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DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA
Disciplina de Farmacologia
Secretária
Rosângela Rapacci
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PROGRAMA CALENDÁRIO DE FARMACOLOGIA – 2008
O Curso de Farmacologia tem como objetivo introduzir os conceitos básicos de Farmacologia Geral
visando a capacitação do aluno para o entendimento da terapêutica medicamentosa. Durante o curso, dá-
se ênfase aos mecanismos de ação das principais drogas e medicamentos, relacionando-os à
fisiopatologia das principais doenças sistêmicas.
ORIENTAÇÃO GERAL
As AULAS TEÓRICAS visam dar um conhecimento geral sobre o assunto em estudo, havendo
complementação das informações fornecidas em aulas teórico-práticas, práticas e multimídia.
As AULAS PRÁTICAS foram planejadas para equipes de 4 a 5 alunos, de tal maneira que uma aula
bem executada durará no máximo 4 horas. É sempre necessária a leitura prévia pelo aluno do roteiro a ser
executado anteriormente à aula ministrada. Ao final de cada aula prática, as equipes consolidam os
conceitos teóricos e práticos desenvolvidos na aula pela elaboração de um relatório que, posteriormente, é
avaliado pelo docente responsável pela aula (ver regras adiante).
As VISITAS AOS SETORES do Departamento foram planejadas para que os alunos possam
conhecer a infra-estrutura e as linhas de pesquisa desenvolvidas pelos docentes. As atividades a serem
desenvolvidas no período serão de responsabilidade de cada Setor do Departamento, tendo como objetivo
principal a demonstração das estratégias experimentais e metodologias utilizadas dentro de suas linhas de
pesquisa.
A avaliação do aluno é feita considerando-se as notas (0-10) obtidas nas 4 provas parciais. O
assunto de cada prova parcial refere-se somente à matéria ministrada a partir da primeira aula do período
precedente. Cada prova parcial constará de 25 questões de múltipla escolha e 5 questões escritas.
No final do curso há uma prova substitutiva para o aluno que, por qualquer motivo, não pôde
comparecer a uma das provas parciais. Esta prova também pode ser utilizada por qualquer aluno que
queira repor uma nota de prova parcial na qual apresentou baixo desempenho. A prova substitutiva
constará de 10 questões escritas abordando temas das aulas ministradas em todo o curso. O aluno
interessado deverá inscrever-se na Secretaria do Departamento de Farmacologia (Ed. INFAR, andar
térreo) até 2 dias antes da aplicação da prova substitutiva. O aluno deverá indicar, quando for o caso, qual
a prova parcial cuja nota será reposta pela nota obtida na prova substitutiva.
O conceito final será calculado pela média das notas obtidas pelo aluno nas 4 provas parciais,
seguindo o critério de 0 a 10,0. Os critérios de aprovação e a realização de exames de 1 a e 2a época
seguirão o regulamento aprovado na 59a Reunião Extraordinária do Conselho de graduação da
UNIFESP/Escola Paulista de Medicina realizada em 18 de dezembro de 2002. Quando necessário, a
participação do aluno durante o curso e, principalmente, em aulas práticas e na confecção de relatórios
poderão ser levados em conta para fins de aprovação final.
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ORIENTAÇÕES PARA AS AULAS PRÁTICAS
"Somente animais criados nas melhores condições, obtidos legalmente ou doados por
Instituições congêneres serão usados nestes Laboratórios".
Seja qual for a sua procedência, os animais destinados ao ensaio e à pesquisa, em
experiências agudas ou crônicas, serão tratados com bondade, mantidos em condições satisfatórias
e alimentados corretamente. O mau trato infringido a esses animais, por elementos estranhos ou
não ao quadro destes Laboratórios será motivo de advertência e, quando o caso, de exclusão.
É absolutamente proibido operar os animais sem anestesia conveniente e satisfatória. Se a
natureza do estudo exigir a sobrevivência do animal, a operação deverá ser feita dentro das normas
técnicas seguidas em tais casos.
Quando a natureza da experiência ou a finalidade das observações implicarem no sacrifício
do animal, este deverá ser feito piedosa e rapidamente.
Os cuidados pós-operatórios com os animais de experimentação deverão ser tomados de
maneira a serem evitados sofrimentos inúteis ou convalescença penosa.
