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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RODRIGO ALEXSSANDER GONCALVES, liberado nos autos em 09/05/2018 às 10:05 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 23F2DFE.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RODRIGO ALEXSSANDER GONCALVES, liberado nos autos em 09/05/2018 às 10:05 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 23F2E35.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE BEBEDOURO
FORO DE BEBEDOURO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ANEXO FAFIBE
Rua Prof. Orlando França de Carvalho, 325, ., Centro - CEP 14701-070,
Fone: 3344-7100 R.265, Bebedouro-SP - E-mail:
jecfafibe@unifafibe.com.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às17h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 240B143.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 0002136-21.2018.8.26.0072


Classe Assunto: Procedimento do Juizado Especial Cível - Obrigação de Fazer / Não Fazer
Requerente: MARCO ANTONIO FELICIANO
Requerido: Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL

Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ELIANA MONTEIRO SAITO, liberado nos autos em 10/05/2018 às 15:23 .
CERTIDÃO - Ato Ordinatório

Certifico e dou fé que pratiquei o seguinte ato ordinatório, nos


termos do art. 203, § 4º, do CPC:

Expedição de carta. Nada Mais. Bebedouro, 10 de maio de 2018.


Eu, ___, Eliana Monteiro Saito, Escrevente Técnico Judiciário.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE BEBEDOURO
FORO DE BEBEDOURO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ANEXO FAFIBE
Rua Prof. Orlando França de Carvalho, 325 -Bebedouro-SP - CEP 14701-070 - Horário de
Atendimento ao Público: das 12h30min às17h00min

CARTA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO – PROCESSO DIGITAL


Processo Digital nº: 0002136-21.2018.8.26.0072

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 240B52D.
Classe – Assunto: Procedimento do Juizado Especial Cível - Obrigação de Fazer / Não Fazer
Requerente: MARCO ANTONIO FELICIANO
Requerido: Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL
Data da Audiência: 19/06/2018 às 10:15h - Sala de audiência do anexo Unifafibe
Destinatário: Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL
Rua Capitão Neves, 2044, Centro
Mirassol-SP
CEP 15130-000
1. Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo o conteúdo da
petição inicial e da decisão, bem como INTIMADA(O) a comparecer na Audiência de Conciliação acima mencionada, ficando ciente, ainda, de
que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante de que esta citação se efetivou. 2. Desnecessária a presença de testemunhas na
Audiência de Conciliação. 3. Não havendo acordo, poderá Vossa Senhoria apresentar defesa oral na própria Audiência de Conciliação, ou defesa
escrita até 15 (quinze) dias depois da data da audiência. 4. Considerando-se que o processo é digital, a contestação e eventuais documentos que a
acompanham (procuração, carta de preposição, atos constitutivos, etc) serão objeto de peticionamento eletrônico, de modo que a respectiva inserção
no processo é de responsabilidade exclusiva da parte (NSCGJ - art. 1.268). 5. Havendo necessidade, será designada audiência de INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO, ocasião em que as partes poderão trazer até 03 (três) testemunhas, independentemente de prévia apresentação de rol ou intimação.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO MARCOS RIGO, liberado nos autos em 10/05/2018 às 18:37 .
6. Deixando de comparecer a qualquer das audiências, a(o) ré(u) será considerada(o) REVEL, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo(a)
autor(a) na petição inicial. 7. ADVERTÊNCIA PARA PESSOA JURÍDICA: Fica a(o) ré(u) advertida(o) de que deverá comparecer à audiência
acima designada, por seu representante legal, portando CPF, RG e prova de representação (contrato social, estatuto, ata e carta de preposição) e
poderá estar acompanhada(o) de advogado; a irregularidade nestes documentos poderá implicar no reconhecimento dos efeitos da revelia
(presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor), salvo se o contrário resultar da convicção do juiz. O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de
firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver
necessidade de vínculo empregatício (§ 4º do art. 9º da Lei nº 9.09/195). 8. Tratando-se de relação de consumo, fica a(o) ré(u) advertida(o) quanto
aos termos do art. 6º, VII do CDC (inversão do ônus da prova). 9. As mudanças de endereço ocorridas no curso do processo deverão ser
comunicadas pelas partes ao juízo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência da comunicação (art.
19, § 2º, da Lei nº 9.09/195). 10. Apresentar esta Carta no dia da Audiência. 11. Apresentar-se convenientemente trajado(a). 12. Comparecer
munido(a) de documento de identidade. OBSERVAÇÃO: Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos
documentos e da decisão que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006) que desobriga a
anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico. Bebedouro, 10 de maio de 2018.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 25/05/2018 às 10:15 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 24BC3EE.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO NOGUEIRA MONNAZZI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/06/2018 às 17:18 , sob o número WBDO18700233781
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL ANEXO FAFIBE DA COMARCA DE BEBEDOURO – ESTADO DE
SÃO PAULO

Processo nº 0002136-21.2018.8.26.0072

COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ - CPFL,


concessionária de serviços públicos federais de energia elétrica, inscrita no CNPJ/MF sob
nº 33.050.196/0001-88, com sede na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, na
Rodovia Campinas - Mogi Mirim, Km 2,5, por intermédio de seus procuradores que esta
subscrevem, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos autos da AÇÃO
INDENIZATÓRIA, promovida por MARCO ANTONIO FELICIANO DOURADO, já
qualificado nos autos em trâmite por esse r. Juízo e Cartório respectivo, apresentar
CONTESTAÇÃO, nos seguintes termos:

I. DOS FATOS ALEGADOS NA INICIAL

Alega o autor que no dia 25/01/2018, por volta das 16h00


houve uma forte chuva com várias descargas elétricas as quais ocasionaram danos em
vários equipamentos eletrônicos em sua residência.

Aduz que, tentou o ressarcimento dos danos junto a ré, mas


sem sucesso.

