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PAVIMENTOS ASFÁLTICOS
Índice
1. Introdução.............................................................................................. 3
1. Introdução
Não é possível afirmar que um critério seja absolutamente válido, ou ainda, que
seja completamente satisfatório. Cada critério apresenta vantagens e
desvantagens inerentes à consideração de parâmetros físicos e numéricos, campo
de aplicação e simplicidade de utilização.
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• a Lei de Hooke deve ser satisfeita, isto é, a fundação deve ser linearmente
elástica e isotrópica. Para isto o solo tem que ser capaz de resistir a tensões
de tração, uma propriedade geralmente inexistente em meios granulares.
Similarmente, siltes e argilas variegadas são anisotrópicos e, apenas alguns
solos apresentam uma linear e reversível resposta tensão-deflexão. A região
próxima à superfície do solo é muitas vezes uma região de escoamento
plástico.
σz = n P / 2 π R2 (z / R)n
onde:
Apesar das restritivas hipóteses assumidas por Boussinesq, a teoria elástica que
segue de sua derivação tem sido muito utilizada para estimar o estado de tensões
em um solo mediano.
A partir de integrações e outras técnicas, por volta dos anos 30, a teoria foi
adaptada e expandida para acomodar áreas de carregamento circulares e
retangulares e também eventuais áreas de forma arbitrária.
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camadas, que para ele era um simples fator multiplicativo de correção para as
então familiares equações de Boussinesq para depósitos homogêneos. A
metodologia envolve o uso de fatores adimensionais e as relativamente novas
soluções para os problemas menos complexas através de fatores de correção, que
foram alvo das atenções nas mais modernas análises de sistemas de multiplas
camadas e ainda proporcionam para a engenharia boas aproximações nas
interpretações das informações geradas por computadores.
σt = 59,463847 . eCBUQ- 0,323205 . eBGTC- 1,178098 . eBGS- 0,007887 . Esub -0,214274 . (QESRD)0,970153
onde:
onde:
onde:
εt = 1,499 x 10-2 x eCBUQ- 0,589 x eBGS- 0,272 x eBGTC- 0,070 x ECBUQ - 0,020 x EBGS -0,400 x EBGTC -0,040 x Esub 0,014
onde:
Lote 1
Camada E (MPa) e (mm)
revestimento (CA) 2.250 a 3.750 50 a 100
base (BGS) 100 e 300 100 a 300
subleito 25 a 125 semi infinito
εt = 10-1,955202 . eCBUQ- 1,091635 .eBGS -0,015906 . ECBUQ - 0,584777 . EBGS -0,308633 . Esub -0,084054 . (QESRD)0,701806
onde:
Lote 2
Camada E (MPa) e (mm)
revestimento (CA) 2.250 a 3.750 50 a 100
base (BGS) 100 e 300 100 a 300
subleito 125 a 225 semi infinito
εt = 10 -5,164279 . eCBUQ- 0,151697 .eBGS -0,019947 . ECBUQ - 0,318480 . EBGS -0,531454 . Esbl -0,121409 . (QESRD)0,915419
Lote 3
Camada E (MPa) e (mm)
revestimento (CA) 2.250 a 3.750 100 a 150
base (BGS) 100 e 300 100 a 300
subleito 25 a 125 semi infinito
εt = 10 -3,74136 . eCBUQ- 0,742618 .eBGS -0,016173 . ECBUQ - 0,505633 . EBGS -0,336315 . Esbl -0,137855 . (QESRD)0,912476
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Lote 4
Camada E (MPa) e (mm)
revestimento (CA) 2.250 a 3.750 100 a 150
base (BGS) 100 e 300 100 a 300
subleito 125 a 225 semi infinito
εt = 10 -3,74136 . eCBUQ- 0,742618 .eBGS -0,016173 . ECBUQ - 0,505633 . EBGS -0,336315 . Esbl -0,137855 . (QESRD)0,912476
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• excessiva deformação vertical dos materiais e camadas sob ação de cargas [3]
( rupturas localizadas).
