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Sinal Harmonico Fibra PDF
Sinal Harmonico Fibra PDF
2.1.
Introdução
2.2.
Introdução à óptica linear e não-linear
1 ∂ 2 E(r, t) 1 ∂ 2 P(r, t)
∇ × ∇ × E(r, t) + = − (1)
c 2 ∂t 2 ε οc 2 ∂t 2
a média sobre todos os dipólos no meio. Esta polarização pode ser expressa como
a soma de um termo linear PL (r, t ) e um termo não-linear PNL (r, t ) :
PL,i = εο ∑χ
j
(1)
ij
Ej (5)
escalar χ (1) . A polarização linear é responsável por fenômenos ópticos tais como
a refração e absorção da luz.
Para gerar efeitos não-lineares, necessita-se de luz de alta intensidade, como
radiação de lasers. Quando a intensidade da luz é muito alta, passa a ser
necessário levar-se em conta a polarização não-linear. A polarização não-linear
pode ser expandida em séries de potências do campo aplicado (Boyd, 1992; Shen,
1984; Butcher e Cotter, 1990).
(2) (3)
PNL,i (r , t) = ε ο ( χ ijk : E j (r, t)E k (r , t) + χ ijkl Μ
E j (r , t)E k (r , t)E l (r, t) + ) (6)
1
∇ × ∇ × E(r, t) + =− (7)
εoc2 ∂t 2 ε οc 2 ∂t 2
(
ε ij = ε ο δ ij + χ ij(1) ) (8)
1(i = j)
δ ij = (9)
0(i ≠ j)
1 i(k µ ⋅r -ωµ t)
E(r, t) =
2 ∑µ Eµ' (r, t)e + c.c (10)
41
1 - iω µ t
PNL (r, t) =
2 ∑µ PNL' ,µ (r, t)e + c.c (11)
'
onde PNL,µ é a amplitude complexa de cada vetor polarização, que varia de forma
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2 n ω 2 ω2 ω2
∇ E(r, ω) + E(r, ω) = − PNL (r, ω) (13)
εoc2 ε oc2
42
permutações diferentes das freqüências dos campos aplicados (Boyd, 1992; Shen,
1984; Butcher e Cotter, 1990). Por exemplo, considere-se uma polarização não-
linear de segunda ordem oscilando em ω3 devido à presença de campos oscilando
nas freqüências ω1 e ω2, com ω3 = ω1 + ω2. A i-ésima componente cartesiana da
amplitude da polarização complexa pode ser escrita como:
1
Pi(2) (ω 3 ) = ε o D (2) ∑ χ ijk
(2)
(− ω 3 ; ω1 , ω 2 )E j (ω1 )E k (ω 2 ) (14)
2 jk
1
Pi(3) (ω 4 ) = ε οD (3) ∑ χ ijkl
(2)
( − ω 4 ; ω1 , ω 2 , ω 3 )E j (ω1 )E k (ω 2 )E l (ω l ) (16)
2 jkl
( 2) ( 2)
χ ijk = χ ikj = χ (jik
2)
= χ (jki
2)
= χ (kij
2)
= χ (kji
2)
(18)
1 ( 2)
d ijk = χ (19)
2 ijk
explicada na Tabela 1.
l
1 2 3 4 5 6
jk xx yy zz zy = yz zx = xz xy = yx
(1)
onde χ (1)
ω é a transformada de Fourier de χ t , χ (1)
ωR é a parte real da
n ω 2 = χ (1)
ωR + 1 (21)
ωχ (1)
ωI
αω = (22)
n ωc
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2
α
εω = εo n ω + i ω (23)
4π
αz
−
E(z, t) = eE o e 2 e i(k⋅z − ωt) + c.c (24)
n ωω
k (ω) = (25)
c
47
c
vf = (26)
nω
1 2
I ( z, t ) = ε o n ω c E ( z, t ) (27)
2
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Pot = IdA ∫ A
(28)
onde a integral é sobre a área do feixe. Para um feixe Gaussiano TEMoo, a relação
no raio menor do feixe é:
πwο2
Pot = I ο (29)
2
ε ii
n ii = (31)
εο
principal é
c
v fi = (32)
n ii
aproximadamente paralelos e podem ser tratados desta forma para a maioria das
situações práticas.