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Perante todo o exposto, requer a autora a
condenação da Requerida ao pagamento de indenização por danos materiais
no importe de R$2.499,00 (dois mil, quatrocentos e noventa e nove reais)
referente à refrigeradora e R$1.899,00 (um mil, oitocentos e noventa e nove
reais).

Contudo, como será amplamente demonstrado, o pleito da


autora sequer deve ser acolhido.

II. DA PRELIMINAR AO MÉRITO:

1. INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL – NECESSIDADE DE PROVA


PERICIAL DIRETA OU INDIRETA.

Inicialmente cumpre destacar, assim como disposto


nos termos do art. 3º da Lei n. 9.099/95, os Juizados Especiais Cíveis terão
competência apenas para julgar as causas envolvendo matéria de menor
complexidade.
Desta forma vemos o presente caso não encontra recepção
no dispositivo supramencionado. Vejamos:

A perícia direta é medida indispensável no presente caso,


tendo em vista a necessidade de se provar o prejuízo suportado pelo requerente,
supostamente advindos de uma descarga elétrica, as quais o autor não logrou êxito em
comprovar.

Assim, como bem entende a jurisprudência e a doutrina


dominantes, como discutido nestes autos, totalmente pertinente a perícia direta nos
aparelhos danificados, a fim de que seja devidamente constatada a causa do dano

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reclamado pelo autor.

Vejamos o entendimento dos tribunais:

Acidente de veículo - Reparação de danos materiais e


morais - Prova - Perícia direta e indireta a ser realizada
no caminhão do autor - Admissibilidade - Decisão
mantida. Cabe ao juiz, em sua função jurisdicional,
determinar as provas necessárias à instrução do feito
e indeferir as diligências inúteis, desnecessárias ou
protelatórias (CPC, art. 130). Recurso improvido. (TJSP,
AI 1045381820128260000 SP 0104538-18.2012.8.26.0000,
30ª Câmara de Direito Privado, Relator: Orlando Pistoresi,
Publicação: 02/08/2012, Julgamento: 1 de Agosto de 2012 –
destaque nosso.)

Contrato de prestação de serviços de mão de obra para


restauração e pintura de fachada de prédio. Existência de
cláusula de garantia de 05 anos. Necessidade de perícia
direta para aferir a responsabilidade da empresa
contratada pela má prestação do serviço. Contratação
de terceiro para o refazimento do serviço. Quebra da
garantia acordada. Perícia indireta. Laudo pericial
inconclusivo. Reforma da sentença para julgar improcedente
o pedido. PROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, APL
98912520058190209 RJ 0009891-25.2005.8.19.0209, 3ª
Câmara Cível, Relator: Des. Sebastião Bolelli, Publicação:
30/05/2011, Julgamento: 06/04/2011 – destaque nosso.)

Na ausência de possibilidades de se efetuar prova


direta, por exemplo, prova testemunhal ou ainda inspeção direta nos aparelhos

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danificados elencados na inicial, como requerido acima, totalmente cabível efetuar
perícia indireta, a qual é baseada em indícios e presunções.

Em razão da matéria tratada nos autos, qual seja danos à


aparelhos por suposta descarga elétrica, temos como certa a preservação dos
mesmos para que sejam passíveis de vistoria.

Há diversas decisões, em casos análogos, no sentido de que


haja a produção de prova pericial indireta. Vejamos:

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. QUALIDADE DE


SEGURADO DO DE CUJUS. TERMO INICIAL DA
INCAPACIDADE. NÃO COMPROVADO. NECESSIDADE DE
PERÍCIA INDIRETA. SENTENÇA ANULADA. 1.
Inexistindo elementos suficientes nos autos para
demonstrar a data do início da incapacidade do de cujus, a
fim de verificar se ele foi acometido da doença ainda na
constância da sua condição de segurado da Previdência
Social, e se o exercício da atividade laboral cessou em
virtude dessa doença, impõe-se a anulação da sentença,
a fim de que seja reaberta a instrução e realizada
perícia indireta. 2. Solvida questão de ordem para anular a
sentença, de modo a que seja procedida perícia. (Processo:
AC 61117520104049999 RS 0006111-75.2010.404.9999, 5ª
Turma, Publicação D.E. 16/08/2010, Julgamento
03/08/2010, Relator: Ricardo Teixeira do Valle Pereira –
destaque nosso.)

AÇÃO DE COBRANÇA DE COMPLEMENTAÇÃO DO SEGURO


OBRIGATÓRIO. DPVAT. ACIDENTE DE TRÂNSITO.
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. NECESSIDADE DE

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ADEQUAÇÃO DA INDENIZAÇÃO AO GRAU DE INVALIDEZ DA
VÍTIMA. EXEGESE LEGAL. LAUDO PERICIAL DO INSTITUTO
MÉDICO LEGAL INCOMPLETO. REALIZAÇÃO DE PERÍCIA
JUDICIAL INDISPENSÁVEL. ÓBITO DO AUTOR NO DECURSO
DO AUTOS. NECESSIDADE DE PERÍCIA INDIRETA.
SENTENÇA CASSADA. APELO NÃO CONHECIDO QUANTO
À SEGURADORA LÍDER. APELO PREJUDICADO QUANTO À
EMPRESA CENTAURO. Em sendo necessária a perícia
judicial, e ocorrendo o óbito da vítima do sinistro no
decurso da tramitação processual, afigura-se
fundamental a realização de perícia indireta,
sobretudo quando há indicação de debilidade permanente
em membro inferior direito, porém sem especificar o seu
grau de redução. Não é dado ao Poder Judiciário, a seu
próprio talante, enquadrar, somente com base em perícia
médica genérica, o grau de lesão que atingiu a vítima do
sinistro, porquanto tal atribuição pertence ao expert da
medicina. (Processo: AC 20110115422 SC 2011.011542-2,
6ª Câmara de Direito Civil, Julgamento 5 de Setembro de
2012, Relator Jaime Luiz Vicari – destaque nosso.)

Desta forma, há necessidade de inspeção indireta na


unidade consumidora do autor, a fim de verificar se as instalações elétricas estão em
pleno estado de uso e conservação.