É no trato dos animais de experiência que o aluno e o professor revelam o seu caráter e o
seu apreço à "VIDA".
1. Goodman and Gilman – As Bases Farmacológicas da Terapêutica – 11 ª edição, Editora Guanabara Koogan – 2007
(edição em português).
- Goodman & Gilman’s – Hardman, Limbird, Gilman – The Pharmacological Basis of Therapeutics – 11 ª edition,
2006 (edição em inglês).
2. Rang, Dale e Ritter – Farmacologia – 5ª edição – Elsevier Editora Ltda – 2004 (3ª Tiragem Revista)
3. De Lúcia, R.; Oliveira-Filho, R.M. – Farmacologia Aplicada. 3ª edição, Livraria e Editora REVINER,
2007.
5. Brody, Larner Minneman, Neu – Farmacologia Humana, da Molecular à Clínica – 2 ª edição- Editora
Guanabara-Kogan – 1997.
6. Katzung B. G. – Basic & Clinical Pharmacology – Appleton & Lange, Norwalk, Connecticut – 6 a edition
– 1995.
Objetivos: A finalidade desta aula é, através da realização de curvas dose-efeito cumulativas, identificar
entre as várias drogas fornecidas um agonista total, um parcial, um antagonista competitivo e
um não competitivo.
Líquido Nutritivo: Líquido Tyrode com a seguinte composição (g/l): NaCl, 8; NaH 2PO4, 0,05; KCl, 0,2; NaHCO3,
1; CaCl2, 0,2; Glicose, 1; MgCl2, 0,2.
Drogas: Acetilcolina
- Frascos numerados, podendo conter em seu interior drogas que interagem ou não com os
receptores muscarínicos da acetilcolina, no intestino. Quanto ao tipo de ação, essas drogas
poderão ser:
Aparelhagem: O órgão isolado será adaptado a uma cuba de vidro contendo líquido nutritivo aquecido a
37oC. A cuba de vidro apresenta em sua porção inferior duas saídas: uma delas, a lateral,
serve para a entrada de líquido nutritivo e a outra, a inferior, serve para o seu esvaziamento.
Uma haste de vidro colocada dentro da cuba serve para fixar uma das extremidades muscular
a uma alavanca isotônica de inscrição frontal e para a aeração (ver figura 1A).
Figura 1A
Figura 1B
Figura 1A
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Técnica: A preparação pode ser montada em três etapas:
1. Preparo da aparelhagem
a) Encher o frasco de Mariotte e as tubulações de borracha com o líquido Tyrode.
b) Encher um bequer com líquido Tyrode e deixá-lo aquecendo, mergulhado no banho a 37 oC.
2. Retirada do jejuno
a) Sacrificar o rato aprofundando a anestesia com éter.
b) Deitar o animal em decúbito dorsal sobre a placa de cortiça e fazer uma incisão mediana do púbis
ao externo, compreendendo pele, parede muscular e peritôneo, penetrando assim, na cavidade
abdominal.
c) Retirar um segmento de mais ou menos 10 cm de jejuno.
d) Segurando uma das extremidades do segmento retirado e usando uma pipeta de 10 ml, lavar a luz
intestinal com o líquido de Tyrode aquecido, retirado de um béquer previamente preparado.
e) Após a lavagem, deixar o jejuno em repouso por 10 minutos no interior do béquer com líquido de
Tyrode a 37oC.
Experimento
1) Retirar, por sorteio, no balcão lateral, dois dos frascos numerados. Cada equipe trabalhará com 2 frascos
diferentes.
2) Fazer uma curva dose-efeito cumulativa de Acetilcolina. A Acetilcolina será fornecida em tubos de ensaio, em
várias concentrações, que variam entre si por uma razão 3. Adicionar 0,1 ml do primeiro tubo, aguardar o efeito
máximo, adicionar imediatamente 0,1 ml do segundo tubo e assim por diante, até a adição de 0,1 ml do último tubo.
Obtido o efeito máximo, desligar o quimógrafo, lavar várias vezes a preparação e aguardar 10 minutos. Medir as
contrações produzidas e preencher o Quadro I.
