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7. Nós continuamos a falar neste domingo do papa João XXIII, que foi o papa que convocou o
Concílio Vaticano II que neste ano faz 50 anos do seu início.
Na semana passada nós paramos afirmando que ele, na condição de bispo trabalhou na França
como núncio apostólico. Como foi sua atuação na França?
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Ocupa-se, claro, de questões da Igreja da França, relação política da Igreja com o Estado
francês. Ocupa-se de prisioneiros alemães, visita toda a França e ao fim de 1952, é criado
cardeal e assume o Patriarcado de Veneza.
9. Na semana passada, falamos que depois da morte do papa Pio XII, o patriarca Roncalli foi
eleito papa, isso no ano 1958. Como era a personalidade deste grande homem?
É uma personalidade forte e suave ao memso tempo, sincera, humilde, afavel, aberta, serena,
pacifica, otimista.
Comportava-se como um verdadeiro pai.
Tinha a capacidade de humanizar tudo e tinha palavras de esperança.
Era um que se deixava abandonar em Deus com muita confiança.
Ao memso tempo que tinha confiança em Deus era misericordioso com os homens.
Era também um homem pasciente...uma pasciência que não era sinônimo de suportação, mas de
quem sabia esperar em Deus.
Tinha uma natureza boa e tranquila.
Desde a infância era um homem de oração.
10. Quais eram os objetivos do papa João XXIII quando assumiu o pontificado em 1958?
Na mente do papa estavam quatro objetivos: o concílio, o sínodo romano, a revisão do código
de direito canônico e a publicação do Código de Direito Oriental.
Mas ele também tinha em mente que seu pontificado deveria promover no mundo a paz, a
verdade e a unidade. Esses tres temas resultaram na sua primeira encíclica: Ad Petri cathedram,
de 29 de junho de 1959. Mas gostaria de salientar que estes temas não são somente de João
XXIII. De Bento XIV em diante: a paz, a verdade e a unidade estão presentes no programa de
pontificado de todos os papas.
11. São sem dúvida temas inportantes para o mundo. Sobre a verdade, por exemplo, o que o
papa ensinava?
Ele falava muito sobre os meios de comunicação:
Ele diazia que muitas vezes estes meios eram instrumento de falsidade, de mentiras e erros.
Dizia que os meios de comunicação prejudicavam, sobretudo, os jovens. Mas que estes meios
poderiam estar a serviço da verdade e dos bons costumes para que o homem se tornasse
instrumento de bem.
Ele dizia que a verdade leva a vida eterna. Ele afirmava que a vida presente prepara a vida
imortal...
12. Por causa da idade avançada, João XXIII foi nomeado como papa de transiçaõ, mas ele não
se comportou em nunhum momento dessa forma. É verdade isso?
Sim, é verdade. O papa desmentiu esta previsão e desde os seus primeiros dias de pontificado,
fez entender que não seria inoperoso.
Ele tomou o controle da igreja nas mãos para fazê-la caminhar pra frente. De inicio procurou
preencher os buracos na cúria romana deixados nos ultimos anos do pontificdo de Pio XII,
convocou um consistório para criar novos cardeias, que durante o pontificado de Pio XII tinha
chegado a um numero mínimo no consistório de 15 de dezembro de 1958 criou 23 cardeais.
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Foi no pontificado de João XXIII que pela primeira vez um africano (Rigambwa), um japonês
(Doi) e um filipino (Santos) fizeram parte do colégio cardinalício.
14. O papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II. Mas hoje vamos conversar sobre
Concílio de forma geral para que quando iniciaiarmos a falar do CVII, o nosso querido ouvinte
já tenha um conhecimento bem amplo sobre o assunto.
O que é na verdade, padre Jurandí é um concílio?
Concílio em sentido próprio: união, concórdia, harmonia.
Concílio em sentido translado: um conjunto de pessoas reunidas por motivos diversos: diversão
(circos), assembleia de pessoas para tratar de assuntos comuns.