Portanto, resta claro que há a necessidade de pericia


técnica judicial, para que haja a efetiva comprovação do nexo de causalidade
dos danos suportados e a descarga ocorrida, repisando ainda, que é de suma
importância à necessidade de perícia até mesmo nas instalações internas do
autor, para haver certeza de que a oscilação não decorreu de problema interno,
visto que não fora comprovado problema externo.

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Destarte, conforme se depreende dos fatos narrados
pela parte autora, a demanda trata de matéria complexa, uma vez que há
necessidade de verificar-se a existência do nexo de causalidade dos danos com
a oscilação em discussão, assim como se as instalações internas do autor
encontram-se adequadas, sendo necessária a realização de prova pericial para
fins de determinar a causa dos alegados danos.

Ainda, imperioso trazer a baila um trecho contido no livro


“Comentários à Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais”, editora LTR, 1955,
p. 59, dos autores Joel Dias Figueira Junior e Maurício Antônio Ribeiro Lopes, onde
discorrem sobre o tema mencionado:

“(...) Nada obsta que estejamos diante de uma ação


que não ultrapasse quarenta salários mínimos mas
que, em contrapartida, apresenta questões jurídicas
de alta indagação, não raras vezes acrescida da
necessidade de produção de intrincada produção de
prova pericial.”.

Destarte, nessa mesma linha de raciocínio, de suma


importância mencionar o entendimento de Jorge Alberto Quadro de Carvalho de Silva, em
sua obra “Lei dos Juizados Especiais Cíveis Anotada”, 3ª edição, 2003, editora Saraiva, p.
17:
“(...) Ocorre que muitos acórdãos tem entendido que se a
causa for complexa, ainda que se enquadre nas hipóteses
de art. 3º da Lei nº9.099/95, o juiz deverá extinguir o
processo sem o julgamento do mérito, por
inadmissibilidade do procedimento (art. 51, inciso II, da
referida Lei), ou remetê-lo para a Justiça Comum (com

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fundamento no princípio da economia processual).”. (grifo
nosso)

Nesse sentido decisão proferida pelas Turmas Recursais:

AÇÃO REPARAÇÃO DE DANOS. DANOS EM IMÓVEL


SUPOSTAMENTE ORIUNDOS DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA.
PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO QUE ENSEJAM A
NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA TÉCNICA,
ACARRETANDO A COMPLEXIDADE DA CAUSA E A
CONSEQÜENTE INCOMPETÊNCIA DO JEC PARA
APRECIÁ-LA. Diante do contexto probatório, verifica-se a
necessidade de perícia técnica para se verificar a
origem da infiltração de água que vem acarretando danos
no apartamento do autor, bem como a extensão destes. A
prova existente nos autos não se mostra suficiente para
a elucidação da questão. Incabível a determinação de
prova pericial no JEC, deve ser extinto do feito com
base no art. 51, inciso II, da Lei nº 9.099/95. Sentença
mantida e confirmada por seus próprios fundamentos. Recurso
desprovido. (Recurso Cível Nº 71001376169, Primeira Turma
Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Eduardo Kraemer,
Julgado em 16/08/2007)

Ainda nesta mesma linha de raciocínio, necessário destacar


as palavras do ilustre juiz do Juizado Especial da comarca de Duque de Caxias, ao
prolatar uma sentença sem resolução do mérito por de acordo com o tema em comento,
vejamos:
"Inicialmente, deve ser acolhida a preliminar arguida pela ré, de
incompetência do juízo, ante a necessidade de
realização de perícia técnica. Isso porque, no caso em
exame, a autora limita-se a alegar que o auto-rádio

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fabricado pela ré teria apresentado novo defeito, sem
trazer aos autos qualquer prova nesse sentido, sendo
certo que a ausência de qualquer prova que o produto
encontra-se com defeito, faz com que seja necessário um
exame técnico para verificação do alegado. (...) Assim,
se demonstra com extrema clareza a necessidade de
realização de perícia técnica para o julgamento da
causa, o que a qualifica como de maior complexidade,
impondo-se o reconhecimento de que a mesma não se
encontra abarcada pela competência legalmente
atribuída para os Juizados Especiais Cíveis, na forma da
lei 9.099/95, razão pela qual o processo deve ser
extinto sem resolução do mérito. (PROCESSO Nº
0020322-61.2009.8.19.0021 (2009.021.020372-5))"
(GRIFO NOSSO).

Ante o exposto, requer-se a extinção da ação sem


resolução de mérito, com base no disposto no art. 51, II, da lei n. 9.099/95,
pois caso o contrário há uma grande afronta não somente ao princípio da
ampla defesa, como também aos nobres, ilustres e justos princípios instituídos
na Constituição Federal.

III. DA REALIDADE DOS FATOS

Passadas as preliminares arguidas caso não acolhidas, ante


as alegações do requerente, cumpre à Concessionária-requerida, neste ato, descrever os
fatos de forma clara e precisa como realmente ocorreram, bem como demonstrar as
normas aplicáveis ao caso, haja vista que as razões fáticas apontadas em peça de
ingresso não correspondem à realidade.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO NOGUEIRA MONNAZZI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/06/2018 às 17:18 , sob o número WBDO18700233781
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Como exposto acima, o requerente ingressou com a
presente demanda para que seu prejuízo seja sanado, porém, seu pleito não merece
prosperar pelo fato de não ter sido constatado no sistema da requerida, naquela
data e horário, qualquer ocorrência de oscilação na rede elétrica que poderia
ter prejudicado qualquer estação de sua responsabilidade.

Faz prova das argumentações da ré as telas obtidas pelo seu


sistema informatizado, constando a inexistência de ocorrência de oscilação da rede
elétrica nas estações de sua responsabilidade.

O requerente de fato ingressou com pedido de


ressarcimentos junto à requerida por meio das Solicitações de Atendimentos n.º
4520360679.

