ÍNDICE
PARUSIA.............................................................................................................................2
RESSURREIÇÃO...................................................................................................................4
MORTE...............................................................................................................................7
CÉU..................................................................................................................................10
INFERNO...........................................................................................................................14
PURGATÓRIO....................................................................................................................16
BIBLIOGRAFIA
Catecismo da Igreja Católica, n. 668-682, 988-1060
Justo Luís R. Sánchez de Alva e Jorge Molinero, O além, Diel (2007)
Concílio Vaticano II, Const. Dogm. Lumen Gentium, n. 48-51
Comissão Teológica Internacional, Algumas questões actuais de escatologia (1990) –
editado em português por Rei dos Livros com o título “Teologia na senda do
Concílio Vaticano II, Volume II, 4 - Para além da morte”.
Comissão Teológica Internacional, A esperança da salvação para as crianças que
morrem sem Batismo (19-IV-2007) – disponível em italiano e inglês na página:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/cti_index_po.htm
1
Parusia
PARUSIA, 1
PARUSIA, 2
AT: Deus volta repetidas vezes ao seu povo. Assim vai nascendo a
esperança de uma vinda futura de Deus (“dia de Yahvé”).
Daniel: a vinda do Filho do Homem sobre as nuvens do céu a quem o
“Ancião dos dias” faz rei universal.
PARUSIA, 3
PARUSIA, 4
PARUSIA, 5
2 Tes 3, 10: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma”.
2 Ped 3, 8: “Há, porém, uma coisa, caríssimos, que não deveis ignorar: é
que um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”.
2
PARUSIA, 6
PARUSIA, 7
A Revelação não esclarece a data da vinda de Cristo, mas fala de sinais que a
precederão:
3
Ressurreição
RESSURREIÇÃO, 1
RESSURREIÇÃO, 2
RESSURREIÇÃO, 3
4
RESSURREIÇÃO, 4
Magistério:
1) Todos os homens que morreram ressuscitarão no fim do mundo;
2) Esta ressurreição será sem excepções: alcançará todos;
3) Ressuscita-se com o mesmo corpo;
4) Haverá um juízo: “os que tiverem feito boas obras sairão para a
ressurreição da vida, mas os que tiverem feito obras más sairão ressuscitados
para a condenação” (Jo 5, 29).
Não há reencarnação: “está decretado que os homens morram uma só vez, e que,
depois disso, se siga o juízo” (Heb 9, 27).
RESSURREIÇÃO, 5
RESSURREIÇÃO, 6
Juízo final, 1
Verdade de fé clara na Sagrada Escritura e Tradição.
Exemplo: Mt 25, 31-32: “Quando, pois, vier o Filho do Homem na Sua
majestade, e todos os anjos com Ele, então Se sentará sobre o trono de Sua
majestade. Todas as nações serão congregadas diante d ’Ele e separará uns dos
outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”.
RESSURREIÇÃO, 7
Juízo final, 2
Verdade definida pelo Magistério: Credos, Quicumque, Concílios de
Latrão IV (1215), Lion II (1274), Florença (1442), Trento (1545-1563), Bula
Benedictus Deus de Bento XII (1336), Professio fidei de Paulo VI (1968).
5
RESSURREIÇÃO, 8
Juízo final, 3
CIC 1039: “É perante Cristo, que é a Verdade, que será definitivamente
posta a descoberto a verdade da relação de cada homem com Deus. O Juízo
final revelará até às suas últimas consequências o que cada um tiver feito ou
deixado de fazer de bem durante a sua vida terrena”.
RESSURREIÇÃO, 9
Juízo final, 4
CIC 1040: “Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da
criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos
admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim
último”.
6
Morte
MORTE, 1
Ps 88, 49: “Qual é o homem que vive e não há-de conhecer a morte?”;
Heb 13, 14: “porque não temos aqui cidade permanente”.
São Jerónimo, Epist. 108, 27: “Tanto morre o justo como o ímpio, o bom
como o mau, o limpo como o sujo, o que oferece sacrifícios como o que não os
oferece. A mesma sorte tem o bom como o que peca; o que jura, como o que
teme o juramento”.
Santo Agostinho, De Civ. Dei 13: “Não é outra coisa o tempo desta vida
senão uma corrida para a morte”.
MORTE, 2
MORTE, 3
MORTE, 4
7
8
MORTE, 5
1 Cor 15, 54: “A morte foi tragada pela vitória”. A última consequência dessa vitória é a
ressurreição final. Mas tal vitória foi já alcançada por Cristo:
1) “Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais, nem a morte terá mais
domínio sobre Ele” (Rom 6, 9);
2) ”Cristo ressuscitou dos mortos, sendo Ele as primícias dos que morrem”
(1 Cor 15, 20)
MORTE, 6
A. É natural que se tenha um certo temor diante da morte. Mas saber que a
morte é “sair deste corpo para ir morar junto do Senhor” (2 Cor 5,8) e a fé na
ressurreição fazem que a esperemos “com alegria” (Cristo que passa 21).
