Computadores

SEGUNDA-FEIRA 22 MARÇO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

Do desenho
ao projecto
As novidades do AutoCAD
2005 vistas à lupa na
perspectiva do utilizador
➜ págs. 6/7
PUB
O Portal Registar ou não Novo ‘chipset’ ‘Everything
do Cidadão memórias diárias para PowerLine or Nothing’
Por fim, o portal da Da proposta Lifeblog, da Redes ‘eléctricas’ cada vez James Bond num jogo
administração pública Nokia, ao MyLifeBits e mais rápidas com com qualidade e forte
está aí, a funcionar ao debate que suscitam a tecnologia da DS2 pendor cinemático
➜ pág. 3 ➜ pág. 4 ➜ pág. 3 ➜ pág.11

A CEBIT DA MOBILIDADE E DO MULTIMÉDIA MÓVEL

Fotografias no telemóvel
e música no bolso CHRISTOF STACHE/AP

T
ELEMÓVEIS COM câmaras
e ecrãs a cores, novos
ecrãs para computado-
res e televisores onde
desfrutar os novos con-
teúdos multimédia ou serviços
para comprar músicas na Inter-
net, muitas foram as novidades já
apresen-
tadas na
primeira
metade
da CeBIT.
A principal feira das tecnologias de
informação e comunicação está a
ter na mobilidade e no multimédia
móvel duas das suas palavras de
ordem — mas os novos produtos
surgem em todas as áreas, mesmo
nas mais “convencionais”.
Fabricantes como a LG Electro-
nics (na foto) e outros desmultipli-
caram-se na apresentação de novos
ecrãs de cristais líquidos (LCD) e
de plasma, com especificações cada
vez mais avançadas e prometendo
preços em queda constante, mesmo
nos maiores formatos.
Um certame como este é
14 centímetros de comprimento.
Mas a empresa alemã mostrou
também em Hanover seis novos
modelos de telemóveis já prontos,
que deverão chegar ao mercado
no início do Verão. Não se trata,
ainda, de modelos para o UMTS
— pois, sobre estes, a empresa não
avançou com novidades — mas de
modelos com diversas capacidades
multimédia e, como já é “obriga-
tório”, com câmara incorporada.
É o caso do CX65, um telemóvel
tribanda para a “nova” geração
de telefones MMS (Multimedia
Message Service). Com um ecrã
bastante maior que o habitual,
de 65.536 cores, o CX65 (na
imagem) integra uma câmara que
permite gravar pequenos vídeos,
para além de tirar
fotografias. Novidade
foi ainda o C65, com
câmara integrada,
ecrã idêntico e um
“flash” para ligar ao
equipamento sempre
que necessário. A Nokia, por seu lado, não onde quer que esteja, não será
A Siemens também podia deixar de centrar as suas indiferente o facto de este modelo
CHRISTOF STACHE/AP

também oportunidade para ante- lançou o S65, cuja
ver o futuro. Daí que a Siemens câmara tem resolução
Mobile tenha apresentado na de 1,3 megapixels e
CeBIT diversos protótipos de tele- dispõe de um cartão
móveis que tem vindo a desenvol- de memória de 32 MB,
ver, tendo sido o PenPhone aquele o que o torna num
que mais atraiu as atenções equipamento quase
— incluindo do chanceler alemão, profissional mas que pretende
Gerhard Schroeder (na foto), satisfazer também os entusiastas
aquando da inauguração. Trata-se da fotografia ou do pequeno vídeo,
de um telemóvel com o formato e o em qualquer momento ou lugar.
tamanho de uma pequena caneta, Para quem é dado a experiências
mas também capaz mais radicais, que
de reconhecer ISABEL GORJÃO SANTOS envolvam activi-
letras e algaris- em Hanover (Alemanha) dades ao ar livre, a
mos. O utilizador Siemens apresen-
“escreve” o número que pretende tou o M65, este também tribanda,
marcar ou a mensagem que quer com câmara integrada mas com
enviar e o PenPhone faz o resto. a particularidade de possuir uma
Será um telemóvel tribanda, com protecção que o torna resistente à
água ou a pequenos embates.
Nos telefones sem fios, para
casa, a Siemens lançou os Gigaset
SL740 e SLX740isdn, os primeiros
com capacidade para recepção e
envio de MMS, tal como nos tele-
móveis. Estes modelos deverão
chegar ao mercado já no próximo
mês. Para quem pretender um
primeiro telefone sem fios, sim-
ples mas com as funcionalidades
mais convencionais, a Siemens
anunciou o A340 e o A345.
novidades da nos telemóveis e,
uma vez mais, na capacidade
de receber e enviar mensagens
multimédia e de tirar e partilhar
fotografias. O Nokia 7610 (na
imagem), que está a ser uma
das estrelas da sua presença na
CeBIT, é um modelo tribanda que
estará disponível em meados deste
ano e que deverá custar cerca de
500 euros. A câmara integrada é
de 1 megapixels, o ecrã afixa 65
mil cores e o “zoom” digital é de 4x.
Através de uma ligação por Blue-
tooth, o 7610 pode comunicar com
outros dispositivos que também
disponham desta tecnologia — por
exemplo, uma impressora onde
se passa a papel as fotos tiradas.
Para quem gosta de ouvir música
ser, também, um leitor de fichei-
ros em formato MP3. A autonomia
é de 3 horas de conversação e 250
horas em modo de espera.
Um equipamento para arma-
zenar e partilhar imagens digitais,
pequenos vídeos ou mensagens foi
também apresentado pela Nokia.
Trata-se do seu Image Album,
assim se chama o novo dispositivo,
que possui um disco rígido com 20
GB e permite visualizar, organi-
zar e editar as imagens num ecrã
de televisão, usando-se para tal
um controlo remoto. Pode também
ligar-se este equipamento ao PC,
para enviar imagens por correio
electrónico ou para gravar um CD
com as fotografias seleccionadas.
➜
Esta “caixa” para arma-