É de se concluir que uma instabilidade na rede de energia


tenha causado prejuízo ao autor, e entre as hipóteses de exclusão da responsabilidade
objetiva, encontram-se os casos envolvendo caso fortuito ou força maior.

Nesse liame, esclarecemos que a relação causal estabelece o


vínculo entre um determinado comportamento e um evento, permitindo concluir se a ação
ou omissão do agente causou ou não o dano. Em suma, o nexo causal é um elemento
essencial entre a conduta e o resultado, ou seja, é através dele que concluímos quem
causou o dano.

Portanto, os supostos danos que teriam ocorrido nos


aparelhos eletrônicos do autor não guardam relação de nexo causal com ocorrências na
rede elétrica, visto que não houve qualquer oscilação de energia no local.

Assim, concluímos não haver responsabilidade desta


concessionária-ré em relação ao equipamento avariado, estando de acordo com a
Resolução Normativa nº 414/2010, da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, em
seu artigo 210, parágrafo único, inciso I, conforme segue:

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“Parágrafo único. A distribuidora só poderá eximir-se
do dever de ressarcir quando:
I - comprovar a inexistência de nexo causal, nos
termos do art. 205.” (Destaque nosso.)

Importante esclarecer que nem todo dano a aparelho


elétrico/eletrônico ocorre por falha ou má prestação de serviço desta concessionária, que
é a responsável pela distribuição de energia elétrica na residência do autor.

Um equipamento pode, por exemplo, ser danificado nas


seguintes situações:

 Se ligado em voltagem diversa (ex. aparelho de 127v ligado em 220v);

 Se atingido por descargas atmosféricas, que podem vir pelo cabo de TV, internet, linha
telefônica, etc. Nos casos em que a descarga entra via cabo telefônico ou HDMI (TV a
cabo), não há qualquer responsabilidade da concessionária;

 Pela sua má utilização e pelo tempo de uso;

 Se o cabo de alimentação foi ligado juntamente com demais equipamentos em


extensões ou adaptadores, ocasionando o superaquecimento da rede elétrica do
consumidor;

 Devido a curto circuito nas instalações internas do consumidor, causados pelo mal
dimensionamento da planta elétrica da instalação residencial ou empresarial de
responsabilidade do consumidor, com a utilização de cabos fora dos padrões e
amperagem aplicáveis à tomadas destinadas a equipamentos com resistência e motores
de potência mais elevada como ferro elétrico, sanduicheira, fornos elétricos e micro-
ondas, freezer e geladeiras;

 Não utilização do Disjuntor (DR – Diferencial Residual) que é de uso obrigatório


segundo os preceitos da Norma Brasileira de Instalações Elétricas – ABNT – NBR – 5410,
o que caracteriza a culpa exclusiva do consumidor, vide arts. 12 e 14 do CDC.

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Com efeito, nas situações acima elencadas, não há
que se falar em responsabilidade da concessionária.

Há que se considerar, por exemplo, eventuais curtos


circuitos causados por falha ou mau uso dos equipamentos elétricos, inadequação das
instalações elétricas do imóvel, quedas de raios, etc.

Conforme claramente afirmado pelo autor, a causa do


dano se deu por conta de chuvas, com descargas elétricas, restando claro o
caso fortuito e, por conseguinte a ausência de responsabilidade da requerida
no presente caso.

A única forma de comprovarmos eventual responsabilidade


da requerida no evento reclamado é através da realização de minuciosa perícia técnica.

De plano, resta mencionar que todos os documentos


acostados à inicial estão IMPUGNADOS, pois apenas se tratam de orçamentos.

O autor alega que houve danos, porém não acosta


aos autos qualquer documento que comprove suas alegações. Não juntou
sequer um laudo pericial identificando a origem dos danos.

Tenta o autor, nitidamente, enriquecer-se às custas


da ré, requerendo ressarcimento de equipamentos os quais não tiveram as
causas de danificação comprovadas, portanto, o pedido de ressarcimento de
valores deve ser improcedente.

Como acima esclarecido, os equipamentos poderiam ter


apresentado defeitos em razão do tempo de uso, pelo mau uso, ou ainda, qualquer causa
diversa a que fora relacionada na exordial.

Se não bastasse, todos os documentos colacionados foram


elaborados sem a participação da ré, não sendo suficientes para comprovar o alegado,
posto que unilaterais.

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Resta claro que o autor não se desincumbiu do ônus que lhe
cabe, conforme determina o artigo 373, I, do CPC, deixando de comprovar o nexo
causal, imprescindível para a procedência do pedido de dano material.

Ora, remanescendo dúvidas acerca dos fatos, evidente que o


autor não cumpriu com seu encargo devendo, por isso, sofrer com o prejuízo da não-
comprovação, não restando outra alternativa, senão a improcedência da ação.

Inclusive, se as instalações internas do autor não


estiverem passando por constante manutenção e/ou estão degradadas pelo
tempo de uso, poderá existir a danificação dos objetos pela fiação do imóvel
estar comprometida, ou seja, está fora dos padrões de uso contínuo, o que será
tratado adiante em tópico específico.

Portanto, sendo improvado o dano na forma como deveria


para ser passível de ressarcimento, não há valores a ser reembolsado ao autor pela
Concessionária, na forma como foi pleiteado.

Por fim, a ré sempre agiu dentro dos limites da legalidade,


inexistindo qualquer nexo de causalidade entre os fatos discutidos com os bens do autor,
devendo a presente demanda ser julgada IMPROCEDENTE.

IV. DO DIREITO

1. DA COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO –


CERTIFICADO ISO 9001

Notório que, hoje, a requerida é considerada uma das


maiores empresas do setor elétrico brasileiro. A ré leva energia a quase 20 milhões de
consumidores e conseguiu, ao longo dos anos, liderar o segmento de energias renováveis
no Brasil com uma matriz diversificada: de grandes e pequenas centrais hidrelétricas à
parques eólicos, usinas de biomassa, térmicas a óleo combustível e, mais recentemente, a

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primeira usina solar do Estado de São Paulo.