B. Encarar de frente a morte supõe:
ser conscientes da brevidade da vida;
valorizar os sucessos da vida com olhos de eternidade;
aproveitar o tempo para “ser rico diante de Deus” (cfr. Lc 12, 21);
viver vigilantes e com optimismo cristão;
pedir a graça da perseverança final.
MORTE, 7
Juízo particular, 1
A existência do juízo particular é uma verdade directamente relacionada
com verdades definidas pelo Magistério: imortalidade da alma, existência do
Céu, Inferno e Purgatório mesmo antes do Juízo final.
CIC 1022: “Ao morrer, cada homem, recebe na sua alma imortal a
retribuição eterna, num juízo particular” (cfr. Concílios II de Lyon, Florença,
Trento).
MORTE, 8
Juízo particular, 2
Alguns teólogos católicos pensam que esta verdade está implicitamente
definida, outros que é uma verdade de fé proposta pelo Magistério ordinário e
universal da Igreja, outros que, pelo menos, é próxima à fé pela sua íntima
conexão com outras verdades reveladas.
9
MORTE, 9
Juízo particular, 3
Alusões ao juízo particular no AT. Exemplo: “Que é fácil ao Senhor, o
dia da morte, pagar a cada um segundo o seu proceder”(Ecl 11, 26).
NT:
“E assim como está decretado que os homens morram uma só
vez, e que, depois disso, se siga o juízo” (Heb 9, 27)
Todas as passagens que supõem ou fazem referência a uma
retribuição imediata exemplos: o Bom Ladrão, a parábola do rico e do
pobre Lázaro, etc.)
MORTE, 10
Juízo particular, 4
Santo Agostinho, De anima et eius origine 2, 4, 8: “As almas são julgadas
imediatamente depois da sua saída dos corpos (...). Quem pode, indo contra o
Evangelho, cegar a mente com tanta obstinação que não entenda esta verdade ou
não a veja exposta na passagem daquele pobre que foi levado ao seio de Abraão
depois da morte, e daquele rico que é cruelmente atormentado no inferno?”.
MORTE, 11
Juízo particular, 5
São Jerónimo, In Joel 2, 1: “Por dia do Senhor entende-se o dia do juízo
ou o dia em que cada se separa do seu corpo. Porque o que há-de acontecer a
todos no dia do juízo, isso mesmo acontece a cada um no dia da morte”.
MORTE, 12
Juízo particular, 6
Discute-se se se tratará de um auto-juízo ou de um diálogo entre a alma e
Jesus. Seja como for, Deus iluminará a alma, ela será mais consciente da sua
vida, e conhecerá a sentença definitiva.
“Ao entardecer desta vida, examinar-te-ão no amor” (São João da Cruz,
Avisos e sentenças, 57. Cfr. CIC 1022).
Caminho 746: “Não brilha na tua alma o desejo de que o teu Pai-Deus fique contente
quando te tiver de julgar?”
10
Céu
CÉU, 1
No Céu há uma perfeita comunhão de vida e amor com a Santíssima Trindade, a Virgem
Santíssima, os anjos e todos os bem-aventurados. É “estar com Cristo”.
Verdade de fé:
Bula Benedictus Deus de Bento XII (1336);
Concílios: II Lion (1274), Florença (1439).
CÉU, 2
AT: afirma-se, cada vez com mais clareza, uma vida futura para os justos,
uma vida de glória, na presença de Deus.
NT: o Céu como existência futura e principal motivo para decidir a
conduta moral (as bem-aventuranças; Mt 5, 12); o tesouro inesgotável no céu
(Lc 12, 33); Jesus prepara um lugar para os seus (Jn 14, 2-3).
CÉU, 3
CÉU, 4
Aspectos da bem-aventuranças:
visão intuitiva de Deus;
amor de Deus e intimidade com Deus;
deificação;
gozo;
eternidade;
glória acidental.
11
CÉU, 5
CÉU, 6
CÉU, 7
CÉU, 8
12
CÉU, 9
Deificação, 1
É a divinização da alma e das suas potências, já incoada na terra (pela
graça já somos filhos de Deus, identificados cada vez mais com o Filho).
É a união íntima da alma, fruto da visão beatífica, mas não se dissolve no
Criador.
CÉU, 10
Deificação, 2
Esta divinização da alma redundará no corpo uma vez ressuscitado:
mesmas características que o Corpo de Jesus ressuscitado (cfr. 1 Cor 15, 40-44).
Os teólogos assinalam as seguintes propriedades do corpo ressuscitado:
impassibilidade,
agilidade,
subtileza,
e clareza.
CÉU, 11
Gozo
É Deus, que é a própria felicidade, a própria alegria, porque é o próprio
amor, inunda o bem-aventurado, não permitindo nenhuma tristeza nem
melancolia: sacia todos os anseios do ser humano: verdade, amor, beleza, paz,
alegria. É gozo inefável.