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➜ MICHAEL DALDER/ REUTERS
zenamento e partilha de imagens
deverá chegar ao mercado no terceiro tri-
mestre deste ano.
Ainda no capítulo dos telemóveis, a
Sharp apresentou o GX30, que integra
uma câmara de 1 megapixels e cujo ecrã, de
262.144 cores, possui uma resolução de 240
x 320 pixels. Para além disso, este modelo
pode ser utilizado na Europa, nas frequên-
cias de 900 e 1800 MHz, ou em outros
países, que utilizam as frequências de 850
e 1900 MHz. Devido à parceria estabelecida
entre a Sharp e a Vodafone, este modelo
só estará disponível por intermédio de4ste
operador de telecomunicações, integrado no
conjunto de serviços Vodafone Live.
Uma das principais áreas de negócio
da Sharp são os televisores, em particular
os com ecrã de cristais líquidos (LCD). A
empresa aproveitou a CeBIT para apre-
sentar o Aquos LCD TV LC-45GD1E (na
imagem), de 45 polegadas, com razão
de aspecto de 16 x 9 e uma resolução de
1920 x 1080 pixels. Dois outros modelos, o
LC-37GD1E e o LC-32GD1E, de menores
dimensões, completam a gama.
Por entre a panóplia de produtos com
que preencheu o seu “stand”, a Sony lançou
um novo serviço que deverá ser dispo-
nibilizado em Junho, primeiramente na
Alemanha, França e Reino Unido. Se, até
aqui, os vários fabricantes tinham falado
sobretudo de imagem, a Sony apareceu a
falar de som e do Connect. Assim se cha-
mará o novo serviço que permitirá à Sony
disponibilizar, através da Internet, cerca de
300 mil músicas dos
mais diversos auto-
res, ao preço de
99 cêntimos cada
faixa. Este serviço
estará disponível
em www.connect-
europe.com e os
ficheiros serão dis-
ponibilizados em
formato Atrac3 (o
formato da Sony
alternativo ao
MP3), o que significa que
só os equipamentos da
Em prol do estilo de vida digital
“No futuro, vamos comprar, vender,
trabalhar e viver de forma diferente”. Este
“slogan” da CeBIT deste ano, que abriu as
suas portas na passada quarta-feira, em
Hanover (Alemanha) pretende ilustrar o
“estilo de vida digital” — um conceito onde
cabe a mobilidade e o entretenimento,
mas também o governo electrónico ou a
segurança.
O chanceler alemão, Gerhard Schroeder,
referiu-se exactamente às questões de
segurança no seu discurso de inauguração
do certame. Lamentando os atentados
em Espanha e apresentando a sua
solidariedade com o povo espanhol,
Schroeder salientou que “há valores, em
democracia, que importa não perder”
— e considerou que as tecnologias de
informação (TI) poderão dar um grande
contributo em questões como a segurança
dos cidadãos e o desenvolvimento
económico dos países. O governo
electrónico e o comércio através da
Internet foram também duas áreas
que o chanceler alemão considerou
fundamentais e que deverão ser
incentivadas por toda a Europa.
Discursando também na cerimónia de
abertura da CeBIT, Kunitake Ando, presidente
da Sony, procurou identificar os aspectos
que mais caracterizam a edição de 2004
da feira. Sobretudo, disse, verifica-se uma
quebra das barreiras entre as tecnologias de
informação, as telecomunicações móveis e a
electrónica de consumo: “Acredito que 2004
marca o verdadeiro início da convergência
computadores .2
Sony, como os HiMD Walkman, Network
Walkman e Atrac CD Walkman, é que
serão compatíveis com o novo serviço. Diz
a Sony que, no momento do lançamento,
cerca de 2 milhões de dispositivos portáteis
na Europa conseguirão ler ficheiros no for-
mato Atrac.
Ainda no que se refere a música, a Sony
Network Services Europe, em conjunto com
a operadora finlandesa TeliaSonera, lança-
ram na Finlân-
dia um serviço
a que chama-
ram Personal
Media Assistant
(PMA). A ideia
é disponibilizar,
para os telemó-
veis, a música
preferida dos
seus utilizado-
res através de
diferentes canais
com listas de
músicas que se vão
da banda larga, que irá tornar mais rica a
vida das pessoas”.
A melhoria dos processos de negócio, as
propostas para um “estilo de vida digital”,
a segurança baseada nas tecnologias de
informação, o E-government e o E-banking
são alguns dos principais tópicos desta
CeBIT, que, presta também especial atenção
às pequenas e médias organizações.
Pela primeira vez, foi criado um fórum
dedicado às pequenas e médias empresas
(PME), no pavilhão 6 da feira, dedicado
a apresentar aplicações específicas para
mercados verticais. De acordo com um
estudo dos principais problemas que
afectam as PME, estas sabem ainda muito
pouco sobre os seus clientes, pelo que a
organização do certame dedicou alguma
atenção à informação e às soluções
tecnológicas que podem ajudar estas
organizações a resolver problemas e a
melhorar os seus processos de negócio. A
segurança nestas empresas foi também
um tema em destaque, sobretudo as falhas
relacionadas com o “hardware” e o “software”,
que lhes trazem elevados prejuízos.
Para além das telecomunicações, esta edição
da CeBIT dá particular destque às redes sem
fios. Neste último ano, o número de pontos
de acesso (“hotspots”) instalados na Europa
quadruplicou para cerca de 7200, de acordo
com a consultora BWCS, com o Reino Unido
a liderar o “boom”. Em 2003, este país passou
de 170 para 2900 “hotspots” instalados, com
o aumento correlativo dos locais onde se
pode aceder à Internet através de uma rede
S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4
seleccionando. São ainda dadas aos utiliza-
dores informações sobre a faixa e o artista
que estão a ouvir. O serviço pode ser ace-
dido por todos os telemóveis com recursos
de GPRS.
Conjugando música e mobilidade,
a Sony trouxe para a CeBIT dois novos
modelos do Network Walkman, os NW-E55
e NW-E75. Com 40 gramas de peso, estes
modelos permitem ouvir música durante
cerca de 70 horas — o tempo de autonomia
da bateria. A memória é de 128 e 256 MB,
respectivamente.
A Sony apresentou ainda um protótipo
de uma “camcorder” de formato HDV. Este
formato, que resulta de uma parceria entre
a Sony, a Canon, a Sharp e a JVC, foi anun-
ciado em Setembro do ano passado e é já
suportado por sete outras empresas. HDV é
uma nova norma de gravação HD VCR que
utiliza o formato de compressão MPEG2 e
é baseado na cassete DV, formato de gra-
vação digital bastante comum. O formato
HDV permite gravar com uma qualidade
superior nas normais cassetes DV. ●
sem fios. Na Alemanha, também a Deutsche
Telekom se prepara para expandir a sua rede
“wireless” de 100 para 4000 “hotspots” até ao
final do ano e para mais de 10 mil em fins de
2005.
Também o E-government é um dos tópicos
principais da CeBIT 2004. A Deutsche Messe,
organizadora do certame, com o apoio
de Otto Schily, ministro do Interior, criou
o Public Sector Parc, no pavilhão 18, e o
eGovernment Forum para aí concentrar
a oferta de produtos e serviços de 240
expositores para uma modernização e
melhor desempenho dos organismos das
administrações públicas.
Willi Berchtold, presidente da Bitkom, a
associação alemã para as tecnologias de
informação, telecomunicações e novos
média, considerou que, no sector das TI,
“existe uma época antes e depois da CeBIT”,
lembrou que, durante a maior feira mundial
das TIC, se concretizam muitos negócios de
milhões de euros e que, portanto, “mais do
que uma feira, trata-se de um verdadeiro
indicador do estado do sector”. .● I.G.S.
MICHAEL DALDER/ REUTERS
NFC é a tecnologia ‘
de proximidade’
Aproximar o telemóvel de um quiosque
e pagar uma conta ou chegá-lo a uma
porta fechada e abri-la são comodidades
que a tecnologia já pode oferecer
— graças à Nokia, à Philips e à Sony,
que se juntaram para a desenvolver e
anunciaram a criação de um fórum para
a promoverem.
A tecnologia — a que, numa tradução
livre, podemos chamar “de toque” ou
“de aproximação” — chama-se Near
Field Communication (NFC), ou seja,
comunicação num curto raio de
acção. Ela assenta na interacção entre
dispositivos electrónicos (telemóveis,
computadores de bolso ou outros),
permitindo associar à diversos serviços
ou conteúdos aproximação entre esses
dispositivos (ver Tecpédia, na pág. 4).
Ao Field Communication Forum caberá
promover a proliferação de soluções que
ponham os dispositivos electrónicos a
comunicar uns com os outros sempre
que o utilizador os coloque muito
próximos, a 1 ou 2 centímetros. A NFC é
uma tecnologia que opera na frequência
de 13,56 MHz e combina a identificação
por contacto com a interconexão. “O
objectivo do NFC Forum é possibilitar
aos utilizadores o acesso a conteúdos e
a serviços de forma bastante intuitiva”,
explicaram os representantes da Nokia,
Philips e Sony em conferência de
imprensa conjunta.
Depois de apresentarem o NFC
Forum, estas empresas deixaram
o convite a outros fabricantes das
áreas das comunicações móveis,
da electrónica de consumo, dos
semicondutores, dos meios de
comunicação, do entretenimento ou
dos pagamentos para se juntarem à
iniciativa. Scott McGregor, presidente
e “chief executive officer” (CEO) da
Philips Semiconductors, salientou que
o objectivo da sua empresa “é dar
aos consumidores um fácil acesso à
informação, entretenimento e serviços,
o que é exactamente o que a NFC faz”.
Também Pertti Korhonen, “chief
technology officer” (CTO) da Nokia,
considerou que “o toque entre
dispositivos é uma forma simples de
ligação, recolha e partilha”, enquanto
Teruaki Aoki, vice-presidente da Sony,
salientou que um dos objectivos
do NFC Forum será “assegurar a
interoperabilidade entre os vários
dispositivos, que será crucial para uma
aceitação generalizada da tecnologia
NFC”.● I.G.S.
 DS2 COM NOVA TECNOLOGIA PARA USO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA dica
Atalhos de teclado no

Net a 200 Mbps no fio Explorador do Windows

Quando se abre a janela do Explorador do
Windows — Iniciar/Todos os Programas/
Acessórios ou usando a combinação

A
DS2, EMPRESA espa- rede eléctrica cobre grande
nhola com sede em parte da população mundial e
Valência, fabrica a normalização estará, assim,
“chipsets” para assegurada”. Além disso, con-
modems usados nas sidera Jorge Blasco que é nesta
chamadas “power line commu- solução que poderá estar a
nications” (PLC), que é o nome resposta aos problemas relacio-
dado à tecnologia de rede de nados com o facto de, nalguns
dados e de acesso à Internet países, os novos operadores de
através da rede de distribuição telecomunicações não conse-
eléctrica. O facto, por si só, não guirem as condições desejadas
é novidade, pois a DS2 existe de desagregação do lacete local
desde — a ligação que, dando acesso
1998 e aos clientes finais, está ainda,
sempre muitas vezes, nas mãos dos
se dedi- operadores incumbentes.
cou a Portugal é um dos países
essa tecnologia. No entanto, onde isso acontece. Um dos
neste ano, a empresa aprovei- operadores de telecomunica-
tou a CeBIT para explicar as ções, a Oni (que, por sinal, usa
vantagens do PLC e anunciar tecnologia da DS2) anunciou
que, em Julho, vai lançar no recentemente que irá apostar
mercado um novo “chipset”, o na rede eléctrica para um novo
DSS900X, capaz de proporcio- serviço de acesso por banda
nar débitos de 200 megabits larga à Internet. E não terá sido
por segundo (Mbps). por acaso que representantes de
Jorge Blasco, director da outros operadores portugueses
DS2, dividiu a sua apresen- de telecomunicações assistiram,
tação entre as características em Hanover, à apresentação da
do novo “chip” e a apologia empresa espanhola.
da tecnologia PLC. Afinal, “a O novo “chipset” DSS900X
CRIADO PARA O REFORÇO DA RELAÇÃO ENTRE ESTADO, AS PESSOAS E AS EMPRESAS
poderá ter várias aplicações,
podendo os modems que o
integrarão ser usados tanto nos
equipamentos domésticos como
nas soluções empresariais. A
largura de banda permitida é
programável e poderá ser ajus-
tada de acordo com as necessi-
dades.
Referem os responsáveis
da DS2 que a rapidez do novo
“chipset” e a tecnologia PLC
podem superar, entre 10 a 40
vezes, o que é proporcionado
por outras tecnologias, como o
ADSL ou as ligações por cabo
óptico. “O nosso modelo de
negócio é baseado em parcerias
com os nossos clientes, cujo
objectivo é ajudá-los a tirar o
melhor partido dos conheci-
mentos de que dispomos”, expli-
cou Jorge Blasco, para quem a
PLC poderá trazer “enormes
vantagens competitivas”.
● ISABEL GORJÃO SANTOS em Hanover
Tecla Windows + E —, aparecem dois
painéis: o do lado esquerdo, que apresenta
a estrutura dos discos e pastas do
computador em forma de árvore; e o do
lado direito, que mostra todo o conteúdo
do disco ou da pasta seleccionada no
painel da esquerda, ou seja, as pastas de
primeiro nível e os ficheiros nelas contidos.
Carregando na tecla End, o cursor
desloca-se para a última pasta ou o
último ficheiro da parte inferior da janela
activa, seleccionando-a(o) e permitindo
assim visualizar esta parte da janela. Isto
funciona tanto no painel das pastas do
lado esquerdo como no painel “normal”
da direita, que apresenta os ficheiros. Do
mesmo modo, carregando na tecla Home, o
cursor desloca-se para a primeira pasta ou
ficheiro da parte superior da janela activa,
permitindo visualizá-la.
Com uma pasta seleccionada no painel
das pastas do lado esquerdo, e estando
o teclado numérico activado — ou seja,
com a luz Num Lock acesa no teclado
—, carregando na tecla do asterisco (*) do
mesmo teclado numérico, o Explorador
mostra, no mesmo painel das pastas, todas
as pastas e subpastas contidas na pasta
seleccionada.
Na imagem, pode-se ver o que acontece
quando se carrega na tecla do asterisco
estando seleccionada a pasta Ficheiros
Comuns da pasta Programas. Note-se que,
no painel da direita, só são visíveis as pastas
de primeiro nível.