18. Há algumas semanas nós iniciamos a falar do papa João XXIII, pelo motivo dos 50 anos de
convocação do concílio Vaticano II. Já falamos de maneira geral o que é um concílio, já citamos
alguns concílios e hoje nosso programa começa a dar informações mais precisas sobre o
concilio Vaticano II.
A ideia da convocação de um concílio naquele período foi de João XXIII ou algum papa antes
dele tinha pensado num concilio?
Resposta: o concilio vaticano II é um evento grandioso, por isso o papa João XXIII ocupará
sempre um lugar especial entre os papas na história dos papas e da igreja.
Do concilio Vaticano II João XXIIII é o idealizador e realizador.
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Mas sua pergunta é... e a resposta a essa pergunta é que a ideia de oportunidade para um
concilio já tinha passado na mente de Pio XII. Mas não foi realizado. Ficou nos sonhos e na
utopia.
Dos cardeais que tinham participado do conclave onde João XXIII foi eleito papa, nenhum
pensou que o concilio poderia se realizar no seu pontificado.
Desta forma o anúncio de um concilio feito na basílica de São Paulo fora dos muros, no dia 25
de janeiro de 1959 pegou todos de surpresa. “foi como um efeito de fanfarra dentro da igreja, e
mais ainda fora dela” (Jedin).
19. Para o concilio Vaticano II foram convidados também cristãos não católicos?
No pensamento do papa o concílio deveria ser ecumênico no sentido pleno da palavra: portanto
com a participação de todos os cristãos: ortodoxos e protestantes.
Foi feito o convite para que as igrejas separadas enviassem observadores oficiais ao concílio.
O convite encontrou melhor ressonância entre os protestantes que no meio dos ortodoxos, mas
depois que o patriarca de Moscou enviou dois representantes oficiais, seu exemplo foi seguido
por outros patriarcas.
22. Nós continuamos a falar sobre o papa João XXIII e o concílio Vaticano II, convocado por
ele há 50 anos.
O papa convocou o concílio. Sabia porque o convocava. Mas ele tinha um programa, uma forma
de desenvolver o concílio?
O papa tinha convocado o concílio por uma inspiração divina, mas não tinha um verdadeiro e
próprio programa conciliar, porém, ao mesmo tempo, graças a sua confiança na Providência
Divina, estava disposto a deixar-se guiar pela voz do Espírito Santo, adaptando-se ao querer de
Deus. Isso ele conseguia através do querer da voz da Igreja...Para termos uma ideia do que
pensava o papa e do que queria Deus para a Igreja:
O papa pensou que o concílio se desenvolveria completamente em 3 meses, mas bem cedo
entendeu que aquilo não era possível.
23. Como foi iniciada a preparação do concílio Vaticano II?
A preparação verdadeira e própria do concílio Vaticano II, teve início com a exortação feita pelo
papa a todos os bispos, superiores de ordens religiosas, universidades e faculdades católicas de
enviarem propostas do que deveria ser discutido no concílio.
24. O que o mundo eclesial respondeu ao papa?
Chegaram 2.812 respostas...uma vez concluída a seleção do material, o motu próprio “Supremo
Dei nutu” - Deus alto, de 5 de junho 1960 deu partida ao passo seguinte que era a preparação 10
comissões conciliares, a comissão central e um secretariado pela unidade para a unidade dos
cristãos presidido pelo cardeal Agostino Bea.
25. Padre o concílio foi da Igreja no mundo todo, então tinha muitos bispos e padres. Sabem-se
quantos eles eram?
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Total- 2. 540.
1060 europeus dos quais tinham;
423 Italianos
144 franceses
87 Espanhóis
59 Poloneses
29 Portugueses
408 Asiáticos
351Africanos
74 Oceânia
416 Da América do Norte
620 Da América Latina
1. etapa
Em 11 de outubro de 1962 – abertura da 1ª sessão: Discurso de João XXIII.