3) Colocar no banho 0,1 ml de uma das substâncias. Verificar se há efeito. Em caso negativo, lavar a preparação e
acrescentar 0,3 ml da mesma substância. Em seguida proceder da seguinte maneira:
lavar a preparação e acrescentar 0,3 ml da droga desconhecida. Em seguida, sem lavar a preparação,
fazer uma curva dose-efeito de Acetilcolina. Obtido o efeito máximo, lavar a preparação várias vezes e
repetir a curva de Acetilcolina, sem adição prévia da droga desconhecida.
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comparar as alturas máximas das duas curvas e as doses necessárias para produzir efeitos iguais. Em
caso das duas (curva 1 - com desconhecido e curva 2 - sem desconhecido) serem iguais, a droga
desconhecida é inócua. Em caso de curvas com o mesmo aspecto, porém com necessidade de doses
maiores para a curva 1, o antagonismo é competitivo. Em caso de diminuição na altura máxima da curva
1, o antagonismo é não competitivo.
5) Fazer um gráfico a partir dos dados do Quadro II (logarítmo da dose em abcissas e efeito em ordenadas).
6) Repetir com a segunda droga desconhecida a conduta descrita em 3. Preencher o Quadro III e fazer o gráfico
correspondente.
7) Solicitar ao assistente a identificação das drogas usadas, colocando os resultados nos Quadros II e III.
QUADRO I
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
QUADRO II
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
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B) Em caso de ausência de contração com o uso da primeira droga desconhecida:
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
QUADRO III
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
Dose (log)
Efeito (mm)
Efeito (%)
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Nesta aula, a classe será dividida em 3 grupos, sendo que cada um deles trabalhará com um tipo de
preparação. As preparações usadas serão: jejuno de rato, estômago de rato e íleo de cobaia.
Técnica Sacrificar o animal, aprofundando a anestesia com éter. Abrir o animal e retirar um segmento
de mais ou menos 10 cm de jejuno. Lavar a luz intestinal com Tyrode aquecido a 37 o C.
Adaptar o órgão à aparelhagem, conforme descrito na Aula Prática 1. A preparação, depois de
montada, deve ficar em repouso por 15 minutos.
Experimento 1. Fazer uma curva cumulativa de Acetilcolina iniciando com a dose que não produza efeito e
ir aumentando as doses até obtenção do efeito máximo. Lavar a preparação e esperar a volta
à linha de base.
2. Colocar Atropina para uma concentração final no banho de 10 -8 M. Esperar 3 minutos e,
sem lavar a preparação, repetir a curva de acetilcolina. Lavar a preparação e esperar a volta à
linha de base.
3. Colocar Atropina para uma concentração final no banho de 3.10 -8 M. Esperar 3 minutos e,
sem lavar a preparação, repetir a curva de acetilcolina. Lavar a preparação e esperar o
relaxamento.
4. Colocar Atropina para uma concentração final no banho de 10 -7 M. Esperar 3 minutos e,
sem lavar a preparação, repetir a curva de acetilcolina.
5. Fixar o gráfico em verniz.
6. Medir os efeitos em milímetros (mm). Transformar as medidas em porcentagem,
considerando o efeito máximo da primeira curva de Acetilcolina como 100% para ela própria e
para todas as curvas seguintes. Fazer um gráfico em papel milimetrado mostrando as curvas
dose-efeito.
Técnica Sacrificar o animal, aprofundando a anestesia com éter. Abrir o animal e retirar o estômago.
Cortar o fundus e lavar com Tyrode aquecido a 37 o C. Colocar o fundus sobre um basto de
vidro e retirar uma faixa de 1 a 2 cm de comprimento e cerca de 0,5 cm de largura. A
preparação, depois de montada, deve ficar em repouso por 30 minutos.
Experimento 1. Fazer uma curva cumulativa de mecolil até a dose que não produza mais efeito adicional e,
sem lavar a preparação, iniciar a curva cumulativa de butirilcolina. Lavar a preparação e
esperar o relaxamento.
2. Fazer uma curva cumulativa de butirilcolina. Lavar a preparação e esperar o relaxamento.
3. Fazer uma curva cumulativa de Mecolil até a dose que produza um efeito um pouco menor
que a altura máxima da curva anterior de butirilcolina, e, sem lavar a preparação, iniciar a
curva cumulativa de butirilcolina.
4. Fazer uma curva de mecolil somente até a primeira dose que produza efeito e, sem lavar a
preparação, iniciar a curva de butirilcolina.