Mt 25, 21: “Entra no gozo do teu Senhor”. Santo Agostinho, Sermão 362:
“Este bem, que satisfaz sempre, produzirá em nós um gozo sempre novo”.
CÉU, 12
Eternidade, 1
CCE 1029: “Na glória do céu, os bem-aventurados continuam a cumprir
com alegria a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a criação.
Eles já reinam com Cristo. Com Ele reinarão ‘pelos séculos dos séculos’” (Ap
22, 5).
É de fé:
Credo (“Creio na vida eterna”); Benedictus Deus (“Essa visão e
fruição é contínua sem interrupção alguma da dita visão e fruição, e
continuar-se-á até ao juízo final e desde então até à eternidade”).
Não é a eternidade de Deus (noção de “aevum”).
13
CÉU, 13
Eternidade, 2
A plenitude de felicidade que está prometida por Deus não seria assim se
não se assegurasse a sua permanência: isso introduziria a inquietação, o
desassossego.
O bem-aventurado não perde a liberdade. Alcançará definitivamente “a
liberdade com que Cristo nos libertou” (Gal 4, 31).
CÉU, 14
Glória acidental, 1
É a alegria que provém do conhecimento da felicidade dos outros, do
gozo que nos dará a sua companhia, e dos especiais méritos que alguns tenham
alcançado.
CÉU, 15
Glória acidental, 2
É a presença da Santíssima Humanidade do Senhor, da Virgem, dos
Anjos, dos Santos e dos seres que tivermos conhecido e amado de maneira
especial na terra.
No NT: parábolas em que Jesus fala de um banquete.
Conseguir que muitas almas vão para o céu, o progresso espiritual das
pessoas queridas que ainda vivem na terra, etc.
14
Inferno
INFERNO, 1
A. AT: revelação progressiva desde o sheol, onde estão tanto justos como
injustos, até ao sheol onde há graus (os ímpios estão no mais profundo do sheol).
B. NT: 23 ocasiões nas quais o Evangelho se refere ao fogo do inferno.
Muitas expressões: gehenna, abismo, forno de fogo, trevas exteriores, etc.
INFERNO, 2
INFERNO, 3
INFERNO, 4
15
INFERNO, 5
Pena de dano
CIC 1033: “Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar
acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado
d’Ele para sempre, por nossa própria livre escolha”.
CIC 1035: “a principal pena do inferno consiste na separação eterna de
Deus”.
Supõe para sempre desesperação, vazio e contradição interiores
(solidão e ódio), privação da companhia da Humanidade Santíssima do Senhor,
da Virgem, dos Anjos e dos Santos, e não alcançar jamais a glória do corpo.
INFERNO, 6
Pena de sentido, 1
O pecado mortal traz consigo não só o afastamento de Deus, mas
também o relacionar-se de maneira desordenada com as criaturas.
a esta segunda desordem corresponde a pena de sentido. O Evangelho
refere-se com frequência a ela.
INFERNO, 7
INFERNO, 8
Ter em conta:
1. Deus apostou seriamente na liberdade do homem;
2. Não sabemos o que sucede entre Deus e a alma;
3. Propriamente é o homem que escolhe separar-se de Deus;
4. Problema da reparação das injustiças na terra e o da justiça infinita
de Deus;
5. Carácter de advertência medicinal que tem a revelação de Cristo
sobre a existência do inferno. Mas não simples ameaças: quem é a própria
Verdade não se serve da mentira para salvar.
16
Purgatório
PURGATÓRIO, 1
PURGATÓRIO, 2
Novo Testamento
Diálogo de Jesus com o Bom Ladrão; Parábola do rico e do pobre
Lázaro;
Fil 1, 21-24: “Com efeito, para mim o viver é Cristo, e morrer é um lucro
(...). Sinto-me num dilema: tenho o desejo de partir para estar com Cristo, o que
é incomparavelmente melhor; mas o permanecer na carne é preferível por amor
de vós”.
PURGATÓRIO, 3
Magistério
Definição solene na Bula Benedictus Deus (1336) de Bento XII. A
liturgia dá abundante testemunho da fé na retribuição imediatamente a seguir à
morte.
Magistério recente: Paulo VI, Profissão de fé (1968). Em 1979, carta da
CDF: “sobre algumas questões referentes à escatologia”.
PURGATÓRIO, 4
CIC 1030: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de
todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte
uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria
do céu”.
PURGATÓRIO, 5
17
definida pelo Magistério (nos Concílios de Florença 1439 e Trento 1547;
recordada na Const. dogm. Lumen gentium em 1964 e na Profissão de fé de
Paulo VI em 1968).
18
PURGATÓRIO, 6
PURGATÓRIO, 7
PURGATÓRIO, 8
PURGATÓRIO, 9
PURGATÓRIO, 10
PURGATÓRIO, 11
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