Em 20 de outubro de 1962 – mensagem ao mundo dos padres no Concílio.
Em 16 a 21de novembro de 1962 – a maioria dos padres recusa o esquema sobre “as
fontes da Revelação”.
Em 8 de dezembro de 1962 – encerramento da 1ª sessão.
Em 3 de junho de 19663 – morte do papa João XXIII.
Em 21 de Junho de 1963 – eleição do cardeal João Batista Montini que adota o nome de
Paulo VI.
2 etapa
Em 29 de setembro de 1963 – abertura da segunda sessão.
De 15 a 30 de outubro de 1963 – modificação estrutural sobre a Igreja.
Em 4 de dezembro de 1963 – Promulgação da Constituição sobre a Liturgia (
Sacrosanctum Concilium) e do Decreto sobre os Meios de Comunicação Social (Inter
Mirífica).
Em 4 de dezembro de 1963 – encerramento da segunda sessão.
3.Etapa
4. Em 14 de novembro de 1964 – abertura da terceira sessão.
5. Em 19 de novembro de 1964 – votação global dos oito capítulos da Constituição sobre a
Igreja.
6. Em 21 de novembro de 1964 – promulgação da Constituição Dogmática Lumen
Gentium sobre a Igreja. Decreto sobre o Ecumenismo (Unitatis Redintegratio) e as
Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Discurso de Paulo VI proclamando Maria,
Mãe da Igreja e encerramento da terceira sessão.
4. etapa
Em 14 de setembro de 1965 – abertura da quarta e última sessão.
Em 28 de outubro de 1965 – promulgação dos Decretos (Christus Dominus), (Perfectae
Caritatis), (Optatam Totius); das Declarações (Gravissimum Educationis) e (Nostra
Aetate).
Em 18 de novembro de 1965 – Promulgação da Constituição ( Dei Verbum) e do
Decreto (Apostolicam Actuositatem).
Em 7 de dezembro de 1965 – Promulgação da Constituição pastoral (Gaudium et
Spes), dos Decretos (Ad Gentes), (Presbyterorum Ordinis), e da Declaração (Dignitatis
Humanae).
Em 8 de dezembro de 1965 – Encerramento do 21º Concílio Ecumênico pelo papa
Paulo VI.
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30. Cada concílio que a Igreja celebrou, dele saíram documentos que norteavam a Igreja a partir
dali. Quais os documentos resultantes do Concílio Vaticano II?
O Concílio promulgou:
Quatro Constituições;
Nove Decretos;
Três Declarações;
“a Igreja [...] caminha com toda a humanidade e experimenta juntamente com o mundo a
mesma sorte terrena” (GS, 40), “não está vinculada a nenhuma forma particular de
civilização humana ou sistema político, econômico e social” (GS, 42). A Igreja, continua a
Gaudium et Spes, “não põe a sua esperança nos privilégios que lhe oferecem a autoridade
civil. Pelo contrário, renunciará ao exercício de certos direitos legitimamente adquiridos,
quando se demonstrar que o uso deles poderá fazer duvidar da sinceridade de seu
testemunho ou que novas exigências exigirão novas disposições”
33. Um dos decretos foi Unitatis redintecratio. Do que fala esse decreto?
UNITATIS REDINTECRATIO- decreto sobre o Ecumenismo.
Relações entre os irmãos separados e a Igreja católica
União na oração
A confissão de Cristo
Conhecimento mútuo
A Declaração Dignitatis Humanae, sobre a Liberdade Religiosa, “propõe-se declarar quanto são
conformes à verdade e à justiça” (n. 1533) e “desenvolver a doutrina dos últimos Sumos
Pontífices sobre os direitos invioláveis da pessoa humana e sobre a ordenação jurídica da
sociedade” (n. 1535).
A Liberdade Religiosa em sentido genérico no n. 1536 diz que o Vaticano II, declara que a
pessoa humana tem direito à Liberdade Religiosa.