Em 1929 foi feita uma tentativa de ensaio em laboratório para simular as condições
de campo (umidade e carregamento). O ensaio permitia eliminar, em grande parte,
as condições de plasticidade que seriam motivo da consolidação por ação do
tráfego. As condições de ensaio foram:
A média de pressão aplicada para se obter uma deformação padrão foi tomada
para tais agregados de base (pedregulhos e pedras britadas). Os materiais
britados forneceram, então, uma média de valor de resistência à penetração que a
partir de então foi designada como CBR = 100%. Deve ser lembrado que o
resultado é válido quando a maior fração de penetração do pistão for resultante de
deformações cisalhantes.
(CBR - %)
40
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25
Em 1942, o United States Army Corps of Engineers (USACE) fez uma adaptação
do critério do CBR para dimensionamento de pistas de aeroportos, devido ao fato
deste ensaio ser de simples interpretação, rápido e dimensionar evitando a ruptura
imediata do pavimento por cargas de aeronaves pesadas.
Em experimentação semelhante àquela realizada pelo CDH nos anos 20, foi
estabelecida a curva A (Figura 4.1) para cargas de 12.000 lb. (5443,2 kg). Após o
experimento, as tensões de cisalhamento para a carga da roda foram calculadas
em função da profundidade do meio elástico, conforme estabelecido por
Boussinesq. Este procedimento considera inicialmente o estado de tensões no
pavimento independente das diferentes características das diversas camadas.
A partir da curva A, para veículos mais pesados, foi feita uma análise, pois ela era
uma curva para caminhões com rodas de 9.000 lb. sem rupturas; arbitrariamente,
com base em pressões relativas exercidas por rodas, foi considerada como
representativa de 12.000 lb. de aeronaves.
Para a extrapolação, por exemplo, da curva para cargas de 25.000 lb., assumiu-se
que a tensão de cisalhamento de 14 lb./pol2 correspondesse a um valor de CBR
do subleito igual a 10%. Da curva de 25.000 libras se verifica que a tensão de
cisalhamento de 14 lb./pol.2 ocorre a uma profundidade de 16 polegadas; neste
caso, um pavimento sobre um subleito com CBR igual a 10% necessitaria de uma
espessura de 16 polegadas, aproximadamente, em termos de material granular,
para a proteção do subleito.
23
Profundidad
e
(polegadas)
Desta maneira, o critério do CBR pode ser considerado como o primeiro método de
dimensionamento de pavimentos flexíveis com considerável base experimental.
O critério do CBR ainda tem sido utilizado com freqüência através de diversos
métodos variantes para o dimensionamento de pavimentos asfálticos, como é o
caso do método do DER-SP.
A área e pressões médias de contato das rodas dos aviões eram maiores, então
tomou-se a relação de 35% para 10% entre deformações geradas entre rodas de
aeronaves e de caminhões.
Nas pistas de pouso verificou-se que 50% das operações ocorriam no terço central
do pavimento. Realizou-se um programa de testes com cargas estáticas e
verificou-se que a deformação plástica do pavimento era motivada por três fatores:
onde:
A equação seria válida para 5000 coberturas, sendo que em cada caso a
espessura deveria ser ajustada de acordo com o número de coberturas (C),
através das seguinte equação:
5.1 Generalidades
E=σ/ε
Mr = σ / ε
Nestes ensaios, o corpo de prova é colocado dentro de uma câmara triaxial isolada
do meio externo, quando é submetido a uma pressão de confinamento
(normalmente estática em ensaios no Brasil), sendo então submetido a esforços
repetitivos em sua face superior; tal pressão pode ser chamada por tensão vertical
ou simplesmente por σ1. A tensão-desvio trata-se do valor (σ3 – σ1).
S3 = tensão de confinamento
Sd = S1 - S3 = tensão desvio
5.3.1 Solos
5.3.1.1 Ensaios de Laboratório
• condição saturada:
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Quadro 5.2 Modelos resilientes para alguns solos granulares de Santa Catarina
Tipo Procedência Modelo Resiliente
(kgf/cm2)
Saprólito de granito Jazida de MR = 4.870 x σ3 0,63
Cedrinhos
Saprólito de granito Jazida São João MR = 2.950 x σ3 0,52
Batista
Brita graduada de Pedreira em MR = 4.572 x σ3 0,42
granito Navegantes
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1000
100
0.1 1 10
Tensão desvio (kgf/cm2)
Saprolito de granito (Jazida Cedrinhos)
Saprolito de granito (jazida S. João Batista)
Brita Graduada Simples (Navegantes)
Figura 5.2 Modelos resilientes para alguns solos granulares de Santa Catarina
1 – 1.150 850
2 1.500 2.100 1.800
3 1.500 1.800 1.800
4 1.250 2.900 2.000
5 1.000 3.600 3.400
6 1.000 4.150 3.750
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5.3.4 Solo-Cimento
Nos últimos anos, têm-se realizado vários estudos sobre comportamento à fadiga
de misturas betuminosas. Para que possam ser aplicados programas
computacionais, baseados na teoria de camadas elásticas, para analisar estruturas
de pavimentos flexíveis, deve-se conhecer a vida de fadiga do revestimento
betuminoso sob tensões repetidas.