O novo Portal do Cidadão Ainda no painel das pastas do lado

esquerdo e estando o teclado numérico
activado, carregando na tecla da adição
(+) do mesmo teclado, o Explorador

S
ÃO MAIS de 700 os ser-
viços informativos e
transaccionais que a
administração pública
disponibiliza “on-line”
desde a semana passada, pre-
tendendo tornar cada vez mais
transparente a relação entre
ela, o cidadão e as empresas. O
projecto do Portal do Cidadão,
integrado no Plano de Acção
para a Sociedade da Informa-
ção do Governo, é um dos mais
emblemáticos dos que a Unidade
de Missão Inovação e Conheci-
mento (UMIC) tem em curso e,
certamente, um daqueles que se
traduzem num benefício mais
imediato para os cidadãos e as
empresas e outras entidades.
Presente na cerimónia de
apresentação do Portal do Cida-
dão, o primeiro-ministro, Durão
Barroso, afirmou que este portal
representa uma nova aliança
entre o Estado, os cidadãos e
as empresas, em linha com a
modernização da vida pública
e da própria administração
pública — onde, garantiu, está
a passar-se “uma revolução
tranquila”.
Já em Junho do ano passado
— durante a apresentação do
Plano de Acção para a Socie-
dade da Informação —, Durão
Barroso deixara vários “reca-
dos” à administração pública,
dizendo que tinha consciência
das resistências mas que o plano
era “mesmo para ser aplicado”.
Agora, o primeiro-ministro
elogiou o trabalho feito pela
equipa que desenvolveu o portal.
“Estamos a conseguir que haja
um novo espírito, com os respon-
sáveis dos vários organismos a
funcionarem em rede”, afirmou
ainda, salientando que nem
sempre é fácil que isso aconteça,
pois, muitas vezes, há um espí-
rito de “paroquialismo”.
Os mais de 700 servi-
ços agora acessíveis atra-
vés do Portal do Cidadão
(www.portaldocidadao.pt) são
resultado do trabalho conjunto
de mais de 120 entidades, que
destacaram um total de mais de
500 pessoas para este projecto.
Muitos dos dados e funcionalida-
des agora apresentadas no ende-
reço www.portaldocidadao.pt
estava já “on-line” mas dispersos
pelos diferentes sítios dos dife-
rentes ministérios e organismos,
dificultando o seu acesso por
parte do cidadão. O portal Info-
cid reunia também alguns dos
serviços agora apresentados no
Portal do Cidadão, tendo uma
parte das suas funcionalidades
sido agregada a este portal e
o seu endereço redireccionado
para esta nova morada da admi-
nistração pública na Internet.
De entre os serviços do Portal
do Cidadão, cerca de metade são
apenas informativos, oferecendo
aos cidadãos a resposta a dúvi-
das relacionadas com situações
que exigem normalmente uma
ida aos organismos públicos.
Toda a informação fornecida
pelas 120 entidades que parti-
cipam no projecto foi trabalhada
por uma equipa de edição, de
forma a tornar-se mais facil-
mente perceptível pelo cidadão,
respondendo às suas dúvidas.
As restantes funcionalida-
des dividem-se entre serviços
interactivos e transaccionais. Os
primeiros dizem respeito a tare-
fas que podem ser iniciadas no
portal mas que depois precisam
de ser completadas com uma
deslocação física aos balcões
das várias entidades; os tran-
saccionais podem ser iniciados e
finalizados “on-line”.
De todos os serviços, apenas
um é novo — o de alteração de
morada —, que ainda não pode
ser completado “on-line”. Mas
Exemplos do que
já se pode fazer
CIDADÃOS
● Pedir a alteração de morada em
14 entidades através de um
formulário único
● Fazer o pedido de uma certidão
do registo cível ou predial
● Simular o acesso à universidade,
a um crédito à habitação na
CGD ou a subsídios para o
Arrendamento Jovem
● Obter informação sobre
aconselhamento jurídico e
custas judiciais
● Pagar os impostos e obter
dados sobre benefícios fiscais
EMPRESAS
● Pedir um registo de marca ou
patente
● Receber informação sobre
todo o processo de criação,
suspensão ou encerramento
de uma empresa
● Consultar dados sobre um
plano de negócio
● Pedir certidões comerciais
● Entregar as declarações de IVA,
Segurança Social e IRC
Diogo Vasconcelos, gestor da
UMIC, reconhece que a apre-
sentação do portal é apenas o
primeiro passo de um trabalho
que terá de ter continuidade.
Destacando que este portal
reflecte uma mudança da rela-
ção do Estado com o cidadão,
Diogo Vasconcelos diz que a
UMIC está já a trabalhar na
segunda fase do projecto, para
colocar “on-line” mais serviços
e garantir que mais destes
possam ser completados na
Internet, dispensando a des-
locação física às repartições
públicas.
Também nesta segunda fase
estará incluída a adaptação do
portal às plataformas móveis,
possibilitando a sua utilização
através de telemóveis ou outros
equipamentos portáteis. Neste
caso, a UMIC está a trabalhar
com os operadores móveis, que
assumem os custos do projecto
no âmbito das contrapartidas
negociadas com o Estado, englo-
badas na atribuição das licenças
de operação da terceira geração
móvel (UMTS).
Também na segunda fase
está pensada a criação de um
centro de atendimento telefó-
nico para o cidadão, que per-
mita, através de uma chamada,
realizar grande parte das tare-
fas que são acessíveis “on-line”
e ter acesso a informação com
recurso a apenas um número de
telefone. Para já, o atendimento
telefónico que está ligado ao
Portal do Cidadão é assegurado
pelo Centro de Gestão das Lojas
do Cidadão. ● FÁTIMA CAÇADOR /
Casa dos Bits
mostra só as primeiras pastas contidas
na pasta seleccionada. No Windows XP,
esta funcionalidade está, por assim dizer,
activada por omissão, já que, quando se
carrega numa pasta com o cursor do rato,
são logo visualizadas aquelas pastas.
Estando uma pasta aberta neste painel,
ela pode ser fechada carregando na tecla
da subtracção (-) do teclado numérico. Em
qualquer destes casos, se o teclado numérico
não estiver activado, usa-se a combinação de
teclas Num Lock + tecla de asterisco, adição
ou subtracção, conforme o caso.
Utilizando as setas direccionais para a
direita e para a esquerda, consegue-se
o mesmo efeito que com as teclas de
adição e subtracção. Mas aquelas teclas
ainda permitem navegar dentro das
pastas, sempre no painel das pastas do
lado esquerdo da janela do Explorador do
Windows. Assim, se a pasta seleccionada
estiver expandida (ou seja, se estiverem à
vista as pastas que contém), carregando
na seta direccional para a direita, o cursor
desloca-se para a direita seleccionando a
primeira subpasta.
Se, por outro lado, a pasta seleccionada
estiver fechada (sem se ver as pastas que
contém), carregando na seta direccional
para a esquerda, o cursor desloca-se para a
esquerda seleccionando a pasta dentro da
qual se encontra a pasta que antes estava
seleccionada.●JOSÉ DOUTIL

