RESUMO: Os trocadores de calor são equipamentos que encontram uma vasta aplicabilidade na indústria
química e mediante cada finalidade, diferentes tipos de trocador de calor foram desenvolvidos. Em termos
gerais, eles são equipamentos cuja finalidade é realizar o processo de troca térmica entre dois sistemas, fluidos
quente e frio. Essa troca pode ser realizada entre sistemas separados ou misturando-se os fluidos. O objetivo
desta prática experimental consiste na análise de um trocador de calor de placas e na determinação do
coeficiente global de troca térmica a partir da resistência de dois fluidos à convecção, obtida em diferentes
vazões de água quente e fria na transição do regime de escoamento laminar para turbulento. Com base nos
resultados obtidos, observou-se que quanto maior a diferença entre as vazões dos fluidos quente e frio, maior
a taxa de transferência térmica e que, com a utilização do método Log Mean Temperature Difference (LMTD),
pôde-se determinar a temperatura média do sistema e assim, quantificar a taxa de transferência de calor para
cada par de vazões dos fluidos quente e frio.
𝑞 = ṁ × (ℎ2 − ℎ1 ) [2]
𝑞𝑓 = − 𝑞𝑞 [5]
1 1 𝑥 1 Onde:
= + + [15]
𝑈 ℎ𝑖 𝑘 ℎ𝑒
Nu = Número de Nusselt
Procedimento experimental
Resultados e Discussões
𝑎 = 0,332
𝑏 = 0,5
𝑐 = 1/3
Tabela 3 – Números Adimensionais, Coeficiente de Troca Térmica e Coeficiente Global de
Transferência de Calor
Re Nu h
Q quente
1.81E-04 2745.287 27.97669 52.789
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 1.17E-04 1461.576 21.98956 40.576
U (W/m2.K) 22.942
Q quente
1.81E-04 2746.132 27.981 52.797
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 7.78E-05 974.384 17.954 33.130
U (W/m2.K) 20.357
Q quente
1.81E-04 2746.132 27.981 52.79748
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 2.78E-05 347.994 10.72981 19.79905
U (W/m2.K) 14.399
Q quente
1.11E-04 1.69E+03 21.950 41.418
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 1.14E-04 1.43E+03 21.726 40.090
U (W/m2.K) 20.372
Q quente
1.11E-04 1689.927 21.950 41.418
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 7.78E-05 974.384 17.954 33.130
U (W/m2.K) 18.407
Q quente
1.11E-04 1689.927 21.950 41.418
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 2.78E-05 347.994 10.730 19.799
U (W/m2.K) 13.396
Q quente
5.56E-05 844.964 15.521 29.287
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 1.14E-04 1426.776 21.726 40.090
U (W/m2.K) 16.924
Q quente
5.56E-05 844.964 15.521 29.287
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 7.78E-05 974.384 17.954 33.130
U (W/m2.K) 15.545
Q quente
5.56E-05 8.45E+02 15.52107 29.287
(m^3/s)
Q fria (m^3/s) 2.78E-05 3.48E+02 10.72981 19.799
U (W/m2.K) 11.813
Conforme o esperado, observou-se quantidade de água quente em contato com
que mantendo a vazão de fluido quente a água fria.
constante, quanto maior a vazão de fluido
Entre diversas aplicações industriais,
frio, maior os valores obtidos para os
onde a água é usada como fluido frio pode-se
coeficientes convectivos de troca térmica,
citar o resfriamento de mosto na indústria
já que a massa de fluido frio que troca calor
cervejeira. O mosto, que é o resultado da
com o quente aumentou. Isso refletiu
mistura do malte, da água e do lúpulo, após
também no aumento do coeficiente global
o processo de fervura precisa ser resfriado
de troca térmica.
rapidamente, em condições assépticas, até a
Sabendo-se que a diferença de temperatura de fermentação adequada para
temperatura entre os fluidos quente e frio a levedura em uso. Os valores típicos para
varia ao longo do trocador de calor, deve-se cervejas Lager estão entre 8 e 12ºC, já para as
determinar a variação de temperatura cervejas de alta fermentação, entre 16 e 20ºC.
média ∆Tm equivalente para os dois, para
O equipamento usado para
cada vazão correspondente. Através do
resfriamento é o trocador de calor de placas
método da diferença de temperatura média
em estágio único ou duplo. Os fluidos
logarítmica (LMTD), calculou-se ∆Tm para
refrigerantes são a água fria a 2 ou 3ºC, e a
que fosse determinada a quantidade de
solução de glicol com temperaturas entre -3
calor trocada Q:
e -5ºC. A água quente resultante da troca
térmica é recolhida a uma temperatura de
80ºC. Essa água é reutilizada em algum ponto
Tabela 4 – Resultados Encontrados por Meio
do Método LMTD para Q e ∆Tm. do processo de fabricação. Os volumes de
água utilizados no resfriamento ficam em
torno de 1,1 vezes o volume de mosto.
Conclusão
Referências
1. INCROPERA, F. P.; DEWITT, D. P.
Fundamentals of Heat and Mass
Transfer. New Jersey: JOHN WILEY &
SONS, 2012.
K
T (C) média T(K) ρ (kg/m3) Pr μ(N.s/m2) ν (m2/s)
(W/m.K)