onde:
O procedimento de ensaio estabelecido por Pinto (1991) foi que para as primeiras
40 solicitações da carga inicial programada determinou-se a deformação média
entre 35 e 40 solicitações da carga e esta foi tomada pela deformação inicial. Entre
55 e 60 aplicações da carga foi novamente calculada uma deformação média e
comparada com a inicial.
Portanto, este modelo apresentado por Pinto (1991) corresponde à vida de fadiga
pela deformação específica de tração, no ensaio de deformação controlada.
Na sequência são apresentados diversos modelos de fadiga disponíveis na
literatura técnica internacional, para concretos asfálticos.
• Pretorius (1969) apud Barker et. al. (1977): N = 9,7 x 10-10 ⋅ (1/εt) 4,03
• Epps et. al. apud Pell (1973): N = 6,28 x 10-7 ⋅ (1/εt) -3,01
Curvas de Fadiga
N 1.0E+13
1.0E+12
1.0E+11
1.0E+10
1.0E+09
1.0E+08 Salomão
FHWA
1.0E+07
Barker
1.0E+06
Brown
1.0E+05
Treibyg
1.0E+04
Pell
1.0E+03
Epps
1.0E+02
Verstraeten
1.0E+01
Preussler
1.0E+00
1.0E-01
1.0E-02
1.0E-03
1.0E-04
1.0E-05
0.00001 0.0001 0.001 0.01 0.1 1
Deformação Especifica
6.2.1 Solo-Cimento
Os modelos propostos por Ceratti para quatro tipos de solos do Estado de São
Paulo foram:
O modelo desenvolvido por Balbo (1993) para a BGTC balizou-se por ensaios
dinâmicos de compressão diametral para amostras com as seguintes
características: granulometria do agregado na faixa B do DER-SP; teor de cimento
de 4% em peso; umidade de moldagem 1,5% abaixo da umidade ótima de
compactação na energia modificada.
• R ⋅ Kr + B ⋅ Kb ≥ H20
• R ⋅ Kr + B ⋅ Kb + h20 ⋅ Ks ≥ Hn
• R ⋅ Kr + B ⋅ Kb + h20 ⋅ Ks + Hn ⋅ Kref ≥ Hm
R ⋅ Kr + B ⋅ Kb ≥ 0,8 ⋅ H20
R ⋅ Kr + B ⋅ Kb ≥ 1,2 ⋅ H20
• as bases deverão ser constituídas por material que apresente CBR mínimo de
60% e expansão não superior a 0,5 %;
• as sub-bases deverão ser constituídas por material que apresente CBR mínimo
de 30% e expansão não superior a 1%;
• os reforços de subleito deverão ser constituídos por solos cujo CBR será
superior ao CBR do subleito e expansão não superior a 2%.
Referências Bibliográficas
Barker, W. R.; Brabston, W. N.; Chou, Y. T. (1977). “ A General System for the
Structural Design of Flexible Pavements the Asphalt Institute Method ”.
International Conference on the Structural Design of Asphalt Pavements. Ann
Arbor, 1977. Proceedings: Ann Arbor, The University of Michigan pp. 209 -
48.
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ITA (1985). “Ensaios de Laboratório Desenvolvidos pelo ITA. Obra: Via-Leste - São
Paulo. Instituto Tecnológico de Aeronáutica. São José dos Campos.
Pell, P. S.; Brown, S. F. (1972). “The Characteristics of Materials for the Design of
Flexible Pavement Structure ”. In: International Conference on the Structural
Design of Asphalt Pavements; 3; London. pp. 326 - 166.
Yoder, E. J.; Witczak, M. W. (1975). “Principles of Pavement Design”. John Wiley &
Sons, 2nd. Edition, New York.