é possivelmente o conhecimento humano. Como, porém, o homem adquire conhecimento e o faz cres- cer? De que modo, especialmente, age .a ciência para progredir, subs- tituindo teorias antigas por outras novas e melhores, em incessante procura no rumo da verdade? No passado, e até recentemente, a teoria do conhecimento humano tem sido principalmente subjetivis- ta. Mesmo o conhecimento cientí- fico vinha sendo encarado como um tipo especial de crença humana, um tipo, aliás, muito bem alicerça- do. Karl Popper rompe com esta secular tradição, que pode ser data- da de Aristóteles. Sendo realista e falibilista, o autor considera o conhecimento científico, expresso em linguagem humana, não como uma parte de nós mesmos, mas como sujeito, e sempre assim devendo ser, à crítica objetiva. Esta age como uma espora, para levar-nos sempre à frente, e como uma rédea, para impedir que saia- mos voando em abstrações vagas. Ex.l E é por meio da constante seleção crítica, num processo evolucioná- rio, que o conhecimento pode aumentar e ser renovado. Esta é a tese fundamental deste livro, que o autor debate com argu-