Sendo assim, a ré tem como missão prover soluções


energéticas sustentáveis, com excelência e competitividade, atuando de forma integrada
à comunidade, fornecendo seus serviços sempre com qualidade e segurança.

Assim, através do documento anexo, consistente em um


certificado de excelência em serviços, comprova-se que aqueles fornecidos pela
Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL ultrapassam as expectativas, visando sempre o
bem-estar dos contratantes.

Além do certificado ISO 9001, que ora se anexa porque


especifica o assunto tratado nestes autos, a empresa-ré ainda possui o certificado
ABRADEE 2015, dentre outros. E isso só foi possível ante a comprovada qualidade no
fornecimento de energia elétrica.

É indiscutível o elevado padrão dos serviços de energia


prestados pela requerida, inclusive no que tange às ocorrências de quedas de
fornecimento de energia, já que o sistema tem eficiência para detectar precisamente se
houve ou não oscilações de energia nos locais e datas alegadas pelos seus usuários.

Desta forma, passaremos a discorrer sobre o mérito da


demanda proposta, os quais, diga-se, não são suficientes para minimizar a excelência do
fornecimento de energia da companhia.

2. DA RESPONSABILIDADE DO USUÁRIO SOB AS INSTALAÇÕES INTERNAS

Como visto, não houve qualquer irregularidade quanto ao


consumo de energia elétrica registrado na unidade consumidora.

Ainda que assim não fosse, eventuais danos elétricos dever-


se-iam única e exclusivamente a eventuais problemas nas instalações internas do autor, o
que de fato é de sua responsabilidade.
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Ao solicitar da Concessionária o fornecimento de energia
elétrica, o usuário ajusta verdadeiro contrato, negócio jurídico, segundo o qual define
direitos e obrigações recíprocos, conforme consta do seguinte dispositivo da Resolução
Normativa n° 414/2010 da ANEEL:

“Art. 27 - Efetivado o pedido de fornecimento ao


concessionário, este cientificará ao interessado
quanto à:
I - Obrigatoriedade de:
a) observância, nas instalações elétricas da unidade
consumidora, das normas e padrões disponibilizados
pela distribuidora de livre e fácil acesso, de caixas,
quadros, painéis ou cubículos destinados à instalação
de medidores, transformadores de mediação e outros
aparelhos da distribuidora necessários à medição de
consumo de energia elétrica e demanda de potência,
quando houver, e à proteção destas instalações;
[...]
e) aceitação dos termos do contrato de adesão pelo
interessado.” (Destaque e grifo nossos.)

Negócio jurídico é a emissão volitiva dirigida a uma


finalidade, onde, para que receba do ordenamento jurídico conhecimento pleno e produza
todos os seus efeitos, necessário que se revista de certos requisitos que dizem respeito à
pessoa do agente, ao objeto da relação e à forma da emissão de vontade, ou seja, ao
administrador, ao interesse público e às leis regulamentares.

“Ademais, o fornecimento de energia elétrica não se


subordina a nenhum contrato entre a empresa
fornecedora e o consumidor, sujeitando-se,
unicamente, a leis e regulamentos baixados pelo

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Poder Público.” (jn Revista dos Tribunais n°
485/144).

Como é estipulado pelas normas de regência, o consumidor


é responsável pela regularidade do medidor instalado em sua unidade consumidora (a
citada Resolução Normativa n° 414/2010 da ANEEL, em seu artigo 2°, inciso LXXXV,
define unidade consumidora como sendo o “conjunto composto por instalações, ramal de
entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios, incluída a subestação, quando
do fornecimento em tensão primária, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica
em apenas um ponto de entrega, com medição individualizada, correspondente a um
único consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedade
contíguas”, devendo responder pelas consequências nos casos de irregularidade.

Ponto de entrega, consoante referida Resolução Normativa


n° 414/2010 da ANEEL:

“Art. 14 - O ponto de entrega é a conexão do sistema


elétrico da distribuidora com a unidade consumidora
e situa-se no limite da via pública com a propriedade onde
esteja localizada a unidade consumidora, [...].” (Destaque e
grifo nossos.)

“Art. 15 - A distribuidora deve adotar todas as


providências com vistas a viabilizar o fornecimento,
operar e manter o seu sistema elétrico até o ponto de
entrega, caracterizado como o limite de sua
responsabilidade, observadas as condições estabelecidas
na legislação e regulamentos aplicáveis.” (Destaque e grifo
nossos.)

Ainda mais especificamente, a resolução, ao tratar do tema,


é enfática quanto ao que dispõe sobre as responsabilidades atribuídas ao usuário e à
concessionária, o que segue:

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“Artigo 166 - É de responsabilidade do consumidor,
após o ponto de entrega, manter a adequação técnica
e a segurança das instalações internas da unidade
consumidora.
§1º – as instalações internas que ficarem em
desacordo com as normas e padrões a que se refere as
alíneas „a‟ e „b‟ do inciso I, do art. 27 vigentes à época da
primeira ligação da unidade consumidora, devem ser
reformadas ou substituídas pelo consumidor.”
(Destaque nosso.)

“Art. 167 - O consumidor é responsável:


I – pelos danos causados a pessoas ou bens,
decorrentes de defeitos na sua unidade consumidora,
em razão de má utilização e conservação das
instalações ou do uso inadequado da energia; [...]”
(Destaque e grifo nossos.)

Deste modo, evidente está que não pode ser atribuída à ré a


responsabilidade pela adequação das instalações internas das unidades consumidoras,
visto que a legislação de regência deixa claro que tais adequações cabem ao usuário.

3. CASO FORTUITO, INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL E AUSÊNCIA DO DEVER


DE INDENIZAR.

Muito embora o autor atribua à Concessionária requerida a


responsabilidade pelos danos que alega ter suportado, como dito, anteriormente, não há
nexo causal entre os fatos.

