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O uso da história oral como método se ergue segundo alternativas que

privilegiam as entrevistas como atenção essencial dos estudos. Trata-se de


centralizar os testemunhos como ponto fundamental das análises. As
entrevistas devem ser o nervo da pesquisa. No caso da sua metodologia, você
diz que usa a metodologia da história oral, mas diz, ainda no resumo que a
principal fonte foi o jornal. Precisa definir melhor isso, Jonas Nunes.
Fundamente o uso da metodologia, lembrando a professora Yara Aun
Khoury diz que na conjuntura que vivemos, em que contingentes cada vez
mais numerosos da população vivem processos de desarticulação e de
desenraizamento de modos culturais de viver, de trabalhar, de se socializar,
a história oral tem se constituído numa prática significativa. Acho que no
seu caso, o uso das fontes orais como um conjunto de regras dispostas a
conduzir procedimentos de buscas de algumas certezas. Lançando mão da
História oral temática é a que dispõem à discussão em torno de um assunto
central definido. Creio que forma como você transcreveu as entrevistas foi
muito competente, pois você deu a elas a cor local, dando vida a oralidade.
Nunca o esquecer o lugar Qual o lugar que esses entrevistados ocupam na
realidade social e o que representam nele? Senti falta de saber mais quem
esses sujeitos sociais: Penso, também, que você precisa humanizar seus
sujeitos, dizendo que são, onde vivem, do que sobrevivem, qual sua idade
etc. Como se sabe, nós não procuramos assuntos, e sim o assunto que nos
encontra. Deixe claro como o assunto o encontrou na introdução do seu
trabalho: como chegou até o tema, qual sua relação com ele, como foi o
desenrolar da pesquisa, o contato com os sujeitos entrevistados, quais os
percalços, a dificuldades da pesquisa etc. Penso também que você chegou a
conclusões muito ricas, e que precisam serem explicitadas na conclusão.

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