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Ambiel, R. A. M., Rabelo, I. S., Pacanaro, S. V., Alves, G. A. S., & Leme, I. F. A. S. (Org.). (2011). Avaliação
Psicológica: Guia de consulta para estudantes e profissionais de Psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo.
computador e a Teoria Clássica dos Testes. A TRI reflexões sobre o uso de normas de acordo com a
busca representar a probabilidade de uma pessoa idade mental, o estágio de desenvolvimento, as nor-
apresentar uma resposta a um item, considerando mas intragrupo, percentis e escore padrão e suas
fatores como a habilidade do sujeito avaliado e o variações.
nível do item. Conceitos como o de curva de carac- Em se tratando da preocupação na aplicação
terística do item (CCI), curva de informação (CI) e o e interpretação dos testes, o sétimo e último capí-
de curva de informação do teste (CIT) são importan- tulo do livro versa sobre a questão da ética no uso
tes para a análise dos itens no sentido de verificar as dos testes em processos de avaliação psicológica,
possibilidades de o sujeito dar uma resposta ao item. reiterando a relevância do uso de instrumentos com
Por fim, destaca-se que a TRI é utilizada também na pareceres favoráveis do SATEPSI e a importância do
construção de instrumentos psicológicos e na análise estudo dos respectivos manuais. Esse capítulo trata
de suas qualidades psicométricas. também da questão da devolutiva no processo de
É impossível falar em testagem psicológica avaliação, que deve considerar os motivos da avalia-
sem aduzir os conceitos de validade e precisão, que ção, quem a solicitou, quem receberá os resultados e
recebem destaque no quinto capítulo do livro que, quais as possíveis consequências para todas as partes
além de mostrar a importância destes aspectos nos
envolvidas.
processos de avaliação, faz o resgate do conceito de
A avaliação psicológica deve ser entendida
validade a partir da tríade (validade de conteúdo,
como um processo no qual se utilizam instrumentos
critério e construto), proposta por autores como
para a coleta de amostras do comportamento com
Urbina, até alcançar o conceito mais abrangente e
um determinado fim. Nesse sentido, a utilização de
atual, de evidências de validade. Os autores também
conceituam a precisão, que significa a confiabilidade instrumentos com parecer favorável do SATEPSI
ou fidedignidade referente à estabilidade do teste, e com apropriados estudos de validade e de preci-
e apresentam os métodos utilizados para estimá- são, além de uma completa leitura do manual e do
-la. A precisão é inversamente proporcional ao erro conhecimento do fenômeno psicológico envolvido
de medida, neste sentido, quanto mais preciso for na avaliação, constitui a postura profissional de um
um instrumento, menor será o erro de medida. No psicólogo pautado nas noções de ética e podem ser
entanto, os autores salientam que nenhuma medida determinantes na caracterização de uma avaliação
está livre de erros. eficiente e, como consequência disso, a caracteri-
No capítulo sexto, são abordados os con- zação de uma atuação profissional adequada. Esse
ceitos de padronização e normatização dos testes, livro é uma fonte inicial para a formação profissional
cujas terminologias podem ser alvo de confusão. em psicologia, por apresentar de forma sintetizada
O primeiro conceito se relaciona com a questão de os principais conceitos envolvidos no processo da
sua aplicação e o segundo, com a interpretação dos avaliação psicológica, instigando o acadêmico de
testes. Sobre a padronização, os autores apontam psicologia ou profissional já graduado a interessar-
também as precauções que devem ser tomadas na sua -se ainda mais sobre esta temática.
aplicação e os cuidados com o material, o ambiente
da testagem, as condições da aplicação, o aplicador, Recebido em junho de 2011
a questão legal de seu uso e de sua aplicação e o Reformulado em setembro de 2011
sigilo dos resultados. Já sobre a normatização, tecem Aceito em dezembro de 2011
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