5. Fixar o gráfico em verniz.
6. Medir os efeitos em milímetros (mm) e transformá-los, em seguida, em porcentagem,
considerando como 100% e efeito máximo da primeira curva de mecolil. Fazer um gráfico em
papel milimetrado mostrando as curvas dose-efeito.
Técnica Após o sacrifício, abrir o animal e retirar um segmento de mais ou menos 10 cm de íleo,
próximo ao ceco. Lavar a luz intestinal com Tyrode aquecido a 37 oC. Adaptar o órgão à
aparelhagem, conforme descrito no roteiro da Aula Prática 1. A preparação, depois de
montada, deve ficar em repouso por 10 minutos.
Experimento 1. Fazer uma curva de acetilcolina iniciando com uma dose que não produza efeito e ir
aumentando a dose até o efeito máximo. Lavar a preparação e esperar o relaxamento.
2. Colocar papaverina numa concentração final de 10 -6 M. Esperar 3 minutos e, sem lavar a
preparação, iniciar a curva de acetilcolina. Lavar a preparação e esperar o relaxamento.
3. Colocar papaverina numa concentração final de 3.10 -6 M. Esperar 3 minutos e, sem lavar a
preparação, iniciar a curva de Acetilcolina.
4. Colocar papaverina numa concentração final de 10 -5 M. Esperar 3 minutos e, sem lavar a
preparação, iniciar a curva de Acetilcolina.
5. Fixar o gráfico em verniz.
6. Medir os efeitos em milímetros (mm), transformando-os em seguida em porcentagem,
considerando o efeito máximo da primeira curva de Acetilcolina como 100% para ela própria e
para todas as curvas seguintes. Fazer um gráfico em papel milimetrado mostrando as curvas
dose-efeito.
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O ducto deferente de rato é uma preparação que tem sido utilizada para o estudo de drogas que agem sobre o
neurônio simpático.
Sabemos que a noradrenalina é o neurotransmissor deste sistema e que a sua liberação ocorre por exocitose
devido à passagem do potencial de ação através da fibra nervosa. A noradrenalina liberada, além de atuar nos
receptores, sofre um processo de captação neuronal, que é importante para o término de sua ação.
Existem drogas que são capazes de liberar noradrenalina dos seus estoques neuronais e, por isso, são
classificadas como simpatomiméticos de ação indireta.
Na aula de hoje, estudaremos a ação de drogas que interferem no armazenamento, liberação e captação do
neurônio adrenérgico.
Serão fornecidos, para cada grupo, 1 animal normal ou 1 pré-tratado com reserpina (10 mg/kg, 24 horas
antes) e drogas como Tiramina, Adrenalina e Cocaína.
Líquido Nutritivo Tyrode modificado, LNV (mM): NaCl 138; KCl 5,7; CaCl 2 1,8; NaH2PO4 0,36; NaHCO3 15 e
glicose 5,5.
Técnica
1. Montagem da aparelhagem:
b) Colocar o líquido nutritivo em um becker e deixá-lo aquecer. O experimento será feito na temperatura de
30o C.
c) Equilibrar a alavanca e arrumá-la para que dê uma ampliação de 6 vezes, com carga de 1 g.
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2. Retirada do Ducto Deferente
a) Sacrificar o rato, aprofundando a anestesia com éter.
b) Fazer uma incisão longitudinal mediana na altura do púbis, identificar o canal deferente, retirá-lo e colocá-lo
no becker com líquido nutritivo previamente aquecido.
c) Com auxílio de uma seringa, lavar a luz do deferente com líquido nutritivo aquecido.
d) Amarrar a extremidade prostática do deferente com um fio de algodão curto, fazendo uma argola, e a parte
epididimal com um fio longo.
e) Amarrar a extremidade prostática do deferente à haste em S, adaptá-la à cuba cheia do líquido nutritivo
aerado e aquecido.
f) Amarrar a outra extremidade da linha à alavanca, aguardar 10 minutos.
Experimento
Serão realizados dois ensaios diferentes, um com o ducto deferente de animal normal (A) e outro com o do
animal tratado com Reserpina (B).
A - GRUPO NORMAL
1. Adicionar por quatro (4) vezes sucessivas Tiramina ao banho nutritivo, na concentração final de 10 -4 M.
Entre uma dose e outra, lavar a preparação e deixar um intervalo de 10 a 15 minutos.