S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4 computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O
Near Field
Communication
N
uma altura em que proliferam os disposi-
tivos Wi-Fi e em que muitos dos telefones
avançados vêm com Bluetooth, precisará
o mundo de mais um para comunicações
sem fios entre dispositivos electrónicos? A
Philips e a Sony parecem pensar que sim. Em 2002, as
duas empresas submeteram à ECMA — um organismo
de normalização — uma proposta para padronizar
um tipo de interface sem fios a que deram o nome de
“Near Field Communication”. Dois anos depois, estão
a passar do desenvolvimento à concretização prática
e anunciaram a criação do Near Field Communication
Forum, um organismo que pretende agregar à sua volta
as entidades interessadas na divulgação desta tecnolo-
gia. Curiosamente, a primeira entidade a mostrar o seu
interesse na adesão ao Forum foi a Visa, o que mostra
que este poderá vir a ter uma aplicação no âmbito dos
pagamentos.
O Near Field Communication (NFC) é, tão somente,
uma norma que permite que dois dispositivos iniciem
uma troca de dados segura, por meio de rádio, apenas
por serem colocados na proximidade um do outro. Os
proponentes da norma apontam, aliás, para a possibili-
dade de a comunicação se estabelecer quando os dois
dispositivos se tocam — o que é particularmente curioso
e incomum quanto ao funcionamento de outros proto-
colos sem fios.
A Philips e a Sony afirmam, não sem uma certa dose
de razão, que as normas actuais (Wi-Fi e Bluetooth) são
difíceis de configurar e pouco fáceis de usar em disposi-
tivos de electrónica de consumo. A necessidade de gerir
“passwords” para autenticação não é algo que se espere
no mundo das
televisões e dos
telecomandos.
Assim, a norma
NFC permite
que o estabele-
cimento de uma
sessão de comu-
nicação entre,
por exemplo, um
telefone móvel
com máquina
fotográfica e um
televisor, por forma a apresentar as imagens tiradas por
aquele, se estabeleça apenas por um toque — ou proxi-
midade de centímetros — entre os dois.
A beleza do NFC é que, apesar de permitir apenas
comunicações na ordem das centenas de kilobits por
segundo — 106, 212 ou 424 Kbps, muito longe, portanto,
dos 11 megabits por segundo do Wi-Fi —, possibilita o
estabelecimento inicial da sessão, que depois poderá
continuar usando Bluetooth ou mesmo outras normas.
O NFC seria, assim, o reconhecimento “face-a-face” do
mundo das comunicações sem fios. Esta característica
e o facto de ser muito barato de implantar irão facilitar
até a utilização de cartões inteligentes para autenticação
perante computadores e outros sistemas de informação.
Esta é uma tecnologia que pode ser facilmente integrada
em cartões inteligentes, abrindo caminho à substituição
dos leitores de cartões, cujo uso nunca se generalizou
no mundo dos PC.
Mas os membros do recém-criado fórum começam
também a explorar as ideias relativamente a serviços,
como a transferência de imagens de MMS para as
estações de impressão ou o descarregar de conteúdos
para dispositivos portáteis (nomeadamente, ficheiros
de áudio e de vídeo), usando o NFC como base para
estabelecer uma comunicação segura e processando,
em seguida, a transferência por meio de um protocolo
mais rápido.
Dada a natureza “facilitadora” desta tecnologia, não será
de admirar que os esforços do NFC Forum para a promo-
ver possam vir a ser coroados de êxito — em especial, se
entidades de fora da áreas da electrónica, como é o caso
da Visa e parece ser também o da Vivendi, começarem
a adoptá-la e a basearem nela planos e modelos de
negócio futuros. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
computadores .4
EMPRESAS PROPÕEM-SE REGISTAR AS MEMÓRIAS INDIVIDUAIS
Gravadores da vida diária
A
NOKIA ANUNCIOU na semana seCam, um gravador
passada o lançamento do
Lifeblog, um diário multi-
média gerível por telemó-
de imagens inserido
dentro de uma peça
de joalharia, por
vel. O “software” Lifeblog exemplo, e que foto-
deverá estar disponível no final de grafa o dia-a-dia do
Junho, para o próximo modelo 7610 seu utilizador sem
(ver notícia do anúncio na pág. 2) com que este tenha de
Multimedia Card (MMC), uma câmara accionar qualquer
digital de 1 megapixels, “zoom” de 4x botão.
e um custo previsto de 500 euros. As O “fotodiário”
especificações incluem uma versão em regista mais de
português e suporte de diferentes for- 150 fotografias por
matos — imagens, vídeos, mensagens hora, levantando
de som e texto. Desta forma, pode-se questões bastante
criar um diário digital arrumado por pertinentes sobre o
ordem cronológica, transferível para anonimato na vida
um computador com o sistema opera- diária. Mas os seus
tivo Windows. criadores defendem
Diferente dos blogues, o “software” estabelecer entre “relações, memórias, que a única forma
não permite a publicação num ende- eventos ou experiências”. de determinar os limites “é desenvolver
reço da Web, embora a Nokia esteja Os críticos deste tipo de projecto aler- a tecnologia e deixar as pessoas expe-
em testes com a ferramenta Typepad tam para que as “memórias digitais”, rimentá-la” — até porque ela permite
nesse sentido. embora possam interessar a muitas facilitar a vida àqueles que normal-
“O telemóvel está a tornar-se um pessoas, constituem uma ameaça à mente se esquecem de onde colocam as
gravador da vida”, refere Christian privacidade individual. “Estávamos chaves do carro ou de casa…
Lindholm, responsável pelo projecto interessados no âmbito do programa”, O MyLifeBits, projecto liderado na
na Nokia — o qual se integra num referiu Howard Shrobe, do laboratório Microsoft por Gordon Bell, pretende
plano mais vasto de ter “gestores de de inteligência artificial do Massachu- registar os livros lidos, filmes ou progra-
conteúdos pessoais”, à semelhança do setts Institute of Technology (MIT), mas de televisão vistos, programas de
que a Apple já faz com a integração de “em saber como ajudar uma pessoa a rádio escutados, cartas (electrónicas ou
conteúdos (música, vídeo ou fotografia) capturar e organizar a sua experiência” não) recebidas e enviadas. Em resumo,
no iLife, ou mesmo no domínio dos blo- pessoal. “É um tema de grande impor- tudo o que puder ser registado num
gues, como os “moblogs”, que podem ser tância para a inteligência artificial e a diário electrónico — embora a questão
actualizados a partir dos telemóveis. ciência cognitiva”. seja depois saber-se para que poderá
O projecto da Nokia surge um mês A agência não forneceu qualquer servir uma tão grande quantidade
após o Pentágono dos EUA pôr termo explicação pelo término do projecto de imagens e dados, tendo em conta
ao seu Lifelog, onde se pretendia criar (para além de “uma mudança nas o tempo disponível para os rever, ao
uma base de dados com prioridades”) mas mesmo tempo que se está igualmente a
todos os dados da vida PEDRO FONSECA investigadores interes- gravar a revisão dessas memórias.
pessoal de um indivíduo. sados mostraram-se Um outro projecto da Microsoft,
Gerido pela agência de investigação do desapontados ou convictos de que ela denominado Aura, serve igualmente
Departamento de Defesa norte-ameri- continuará atenta a esta linha de inves- como registo de interacções entre o seu
cano (DARPA), o Lifelog visava registar tigação através das empresas onde esta utilizador e os objectos que o rodeiam.
tudo o que uma pessoa pudesse fazer: é desenvolvida. O Aura pretende usar os equipamentos
telefonemas efectuados ou recebidos, A ideia da Nokia surge após o pro- móveis (telemóveis ou computadores
programas de televisão vistos, jornais e jecto da Apple mas também da Micro- de bolso, por exemplo) para interagir
revistas lidos, as viagens efectuadas ou soft, com o MyLifeBits (ver “Memórias com objectos físicos e obter informação
o registo do correio electrónico enviado de aluguer”, Computadores de 6-1- pela Internet, registando dados sobre
e recebido. Neste “oceano de informa- 2003). Uma das tecnologias apresenta- os mesmos. Ou seja, mais uma contri-
ção”, os investigadores poderiam então das recentemente pela empresa de Bill buição para uma enorme base de dados
determinar caminhos distintos para Gates no Microsoft TechFest foi a Sen- das memórias individuais. ●
Pelo direito ao esquecimento
Portugal não parece mostrar grande interesse pela sua “reproduzir a maneira como nós nos lembrámos e a maneira
memória colectiva, como defendem muitos historiadores. como nós pensámos, que é essencialmente por associação”.
Uma empresa que pretende modificar isso tem um Por outro lado, salienta Pacheco Pereira, há os problemas de
holandês à cabeça. Chama-se Digital Memories Portugal “me roubarem a minha vida” inscrita no disco, o “ficar viciado
e quer registar em formato digital os efeitos práticos pelos bons momentos da minha vida” ou “tentar alterá-la”. Algo
— “as memórias digitais” — de eventos. O objectivo é que é mais difícil num MyLifeBits universal como os blogues,
armazenar e partilhar algumas dessas memórias, desde em que se passou “a ter um suporte físico para a memória,
vídeos a fotografias, protectores de ecrã a imagens para que nos vai lembrar coisas que quereríamos esquecer,
telemóveis (ver “Partilhar ‘Memórias Digitais’ dos Eventos”, eventualmente que nos vai lembrar coisas que quereríamos
Computadores, 22-9-2003). sempre lembrar”.“A nossa relação com o nosso passado vai
Em paralelo, uma discussão que poderia ser pública sobre os mudar muito”, até porque pode suceder que “uma pessoa deixa
impactos e repercussões de projectos como o MyLifeBits foi como herança aos seus familiares, aos seus filhos, a sua vida
discretamente organizada pela Ordem dos Advogados em registada, com todos os inconvenientes”.
Novembro último, com a transcrição disponível “on-line” desde Se, para José Miguel Júdice, “esta ideia de termos a memória
Janeiro. Motivada por um texto escrito sobre este assunto em toda registada, a nossa memória, é uma ideia fascinante,
Janeiro de 2003, no PÚBLICO, por Pacheco Pereira, estiveram como a loucura”, Mariano Gago considerou que, “de todas
presentes, a par do eurodeputado, o ex-ministro Mariano Gago, as vezes que houve um suporte técnico de informação que
o deputado José Magalhães, o bastonário José Miguel Júdice e compactou, que permitiu compactar aquilo que parecia
o advogado Lopes Rocha. muito confuso, houve um enorme fascínio” e “um sentimento
Pacheco Pereira apresenta uma visão curiosa, em que o de finitude”. Mas “as possibilidades que pessoas ou
software do MyLifeBits pode também ser usado como organizações, com mais poder que outras, tenham de oprimir,
memória das instituições. No lado pessoal, especifica: “Posso é obviamente maior”, apesar de “a capacidade de resistência
pôr não só o texto de todos os livros que li, o texto de todos também [ser] maior”. E avisa que “quem tiver, nas próximas
os livros que tenho na minha biblioteca, o texto de todos os décadas, alguma dúvida sobre os sistemas securitários e tiver
jornais que li ou não li, as imagens de vídeo que grave, os actividade sindical, cívica, política, etc. não deve ter ficheiros
discos da minha discoteca, os que ouço e não ouço, e isso de memória exaustivos. [...] É um perigo gravíssimo”. Porque “a
cabe tudo dentro de um disco” de computador. O problema lei do esquecimento é o bálsamo de muitas coisas”, salientou
“é que não basta apenas a capacidade de armazenamento, José Magalhães. “Garante que ninguém seja perseguido pelo
é necessário encontrar um ‘software’ de procura que seu próprio passado para além de um determinado limite.
corresponda à maneira como nós pensamos”, que possa Gera uma espécie de prescrição”. ● P.F.
S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4 computadores .5