O próprio autor em sua inicial afirma que no dia dos fatos


houve descargas atmosféricas e afirmou que a causa do dano se deu por
condições adversas ao fornecimento de energia, deixando claro que o
problema ocorreu por caso fortuito.
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Contudo, mesmo que assim não fosse, é cediço que, muito
embora a responsabilidade da requerida, como concessionária de serviço público seja
objetiva, sua responsabilização é excluída nos casos em que inexiste nexo causal.

Como já apontado, dentre as hipóteses de exclusão da


responsabilidade objetiva, encontram-se os casos envolvendo caso fortuito ou força
maior. É essa a excludente presente no caso sub examen: a Concessionária-
Requerida, não prevê problemas meteorológicos, razão pela qual não pode ser
pelos danos decorrentes de caso fortuito e força maior, responsabilizada.

A excludente de responsabilidade civil pela ocorrência da


situação de fortuito externo tem sua aplicação nas relações de consumo já que o rol das
excludentes de responsabilidade civil previstas no Código de Defesa do Consumidor não
é taxativo, sendo norma numerus apertus.

O fortuito externo é causa de extinção da relação causal,


sendo assim ausente o dever de indenizar já que falta o elemento nexo causal
entre a conduta e o dano para se aferir a responsabilização do agente.

Extrai-se deste contexto que se a conduta externa à atividade


empresarial causar dano a outrem e se esta for para o fornecedor inevitável e
irresistível, há o rompimento do iter de causalidade entre o comportamento de quem a
lei ou o contrato responsabiliza pelos riscos da atividade e por isso inexiste o dever de
indenizar.

Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.


QUEDA DE ENERGIA. EXCLUDENTE DE
RESPONSABILIDADE DE CASO FORTUITO E FORÇA
MAIOR. DANOS MORAIS E MATERIAIS NÃO
i
COMPROVADOS. Apelação desprovida. (Destaque
nosso.)

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APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. QUEDA DE
ENERGIA. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE DE CASO
FORTUITO E FORÇA MAIOR. DANOS MORAIS E MATERIAIS
NÃO COMPROVADOS. Apelação da ré provida, prejudicado o
apelo da parte autora. ii

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO
DE ENERGIA ELÉTRICA. PREJUÍZO AO PROCESSO DE
RESFRIAMENTO DE LEITE. IMPROCEDÊNCIA. OCORRÊNCIA
DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. EXCLUSÃO DA
ILICITUDE. PREQUESTIONAMENTO. Conquanto a
responsabilidade da concessionária demandada seja
objetiva, segundo a teoria do risco administrativo, com
fundamento nos artigos 37, parágrafo 6º, da Constituição
Federal, 14, 22, parágrafo único, do Código de Defesa do
Consumidor, esta, no caso em comento, logrou êxito em
demonstrar a ocorrência de caso fortuito ou força maior,
espécie de excludente da ilicitude prevista no artigo 393,
parágrafo único, do Código Civil, desincumbindo-se do ônus
estatuído no artigo 333, inciso II, do Código de Processo
Civil. RECURSO DESPROVIDO.iii (Destaque nosso.)

Portanto, há que se ressaltar que, se o dano ocorreu por caso


fortuito ou força maior, e de fato ocorreu pelos relatos estampados na peça vestibular,
não houve atuação da concessionária, que, portanto, não pode ser responsabilizada.

Finalmente, resta comprovado que os fatos alegados pelo autor


não são de responsabilidade da requerida, inexistindo o dever de indenizar.

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4. DA INEXISTÊNCIA DOS DANOS MATERIAIS

Ainda que a requerida alegue que na citada data não


houve qualquer evento que pudesse prejudicar a instalação do autor, este
pleiteia indenização por danos materiais.

Deve-se considerar que o aparelho danificado já estava


sendo utilizado, portanto, a requerida não pode ser prejudicada com eventual indenização
de um equipamento novo, no valor absurdo pleiteado, cujas causas de danificação sequer
ficaram evidenciadas.

Ausente a responsabilidade da requerida como


amplamente esposado acima, indiscutível a improcedência do pedido de
ressarcimento material.

Ressalta-se que, apesar das alegações do autor de


danificação de seus aparelhos eletrônicos, a requerida comprova, através da juntada de
documentos, que não houve oscilação de energia no período mencionado. Sendo assim,
conclui-se que o dano se deu por caso fortuito, logo, caso este em que não está presente
a responsabilidade por parte da Concessionária-ré.

Importante ressaltar que o autor não comprovou,


nem mesmo juntou qualquer documento hábil a comprovar os supostos danos
materiais causados pela instabilidade na rede elétrica.

Desse modo, para caracterização da existência de valores a


serem ressarcidos, torna-se necessária à comprovação da ocorrência de um prejuízo
material, derivado, frisa-se, de prática de ato em desconformidade com a legislação
vigente.

Assim, aplicando-se tal raciocínio no âmbito das relações de


consumo, é cabível a pretensão indenizatória, quando do vício ou fato do produto ou
serviço, ocorrer diminuição patrimonial ao consumidor, devendo ser frisado que tal
diminuição deve ser comprovada para fins de ressarcimento. Havendo causas de
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excludente de responsabilidade, como amplamente demonstrado, afasta-se o dever de
indenizar.

Não há, portanto, possibilidade de fixação do dever de


indenizar, de qualquer natureza, quando não restou comprovada a ilegalidade cometida, e
o nexo causal entre os fatos.

Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL – INDENIZATÓRIA POR DANOS


MORAIS DE MATERIAIS – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE ENERGIA ELÉTRICA – INCÊNDIO DOMICILIAR –
RESPONSABILIDADE CIVIL DO PRESTADOR DE
SERVIÇOS – NEXO CAUSAL – NÃO COMPROVAÇÃO –
INSTALAÇÕES EM DESACORDO COM AS NORMAS DE
SEGURANÇA – DEFEITO APTO A ENSEJAR O DANO
EXPERIMENTADO PELO CONSUMIDOR. Não há falar
na configuração da responsabilidade civil do
prestador de serviço se a prova produzida nos autos
infirmar o nexo causal entre os danos
experimentados pelo consumidor e as atividades
desenvolvidas pela parte ré. iv (Destaque nosso.)

