2 z + C ∴
2
subst. a c.c, temos :

C =0 ∴ (
v z = − 3x 2 y + 2 x 2 z )

6ª) Solução:
v x = v x ( x, t ) ; ρ = ρ 0 (2 − cos ω t ) ; v x = ? ; cond . cont. : x = 0 ⇒ v x = v0
0 0 0 0 0
∂ρ ∂ρ ∂ρ ∂ρ ⎛ ∂v ∂v y ∂v z ⎞
+ vx + vy + vz + ρ ⎜⎜ x + + ⎟=0

∂t ∂x ∂y ∂z ⎝ ∂x ∂y ∂ z ⎠
∂ρ ∂v dρ dv dρ
+ρ x =0 ∴ + ρ x = 0 ∴ ρ = ρ 0 (2 − cos ω t ) ∴ = ωρ 0 sen ω t
∂t ∂x dt dt dt

dv x dv x ϖ sen ϖ t
ϖρ 0 sen ϖ t + ρ 0 (2 − cos ω t ) =0 ∴ =−
dx dx 2 − cos ω t
ϖ sen ϖ t ⎛ ϖ sen ϖ t ⎞
∫ dv x = −∫ 2 − cos ω t
⋅ dx ∴ v x = −⎜ ⎟⋅ x +C
⎝ 2 − cos ω t ⎠

⎛ ϖ sen ϖ t ⎞
cond .cont. : x = 0 ⇒ v x = v0 ∴ v x = v0 − ⎜ ⎟⋅ x
⎝ 2 − cos ω t ⎠

7ª) Solução:
vz = 1 + z ∴ ρ = ρ ( z ) ∴ v x = v y = 0 ∴ cond.cont. : ρ = ρ 0 ⇒ z = 0

∂ρ
(1 + z ) dρ + ρ = 0 dρ
∂v ∂v x dz
vz
∂z
+ρ z =0
∂z

∂z
=1 ∴
dz
∴ ∫ ρ
= −∫
1+ z

ln ρ = − ln(1 + z ) + C ∴ subst. a c.c : ln ρ 0 = − ln(1 + 0) + C ∴ C = ln ρ 0


⎛ ρ ⎞ ρ0
ln ρ = − ln(1 + z ) + ln ρ 0 ∴ ln ρ = ln⎜ 0 ⎟ ∴ ρ=
⎝1 + z ⎠ 1+ z
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

EQUAÇÕES DE VARIAÇÃO PARA SISTEMAS ISOTÉRMICOS

1 − EQUAÇÃO GERAL DO MOVIMENTO:


Esta equação se fundamenta na 2ª Lei de Newton do movimento,
na qual se faz um balanço de forças (taxa de quantidade de movimento)
em um elemento de volume de lados "dx, dy, dz".

1.1 − Segunda Lei de Newton:

Forças de = Forças de + Forças + Forças de


Inércia Pressão Viscosas Campo

v quantidade de movimento
F = m.a ∴ F = m. ∴ F=
t t

1.1.1 − Forças de Inércia (Fi):

→ → dm
d F i = dm. a ∴ ρ= ∴ dm = ρ .dxdydz
dV
(1) (2)


→ dv → →
a= ∴ v = v ( x, y , z )
dt

# Aplicando-se a regra da cadeia, temos:


→ d v ∂v ∂x ∂v ∂y ∂v ∂z ∂v ∂t
a= = ⋅ + ⋅ + ⋅ + ⋅
dt ∂x ∂t ∂y ∂t ∂z ∂t ∂t ∂t

→ ∂v ∂v ∂v ∂v
a = vx + vy + vz +
∂x ∂y ∂z ∂t
# Da definição de derivada substantiva, observa-se que:

→ → →
DA ∂A → → Dv
= + (v.∇ ) A ⇒ a=
Dt ∂t Dt
(3)
# Substituindo-se (2) e (3) em (1), teremos:

→ →
Dv dFi Dv
dFi = ρ .dxdydz. (÷ dv ) ⇒ = ρ.
Dt dxdydz Dt
(A)
1.1.2 − Força de Pressão (Fp): (em todas as direções)
z Pz+dz.dAz
Py.dAy

Px.dAx Px+dx.dAx

Py+dy.dAy Pz.dAz
x

⎧dFp = P.dA
⎪ dA ⎧ dFx = ( Px − Px +dx ).dydz
⎪ x = dydz ⎪
⎨ ⇒ ⎨dFy = (Py − Py +dy ).dxdz ⇒ dFP = dFx + dFy + dFz
⎪ dAy = dxdz ⎪ dF = ( P − P ).dxdy
⎪⎩ dAz ⎩ z z + dz
= dxdy
z

# Consideremos a série de Taylor truncada no 2º termo:


0 0
∂Px ∂ 2 Px 2 ∂ 3 Px 3
Px + dx = Px + dx + dx + dx + ....
∂x 2!∂x 2 3!∂x 3

# Então teremos para cada caso:


⎧ ⎛ ∂Px ⎞ ∂Px
dF
⎪ x = ⎜ P − P − dx ⎟ . dydz = − ⋅ dxdydz
∂x ⎠ ∂x
x x
⎪ ⎝
⎪ ⎛ ∂Py ⎞ ∂Py
⎨dFy = ⎜⎜ Py − Py − dy ⎟⎟.dxdz = − ⋅ dxdydz
⎪ ⎝ ∂y ⎠ ∂y
⎪ ⎛ ∂Pz ⎞ ∂Pz
dF
⎪ z = ⎜ P − P − dz ⎟ .dxdy = − ⋅ dxdydz
∂z ⎠ ∂z
z z
⎩ ⎝

⎛ ∂P ∂Py ∂Pz ⎞
dFP = dFx + dFy + dFz = −⎜⎜ x + + ⎟⎟.dxdydz (÷ dv )
⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

dFp
= −∇P (B)
dxdydz

1.1.3 − Forças Viscosas (Fv): (tensões sobre o elemento de volume)

τzz

τzx
τzy τxz

τyz τxx
τxy
x
τyx

y τyy

# τxx, τyy e τzz → são tensores normais;

# Os demais são tangenciais.


# Explicita-se, então, somente os tensores na direção "x" separadamente.
z

τzx/z+dz
τyx/y

τxx/x τxx/x+dx

x
τyx/y+dy τzx/z

# Temos, então, o balanço de força na direção "x".

∑ Fx = (τ xx / x − τ xx / x+dx )dydz +(τ yx / x − τ yx / y +dy )dxdz + (τ zx / z − τ zx / z +dz )dxdy


# Dividindo-se pelo volume (dv), temos:

∑ dFx = − ⎡⎛⎜ τ xx / x+dx − τ xx / x ⎞⎟ + ⎛⎜ τ yx / y +dy − τ yx / y ⎞⎟ + ⎛⎜ τ zx / z +dz − τ zx / z ⎞⎟⎤


⎢ ⎜ ⎟ ⎥
dxdydz ⎣⎝ dx ⎠ ⎝ dy ⎠ ⎝ dz ⎠⎦

# Se levarmos ao limite o 2º membro quando dx, dy e dz → 0, então:

∑ dFx ⎛ ∂τ ∂τ yx ∂τ zx ⎞
= −⎜⎜ xx + + ⎟⎟ ; e analogamente:
dxdydz ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

∑ dFy ⎛ ∂τ xy ∂τ yy ∂τ zy ⎞
= −⎜⎜ + + ⎟⎟
dxdydz ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

∑ dF z ⎛ ∂τ xz ∂τ yz ∂τ zz ⎞
=−⎜ + + ⎟
dxdydz ⎜ ∂x ∂y ∂z ⎟
⎝ ⎠
dFV
= ∑ x +
dF ∑ dFy + ∑ dFz ⇒
dFV
= −∇.τ (C)
dxdydz dxdydz dxdydz dxdydz dxdydz

1.1.4 − Forças de campo (Fc): (campo gravitacional)

→ → → → → →
F c = m. g ∴ d F c = dm. g ∴ d F c = ρ .dxdydz. g (÷ dv )

→ → → → → →
d Fc ⎛ ⎞
= ρ. g , onde g = g ⎜ g x , g y , g z ⎟
dxdydz ⎝ ⎠
(D)

# Substituindo (A), (B), (C) e (D) no balanço de força, temos:


Dv →
ρ = −∇P − ∇.τ + ρ g
Dt (I)

Obs: A equação (I) é a Equação Geral do Movimento, sendo também


chamada de equação de "CAUCHY".

# Para cada eixo, temos:

Dv x ∂Px ⎛ ∂τ xx ∂τ yx ∂τ zx ⎞ →
eixo "x" → ρ =− −⎜ + + ⎟ + ρ gx
Dt ∂x ⎜⎝ ∂x ∂y ∂z ⎟⎠

Dv y ∂Py ⎛ ∂τ xy ∂τ yy ∂τ zy ⎞ →
eixo "y" → ρ =− − ⎜⎜ + + ⎟⎟ + ρ g y
Dt ∂y ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

Dv z ∂Pz ⎛ ∂τ xz ∂τ yz ∂τ zz ⎞ →
eixo "z" → ρ =− −⎜ + + ⎟+ ρ gz
Dt ∂z ⎜⎝ ∂x ∂y ∂z ⎟⎠

2 − FORMAS PARTICULARES:
2.1 − Fluido Newtoniano e incompressível: (µ e ρ = cte)


τ = − µ∇. v → lei de Newton da viscosidade
# Substituindo-se a lei de Newton na equação geral, temos:


→ →
Dv ⎛ ⎞
ρ = −∇P + ∇.⎜ µ∇. v ⎟ + ρ g ; como "µ" é constante, então:
Dt ⎝ ⎠


Dv → →
ρ = −∇P + µ∇ v + ρ g
2
Dt (II)

Obs: A equação (II) é a equação de Navier-Stokes. Esta equação será


utilizada no curso de Fenômenos I (ver tabela).

# Escrevendo-se a equação de Navier-Stokes em coordenadas


cartesianas na direção "x":

⎛ ∂v x ∂v x ∂v x ∂v x ⎞ ∂Px ⎛ ∂ 2vx ∂ 2vx ∂ 2vx ⎞


ρ ⎜⎜ + vx + vy + vz ⎟⎟ = − + µ ⎜⎜ 2 + 2 + 2 ⎟⎟ + ρg x
⎝ ∂t ∂x ∂y ∂ z ⎠ ∂x ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠

2.2 − Efeitos viscosos nulos: ( ∇.τ = 0 → fluido ideal)


0

→ →
Dv
Dv →
ρ = −∇P + ρ g
ρ = −∇P − ∇.τ + ρ g ∴ Dt (III)
Dt

Obs: A equação (III) é chamada de Equação de Euler, que para regime


permanente e fluido incompressível e em uma só direção obtemos a
equação de Bernoulli.

2.3 − Fluido em repouso: (M.R.U. → v = cte)



Dv
Se v = cte então = 0 e ∇.τ = 0 . Logo a equação geral fica:
Dt


∇P = ρ g
(IV)
# Escrevendo-se a equação (IV) em uma só direção obtemos a equação
da estática dos fluidos "P = ρ.g.h".


2.4 − Efeito de pressão e gravidade desprezíveis:( ∇P = 0 e ρ g = 0 )

→ →
Dv → Dv →
ρ = µ∇ 2 v = υ∇ 2 v
Dt ou Dt
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
PROF: CÉLIO SOUZA

EQUAÇÃO DE VARIAÇÃO PARA SISTEMAS ISOTÉRMICOS

EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE NOS DISTINTOS SISTEMAS DE COORDENADAS:

Coordenadas retangulares (x, y, z):


∂ρ ∂
+ ( ρ v x ) + ∂ (ρ v y ) + ∂ ( ρ v z ) = 0
∂t ∂x ∂y ∂z

Coordenadas cilíndricas (r, θ, z):


∂ρ 1 ∂ 1 ∂
+ ( ρ rv )+ (ρ v θ ) + ∂ (ρ v z ) = 0
∂t r ∂r r ∂θ ∂z
r

Coordenadas esféricas (r, θ, φ):


∂ρ 1 ∂ ∂ ∂
∂t
+ 2
r ∂r
(ρ r 2 v r )+
1
r sen θ ∂θ
(ρ vθ sen θ )+ 1
r sen θ ∂φ
(ρ v Φ ) = 0

EQUACÃO DO MOVIMENTO EM COORDENADAS RETANGULARES (x, y, z):


Em função dos gradientes de velocidade para um fluido Newtoniano de "ρ" e "µ" constantes:

Componente "x":
⎛ ∂v x ∂v x ∂v x ∂v x ⎞ ∂P ⎛ ∂ 2vx ∂ 2vx ∂ 2vx ⎞
ρ ⎜⎜ + vx + vy + vz ⎟⎟ = − + µ ⎜⎜ + + ⎟ + ρg x

⎝ ∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂ ∂ ∂z 2
2 2
⎠ ⎝ x y ⎠

Componente "y":
⎛ ∂v y ∂v y ∂v y ∂v y ⎞ ∂P ⎛ ∂ 2v y ∂ 2v y ∂ 2v y ⎞
ρ ⎜⎜ + vx + vy + vz ⎟⎟ = − + µ⎜ + + ⎟ + ρg y
⎝ ∂ t ∂ x ∂ y ∂ z ⎠ ∂ y ⎜ ∂x 2 ∂ y 2
∂z 2 ⎟
⎝ ⎠

Componente "z":
⎛ ∂v z ∂v ∂v ∂v ⎞ ∂P ⎛ ∂ 2vz ∂ 2vz ∂ 2vz ⎞
ρ ⎜⎜ + v x z + v y z + v z z ⎟⎟ = − + µ ⎜⎜ + + ⎟⎟ + ρ g z
⎝ ∂t ∂x ∂y ∂z ⎠ ∂z ⎝ ∂x ∂y 2 ∂z 2
2

EQUAÇÃO DO MOVIMENTO EM COORDENADAS CILÍNDRICAS (r, θ, z):


Em função dos gradientes de velocidade para um fluido Newtoniano de "ρ" e "µ" constantes:

⎛ ∂v r ∂ v r vθ ∂ v r vθ 2 ∂ v r ⎞⎟ ∂P
ρ ⎜⎜ + vr + − + vz = −
Componente "r":
⎝ ∂t ∂r r ∂θ r ∂ z ⎟⎠ ∂r
⎡∂ ⎛1 ∂ ∂ 2vr 2 ∂ vθ ∂ 2vr ⎤
+ µ⎢ ⎜ (rv r )⎞⎟ + 12 − + 2 ⎥
+ ρg r
⎣ ∂ r ⎝ r ∂ r ⎠ r ∂θ 2
r 2
∂θ ∂ z ⎦
⎛ ∂ vθ ∂v v ∂ vθ v v ∂v ⎞ 1 ∂P
ρ⎜ + vr θ + θ + r θ + vz θ ⎟ = −
Componente "θ": ⎝ ∂t ∂r r ∂θ r ∂z ⎠ r ∂θ
⎡∂ ⎛1 ∂ ⎞ 1 ∂ vθ
2
2 ∂ v r ∂ 2 vθ ⎤
+ µ⎢ ⎜ (rv )
θ ⎟ + + + ⎥ + ρg θ
⎣ ∂r ⎝ r ∂r ⎠ r 2 ∂θ 2 r 2 ∂θ ∂z 2 ⎦

⎛ ∂v z ∂ v z vθ ∂ v z ∂v z ⎞ ∂P
ρ⎜ + vr + + vz ⎟=−
Componente "z": ⎝ ∂t ∂r r ∂θ ∂z ⎠ ∂z
⎡ 1 ∂ ⎛ ∂v z ⎞ 1 ∂ vz ∂ vz ⎤
2 2
+ µ⎢ ⎜r ⎟+ 2 + ⎥ + ρg z
⎣ r ∂ r ⎝ ∂ r ⎠ r ∂θ ∂z 2 ⎦
2

EQUAÇÃO DO MOVIMENTO EM COORDENADAS ESFÉRICAS (r, θ, φ):


Em função dos gradientes de velocidade para um fluido Newtoniano de "ρ" e "µ" constantes:

Componente "r":
⎛ ∂v r ∂ v r vθ ∂ v r v φ ∂ v r vθ + v φ 2
2

ρ ⎜⎜ + vr + + − ⎟

⎝ ∂ t ∂ r r ∂θ r sen θ ∂φ r ⎠
∂P ⎛ 2 2 ∂v 2 2 ∂ vφ ⎞
=− + µ ⎜⎜ ∇ 2 v r − 2 v r − 2 θ − 2 vθ cot θ − 2 ⎟⎟ + ρ g r
∂r ⎝ r r ∂θ r r sen θ ∂φ ⎠

Componente "θ":
⎛ ∂v ∂ vθ vθ ∂ vθ ⎞
vφ ∂ vθ v r vθ vφ cot θ
2

ρ ⎜ θ
+ vr + + + − ⎟
⎜ ∂t ∂ r r ∂θ r sen θ ∂φ r r ⎟
⎝ ⎠
1 ∂P ⎛ 2 ∂v v 2 cos θ ∂ vφ ⎞
=− + µ ⎜⎜ ∇ 2 vθ + 2 r − 2 θ 2 − 2 ⎟⎟ + ρ g θ
r ∂θ ⎝ r ∂θ r sen θ r sen 2
θ ∂φ ⎠

Componente "φ":
⎛ ∂ vφ ∂ v φ vθ ∂ v φ v φ ∂ v φ v φ v r vθ v φ ⎞
ρ ⎜⎜ + vr + + + + cot θ ⎟⎟
⎝ ∂t ∂r r ∂θ r sen θ ∂φ r r ⎠
1 ∂P ⎛ vφ 2 ∂vr 2 cos θ ∂ vθ ⎞
=− + µ ⎜⎜ ∇ 2 v φ − 2 + 2 + 2 ⎟⎟ + ρ g φ
r sen θ ∂φ ⎝ r sen θ r sen θ ∂φ
2 2
r sen 2 θ ∂φ ⎠

Obs: Nestas equações o operador laplaciano é:

1 ∂ ⎛ 2 ∂ ⎞ 1 ∂ ⎛ ∂ ⎞ 1 ⎛ ∂ 2 ⎞
∇ 2
= 2 ⎜r ⎟+ ⎜ sen θ ⎟+ ⎜ ⎟⎟
r ∂r ⎝ ∂ r ⎠ r 2 sen θ ∂θ ⎝ ∂θ ⎠ r 2 sen 2 θ ⎜⎝ ∂φ 2 ⎠
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

Aula de Exercícios de Equação Geral do Movimento

1 − Determinar o perfil de velocidade, o perfil de tensão, velocidade máxima,


velocidade média, vazão volumétrica e vazão mássica por unidade de largura, para
o escoamento livre e unidimensional de um líquido Newtoniano incompressível em
uma placa inclinada em regime permanente (ver figura abaixo).

2 − Seja o tubo circular de raio "R" e comprimento "L", inclinado de um ângulo


"α" em relação à vertical, no qual escoa um fluido Newtoniano incompressível em
regime permanente. As pressões no tubo em (z = 0) e (z = L) são (P = P0) e
(P = PL), respectivamente. Encontre o perfil de velocidade e de tensão, as
velocidades máxima e média, a vazão volumétrica.

3 − Encontrar o perfil de velocidade de um fluido Newtoniano, fluindo em regime


estacionário entre dois tubos concêntricos, como mostra a figura abaixo.
Considerar o fluido incompressível e regime laminar.
4 − Demonstre que a velocidade média de um fluido Newtoniano e incompressível
em um duto circular de raio "R", a partir do perfil de velocidade dado por:
1
⎛ ∆P ⎞ n n ⎡ n ⎤
n +1 n +1

Vz = ⎜ ⎟ ⋅ ⋅ ⎢R − r n ⎥
⎝ 2 KL ⎠ n + 1 ⎣⎢ ⎥⎦
é como abaixo:
1
n +1
⎛ ∆P ⎞ n n
Vz = ⎜ ⎟ .R n
.
⎝ 2 KL ⎠ 3n + 1
Em seguida encontre a relação Vz / Vz,MAX .

rV z drdθ
R

Dado: V z

= 2π R
0 ∫0

∫0 ∫0 rdrdθ

5 − Mostre que o perfil de velocidade para fluxo laminar tangencial de um fluido


incompressível escoando no espaço compreendido entre dois cilindros verticais
coaxiais, quando o cilindro inferior gira com velocidade angular "Ω", é dado por:
Ω⋅K2 ⎡r 2 − R2 ⎤
Vθ = 2 ⋅⎢
(
K −1 ) ⎣ r ⎦

Resolução dos Exercícios

1ª) Solução:
a) Perfil de velocidade:
0 0 0 0 0 0 0
⎛ ∂V z ∂V z ∂V z ∂V z ⎞ ∂P ⎛ ∂ 2V z ∂ 2V z ∂ 2V z ⎞
ρ ⎜⎜ + Vx + Vy + Vz ⎟⎟ = − + µ ⎜⎜ 2 + + ⎟ + ρg z

⎝ ∂ ∂ ∂ ∂ ⎠ ∂ ∂ ∂ ∂z 2
t x y z z 2
⎝ x y ⎠

∂ 2V z d 2V z ρg cos β d ⎛ dV z ⎞ ρg cos β
0=µ + ρg cos β ∴ =− ∴ ⎜ ⎟=−
∂x 2 dx 2 µ dx ⎝ dx ⎠ µ

⎛ dV z ⎞ ρg cos β dV z ρg cos β
∫ d ⎜⎝ dx ⎠
⎟ = ∫−
µ
⋅ dx ∴
dx
=−
µ
⋅ x + C1

# 1ª cond. de cont.:
⎧ dV z
⎪em x = 0 ⇒ V z = V z ,máx ou dx = 0
⎨ ⇒ C1 = 0
dV z
⎪ em x = 0 ⇒ τ xz = 0 ou =0
⎩ dx

ρg cos β ρg cos β 2
∫ dVz = − µ ∫ xdx ∴ V z = −
µ
⋅ x + C2

# 2ª cond. de cont.:
{em x = δ ⇒ Vz = 0
ρg cos β 2 ρg cos β ⋅ δ 2
0=− ⋅ δ + C2 ∴ C2 =
µ 2µ

ρg cos β 2 ⎡ ⎛ x ⎞
2⎤
ρg cos β 2 ρg cos β 2
Vz = − ⋅x + ⋅δ ⇒ Vz = ⋅ δ ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥
2µ 2µ 2µ ⎢⎣ ⎝ δ ⎠ ⎥⎦

b) Perfil de tensão:
dV dV z 2 ρg cos β dV z ρg cos β
τ yx = − µ z ∴ =− ⋅x ∴ =− ⋅x
dx dx 2µ dx µ
⎛ ρg cos β ⎞
τ yx = − µ ⋅ ⎜⎜ − ⋅ x ⎟⎟ ⇒ τ yx = ρg cos β ⋅ x
⎝ µ ⎠

c) Velocidade máxima:
{em x = 0 ⇒ Vz = Vz,max
ρg cos β 2
V z ,máx = ⋅δ

d) Velocidade média:

∫ ∫ Vz ⋅ dxdy 1
δ

w ⋅ δ ∫0
Vz = 00

∴ Vz = ⋅ w V z ⋅ dx ∴ substituindo "V z " , temos :
∫ ∫ dxdy
00
δ δ
1 ⎡ ρg cos β 2 ρg cos β 2 ⎤
V z = ⎢∫ − ⋅ x ⋅ dx + ∫ − ⋅ δ ⋅ dx ⎥
δ ⎢⎣ 0 2µ 0
2µ ⎥⎦
δ
1 ⎡⎢ ρg cos β ⎛⎜ x 3 ⎞⎟ ρg cos βδ 2 δ ⎤⎥
Vz = − + ( x )0
δ⎢ 2 µ ⎜⎝ 3 ⎟⎠ 0 2µ ⎥
⎣ ⎦
1 ⎛⎜ ρg cos β δ 3 ρg cos βδ 3 ⎞⎟ 1 ρg cos β ⎛⎜ δ 3 3⎞

Vz = − ⋅ +− ∴ V z = ⋅ − + δ
δ ⎜⎝ 2µ 3 2µ ⎟
⎠ δ 2 µ ⎜ 3


1 ρg cos β 2δ 3 ρg cos β 2
Vz = ⋅ ⋅ ⇒ Vz = ⋅δ
δ 2µ 3 3µ

# Relação entre "V z ,max " e " V z ":


ρg cos β 2
⋅δ
V z ,max 2µ V z ,max 3
= ⇒ =
Vz ρg cos β 2 Vz 2
⋅δ

e) Vazão volumétrica (Q)


ρg cos β 2 ρg cos β
Q =V z ⋅ A ∴ Q= ⋅ δ ⋅ wδ ⇒ Q= ⋅ wδ 3
3µ 3µ

f) Vazão mássica por unidade de largura ( Qm• )


Q ⋅ ρ ρg cos β ρ ρ 2 g cos β 3
Qm• = = ⋅ wδ 3 ⋅ ⇒ Qm• = ⋅δ
w 3µ w 3µ
2ª) Solução:
a) Perfil de concentração:
0 0 0 0 0 0 0
⎛ ∂V z ∂V z Vθ ∂V z ∂V z ⎞ ∂P ⎡ 1 ∂ ⎛ ∂V z ⎞ 1 ∂ 2V z ∂ 2V z ⎤
ρ⎜ + Vr + + Vz ⎟=− + µ⎢ ⎜r ⎟+ 2 + ⎥ + ρg z
⎝ ∂t ∂r r ∂θ ∂z ⎠ ∂z ⎢⎣ r ∂r ⎝ ∂r ⎠ r ∂θ
2
∂z 2 ⎥⎦
∂P ⎡ 1 ∂ ⎛ ∂V z ⎞⎤ ⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤ dP
0=− + µ⎢ ⎜r ⎟⎥ − ρg cos α ∴ µ⎢ ⎜r ⎟⎥ = + ρg cos α (I)
∂z ⎣ r ∂r ⎝ ∂r ⎠⎦ ⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ dz

U Pressão Absoluta (P)


# Convenção de sinal:
(+) → quando o fluido escoa na direção contrária de "g".
(−) → quando o fluido escoa na mesma direção de "g".

