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Es te fa s cículo comp õe os regula mentos gera is, que têm p or objet ivo est ab ele cer
a s condições m ínima s ex igida s p ela ELETROPAULO Met rop olit ana Elet ricidade de São
Paulo S.A., para o for necimento de energia elét rica em tensão primária de dist ribuição,
at ravés d e re de aérea e subter rânea às ins t a lações consum idora s loca li z ada s em sua
área d e concess ão, qua nto à ma neira d e obt erem ligação e dar subsídio s técn ico s
necessários para a elab oração do projeto e execução de ent radas consum idora s, sempre
em ob e diência às nor ma s da ABNT - A s s ociação Bra silei ra de Nor ma s Técnica s, b em
como à legislação em v igor.
Qua is quer sugestões e comentários p ert inentes à pres ente regula mentação s erão
b em re cebidos p ela ELETROPAULO. A s corresp ondência s deverão s er ent regues em
qualquer um dos setores de atendimento.
Objetivo
Este Fa s cículo se dest ina a orientar os interessados qua nto às caracter ística s da s
sub est ações primária s convenciona is, qua nto à localiz ação, const r ução, montagem,
aplicação dos materiais e e quipa mentos padroniz ados e dema is det alhes a s erem
observados para p ossibilitar o for necimento de energia elét rica.
D evem s er d ot a d a s d e s u b e s t a çõe s p r i m ár ia s co nven cio na i s a s ent ra d a s
consum idora s que, dent ro dos lim ites de for ne cimento est ab elecidos no item 6 do
Fa s cículo da s CONDIÇÕES GERA IS PARA FOR NECIMENTO, necessitem s er atendida s
sem restrição quanto à quantidade e/ou potência dos transformadores a serem utilizados
na s inst alações.
As entradas consumidoras com sub estações primárias convencionais caracterizam-
s e p ela obrigatoriedade de p ossuírem medição no lado da média tensão e prote ção
geral at ravés de um disjuntor com desligamento automático e acionamento p or relés.
Not a 1 : Event ua lmente, em f unção da qua ntidade e p otência dos t ra nsfor madores
previstos na instalação, haverá necessidade de um estudo específico para o atendimento,
considera ndo a disp onibilidade técnica do sistema.
Nota 2: O atendimento de ent rada consum idora, na qual seja suf iciente a utilização
de ap ena s um único t ransfor mador t rifásico com p otência de no máx imo 30 0kVA, p ode
s er fei t o at ravés d e s u b e s t a ção p r i már ia si m pl if ica d a, co nfo r m e Fa s cícu lo d a s
SUBESTAÇÕES PR IMÁR IAS SIMPLIFICADAS.
1. Construção civil
1.1. Localização
a) A sub estação primária deve ser const r uída junto ao limite da propriedade com a
via pública, em local de fácil acesso e o mais próx imo possível da entrada principal.
É adm itido recuo ap enas p or ex igência dos p oderes públicos e, neste caso, a
const r ução deve ser feita até, no máx imo, o alinhamento da primeira edif icação,
sendo que a área compreendida ent re a via pública e a sub estação não p oderá ser
utilizada para qualquer tip o de const r ução ou dep ósito de qualquer esp écie, sendo
que, nestes casos, o ramal de entrada deve ser obrigatoriamente subterrâneo;
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Subestações primárias convencionais
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a) O primeiro compartimento (recinto de medição) destina-se a receb er o ramal de
ent rad a, a in s t a la ção d a chave s e cciona d ora d e ent ra d a e a in s t a la ção d o s
t ra nsfor madores de p otencial e de corrente da medição;
b) No out ro compart imento, d evem s er cons t r uídos cubículos de s egura nça,
delim itados ent re si p or muros de alvenaria e providos, na parte frontal, de grades
de proteção (anteparos): ess es cubículos destinam-s e exclusivamente à inst alação
de equipa mentos e disp osit ivos de média tensão.
Obrigatoriamente, deve s er const r uído um cubículo para alojar o disjuntor geral,
sua chave s e ccionadora e, no ca s o ma is geral, os t ransfor madores de p otencial e
de corrente da proteção.