DANO MORAL E MATERIAL. DEVER DE INDENIZAR.


NEXO CAUSAL. NÃO COMPROVAÇÃO. Para que haja o
dever de indenizar pelo patrão, mister a existência de
uma relação de causa e efeito entre a conduta por ele
praticada ou a atividade desenvolvida pela empresa,
ou por seu empregado e o resultado. O nexo causal é
o vínculo existente entre o dano e o ato praticado
v
pelo empregador ou pela atividade de risco.
(Destaque nosso.)

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO NOGUEIRA MONNAZZI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/06/2018 às 17:18 , sob o número WBDO18700233781
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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – DANOS MATERIAIS E
MORAIS – NÃO COMPROVAÇÃO DA CONDUTA
ILÍCITA COMETIDA PELA RÉ E DO NEXO CAUSAL –
PEDIDOS IMPROCEDENTES – RECURSO
DESPROVIDO. Para que se condene alguém ao
pagamento de indenização por dano material ou
moral é preciso que se configurem os pressupostos
ou requisitos da responsabilidade civil, que são o
dano, a culpa do agente, em caso de
responsabilização subjetiva, e o nexo de causalidade
entre a atuação deste e o prejuízo. Não tendo a
autora se desincumbido do seu ônus probatório, no
que tange à conduta ilícita praticada pela ré e o nexo
causal entre sua conduta e a morte do cônjuge da
autora, a improcedência dos pedidos indenizatórios é
vi
medida que se impõe. Recurso desprovido.
(Destaque nosso.)

Tecidas tais considerações, verifica-se, de plano, que não


restou configurada qualquer irregularidade na conduta da requerida no caso dos autos,
do que se conclui que não há fundamentos que permitam estipular dever de
ressarcimento de valores.

O prejuízo, assim, decorre de um ato derivado de


conduta ilegal e não comprovada a ilegalidade, não há comprovação de prejuízos
passíveis de serem ressarcidos.

Temos que, in casu, o dano ocorreu para o autor, porém,


não há conduta ilegal comprovada pela requerida. Ao passo que, do indeferimento do
pedido administrativo, onde se limitou a informar a não ocorrência de oscilações na rede
elétrica no local informado, afasta qualquer indício de ilícito, corroborando para as
alegações apresentadas por esta defesa, de que houve causa externa, que foge ao

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controle da requerida e, portanto, afasta o dever de indenizar, já que ausente
qualquer nexo de causalidade.

Resta, portanto, a ausência dos requisitos essenciais à


condenação da ré em ressarcir o autor em razão de eventuais danos materiais causados
por oscilação na rede não constatada e não comprovada pelo requerente,
devendo tal pedido ser julgado improcedente.

5. DA IMPUGNAÇÃO AOS LAUDOS E ORÇAMENTO DE FLS. 06/08

O requerente apresentou orçamentos (fls. 06/08), o qual


salienta-se que o autor o conseguiu de maneira arbitrária, pois a ré não enviou aquele
documento ao mesmo. Ocorre que naquele documento, o Requerente tenta comprovar o
prejuízo sofrido, os quais supostamente foram causados pela ré, decorrente de falha na
prestação do serviço. Porém sequer anexa aos autos qualquer tipo de laudo que
identifique a origem do problema, restando IMPUGNADOS todos os documentos
acostados à inicial.

Logo, tais orçamentos juntados devem ser desconsiderados,


tendo em vista que NÃO HÁ NOS AUTOS COMPROVAÇÃO DE QUE REALMENTE
HOUVE DANOS.

Finalmente, a requerida pleiteia que a ação seja julgada


improcedente, tendo em vista a ausência de nexo causal entre os danos suportados
pela parte autora e os supostos fenômenos ocorridos na rede elétrica.

V. DO PEDIDO
Assim sendo, em face de todo o exposto, devidamente
fundamentado e provado, requer a Vossa Excelência:

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a) Digne receber a presente Contestação para que,
acolhendo a preliminar de incompetência de juízo por necessidade de pericia judicial,
julgue a presente ação extinta sem resolução no mérito, para que eventualmente venha a
ser proposta perante justiça comum, sob pena de cerceamento de defesa da Requerida.

b) Caso não acolhidas as preliminares arguidas, requer


que seja o presente feito julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE bem como todos
os pedidos veiculados na inicial.

Requer-se, finalmente, a produção de todas as provas


admitidas em Direito, a juntada de novos documentos, a oitiva de testemunhas e o
depoimento pessoal do autor, sem prejuízo de outras que se fizerem necessárias ao
deslinde do feito.

Outrossim, postula-se, que todas as publicações


sejam efetuadas somente em nome de EDUARDO NOGUEIRA MONNAZZI,
OAB/SP 164.539 e ELAINE CRISTINA PERUCHI, OAB/SP 151.275.

Termos em que pede e Espera Deferimento.


Araraquara, 06 de junho de 2018.

EDUARDO NOGUEIRA MONNAZZI ELAINE CRISTINA PERUCHI


OAB/SP 164.539 OAB/SP 151.275

RICARDO NOGUEIRA MONNAZZI


OAB/SP 241.255

i Apelação Cível Nº 70060910932, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elisa Carpim Corrêa, Julgado em
28/08/2014
ii
Apelação Cível Nº 70060202124, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elisa Carpim Corrêa, Julgado em
28/08/2014

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iii
Apelação Cível Nº 70058139106, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Catarina Rita Krieger
Martins, Julgado em 13/03/2014
iv
TJ-MG - AC: 10702100729038001 MG, Relator: Selma Marques, data de julgamento: 21/05/2013, 6ª Câmara Cível, data
de publicação: 29/05/2013;
v
TRT-1 - RO: 00010419020125010078 RJ, Relator: Volia Bomfim Cassar, data de julgamento: 28/05/2014, Segunda
Turma, data de publicação: 11/06/2014;
vi
TJ-MG - AC: 10479110188139001 MG, Relator: Eduardo Mariné da Cunha, data de julgamento: 23/01/2014, 17ª Câmara
Cível, data de publicação: 04/02/2014;

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Este documento tem por objetivo apresentar o descritivo da análise comercial e de eventuais distúrbios na
rede de distribuição da concessionária.