Obs: no problema em questão é positivo (+), logo:


⎧ PAb → Presão Absoluta

PAb = P + ρgz Onde: ⎨ P → Pressão dinâmica
⎪ ρgz → Pressão estática

⎧" dP" varia somente com " z"; como não varia
⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤ dP ⎪
µ⎢ ⎜r ⎟⎥ − ρg cos α = → ⎨com " Vz " nem com " r" , então o 1º membro é
⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ dz ⎪constante com relação ao segundo.

PL
dP
L
PL − P0
K=
dz
∴ ∫ dP = K ∫ dz ∴ PL − P0 = K ⋅ L ∴ K=
L
P0 L

⎡ 1 d ⎛ dV z⎞⎤ PL − P0
µ⎢ ⎜r ⎟⎥ = + ρg cos α (A)
⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ L
⎧ P = P0 ∴ z = 0 ⇒ PAb0 = P0 (1)

PAb = P + ρgz ⇒ ⎨
⎪P = P ∴ z=L ⇒ PAbL = PL + ρgL (2)
⎩ L
# Diminuindo (2) de (1), temos:
÷L ( ) PAbL − PAb0 PL − P0
PAbL − PAb0 = PL + ρgL − P0 ⎯⎯⎯→ = + ρg z
L L
PAbL − PAb0 P − P0 ⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤ PAbL − PAb0
= L + ρg cos α ⎯subst. ⎯→ µ ⎢
⎯ ⎯em⎯(A) ⎜r ⎟⎥ =
L L ⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ L
⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤ ∆P d ⎛ dV z ⎞ ∆P
µ⎢ ⎜r ⎟⎥ = − Ab ∴ ⎜r ⎟ = − Ab ⋅ r
⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ L dr ⎝ dr ⎠ µL
⎛ dV z ⎞ ∆PAb dV z ∆PAb 2
∫ ⎝ dr ⎠
d ⎜ r ⎟ = −
µL ∫
⋅rdr ∴ r
dr
= −
2 µL
⋅ r + C1
# 1ª cond. de cont.:
{r = 0 ∴ V z = V z ,max ∴
dV z
=0 ⇒ C1 = 0
dr
dV z ∆P ∆PAb ∆PAb 2
r
dr
= − Ab ⋅ r 2
2 µL
∴ ∫ dVz = − 2 µL ∫
rdr ∴ Vz = −
4 µL
⋅ r + C2

# 2ª cond. de cont.:
∆PAb 2
{r = R ∴ Vz = 0 ∴ C2 = ⋅R
4 µL

∆PAb 2 ⎡ ⎛ r ⎞ ⎤
2
∆P ∆P
V z = − Ab ⋅ r 2 + Ab ⋅ R 2 ∴ Vz = ⋅ R ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥
4 µL 4 µL 4 µL ⎣⎢ ⎝ R ⎠ ⎦⎥

b) Perfil de tensão:
dV z dV z ∆P dV z ∆P
τ zr = − µ ⋅ ∴ = − Ab ⋅ 2r ∴ = − Ab ⋅ r
dr dr 4 µL dr 2 µL

⎛ ∆PAb ⎞ ∆PAb
τ zr = − µ ⎜⎜ − ⋅ r ⎟⎟ ⇒ τ zr = ⋅r
⎝ 2 µL ⎠ 2L

c) Cálculo de " V z ,max ":


∆PAb 2
{em r=0 ∴ V z = V z ,max ⇒ Vz = ⋅R
4 µL

d) Cálculo da velocidade média ( V z ):


2π R R

∫ ∫ Vz ⋅ rdrdθ 2π ∫ V z ⋅ rdrdθ
2
R
Vz = = = ∫ Vz ⋅ rdrdθ
0 0 0
2π R
R2 R2
∫ ∫ rdrdθ 2π ⋅ 0

0 0
2
2 ⎛R∆P R
∆PAb 2 ⎞ 2∆PAb ⎛⎜ R 3 R ⎞
V z = 2 ⎜ ∫ − Ab ⋅ r 2 ⋅ rdr + ∫ 4 µL ⋅ R ⋅ rdr ⎟ ∴ V = ∫ r dr + R 2
∫ rdr ⎟
R ⎜⎝ 0 4 µL ⎟ ⎜ ⎟
z
0 ⎠ R 4 µL ⎝ 0
2
0 ⎠

∆PAb ⎛ R 4 R 4 ⎞ ∆PAb R4 ∆PAb 2


Vz = ⎜− + ⎟ ∴ Vz = ⋅ ⇒ Vz = ⋅R
2 ⎜
2 R µL ⎝ 4 2 ⎟ 2 R 2 µL 4 8 µL

# Relação entre " V z ,max " e "V z " :


V z ,max
=2
Vz
e) Vazão volumétrica (Q):
∆PAb 2 ∆PAb
Q =V z ⋅ A ∴ Q= ⋅ R ⋅ πR 2 ⇒ Q= ⋅ πR 4
8 µL 8 µL

3ª) Solução:
0 0 0 0 0 0 0
⎛ ∂V z ∂V V ∂V z ∂V ⎞ ∂P ⎡ 1 ∂ ⎛ ∂V z ⎞ 1 ∂ V z ∂ V z ⎤ 2 2
ρ⎜ + Vr z + θ + Vz z ⎟ = − + µ⎢ ⎜r ⎟+ 2 + 2 ⎥
+ ρg z
⎝ ∂t ∂r r ∂θ ∂z ⎠ ∂z ⎣⎢ r ∂r ⎝ ∂r ⎠ r ∂θ 2
∂z ⎦⎥
⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤ dP ⎧neste caso, como não temos o termo da gravidade
µ⎢ ⎜r ⎟⎥ = → ⎨
⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ dz ⎩a pressão absoluta é a própria pressão dinâmica
P2
⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤ ⎡ 1 d ⎛ dV z ⎞⎤
L

∫ dP = µ ⎢⎣ r dr ⎜⎝ r dr ⎟⎥ ∫ dz
⎠⎦ 0
∴ P2 − P1 = Lµ ⎢
⎣ r dr
⎜r
⎝ dr
⎟⎥
⎠⎦
P1
1 d ⎛ dV z ⎞ ∆P ⎛ dV z ⎞ ∆P
⎜r
r dr ⎝ dr ⎠
⎟=−
µL
∴ ∫ d ⎜⎝ r
dr ⎠
⎟=−
µL ∫
rdr

dV ∆P 2 ( ÷r ) dV z ∆P C
r z =− ⋅ r + C1 ⎯⎯ ⎯→ =− ⋅r + 1
dr 2 µL dr 2 µL r

∆P dr ∆P 2
∫ dVz = − 2µL ∫ rdr + C1 ∫
r
⇒ Vz = −
2 µL
⋅ r + C1 ln r + C 2 (1)

# 1ª cond. de cont.:
⎧ ∆P 2 ∆P 2
⎨ Para r = b ∴ V z = 0 ∴ 0 = − ⋅ b + C1 ln b + C 2 ⇒ C 2 = ⋅ b − C1 ln b
⎩ 4 µ L 4 µL

# 2ª cond. de cont. (2)


⎧ ∆P 2 ∆P 2
⎨ Para r = a ∴ V z = 0 ∴ 0 = − ⋅ a + C1 ln a + ⋅ b − C1 ln b
⎩ 4 µL 4 µL

(
{C1 (ln a − ln b ) = ∆P a 2 − b 2 ) ⇒ C1 =
(
∆P a 2 − b 2

1 ) (3)
4 µL 4 µL ln (a b )

# Substituindo (3) em (2), teremos:

C2 =
∆P 2 ∆P 2
4 µL
⋅b −
4 µL
(
a − b2 ⋅
1
ln (a b )
)
⋅ ln b (4)

# Substituindo (4) e (3) em (1), teremos:


Vz = −
∆P 2 ∆P 2
4 µL
⋅r +
4 µL
(
a − b2 ⋅
1
)
ln(a / b)
⋅ ln r +
∆P 2 ∆P 2
4 µL
⋅b −
4 µL
a − b2 ⋅ (
ln b
ln(a / b)
)
Vz =
∆P ⎡ 2
4 µL ⎢⎣
− r + a 2
− b 2
( ⋅
ln r
ln(a / b)
)+ b 2
− a 2
− b 2
⋅ (
ln r ⎤
ln(a / b) ⎥⎦
)
Vz =
∆P ⎧ 2

4 µL ⎩
b − r (
2
+
a2 − b2
ln(a / b)
) (
⋅ [ln r − ln b
)
]


Vz =
∆P ⎡ 2

4 µL ⎣
b − (
r 2
+ ) (
a2 − b2
ln(a / b)

⋅ ln(r / b)⎥
)

4ª) Solução:
2π R R

∫ ∫ V z ⋅ rdrdθ 2π ∫ V z ⋅ rdr
2 ⎛ ∆P ⎞ n n ⎡ nn+1
R 1
R 2 n +1 ⎤
Vz = = ∴Vz = 2 ⎜ ⎟ ⋅ ⋅ ⎢∫ ⋅ − ∫ ⋅
0 0 0
2π R
R rdr r n
dr ⎥
R2 R ⎝ 2 KL ⎠ n + 1 ⎣⎢ 0 ⎦⎥
∫ ∫ rdrdθ 2π 0

0 0
2
1
2 ⎛ ∆P ⎞ n n
onde: 2 ⎜ ⎟ ⋅ = φ = cte
R ⎝ 2 KL ⎠ n + 1

⎡⎛ n +1 r 2 ⎞ R R⎤ ⎡⎛ n +1 R 2 ⎞ ⎛ n 3 n +1 ⎤
⎛ 3 n +1
n ⎞ ⎞
V z = φ ⎢⎜⎜ R ⋅ ⎟⎟ − ⎜ r
n n
⋅ ⎟ ⎥ ⎜
∴ V z = φ ⎢⎜ R ⋅
n ⎟
⎟ −⎜ ⋅ R n ⎟⎥
⎢⎝ 2 ⎠0 ⎝ 3n + 1 ⎠ 0 ⎥ ⎢⎣⎝ 2 ⎠ ⎝ 3n + 1 ⎠⎥⎦
⎣ ⎦
⎡ R 3nn+1 3 n +1 ⎤ 2 ⎛ ∆P ⎞ n n
1

n ⎛
n 3 n +1 1 n ⎞
V z =φ⎢ − ⋅R n ⎥ ∴ Vz = 2⎜ ⎟ ⋅ ⋅ R ⎜ − ⎟
⎢ 2 3n + 1 ⎥ R ⎝ 2 KL ⎠ n + 1 ⎝ 2 3n + 1 ⎠
⎣ ⎦
1
⎛ ∆P ⎞ n n 3 n +1
⎡ 3n + 1 − 2n ⎤
V z = 2⎜ ⎟ ⋅ ⋅ R n ⋅ R −2 ⎢ ⎥
⎝ 2 KL ⎠ n + 1 ⎣ 2(3n + 1) ⎦

1 1
⎛ ∆P ⎞ n n +1
n ⎛ n +1 ⎞ ⎛ ∆P ⎞ n n +1
n
Vz =⎜ ⎟ ⋅R n ⋅ .⎜ ⎟ ⇒ Vz =⎜ ⎟ ⋅R n ⋅
⎝ 2 KL ⎠ n + 1 ⎝ 3n + 1 ⎠ ⎝ 2 KL ⎠ 3n + 1

5ª) Solução:


KR

R
0 0 0 0 0 0 0
⎛ ∂ vθ ∂ vθ v ∂ vθ v r vθ ⎞∂v 1 ∂P
ρ ⎜⎜ + vr + θ + + vz θ
⎟=−

Componente "θ": ⎝ ∂t ∂r r ∂θ r ⎠ ∂z r ∂θ
0 0 0 0
⎡∂ 1 ∂ 2
1 ∂ vθ 2 ∂v r ∂ 2 vθ ⎤
+µ ⎢ ⎛


(
rv θ ⎟ + + ) + ⎥ + ρg
θ
⎢ ∂r ⎝ r ∂r ⎠ r 2 ∂θ 2 r 2 ∂θ ∂ z ⎥⎦
2

d ⎛1 d ⎞ 1 d
⎜ ⋅ (rVθ )⎟ = 0 ∴ ⋅ (rVθ ) = C1 ∴ d (rVθ ) = C1 ⋅ rdr
dr ⎝ r dr ⎠ r dr
# Integrando-se, teremos:
C (÷r ) C C
rVθ = 1 ⋅ r 2 + C 2 ⎯⎯ ⎯→ Vθ = 1 ⋅ r + 2 (1)
2 2 r
# Aplicando as condições de contorno abaixo, teremos:
⎧ em r = R ∴ Vθ = 0
⎨ , substituindo - se as cond. de cont., teremos :
⎩em r = KR ∴ Vθ = Ω KR

2⋅Ω⋅ K 2 Ω(KR )2
C1 = C2 = −
(K 2
−1 ) e
(K 2
)
−1

# Substituindo-se "C1" e "C2" em (1), teremos:


2 ⋅ Ω ⋅ K 2 r ⎡ Ω(KR )2 1 ⎤ Ω⋅K2 Ω(KR )2
Vθ = ⋅ + − ⋅ ∴ = ⋅ −
( ) ⎢
K 2 − 1 2 ⎢⎣ K 2 − 1 r ⎥⎦( ⎥ Vθ
)
K 2 −1
r
(
K 2 −1 ⋅ r ) ( )
Ω ⋅ K 2 ⎛⎜ r 2 − R 2 ⎞⎟
Vθ = 2 ⋅
(
K − 1 ⎜⎝ r )⎟

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: Transferência de Calor e Massa (REVISÃO)
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

LEI DE FOURIER DA CONDUÇÃO DE CALOR

1 − CONCEITOS:
A transferência de calor é a transmissão de energia resultante de
uma diferença de temperatura.
Ex:
T0
Tx
Fluxo de calor
Sol terra

T0 > Tx

Nota-se haver uma distribuição desigual de temperatura o que


acarretará em um transporte de calor no sentido do Sol para Terra.
Observa-se, também, que a temperatura cresce da Terra para o Sol,
isto é, no sentido contrário ao do transporte de calor.

2 − MECANISMOS DE TRANSPORTE DE CALOR:


2.1 − Condução:
A calor pode ser conduzido através de sólidos, líquidos e gases
pela cinética de impacto direto de moléculas adjacentes. O fluxo de
energia não é acompanhado por um movimento apreciável de matéria.

2.2 − Convecção:
É parcialmente regida pelas leis da mecânica dos fluidos, já que a
transferência de energia depende do movimento de porções
macroscópicas de um líquido ou gás (fluido).

2.2.1 − Convecção natural:


É induzida por diferença de densidade, o que acarreta em uma
diferença de temperatura.
Ex:

Correntes convectivas
H2O
Fonte de calor

2.2.2 − Convecção forçada:


É resultante de uma força externa (bombas, agitadores, etc.)

2.3 − Radiação:
Propaga-se através do vácuo, gases, líquidos ou sólidos
transparentes. A energia é transportada por ondas eletromagnéticas ou
fótons de comprimento variando desde 10−11m (ondas curtas dos raios
cósmicos) até 103m (ondas longas de rádio comunicação).

Obs: Raramente o calor é transferido por um só mecanismo. Geralmente


ocorre uma combinação em série ou paralelo.

3 − MODELOS MATEMÁTICOS:
3.1 − Convecção:
A taxa de calor por convecção é calculada pela Lei de Newton do
Resfriamento.

dqC = h.dA.(TS − T f )

onde:
dqC → taxa de calor por convecção (Kcal.h−1) ou (Watt);
dA → elemento de área em que flui a quantidade de calor "dqC" (m2);
TS → temperatura da superfície no elemento "dA" (ºC);
Tf → temperatura do fluido ao longe da superfície (ºC);
h → coeficiente de convecção local (Kcal/m2.h.ºC) ou (Watt/m2ºC).

1ª Obs: Caso a temperatura do fluido seja maior que a da superfície,


então (TS − Tf) fica (Tf − TS).

2ª Obs: "h" depende do tipo de escoamento (laminar ou turbulento),


características geométricas, condutividade térmica, viscosidade, calor
específico, do mecanismo de transferência por convecção (natural ou
forçada), etc.

3ª Obs: Caso "h" seja constante ao longo da superfície "A", então a


equação de Newton pode ser escrita da seguinte forma:

qC = h. A.(TS − T f ) ∴ para TS 〉T f

3.2 − Radiação:
A energia radiante pode ser refletida (α), transmitida (β) ou
absorvida (γ), onde α + β + γ = 1
Ex:
Negro de fumo (γ ≅ 0,97; α ≅ 0,03; β ≅ 0);
Placa de alumínio (γ ≅ 0,1; α ≅ 0,9; β ≅ 0).

Obs.1: O corpo negro é o corpo que absorve toda a energia radiante que
atinge sua superfície (γ = 1) e a taxa de calor é dada por:

q R = σ . A.TS4
(Lei de Stefan-Boltzmann)

Obs.2: Quando dois corpos negros trocam radiação a taxa de calor é


dada por:

(
q R = σ . A. TS41 − TS42 )

Obs.3: Caso o corpo não seja um corpo negro (γ < 1) a taxa de calor é
dada por:

(
q R = ε .σ . A. TS41 − TS42 )
onde:
qR → taxa de troca de calor por radiação térmica (Watt);
σ → constante de Stefan-Boltzmann (5,67.10−8W/m2K4);
ε → emissividade do meio (adimensional, variando de 0 a 1);
A → área superficial (m2);
TS → temperatura da superfície (absoluta, "K" ou "R").

3.3 − Condução e Condutividade Térmica:


y P.S.
Considerar que haja um sorvedouro
PLACA SÓLIDA de calor na placa superior,
P.I. mantendo-a fria
x

y T0 P.S.
t = 0 → a placa superior está na
mesma temperatura da placa inferior
P.I. "T0"
x

y T0 P.S.
t = pequeno → a placa superior
T = T (y,t) aumenta sua temperatura havendo
P.I. um regime transiente T = T(y,t)
x

y T0 P.S.
t = ∞ → haverá formação final do
T = T(y) perfil de temperatura, ou seja,
P.I. T = T(y)
x

# De acordo com o experimento acima, podemos concluir que:

FLUXO DE CALOR
α GRADIENTE DE TEMPERATURA
NA DIREÇÃO (Y)

q dT
= −K
A dy (Lei de Fourrier da Condução)

Obs: O sinal negativo é devido ao fluxo térmico estar no sentido


contrário ao gradiente de temperatura.
sendo:
q → taxa de calor por condução [Kcal/h; Btu/h; Joule/s (W)];
A → área (m2; ft2);
K → condutividade térmica (Kcal/h.m.ºC; Btu/h.ft.ºF);
dT
→ gradiente unidirecional de temperatura (ºC/m).
dy

1ª Obs: A condutividade térmica é a capacidade que o material apresenta


em conduzir calor. É função do estado molecular e, portanto, depende da
temperatura
K → ∞ (condutores) → materiais metálicos;
K → 0 (isolantes) → isopor, cortiça.

2ª Obs: Quando as condutividades térmicas relacionadas a eixos


direcionais são as mesmas, o meio é dito "ISOTRÓPICO", ou seja,
quando "K" independe da direção do fluxo. Caso contrário, o meio é dito
"ANISOTRÓPICO".
z
Kx = Ky = Kz = K → meio Isotrópico
Kz
(materiais homogêneos)
Ky
y
Kx Kx ≠ Ky ≠ Kz → meio Anisotrópico
(Substâncias amorfas como madeira)
x

# Introduziremos à Lei de Fourrier da Condução a massa específica (ρ) e


o calor específico (CP), onde:
ρ = (Kg/m3) e CP = (Kcal/Kg.ºC).

d ⎛ ρ .C P .T ⎞
q
= −K
dT

q
= − K ⎜⎜ ⎟ ∴ (caso ρ e C p = cte)
A dy A dy ⎝ ρ .C P ⎟⎠

q K .ρ .C P dT K
=− ⋅ , mas, =α
A ρ .C P dy ρ .C P
q dT dT
= −α .ρ .C P Q = −α .ρ .C P
A dy ou dy

Obs: "α" é a difusividade térmica que representa a relação entre a


capacidade do material em transportar energia e sua capacidade em
absorver energia.