agenda
isQED 2004 –
5 th International
Symposium on Quality
Electronic Design
Data: 22-03-2004
a 24-03-2004
Local: San Jose, Califórnia,
EUA
Contacto: Melissa Wil-
derkehr
E-mail:
wilderkehr@isqed.org
URL: www.isqed.org
TACoS – International
Workshop on Test and
Analysis of Component
Based Systems
Data: 27-03-2004
a 28-03-2004
Local: Barcelona,
Espanha
E-mail:tacos04@disco.unimib.it
URL:www.lta.disco.
unimib.it/tacos
ETAPS 2004– European
Joint Conferences on the
Theory and Practice of
Software
Data: 27-03-2004
a 4-04-2004
Local: Barcelona, Espanha
Contacto: Fernando
Orejas
E-mail: etaps04@lsi.upc.es
URL:www.lta.disco.
unimib.it/tacos
ITSW 2004– 11th
International Test
Synthesis Workshop
Data: 4-04-2004
a 7-04-2004
Local: Santa Barbara,
Califórnia, EUA
E-mail:register@
computer.org
URL: www.tttc-itsw.org
Coll Chips VII –
An International
Symposium
on Low-Power
and High Speed Chips
Data: 14-04-2004
a 16-04-2004
Local: Yokohama, Japão
Contacto: Secretariat
E-mail: cool@coolchips.org
URL: www.coolchips.org
EWME 2004 – 5th
European Workshop
on Microelectronics
Education
Data: 15-04-2004 a 16-04-
2004
Local: Lausanne, Suíça
Contacto: Marie Halm
(Local Secretariat)
E-mail:
marie.halm@epfl.ch
URL: ewme2004.epfl.ch
DDECS – 7th IEEE
Workshop on Design &
Diagnostic of Electronic
Circuits & Systems
Data: 18-04-2004
a 21-04-2004
Local: Tatranská Lomnica,
Eslováquia
Contacto:
Sybille Hellebrand
E-mail: sybille.hellebrand
@uible.ac.at
URL: www.ui.savda.sk/
DDECS2004
computadores .6
E
STÁ disponível,
a partir de hoje,
uma nova versão
do AutoCAD. A
versão 2005 é
lançada hoje em simul-
tâneo em todo o mundo.
Em versões anteriores do
AutoCAD analisadas no
Computadores, a principal
questão que se colocava
à partida era: quantas e
quais as novas funções de
desenho passaram a estar
disponíveis?
A partir da versão 2002,
começou, no entanto, a
perceber-se que seria difícil
surgirem novas ferramentas
de desenho espectaculares.
Também começou a perce-
ber-se que a Autodesk avan-
çava para um ciclo mais
apertado de lançamentos na
família AutoCAD. Destas
tendências opostas resul-
tava uma aparente contra-
dição para a Autodesk. Mas
o que parecia contradição
era, afinal, uma estratégia
(ver caixa ao lado).
Então quais são as
novidades do AutoCAD
2005? Que novos caminhos
trilha a aplicação de dese-
nho assistido por computa-
dor mais usada em todo o
mundo?
A promoção da versão
2005 dá um ênfase enorme
à satisfação dos desejos dos
utilizadores. É como se a
Autodesk decidisse aprovei-
tar esta fase de estabilidade
e supremacia para limpar a UM OLHAR DE UTILIZADOR SOBRE O AUTOC
casa — e também procurar
nas bases a inspiração para
continuar a difícil tarefa de
continuar a inovar.
Resultado: os
gramadores pegaram na
“lista de desejos” (“wish
list”) votada pelos mem-
pro-
Rumo ao project
por compu
bros do AutoCAD User
Group International (
www.augi.com ) e incor-
poraram nove em cada
dez pedidos mais comuns.
Além disso, incluíram inú-
meras pequenas funciona-
lidades, que, na maioria,
quase nem são anunciadas Word — ferramenta bem dentro desse objectos, paletas de ferramentas Na verdade, o tempo
— por norma, disponíveis construída, que elimina evitando todo o esforço de (“tool palettes”) amadure- que mediou entre as ver-
em pequenos programas um dos trabalhos mais aproximação do conteúdo ceram: está mais simples sões 2004 e 2005 também
e rotinas comuns entre aborrecidos de certo tipo dessas células usar, criar permitiu aos utilizadores
os utilizadores mais espe- de desenhos, acabando as ao grafismo HENRIQUE SAIAS ou adaptar habituarem-se a estas
cializados (conhecidos na tabelas desenhadas com e à escala do estas caixas caixas flutuantes e dinâ-
gíria por “power users”). linhas e o texto em entida- desenho em que estão inse- introduzidas na versão micas, que tanto contras-
des avulsas. ridos — uma antiga dor de 2004. Pensadas para tirar tam com as tradicionais
Novidades na interface Foi também aperfei- cabeça. Há mais, mas seria partido total do “drag-n- caixas de diálogo que
Por outro lado, a Autodesk çoada a possibilidade de fastidioso descrever todas drop” (arrastar e largar, são a norma do Windows.
alterou ligeiramente a introduzir objectos como estas pequenas novidades. em português), associam Aparentemente desajei-
interface, aqui e ali, para tabelas do Excel dentro Mais uma vez, há mais agora todo um conjunto de tadas, a princípio e para
potenciar usos novos e dos desenhos. Hoje, já é apuramento que espam- propriedades aos objectos alguns, hoje são já indis-
facilitados — por exem- possível formatar o texto panantes novidades. As nelas carregadas. pensáveis, em especial
plo, a possibilidade de
agrupar “layers”. Este
agrupamento não passa de
uma forma no género de A colaboração no AutoCAD 2005
o Explorer (arvorezinha)
gerir e guardar, agru- No universo altamente um lado, encolhe — Já não interessa se o nosso engenheiro estiver de férias
pando os filtros de selecção competitivo de hoje, é tornando-se as distâncias “download” vem de Cascais no Porto? Quanto é que
há muito disponíveis. fundamental permitir mais curtas —, por outro, ou de Vancouver. Está ali, na custa juntá-los na mesma
Novidade importante a colaboração entre os cresce desmesuradamente, ponta do rato, estendendo sala? Quanto tempo
no desenho é a possibili- vários intervenientes na estendendo o gabinete de o nosso universo até ao demora enviar um CD pelo
dade de usar o comando criação e execução de projecto aos quatro cantos outro lado do mundo. correio?
“trim” (aparar) num qualquer projecto. Já não do mundo. Por norma, Mas… e se for nos dois Se tempo é dinheiro,
“hatch” (trama). Relevante há navegadores solitários, este conceito é facilmente sentidos? E se o arquitecto não será a distância um
para muitos utilizado- todos os projectos são compreendido quando é estiver em Itália e o desperdício de recursos?
res é a possibilidade de realizados em equipa. só num sentido, da Internet construtor no Algarve? E Mesmo que o nosso
criar verdadeiras tabelas Mas se a aldeia global, por para o nosso computador. se for em três sentidos e o colaborador esteja na sala
perfeitamente manipulá-
veis, semelhantes às do
S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4