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Número do Processo: 0002136-21.2018.8.26.0072
Instalação: 3437000

Conclusão da análise:
Consumidor não ingressou com ação administrativa de ressarcimento.
Para o período citado no processo (25/01/2018) não localizamos ocorrência em nossa rede.

CADASTRO CONSUMIDOR
Sistema de cadastro do consumidor vinculado ao endereço da unidade consumidora (UC)

_______________________________________________________________________________

PEDIDO ADMINISTRATIVO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS

Sistema comercial referente as solicitações de notas de ressarcimento de danos, relacioandos a unidade


consumidora (UC), independente da titularidade.

há registro de solicitação de ressarcimento via administrativo para o período citado no processo.

_______________________________________________________________________________

SISTEMA LOGOS - SOLICITAÇÕES DE ATENDIMENTO E ORDENS DE SERVIÇO POR


UNIDADE CONSUMIDORA
.
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Sistema de consulta de ordens de serviços comerciais e emergenciais, relacionadas a unidade


consumidora (UC), por ordem crescente de data de abertura, independente da titularidade.

Não localizado nota de serviço para o período citado no processo.

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GISD PDM – PESQUISA DE INTERRUPÇÕES DE ENERGIA POR UNIDADE CONSUMIDORA.

Sistema técnico operacional, relacionado ao circuito elétrico (alimentador, chaves, transformadores,


outros) que alimentam as unidades consumidoras vinculadas neste circuito, com registros de
interrupções de energia (falta de energia coletiva, individual, manobras de rede, desligamento
programado, entre outros) em determinado período, independente da titularidade.

No período citado no processo, não foram encontrados registros de ocorrências que afetaram o circuito que
alimenta a UC em pesquisa.

_______________________________________________________________________________________
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO NOGUEIRA MONNAZZI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/06/2018 às 17:18 , sob o número WBDO18700233781
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SISTEMA SDDT II – INFORMAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO

Sistema técnico operacional, relacionado ao alimentador que fornece energia ao circuito que
alimenta a Unidade Consumidora (UC) em pesquisa, não sofreu piscas, bloqueios ou manobras que
pudessem interferir no fornecimento de energia para a UC em questão.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 2532153.

Elaborado por: Tayne de Campos Rizzi


Matrícula: 3003688
Em 29/05/2018

DPCA – Coordenação PID.


fls. 42

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Scanned by CamScanner
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CAROLINA DE BRITO RAMALHO LUZ TAVARES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/06/2018 às 17:41 , sob o número WBDO18700253200 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002136-21.2018.8.26.0072 e código 25C876A.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE BEBEDOURO
FORO DE BEBEDOURO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ANEXO FAFIBE
Rua Prof. Orlando França de Carvalho, 325, ., Centro - CEP 14701-070,
Fone: 3344-7100 R.265, Bebedouro-SP - E-mail:
jecfafibe@unifafibe.com.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às17h00min

TERMO DE AUDIÊNCIA

Processo Digital nº: 0002136-21.2018.8.26.0072


Classe - Assunto Procedimento do Juizado Especial Cível - Obrigação de Fazer / Não
Fazer
Requerente: MARCO ANTONIO FELICIANO
Requerido: COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ - CPFL, CNPJ
33.050.196/0001-88
Data da audiência: 19/06/2018 às 10:15h

Aos 19 de junho de 2018 às 10:15h, com a presença do(a)


conciliador(a) Amandio Manoel Pereira Pinho, devidamente capacitado(a) e
habilitado(a) junto ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de
Conflitos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e das partes e advogados
abaixo identificados, foi aberta a sessão. Ao início dos trabalhos, pelas partes e
advogados foi dito que concordam com a realização da presente sessão sob a
condução do(a) conciliador(a)/mediador(a) indicado(a), por reputarem-no
imparcial, e que estão cientes dos princípios fundamentais e regras que regem a
sessão de conciliação e mediação, notadamente: a) que devem manter sigilo sobre
todas as informações obtidas na sessão, salvo autorização expressa, violação à
ordem pública ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, em
qualquer hipótese; b) que estão cientes do método de trabalho a ser empregado, o
qual foi apresentado de forma completa, clara e precisa, e das regras de conduta e
as etapas do processo; c) que devem respeitar os diferentes ponto de vista, e
assegurar que todos ajam com liberdade para tomar as próprias decisões durante ou
ao final do processo e que podem interrompê-lo a qualquer momento, onde
presente se encontrava o requerente, desacompanhado de advogado; presente
também a empresa requerida, representada pelo seu preposto, Thiago Daniel
Ribeiro Tavares, desacompanhado de advogado. Iniciados os trabalhos, verificou
o(a) conciliador(a) a impossibilidade de composição entre as partes. A seguir, pela
parte requerida foi dito que apresentou contestação. Ato contínuo foi intimado ao
requerente a apresentação de réplica, no prazo de 10 dias, a contar do dia
fls. 45

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE BEBEDOURO
FORO DE BEBEDOURO
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Fone: 3344-7100 R.265, Bebedouro-SP - E-mail:
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Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às17h00min

06/08/2018. Partes presentes, cientes e intimadas recebem cópia do termo


devidamente assinado por elas neste ato, sendo orientadas a guardá-las em
seus arquivos. Assim, após a manifestação do requerente, encaminhem-se os autos
conclusos para deliberação. NADA MAIS. Depois de lido e achado conforme, vai
por mim devidamente assinado.

Conciliador:

Requerente(s):

Requerido(s):

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