# Dimensão de "α":

α=
K
=
Kcal m 3

ρ .C P h.m.º C Kg
∴ α=
m2
h
[
= L2T −1 ]
4 − APLICAÇÃO EM CORPOS DE GEOMETRIA SIMPLES:
4. 1 − Placa Plana:
Dada uma placa plana de espessura "∆x" como mostra a figura
abaixo, na qual as duas faces estão mantidas às temperaturas "T1" e "T2"
(T1 > T2). A quantidade de calor que passa através da área "A" por
dT
unidade de tempo é dada por " q = −K.A. ". Encontre uma expressão
dx
para "T2".

dT ∆x T
q = − K . A. ∴ q ∫0 dx = − K . A∫T 1 dT
dx 2

T1
∆x
q T2 q.∆x = − K . A(T2 − T1 ) ∴ q ⋅ = −T2 + T1
K .A
y
∆x ∆x
x T2 = T1 − q ⋅ ou T2 = T1 − Q ⋅
K .A K
∆x

U = R.i R → resistência (Ω) L → comprimento


P = R.i
ρ → resistividade (Ω.m) A → área
ρ .L L
R= ou R = K → condutância (1/Ω.m) C → condutância
A K .A i → corrente (A)
1
C= U → potencial (Volt)
R
4.2 − Placa Plana Composta:

* Reg. Permanente
T1
T2
T3 * A = cte
q
T4
* q = cte
(A) (B)
(C) dT
* q = −K.A
dx
∆xA ∆xB ∆xC

(T1 − T2 ) (T2 − T3 ) (T3 − T4 )


qA = K A ⋅ A ⋅ ; qB = K B ⋅ A ⋅ ; qC = K C ⋅ A ⋅
∆x A ∆x B ∆xC

q = q A = q B = qC

⎧ ⎛ ∆x A ⎞
⎪T1 − T2 = q ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟
⎪ ⎝ KA ⋅ A⎠
⎪ ⎛ ∆x B ⎞
⎨T2 − T3 = q ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ , somando-se membro a membro, temos:
⎪ ⎝ B
K ⋅ A ⎠
⎪ ⎛ ∆xc ⎞
⎪ 3
T − T = q ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟

4
⎩ ⎝ C
K A ⎠

⎡⎛ ∆x A ⎞ ⎛ ∆x B ⎞ ⎛ ∆xC ⎞⎤
T1 − T4 = q ⋅ ⎢⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟⎥
K ⋅
⎣⎝ A ⎠ ⎝ B
A K ⋅ A ⎠ ⎝ C K ⋅ A ⎠⎦

# Fazendo-se uma analogia com a resistência elétrica, verificamos que:

L ∆x
RE = ⇔ RT =
A.ρ K⋅A
T1 − T4 T1 − T4 ∆T
q= q= q=
RTA + RTB + RTC ∴ n −1 ∴ n −1
∑ RT ∑ RT
i =1 i =1
4.3 − Cilindro Oco:

* Reg. Permanente
T2
* A = 2πrL ≠ cte
r1,T1
r2 * q = cte

dT
* q = −K.A
dr

dT r2
dr T2
⎛r ⎞
q = −k .2π .rL. ∴ q ∫ = − K 2πL ∫ dT ∴ q ⋅ ln⎜⎜ 2 ⎟⎟ = − K 2πL(T2 − T1 )
dr r1 r T1 ⎝ r1 ⎠

q = K 2πL ⋅
(T1 − T2 ) ⎛r −r ⎞
× ⎜⎜ 2 1 ⎟⎟ ∴ q=K⋅
(2π .r2 L − 2π .r1 L ) ⋅ (T1 − T2 )
ln(r2 r1 ) ⎝ r2 − r1 ⎠ ln(r2 r1 ) r2 − r1

∆T
( A − A1 ) ⋅ (T1 − T2 )
q=K⋅ 2 ∴
q = K ⋅ A, ml ⋅
∆r
ln( A2 A1 ) r2 − r1

4.4 − Cilindro Oco Composto:

* Reg. Permanente

* A = 2πrL ≠ cte
r1
* q = cte

r4 dT
* q = −K.A
dr

em:
r = r1 ⇒ T = T 1 ; r = r 2 ⇒ T = T 2 ; r = r 3 ⇒ T = T 3 ; r = r 4 ⇒ T = T 4
⎛ ∆T ⎞ ⎛ ∆T ⎞ ⎛ ∆T ⎞
q A = ⎜ K ⋅ A, ml ⋅ ⎟ ; q B = ⎜ K ⋅ A, ml ⋅ ⎟ ; qC = ⎜ K ⋅ A, ml ⋅ ⎟
⎝ ∆r ⎠ A ⎝ ∆r ⎠ B ⎝ ∆r ⎠ C

⎧ ⎛ ∆r ⎞
⎪ ∆TA = T1 − T2 = q⎜⎜ ⎟⎟
⎪ ⎝ K ⋅ A, ml ⎠ A
⎪⎪ ⎛ ∆r ⎞
⎨ B∆T = T − T = q ⎜⎜ ⎟⎟

2 3
⎪ ⎝ K A , ml ⎠ B
⎪ ⎛ ∆r ⎞
⎪∆TC = T3 − T4 = q⎜⎜ ⎟⎟
⎪⎩ ⎝ K ⋅ A, ml ⎠ C

⎡⎛ ∆r ⎞ ⎛ ∆r ⎞ ⎛ ∆r ⎞ ⎤
T1 − T4 = q ⎢⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ⎥
⎢⎣⎝ K ⋅ A, ml ⎠ A ⎝ K ⋅ A, ml ⎠ B ⎝ K ⋅ A, ml ⎠ C ⎥⎦

T1 − T4 ∆r
q= , sendo = RT
⎛ ∆r ⎞ ⎛ ∆r ⎞ ⎛ ∆r ⎞ K ⋅ A, ml
⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ K ⋅ A, ml ⎠A ⎝ K ⋅ A, ml ⎠ B ⎝ K ⋅ A, ml ⎠C

∆T
q= n −1
∑ RT
i =1

4.5 − Esfera Oca:

* Reg. Permanente
r2
* A = 4πr2 ≠ cte
r1
* q = cte

dT
* q = −K.A
dr
⎛ − 1⎞
r2 T2 2 r
dT dr
q = − K .4π .r 2
∴ q ∫ 2 = − K .4π ∫ dT ∴ q⎜ ⎟ = − K .4π (T2 − T1 )
dr r1 r T1 ⎝ r ⎠ r1

⎛1 1⎞ ⎛r −r ⎞
q⎜⎜ − ⎟⎟ = K 4π (T1 − T2 ) ∴ q⎜⎜ 2 1 ⎟⎟ = k 4π (T1 − T2 )
⎝ r1 r2 ⎠ ⎝ r1 ⋅ r2 ⎠

∆T
q = 4 Kπ .r1r2 ⇒ A,mg = A1 ⋅ A2 = 4π .r12 ⋅ 4π .r22 = 4π .r1r2
∆r

∆T
q = K ⋅ A, mg ⋅
∆r

4.6 − Esfera Oca Composta:(exercício)


Deduza a equação para uma esfera oca, composta de três materiais
diferentes.
Resp.:
∆T
q= ∆r
n −1 ; RT = ; ∆T = T1 − T4
∑ RT K . A, mg
i =1

5 − BALANÇO DE ENERGIA:

* Reg. Permanente
T1 INT.
EXT. T2 T6
T3 * A = cte
q q
T4
* q = cte
T5
dT
y (F) (G) (H) * q = −K.A
dx
x

∆xA ∆xB ∆xC


qConvec = qF = qG = qH = qConvec

AK A AK
AhE (T1 − T2 ) = (T2 − T3 ) = AK B (T3 − T4 ) = C (T4 − T5 ) = AhE (T5 − T6 )
∆x A ∆x B ∆xC

T1 − T2 T2 − T3 T3 − T4 T4 − T5 T5 − T6
q= = = = =
RT1 RT2 RT3 RT4 RT5

⎧ T1 − T2 = RT1 ⋅ q
⎪T − T = RT2 ⋅ q
⎪⎪ 2 3

⎨T3 − T4 = RT3 ⋅ q ; (
T1 − T6 = q RT1 + RT2 + RT3 + RT4 + RT5 )
⎪T − T = RT4 ⋅ q
⎪ 4 5

⎪⎩T5 − T6 = RT5 ⋅ q

T1 − T6
q= n −1
∑ RT
i =1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
FET-FACULDADE DE ENGENHARIA DE TUCURUÍ
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS

Exercícios Avaliativos

1 − Em uma indústria de Alimentos A parede de um forno é constituída de três


camadas justapostas: uma camada de tijolo refratário (K1 = 1,38W/mºC), uma
intermediária de tijolo isolante (K2 = 0,17W/mºC) e uma de tijolo comum (K3
= 1,73W/mºC).a face externa do material refratário está a 115ºC, e a externa do
material comum está a 38ºC. Qual a taxa de calor que atravessa a parede composta,
sabendo-se que as espessuras das camadas são: X1 = 0,6m (refratário), X2 = 0,9m
(isolante) e X3 = 0,3m (comum), enquanto que a altura e a largura da referida
parede são "3m" e "1,5m", respectivamente.

* Reg. Permanente
115ºC
* A = cte
q
38ºC * q = cte

K1 K2 dT
K3 * q = − K.A
dx

∆X1 ∆X2 ∆X3

2 − Considerando o exercício anterior, colocando-se na camada central do material


isolante um vazio de "AR", simetricamente disposto e com 2,4m de altura, pede-se
verificar qual será a nova taxa de calor, admitindo-se que a condutividade térmica
do "AR" seja (KAR = 0,0346W/mºC).

K2
0,3m

K4 2,4m
K1 K3
K2 0,3m
3 − Um tubo de parede de aço (KAço = 19W/mºC) com dois centímetros de
diâmetro interno e quatro centímetros de diâmetro externo, é coberto com uma
camada de isolamento de amianto (KA = 0,2W/mºC). A temperatura da parede
interna do tubo é mantida a 120ºC e a superfície externa do isolante a 35ºC.
Calcule a perda de calor por metro de comprimento.

∆T
* q=
∑ RT
* RT = Raço + RA

*
⎛ ∆r ⎞
RT = ⎜⎜ ⎟⎟ +
0,02 ⎝ K ⋅ A, ml ⎠ Aço
0,04 ⎛ ∆r ⎞
0,10 + ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ K ⋅ A, ml ⎠ Amianto

4 − Através de um fio de 1mm de diâmetro e 10cm de comprimento passa uma


corrente elétrica. O fio está imerso em água à pressão atmosférica. A corrente é
aumentada até a água entrar em ebulição. Para esta situação o coeficiente
convectivo é igual a 5.000W/m2ºC e a temperatura da água é 100ºC. Qual a
potência elétrica que deve ser fornecida ao fio para que sua superfície seja mantida
a 114ºC? Qual a temperatura no fio na metade do seu raio, sabendo-se que
Kfio = 31W/mºC.

5 − Demonstrar que para qualquer distância "X" da superfície de uma parede plana
a temperatura é dada por:
2
⎛1 ⎞ 2Q.X 1
T X = ⎜ + T1 ⎟ − −
⎝a ⎠ K0 ⋅ a a
sendo a condutividade térmica uma função da temperatura, obedecendo a relação
K = K0(1 + aT), onde "Q" é o fluxo de calor (W/m2) e "T1" a temperatura da
superfície da parede (ºC); "a" é uma constante.
dT
Dado: Q = − K
dX
Resolução dos Exercícios

1ª) Solução:
⎧ A = altura x l arg ura = 3 x 1,5 ⇒ A = 4,5m
⎪ ∆T ∆x
⎨ q= ; R=
⎪⎩ R1 + R2 + R3 K⋅A

⎧ ∆x 1 0,6
⎪ R1 = = = 0,0966 º C W
⎪ K 1 ⋅ A 1,38 ⋅ 4 ,5
⎪ ∆x 2 0,9 115 − 38
⎨ R2 = = = 1,176 º C W ⇒ q=
⎪ K 2 ⋅ A 0,17 ⋅ 4 ,5 0,0966 + 1,176 + 0,0385
⎪ ∆x 3 0,3
⎪R 3 = K ⋅ A = 1,73 ⋅ 4,5 = 0,0385 W
ºC
⎩ 3

q = 58,733Watt

2ª) Solução:
R'2

R1 R' R3

R'2

R2
⎧ ' ∆x 2' 0,9
⎪⎪ R2 = = = 11,7647 ºC W
1 1 1 1
= ' + '+ ' ⇒ K 2 ⋅ A 0,17(0,3 ⋅ 1,5)

R2 R2 R R 2 ⎪ R ' = ∆x' = 0,9
= 7,2254 ºC W
⎪⎩ K Ar ⋅ A 0,0346(2,4 ⋅ 1,5)

1 2 1
= + ⇒ R2 = 3,243 ºC W
R2 11,7647 7,2254

115 − 38 77
q= = ⇒ q = 22,794 W
R 1 + R 2 + R 3 0,0966 + 3,243 + 0,0385
3ª) Solução:
Am,l =
A2 − A1
ln ( A)
A2
∴ L = 1,0m ∴ {A = 2π rL = π D L = π D(m ) 2

⎧ π (D2 − D1 ) π (0,04 − 0,02)


= = = 0,0906(m 2 )

A
⎪ m,l ( Aço ) ( )
D2
ln D1 0, 04
ln 0,02 ( )


⎪ π (D3 − D2 ) π (0,1 − 0,04)
⎪ Am,l ( Amianto ) = = = 0,2057(m 2 )
⎪⎩ ( )
D3
ln D2 0,1
ln 0,04 ( )
⎧ 0,02 − 0,01 −3 º C
⎪R Aço = 19 ⋅ 0,0906 = 5,81x10 ( W )
⎪ 120 − 35
⎨ ⇒ q=
⎪ R Aço + R Amianto
0,05 − 0,02
⎪ R Amianto = = 0,73(º C W )
⎩ 0 , 2 ⋅ 0, 2057

120 − 35
q= −3
⇒ q = 115,52(W m )
5,81x10 + 0,73

4ª) Solução:

TS = 114º C ; T∞ = 100º C ; h = 5.000 W


m2 ºC
A = 2π rL = π D L = π ⋅ (0,001) ⋅ (0,1) ⇒ A = 3,142 x10 −4 m 2

a)
qC = h ⋅ A ⋅ (TS − T∞ ) ⇒ qC = 5.000 ⋅ 3,142 x10 −4 ⋅ (114 − 100) ⇒ qC = 21,99 W

b)
qCondução = qConvecção = q

(T1 − T2 ) (T1 − 114)


qCond . = 2 Kπ L ⋅ ∴ 21,99 = 2 ⋅ 31 ⋅ π ⋅ 0,1 ⋅ ∴ T1 = 114,78º C
ln (R R )
2
1 ln⎛⎜ R ⎞
R⎟
⎝ 2⎠
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEQAL
DISCIPLINA: Transferência de Calor e Massa
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

EQUAÇÃO GERAL DA CONDUÇÃO DE CALOR

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Está fundamentada na 1ª Lei da Termodinâmica ou princípio da
conservação da energia;

Será estudada a aplicação de um balanço de energia em geometria


retangular e, com a introdução da Lei de Fourrier, será possível a
obtenção dos perfis de temperatura.

2 − EQUAÇÃO GERAL DA CONDUÇÃO DE CALOR:


Esta equação se constitui em um caso particular da equação da
energia aplicada a sólidos.
Considere o elemento de volume mostrado abaixo. O balanço de
energia neste elemento pode ser expresso como:

Taxa líquida de Taxa de Taxa de


ganho de calor + = variação de
geração interna
por condução de calor calor
z
Q/z+∆z Q/y

Q/x Q/x+∆x

y Q/y+∆y Q/z
Obs: A taxa líquida de ganho de calor representa a diferença entre as
taxas de entrada e de saída de calor por condução.

2.1 − Taxa de calor na entrada do elemento de volume:


/ Em x: Q/x . (∆y.∆z)

/ Em y: Q/y . (∆x.∆z)

/ Em z: Q/z . (∆x.∆y)

2.2 − Taxa de calor na saída do elemento de volume:


/ Em x: Q/x+∆x . (∆y.∆z)

/ Em y: Q/y+∆y . (∆x.∆z)

/ Em z: Q/z+∆z . (∆x.∆y)

# A taxa líquida de ganho de calor será:

[(Q/ x − Q/ x + ∆x ).∆y.∆z + (Q/ y − Q/ y+ ∆y ).∆x.∆z + (Q/ z − Q/ z+ ∆z ).∆y.∆x ]

2.3 − Taxa de geração interna de calor(q'''):


Onde (q''') é a geração interna de calor (energia térmica) por
unidade de volume (W/m3 ou N/m2.s).

q'''.(∆x∆y∆z)

2.4 − Taxa de variação de calor (acúmulo):


É resultante da variação da temperatura com o tempo, e pode ser
escrita da seguinte forma:

∂T
ρ .C P . .(∆x∆y∆z)
∂t

Onde:
CP → calor específico do material (Kcal/Kg ºC);
ρ → massa específica (Kg/m3).
# Por análise dimensional, o termo da taxa de variação de calor resulta
em (Kcal/s).
Substituindo, então, todos os elementos acima no Balanço de
Energia, teremos:

[(Q/ x − Q/ x + ∆x ).∆y.∆z + (Q/ y − Q/ y+ ∆y ).∆x.∆z + (Q/ z − Q/ z+ ∆z ).∆y.∆x ] +

∂T
+ q' ' '.∆x.∆y.∆z = ρ .C P . .∆x.∆y.∆z
∂t

# Invertendo-se a primeira parcela do primeiro membro da equação


acima e dividindo-se tudo pelo volume (∆x∆y∆z), teremos:

⎡⎛ Q/ − Q/ x ⎞ ⎛ Q/ y+ ∆y − Q/ y ⎞ ⎛ Q/ z + ∆z − Q/ z ⎞⎤ ∂T
− ⎢⎜ x + ∆x ⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜ ⎟⎥ + q' ' ' = ρ .C P .
⎣⎝ ∆x ⎠ ⎝ ∆y ⎠ ⎝ ∆z ⎠⎦ ∂t

# A medida que ∆x, ∆y e ∆z → 0, o termo entre colchetes, por definição,


torna-se a derivada do fluxo de calor com relação a "x", "y" e "z",
respectivamente, então a equação acima fica:

⎛ ∂Q ∂Q y ∂Q z ⎞ ∂T
− ⎜⎜ x + + ⎟⎟ + q' ' ' = ρ .C P .
⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠ ∂t (1)

# Os componentes do fluxo de calor, de acordo com a Lei de Fourrier,


são:

∂T ∂T ∂T
Q x = −K ; Q y = −K ; Q z = −K
∂x ∂y ∂z

# Substituindo as três equações acima em (1), teremos:

∂ ⎛ ∂T ⎞ ∂ ⎛ ∂T ⎞ ∂ ⎛ ∂T ⎞ ∂T
⎜ K ⎟ + ⎜⎜ K ⎟⎟ + ⎜ K ⎟ + q' ' ' = ρ .C P .
∂x ⎝ ∂x ⎠ ∂y ⎝ ∂y ⎠ ∂z ⎝ ∂z ⎠ ∂t (2)

Obs: A equação (2) é aplicável para transferência de calor em regime


transiente, com geração interna de calor e condutividade térmica do
meio variável, portanto, uma equação geral para condução em sólidos.
3 − CASOS PARTICULARES:
3.1 − Condutividade Térmica Constante:

⎛ ∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T ⎞
K⎜ + + ⎟ + q' ' ' = ρ .C . ∂T ; (÷K)
⎜ ∂X 2 ∂Y 2 ∂Z 2 ⎟ P ∂t
⎝ ⎠

⎛ ∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T ⎞ q ρ .C P ∂T ⎛ ρ .C P 1 ⎞
⎜ + + ⎟ + '''= . ; ⎜⎜ = ⎟⎟
⎜ ∂X 2 ∂Y 2 ∂Z 2 ⎟ K K ∂t ⎝ K α⎠
⎝ ⎠

q' ' ' 1 ∂T


∇ 2T + = .
K α ∂t ; onde (∇2T) é o laplaciano da temperatura

3.1.1 − Sem geração interna de calor:

1 ∂T
∇ 2T = .
α ∂t ; Equação de Fourrier da Condução onde (q''' = 0)

3.1.2 − Condução de calor em regime estacionário:

q' ' '


∇ 2T + =0 ⎛ ∂T ⎞
K ; Equação de Poisson onde ⎜ = 0⎟
⎝ ∂t ⎠

3.1.3 − Condução de calor em regime estacionário sem geração


interna de calor:

∇ 2T = 0 ⎛ ∂T ⎞
; Equação de La Place, onde ⎜ = 0 e q' ' ' = 0 ⎟
⎝ ∂t ⎠

Obs: A aplicação da Equação de La Place na condução de calor através


de uma parede plana, permite a demonstração do perfil linear de
temperatura através da parede.
4 − PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA INTERNA:
Fissão nuclear, como no caso dos elementos combustíveis nos
reatores nucleares;

Desintegração de elementos radioativos;

Conversão de energia química em calor;

Degradação da energia mecânica (dissipação viscosa);

Passagem de corrente elétrica através de sólidos (efeito Joule).

5 − LAPLACIANO DA TEMPERATURA EM COORDENADAS:


5.1 − Cilíndricas (r,θ,z):

1 ∂ ⎛ ∂T ⎞ 1 ∂ 2T ∂ 2T
⎜r ⎟ + 2 + = ∇ 2T
r ∂r ⎝ ∂r ⎠ r ∂θ 2 ∂Z 2

5.2 − Esféricas (r,θ,ϕ):

1 ∂ ⎛ 2 ∂T ⎞ 1 ∂ ⎛ ∂T ⎞ 1 ⎛ ∂ 2T ⎞
⎜ r ⎟ + ⎜ sen θ ⎟ + ⎜ ⎟ = ∇ 2T
r 2 ∂r ⎝ ∂r ⎠ r 2 sen θ ∂θ ⎝ ∂θ ⎠ r 2 sen 2 θ ⎜⎝ ∂ϕ 2 ⎟⎠
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEQAL
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

Aula de Exercícios de Calor com Geração


1 − Um elemento cilíndrico de um reator nuclear resfriado a gás combustível tem taxa de geração de calor
interna por unidade de volume, devido à fissão nuclear, dada pela equação:
⎡ ⎛ r ⎞2 ⎤
q ' ' ' = q 0 ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥ ,
⎣⎢ ⎝ R ⎠ ⎦⎥
onde "R" é o raio do elemento combustível. A superfície (r = R) está mantida a "T0". Encontre a
expressão para o perfil de temperatura radial no elemento cilíndrico.