2. Fazer uma curva dose-efeito cumulativa para Adrenalina até obtenção do efeito máximo. Lavar a
preparação e deixar em repouso de 10 a 15 minutos.
1. Adicionar ao banho nutritivo Tiramina, de forma a obter a concentração final de 10 -4 M e observar os efeitos.
Lavar a preparação e esperar a volta à linha de base.
2. Fazer uma curva dose-efeito cumulativa para a Adrenalina até a obtenção do efeito máximo. Lavar a
preparação e deixar em repouso de 10 a 15 minutos.
3. Repetir por duas vezes sucessivas a adição de Tiramina ao banho nutritivo, na concentração final de 10 -4 M.
Entre uma dose e outra lavar a preparação e deixar um intervalo de 10 a 15 minutos.
4. Adicionar Cocaína ao banho nutritivo na concentração final de 1,5 g/ml. Esperar 10 minutos e, sem lavar a
preparação, repetir a curva cumulativa de Adrenalina. Lavar a preparação e deixar em repouso durante mais
ou menos 10 a 15 minutos.
No relatório os resultados obtidos nos 2 grupos experimentais devem ser comparados e o mecanismo de ação das
drogas empregadas explicado.
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Objetivo: O duodeno de coelho apresenta tônus e automatismo tanto maiores quanto mais alta é a
porção intestinal observada. Sua ocorrência é dependente, em grande parte, de arcos reflexos
intrínsecos originados em terminações sensitivas da mucosa intestinal e mediados por uma
sinapse nos gânglios mioentéricos. Nessa preparação o tônus e o automatismo são
conservados, pelo menos em parte, permitindo assim o estudo de drogas relaxantes e
espasmódicas que atuam por diferentes mecanismos de ação.
Líquido Nutritivo: Líquido Tyrode (composição descrita no roteiro da Aula Prática 1).
Técnica Aquecer Tyrode (± 200 ml) a 37 oC. Sacrificar o animal, abrir o abdomem, identificar o duodeno
a partir do estômago e isolar cerca de 10 cm; desfazer as pregas do mesentério e, com o
auxílio de uma pipeta, lavar a luz do órgão com 20 ml de solução nutritiva aquecida. Mergulhar
a preparação no restante do líquido e deixar em repouso a 37 oC, até o aparecimento dos
movimentos pendulares. Retirar um segmento de mais ou menos 3 cm de comprimento.
Usando uma agulha de sutura, amarrar o órgão de modo a deixar as extremidades em forma
de 8. Adaptar o órgão à aparelhagem.
Material Cuba de 10 ml, com suporte de vidro e reservatório; Alavanca inscritora ou transdutor de
força; Registrador; Eletródio de platina; Estimulador; Bomba de ar
Solução Nutritiva Tyrode de mamífero. Composição (mM): NaCl 140; NaHCO3 10; KCl 2,7; NaH2PO4 0,4; MgCl2
2; Glicose 5 e CaCl2 1,8.
Drogas d-tubocurarina 100 g/ml (= 1,4 x 10-4 M); Succinilcolina 100 g/ml; Neostigmina
0,5 mg/ml
Montagem: a) Anestesiar o rato com éter e fixá-lo o animal em placa de cortiça. b) Retirar a pele do tórax e abrir o
abdome cortando a parede muscular rente às costelas.
b) Segurar o processo xifóide com pinça dente de rato e abrir o tórax, cortando costelas e esterno 0,5
cm acima do diafragma.
c) Identificar o frênico esquerdo e dissecá-lo em toda sua extensão. Cuidado para não estirar o
nervo.
d) Cortar lateralmente o gradeado costal e removê-lo de tal forma a visualizar o nervo desde sua
entrada no tórax.
e) Cortar as estruturas do mediastino e as ligações do frênico com o fígado e isolar a preparação
cortando o músculo o mais dorsalmente possível.
f) Colocar imediatamente o músculo em líquido nutritivo. Cuidado com o nervo.
g) Distender o músculo numa placa de parafina e fixá-lo com alfinetes. Cortar em leque, 1 cm de cada
lado da entrada do nervo, uma linha nas costelas e formar um laço.
h) Amarrar uma linha nas costelas e formar um laço e outra de ± 20 cm no tendão.