Dependendo do projeto elétrico da entrada consumidora, podem ser previstos outros
cubículos: para o t ransfor mador aux iliar e s eu disp ositivo fusível de média tensão
(este cubículo deve ficar situado física e eletricamente entre o recinto de medição e
o do disjuntor geral); cubículos para disjuntores auxiliares e suas resp ectivas chaves
seccionadora s; e cubículos para os t ransfor madores de s erviço (e sua s resp ectivas
chaves seccionadoras e fusíveis HH, no caso de dois ou mais), devendo ser construído
um cubículo para cada disp ositivo mencionado acima.
Not a: Para inst a lação de e quipa mentos e disp osit ivos de ba i xa tensão neste
compart imento (inclusive quadros de dist ribuição), em f unção do projeto, devem
s er prev istos loca is apropriados, sit uados, obrigatoria mente, fora da s área s dos
cubículos de s egura nça.
Nos des enhos 11 e 12, que ilust ra m a s condições m ínima s a s erem obs ervada s
qua ndo da const r ução da s sub est ações primária s, p odem s er v istos o re cinto de
medição e o out ro compartimento contendo dois cubículos.
1.3. Dimensões
As áreas dos compartimentos devem ser suficientes para a instalação dos equipamentos
e sua eventual remoção, bem como para livre circulação dos operadores e execução de
manobras. A área para circulação de operadores deve ter largura mínima de 1.200mm
e a área para operação de manobras largura mínima de 1.500mm.
A a lt ura liv re int er na, p é- di reito, d eve p er m it ir a ad e quad a ins t a la ção d os
e quipa m ento s, t endo em v is t a sua s a lt u ra s e a s dis t ância s m ín ima s a s erem
obs ervada s. Em f unção da tensão nom ina l, o p é- direito não p ode s er inferior aos
seguintes valores:
• Até 13,8kV 3.500mm
• 23kV 4.000mm
A altura exter na, em entradas aéreas, deve ser suficiente para que os dispositivos de
fixação do ramal de ligação sejam instalados de modo que os condutores obedeçam
ao afastamento mínimo de 5.000mm em relação ao solo.
Nota 1: A alt ura do muro de alvenaria que delim ita cubículos deve s er de 2.0 0 0m m,
no m ínimo.
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Subestações primárias convencionais
Not a 2: D e modo geral, a s dimens ões da const r ução devem p er m it ir que s eja m
obs ervados, na s mont agens elet rome cânica s, os afa st a mentos m ínimos ent re a s
partes energizadas de todos os equipamentos, bem como os afastamentos mínimos
relativos aos condutores. Vide t ab ela s 1 e 3 (itens 5 e 6).
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A s ja n ela s s u p er io r e s, d e s t i na d a s à vent i la ção nat u ra l p er m a n ent e e à
ilum inação, devem t er área m ín ima de 1,0 0 m 2 ; o top o d es t a ja nela deve dis t ar,
n o máx i m o, 20 0 m m d o t eto e a s ua b a s e, o m ín i m o d e 2.0 0 0 m m d o pis o
ex ter no. Esta janela deve s er prov ida de venezia na s f i xa s, for mada s p or lâm ina s
d e v id ro d e, n o máx i m o, 150 m m d e a l t u ra.
A ja nela des t inada s om ente à ilum inação nat ura l, in s t a lada no cubículo d e
medição, deve ter área mínima de 1,00m 2. Esta janela deve ser provida de vidraças
f i xa s, for mada s p or lâm ina s d e v idro de no máx imo 150 m m de a lt ura.
Toda s a s ja nela s devem s er protegida s ex ter na mente p or grades de tela metálica
com ma l ha máx ima d e 13m m e resis t ência ad e quad a.
Not a 1 : Q ua l qu er ja n ela não p o d e s er i n s t a la d a em p a r e d e qu e fa ça d i v i s a
com re cint o s i nt er no s a e dif ica ções e área s d e gra nd e ci rcula ção d e p es s o a s,
exceto qua nd o forem u t ili z ad o s t ra n s for mad ores a s e co e disju ntores a vácuo
ou em SF 6 .