2 − Uma parede plana tem geração de calor por unidade de volume (q'''). A espessura da placa é "2L". Um
dos lados da parede se encontra isolado, enquanto que o outro lado está em contato com um fluido.
Calcule a temperatura máxima da parede. Sabe-se que o fluido está a uma temperatura "T∞" e o
coeficiente convectivo é "h∞".

3 − Uma corrente elétrica gera calor "G", por unidade de tempo e volume que escoa no interior de um
cilindro metálico delgado de raio "R" e comprimento "L". Sabe-se que o condutor está no ambiente a uma
temperatura "Tf" e possui coeficiente de troca térmica convectiva "hf". Determine o perfil de temperatura
e a temperatura máxima do condutor.

4 − Uma parede de espessura "2L" tem uma geração interna de calor que varia segundo a equação:
( )
q ' ' ' = q 0 cos a.x ,
onde (q''') é o calor gerado por unidade de volume no centro da parede (x = 0) e "q0" é uma constante
dimensional. Se em ambos os lados as paredes forem mantidas a temperatura constante "Tp", obtenha uma
expressão da perda de calor total da parede por unidade de área. Considerar regime permanente.

5 - Em um fio de aço inoxidável( k= 19 w/m2 0C) de 3 mm de diâmetro passa uma corrente elétrica de 200
A. A resistividade elétrica do aço e 70 µ.Ω.cm e o comprimento do fio é 1 m. O fio está imerso no fluido
a 1100C e o coeficiente de transferência de calor por convecção é 4 Kw/m2 0C. Calcule a temperatura no
centro do fio.

6 - Quando passamos uma corrente elétrica I, uma barra de ferro de cobre de seção transversal retangular
( 6mm x 150 mm), experimento uma geração de calor uniforme a uma taxa q,,, ( w/m3) dada por: q,,, = aI2
onde a = 0,015w/m3.A2. Se a barra está num ambiente onde h = 5 w/m2K e sua temperatura máxima não
deve exceder a temperatura do ar ambiente mais do que 30 0 C, qual será a corrente elétrica permitida para
esta barra?
Dado: k= 401 w/mK
Resp: I= 1825,7 A.

7- Uma parede plana de espessura 0,1 m e K = 25 w/mk; tendo uma geração de calor volumétrica
uniforme de 0,3 x 105 w/m3 está sendo isolada em uma das superfícies enquanto que a outra superfície
está exposta a um fluido a 92 oC. O coeficiente de transferência de calor entre a parede e o fluido é 500
w/m2k. Determine a temperatura máxima na parede. R: 104 o C

8- Um fio de resistência elétrica posui uma geração interna de calor que obedece a equação a seguir q’’’=
qo. (1 - br), onde qo é a potência de calor gerado por unidade de volume no centro do fio, e sendo b uma
constante dimensional. Expresse uma equação para o fluxo de calor Q, sendo que a temperatura na
superfície externa do fio se mantém uniforme.
Resolução dos Exercícios

1ª) Solução:
q0 ⋅ r ⎡ ⎛ r ⎞ ⎤
2
1 d ⎛ dT ⎞ q ' ' ' d ⎛ dT ⎞
⎜r ⎟+ =0 ∴ ⎜r ⎟=− ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥
r dr ⎝ dr ⎠ K dr ⎝ dr ⎠ K ⎣⎢ ⎝ R ⎠ ⎦⎥
dT ⎡r 2
q r4 ⎤ dT
r =− 0
⎢ − 2 ⎥ + C1 ∴ cond .cont. : r = 0 ⇒ = 0 (Tmáx. )
dr ⎣ K
2 4 R ⎦ dr
dT q0 ⎡ r r3 ⎤ q0 ⎡ r 2 r4 ⎤
então ; C1 = 0 ⇒ =− ⎢ − ⎥ ⇒ T =− ⎢ − ⎥ + C 2 (1)
dr K ⎣ 2 4R 2 ⎦ K ⎣ 4 16 R 2 ⎦
q0 ⎡ R 2 R 2 ⎤
cond .cont. : r = R ⇒ T = T0 , então : T0 = − ⎢ − ⎥ + C2
K ⎣ 4 16 ⎦
q ⎡ 1⎤ 3q 0 R 2
e, C 2 = T0 + 0 R 2 ⎢1 − ⎥ ∴ C 2 = T0 + ; substituindo C 2 em (1) :
4K ⎣ 4⎦ 16 K

q0 R 2 ⎡ r 2 r4 ⎤ q0 R 2 3 q0 R 2 ⎧⎪⎛ 3 ⎞ ⎡⎛ r ⎞ 2 1 ⎛ r ⎞ 4 ⎤ ⎫⎪
T =− ⎢ − ⎥ + T0 + ⋅ ⇒T= ⎨⎜ ⎟ − ⎢⎜ ⎟ − ⎜ ⎟ ⎥ ⎬ + T0
KR 2 ⎣ 4 16 R 2 ⎦ 4K 4 4K ⎪⎩⎝ 4 ⎠ ⎢⎣⎝ R ⎠ 4 ⎝ R ⎠ ⎥⎦ ⎪

2ª) Solução:

d ⎛ dT ⎞ q ' ' '


T∞ ⎜ ⎟+ =0
dx ⎝ dx ⎠ K
x
h∞

−L +L
0
isolamento

dT q' ' ' q' ' ' x 2


=− ⋅ x + C1 (1) ∴ T( x ) =− + C1 x + C 2 (2)
dx K 2K

dT q' ' '


cond .cont. : x = L ∴ = 0 (isolam.) ⇒ C1 = − L
dx K

q' ' ' x 2 q' ' '


T( x ) =− − L ⋅ x + C2 ; cond .cont. : x = L ∴ T = T0
2K K
q' ' ' L2 q ' ' ' L2
C 2 = T0 + + (3)
2K K

dT
porém, em x = L ⇒ q cond . = q conv. ⇒ − K . A ⋅ x= L = h∞ A ⋅ (T0 − T∞ )
dx

dT q' ' ' L q' ' ' L ⎛ q' ' ' L q' ' ' L ⎞
x=L
=− − (de "1" ) ⇒ − K ⎜ − − ⎟ = h∞ (T0 − T∞ )
dx K K ⎝ K K ⎠

2q ' ' ' L


2q ' ' ' L = h∞ (T0 − T∞ ) ∴ T0 = + T∞ (4)
h∞

# substituindo (4) em (3); e (3) e "C1" em (2), teremos:


q ' ' ' x 2 q ' ' ' L ⋅ x 2q ' ' ' L q ' ' ' L2 q ' ' ' L2
T( x ) = − − + + + + T∞ ∴ ( "T " é máx. em x = 0 )
2K K h∞ 2K K

2q ' ' ' L 3q ' ' ' L2


Tmáx. = + + T∞
h∞ 2K

3ª) Solução:
1 d ⎛ dT ⎞ q' ' ' d ⎛ dT ⎞ G dT G 2
⎜r ⎟+ =0 ⎜r ∴
⎟=− r ∴ r =− r + C1
r dr ⎝ dr ⎠ K dr ⎝ dr ⎠ K dr 2K
dT
cond .cont. : r = 0 ⇒ = 0 ⇒ C1 = 0
dr
dT G G 2
=− r ∴ T( r ) = − r + C 2 ∴ cond .cont. : r = R ⇒ T = T0
dr 2K 4K

G 2 G 2
T0 = − R + C2 ∴ C2 = R + T0 ∴ mas em r = R ⇒ q cond . = q conv
4K 4K
−K
dT
dr
r = R = h f T0 − T f (∴ mas )dT
dr
r =R = −
G
2K
R

⎛ G ⎞
− K⎜− (
R ⎟ = h f T0 − T f )
∴ T0 =
G
R + T f ; substituindo em " C 2 "
⎝ 2 K ⎠ 2 h f

G G 2 GR 2 ⎡ ⎛ r ⎞ 2 ⎤ GR
C2 = R+ R +Tf , então : T( r ) = ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥ + + Tf
2h f 4K 4K ⎢⎣ ⎝ R ⎠ ⎥⎦ 2 h f
GR 2 GR
mas em r = 0 ⇒ T = Tmáx. ∴ Tmáx. = + + Tf
4 K 2h f
4ª) Solução:

d ⎛ dT ⎞ q ' ' '


y q ' ' ' = q 0 cos (a.x ) ∴ ⎜ ⎟+ =0
dx ⎝ dx ⎠ K
TP x TP

−L +L

d ⎛ dT ⎞ q0 dT q sen (a.x)
⎜ ⎟ = − cos (a.x) ∴ =− 0 + C1
dx ⎝ dx ⎠ K dx K a

dT dT q
x C sen (a.x ) (A)
dx dx aK
# mas da Eq. de Fourier da condução temos:

5ª) Solução:

y
10cm
x
1m

2cm
d ⎛ dT ⎞ q ' ' ' d ⎛ dT ⎞ q' ' ' dT q' ' '
a) ⎜ ⎟+ =0 ∴ ⎜ ⎟=− ∴ =− x + C1
dx ⎝ dx ⎠ K dx ⎝ dx ⎠ K dx K

dT dT q' ' ' q' ' ' 2


x=0 ⇒ = 0 ∴ C1 = 0 ∴ =− ⋅ x ∴ T( x ) = − ⋅ x + C2
dx dx K 2K
q' ' 'δ 2 q' ' 'δ 2 q' ' ' x 2
x =δ ⇒ T = TP ∴ C 2 = TP + ∴ T( x ) = TP + −
2K 2K 2K

q' ' ' δ ⎡ ⎛ x ⎞2 ⎤ q' ' 'δ 2


T( x ) − TP = −
⎢ ⎜ ⎟ ⎥
1 ∴ x = 0 ⇒ T = T ∴ T = + TP
δ
( x) Máx. Máx.
2K ⎢⎣ ⎝ ⎠ ⎥⎦ 2 K
b)
W Pelét. E ⋅i E E E2
q' ' ' = ∴ q' ' ' = ∴ q' ' ' = ∴ q' ' ' = ⋅ ∴ q' ' ' =
m3 Vol. A⋅ L A⋅ L R ρ⋅L
⋅ A⋅ L
A

E2 (12) 2
q' ' ' = ∴ q' ' ' = ∴ q ' ' ' = 3,06 x10 6 W m 3
ρ⋅L 2
4,7 x10 ⋅ (1)
5 2

3,06 x10 6 ⋅ (0,01) 2


TMáx. = + 760º C ∴ TMáx. = 790,64º C
2⋅5
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

TRANSFERÊNCIA DE MASSA − I

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
1.1 − Conceito:
É a tendência de um componente "i" da mistura passar de uma
região de alta concentração para uma região de baixa concentração,
deste componente.
Ex1:

H2O Cristal de K2Cr2O7 difundindo-se


em H2O facilmente detectado pela
coloração laranja (sólido−líquido)

K2Cr2O7

Ex2:

Detectado através do olfato


(sólido−gás)
Naftaleno

Ar ambiente

1.2 − Difusibilidade:
Representa a maior ou menor facilidade que um elemento tem em
atravessar um plano normal ao gradiente de concentração para outro,
sendo uma característica de cada substância.

1.3 − Difusão Molecular:


Ocorre em sistemas sólidos, líquidos e gasosos devido ao
espaçamento entre as moléculas.

D.M. → G > L > S


−1 −5
10 10 10−8
2 − DEFINIÇÕES DE CONCENTRAÇÕES:
2.1 − Concentração:
É a relação entre a massa do soluto e o volume da solução ou
⎛ m⎞
mistura. ⎜ C = ⎟
⎝ V⎠

2.2 − Concentração de massa (ρi):

ρi =
mi ⎧ dimensão : ML-3

[ ]
V 3
⎩unidade : g cm ; g mL

2.3 − Concentração molar (Ci):

ni mi
Ci = massa ni =
V ∴ ni = nº de moles = ∴ Mi
Mol

mi 1 ρi ρ i = M i Ci
Ci = ⋅ ∴ Ci = ∴
Mi V Mi


[
dimensão : moles.L−3 ]
3
⎩unidade : gmol cm ; gmol mL

2.4 − Fração de massa (wi):

ρi
wi =
ρ ; onde: ρ = ρ a + ρ b + ρ c + ... + ρ n

2.5 − Fração molar (xi):

Ci
xi =
C ; onde: C = Ca + Cb + Cc + ...Cn

2.6 − Resumo de concentrações para uma mistura binária (A e B):


ρ = ρ A + ρB ρ A = M A .C A ρ A = mA V wA = ρ A ρ

C = C A + CB CA = ρ A M A CA = nA V xA = CA C

x A + xB = 1 w A + wB = 1 ρ = M .C

3 − DEFINIÇÕES DE VELOCIDADES:
3.1 − Velocidade média de massa (v):

n
∑ ρ i .vi
v= i =1
n

[
⎧ dimensão : LT −1 ]
∑ ρi ⎩unidade : cm s ; m s
i =1

# onde "ρ.v" é o fluxo de massa que atravessa uma seção unitária,


perpendicular à mistura com velocidade média "v".

3.2 − Velocidade média molar (v*):

n
∑ Ci .vi
v =
* i =1
n
∑ Ci
i =1

Obs: Em sistemas de fluxo, geralmente temos interesse na velocidade de


uma determinada espécie "i" em relação a "v" ou "v*", que, com respeito
a um eixo de coordenadas estacionárias, temos as velocidades de
difusão.

3.3 − Velocidade de difusão da espécie "i" (vi) em relação a "v":

(vi − v )
3.4 − Velocidade de difusão da espécie "i" (vi) em relação a "v*":

(v − v )
i
*

3.5 − Resumo de velocidades para uma mistura binária (A e B):

Velocidade da espécie "A" em relação a eixos vA


fixos.
Velocidade de difusão da espécie "A" em relação vA − v
a "v".
Velocidade de difusão da espécie "A" em relação v A − v*
a "v*".
ρ A .v A + ρ B .v B
Velocidade média de massa. vA =
ρ A + ρB
C A .v A + C B .v B
Velocidade média molar. vA =
C A + CB

4 − DEFINIÇÕES DE DENSIDADE DE FLUXO:


4.1 − Densidade de fluxo relativa a eixos fixos ou estacionários:
a) Para massa:

ηi = ρ i .vi [
⎧dimensão : ML−2T −1

]
2
⎩ unidade : g cm .s

b) Para moles:

N i = Ci .vi [
⎧dimensão : M molar L−2T −1

]
2
⎩ unidade : gmol cm .s

4.2 − Densidade de fluxo relativa à velocidade média de massa:


a) Para massa:

ji = ρ i (vi − v )
b) Para moles:

J i = Ci (vi − v )

4.3 − Densidade de fluxo relativa à velocidade média molar:


a) Para massa:

(
ji* = ρ i vi − v* )
b) Para moles:

(
J i* = Ci vi − v* )
4.4 − Resumo de densidades de fluxo para sistemas binários:

GRANDEZA Com relação a Com relação a Com relação a


eixos fixos "v" "v*"
Velocidade da
espécie
vA (v A − v ) (v A − v* )
Densidade de
fluxo de massa
η A = ρ A .v A j A = ρ A (v A − v ) (
j *A = ρ A v A − v * )
Densidade de
fluxo molar
N A = C A .v A J A = C A (v A − v ) J *A = C A (v A −v )*
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO/CENTRO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA MINERAL E METALURGIA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

TRANSFERÊNCIA DE MASSA − II

1 − 1ª LEI DE FICK DA DIFUSÃO:


y P.Sup. (saturada em água)

AR SECO (umidade = 0)
P. Inf. (agente dessecante)
x
onde "A" é o vapor d'água e "B" é o ar seco.

y CA1 P.S.
t = 0; a placa superior está
saturada de água
P.I.
x

y CA1 P.S.
t = pequeno; começa haver
um gradiente de velocidade
P.I. da espécie "A" em regime
x transiente. CA = CA(y,t)

y CA1 P.S. t = grande (∞); em regime


permanente, haverá
formação do perfil linear
P.I. CA = CA (y)
x

α
GRADIENTE DE
DENSIDADE DE CONCENTRAÇÃO DA
FLUXO MOLAR ESPÉCIE "A" EM RELAÇÃO
A "y"
dC A
N A y = − DAB
dy → 1ª Lei de Fick da difusão

onde:
DAB → é a difusividade de "A" em "B" [cm2/s];
NA → é a densidade de fluxo molar da espécie "A" [gmol/cm2.s];
CA → é a concentração molar da espécie "A" [gmol/cm3];
"y" → é a distância entre as placas [cm].

2 − OUTRAS FORMAS EQUIVALENTES DA 1ª LEI DE FICK:

dρ A dw A dx A
η a = − D AB ; j A = − ρ .D AB ; J *A = −C.D AB
dy dy dy

# Mas para pressão e temperatura constantes:

( ) ⎛ C v + C B vB ⎞
J *A = C A v A − v * ∴ J *A = C A v A − C A v * ∴ J *A = C A v A − C A ⎜ A A ⎟
⎝ C ⎠

J *A = N A − x A ( N A + N B ) ∴ N A = J *A + x A ( N A + N B )

dx A
N Ay = −C.D AB + x A (N A + N B )
dy

3 − DIFUSÃO ATRAVÉS DE UM GÁS PARADO:


Ar circundante (B)

xAδ
Dispositivo para
manter o nível de
z
água constante
δ

(A)
xA0
H2 O H20
Obs: Ao longo de "z" "xA" decresce e "xB" cresce, sendo (xA + xB = 1).
0
N Az = −C.D AB A + x A (N Az + N Bz ) ∴ N Az (1 − x A ) = −C.D AB A
dx dx
dz dz

# Condições de contorno:
⎧ z = 0 → x A = x A0 δ x Aδ
dx A
⎨ ⇒ N Az ∫ dz = −C.D AB ∫
⎩ z = δ → x A = x Aδ 0 xA0 1 − x A

⎛ 1 − x Aδ ⎞
N Az ⋅ δ = −C.D AB [− ln(1 − x A )]x AAδ0 ∴ N Az ⋅ δ = C.D AB . ln⎜⎜ ⎟⎟
x

⎝ 1 − x A0 ⎠

C.D AB ⎛ 1 − x Aδ ⎞
N Az = ⋅ ln⎜⎜ ⎟⎟
δ ⎝ 1 − x A0 ⎠ (I)

# A equação (I) é utilizada para o cálculo do fluxo molar de um gás


parado.

4 − CONTRADIFUSÃO EQUIMOLAR:
A difusão posta desta maneira indica que para cada mol da espécie
"A" que difunde em um determinado sentido e direção, um mol de "B"
se move na mesma direção, porém em sentido contrário de modo que:
N Az = − N Bz

xA = xA0 xA = xAδ
δ
Gás Gás
A B

N Az N Bz
+ x A (N Az + N Bz ) ∴ N Az = −C.D AB A + x A (N Az − N Az )
dx A dx
N Az = −C.D AB
dz dz

δ x Aδ
dx
N Az = −C.D AB A ∴ N Az ∫ dz = −C.D AB ∫ dx A
dz 0 xA0

C.D AB
N AZ = ⋅ ( x A 0 − x Aδ )
N Az ⋅ δ = −C.D AB ( x Aδ − x A0 ) ⇒ δ (II)

# A equação (II) é utilizada para o cálculo do fluxo molar de um gás em


contadifusão equimolar.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
CENTRO TECNOLÓGICO
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE I
LISTA DE EXERCÍCIO -TRANSPORTE DE MASSA - TEORIA - 1O SEM/2005

1- Usando as definições de concentração, mostre que para um sistema binário:


a) dwA = MA MB d XA
(XA MA + XB MB)2

b) WA(VA - V) + WB (VB - V*) = (V - V*)

c) JA* - JB* = 0

d) XA = WA / M A.
(WA + WB)
MA MB )

2- Calcular o fluxo de difusão do açúcar através de um filme de 0,1 cm de espessura, onde as


concentrações são 14% e 6%, respectivamente, em cada lado do filme. Assuma a difusividade do
açúcar através do café nas dadas condições de 0,7 x 10-5 (cm2/seg) e a densidade da solução a 10%
de 1,013 (g/cm3).
RESP: NA = 6,31 x 10-6 (g/cm2.seg)

3- Oxigênio esta se difundindo através do monoxido de carbono estacionário. A pressão total e 1


atm e a temperatura t =0OC. A pressão parcial do oxigênio em dois planos separados 0,2 cm e
respectivamente 100 e 50 mm de Hg. A difusividade do oxigênio em monoxido de carbono e
0,185 cm2/s ( a 0oC ). Calcule o fluxo molar de oxigênio.
RESP: NA = 3,01x 10-3 gmol / cm2.seg.

4- Em uma mistura gasosa de oxigênio e nitrogênio a 1 atm. e 250c, as concentrações molares do


oxigênio em 2 planos separados em 2 mm são 10% e 20% respectivamente. Calcular o fluxo de
difusão do oxigênio para o caso em que o nitrogênio não esta difundido e quando houver
interdifusao.
RESP: NA = 5 x 10-3 gmol / cm2.seg
NA = 4 x 10-3 gmol / cm2 seg

5- Calcule o tempo necessário para que uma porção de 0,5 lbm de co2 se difunda através de 3 in de
espessura, se a área perpendicular a direção do fluxo de massa for igual a 50 ft2 . Considere o co2 de
um lado da camada igual a 0,0008 lbmol/ft2 e nula do outro lado, a uma pressão de 1 atm e a uma
temperatura de 70oC. DADO:DAB = 0,15 (cm2/s)
RESP: 6,1 min.

6- Determine o fluxo de difusão do vapor d'água num poço de 20m de profundidade para o ar
existente no topo, a 25oC e 1 atm. Nessas condições a difusividade do vapor d'água no ar e
0,256cm2/s e a pressão de vapor d'água e 23,756 mmHg. Justifique sua resposta para as condições
feitas na resolução do problema.
DADO: 82,06 atm cm3/gmol k
RESP: 1,65 x 10-10 gmoles/cm2 s.
7- Monoxido de carbono difunde através de 0,1 in em um filme de ar estagnado ate um banho de
acido sulfurico onde desaparece instantaneamente por reação química. Estime a velocidade de
transferencia por área se a temperatura e a pressão do sistema são 100C e 1 atm, respectivamente, e
se a concentração do monoxido de carbono na borda exterior da camada de ar e 3 moles
percentuais. Determine o perfil de concentração para este processo.
Dados: DAB = 0,185(cm2/s) ; R = 82,05(cm3atm/gmol k)
RESP: NAZ = 9,55 x 10-7(gmol/cm2seg)

8- Determine a velocidade de evaporação do sistema gasoso binário oxigênio ccl4, considerando o


oxigênio no estado estacionário a 0oC.
DADOS: Pressão total = 775 mmHg, Do2-ccl4 = 0,0636 (cm2/s)
Pressão de vapor do ccl4 a 0oC = 33 mmHg
Distancia do nível do liquido a parte superior do tubo = 17,1cm
Seccao transversal do tubo de difusão = 0,82cm2
Mccl4 = 154 (g/gmol)
RESP: 3,33 x 10-3 (g/h)

9- Gás amônia (A) e nitrogênio (B), estão se difundindo em contra-difusao equimolecular através de
um tubo de vidro retilíneo de 0,01 m de comprimento com diâmetro interno de 24,4 mm a 25oC e
101,325 kPa. Ambos os lados do tubo estão conectados a grandes câmaras de misturas a
101,325kPa. A pressão parcial do NH3 em uma das câmaras e constantes e igual a 20 kPa e 6,666
kPa na outra câmara. A difusividade da amônia no nitrogênio, nas condições acima e de 2,3 x 10-5
m2/s.
a) Calcule a taxa de difusão do NH3 em kgmol/s
b) Calcule a taxa de difusão do N2 em kgmol/s
c) Calcule a pressão parcial do NH3, no ponto a 0,305 m do tubo
Dado: R = 8314,34 Pa.m3 / kgmol k
RESP: a) 9,48 x 10-11 kgmol/s; b) -9,84 x 10-11 kgmol /s; c) 13,48kPa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

TEOREMA DE BERNOULLI

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
A equação de Bernoulli e a equação da continuidade são
fundamentadas em leis físicas como o Princípio da conservação da
massa, a 2ª Lei de Newton e o princípio da conservação da energia.