2.3.
Efeitos não-lineares
2.3.1.
Geração de segundo harmônico (SHG)
freqüências ω e 2ω respectivamente.
Nesta tese, a conversão da onda plana fundamental (1064 nm) em uma onda
harmônica de segunda ordem (532 nm) foi estudada em um meio dielétrico
(sílica) no qual uma susceptibilidade não-linear de segunda ordem é induzida.
Este meio pode ser considerado como um meio homogêneo, isotrópico, e não-
absorvente. Além do mais, os coeficientes de absorção do material estudado no
comprimento de onda de 1064 nm e em 532 nm são muito baixos, de forma que a
atenuação do meio é desprezível. A duração do pulso fundamental é grande o
suficiente, 200 ns , o pulso de mode locked é 100 ps para que as respostas linear e
não-linear do meio possam ser consideradas como instantâneas.
Nestas condições descritas acima, na aproximação de variação lenta do
envelope da amplitude do campo elétrico (Slowly-Varying Envelope
Approximation - SVEA) (Boyd, 1992), na qual é possível considerar que a
magnitude e a fase da amplitude de onda variam lentamente no espaço e no tempo
sobre um comprimento de onda e um período respectivamente, pode se fazer a
seguinte aproximação:
∂E ' 1
' i( ωt + k ω z)
∇ 2 E ω (z, t) ≈ ik ω ω − k ω2 E ω e + c.c (33)
∂z 2
51
(2)
As segundas derivadas temporais das ondas E ω (z, t) e PNL, ω (z, t)
respectivamente são:
∂ 2 PNL
(2)
,ω (z, t) 1 (2)
= − ω 2 P ' NL,ω (35)
∂t 2 2
Substituindo as eq. (33), eq. (34) e eq. (35) na eq. de onda (12), tem-se a
seguinte relação aproximada que pode ser generalizada para o caso de uma onda
de freqüência dobrada:
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∂E 'ω ω 2 µ ο (2)
= −i P' NL,ω e −ik ωz (36)
∂z 2k ω
1
onde µ o = é a permeabilidade no vácuo. O campo elétrico na freqüência ω é
εoc2
(2)
(2)
PNL ,ω = ε οK(−ω; ω1 , ω 2 )χ (−ω; ω1 , ω 2 )E 'ω1 E 'ω2 (37)
∂E 'ω ω2 µ ο
= −i ε οK(−ω; ω1 , ω 2 )χ (2) (−ω; ω1 , ω 2 )E 'ω1 E ω
'
e −ik ωz (38)
∂z 2k ω 2
∂z 2
2k 2ωc 2
∂E 'ω (z) ω2 ∗
= −i χ ( 2) (−ω;−ω,2ω)E 'ω E '2ω e −i∆kz (40)
∂z 2k ω c 2
1
onde K (−2ω; ω, ω) = para geração de segundo harmônico, e K (− ω;− ω,2ω) = 1
2
para a geração de diferença de freqüências (ω = 2ω - ω). Embora os termos da
freqüência do tensor susceptibilidade elétrica pareçam ser diferentes, a simetria da
permutação total (Boyd, 1992.) implica que χ ( 2) (−2ω; ω, ω) = χ ( 2) (−ω;−ω,2ω) .
