Prédio da UFRN espera há quase três anos por elevador
Situação compromete a acessibilidade para alunos e professores com
deficiência ou mobilidade reduzida
Por Mateus Carvalho de Medeiros
Inaugurado há três anos, o prédio do Departamento de Comunicação Social da
UFRN (Decom), que conta com quatro pavimentos, incluindo o térreo, ainda espera pela instalação de um elevador. A demora dificulta o uso do edifício por docentes e estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida.
A construção, resultado da ampliação dos Laboratórios de Comunicação, foi
aberta ao público em 2015, mesmo ano de aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência. No entanto, ainda hoje apresenta problemas quanto a acessibilidade.
Segundo o Chefe do Departamento de Comunicação Social, Ronaldo Mendes
Neves, o equipamento, que estava previsto no projeto inicial, inclusive com adaptações, ainda não foi instalado por problemas institucionais. “A UFRN tem hoje, se não me engano, 21 elevadores para serem instalados em toda a universidade”, contou o professor, repassando a responsabilidade para a instituição.
De acordo com Neves, atualmente, os estudantes e docentes, que se
enquadram nessas condições, têm de requerer a coordenação que altere o local de aula para poderem frequentar as disciplinas. “Todo aluno ou professor que apresenta necessidade, as aulas são direcionadas para as salas do térreo. O aluno ou professor se manifesta e a gente atende.”
O professor ainda reforçou que os elevadores já estão para serem comprados e
devem ser instalados ainda esse ano, mas que a mesma promessa já tinha sido feita pela universidade em 2017. “Estamos de mãos atadas.”
Em 16 de fevereiro, a UFRN instalou a Comissão de Acessibilidade. A comissão
trabalhará a questão buscando tornar a universidade um lugar mais acessível, tendo em vista a cresceste entrada de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida na instituição. A notícia anima a comunidade acadêmica e pode ser um caminho para o andamento da questão da acessibilidade no campus universitário.
Parte do projeto arquitetônico no qual constava o elevador. (Fonte:
http://www.cchla.ufrn.br/reuni/DECOM-PR.02.pdf)
Local onde deveria estar instalado o elevador. (Foto: Mateus Medeiros)