2 − EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE:
A1 A2 dL2
V2
dL1
V1

B C
dt B' C'
dt

Obs: Supor que o fluido entre as seções transversais tomadas nos


pontos BB', após um intervalo de tempo "dt", o fluido estará em CC'.

Pelo princípio da conservação da massa, a massa entre as seções


BC e B' C' , devem ser iguais. Logo:

m1 = m 2 ∴ ρ1V2 = ρ 2 V2 ∴ ρ1A1dL1 = ρ 2 A 2 dL 2

# Dividindo-se a expressão acima por "dt", tem-se:

dL1 dL
ρ1 A 1 = ρ2A2 2 ∴ ρ1 A 1 v1 = ρ 2 A 2 v 2
dt dt

1
# Se o fluido for incompressível, "ρ" é constante; então:

A1v1 = A 2 v 2
(1)

2.1 − Definições de vazões:


a) Vazão volumétrica (Q) → é o produto da velocidade pela área ou
quociente entre o volume pelo tempo.

V
Q = v.A Q=
ou t Q = [L3T−1]

b) Vazão mássica (Qm) → é o quociente entre a massa pelo tempo ou o


produto entre a vazão volumétrica e a massa específica.

m
Qm = Q m = Q.ρ
t ou Q = [MT−1]

# Então a equação (1) pode também ser escrita da seguinte forma:

Q1 = Q 2

3 − EQUAÇÃO DE BERNOULLI "FLUIDOS IDEAIS" (µ = 0)


A equação de Bernoulli é um caso particular da equação de Euler
para regime permanente e unidirecional. A própria equação de Euler é
um caso particular da equação geral do movimento (equação de
Cauchy).
Então, para uma tubulação, escrevemos a equação de Euler em
coordenadas cilíndricas.

0 0 0
⎛ ∂v z ∂v v ∂v z ∂v ⎞ ∂P
ρ⎜ + vr z + θ + v z z ⎟ = − − ρ .g z
⎝ ∂t ∂r r ∂θ ∂z ⎠ ∂z

2
∂v z ∂P
ρ .v z = − − ρ .g z
∂z ∂z

# Como está em uma só direção a derivada passa a ser total:

dv z dP
ρ .v z + + ρ .g z = 0 (x dz)
dz dz

ρ .v z dv z + dP + ρ .g z dz = 0 (÷ρg = γ)

1 dP
v z dv z + + dz = 0 (integrando-se de "1" a "2")
g γ

v12 P1 v 22 P2
v −v
2
P −P
2
+ + z1 = + + z2
2
+ 1 2 + (z 2 − z 1 ) = 0
1
⇒ 2g γ 2g γ
2g γ

4 − VALIDADE PARA O TEOREMA DE BERNOULLI:


Fluido ideal;
Regime permanente;
Sujeito somente ao campo gravitacional;
Fluido incompressível;
Variações isotérmicas.

5 − INTERPRETAÇÃO FÍSICA DE CADA TERMO:


5.1 − Para "z":
"z" representa a energia potencial por unidade de peso da
partícula, também chamado de cota geométrica.

E1
E1 = w.Z ∴ Z= ∴ z = [L]
w

5.2 − Para "P/γ":


"P/γ" representa a energia de pressão por unidade de peso da
partícula, também chamado de cota piezométrica.

E 2 = F.deslocamento ∴ E 2 = P.A.L ∴ E 2 = P.V

3
w w P E2
V= ∴ E 2 = P. ∴ = ∴ P/γ = [L]
γ γ γ w

5.3 − Para v2/2g:


"v2/2g" representa a energia cinética por unidade de peso da
partícula, também chamada de cota cinética.

mv 2 w v2
E3 = ∴ w = m.g ∴ m= ∴ E 3 = w.
2 g 2g

v2 E3
= ∴ v2/2g = [L]
2g w

E1 E 2 E 3
# Então: + + =C
w w w

5.4 − Conclusão:
"E/w" ou "C" é a energia mecânica total da partícula por unidade
de peso. Essa energia mecânica permanece constante ao longo de uma
tubulação, podendo apenas ocorrer transformação de uma modalidade
de energia em outra; jamais em forma de calor, visto que µ = 0.

6 − MEDIDORES DE VAZÃO:
Os medidores de vazão podem ser de leitura direta (Rotâmetro)
ou leitura indireta (Tubo de Pitot, Medidor Venturi e Placa de Orifício).
Os medidores de vazão de leitura indireta geralmente são associados a
um balanço hidrostático em um tubo "U".

6.1− Pressões:
A pressão pode ser medida em relação a qualquer referência
arbitrária, adota-se usualmente para tal o zero absoluto ou vácuo
absoluto.
a) Pressão Absoluta → É medida com referência ao zero absoluto.

Pabs = Pef + Patm


b) Pressão Efetiva ou Manométrica → É medida em relação à pressão
atmosférica local. O instrumento utilizado para medir pressões
4
efetivas é o manômetro. Dentre os vários tipos de manômetro, tem-
se:
Piezômetro → o mais simples dos manômetros;
Manômetro diferencial → mede diferenças de pressões entre dois
pontos;
Vacuômetro →mede pressões efetivas negativas, nulas e positivas.

Obs: A pressão hidrostática é um tipo de pressão manométrica devida a


uma coluna de fluido.

P = γ .h

c) Pressão Atmosférica Local → É medida pelo barômetro, que mede a


diferença de pressão entre a atmosfera local e um reservatório onde
foi feito vácuo.

6.2 − Balanço Hidrostático:


Dois pontos de mesmo nível unidos por uma coluna contínua e
estática de mesmo fluido estão na mesma pressão.

P1 P2
1 2

3 6

h
4 5
P4 = P5

Hipótese: P1 > P2

P4 = P1 + Hγ f + hγ f ∴ P5 = P2 + Hγ f + hγ fm

5
P1 − P2 = h (γ fm − γ f )
P1 + Hγ f + hγ f = P2 + Hγ f + hγ fm ∴

6.3 − Tubo de Pitot:


Os Tubos de Pitot medem a velocidade local ou num ponto pela
determinação da diferença entre a pressão de impacto e a pressão
absoluta.

Pressão absoluta Pressão de impacto

. .
1 2

P2 > P1 ∴ Z1 = Z2 ∴ v1 > v2 = 0

# Aplicando Bernoulli entre os pontos "1" e "2":


0
2
v1 P1 v 2
P ⎛P −P ⎞
+ + z1 = 2 + 2 + z 2 ∴ v12 = 2g⎜⎜ 2 1 ⎟⎟
2g γ 2g γ ⎝ γ ⎠

# Aplicando o balanço hidrostático:

(γ fm − γ f )
P2 − P1 = h (γ fm − γ f ) ∴ v12 = 2gh
γf

⎛γ ⎞ ⎛ρ ⎞
v1 = 2gh ⎜⎜ fm − 1⎟⎟ v1 = 2gh ⎜⎜ fm − 1⎟⎟
⎝ γf ⎠ ou ⎝ ρf ⎠

6
# Caso o fluido que circule na tubulação seja água, então:

v1 = 2gh (d fm − 1)

Obs: Os Tubos de Pitot servem para medir a velocidade em um ponto


qualquer de uma corrente líquida (rio, canal, etc.).

6.4 − Medidor Venturi:


O Medidor Venturi consiste em um pequeno trecho de tubo
retilíneo, ligado à tubulação por meio de seções cônicas.

. .
1 2

P1 > P2 ∴ Z1 = Z2 ∴ v2 > v1 ∴ A2 > A1

Q1 = A1.v1 → v1 = Q1/A1
Q1 = Q2 = Q
Q2 = A2.v2 → v2 = Q2/A2

# Aplicando Bernoulli entre os pontos "1" e "2":

v12 P1 v 22 P2 P1 P2 v 22 v12
+ + z1 = + + z2 ∴ − = −
2g γ 2g γ ρg ρg 2g 2g
7
2 2
2 ⎛ Q 2 ⎞ ⎛ Q1 ⎞ 2
v −v =
2 2
(P1 − P2 ) ∴ ⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟ = (P1 − P2 )
ρf ρ
2 1
⎝ 2⎠ ⎝ 1⎠
A A f

⎛ 1 1 ⎞ 2 ⎛ A12 − A 22 ⎞ 2
Q ⎜⎜ 2 − 2 ⎟⎟ =
2
(P1 − P2 ) ∴ Q ⎜⎜ 2 2 ⎟⎟ =
2
(P1 − P2 )
⎝ 2
A A 1 ⎠ ρ f ⎝ 2 1 ⎠
A A ρ f

A 2 A1 P1 − P2 2
Q= ⋅ 2⋅ ; onde K = A 2 A1
A12 − A 22 ρf A12 − A 22

P1 − P2
Q=K
ρf

6.5 − Placa de Orifício:

. .
1 2

P1 > P2 ∴ Z1 = Z2 ∴ v2 > v1

# Aplicando Bernoulli entre os pontos "1" e "2":

v12 P1 v 22 P2 P1 − P2 v 22 − v12
+ + z1 = + + z2 ∴ =
2g ρg 2g ρg ρf 2
# Pela equação da continuidade, temos:
8
v2A2
v1 A 1 = v 2 A 2 ∴ v1 =
A1

v 22 A 22 2 ⎛ A 22 ⎞ 2
v 22 − = (P1 − P2 ) ∴ v 22 ⎜⎜1 − ⎟=
2 ⎟
(P1 − P2 )
A1 2
ρ f ⎝ A1 ⎠ ρ f

2(P1 − P2 )
v2 = (I)
⎡ ⎛ A ⎞2 ⎤
ρ f ⎢1 − ⎜⎜ 2 ⎟⎟ ⎥
⎢⎣ ⎝ A1 ⎠ ⎥⎦

# Pelo balanço hidrostático temos que:

P1 − P2 = h (γ fm − γ f )

# Substituindo o balanço hidrostático na equação (I), temos:

⎛ρ ⎞
2gh ⎜⎜ fm − 1⎟⎟
v2 = ⎝ ρf ⎠
2
⎛A ⎞
1 − ⎜⎜ 2 ⎟⎟
⎝ A1 ⎠

Obs: O Medidor Orifício opera segundo o mesmo princípio que o


Medidor Venturi, porém com pequenas diferenças importantes:
A Placa pode ser facilmente mudada para acomodar vazões
bastantes diferentes, enquanto que o diâmetro do estrangulamento de
um Venturi é fixo.
A Placa tem queda brusca de pressão, enquanto que no Venturi as
seções cônicas diminuem a pressão gradativamente.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: CÉLIO SOUZA

EXERCÍCIOS DE BERNOULLI E CONTINUIDADE

1) Um tubo de PVC para drenagem apresenta 312 furos (cada um com 6mm de diâmetro)
por metro linear de tubo. A velocidade de drenagem é de 5cm/s. Obter a vazão em L/h
para cada metro de tubo.
Resp.: Q = 1.588L/h, por metro linear de tubo.

2) A água que flui através de um grande reservatório aberto (figura abaixo), descarrega
horizontalmente na atmosfera. Considerando a carga do reservatório constante e que
não há perdas de energia em todo o sistema, calcule as velocidades nos pontos (3) e
(2).

(1)

d2 = 2cm
d3 = 1cm
6m
(2) (3)

2m

Resp.: V2 =8,86m/s ; V3 = 2,22m/s

3) Determine a vazão, em litros por segundo, da água escoando através do dispositivo,


conforme indicado na figura abaixo, se não há perdas de energia entre os pontos "1" e
"2".
Dados: d H 2O = 1 ; d Hg = 13,6 ; g = 9,81m / s ; Dtubo = 6cm

H2 O
1 2

1cm
Hg

Resp.: Q = 4,45L/s

4) Determinar no dispositivo abaixo:


a) A diferença de pressão em Kgf/m2 entre os dois piezômetros;
b) A vazão em L/s. Sabendo-se que o fluido possui γ = 950Kgf/m3.
φ = 2"

10cm
2

90cm
30cm

φ = 4"

Fluido
Resp.: a) ∆P = 760Kgf/m ; b) Q = 6,6L/s
2

5) Pelo tubo "1" de 600mm de diâmetro, escoa água com vazão Q1 = 240 L/s e com
pressão de 5mca. Uma parte do líquido sobe pelo tubo "2" de diâmetro igual a 50mm e
altura de 4,5m, para alimentar o reservatório "R", cujo volume é 0,382m3. Determinar
o tempo necessário para encher o reservatório "R", sendo desprezadas as perdas nas
tubulações.(Ver Fig. abaixo)
Dados: γ ( H 2O ) = 1000Kgf/m3 ; 1 atm ≡ 10,33mca ≡ 1,033x104Kgf/m2

Tubo − 2
2

h Reservatório

Tubo − 1

Resp.: t = 1minuto

6) Um óleo de densidade 0,75 está escoando através de um tubo (ver figura) de 150mm
de diâmetro sob uma pressão de 1,0Kgf/cm2. Se a energia total relativa a um plano de
2,4m abaixo da linha do centro do tubo é de 18 Kgm/Kgf. Determinar a vazão do óleo
em "m3/s".
2,4m

Resp.: Q = 0,12m3/s

7) Na determinação do desnível de um trecho de rio, verificou-se a profundidade e as


velocidades das águas em dois pontos distintos, obtendo-se na primeira determinação
8m e 1,2m/s, respectivamente. Na Segunda determinação 2m de profundidade e uma
velocidade de 12,4m/s, devido ao desnível do trecho. Calcular esse desnível.
Resp.: h = 1,763m

8) Uma tubulação vertical de 150mm de diâmetro apresenta, em um pequeno trecho, uma


seção contraída de 75mm, onde a pressão é de 1atm. A 3m acima desse ponto, a
pressão eleva-se para 21 lb/in2. Calcule as velocidades e a vazão para a água que escoa
nessa tubulação.
Dado: γ H 2O = 10 3 Kgf / m 3
Resp.: V = 3,185m/s ; V = 12,74m/s e Q = 55L/s

9) Desprezando-se as perdas, determinar a vazão na figura abaixo:

Óleo d = 0,75 0,9m

H2O 1,2m

φ = 4"

Resp.: Q = 49L/s

10) Um reservatório de grande seção transversal, dotado de um tubo horizontal de saída,


contém um líquido perfeito. Determinar a velocidade do jato, quando a superfície livre
está situada na cota 8m em relação do eixo do tubo (ver figura abaixo).

8m

Resp.: V = 12,52m
11) De uma pequena barragem parte uma canalização de 250mm de diâmetro, com poucos
metros de extensão, havendo depois uma redução para 125mm. Do tubo de 125mm, a
água passa para a atmosfera sob a forma de jato d'água. A vazão foi medida,
encontrando-se 105 L/s. Calcular a pressão na seção inicial da tubulação de 250mm, a
altura da água "H" na barragem e a potência bruta do jato.

Resp.: P = 3.492,5Kgf/m2 ; H = 3,7m ; Pot = 5,18cv

12) O dispositivo mostrado na figura abaixo é utilizado para determinar a velocidade do


líquido do ponto "1". Esse dispositivo é constituído de um tubo, cuja extremidade
inferior é dirigida para montante e cujo ramo vertical é aberto à atmosfera. O impacto
do líquido na abertura "2", força o mesmo a subir o ramo vertical a uma altura
Z = 10cm acima da superfície livre. O ponto "2" é uma zona de estagnação, onde a
velocidade de escoamento anula-se, criando uma pressão devido ao impacto a qual
força o líquido no ramo vertical. Calcular a velocidade no ponto "1", sabendo-se que a
aceleração da gravidade no local é 9,81m/s2.

1 2

Resp.: V = 1,4m/s

13) Para o Venturi representado na figura abaixo, a deflexão do mercúrio no manômetro


diferencial é 360mm. Determinar a vazão de água através do medidor se não há perdas
de energia entre "A" e "B".
B

φB = 150mm 750mm

A
φA = 300mm
Z

360mm

Resp.: Q = 172L/s

14) Um tubo transportando óleo de densidade 0,877 muda de bitola de 150mm na seção
"A" para 450mm na seção "B". A seção "A" está 3,6m abaixo de "B" e sua pressão é
1,0Kgf/cm2. Se a vazão for de 0,15m3/s, qual será a pressão em "B".
Resp.: PB = 0,6 Kgf/cm2

15) Uma tubulação inclinada de diâmetro igual a 6" é ligada por meio de um redutor a um
tubo de diâmetro igual a 4". A água escoa através do tubo como indicado na figura
abaixo. Calcule a velocidade média "V2".

h
1

12in

Resp.: V2 = 9,705m/s
16) A queda de pressão entre duas seções é medida com um manômetro de mercúrio (ver
figura abaixo), com deflexão de 0,5m. Calcule as velocidades nos pontos "1" e "2".
Calcule, também, a vazão através do duto.
φ1 = 76,5cm
φ2 = 54,1cm
1 2
H2O

h = 0,5m

d(Hg) = 13,6

Resp.: V1 = 6,42m/s ; V2 = 12,84m/s ; Q = 2,953m3/s

17) Determinar a velocidade V1 e a vazão no Pitot da figura abaixo:

φ = 8"
1 2
H2O

30,5cm
d = 0,8

Resp.: V1 = 1,09m/s ; Q = 35,34L/s

18) Um fluido incompressível e sem atrito escoa através do dispositivo indicado na figura
abaixo. A densidade do fluido é igual a 0,799. Calcular a descarga em "L/s" e a vazão
em "Kg/s".

8"

φ = 8" 4"

φ = 4"

Resp.: Q = 14,46L/s ; Qm = 11,556Kg/s


19) De um depósito, descarrega-se água a uma temperatura de 25ºC, através de um bocal
indicado na figura abaixo. Para uma pressão de 1,5atm indicada no manômetro, e,
desprezando-se as perdas, qual deverá ser o valor de "H" para uma velocidade de
2,06m/s no tubo de saída de 300mm?

manômetro

H φ = 300mm

φ = 100mm
bocal

Resp.: H = 2,015m

20) Em um edifício de 12 pavimentos, a vazão máxima provável, devida ao uso de


diversos aparelhos, em uma coluna de distribuição de 60mm de diâmetro, é de 7,5 L/s.
Determinar a velocidade de escoamento.
Resp.: V = 2,65m/s

21) Verificou-se que a velocidade econômica para uma extensa linha de recalque é
1,05m/s. A vazão necessária a ser fornecida pelas bombas é de 450m3/h. Determinar o
diâmetro da linha.
Resp.: D = 0,39m

22) Uma tubulação vertical, como mostra a figura abaixo, de 150mm de diâmetro
apresenta, em um pequeno trecho, uma seção contraída de 75mm, onde a pressão é
1atm. A 3,0m acima desse ponto, a pressão eleva-se para 1,43atm. Calcular as
velocidades V1 , V2 e a vazão.

1 P1 = 1,43atm

3,0m

2 P2 = 1,0atm

Resp.:V1 = 3,16m/s ; V2 = 12,64m/s ; Q = 56L/s


23) Em um canal de concreto, como mostra a figura abaixo, a profundidade é de 1,20m e a
água escoa com uma velocidade média de 2,40m/s até um certo ponto, onde, devido a
uma queda, a velocidade se eleva a 12m/s, reduzindo-se a profundidade a 0,60m.
Desprezando as possíveis perdas por atrito, determinar a diferença de nível entre as
duas partes do canal.

1
1,2m

2 0,60m

Resp.: h = 6,50m

24) De um grande reservatório aberto (R), água é drenada por meio de um sifão, como
mostra a figura abaixo. Se a distância entre nível do líquido no tanque e o fim do tubo
é h = 0,5m. Calcule a velocidade do fluido no tubo. Considere que a área de seção
transversal do tubo é uniforme.

1 2

h = 0,5m

3
(R)

Resp.: V = 3,13m/s

25) Água (γ = 1000Kgf/m3) circula pela tubulação da figura abaixo, onde D1 = 200mm e
D2 = 100mm. A tubulação é ligada a um manômetro de mercúrio (γ = 13600Kgf/m3).
Admitindo que não haja perdas de energia entre "1" e "2", determine:
a) Uma expressão para a vazão volumétrica em função da altura manométrica;
b) Calcular a vazão.
2

λ = 0,75m

1
H

h = 0,56m

Hg

(
2 gh d Hg − d H 2O )
Resp.: a) Q = A1 ⋅ A2 ⋅ ; b) Q = 0,077m3/s
A12 − A22

26) Um tubo de Pitot estático, conforme figura abaixo, é usado para medir a vazão
volumétrica de água (d = 1,0), que circula em uma tubulação de 4cm de diâmetro.
Determine a vazão volumétrica, mediante as seguintes considerações: regime
permanente e fluido ideal. O fluido manométrico é mercúrio (dHg = 13,6).

φ = 4cm
4cm
2

Hg

Resp.: Q= 3,96L/s
27) Uma tubulação de aço para a alimentação de uma usina hidrelétrica deve fornecer
1.500 L/s. Calcule o diâmetro da tubulação de modo que a velocidade da água não
ultrapasse 2,5m/s.
Resp.: D ≥ 0,764m

28) Em um tubo de 250mm de diâmetro a velocidade é 40cm/s. Achar a velocidade de um


jato d'água através de um bocal, de 50mm de diâmetro, preso ao tubo.
Resp.: 10m/s

29) Pela tubulação abaixo, escoam 71L/s de água de modo que, no manômetro superior,
lê-se a pressão de 0,6Kgf/cm2. Calcule a pressão no manômetro inferior.

φ1 = 0,30m

D1

4,76m

D2
φ2 = 0,15m

Resp.: 1,05Kgf/cm2

30) A água escoa na tubulação "BMC", ver figura abaixo, com as seguintes características:
Z1 → cota do ponto "B"= 20m;
Z2 → cota do ponto "C"=10m;
P1 → pressão em "B"=1,5Kgf/cm2;
V1 → velocidade no trecho "BM"= 0,6m/s;
D1 → diâmetro no trecho "BM" = 0,2m;
D2 → diâmetro no trecho "MC" = 0,1m.