AD 2005, DA AUTODESK
to assistido
utador
com as novas potencia-
lidades introduzidas na
versão 2005. Há mais
melhorias, de aspecto,
de organização e de fun-
cionalidade; mas, à seme-
lhança das novidades
de desenho, nada como
senti-las ao vivo, com as
“mãos na massa”.
CAD ou CAP?
CAD todos sabem o que é.
CAP (Computer Assisted
ao lado, gasta-se tempo-
dinheiro a imprimir versões
para revisão, a actualizar
versões e incorporar
alterações.
Tantas perguntas,
uma resposta:
colaboração. Fazer que,
independentemente
da distância física entre
colaboradores, pareça
Project) é o conceito que novo conjunto de funcio-
parece estar subjacente a nalidades que, associado
esta nova família de pro- à expansão do papel
dutos da Autodesk. Esta é dos DWF (o formato da
a tal novidade que, só por Autodesk, comparável ao
si, faz do “upgrade” um PDF, da Adobe), permite
investimento muito inte- gerir, partilhar, editar,
ressante. Este conceito é imprimir ou arquivar
o verdadeiro valor acres- um conjunto de docu-
centado do 2005. Vejamos mentos como um único
como. projecto. É acrescentada
O Sheet Set Manager esta capacidade de fazer
(Gestor de Conjunto de todas as operações com
Folhas do Projecto) é um vários ficheiros, que
que trabalham todos no tudo o que não se gasta, a
mesmo computador, nos colaboração é o passo que
mesmos ficheiros, que se segue. Já conquistámos
estejam todos na mesma um fabuloso poder de
sala a trocar ideias em computação, a quantidade
tempo real — as pessoas de RAM já não é problema,
conversam em tempo real, a impressão é rápida e em
não é? “background”; faltava juntar
No mundo actual, em todos os intervenientes do
que a produtividade é projecto no mesmo espaço,
decisiva, em que se ganha embora virtual. ● H.S.
S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4
podem estar dispersos
numa rede ou juntos na
mesma directoria, tra-
tando todo o conjunto de
uma assentada.
Os pontos fortes são a
simplicidade na gestão, a
garantia de integridade
dos dados mas também a
capacidade de incorporar
anotações e correcções
(“redline”) realizadas por
outros utilizadores. Estas
operações neste ambiente
controlado também ficam
identificadas, de modo a
possibilitar a gestão de
versões e algum modo
de “workflow” (fluxo de
documentos). Ao usar
esta ferramenta, percebe-
se que ela não interessa
apenas às grandes equi-
pas de projecto: qualquer
destes tem várias peças
desenhadas que têm de
ser geridas em conjunto,
ser todas impressas, ser
todas arquivadas.
E o arquivo também
contém memórias descriti-
vas ou outros documentos
(de Word, por exemplo).
Este sistema permite agre-
gar todos estes elementos
e manter o projecto como
um todo — por exemplo, é
possível gerir as legendas
de todos os desenhos sem
ter que os abrir um a um.
Poupar tempo
Na realidade, a poupança
de tempo — directamente
ou na correcção de erros —
é óbvia para todos os níveis
de utilizadores. Não deve
haver muitos projectos só
com um ficheiro DWG; ao
integrar de modo incrivel-
mente simplificado as fun-
cionalidades de complexos
gestores de projectos (como
o AutoManager Workflow,
por exemplo), a Autodesk
explora um outro campo da
produtividade.
A simplicidade acaba
por ser a chave para a
adesão dos profissionais.
O “CAP” representa,
assim, provavelmente o
mais relevante salto estra-
tégico do AutoCAD desde
a mudança do sistema
operativo DOS para o
ambiente Windows. Resta
ver a integração entre
as várias aplicações da
família AutoCAD (ADT,
topografia, etc.).
Como já vimos, não
tem cabimento comparar
esta versão do AutoCAD
com outras e avaliar
opções. Vale, sim, a pena
analisar o que é que a
Autodesk oferece em troca
da renda que pede. Se o
utilizador é penalizado
pela posição de liderança
incontestada da Autodesk
no mercado mundial do
CAD. Ou se a Autodesk
continua a representar
maior produtividade por
posto de trabalho.
Ora o AutoCAD 2005
representa o sim. Veremos
se a versão 2006 conseguirá
surpreender-nos. Na aldeia
global, há sempre espaço
para a inovação. ●
‘Agarrar’ os utilizadores
Ao longo dos seus 22 anos de existência, a Autodesk
afirmou-se, de facto, como a plataforma mais popular de
desenho com CAD. Hoje, não há concorrência ou paralelo,
no mundo do CAD, para os seus 6 milhões de licenças
registadas. Ao ponto de, à semelhança de outras grandes
editoras de “software”, quando uma empresa desenvolve
uma tecnologia passível de interessar às suas aplicações
ou estratégias, a Autodesk pura e simplesmente compra-a.
Vemos isto com a Microsoft ou a IBM, por exemplo.
Mas a Autodesk não se impôs por desmembrar, destruir
ou abafar a concorrência (excepto, talvez, no caso do
InteliCAD). O sucesso da Autodesk surge da excelência
das soluções e das formas como aborda o mercado — as
quais, várias vezes, foram postas em dúvida. No entanto,
a visão de Carol Bartz, “chief executive officer” (CEO)
desde 1992, vingou. Nalguns casos, a Autodesk corrigiu
trajectórias; noutros, impôs o improvável aos concorrentes
mas ganhou.
O AutoCAD 2005 demonstra hoje este facto. O AutoCAD é
tão senhor deste segmento que a Autodesk se dá ao luxo
de estruturar a sua própria lógica comercial — ou seja,
como todos os gigantes globais, têm uma forma própria
de criar e consolidar a sua supremacia. O modo como a
Microsoft, por exemplo, coloca o Windows no fabricante
de PC (em vez de esperar que o cliente o vá comprar à
loja depois de ter o computador) não é igual ao da Oracle.
Mas também há casos de insucesso, como o da Corel,
que apostou quase tudo no Linux como alternativa ao
Windows e perdeu.
Ora o da Autodesk resultou. A sua lógica comercial tem
obviamente várias vertentes, de que destacaremos dois
aspectos de capitalização do seu mercado: garantir que
surjam “naturalmente” novos utilizadores (2 milhões de
novos estudantes preparados para usar as tecnologias
da Autodesk por ano, em mais de 50 mil escolas, do
MIT ao IST, complementados pelos mais de 1 milhar de
centros de formação reconhecidos); ao mesmo tempo,
pegar na base instalada e transformar estes clientes em
consumidores regulares.
Em teoria, a ausência de concorrência pode tentar
as empresas a adoptarem as “famosas” práticas
monopolistas — bem consideradas, pelas autoridades e
entidades reguladoras dos mercados, como prejudiciais
para o consumidor. Mas o facto de criar clientes
regulares das suas actualizações equilibra a balança
que a falta de concorrência poderá fazer pender
perigosamente para um dos lados: a Autodesk assume,
assim, um risco de arruinar o seu negócio talvez maior
do que se concorresse com um punhado de ferozes
criadores de ferramentas de desenho. Passa a focar-se
em “viciar” os clientes mas numa fase em que quase
tudo parece estar inventado em termos de comandos
e ferramentas de CAD. Ora esta é a garantia para os
consumidores.
E, por outro lado, a Autodesk está em bolsa, com
accionistas sequiosos de curvas de lucros crescentes.
Daí a estratégia da renda anual (chamada “subscrição”),
que garante actualizações automáticas sem ter que se
comprar “upgrades” mais caros. Só que a renda anual é
absolutamente razoável: tirar partido da última tecnologia
custa cerca de 400 euros por ano (33 euros por mês) por
cada posto de produção — menos do que assinar a TV
Cabo com um ou outro canal “premium”. Embora, para as
grandes empresas, o essencial seja mais a previsibilidade
dos investimentos em vez do imprevisto surgimento de
“upgrades”.
E ainda quanto às versões anuais atraentes quando tudo
parece já inventado, o certo é que a Autodesk já sabe o
que irão ser as próximas duas ou três versões do AutoCAD
— isto é, há um caminho a percorrer para os utilizadores
do AutoCAD e novidades para os manter. Porque, agora, a
estratégia é “agarrar” os clientes com segurança. ● H.S.
computadores .7
 virose
Dia 22