Not a 2 : Na i m p o s sibilid a d e d e s er co n s eg u id a vent ila ção nat u ra l su f icient e,
deve ser instalado, também, sistema de ventilação forçada confor me prescrições
d a s n o r m a s e s p e cíf i c a s d a ABNT, co m s i s t em a d e c a pt a ção e exau s t ão
comun ica nd o-s e a o meio ex t er no à e dif icação.
Not a 3 : A lém d a ilu m i na ção nat u ra l, a sub es t a ção p ri mária d eve s er d ot ad a d e
ilum ina ção ar t if icia l, o b e d e cend o a o s n íveis d e ilu m i na m ento f i xa d o s p ela
N BR-5413, e ilu m i na ção d e s eg u ra n ça, com au to no m ia m ín ima d e 2 h o ra s,
a liment ad a p elo t ra nsfor mador de s erv iço.
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Subestações primárias convencionais
e) A s sub est ações primária s devem s er const r uída s de acordo com a s nor ma s e
disp osit ivos regulament ares da Const r ução Civ il; devem atender aos re quisitos
técnicos de est abilidade e s egura nça; e devem ter b om acaba mento.
2. Montagem eletromecânica
D eve ob ede cer ao pres crito na nor ma NBR-14 039, da ABNT, e aos itens a s eguir,
devendo s er obs ervada s, t a mbém, a s condições indicada s nos des enhos 7, 11 e 12,
sendo que todos os materiais e equipamentos a serem utilizados devem estar de acordo
com a s esp e cif icações cont ida s no Fa s cículo dos M ATER I A IS E EQUIPAMENTOS
PADRONIZADOS.
2.1. Ra mal de Ligação
2.1.1. Condutores
Os condutores do ramal de ligação são dimensionados, for necidos e instalados
p ela ELETROPAULO, desde o p onto de derivação de sua rede até o primeiro
p onto de f i xação na propriedade particular (p onto de ent rega).
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a s su m i nd o o co n su m id o r o com p rom is s o d e r em ovê-lo s qua n d o s ol icit a d o.
Es t a i n s t a la ção s om ent e p od e s er efet ua d a a p ós o i nt er es s a d o t er r e cebid o,
p ara ca d a ca s o, p rév ia au to ri z a ção e orient a ção a resp eito;
b) O p o nt o d e ent r ega d eve s er co n sid era d o no s t er m i na is d a mu fla ex t er na,
cuja con exão com o ra ma l d e ent rad a d eve s er rea li z a d a p elo i nt eres s a d o;
c) O ra m a l d e ent ra d a s u bt er rân e o não p o d e at rave s s a r o l ei t o c a r r o çável d a
v ia p úbl ica, exceto p or ex igência s dos p oderes públicos, ou o p a s s eio d e i m óveis
d e t er cei r o s, d even d o s er o m a i s cu r t o e r et i l ín e o p o s s ível;
d) Em to d o o p ercu r s o d o ra ma l d e ent ra d a não p od e s er i n s t a la d a ca i xa d e
pa ssagem.
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Subestações primárias convencionais
e s er sina li z ad o com pla ca d e adver t ência cont end o a in s crição: “PER IGO
DE MORTE – CABO ENERGI ZADO” e os símb olos indicativos dess e p erigo.
2.3.2. Mufla s
D evem s er u t il i z ad a s mu fla s (t er m i na i s) na s d ua s ex t rem id a d es d o ca b o
s ubt er rân e o, qua lqu er qu e s eja o t ip o d es t e.
A s mu fla s t rifásic a s ou m o n ofásica s, p ara i n s t a la ção ex t er na, d evem s er
à p r ova d e i nt em p ér ie s; p a ra i n s t a la ção i nt er na não há r e s t r i ção qua nt o
a o t ip o.