i) Amarrar linha curta de mais ou menos 10 cm no nervo. Cuidado para não estirá-lo.
j) Adaptar o músculo na haste de fixação na cuba e prendê-lo à alavanca inscritora ou ao transdutor.
k) Passar a linha do nervo por dentro do eletródio. Fixar o eletródio. Fixar o eletródio e puxar o nervo
para o eletródio.
l) Ligar o fio do eletródio ao estimulador. Não esquecer de terrar o aparelho antes de ligá-lo.
m) Estimular o músculo a cada 10 segundos com pulsos supramáximos de 0,5 ms.
n) Regular a inscrição da alavanca ou do polígrafo para mais ou menos 5 cm.
o) Registrar continuamente por 5 min e iniciar a administração de drogas.
Execução do Experimento:
a) Registrar as contrações por 5 min.
b) Pipetar a solução de d-tubocurarina para obter na cuba uma concentração final de 0,1 g/ml.
c) Registrar o efeito por 3 min.
d) Lavar a preparação, 3 vezes ou mais, até recuperar a contração controle.
e) Dobrar a concentração anterior do padrão e repetir 3 e 4.
f) Dobrar a concentração anterior e ir sucessivamente até obter bloqueio total em 3 min.
g) Escolher a concentração que em 3 min reduz a contração a 50% da inicial (CE 50) e registrar os efeitos.
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h) Após 3 min, sem lavar a preparação, pipetar neostigmina (20 g/ml). Registrar por 3 min.
i) Lavar a preparação até recuperar a contração controle.
j) Pipetar na cuba succinilcolina em concentração final de 2.5 g/ml e registrar por 3 min.
k) Após 3 min, sem lavar a preparação, pipetar neostgmina (20 g/ml) e registrar por 3 min.
l) Lavar a preparação.
m) Terminado o experimento, desmontar a preparação e limpar a mesa.
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Objetivo: Incentivar o pensamento crítico do aluno e discussões em grupo para a proposição de protocolos
experimentais para o estudo de receptores farmacológicos, envolvendo conhecimentos
multidisciplinares.
Problema
Um pesquisador tem o seguinte problema: a estimulação do receptor R por um agonista D, acoplado à proteína G
(Gs), responsável pela ativação da enzima adenililciclase (AC) e subsequente produção de AMPcíclico e consequente
ativação da enzima proteína quinase A (PKA), promove um efeito final aumentado em um tecido de um rato Wistar
3RC, quando comparado ao efeito obtido no mesmo tecido de um rato Wistar normal.
Lembrando que:
e, considerando as metodologias científicas disponíveis, como você ajudaria o pesquisador a determinar qual (quais)
etapa(s) da cadeia acima poderia(m) estar alterada(s) no tecido do rato 3RC? Descreva sucintamente uma
metodologia para cada etapa (1, 2 e 3), indicando os resultados esperados.
Estratégia de trabalho
Os grupos terão o horário relativo a duas aulas para a realização das discussões em grupo, consulta a
material didático e elaboração do relatório final. Na terceira aula, além da entrega do relatório por escrito, cada grupo
terá aproximadamente 10 minutos para apresentar e justificar oralmente as metodologias escolhidas que deverão, em
seguida, serem discutidas por toda a classe. O conceito final será computado pela avaliação do relatório,
apresentação oral e participação efetiva de cada grupo nas discussões.
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Objetivo Observar os efeitos decorrentes da castração cirúgica e do tratamento hormonal de ratos machos,
sobre o peso e a secreção dos órgãos genitais acessórios.
Animais Ratos, adultos, machos, com 3 meses e 15 dias de idade. Sem marcas (SM) serão os controles. DT,
orelha direita total; ET, orelha esquerda total e DET, orelha direita e esquerda total receberão
tratamentos que, até o final da aula, deverão ser identificados.
Castração cirúrgica: O animal foi anestesiado por inalação de vapores de éter etílico, um dos testículos foi exposto,
ligado o pedículo vascular com um fio de algodão e seccionado. O mesmo procedimento foi repetido
para o testículo contralateral. Extirpadas as gônadas, as estruturas remanescentes foram recolocadas
no interior da bolsa escrotal e o animal suturado com fio de algodão.
Tratamentos: Todos os tratamentos de animais serão mantidos por 15 dias. Portanto, os animais serão
sacrificados com 4 meses de idade.
