Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A autoridade não mais tem origem no soberano e sim no cargo que a pessoa
ocupa na organização e a obediência é devida às leis e aos regulamentos,
formalmente definidos. Qualquer organização ou grupo que se baseie em leis
racionais é uma burocracia.
Teve como pano de fundo o liberalismo econômico, que pregava que o Estado
deveria se restringir a suas funções típicas (defesa nacional, aplicação da justiça,
elaboração de leis, diplomacia, etc.). Todavia, não conseguiu eliminar completamente
o Patrimonialismo, passando os dois modelos a subsistirem juntos. A autoridade
burocrática não se confunde com a autoridade tradicional.
Voltado cada vez mais para si mesmo, o modelo burocrático tradicional vinha
caminhando para um sentido contrário aos anseios dos cidadãos. A incapacidade de
responder às demandas destes, a baixa eficiência de suas estruturas, aliadas a
captura do Estado por interesses privados e ao processo de globalização e de
transformações tecnológicas, desencadearam a CRISE DO ESTADO, cujas
manifestações mais evidentes foram:
Disfunções da burocracia
O PARADIGMA PÓS-BUROCRÁTICO
v O RETROCESSO DE 1988
Este retrocesso burocrático foi em parte uma reação ao clientelismo que domi-
nou o país naqueles anos. Foi também uma consequência de uma atitude defensiva
da alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada decidiu defender-se de
forma irracional.
1. formação de parcerias;
2. foco em resultados;
3. visão estratégica;
5. visão compartilhada; e
6. busca da excelência.
Assim, o modelo gerencial (puro, inicial), buscou responder com maior agilidade
e eficiência os anseios da sociedade, insatisfeita com os serviços recebidos do setor
público.
Na fase mais recente, o entendimento de que o usuário do serviço deve ser visto
como cliente-consumidor perdeu força, principalmente porque a ideia de consumidor
poderia levar a um atendimento melhor para alguns e pior para outros, num universo
em que todos têm os mesmos direitos. É possível perceber isso quando levamos em
consideração que clientes melhores organizados e estruturados teriam mais poder
para pleitear mais ou melhores serviços, culminando em prejuízo para os menos
estruturados. Por isso, nesta abordagem é preferível o uso de conceito de cidadão,
que invés de buscar a sua satisfação, estaria voltado para a consecução do bem
comum. Com isso, o que se busca é a equidade, ou seja, o tratamento igual a todos
os que se encontram em situações equivalentes. '
A crise do Estado teve início nos anos 1970, mas só nos anos 1980 se tornou
evidente. Paralelamente ao descontrole fiscal, diversos países passaram a apresentar
redução nas taxas de crescimento econômico, aumento do desemprego e elevados
índices de inflação. Após várias tentativas de explicação, ficou claro, afinal, que a
causa da desaceleração econômica nos países desenvolvidos e dos graves desequilí-
brios na América Latina e no Leste Europeu era a crise do Estado, que não soubera
processar de forma adequada a sobrecarga de demandas a ele dirigidas. A desordem
econômica expressava agora a dificuldade do Estado em continuar a administrar as
crescentes expectativas em relação à política de bem-estar aplicada com relativo
sucesso no pós-guerra.
Não obstante, nos últimos 20 anos esse modelo mostrou-se superado, vítima de
distorções decorrentes da tendência observada em grupos de empresários e de
funcionários, que buscam utilizar o Estado em seu próprio benefício, e vitima também
da aceleração do desenvolvimento tecnológico e da globalização da economia
mundial, que tornaram a competição entre as nações muito mais aguda. A crise do
Estado define-se então como uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do
crédito por parte do Estado e pela poupança pública que se torna negativa; como o
esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se reveste de
várias formas: o Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a estratégia de
substituição de importações no terceiro mundo e o estatismo nos países comunistas; e
como a superação da forma de administrar o Estado, isto é, a superação da
administração pública burocrática.
A reação imediata à crise - ainda nos anos 1980, logo após a transição
democrática - foi ignorá-la. Uma segunda resposta igualmente inadequada foi a
neoliberal, caracterizada pela ideologia do Estado mínimo. Ambas revelaram-se
irrealistas: a primeira, porque subestimou tal desequilíbrio; a segunda, porque utópica.
Só em meados dos anos 1990 surge uma resposta consistente com o desafio de
superação da crise: a ideia da reforma ou reconstrução do Estado, de forma a resgatar
sua autonomia financeira e sua capacidade de implementar políticas públicas.
v OS SETORES DO ESTADO
Núcleo estratégico
Atividades exclusivas
É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São
serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar,
fiscalizar, fomentar. Como exemplos, temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a
polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de
saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o
serviço de emissão de passaportes etc.
Serviços não-exclusivos
Ø GOVERNANÇA E GOVERNABILIDADE
Ø ACCOUNTABILITY
QUALIDADE DO GOVERNO
ü o público não é apenas quem paga a conta, mas a razão das atividades
do governo;