A s mu fla s ex t er na s d evem s er f i xa d a s às cr u zet a s d e fer ro p o r m eio d e
abraçadeira s de ferro ga lva niz ado, confor me inst r ução de cada fabrica nte.
b) 23kV
30 0 m m – ent r e fa s es
20 0 m m – ent re fa s es e t er ra
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Para ident if icação, deve s er usada a s eguinte convenção de cores:
Fa s e A – Vermelha
Fa s e B – Bra nca
Fa s e C – Marrom
Neut ro – A z ul clara
Terra – Verde ou verde/amarela
2.5. Medição
Os equipamentos de medição (t ransfor madores de p otencial, t ransfor madores de
corrente e medidor) são dimensionados e for necidos p ela ELETROPAULO e sua
inst alação é feit a no compartimento s elado (recinto de medição) da sub est ação
primária, devendo s er obs ervado o seguinte:
a) Transfor madores de Medição
São empregados na medição 3 t ra nsfor madores de p otencial (TP) e 3 de corrente
(TC), cuja inst alação deve ser feita em ba ses de sustentação (p er f ilados metálicos
para os TC e p er f ilados metálicos ou alvenaria para os TP), a s qua is devem s er
f ir memente f i xada s com paraf usos, obs erva ndo-s e a disp osição indicada nos
des enhos 11 e 12.
b) Ca i xa de Medidor
A ca i xa de medidor, esp ecif icada no item 5.1 do Fa s cículo dos MATER I A IS E
EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS, deve ser instalada de acordo com as indicações
most rada s nos des enhos 11 e 12.
Not a 1 : O Painel de medição, contendo o medidor e s eus acess órios, é for ne cido e
instalado p ela ELETROPAULO.
Not a 2 : Para a interligação do s t ra n sfor madores d e me dição ao me did or, d evem
s er inst a lados dois elet rodutos, de aço z incados a quente (um para os T P e out ro
para os TC, de 25m m de diâmet ro nom ina l), confor me des en hos 11 e 12; em cada
elet rodu to devem s er ins t a lados 4 condu tores d e cobre, s em emend a s, s e ção
2,5m m 2 , r ígidos, na s cores ver melha, bra nca, marrom (para a s fa s es) e azul claro
(para o neut ro).
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Subestações primárias convencionais
O disjuntor, cuja s caracter íst ica s estão indicada s no item 4 do Fa s cículo dos
MATER I AIS E EQUIPAMENTOS PADRON I ZADOS, deve s er inst alado em
cubículo próprio, no compartimento contíguo ao recinto de medição. Deve ser
fir memente fixado a suportes r ígidos, convenientemente instalado sobre base
de concreto.
Not a: Ca s o s eja insta lado sistema d e coma ndo elét rico à dis t ância, para
a ciona m ento d e disju nto res d ot ad o s d e m e ca n ism o s p ara es s e t ip o d e
op era ção, d eve s er o bs ervado que a sina liz ação indicat iva para cont role do
o p era d o r, n o l o c a l d e co m a n d o, d eve t er a l i m ent a ção d er i va d a d o
t ra nsfor mador de p otencia l d e prote ção ou do t ra nsfor mador au x iliar. Vide
it em 2.9 d es t e Fa s cículo.
2.6.2. Relés
A p rot e ção gera l d a s i n s t a la ções d eve s er p rov id a d e relés, co nfor m e
dis crim inado aba i xo, os qua is devem op erar o desliga mento automático do
disjuntor gera l qua ndo de ocorrência s de curto- circuito, s obre- corrente,
inf ratensão, máx ima tensão, falt a de fa s e e inver são de fa s e.
a) Relés de sobre- corrente
D evem p o s sui r fa i xa s de aju s t e que p os sibilit em efet uar a s graduações
necessária s, confor me s egue:
• Relés Primários
Não s ão a ceit o s r elés co m p ri n cípio d e f u n cio na m ent o com r et a rd o a
l íqu id o.