B
M

C
Z1
Z2

Plano de referência

Calcular:
a) A carga total;
b) A velocidade no trecho "MC";
c) A vazão;
d) A pressão no ponto "C";
Obs: Considerar g = 10m/s2
Resp.: a) H = 35,018m ; b) VMC = 2,4m/s ; c) Q = 18,8L/s ; d) PC = 2,47Kgf/cm2

31) A água escoa na tubulação da figura abaixo. Calcule o diâmetro "d" para que as
leituras manométricas sejam as mesmas.
Dados: V2 = 6m/s ; g = 9,81m/s2

φ1 = 0,30m

2 P2

3,0m

1 P1

d
Resp.: d = 0,235m

32) A figura abaixo mostra um sifão. Se desprezarmos inteiramente o atrito, qual será a
velocidade da água em "m/s" que sai pelo ponto "C" como um jato livre? Quais são as
pressões da água, em atm, no tubo em "B" e "A"?

4ft

8ft

C
Reservatório

Resp.: a) VC = 6,91m/s ; b) PA = 0,763atm e PB = 0,645atm

33) Calcular a vazão de água no escoamento da figura abaixo:


0,6cm

φ = 150mm

φ = 75mm

Resp.: Q = 6,06L/s

34) Determinar a deflexão em "cm" que deve existir no manômetro diferencial de uma
tubulação, conforme figura abaixo, sabendo-se que pela tubulação escoa um fluido de
densidade d = 0,933 que alimenta um tanque, mantendo seu nível constante. Há três
orifícios laterais no tanque com D1 = 20mm e V1 = 3,0m/s; D2 = 25mm e V2 = 2,5m/s;
D3 = 30mm e V3 = 2m/s.
Dado: ρf.man. = 13,6g/cm3

φ = 60mm

φ = 30mm
1 2

Resp.: h = 9,04cm

35) Caso se despreze inteiramente o atrito no sifão mostrado na figura abaixo, qual será a
vazão de água que sai do ponto "D" como um jato livre? Qual a pressão nos pontos
"B" e "C" em "atm"?
Dado: DSifão = 16mm
C

1,22m

A B

2,44m

D
Reservatório

Resp.: Q = 1,4L/s ; PB = 0,763atm e PC = 0,645atm

36) Um tanque está suspenso por um dispositivo que foi construído para suportar uma
carga máxima de 15.000N de fluido. Considerando o esquema abaixo, determine o
tempo em minutos em que o tanque terá atingido esta carga.
Dado: dfluido = 0,833 ; df.manom. = 13,6 ; Vrecip. = 3m3 ; g = 9,81m/s2

D = 1/2"
1 2

D = 1"
Recipiente
h = 0,2m

Resp.: t = 29,27min

37) De quanto por cento deve-se reduzir o diâmetro de uma seção num duto circular para
que a velocidade aumente de 44%.
Resp.: 16,7%

38) Desprezando-se as perdas, calcular a vazão do reservatório mostrado na figura abaixo:


Dados: 1KPa = 1000N/m2;
1atm = 101,325 KPa;
1Kgf/m2 = 9,81N/m2;
γ(H2O) = 1000Kgf/m3.
AR
1 Pman = 15KPa

2m

2 φ = 70mm
dóleo = 0,82 Cd = 0,74

Resp.: Q = 24,79L/s

39) Um manômetro de Tubo "U" contendo mercúrio e com um de seus ramos fechado está
ligado ao lado inferior de uma linha que transporta água, como indica a figura abaixo.
Em eu ponto situado na mesma vertical e acima da toma da de pressão desse
manômetro, encontra-se ligada a tomada de pressão anterior de um segundo
manômetro de tubo "U", que se encontra em posição invertida. A densidade do líquido
manométrico do segundo manômetro é de 0,5 g/cm3. Calcular as pressões nos pontos
"1" e "2".

Líquido (d = 0,5g/cm3)

94cm
30cm

1 2

147cm
102cm

Mercúrio (d = 13,6g/cm3)

Resp.: P1 = 1.210.496g/cm.s ; P2 = 1.179.136g/cm.s


PERDA DE CARGA POR ATRITO

1 − CONCEITOS BÁSICOS:
As perdas de carga são devido às resistências encontradas pelo
fluido no escoamento, sendo essas perdas de energia dissipada na forma
de calor.

2 − CLASSIFICAÇÃO:
2.1 − Perdas de Carga por Fricção:
É causada unicamente pela circulação do fluido através da
tubulação devido ao atrito. É observada em qualquer tipo de tubulação,
mesmo nas mais cuidadosamente fabricadas e preparadas.

2.2 − Perda de Carga Localizada:


Devido principalmente aos acessórios existentes ao longo da
tubulação como válvulas, cotovelos, curvas, etc.

3 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Para escoamento laminar, incompressível e desenvolvido num tubo
circular, a simetria axial e a ausência de rotação, significa não existir
componente radial nem tangencial da velocidade, ou seja, vθ = vr = 0;
portanto a equação de Navier−Stokes em coordenadas cilíndricas se
reduz a:

⎡1 d ⎛ dv z ⎞⎤ dP
µ⎢ ⎜r ⎟⎥ = (1)
⎣ r dr ⎝ dr ⎠⎦ dz

# Sendo ρgz = 0, visto que "g" não está na direção "z".

# resolvendo-se a equação (1), temos:

vZ = −
4µ dz
(
1 dP 2 2
R −r ) (2)

# Mas para r = 0; vZ = vMAX., então a equação (2) fica:

1 dP 2
v MAX = − R (3)
4µ dz
1
dP
Obs: < 0, devido à gradual diminuição da pressão do fluido no
dz
sentido do escoamento.

# Cálculo da velocidade média (v Z ):

1 1 dP 2
v Z = v MAX ∴ vZ = − R (4)
2 8 dz

4 − EQUAÇÃO DE DARCY−WEISBACH:
Na prática de engenharia, o gradiente de pressões é usualmente
expresso em termos de um fator de atrito "f", definido por:

dP f ρ .v 2
− = (5)
dz D 2

# Resolvendo-se a equação diferencial (5) na seguinte condição de


contorno: em l = l1; P = P1 e l = l2; P = P2 ,e, fazendo-se ∆P = P1 − P2 e
L = l2 − l1, podemos expressar este resultado como:

∆P f ρ .v 2 ∆P L v2
= ; (÷γ ) ⇒ =f⋅ ⋅
L D 2 γ D 2g

L v2
∆P Hf = f ⋅ ⋅
como = HT , então ⇒ D 2g (6)
γ

Obs: Esta equação é utilizada para todos os tipos de escoamento.

# Substituindo-se (5) em (4), temos:

2
1 f ρ .v 2 ⎛ D ⎞ µ
2
v= ⋅ ⋅ ⎜ ⎟ ∴ f = 64
8µ D 2 ⎝ 2 ⎠ ρvD

64
f=
Re D ⇒ Para regime laminar ⇒ Re < 2000

# Onde:
” Hf → Perda de carga por fricção ao longo da tubulação [L];
” f → Fator de atrito [adimensional];
” L → Comprimento da tubulação [L];
−1
” v → Velocidade média do fluido [LT ].

6 − EQUAÇÃO DE HAGEN−POISEUILLE (para regime laminar):


É normalmente útil escrever equações operativas em termos da
vazão volumétrica (Q):

π .D 2 4Q
Q = A.v ∴ Q= v ⇒ v= (7)
4 π .D 2

# Substituindo-se (7) em (4), temos:

4Q 1 dP D 2 dP 128Qµ
=− ⋅ ⋅ ⇒ =− (8)
π .D 2 8µ dz 4 dz π .D 4

# Integrando-se (8) sobre um comprimento finito "L", obtemos:

128QLµ
P1 − P2 = ∆P = (9)
π .D 4

# Dividindo-se (9) por "ρg", obtém-se a equação de Poiseuille abaixo:

128QLµ
Hf =
π .D 4 ρg

3
7 − COMPARAÇÃO DA EQUAÇÃO DE DARCY E A EQUAÇÃO
DE POISEUILLE:

128QLµ ⎛ 2v ⎞ 256AvLµ .v
Hf = × ⎜ ⎟ ; e fazendo - se Q = A.v ⇒ H =
π .D 4 ρg ⎝ 2v ⎠ 2π .D 4 gvρ
f

π .D 2
256 v 2 Lµ
4 64 v 2 Lµ
Hf = ⇒ Hf =
2π .D 4 gρ .D 2gD.Dρ .v

64 L v 2
Hf = ⋅ ⋅
Re D 2g (10)

⎛ 64 ⎞
# A equação (10) é a mesma da equação (6), sendo ⎜ f = ⎟.
⎝ Re ⎠

8 − EXPERIÊNCIA DE NIKURADSE:
Nikuradse utilizou tubulações de três tamanhos diferentes com
variação de diâmetro e comprimento. Nelas produziu uma rugosidade
artificial, utilizando grãos de areia padronizados (K = diâmetro dos
grãos de areia ou rugosidade absoluta). Nikuradse verificou, então, que
para um determinado valor de "Re", o coeficiente de atrito "f", era
idêntico para as três tubulações, para os mesmos valores de "K/D" ou
rugosidade relativa. Logo concluiu que:
” É válido o conceito de rugosidade relativa (K/D);
⎛ K⎞
” É correta a expressão: f = φ ⎜ Re , ⎟
⎝ D⎠

4
Gradiente de pressão e potência de bombeamento.

Efeito do atrito ∆P Pbomb.

11.1) ∆P no lado dos tubos.

∆P
= φ( U m , di , ρ, µ, ε) para escoamento laminar ou turbulento (10)
L

onde: ε é a rugosidade [L]

Duto circular
∆P ⎛ ε⎞
= φ⎜ Re, ⎟
(
4(L Di ) ρU 2m 2


) ⎝ di ⎠
(11)

grupo admensional definido


como fator de atrito de Fanning

∆P
f =
(
4(L d i ) ρU 2m 2 ) (12)

⎛ ε⎞
f = φ⎜ Re, ⎟ (13)
⎝ di ⎠

Gráfico de Mood

16
f = Regime laminar (14.a)
Re

f = 0,046 Re −0,2 3 x 104 <Re < 106 (turbulento) (14.b)

f = 0,079 Re −0,25 4 x 103 < Re < 105 (turbulento) (14.c)


Para fluidos Não-Newtonianos
n
⎛ δU ⎞ ⎛ ε ⎞ ρU mdi
Power Law: τ = ⎜ ⎟ Î f = φ⎜ Rea , , n ⎟ ; Rea = g
⎝ δy ⎠ ⎝ di ⎠ µap
δU ⎛ ε ⎞
Plástico de Bingham: τ = τ0 − µ Î f = φ⎜ Re, , y ⎟ ; y = f (τ0 )
δy ⎝ di ⎠
Onde: y é o limite de escoamento adimensional.

n
⎛ δU ⎞ ⎛ ε ⎞
Herschel-Bulkley: τ = τ0 − K⎜ ⎟ Î f = φ⎜ Rea , , y, n ⎟
⎝ δy ⎠ ⎝ di ⎠

Nas indústrias: - Caracterização reológica dos fluidos de processo


- Determinar f adequadamente

- Caracterização reológica: Viscosímetros e reômetros.

- Plástico de bingham:
⎡ 1 ⎤
5,5 (1 − ã )(3 + ã )
= 4,073 log ⎢(1 − ã )⎛⎜ Re 2 f − Re y ⎞⎟ ⎥ +
1 2 2y
− ; a=
2y ⎢⎣ ⎝ 8 4 ⎠ ⎥⎦ 2 3,28 Re f
f−
Re

Num duto circular f pode ser relacionado a tensão Tw na parede:

P1 P2

No escoamento completamente desenvolvido:

π
Fp = ∆P. di 2 Fvisc = Tw .π.di.L
4

π 2 Tw
Fp = Fvisc Î di ∆P = Tw .π.di.L Î f = (15)
4 1
ρUm 2
2

Dutos de secção não circular:

Onde, De será o diâmetro equivalente (di é substituído por De)


4A 4 x Área da secção tranversal
De = = (16)
Pw Perímetro molhado

4 x ab 4 x ab/a 4b
b De = = =
2(a + b) 2(a + b)/a 2(1 + δ)
b
a δ = , Se a = b => δ = 1 => De = b
a

De =
( )
4(π 4) d 0 2 − di 2
= d 0 − di
π(d 0 + di )

Para um duto circular De = di

di

do

O número de Reynolds de transição para dutos não circulares é aproximadamente 2300. (Como para
dutos circulares).

Escoamento laminar

2b

∆P 12 µ U m
= ; D e = 2b
∆X b2

∆P
f = (17)
4(L Do )(ρU m / 2)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: Emanuel Macêdo

PERDA DE CARGA LOCALIZADA

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Os casos mais comuns de perdas em tubos, além da perda por
atrito, incluem as perdas que ocorrem em conexões e as produzidas
quando a configuração da tubulação se expande ou contrai, que são
denominadas perdas de carga localizada.

2 − DEFINIÇÕES:
As perdas de carga localizadas, também chamadas por perdas
singulares, são ocasionadas por mudanças na seção de escoamento ou
de direção da corrente. Estas mudanças ocasionam turbilhonamento e,
devido a inércia, parte da energia mecânica disponível se converte em
calor e se dissipa sob esta forma, resultando numa perda de energia ou
perda de carga.

3 − EXPRESSÃO GERAL:
De um modo geral, todas as perdas localizadas podem ser
expressas pela equação de Borda. (ver tabela)

v2
HL = K
2g

4 − MÉTODOS PARA DETERMINAR HL:


4.1 − Método do Coeficiente de Resistência "K":
Neste método a perda de carga por fricção é calculada pela
fórmula de Darcy e a perda de carga localizada pela fórmula de Borda.
A perda de carga total é dada pela soma das duas perdas de carga.

4.2 − Método dos comprimentos equivalentes:


Uma canalização que possui ao longo de sua extensão diversas
singularidades equivale, sob o ponto de vista de perda de carga, a um
encanamento com comprimento maior sem singularidades. O método

1
consiste em adicionar à extensão da canalização um comprimento tal
que corresponda à mesma perda de carga que causariam as
singularidades existentes. A fórmula de Darcy é utilizada para o cálculo
da perda de carga total. (ver tabela)

HT =f
(L + LE ) v2

D 2g

Ex - 01:
Determine a perda de carga total para o esquema abaixo,
utilizando os métodos:
a) Coeficiente de resistência;
b) Comprimento equivalente.
Dados:
- tubulação de ferro;
- diâmetro nominal 4" SCH 40;
- 02 válvulas gavetas aberta;
- vazão igual a 32,84 L/s;
- fator de atrito igual a 0,016;
- comprimento da tubulação 100m

a) Método do coeficiente de resistência:


RGA RGA

L v2 v2
HT = Hf + HL ; Hf = f ⋅ ; HL = K
D 2g 2g

1ft = 0,3048m ; 1in = 0,0254m

2
# Cálculo da área:

4" SCH 40 (Trevisan pag. 132) ⇒ Dint =4,026in e Aint = 0,08840ft


Dint = 4,026 x 0,0254 ⇒ Dint = 0,102m
Aint = 0,08840 x (0,3048)2ft ⇒ Aint = 8,21x10−3m2

# Cálculo de "v":

Q 32,84 x10 −3
v= = ⇒ v = 4m/s
A 8,21x10 −3

# Cálculo de Hf:

10 42
H f = 0,016 ⋅ ⋅ ⇒ H f = 12,79m
0,102 2 ⋅ 9,81

# Cálculo de HL:

K (RGA) = 0,20 (tabela de singularidades)


K = 0,20 x 2 = 0,40 (são duas válvulas RGA)
42
H L = 0,40 ⋅ ⇒ H L = 0,32m
2 ⋅ 9,81

HT = 12,79m + 0,32m ⇒ HT = 13,11m

b) Método dos comprimentos Equivalentes:

L L1 L2
Le

HT =f
(L + LE ) v2
⋅ ∴ Le(tabelado) = 0,70
D 2g

Le = 2 x 0,7 = 1,4 (são duas RGA)

3
HT = 0,016 ⋅
(100 + 1,4) ⋅ 42
⇒ H T = 12,97 m
0,102 2 ⋅ 9,81

Ex - 02:
Determine a perda de carga total para e esquema abaixo,
utilizando o método do coeficiente de resistência.

Redução Gradual
RGA

φ = 4" φ = 2"

L1 L2 L3
Hf1 Hf2 Hf2

Dado:
- Tubo de ferro galvanizado;
- υ(H2O) = 1x10−6m2/s;
- Vazão = 10−2 m3/s;
- L1 = 25m , L2 = 4m , L3 = 6m.

# Cálculo de A1 e A2:

π .D12 π (0,0254 ⋅ 4 )2
A1 = = ⇒ A1 = 8,1x10 -3 m 2
4 4
π .D 2 π (0,0254 ⋅ 2)2
2
A2 = = ⇒ A 2 = 2,02x10 -3 m 2
4 4

# Cálculo de v1 e v2:

Q 10 −2
v1 = = ⇒ v1 = 1,23m/s
A1 8,1x10 −3
Q 10 −2
v2 = = ⇒ v 2 = 4,95m/s
A 2 2,02x10 −3

4
# Cálculo de Re:

1,23 ⋅ 4"⋅0,0254
v1D1
Re1 = = ⇒ Re1 = 1,25 ⋅10 5
υ 10 −6
v D 4,95 ⋅ 2"⋅0,0254
Re 2 = 2 2 = ⇒ Re 2 = 2,5 ⋅10 5
υ 10 −6

# Rugosidade relativa (D/K):

D1 4"⋅0,0254 D1
= ⇒ ≅ 670
K 0,000152 K
D 2 2"⋅0,0254 D2
= ⇒ ≅ 335
K 0,000152 K

# Cálculo de f1 e f2:

Re1
f1 ⇒ f1 = 0,023 (MOODY ROUSE)
D1
K

Re2
F2 ⇒ f2 = 0,028 (MODY ROUSE)
D2
K

# Cálculo da perda de carga por fricção (Hf):

L1 v12 0,023 ⋅ 25 ⋅ (1,23)2


H f1 = f1 ⋅ = ⇒ H f1 = 0,44m
D1 2g 0,0254x4"⋅2 ⋅ 9,81
(L 2 + L 3 )v 22 0,028 ⋅10 ⋅ (4,95)2
H f2 = f 2 ⋅ = ⇒ H f2 = 6,88m
D2 2g 0,0254x2"⋅2 ⋅ 9,81
H fT = H f1 + H f2 = 0,44 + 6,88 ⇒ H fT = 7,32m

5
# Cálculo da perda de carga localizada (HL):

v2
HL = K
2g
K (Redução Gradual) = 0,15
K (RGA) = 0,20
KTOT = 0,35
(maior velocidade)
0,35(4,95)
2
HL = ⇒ H L = 0,437m
2 ⋅ 9,81

H TOT = 7,32 + 0,437 ⇒ H TOT = 7,757 m

# Perda de Carga Unitária:

Hf
J=
L

# Problemas em que não sejam fornecidas as velocidades:

vD Reυ
Re = ∴ v=
υ D
L v2 2 ⋅ D ⋅ g ⋅ Hf
Hf = f ⋅ ∴ v=
D 2g f ⋅L

2 ⋅ D3 ⋅ g ⋅ H f
Reυ 2 ⋅ D ⋅ g ⋅ Hf Re f =
= ⇒ L ⋅υ 2
D f ⋅L

6
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DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: Emanuel N. Macêdo

EXERCÍCIOS DE PERDA DE CARGA

1) Um mesmo fluido escoa através de 300m de um tubo "1" de 75mm de diâmetro e em


um outro tubo "2" de 300m de 100mm de diâmetro. Os tubos são lisos e os
escoamentos são de tal modo que o número de Reynolds sejam os mesmos. Determine
a razão entre suas perdas de carga.
Resp.: Hf1/Hf2 = 2,37

2) Calcular a perda unitária "m/m", devido ao escoamento de 22,5L/s de um óleo com


υ = 0,0001756 m2/s. Este escoamento é feito através de uma canalização de ferro
fundido de 6 polegadas de diâmetro interno. O comprimento da tubulação é de
6.100m.
Resp.: J = 0,030m/m

3) Determine a perda de carga total para o esquema abaixo, utilizando o método do


coeficiente de resistência. Dados: L1 = 25cm; L2 = 4cm; L3 = 6cm. Tubo de ferro
galvanizado novo. Viscosidade cinemática da água igual a 106m2/s e a vazão de 10L/s.
Redução Gradual
RGA

φ = 2"
φ = 4"
L1 L2 L3

Resp.: HT = 6,64m

4) Um fluido de viscosidade de 98,1 cP e densidade 0,85, escoa no interior de um duto de


ferro fundido novo de 259mm de diâmetro e 300m de comprimento à vazão de
0,38m3/s. Calcule a diferença de pressão no duto em atm.
Dados:1atm = 1,033Kgf/cm2 e γ = 103 Kgf/cm3
Resp.: ∆P = 7,33atm

5) Calcular a perda de carga total utilizando: a) O método do coeficiente de resistência e


b) O método dos comprimentos equivalentes no escoamento da água à vazão de 5m3/h,
através de uma tubulação horizontal de ferro galvanizado de 1,5 polegadas, constituída
de 200m de canos retos, 5 cotovelos de 90º RC, 2 registros de gaveta, 1 válvula globo
e uma válvula de retenção tipo leve. Calcule o desvio entre os dois métodos.
Resp.: a) HT = 9,418m ; HT = 9,841m ; Desvio Relativo = 4,29%
6) Determine a vazão e o tipo de regime de escoamento de água que passa por um
conduto de ferro fundido novo de diâmetro 0,1m. Sabe-se que a viscosidade da água é
7.10−7m2/s e que a perda de carga unitária é de 0,0115m/m.
Resp.: Q = 7,32L/s ; Turbulento

7) Pelo interior de uma tubulação de PVC de 2" e 60m de comprimento, circula um


fluido com viscosidade de 9,8.10−6Kg/m.s e vazão mássica de 5Kg/min. Determine o
fator de atrito desse escoamento.
Resp.: f = 0,015

8) Para o dispositivo da figura abaixo, determine: a) A perda de carga por fricção ao


longo da canalização de saída lateral; b) A perda de carga localizada na redução
gradual; c) A perda de carga total; d) O valor de "H" em metros. Utilize o método do
coeficiente de resistência para uma vazão de 10L/s, sabendo-se que a canalização é de
ferro fundido novo.

