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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

Curso: Engenharia mecânica e mecânica automotiva.


Disciplina: Manutenção e Lubrificação

1. Confiabilidade

Probabilidade de que um item ou uma máquina funcione em condições


esperadas durante um determinado período de tempo ou de, ainda, estar em
condições de trabalho após um determinado período de funcionamento.

Esta definição indica explicitamente quatro aspectos importantes:

 Sua natureza probabilística;


 Sua dependência temporal;
 A necessidade do estabelecimento do que constitui funcionar corretamente;
 A necessidade da especificação das condições de operação (esperadas) do
equipamento.

A utilização deste conceito implica o reconhecimento explícito de que é


impossível projetar-se um sistema totalmente a prova de falha, mas que sua
probabilidade de falha possa ser tornada tão pequena quanto se queria.
O atributo confiabilidade refere-se à probabilidade acumulada de que o
equipamento não sofra uma falha desde um tempo t 0 até o tempo de duração de
sua missão.
Percebe-se claramente, então, que a capacidade de se reparar o
equipamento e colocá-lo em funcionamento não tem influência sobre a
confiabilidade.
Exemplo: Suponha-se que a confiabilidade de um particular componente envolva a
probabilidade de que um em cada 500.000 desses itens possa falhar a cada hora.
Pode-se concluir que um sistema utilizando 100.000 desses componentes falharia
um vez a cada 5 horas.

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2. Mantenabilidade

É uma característica da engenharia de projeto que, quando considerada,


contribui para uma rápida e fácil manutenção, com menor do custo de ciclo de vida
do equipamento.

3. Taxa de Falhas (λ)

Suponhamos uma amostra com “n” itens em um teste de vida e que num
dado instante “t” um número “r” (r ≤ n) de unidades tenha falhado.

O termo acumulado de observação é:

T  t1  t 2  t 3  t 4    t r   n  r  t

Onde: t1 é o instante de ocorrência da primeira falha;


tr é o instante de ocorrência da r-ésima falha.

Se o experimento for com reposição, r pode ser maior que n, dependendo


do tempo de observação. Neste caso: T  n.t

r

t

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4. Tempo Médio Entre Falhas (MTBF)1

Tempo médio entre falhas sucessivas de um componente reparável.

T
MTBF 
r
ou,

1
MTBF 

Deve-se ter cuidado quando utilizar a segunda equação, pois a taxa de


falhas (λ) é um valor estimado, e o MTBF é um valor observado.

4.1. Tempo Médio para Falha (MTTF)

Utilizado para componentes não reparáveis.

T
MTTF 
r

Neste caso:
1
MTTF 

1
Para veículos é, comumente, utilizado o índice MKBF – quilometragem média entre falhas.

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ti = tempo até a falha
Tpi = tempo da i-ésima parada

t i
MTBF  i 1

Obs.: A taxa de falha pode ser expressa na unidade (tempo) -1 como percentagem
de 1.000 horas.
Ex.: 7,80 x 10-6 h-1 ou 0,78% por 1.000 horas

5. Disponibilidade, Tempo de Parada e Tempo de Reparo

Tf
D
Tt

Onde: D é a disponibilidade do equipamento, adimensional


Tf é o tempo de funcionamento ou tempo disponível para operação, em h
Tt é o tempo total, em h

Tf
D
Tf  Tp

Onde: Tp é o tempo de parada, em h

ti
D
ti  tpi

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Onde: ti é a média dos t i, em h
tpi é a média dos tp i, em h

MTBF
D
MTBF  MDT

Onde: MDT é o tempo médio inativo (mean down time), em h

6. Equações de Weibull

As equações de Weibull foram desenvolvidas a partir de estudos sobre


resistência de aços e estudos sobre tração em correntes construídas com estes
materiais.

  t  t0   
P t   exp  
  

Onde: P(t) é a probabilidade de falha em função do tempo;


t é o tempo transcorrido (tempo de vida do componente);
β é o fator de forma (influencia o comportamento da equação);
η é a vida característica (tempo para numa amostra considerável ocorra
67% das falhas;

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t0 é a vida mínima (valor mais provável de tempo de vida ou até que ocorra
a primeira falha.

Taxa de falhas:

  t  t0  
 1

t   
   

Função densidade de probabilidade de falha

Distribuição acumulada de falhas até um certo instante

  t  t    
f  t   1  exp  0
 
   

6.1. Valores do Fator de Forma (β)

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Na teoria β pode assumir valores de 0 até valores infinitos positivos. Na prática β
varia de 0,2 até 10

Quanto maior o valor de β, mais rápida a falha total.

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Curva da banheira

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6.2. Estudo do Fator de Forma (β)

6.3. O Fator de Forma (β) e a Política de Substituição de Equipamentos e


Componentes

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Portanto, se β ≤ 1, não existe política ótima de substituição de componentes
em função da idade.

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