Nas eq. (39) e eq. (40), ∆k representa o casamento de fase entre a onda de
freqüência ω e a onda de freqüência 2ω. Seu valor é:
∆k = 2k ω − k 2ω = 4π( n 2ω − n ω ) (41)
∂E '2ω (z) ω 2
= −i d ef E 'ω e i∆kz (42)
∂z n 2ω c
'
∂E ω (z) ω ∗
= −i d ef E 'ω E '2ω e -i∆kz (43)
∂z n ωc
k c k c
onde n ω = ω e n 2ω = 2ω . Este sistema de equações diferenciais acopladas
ω 2ω
permite determinar a intensidade da onda de segundo harmônico produzida dentro
do material. Para resolver o sistema, a susceptibilidade não-linear de segunda
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z
ω
∫0
E ω (0) d ef e i∆kz dz
' '2
E 2ω (z) = i (44)
n 2ω c
54
ω ∆kz
E '2ω (z) = i '2
Eω (0)d ef zsinc 2 (45)
n 2ω c 2
onde
∆kz
sin 2
2 ∆kz 2
sinc = (46)
2 ∆kz
2
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Pode se observar nas eq. (45) e eq. (46) que o campo óptico do segundo
harmônico gerado depende de ∆k , o casamento de fase entre a onda de
freqüência ω e a onda de freqüência 2ω (eq. (45)). Para ∆k ≠ 0 , a eficiência dos
processos é severamente reduzida. É esperada, então, a conversão periódica do
campo fundamental no campo do segundo harmônico como uma função da
distância L quando o termo casamento de fase, ∆k = 2k ω − k 2ω , é diferente de
zero. Os máximos periódicos, nesta função, estão separados pelo comprimento de
coerência, LC , definido como:
π λ
LC = = (47)
∆k 4(n 2ω − n ω )
1 2
I 2ω ( z, t ) = ε οn 2ω c E '2ω ( z, t ) (48)
2
55
2ω 2 2 2 2 ∆kz
I 2 ω ( z, t ) = 2
I ω ( 0 ) d ef z sin c (49)
n ω n 2ω ε o c 3 2
2.3.2.
Efeito eletro- óptico
2.3.2.1.
Efeito Pockels
O efeito Pockels (Boyd, 1992; Liu, 1999.) pode ser descrito em termos de
uma polarização não-linear de segunda ordem como:
Pω,i = 2 ∑
jk
χ 2 (ω = ω + 0)E j (ω)E k (0)
ijk
(50)
(52), o formalismo teórico desenvolvido para dar conta deste efeito é usualmente
descrito pelo tensor r, e é descrito a seguir.
Fazendo uso da eq. (30) que relaciona o vetor deslocamento D com os
vetores campo elétrico total E aplicado e polarização total P e, em virtude da eq.
(5), em um meio linear a relação entre o campo deslocamento (D) e o campo
elétrico (E) é:
Di = ∑j ε ijE j (51)
relacionados como:
2
n ij = ε ij = 1 + χ ij(2) (−ω, ω) (52)
1
∆ ≡ rijk E k (53)
ε ij
1
∆ 2 ≡ rijk E k (54)
n ij
1
∆n ij = − n ij3 rijk E k (55)
2
onde E dc , é o campo elétrico dc aplicado. A eq. (56) pode ser interpretada como:
(1)
Pω( 2) = ε οχ ef Eω (57)
onde χ (e1f) = 2χ ( 2) (−ω; ω,0)E dc , é a susceptibilidade linear efetiva. Neste caso, χ (ef1)
Por analogia com a eq. (51), pode-se assumir, na eq. (58), uma pequena
perturbação ao tensor ε, expressando esta perturbação como uma mudança neste
tensor, segundo a eq. (52) uma pequena mudança ∆n ij no índice de refração n,
( 2)
(n ij + ∆n ij ) 2 = ε ij + 2χ ijk (− ω; ω,0)E k (59)
χ ijk
( 2)
(− ω; ω,0)E k
∆n ij = (60)
n ij
( 2)
2 ijk (− ω; ω)
rijk = 4
(61)
n ij
2.3.2.2.
Efeito Kerr
um efeito de terceira ordem (Butcher e Cotter, 1990; Garcia, 2000). Sob estas
condições, o campo total aplicado no material é:
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P (2) (r, t) =
1
2
(P ωe
2
( − i 2 ωt ∗ i 2 ωt
+ P2ω e )
= χ (3) E 3 (r, t ) (64)
P2ω e − i2ωt =
3
2
(
ε οχ (3) E ω e − iωt ) E dc
2
(65)
3
P2ω = ε οχ (3) E dc E ω
2
(66)
2
assim,
3 ( 3)
χ ( 2) = χ E dc (67)
ef 2
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