Grupos Experimentais:
I. Grupo Controle: Ratos tratados com 0,1 ml de óleo de amendoim, por via subcutânea.
II. Grupo Castrado: Ratos castrados e tratados, a partir do dia da castração, com 0,1 ml de óleo
de amendoim, por via subcutânea.
III. Grupo Castrado e tratado com droga com Atividade Androgênica: Ratos castrados e
tratados, no primeiro dia da castração e a cada 7 dias, com 0,1 ml de Durateston 250, por via subcutânea,
durante 15 dias.
IV. Grupo tratado com droga com Ação Antiandrogênica: Ratos tratados 2 vezes por
semana, por 15 dias.por via, subcutânea com 0,2 ml Benzoginoestril.
Procedimento
1. Inicialmente, o rato controle (SM) deverá ser pesado e o valor anotado na tabela de resultados.
2. Após ser sacrificado por inalação de vapores de éter etílico, o animal deverá ser fixado em decúbito dorsal sobre
uma placa de cortiça, a cavidade abdominal aberta e o intestino rebatido para exposição dos seguintes órgãos
genitais acessórios: vesículas seminais, ductos deferentes e próstatas ventrais.
3. A ausência ou presença de testículos, assim como o tamanho, a vascularização, a presença e a quantidade de
secreção dos órgãos genitais acessórios deverão ser observados.
4. Os órgãos genitais acessórios deverão ser retirados do animal, separados dos tecidos adjacentes, lavados com
salina, secos entre folhas de papel de filtro e pesados em balança analítica.
5. O mesmo procedimento deverá ser repetido para os demais grupos experimentais.
6. Os valores obtidos deverão ser anotados na tabela de resultados. Ao final do experimento, a tabela de resultados
deverá ser preenchida com os dados de todos os animais. Os grupos experimentais deverão ser identificados. Os
resultados deverão ser discutidos e interpretados.
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Tabela de resultados
DT I
Tratamento: II
III
IV
V
VI
média EPM
ET I
Tratamento: II
III
IV
V
VI
média EPM
DET I
Tratamento: II
III
IV
V
VI
média EPM
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Objetivo Verificar os efeitos de drogas cardioativas na frequência de batimentos e força de contração do átrio
isolado de mamíferos.
Procedimento Sacrificar o animal, expor a cavidade torácica, retirar o coração rapidamente e colocá-lo em recipiente
contendo líquido nutritivo aquecido. Isolar os átrios direito e esquerdo e, por meio de amarras de linha
nas duas extremidades, suspender a preparação em cuba de vidro contendo Tyrode aerado com
carbogênio a 370 C. Registrar a força e a frequência dos batimentos atriais em registrador poligráfico.
Após 15 minutos de registro controle, observar os efeitos das drogas conforme a sequência abaixo:
3. Atropina 10-6 M - aguardar 5 minutos, sem lavar a preparação, injetar a dose média de
acetilcolina e esperar a recuperação do átrio.
6. Propranolol 10-6 M - aguardar 5 minutos sem lavar a preparação, injetar isoprenalina (dose
média), observar o efeito e lavar.
9. Ouabaína 10-6 M
Objetivo O objetivo geral desta aula prática é caracterizar experimentalmente diferentes aspectos do perfil
farmacológico de drogas estimulantes e depressoras do Sistema Nervoso Central (SNC).
Experimento 1
Um meio comum para verificar se uma substância tem ação sobre o sistema nervoso central é estudar seus
efeitos sobre a movimentação espontânea (atividade motora) de animais. Um dos métodos utilizados neste estudo
consiste em dividir uma determinada área em quadrados e verificar o número de invasões efetuadas pelo animal num
certo período de tempo. Este método, chamado de campo aberto (open-field) além de ser extremamente simples, tem
a vantagem de permitir a observação direta dos parâmetros comportamentais do animal.
De um modo geral, drogas estimulantes do sistema nervoso central como a anfetamina, se caracterizam por
aumentar a movimentação espontânea. O efeito oposto é observado para as drogas depressoras como os
neurolépticos e os benzodiazepínicos. Com relação às substâncias depressoras, vale salientar que enquanto a
diminuição da função motora promovida pelos neurolépticos é acompanhada de rigidez, aquela produzida pelos
benzodiazepínicos não o é. A rigidez, por sua vez, pode ser quantificada colocando-se as patas dianteiras do animal
sobre uma barra horizontal, registrando-se o tempo em que este permanece na posição vertical. Tal método é
denominado de catatonia experimental.