Entrada de Canalização
H Redução Gradual
Saída de canalização

ν H 2 0 = 10 −6 m 2 / s
φ = 78mm
φ = 155mm
2m 4m

Resp.: a) Hf = 0,31465m ; b) HL = 0,033m ; c) HT = 0,578m ; d) H = 0,802m

9) Por uma tubulação lisa de 2" de diâmetro escoa um determinado fluido de viscosidade
cinemática igual a 3,5.10−6m2/s. A perda de carga por fricção em 10 metros de
tubulação é 3,85m. Determine a vazão e o tipo de regime desse escoamento.
Resp.: Q = 8,92.10−3 m3/s ; Turbulento

10) Se 680L/s de água fluem numa tubulação de 150mm de diâmetro, tendo


protuberâncias rugosas de altura média igual a 0,75mm, e se rugosidades semelhantes
de altura média igual a 0,375mm existem num tubo de 75mm de diâmetro, então, qual
será a vazão de óleo cru que deve ocorrer nesse tubo, para que os coeficientes de
fricção dos dois tubos sejam os mesmos?
Dados: ρ H 2O = 0,9982 g / cm 3 ; µ H 2O = 1,05cP ; ν H 2O = 3,52 ⋅ 10 −6 m 2 / s

Resp.: Qóleo = 18,95L/s


11) Óleo combustível (υ = 0,028cm2/s) é transportado por 50m em uma tubulação de aço
de diâmetro interno igual a 3", na qual existem 10 junções, 2 curvas de 90º e 2
registros globo. Esta tubulação sofre uma ampliação gradual de seu diâmetro para 4",
onde o fluido percorre 15m. Calcular a perda de carga total, sabendo-se que a vazão do
transporte é de 18L/s. Utilize o método do coeficiente de resistência.
Resp.: HT = 31,843m

12) Um fluido de densidade 0,92 e viscosidade igual a 0,096N.s/m2, flui numa tubulação
lisa de bronze de 100mm de diâmetro. Calcule a perda de carga em 300m de tubo
para: a) O escoamento laminar no limite máximo; b) O escoamento turbulento no
limite mínimo.
Resp.: a) Hf = 21,31m ; b) Hf = 106,553m

13) Por dois tubos, um de ferro fundido e outro de aço novo, fluem, respectivamente,
gasolina e água a 20ºC. Em qual destes tubos a perda de carga é maior? Sabe-se que o
1º tem 50mm de diâmetro e o 2º 45mm e que os fluidos percorrem 24m de tubulação
com vazão de 1,0L/s.
Dados: Viscosidade da gasolina = 0,648 centistokes;
Viscosidade da água = 1,007.10−6m2/s.
Resp.: Hf,Fe = 2,06m < Hf,aço = 2,8m

14) Uma tubulação de aço com 0,3m de diâmetro e 300m de comprimento conduz 130L/s
de água. A rugosidade do tubo é de 0,003m e a viscosidade do fluido é 1,127.10−6m2/s.
Determine a velocidade média e a perda de carga por fricção.
Resp.: V = 1,84m/s ; Hf = 6,56m

15) Determine a perda de carga total para o esquema abaixo, utilizando o método do
coeficiente de resistência.
Dados: Tubulação de ferro galvanizado; υ(H2O) = 10−6m2/s; vazão de 2.10−2m3/s e
L1 = 8m; L2 = 3m; L3 = 3m; L4 = 30m

Curva de 90º RGA Ampliação Gradual

φ = 6"

L2 L3
L4

L1

φ = 2"
Resp.: HT = 41,66m

16) Em um tubo recurvado com diâmetro D1 = 125mm no ponto "1", tem-se a pressão
efetiva P1 = 1,9Kgf/cm2, assinalada pelo manômetro "M". Pela extremidade "2", onde
o diâmetro é D2 = 100mm, descarregam-se 23,6L/s de água na atmosfera. Calcular a
perda de carga por fricção. Considere g = 10,0m/s2.

1,25m
M

Resp.: Hf = 17,481m

17) Em uma unidade industrial, utiliza-se tubo de PVC de 63,5mm de diâmetro e 50m de
comprimento, onde escoa água com uma vazão de 6,35L/s. Na unidade de
refrigeração, utiliza-se tubo de ferro galvanizado novo revestido de asfalto de 50mm
de diâmetro, onde flui água com vazão igual a do tubo PVC. Admitindo idênticas as
perdas de carga por fricção nos dois tubos, pede-se:
a) O número de Reynolds no tubo de PVC;
b) O comprimento do tubo de ferro;
c) Regime de escoamento do tubo de ferro. Dado: υágua = 10−6m2/s.
Resp.: a) Re = 1,27.105 ; b) LFe = 10,06m ; c) Turbulento

18) Óleo combustível de massa específica igual a 0,820g/cm3 e viscosidade cinemática de


0,028cm2/s circula em uma tubulação horizontal de aço de 150mm de diâmetro interno
a uma distância de 50m. A tubulação é constituída de duas válvulas globo, duas curvas
de 45º e 15 junções. A razão do escoamento é 18L/s. Calcular a queda de pressão na
linha e a perda de carga unitária.
Resp.: ∆P = 0,142atm ; J = 0,036m/m

19) Para o esquema abaixo, calcule o desnível "h" entre os dois tanques.
Dados:
Q = 7,87ft3/s De "B" até "G" De "G" em diante
2
g = 32,2ft/s L = 150ft L = 100ft
Filtro "F" (K = 8,0) φ = 12" φ = 6"
Válvula cruzeta (K = 0,7) f = 0,025 F = 0,020
Medidor "H" (K = 6,0)
A

F Cotovelo 90º h
RGA B

R.GL.A

RGA R.GL.A

Te saída bilateral Curva 90º

Medidor
Válvula Cruzeta M
"G" Te saída bilateral

Resp.: h = 604,077ft

20) Um óleo de viscosidade 0,01Kgf.s/m2 e densidade 0,850, flui através de 3.000m de um


tubo de ferro fundido de 300mm de diâmetro a uma vazão de 0,5m3/s. Determinar a
diferença de pressão no tubo em atm. Utilize a equação de Darcy.
Resp.: ∆P = 58,7atm

21) Calcular a perda de carga total utilizando o método dos comprimentos equivalentes no
escoamento da água à razão de 5m3/h, através de uma tubulação de ferro galvanizado
de 1 1 2 " , constituída de 200m de canos retos, 3 cotovelos de 90º RC, 2 registros de
gaveta abertos e 1 válvula globo.
Dados: µágua = 1,05 cP e ρágua = 1,0g/cm3
Resp.: HT = 13,41m

22) Determinar a perda de carga associada a um escoamento através de um trecho reto de


tubulação, e determine também, qual o regime de escoamento. Considerar tubo liso
Dados:
Vazão = 40m3/h; Tubulação de 80m; φinterno = 4"; υ = 5,5 cS
Resp.: a) Turbulento ; b) Hf = 1,81m

23) Em uma instalação industrial está uma linha de transporte de tolueno de um tanque
"A" a um sistema de depósito "B", distanciados entre si de 650 metros. Na linha de
tubulação existem duas válvulas do tipo globo, dois cotovelos de 45º e 120 junções. A
linha de tubulação é de 5in SCHEDULE 40 e transporta tolueno a 20ºC com uma
vazão de 650 litros por minuto. Calcular a perda de carga total do sistema, utilizando o
método do coeficiente de resistência.
Dados: υTolueno = 0,60.10−6m2/s ; K = 1,28.10−5m

Resp.: HT = 5,48m
24) De uma pequena barragem parte uma canalização de ferro galvanizado (o nível de
água na barragem está localizado a 16m acima do nível zero) de 152mm de diâmetro
interno, a qual transporta a um reservatório de distribuição (o reservatório está aberto
com o nível d'água a 10m acima do nível zero). Determinar o fator de fricção ao longo
da canalização, considerando-se que as perdas localizadas eqüivalem a 3% da perda
total existente na efetivação do transporte. Sabe-se, ainda, que na tubulação existem 1
curva de 90º, 2 cotovelos de 45º e 1 RGA.
Dados: υágua = 10−6m2/s
Resp.: f = 0,020

25) Em um processo industrial, óleo a 80ºC é armazenado. O óleo de viscosidade igual a


0,85 cP escoa com uma vazão de 1800Kg/min, através de uma tubulação de 30 cm de
diâmetro, do local onde é produzida até o tanque de armazenamento. A tubulação é de
aço inox e lisa de 400m de comprimento. Durante o escoamento, verifica-se uma
perda de carga por atrito de 40m. Desprezando-se as outras perdas, determine a vazão
volumétrica do escoamento.
Resp.: Q = 0,424m3/s

26) Em uma instalação, circula-se água a 180ºF à razão de 46,80ft3/min, através de uma
tubulação de PVC de 6,5" de diâmetro externo e espessura de parede de 0,021ft. A
instalação apresenta um comprimento de 450ft e possui: 3 curvas de 90º, um
controlador de vazão e 2 válvulas globo abertas. A viscosidade da água a 180ºF é
0,37cS. Calcular a perda de carga total, utilizando o método do coeficiente de
resistência para a perda localizada.
Dado: g = 32,18ft/s2
Resp.: HT = 8,72ft

27) Determinar a taxa volumétrica de um óleo, cuja densidade é 0,80, que escoa por um
conduto liso de bronze de diâmetro igual a 4in a 37ºC. A perda de carga em 60m de
tubulação é 0,05m e a viscosidade cinemática do óleo a 37ºC é 2,05.10−2cm2/s.
Resp.: Q = 1,7L/s

28) Um fluido de densidade 0,91 escoa através de uma tubulação de PVC de diâmetro
igual a 5,3in a 40ºC. A perda de carga ao longo da tubulação de 45ft de comprimento é
de 0,85m. Determine a taxa volumétrica do fluido de viscosidade cinemática igual a
2,05 cS, em unidades do "CGS".
Resp.: Q = 4,68cm/s

29) Por uma tubulação de PVC de 2,54cm, escoa água (µ = 0,95cP e ρ = 1g/cm3). O
comprimento dessa tubulação é de 50m, sendo a perda de carga unitária de 0,06m/m.
Calcule a vazão em "L/s" e o tipo de regime desse escoamento.
Resp.: Q = 0,5685L/s

30) Um líquido escoa através de uma tubulação de aço comercial a uma taxa de 9,89L/s. O
diâmetro da tubulação é 0,0505m, a viscosidade do líquido é 4,46cP e a massa
específica 801Kg/m3. Calcule a perda de carga por fricção para 36,6m de tubulação.
Resp.: Hf = 17,81m
31) Água a 4,4ºC (ρ = 103 Kg/m3 e µ = 1,55cP) escoa através de uma tubulação horizontal
de aço comercial, tendo um comprimento de 305m e diâmetro igual a 0,0954m. Há
uma perda de carga por fricção de 6,1m. Calcule a velocidade e a vazão volumétrica
de água na tubulação.
Resp.: V = 1,35m/s e Q = 9,65.10−3m3/s

32) Pela tubulação abaixo, calcule a perda de carga total pelo método do coeficiente de
resistência.
Dados:
υágua = 10−6 m2/s; φ1 = 0,30m; φ2 = 0,10m; Q = 35L/s; g = 9,81m/s2
L1 = 2,0m; L2 = 6,0m; L3 = L4 = 2,5m; L5 = L6 = 1,5m; L7 = 1,3m

L1

Redução Gradual
L6
φ1 φ2
Curva de 90º

L2 L7

Cotovelo de 90º L5

RGA

L3 L4
Resp.: HT = 3,341m

33) Dado o trecho de tubulação abaixo, determine a perda de carga total pelo método do
coeficiente de resistência.
Dados: L1 =15m
Fluido = água L2 = 7m

υágua = 10−6m2/s L3 = 2,5m

Vazão = 3,5.10−2m3/s L4 = 2,5m


Tubulação = PVC L5 = 10m
Redução Gradual
10"
Curva 90º

L2
L1 L3
RGA

Cotovelo 90º
4"

L4 L5
Resp.: HT = 4,386m

34) Em uma refinaria de óleo de soja, deseja-se bombear algumas toneladas desse óleo
através de uma tubulação lisa de aço-inox de 450ft de comprimento e 6" de diâmetro
interno. A tubulação contém algumas singularidades tais como: 3 curvas de 90º, um
controlador de vazão e duas válvulas globo. A viscosidade do óleo a 190ºF é 0,37cS.
Calcule a perda de carga total utilizando o método dos coeficientes de resistência.
Dados: g = 32,18ft/s2 ; Qóleo = 46,80ft3/min
Resp.: HT = 8,75ft

35) Em uma experiência no laboratório de Fenômenos de Transportes, foi realizada uma


experiência de perda de carga por fricção ao longo de um tubo de comprimento igual a
5m, através do qual escoa água (dágua = 1,0). Neste comprimento há um tubo
manométrico diferencial contendo mercúrio (dHg = 13,6), que acusa uma deflexão
h = 10cm. Através desses parâmetros, determine:
a) Que a perda de carga por fricção, é função da deflexão e propriedades físicas dos
fluidos;
b) A perda de carga em "m/m".
Resp.: a) H f = h(d Hg − 1) ; b) J = 0,252m/m

36) Em uma fábrica, deseja-se transportar um ácido através de uma tubulação de aço
revestido de chumbo. O ácido é transportado a 25ºC por uma tubulação de 3" (D.I) à
vazão de 350L/min a 450m de distância. Calcule a perda de carga por fricção,
desprezando-se as outras perdas.
Dados: dácido = 1,84 ; µácido = 1cP ; ρágua = 1g/cm3
Resp.: Hf = 9,37m

37) Por uma tubulação horizontal de 50mm de diâmetro interno, flui água com uma
velocidade média de 2m/s. A tubulação está conectada, mediante uma redução, a outra
de 40mm de diâmetro. Dispõe-se de um tubo de vidro vertical em um ponto "A",
30mm antes da conexão e outro em "B". A perda de carga por fricção de "A" até a
conexão é de 3,5cm e desde a conexão até "B" é de 1,1cm. Calcular a diferença entre
os níveis de água "h" nos dois tubos. (Ver figura abaixo).
h

A B

Redução Gradual
Resp.: h = 0,4136

38) Em uma indústria existe um tanque de armazenagem de benzeno, do qual sai uma
tubulação de ferro galvanizado revestido de asfalto de 5in de diâmetro e 1.200m de
comprimento, onde ocorre uma perda de carga por fricção de 25m. Do tanque de
depósito, o fluido escoa a razão de 63Kg/s, com uma viscosidade de 0,702cP.
Desprezando as perdas localizadas, determine a velocidade média do escoamento.
Resp.: V = 1,62m/s

39) Determine a perda de carga total para os dados abaixo, utilizando os métodos: a)
coeficiente de resistência e b) comprimento equivalente.
Dados:
# Diâmetro nominal 4" SCH 40;
# 2 RGA;
# Vazão = 32,84L/s;
# Fator de atrito = 0,016;
# Comprimento da tubulação = 100m.
Resp.: a) HT = 13,11m ; b) HT = 12,97m
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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I

VALORES DOS COMPRIMENTOS EQUIVALENTES PARA PERDAS LOCALIZADAS (Le)


(Expressos em metros de canalização retilínea)
DIÂMETRO Cotovelo Cotovelo Cotovelo Curva Curva Saída de
Cotovelo Curva Entrada Entrada
(D) 90º 90º 90º 90º 90º
mm pol. (Raio Longo) (Raio Médio) (Raio Curto) 45º R/D = 11/2 R/D = 1 45º normal de borda canalização

13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,4
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,5
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7 0,7
32 1 e 1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9 0,9
38 1 e 1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0 1,0
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5 1,5
63 2 e 1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9 1,9
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2 2,2
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2 3,2
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0 4,0
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0 5,0
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 3,5 6,0 6,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5 7,5
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,8 2,2 5,5 9,0 9,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11,0 11,0

CONTINUA →
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DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I

VALORES DOS COMPRIMENTOS EQUIVALENTES PARA PERDAS LOCALIZADAS (Le)


(Expressos em metros de canalização retilínea)
DIÂMETRO Registro Registro Registro Tê Tê Tê Válvula Válvula de Válvula de
(D) de gaveta de globo de ângulo Passagem Saída de Saída de pé e Retenção Retenção
aberto aberto aberto direta Lado Bilateral crivo tipo leve tipo pesado
mm pol.
13 1/2 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 1,1 1,6
19 3/4 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 1,6 2,4
25 1 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 2,1 3,2
32 1 e 1/4 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 2,7 4,0
38 1 e 1/2 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 3,2 4,8
50 2 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 4,2 6,4
63 2 e 1/2 0,4 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 5,2 8,1
75 3 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 6,3 9,7
100 4 0,7 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 6,4 12,9
125 5 0,9 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 10,4 16,1
150 6 1,1 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 12,5 19,3
200 8 1,4 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 16,0 25,0
250 10 1,7 85,0 43,0 5,5 16,0 16,0 65,0 20,0 32,0
300 12 2,1 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 24,0 38,0
350 14 2,4 120,0 80,0 7,3 23,0 22,0 90,0 28,0 45,0

NOTA → Os valores indicados para registros de globo aplicam-se também às torneiras, válvulas para chuveiros e válvulas de descarga.
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DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I

VALORES DOS COEFICIENTES "K" CORESPONDENTES


ÀS DIVERSAS SINGULARIDADES

V2
FÓRMULA DE BORDA → HL = K ⋅
2g

SINGULARIDADES K
Ampliação Gradual 0,30*
Bocais 2,75
Comporta Aberta 1,00
Controlador de vazão 2,50
Cotovelo de 90º 0,90
Cotovelo de 45º 0,40
Crivo 0,75
Curva de 90º 0,40
Curva de 45º 0,20
Curva de 22 1/2º 0,10
Entrada Normal de Canalização 0,50
Entrada de Borda 1,00
Existência de pequena derivação 0,03
Junção 0,40
Medidor Venturi 2,50**
Redução Gradual 0,15*
Registro de Ângulo Aberto 5,00
Registro de Gaveta Aberto 0,20
Registro de Globo Aberto 10,00
Saída de Canalização 1,00
Tê, Passagem Direta 0,80
Tê, Saída de Lado 1,30
Tê, Saída Bilateral 1,80
Válvula de pé 1,75
Válvula de Retenção 2,50
Velocidade 1,00

* Com base na velocidade maior (seção menor).

** Relativa à velocidade na canalização.


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DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I

Tubos normalizados para condução de fluidos: Padrão Schedule


Área de Área de
Diâmetro Diâmetro Padrão Espessura Diâmetro seção seção
nominal do externo Schedule da parede interno transversal transversal
tubo
do metal interna
40⊥ 0,068 0,269 0,072 0,00040
1/8 0,405
80+ 0,095 0,215 0,093 0,00025
40⊥ 0,088 0,364 0,125 0,00072
1/4 0,540
80+ 0,119 0,302 0,157 0,00050
40⊥ 0,091 0,493 0,167 0,00133
3/8 0,675
80+ 0,126 0,423 0,217 0,00098
40⊥ 0,109 0,622 0,250 0,00211
1/2 0,840 80+ 0,147 0,546 0,320 0,00163
160 0,187 0,466 0,384 0,00118
40⊥ 0,113 0,824 0,333 0,00371
3/4 1,050 80+ 0,154 0,742 0,433 0,00300
160 0,218 0,614 0,570 0,00206
40⊥ 0,133 1,049 0,494 0,00600
1 1,315 80+ 0,179 0,957 0,693 0,00499
160 0,250 0,815 0,815 0,00362
40⊥ 0,140 1,380 0,699 0,01040
1 e 1/4 1,660 80+ 0,191 1,278 0,881 0,00891
160 0,250 1,160 1,107 0,00734
40⊥ 0,145 1,610 0,799 0,01414
1 e 1/2 1,900 80+ 0,200 1,500 1,068 0,01225
160 0,281 1,338 1,429 0,00976
40⊥ 0,154 2,067 1,075 0,02330
2 2,375 80+ 0,218 1,939 1,477 0,02050
160 0,343 1,689 2,190 0,01556
40⊥ 0,203 2,469 1,704 0,03322
2 e 1/2 2,875 80+ 0,276 2,323 2,254 0,02942
160 0,375 2,125 2,945 0,02463
40⊥ 0,216 3,068 2,228 0,05130
3 3,500 80+ 0,300 2,900 3,016 0,04587
160 0,437 2,626 4,205 0,03761
40⊥ 0,226 3,548 2,680 0,06870
3 e 1/2 4,000
80+ 0,318 3,364 3,678 0,06170
40⊥ 0,237 4,026 3,173 0,08840
80+ 0,337 3,826 4,407 0,07986
4 4,500
120 0,437 3,626 5,578 0,07170
160 0,531 3,438 6,621 0,06447
↑in
in _____ in in in2 ft2
Unidades →

+ Padrão ASA B36−10


⊥Designa tamanhos padrões antigos CONTINUA

Tubos normalizados para condução de fluidos: Padrão Schedule (continuação)
Área de Área de
Diâmetro Diâmetro Padrão Espessura Diâmetro seção seção
nominal do externo Schedule da parede interno transversal transversal
tubo
do metal interna
40⊥ 0,258 5,047 4,304 0,1390
80+ 0,375 4,813 6,112 0,1263
5 5,563
120 0,500 4,563 7,953 0,1136
160 0,625 4,313 9,696 0,1015
40⊥ 0,280 6,065 5,584 0,2006
80+ 0,432 5,761 8,405 0,1810
6 6,625
120 0,562 5,501 10,71 0,1650
160 0,718 5,189 13,32 0,1469
20 0,250 8,125 6,570 0,3601
30⊥ 0,277 8,071 7,260 0,3553
40⊥ 0,322 7,981 8,396 0,3474
60 0,406 7,813 10,48 0,3329
8 8,625 80+ 0,500 7,625 12,76 0,3171
100 0,593 7,439 14,96 0,3018
120 0,718 7,189 17,84 0,2819
140 0,812 7,001 19,93 0,2673
160 0,906 6,813 21,97 0,2532
20 0,250 10,250 8,24 0,5731
30⊥ 0,307 10,136 10,07 0,5603
40⊥ 0,365 10,020 11,90 0,5475
60+ 0,500 9,750 16,10 0,5185
10 10,75 80 0,593 9,564 18,92 0,4989
100 0,718 9,314 22,63 0,4732
120 0,843 9,064 26,24 0,4481
140 1,000 8,750 30,63 0,4176
160 1,125 8,500 34,02 0,3941
20 0,250 12,250 9,82 0,8185
30⊥ 0,330 12,090 12,87 0,7972
40 0,406 11,938 15,77 0,7773
60 0,562 11,626 21,52 0,7372
12 12,75 80 0,687 11,376 26,03 0,7058
100 0,843 11,064 31,53 0,6677
120 1,000 10,750 36,91 0,6303
140 1,125 10,500 41,08 0,6013
160 1,312 10,126 47,14 0,5592
10 0,250 13,500 10,80 0,9940
20 0,312 13,376 13,42 0,9750
30 0,375 13,250 16,05 0,9575
40 0,437 13,126 18,61 0,9397
14 14 60 0,593 12,814 24,98 0,8956
80 0,750 12,500 31,22 0,8522
100 0,937 12,126 38,45 0,8020
120 1,062 11,876 43,17 0,7693
140 1,250 11,500 50,07 0,7213
160 1,406 11,188 55,63 0,6827
↑in
in _____ in in in2 ft2
Unidades →
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: Célio

VISCOSIDADE − HOEPPLER (PRÁTICA)

1 − CONSIDERAÇÕES GERAIS:
A viscosidade é a propriedade que um fluido apresenta em resistir
ao escoamento, ou seja, à deformação quando forças constantes atuam
sobre o fluido. Como propriedade do fluido a viscosidade depende da
temperatura e da pressão e composição.