OS VÍRUS DA SEMANA
W97M/Alamat, VBS/Alphae,
W97M/Cobra.a1, WM/MDMA.C;D;H,
Autor do Bagle cria novas variantes do ‘verme’ W97M/Yous
A semana que passou caracterizou-se por uma quase invasão de novas Bagle.Q explora velha Dia 23
variantes do “worm” de distribuição em massa por E-mail que dá pelo falha do Outlook W97M/Bablas.aj, VBS/
nome de Bagle. Três dessas variantes, descobertas no Valentin@MM, WM/Niknat.A,
princípio da semana, diferem das anteriores pelo Surgida já no final da semana, a variante Q WM/ANGUS.A, WM/ANGUS.A, WM/
facto de usarem um truque utilizado para do Bagle já não precisa do ficheiro anexo para MDMA.C;D;H, TRASHER.D, W97M/
combater os ataques de “spam” de desencadear a infecção num computador Melissa.o@mm, W97M/Cobra.a1,
VBS/San@M, WM/NOMVIR.A;B,
modo a tentarem não ser —explorando, antes, uma velha falha do
W97M/Alamat, W97M/Azrael
detectados pelos programas Outlook, para a qual a Microsoft disponibilizou
antivírus. um “patch” em Dia 24
O Bagle abre uma “back Outubro do W32/Winur.worm.a, W32/
door” nos computadores ano passado. Winur.worm.b, W97M/Alamat,
infectados para que estes possam Esta variante W97M/Cobra.a1, WM/
ser utilizados como “gateways” de do “worm”, para além CONCEPT.L;M, WM/MDMA.C;D;H,
WM/ANGUS.A, W97M/Bablas.aj
correio electrónico a fim de difundirem de se propagar
mensagens do tipo “spam”. Como já antes normalmente através Dia 25
se referiu, desde o último fim-de-semana do dos ficheiros anexos W32/Urick@MM, WM/MDMA.C;D;H,
mês de Fevereiro que as diferentes variantes das mensagens que Acid.A (intended), W97M/Jackal.A,
do Bagle são propagadas usando ficheiros envia, também infecta AOS.A, W97M/Cobra.a1, X97M/Anis,
em formato zip cifrados, vindo a palavra-passe os computadores que não W97M/Multi.a, W97M/Alamat,
necessária à sua decifragem incluída no texto da tenham instalado aquele W32/Winur.worm.b, W32/
Winur.worm.a, X97M/Hongo.c,
mensagem a que o ficheiro zip está anexado. “patch” pelo simples
VBS/Alphae, VBS/Zync
Perante a resposta das empresas de programas antivírus facto de se ver uma
— que actualizaram os seus programas para procurar aquela mensagem no painel Dia 26
palavra-passe e decifrar os ficheiros zip —, o autor do Bagle de pré-visualização. W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1,
criou novas versões do “worm” (em geral, denominadas como N, O Esta mensagem é enviada WM/TAMAGO.A, WM/MDMA.C;D;H,
e P) que produzem a palavra-passe sob a forma de um ficheiro do tipo em formato HTML contendo um W95/CIH.1003, VBS/Gaggle@MM,
gráfico ou de imagem. URL que descarrega automaticamente um ficheiro com extensão X97M/Reten.d
Este novo truque — já antes utilizado em páginas da Web para esconder .html, que, no decurso do “download”, desencadeia um “script”
Dia 27
endereços de E-mail das buscas de alvos para ataques de “spam” — torna em VisualBasic — o qual faz descarregar, por sua vez, o ficheiro VBS/Gaggle@MM, WM/
inútil o anterior método de detecção da palavra-passe, que só procurava contendo o Bagle.Q através de um pedido de Http à porta TCP MDMA.C;D;H, WM/HELPER.F;G;H,
texto. Mas, segundo as próprias empresas de programas antivírus 81 do computador que enviou o “worm”. Este é gravado então no W97M/Jackal.A, W97M/Cobra.a1,
afirmam, este truque foi fácil de ultrapassar, já que, segundo parece, computador infectado com o nome Directs.exe. W97M/Alamat, W97M/Trugbar.a
os seus programas não precisam de descomprimir por completo os Para conseguir este tipo de propagação, o autor do Bagle utiliza uma lista
ficheiros para detectarem os vírus. de 600 endereços de IP, todos aparentemente de computadores “caseiros” Dia 28
W97M/Ekiam, W97M/Alamat,
Também no sentido de complicar a sua detecção, as últimas variantes com ligações por ADSL à Internet já infectados por anteriores variantes
W97M/Cobra.a1, VBS/
do Bagle passaram a ser igualmente propagadas através de ficheiros em do “worm” — e que terão sido actualizados de modo a enviarem cópias Baracu.A@mm, W97M/Este, WM/
formato Rar, outra forma de ficheiros comprimidos menos usada que o do novo “worm” para qualquer computador que não tenha aplicado o Eraser.B;C:Tw, WM/MDMA.C;D;H,
formato Zip. “patch” que colmata a referida falha do Outlook. ● JOSÉ DOUTIL VBS/Gaggle@MM, W97M/Clave.a

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4
WEBMANIA

E nfrenta o problema, não estás

sozinho(a)” é a mensagem que
esta página pretende transmitir.
Médicos, investigadores, “designers”
e artistas juntaram-se num projecto
de alerta para problemas de saúde

O BEIJO
dos jovens como as disfunções
alimentares, a depressão, o
alcoolismo, a dependência de
drogas duras, a violência sexual,
física e psicológica nas famílias.
Animações com narração por vozes
conhecidas, como as de Sarah
Jessica Parker, Catherine Zeta-Jones
ou Nicole Kidman, introduzem a
primeira abordagem aos problemas.
O ponto de partida é o auto-
reconhecimento do problema, nomeadamente explicando os sintomas mais usuais de cada doença.
Fóruns e espaços de interacção estão disponíveis para a partilha dos percursos de recuperação, passo
www.facetheissue.com a passo, refeição a refeição, dia a dia. Porque o caminho é longo e não é fácil de percorrer, as pequenas
vitórias devem ser acompanhadas e valorizadas. ● mulher.aranha@publico.pt

W
WEBBMMAANNI IAA
www.alentejodigital.pt www.zedosbois.org www.unilat.org www.building-utopolis.com

Z é dos Bois. Galeria. Espaço de

criação, exposição, espectáculo,
no Bairro Alto, no coração de Lisboa.
Uma programação alternativa,
bem diferente do que se pode
esperar, é levada a cabo temporada
após temporada. Zé dos Bois.
“Estrutura de criação, programação,
confronto, experimentação e sistema de referências históricas e
divulgação de propostas emergentes
E sta é a página da União Latina.
Fundada pela Convenção de Madrid
em 1954, existe como instituição
apenas a partir de 1983. Dela fazem
parte 35 Estados, unidos por um
património linguístico comum: uma
língua românica. Com origens muito
diversas, estes povos partilham “um
P reso no trânsito, quantas vezes
já amaldiçoou a desorganização
urbanística da sua cidade? Imaginar
uma cidade tem muito que se lhe diga
culturais” — conforme pode ler-se na e só a experiência consegue atestar

P ara quem julga que o Alentejo

ainda vai mais parado que devagar,
aqui esta um exemplo de como as
comprometidas com as estéticas e
tecnologias contemporâneas”. A partir
daqui, tudo parece possível… ●
realmente cada solução. As crianças
sonham e fazem nascer bairros, aldeias,
vilas e cidades encaixando as famosas
coisas vão mudando, apesar das peças de Lego. E os adultos também!
dificuldades. Programa co-financiado Esta página tem a imagem de sonhos
pelo Governo português e pela União arquitectónicos — talvez do domínio
Europeia, o Alentejo Digital apresenta- da utopia — construídos com pecinhas
se como um projecto na área da de encaixar… ●
informação e da prestação de serviços
aos cidadãos. Os 47 concelhos da região
alentejana encontram-se, assim, ligados sua página. Desenvolve trabalho com
por uma intranet que lhes permite o objectivo de promoção das culturas
uma interactividade permanente. Os e das línguas latinas, sobretudo em três
alentejanos são desafiados a participar domínios: nas belas-artes e na literatura,
activamente no portal através da no ensino dos idiomas neolatinos nos
disponibilização de conteúdos através países-membros, e no desenvolvimento
das “bolsas de interactividade”. ● da terminologia cientifica e técnica.
Valerá a pena uma espreitadela. ●

www.musee-renaissance.fr

A página oficial do Musée National de la Renaissance pertence à rede

pública francesa de museus. Neste seu sítio, pode visitar algumas das
peças das colecções que ele detém sobre este período histórico em França.
Pode o cibernauta descobrir as colecções de pintura, escultura, mobiliário,
artes da lã e da seda, do fogo e do metal que se encontram no Château
D’Ecouen, 20 km a norte de Paris. Se não puder lá deslocar-se, conseguirá,
através da informação disponível sobre a Rede Renascimento, descobrir qual
a colecção geograficamente mais próxima de si. E, se quiser, poderá enviar a
um amigo um postal electrónico de um pormenor do espólio do museu! ●

S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4 computadores .9
 FICHA S H A R E WA R E