O objetivo desse experimento é possibilitar, através da utilização destes métodos, a identificação de soluções
contendo anfetamina, um neuroléptico (haloperidol) e um benzodiazepínico (diazepan), levando-se em consideração
as características farmacológicas de cada droga.
8 camundongos
4 seringas de 1 ml com agulhas hipodérmicas
Solução de NaCl 0,9%
Solução de Haloperidol, Diazepam e Anfetamina
1 campo aberto
3 barras de catatonia
Procedimento
1. No registro da atividade espontânea em campo aberto colocar os animais individualmente no centro da arena e
quantificar sua locomoção (número de quadrados em que o animal entra com as quatro patas) por 4 minutos.
Quantificar também o número de segundos que cada animal permanece parado.
2. No registro de catatonia experimental, o animal deve ser seguro pela cauda, suas patas dianteiras colocadas na
barra e depois, rápida e suavemente, as patas traseiras são levadas ao balcão, de tal maneira que o animal fique em
posição quase vertical. Anotar o número de segundos em que o animal fica nesta posição. Repetir mais duas vezes o
processo imediatamente após cada vez que o animal deixa a posição imposta. Tempo máximo de observação: 20
minutos.
Experimento 2
3 ratos
3 seringas de 1 ml com agulhas hipodérmicas
soluções de NaCl 0.9%, Haloperidol , Clorpromazina e Apomorfina
3 gaiolas metálicas
Procedimento
Três ratos serão injetados intraperitonealmente com soluções de NaCl 0.9% (solução controle) ou com os
neurolépticos Haloperidol e Clorpromazina. Trinta minutos mais após, os três animais receberão, subcutaneamente,
solução de Apomorfina, sendo imediatamente após, observados para o registro do comportamento estereotipado.
O comportamento estereotipado será quantificado após observações de 10 segundos, realizadas de 5 em 5
minutos, por 60 minutos. A cada observação o animal será avaliado de acordo com a seguinte escala de escores:
ESCORES COMPORTAMENTO
0 Adormecido ou parado.
1 Ativo
2 Predominantemente ativo, mas com curtos períodos de farejar e/ou levantar
estereotipado.
3 Atividade estereotipada constante tal como farejar, levantar ou balançar a
cabeça, mas com atividade locomotora ainda presente.
4 Atividade estereotipada constante tal como farejar, levantar ou balançar a
cabeça, mas realizada em um só local.
5 Atividade estereotipada constante, mas com períodos curtos de lamber e/ou
roer e morder as barras da gaiola.
6 Lamber e/ou roer as barras da gaiola de maneira compulsiva
Um dos principais efeitos colaterais de drogas ansiolíticas benzodiazepínicas vem a ser a amnésia
anterógrada. Esse efeito normalmente não é percebido pelo paciente, pode prejudicar um tratamento psicoterápico
concomitante e, no caso de indivíduos idosos, pode potenciar severamente a amnésia basal que usualmente os
acompanha. O objetivo deste experimento é caracterizar esse importante efeito colateral.
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Material Utilizado
2 ratos
2 seringas de 1 ml com agulhas hipodérmicas
soluções de NaCl 0.9% e Diazepam
Caixa de Esquiva Passiva
Procedimento
Dois camundongos serão injetados com NaCl 0.9% ou Diazepam, respectivamente. Trinta minutos após, cada
animal será colocado no compartimento iluminado da caixa de esquiva passiva. Ao passar para o compartimento
escuro, uma porta-guilhotina entre os dois compartimentos será imediatamente acionada ao mesmo tempo em que o
animal receberá em suas patas um choque leve (0.4 mA por 2 segundo), após o qual retornará para a sua gaiola
moradia. Noventa minutos após, cada rato será recolocado no compartimento iluminado da caixa de esquiva passiva
sendo quantificado o tempo (máximo de 5 minutos) par que o mesmo penetre no compartimento escuro. Desta forma,
a permanência prolongada do animal no compartimento iluminado (e, portanto, incômodo) indica memória (esquiva do
choque), enquanto a passagem para o compartimento escuro indica amnésia.