1.1 − Viscosidade em função da temperatura:


a) Para gases → a viscosidade de um gás aumenta com a temperatura,
devido as forças de coesão aumentarem com o choque entre as
moléculas.

b) Para líquidos → a viscosidade diminui com o aumento da temperatura,


devido as forças de coesão diminuírem com o aumento da temperatura.

1.2 − Viscosidade em função da pressão:


Para pressões moderadas, a viscosidade é independente da pressão.
Para pressões elevadas, a viscosidade dos gases e da maioria dos líquidos
varia, porém não existem leis bem definidas.

1.3 − Viscosidade em função da composição:


Depende diretamente da massa específica, ou seja, quanto maior a
massa específica maior a viscosidade.
Ex: Melaço e alcatrão são muito viscosos, enquanto que a água e o ar são
pouco viscosos.

2 − VISCOSÍMETRO DE QUEDA DE ESFERA (HOEPPLER):


2.1 − Balanço de massa para partículas esféricas (M.R.U):
As forças atuantes em uma partícula esférica que cai em um fluido
são o seu "Peso" (P), o "Empuxo" (E) e as forças de resistência, também
conhecidas como "Arraste" (D).

1
dv t
D E P − (D + E ) = ∑ F = m
dt

dv
Vt = cte ⇒ =0
dt

P - (D + E) = 0
(I)
P

2.1.1 − Peso da esfera (P):

mp
P = m p .g ⇒ ρp = ∴ m p = Vp .ρ p
Vp

4 π .d 3p π .d 3p
Vp = π .rp3 ou Vp = ∴ mp = × ρp
3 6 6

π .d 3p
P = ρp ⋅ ×g
6 (1)

2.1.2 − Força de empuxo (devida ao fluido):


# Postulado ou Princípio de Arquimedes → Um corpo imerso num
fluido recebe um empuxo numericamente igual ao peso do fluido
deslocado.
m
E = m f .g ⇒ ρf = f ∴ m f = Vf .ρ f
Vf

π .d 3p
π .d 3p E = ρf ⋅ ×g
Vf = Vp ∴ mf = × ρf ⇒ 6 (2)
6

2
2.1.3 − Forças de resistência ou Arraste (D):
As forças de resistência surgem de duas maneiras: resistências de
forma ou sustentação e resistência de fricção ou atrito.
a) Resistência de forma ou sustentação → é baseada na Lei de Newton da
viscosidade.

vt A esfera
FS = A S .µ . ∴ AS =
L 2

4π .rp2 π .d 2p
AS = ou AS =
2 2

dp
L = comprimento característico da esfera = rp =
2
π .d 2p vt FS = π .d p .µ .v t
FS = ×µ× ⇒ (3)
2 dp
2

b) Resistência de fricção → também é baseada na lei de Newton da


viscosidade.

→ Atua em toda a superfície do fluido

vt
Ff = A f .µ . ∴ A f = A esfera
L

A f = 4π .rp2 ∴ A f = π .d 2p

dp
L = rp =
2

vt Ff = 2π .d p .µ .v t
Ff = π .d 2p ⋅ µ ⋅ ∴ (4)
dp
2

3
D = 3π .d p .µ .v t
D = FS + Ff = π .d p .µ .v t + 2π .d p .µ .v t ∴ (5)

2.1.4 − Substituindo (1), (2) e (5) em (I):

ρ pπ .d 3p ρ f π .d 3p d 2p d 2p
⋅ g - 3π .d p µ .v t − ⋅g = 0 ⇒ ρ p ⋅ g -3µ .v t − ρ f ⋅g = 0
6 6 6 6

d 2p d 2p d 2p .g
ρp ⋅g − ρ f ⋅ g = 3µ .v t ⇒ (ρ p − ρ f ) = 3µ.v t
6 6 6

d 2p .g
⋅ (ρ p − ρ f )
2
µ = K⋅
⋅ (ρ p − ρ f )
d .g
µ= p
ou 18v t
18v t

Obs: "K" é o fator de correção para o viscosímetro HOEPPLER. É função


da esfericidade, dos ajustes nas condições físicas, efeito de parede, desvio
na velocidade terminal, etc.

Obs: Para se usar a Lei de Newton da viscosidade tem que se fazer


algumas considerações:
Perfil ser linear;
A esfera ser bem pequena;
Movimento retilíneo uniforme.

4
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES I
PROFESSOR: MARCOS VINÍCIOS PINTO

EXERCÍCIOS DE ANÁLISE DIMENSIONAL

1) A força por unidade de área que um líquido em movimento exerce sobre a parede de
um conduto pode ser determinada pela fórmula empírica:
1

τ = 0,021ρv r 2 3

onde:
ρ → é a massa específica do líquido (lbm/ft3);
v → é a velocidade média do líquido (ft/s);
r → é o quociente da seção reta pelo perímetro molhado - raio hidráulico - (ft)
Modifique essa fórmula para que ela dê resultados para "τ" expressos no sistema SI.
1

Resp.: 0,00141ρv r
2 3

2) Sabendo-se que A, B, C e D são respectivamente homogêneas a um comprimento, a


um trabalho, a uma força e a uma área, verificar se a equação:
1
1 (B ⋅ C ) 2
A= ⋅ 3
3 −
D 4
é homogênea. Tem-se que a constante é expressa por "1/N.m".
Resp.: Sim

3) Determine que a vazão "Q", através de um tubo capilar horizontal, depende da queda
de pressão por unidade de comprimento "∆P/L", do diâmetro do capilar "d" e da
viscosidade absoluta do fluido "µ".
∆P d 4
Resp.: Q = K ⋅ ⋅
L µ

4) Um vertedor triangular é uma placa com um entalhe de ângulo de abertura "φ",na sua
parte superior, colocada transversalmente num canal. O líquido no canal é retido e
obrigado a escoar pelo entalhe. A vazão "Q" é uma certa função de cota "H" da
superfície livre a montante do vertedor, medida a partir do fundo do entalhe. Além
disso a vazão depende da aceleração da gravidade "g" e da velocidade "v0" de
aproximação ao vertedor. Determinar a forma da equação que fornece a vazão, sendo
"g" e "H" as grandezas da base.
Q v0
Resp.: π 1 = 5
; π2 = ; π3 =φ
g ⋅H 2 gH
5) Por análise dimensional, expresse a vazão mássica "Qm" através de um tubo circular
em termos do raio "R" do cilindro, da velocidade média "v" e da massa específica "ρ"
no fluido, sendo:
(P0 − PL )R 2
K =π e v=
8 µL
π ( P0 − PL )R 4
Resp.: Qm = ⋅ρ
8 µL

6) A força de atração entre dois pontos materiais "m1" e "m2", segundo a Lei de Newton,
tem por expressão:
m1m2
F=K
r2
sendo "r" a distância entre ambos os pontos. Encontre a dimensão da constante nos
sistemas [FLT] e [MLT], respectivamente.
−1 4 −4
Resp.: K = F L T e K = M −1 L3T −2

7) O aumento de pressão através de uma bomba "∆P" pode considerar-se afetado pela
densidade do fluido "ρ", a velocidade angular "ϖ", o diâmetro do motor "D", a rapidez
do fluxo volumétrico "Q" e a viscosidade do fluido "µ". Encontre os grupos
adimensionais adequados, escolhendo-os de tal maneira que "∆P", "Q" e "µ"
apareçam, cada um, somente em um parâmetro adimensional.
∆P Q µ
Resp.: π 1 = ; π2 = e π3 =
ρD 2ϖ 2 ϖD 3 ρϖD 2

8) A potência de uma hélice de avião depende do raio da hélice, da velocidade angular e


massa específica do ar. Determine no sistema [MLT] uma expressão para essa
dependência.
Resp.: P = K ⋅ r ϖ ρ
5 3

9) A seguinte equação representa a variação que ocorre na concentração em um tanque


agitado contendo etanol, com uma concentração "C0"(Kg/m3), ao qual é adicionada
água pura à vazão constante. Qual é a dimensão de "K" de acordo com a expressão:
⎛ Qt ⎞
C = KC0 EXP⎜ − ⎟
⎝ V ⎠
onde:
C → concentração em massa por unidade de volume;
Q → vazão de alimentação d'água no tanque;
V → volume do tanque;
T → tempo;
K → constante experimental do sistema.
Resp.: Adimensional
10) Defini-se uma grandeza hipotética "X", como sendo o produto da força e tempo,
dividido pelo volume. Apresente a equação dessa grandeza "X" no sistema [MLT] e
diga de quantas unidades C.G.S desta grandeza correspondem a uma unidade SI da
mesma.
−2 −1 1
Resp.: ML T ; de unidades
10
11) Em 1890 Robert Manning, um engenheiro irlandês, propôs a seguinte fórmula
empírica para o cálculo da velocidade média em um canal aberto sob ação da
gravidade em um escoamento uniforme (em unidades inglesas):
2 1
1,49 3 2
v= ⋅R ⋅S
n
onde:
R → raio hidráulico do canal;
S → inclinação do canal;
n → fator de rugosidade de Manning.
"n" é uma constante para uma dada condição de superfície das paredes e base do canal.
Pergunta-se:
a) A fórmula de Manning é dimensionalmente consistente?
b) Tal fórmula é comumente usada para fornecer resultados em unidades inglesas, com
"n" tomado como um parâmetro adimensional. Rescreva-a em unidades SI.
2 1
1
Resp.: b) v = ⋅ R 3 ⋅ S 2
n
12) Determinar a pressão dinâmica exercida pelo escoamento de um fluido incompressível
sobre um objeto imerso, considerando-se que a pressão "P" é função da massa
específica "ρ" e da velocidade "v" do fluido.
Resp.: P = K ⋅ ρv
2

13) No escoamento laminar, a tensão cisalhante "τ" é considerada uma função da forma:
τ = τ (µ , dv, dy )
onde:
µ → viscosidade absoluta ou dinâmica do fluido;
dv → gradiente de velocidade;
dy → distância entre duas placas horizontais onde o fluido escoa.
Determine a forma de "τ", utilizando o teorema de Bridman no sistema [MLT] e no
sistema [FLT].
dv
Resp.: τ = K ⋅ µ , para ambos os sistemas
dy

14) A densidade de um fluido pode ser expressa pela fórmula empírica:


ρ = (a + bT ) ⋅ e cP
onde:
ρ → é expressa em g/cm3;
T → é expressa em ºC;
P → é expressa em atm.
Determine as dimensões e as unidades das constantes "a", "b" e "c", para que a equação
acima seja dimensionalmente homogênea.
[ −3
]( ) [
−1 −3
](
−1
Resp.: a = ML g / cm ; b = θ ML º C ⋅ g / cm ; c = M LT
3 3
) [−1 −2
](
atm −1 )
15) Para um fluido ideal, expressar a vazão volumétrica, através de um orifício, em termos
do diâmetro do orifício, da diferença de pressão e de sua massa específica.
∆P
Resp.: Q = K ⋅ D
2
ρ

16) O número de Reynolds, definido abaixo, é um parâmetro encontrado em problemas de


quantidade de movimento para caracterizar o tipo de escoamento de fluidos:
Dvρ
Re =
µ
sendo:
D → comprimento característico
v → velocidade característica
ρ e µ → massa específica e viscosidade absoluta do fluido respectivamente.
Demonstre que "Re" é um parâmetro adimensional.

17) Um aluno de Fenômenos de Transportes, precisa definir uma equação para a pressão
"P" que um líquido ao escoar exerce sobre um sólido imerso. Ele considerou que a
pressão depende da massa específica "ρ", da viscosidade dinâmica "µ" do fluido e da
velocidade de escoamento "v". determine a expressão para essa dependência e diga se
o aluno está correto ou não em adotar as três variáveis do fenômeno.
Resp.: P = K ⋅ ρv
2
; não

18) Determinar a dimensão da grandeza "X" na equação abaixo, definida como segue:
W ⋅t
X=
e2 ⋅ P
onde:
W → trabalho;
e → comprimento;
t → tempo;
P → pressão.
Resp.: X = [LT ]

19) Mostrar que a energia cinética de uma partícula é expressa em termos da massa e
velocidade dessa partícula.
Resp.: Ec = K ⋅ mv
2

20) Um método para determinação da velocidade de escoamento em condutos é através do


conhecimento da vazão volumétrica, área de seção transversal do duto e viscosidade
do fluido. Utilizando o conceito do teorema de Bridman, determine a equação que
descreva o fenômeno, utilizando o sistema [MLT].
Q
Resp.: v = K ⋅
A

21) Em um duto de comprimento "L", escoa um fluido de viscosidade absoluta "µ" e


massa específica "ρ". Demonstre, através do teorema de Bridman, uma equação para a
velocidade de escoamento.
−1 −1
Resp.: v = KµL ρ

22) A energia "E" e a massa "m" são relacionadas pela equação E = mc2, onde "c" é a
velocidade da luz. Verificar se esta equação é dimensionalmente homogênea.
Resp.: Sim

23) Verificar se é dimensionalmente homogênea a equação do movimento uniformemente


variado:
1
e = e0 + v 0 t + at 2
2
onde "1/2" é adimensional. Analisar o caso particular para e = 6t − 4t + 15 .
2

Resp.: A equação é homogênea. No caso particular os números "+6", "−4" e "+15" não
são simples fatores sem dimensão.

24) Considerando a potência "P", fornecida por uma bomba, como função do peso
específico "γ" do fluido, da vazão volumétrica "Q" e da altura "H". Estabelecer uma
equação através de análise dimensional.
Resp.: P = K ⋅ γQH

25) A potência "P" que é necessária para fazer funcionar um compressor, varia de acordo
com o diâmetro "D", sua velocidade angular "ϖ", a vazão volumétrica "Q", a massa
específica "ρ" e a viscosidade do fluido "µ". Encontre uma relação entre essas
variáveis através da análise dimensional na qual apareçam a viscosidade e a
velocidade angular, cada uma, somente em um grupo adimensional.
D4P ϖD 3 Dµ
Resp.: π 1 = 3 ; π2 = ; π3 =
Q ρ Q Qρ

26) Num processo de galvanização, a velocidade com que os íons se movem em situações
eletrolíticas diluídas para o eletrodo em forma de disco é função da velocidade de
difusão de massa dos íons. O processo depende do controle das variáveis abaixo.
Obtenha os grupos adimensionais para estas variáveis, onde "K", "µ" e "D" estejam
em grupos separados.
onde:
K → é o coeficiente de transferência de massa (m/s);
D → é o coeficiente de difusão (m2/s);
d → é o diâmetro do disco (m);
ϖ → é a velocidade angular (s−1);
ρ → é a massa específica (Kg/m3);
µ → é a viscosidade (Kg/m.s).
K µ D
Resp.: π 1 = ; π2 = ; π3 =
dϖ ϖ .d 2 ρ d 2ϖ

27) Um fluido está passando sobre um corpo sólido. A força "F" exercida sobre o corpo é
função da velocidade do fluido "v", da massa específica do fluido "ρ", da viscosidade
do fluido "µ" e de uma dimensão do corpo "L". Por análise dimensional, obter os
grupos adimensionais formados pelas variáveis dadas. Faça com que "µ" esteja em
uma única equação.
µ F
Resp.: π 1 = ; π2 =
vLρ v 2 L2 ρ

28) A perda de carga por unidade de comprimento "∆H/L" no escoamento, em regime


turbulento, num conduto liso, depende da velocidade "v", do diâmetro "D", da
aceleração da gravidade "g", da viscosidade dinâmica "µ" e da massa específica "ρ".
Determinar, com o auxílio da análise dimensional, os grupos adimensionais formados
pelas variáveis mencionadas. Faça com que "v", "D" e "ρ" sejam as variáveis da base.
µ gD ∆H
Resp.: π 1 = ; π2 = ; π3 =
vDρ v2 L

29) Para medir a vazão em peso "G" de um gás através de um orifício, adota-se a fórmula:
α .ε .π .D 2
G= ⋅ 2.g.γ .∆P ; onde G = γ .Q
4
sendo:
α → coeficiente de vazão (adimensional);
ε → coeficiente de compressibilidade (adimensional);
D → diâmetro do orifício
G → aceleração da gravidade;
γ → peso específico do gás no orifício;
∆P → diferença de pressão;
Q → vazão volumétrica.
Verifique se esta fórmula é dimensionalmente homogênea.
Resp.: Sim

30) A análise dimensional é usada para correlacionar dados sobre tamanhos de bolhas com
as propriedades do líquido, quando bolhas de gás são formadas por um insuflamento
de gás a partir de um pequeno orifício abaixo da superfície do líquido. Assumir que as
variáveis significantes são: o diâmetro da bolha "D", o diâmetro do orifício "d", a
massa específica do líquido "ρ", a tensão superficial "τ", a viscosidade absoluta do
líquido "µ" e a aceleração da gravidade "g". Encontre os parâmetros adimensionais,
sabendo-se que "d", "ρ" e "g" como variáveis repetidas.
D τ µ
Resp.: π 1 = ; π2 = ; π3 =
d ρ .g .d 1 3
ρ .g .d
2 2

31) Na transferência de massa para convecção forçada as variáveis pertinentes são: a


massa específica "ρ" (g/cm3), o comprimento característico "L" (cm), a difusividade
mássica "DAB" (cm2/s), a viscosidade absoluta "µ" (g/cm.s), a velocidade "v∞" (cm/s)e
do coeficiente de transferência de massa convectivo "Kc" (cm/s). Determine os grupos
adimensionais sendo que "µ", "v∞" e "Kc" devem aparecer, cada um, somente em uma
equação.
µ v∞ L KC L
Resp.: π 1 = ; π2 = ; π3 =
D AB ρ D AB D AB

32) Um observador olhando a ação de um pêndulo simples observa que seu período de
vibração "τ" depende do comprimento "L" do pêndulo, de sua massa "m" e da
aceleração da gravidade "g". Determine, pelo teorema dos "π's" seu período em função
dessas variáveis.
L
Resp.: τ = π1
g

33) Estabeleça a equação para a velocidade "v" de um corpo que cai livremente de uma
altura "h" a partir do repouso. A velocidade dependerá da aceleração da gravidade "g"
e da altura "h".
Resp.: v = K g.h

34) Aplicando o teorema de Buckingham, obtenha o número admensional N1, que


relaciona as seguintes grandezas: Tensão superficial “σ” (Kg/m2), massa específica
“ρ” (Kg/m3) e viscosidade dinâmica “µ” (Kg/m.s) do fluido, além da aceleração da
gravidade “g” (m/s2). Confirme o resultado através do princípio da homogeneidade
dimensional.
Resp.:

35) Em uma experiência de Fenômenos de transportes, um tanque de água, com diâmetro


"D" é drenado a partir do seu nível inicial "h0". O orifício de drenagem, perfeitamente
arredondado e de bordas muito lisas, tem um diâmetro "d". Admita que a vazão em
massa de saída do tanque é uma função de "h0", "D", "d", "g", "ρ" e "µ", onde "g" é a
aceleração da gravidade e "ρ" e "µ" são propriedades do fluido. As variáveis devem
ser correlacionadas de forma admensional, empregando-se o teorema de Buckingham.
Determine:
a) O número de grupamentos adimensionais resultantes;
b) O grupamento admensional que contém a viscosidade dinâmica; para tal, "d", deve ser
considerada uma variável de base.
Resp.:

36) Em uma coluna de spray para transferência de massa, um líquido é aspergido dentro
de uma corrente de ar, e a massa é trocada entre o líquido e a fase gás. A massa das
gotas formadas no tubo do spray é considerada como função do diâmetro do tubo "D",
da aceleração da gravidade "g", da tensão superficial do líquido contra o gás "σ", da
densidade "ρL", da viscosidade dinâmica "µL" e da velocidade "vL" do líquido,
viscosidade dinâmica "µG" e densidade média "ρG" do gás. Arranje estas variáveis em
grupos adimensionais. Considere "ρL", "µL" e "D" como variáveis repetidas.
Resp.:
m ρ L2 D 3 g ρ L Dσ ρLvLD µG ρG
π1 = ; π = ; π = ; π = ; π = ; π =
ρ L D3 µ L2 µ L2 µL µL ρL
2 3 4 5 6

37) coeficiente de transferência de calor "h" foi encontrado dependendo da velocidade "v",
massa específica "ρ", da capacidade calorífica "Cp", viscosidade "µ", condutividade
térmica "K" e diâmetro "d" num experimento específico. Determine os números
adimensionais, de modo que "h", "Cp" e "v", apareçam cada uma somente uma vez
num grupo. Sabendo-se que : Nu = h.d/K ; Pr = Cp.µ / K ; Re = ρ.v.d / µ
Resp.:

38) Verifica-se por experimentos que ∆P = f ( d, L, v, ρ, µ ) onde: ∆P = diferença de


pressão, d = diâmetro do tubo, L = comprimento do tubo, v = velocidade do fluido,
ρ = massa específica do fluido, µ = viscosidade do fluido. Encontre os grupos
adimensionais de forma que "L" apareça em um só grupo.
⎛ 1 µ ∆P ⎞
Resp.: π ⎜⎜ ; ; 2 ⎟⎟ = 0
⎝ d vdρ ρv ⎠

39) A taxa à qual íons metálicos são depositados em um eletrodo rotativo é governada pela
difusão de íons da solução ao eletrodo. O processo parece ser controlado pelas
variáveis:
K ( coeficiente de transporte de massa) → [ L/T];
D (coeficiente de difusão) → [ L2/T];
d (diâmetro do disco) → [L];
a (velocidade angular do eletrodo) → [T –1];
ρ ( massa específica) → [M /L3];
µ (viscosidade dinâmica) → [M/LT];
Obtenha um conjunto de grupos adimensionais, de forma que "K", "µ" e "D"
apareçam em grupos separados.
⎛ K D µ ⎞
Resp.: π ⎜⎜ ; 2 ; 2 ⎟⎟ = 0
⎝ d .a d a d aρ ⎠
40) As variáveis necessárias para descrever um problema de transferência de calor são: o
comprimento característico "L", a velocidade "v", a densidade absoluta "ρ", o
incremento de temperatura "∆T", o coeficiente de expansão volumétrica "β", a
aceleração da gravidade "g", a viscosidade dinâmica "µ", a condutividade térmica "K",
o coeficiente de transferência de calor "h" e o calor específico "Cp". Determine um
conjunto de parâmetros adimensionais aplicando o Teorema de Buckingham.
⎛ K .∆T ρLv 3 β µ gL hL ρLvC P ⎞
Resp.: π ⎜⎜ ; ; ; 2; ; ⎟⎟ = 0
⎝ ρLv
3
K ρL v v K K ⎠

41) Para um líquido ideal (µ = 0), expressar a vazão volumétrica "Q", através de um
orifício, em termos de massa específica "ρ" do líquido, do diâmetro do orifício "D", e
da diferença de pressão "∆P".
1
⎛ ∆P ⎞ 2
Resp.: Q = KD ⎜⎜ ⎟⎟
2

⎝ ρ ⎠

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