GRAFFITI 3, DA BORIS

Animação de títulos para

Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa
Computadores
é publicado às segundas-feiras
E-Mail
computadores@publico.pt
Tel. 21-0111168
Fax 21-0111008
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em sua casa ou levante-o no seu
posto de venda habitual com os
suplementos Computadores e
Economia.
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Tel.: 808 200 095 (custo chamada
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Assinatura anual (52 exemplares):
Portugal €36.40
Europa €117.00
Resto do Mundo €189.80
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
vídeo, a Web, CD-ROM e DVD
A
PRODUÇÃO E A EDIÇÃO
de vídeo digital é
uma das actividades
que ganhou maior
popularidade junto qualquer tipo de texto, em qualquer
dos utilizadores informáticos. A
proliferação das câmaras de filmar
digitais, em formato MiniDV ou
Digital8, a constante redução
de preços e a possibilidade de
estas serem ligadas a um vulgar
PC através de um
simples cabo Firewire NUNO BERNARDO
permitem a qualquer
pessoa tornar-se num realizador…
pelo menos, dos seus vídeos
familiares. Em edições anteriores
de Shareware, já analisamos
várias aplicações que permitem
editar vídeo, ou seja, cortar e colar
os melhores momentos registados
em vídeo, aplicar efeitos e até
melhorar a cor e a qualidade de
imagem.
Desta vez, abordaremos um
tema muito importante para
quem se quer dedicar à edição
de vídeo digital: a criação de
animações, títulos e legendas.
Para o efeito, escolhemos o recém-
lançado Graffiti 3, da empresa
norte-americana Boris, conhecida
no mercado do vídeo digital pelas
suas aplicações de criação de
efeitos especiais, como o Boris FX
e o Boris RED. Apesar de estas
aplicações custarem algumas
centenas de euros, muitos
utilizadores domésticos talvez já
as tenham experimentado, pois,
muitas vezes, versões reduzidas
destes programas da Boris são
oferecidas na aquisição de placas
de captura e manuseamento de
vídeo digital.
O Boris Graffiti 3 permite
criar títulos e legendas, animados
ou não, a duas dimensões ou
mesmo a três dimensões. Estes
títulos poderão ser usados em
vídeo (colados sobre a imagem)
para, por exemplo, identificar o
conteúdo do filme que se vai ver
— “As Férias da Família Silva”
— ou para juntar comentários e
textos divertidos sobre às imagens
captadas no último encontro
familiar. Imagine-se uma cena
onde alguém se distrai e cai na
piscina: ela ficará mais divertida
se se colar sobre a imagem um
comentário do tipo “Bem te avisei”;
ou animar um título “Que bicho te
mordeu” a correr ao lado de uma
cara menos alegre.
O programa permite adicionar
formato, usando qualquer tipo
de letra existente no computador
— e aplicar sobre o título qualquer
efeito especial ou animação.
Se usado com moderação e de
forma oportuna, o Boris Graffiti
poderá tornar os
vídeos domésticos
em peças divertidas e
animadas, que captarão a atenção
dos espectadores. O programa
poderá ainda ser usado para criar
uma listagem para correr no fim
do vídeo, com o nome de todos os
intervenientes, tal e qual acontece
nos filmes que se vê no cinema ou
em casa.
Para além da criação de títulos
e legendas para vídeos digitais,
o programa da Boris pode ainda
ser usado para muitos outros
fins — como a criação de menus
para DVD. Depois de editar o seu
vídeo com imagens das últimas
férias, o utilizador irá certamente
As funcionalidades do
Boris Graffiti podem ainda
ser usadas para a criação
de animações com o mais
variado tipo de texto,
quadros, tabelas, exportadas
directamente do Microsoft
Excel, ou gráficos com, por
exemplo, a evolução mensal
das vendas da empresa.
E, aqui, entra-se numa
utilização mais profissional
do programa.
Saindo do ambiente
de vídeo digital, o Graffiti
poderá ser usado para a
criação de apresentações
empresariais mais
apelativas, onde números
e factos surgem com as
mais variadas animações
e efeitos. A vantagem do
programa é que a mesma
animação pode ser usada
numa apresentação, num
CD-ROM a entregar a
clientes e parceiros, aplicado
sobre o vídeo institucional
da empresa ou exportado
sobre a forma de animação
Macromedia Flash para
ser publicada no sítio da
empresa na Web.
As funcionalidades
aqui apresentadas do Boris
querer criar um DVD Graffiti são apenas uma pequena
para arquivo ou para amostra do que o programa é capaz
poder dar cópias a de proporcionar. Para analisar
familiares e amigos. todos os seus pontos fortes,
A partir do Graffiti, aconselha-se vivamente a visita
torna-se possível criar ao sítio da Boris na Web e a cópia
a interface, ou seja, a de uma versão de demonstração
página de entrada do — para usar durante 15 dias (
DVD, todos os ecrãs http://www.borisfx.com ). Assim,
de navegação ou poder-se-á comprovar se o que o
animações que tornem programa oferece justifica o seu
o DVD mais atraente. preço — e aqui reside o principal
A criação destas problema: são necessários
imagens faz-se de quase 500 euros para registar o
forma bastante programa, o que o limita quase a
simples e, no final, uma utilização profissional.
o resultado não é importado Os utilizadores domésticos
na aplicação de edição de vídeo poderão ter a sorte de receberem
digital mas, sim, exportado como uma versão limitada do Graffiti
imagem TIFF ou JPEG. Depois, é ao adquirirem uma placa de
só abrir a aplicação de criar DVD, tratamento de vídeo digital ou
importar os vídeos e as imagens um programa de edição de vídeo.
criadas no Graffiti, estabelecer Ou esperar que a Boris crie uma
as ligações e, em poucos minutos, versão mais limitada — e mais
ter-se-á um DVD pronto para ser barata — do programa, como já
visto no grande ecrã lá de casa e acontece com outros produtos da
impressionar a audiência. empresa. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4

S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4
computadores .10
 JOGOS
‘007 James Bond Everything or Nothing’
J
AMES BOND não precisa de
apresentações no que toca ao
cinema. Em relação aos jogos,
nem sempre tem sido assim.
Mas está a melhorar de forma
e “Everything or Nothing” é um exce-
lente jogo de acção. Disponível para as
consolas de 128 bits, este novo James
Bond interactivo é, se calhar, aquele
que melhor capta o espírito desta série
quarentona, conhecida pelo mundo
inteiro.
A opção pela visão na terceira
pessoa revela ser a melhor, pois vemos
o agente e facilmente reconhecemos a
fisionomia de Pierce Brosnan, o actor
que tem encarnado o personagem.
Por outro lado, o tipo de missões, a
montagem cinematográfica, os acon-
tecimentos aventureiros, os “gadgets”
tecnológicos e os efeitos especiais são
idênticos ao de qualquer dos filmes. Até
os adversários podem ser velhos conhe-
cidos, como o “renascido” Jaws, que tem
papel de “boss” no jogo.
Com três níveis de dificuldade pos-
síveis, “Everything or Nothing” é aces-
sível mesmo para os pouco experientes
em jogos de acção, mas é também um
desafio para os jogadores habituais.
Neste jogo, tentou-se juntar todo o
tipo de características interessantes
dos jogos de acção — da variedade de
movimentos (como abaixar, rebolar,
encostar às paredes e espreitar pelas
esquinas) à diversidade de armas e
“gadgets” para usar. Além dos punhos,
para golpes mortíferos obtidos com
minicombos, há desde pistolas a lança-
UM AGENTE EM GRANDE FORMA
rockets, passando por granadas, metra-
lhadoras ou dardos atordoantes. Entre
os “gadgets”, destaca-se a pistola de
“rappel”, com que se executam algumas
das sequências mais divertidas do jogo,
como a descida de prédios em chamas
ou barragens em derrocada.
Porque este não é um jogo para
especialistas e nem sequer existe para
PC (onde o rato é uma vantagem), o per-
sonagem mira os adversários automati-
camente com o premir de um botão. Isto
simplifica muito o trabalho, podendo
mesmo fazer-se um acerto milimétrico
através de um ponto vermelho dentro
da mira. Existe um obrigatório modo
de “sniper” (indispensável em certos
casos), uma visão térmica tão na moda
ou mesmo o sistema típico dos “shoo-
ters” de passar sobre os mortos para
apanhar as suas armas e munições.
Os níveis estão desenhados para
contar narrativas típicas de James
Bond, com uma lógica e objectivos
claros, e transmitindo o
imaginário da série. Essas MIGUEL
missões podem ser recupe-
rar uma mala com uma bomba atómica
numa república ex-soviética, salvar a
criadora de nanobôs guerreiros e as
suas criações no Egipto, envolvendo
perseguições a comboios, destruições
de bases de vilões e afins. Para tornar
a experiência mais variada, as sequên-
cias a pé vão alternando com outras
— em que Mr. Bond conduz veículos e
que até são muito bem conseguidas.
Mas James Bond não vive só de
acção: também de tecnologia, como gra-
S E G U N D A - F E I R A . 2 2 . M A R Ç O . 2 0 0 4
nadas disfarçadas de moedas ou ara- Título “007 James Bond
nhas mecânicas com controlo remoto, Everything or Nothing” 8 /10
veículos de topo, como o Triumph Estilo Acção
Daytona, o Porsche Cayenne ou heli- Plataforma Xbox, PS2, Gamecube
cópteros, e “Bond girls”. Muito estilo Produtor Electronic Arts
num herói de fato e penteado sempre Distribuidor Electronic Arts
impecáveis, aconteça o que acontecer. Edição Março 2004
Cheio de acções espectaculares,
o jogo destaca-se também pelo ritmo
constante e marcado, que não dá
descanso ao jogador mas sem cansar,
e pela relativa rapidez de cada sub-
missão, fazendo a história avançar.
Para isso contribui também a ligação
correcta entre as partes interactivas
e as sequências cinemáticas. O gra-
fismo é bom sem deslumbrar e só é
pena que a câmara esteja demasiadas
vezes mal colocada, dificultando o
jogo sem necessidade.
Apesar de não haver imagem real,
o jogo está pejado de nomes conheci-
dos, pois vários actores de nomeada
têm uma participação, com a sua a
fisionomia como com
CRESPO o corpo (e Heidi Klum
até foi fotografada de
propósito, como se pode ver). Pierce
Brosnan, Willem Dafoe, Shannon Eli-
sabeth, John Cleese e até Judi Dench,
que volta a ser “M”, são reconhecíveis
no aspecto e nas vozes que são, como
se deve calcular, verdadeiras interpre-
tações — e, já agora, o título-tema é
cantado por Mya. A participação desta
galeria de famosos, que seriam sufi-
cientes para um bom filme, vem provar
que os jogos já estão muito longe de ser
uma brincadeira de crianças. ●
computadores .11
 Complete a sua colecção MILFOLHAS

n.º 60 + n.º 61 n.º 62 n.º 63 n.º 64 n.º 65 n.º 66

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LIVROS
(livros n.º 60 e 61 contam como único livro)
N.º livros ___________ x € 4,20 = __________________

TOTAL = __________________

Cupão válido até 31 Maio. Não aceitamos fotocópia deste cupão. Prazo de entrega: 3 a 4 semanas.

computadores .12
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