• Relés Se cundário s
D evem s er de te cnologia digit a l, ins t a lados em ent rada s consum idora s com
p otência d e t ra n sfor mação ins t a lada ma ior que 30 0 kVA. O relé d e s obre-
cor rent e resp ons ável p ela prot e ção gera l d a sub es t ação deve p o s suir a s
f unções d e s o bre- cor rent e ins t a nt ânea e temp oriz ada, para cada fa s e e
n eu t r o (3F+1N). D eve p o s s u i r ci r cu i t o d e au t o ch e c a gem e fo nt e d e
alimentação própria, exclusiva para esta finalidade ou alimentados por sistema
d e corrente cont ínua, confor m e d es crito a ba i xo. D evem s er ins t a lados em
pa inel localiz ado no p osto primário, próx imo ao cubículo do disjuntor geral.
E s s e s r elés d evem s er a l i m ent a d o s p o r t ra n s fo r m a d o r e s d e co r r ent e,
e s p e cíf i co s p a ra e s s a f i na l id a d e. Sua i n s t a la ção d everá o b e d e cer a
nor malização esp ecíf ica.
O desliga mento do disjuntor gera l, p ela at uação dos relés s e cundário s, deve
s er efet ua d o at ravés d e b o bi na d e a b er t u ra ( b o bi na d e d is p aro), com
a l i m e n t a ç ã o p o r s i s t e m a d e c o r r e n t e c o n t í n u a d e n o m í n i m o 4 8V ,
co n s t it uíd o d e b at eria, com r es p e ct ivo car rega d o r. E s t e sis t ema d eve s er
d ot a d o d e vol t ím et ro i ndica d o r, b em com o d e si na li z a ção v isua l e s o nora
(a lar m e), qu e a cu s e event ua is fa l ha s no sis t ema, o qua l d eve o p erar o
desliga mento do disjuntor ca so, ap ós ter atingido o nível de alar me, a tensão
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d e carga d a bat eria cheg ue ao va lor d o n ível m ín imo ca pa z de fa zer at uar a
b obina de disparo.
As bateria s devem ser alojada s em compartimento apropriado, b em ventilado
e p rov id o d e pis o r esis t ent e a ácid o s. E s s e s com p ar t i m ent o s d evem s er
const r uídos, de preferência, fora da área da sub est ação primária s endo que,
em qua lqu er sit ua ção, não d evem p o s su i r a b er t u ra s qu e p o s sibilit em a
ent rad a d o s ga s es no int erior d a s sub es t a ções primária s.
O b s: A u t ili z a ção d e sis t ema d e disp aro com r et if ica d or e ca p a cit or p o d e
event ua l m ent e s er a ceit a s e o r eferid o sis t ema for u s a d o exclu siva m ent e
p a ra d i s p a r o d a b o bi na d e a b er t u ra d o d i sju nt o r e d e s d e qu e s eu s
disp o sit ivo s t en ha m sid o prev ia m ent e t es t ad o s.
Not a: Po r oca sião d a i n sp e ção d a ent ra d a con s u m id o ra, a ELET ROPAU LO
s ol icit ará laud o t écn ico d o aju s t e e event ua lmente efet uará a la cra ção d o s
relés nos va lores pré- deter m inados.
2.6.3. Fu síveis
A p rot e ção p o r m eio d e f u síveis, t a nto d e ci rcuito s int er n o s com o d e
t ra n s for madores e ou t ro s comp onent es da s in s t a la ções elét rica s, d eve s er
feit a d e a cord o com a s pres crições d a nor ma N BR-14 039, d a ABNT.
D eve s er o b s erva d o qu e o s t ra n s fo r ma d o r es d e p ot en cia l d a prot e ção e o
t ra n s for ma d or au x iliar d evem s er prot eg id o s p or f u sívei s d e ca p a cid a d e
compat ível com a p otência dess es t ra nsfor madores, t a nto do lado da média
com o n o lad o d a b a i xa t en s ão.
Nota 1: Ca so os t ransfor madores de p otencial da proteção s ejam monofásicos,
a p r ot e ção d o la d o d e m éd ia t en s ão d eve em p r ega r d ois f u sívei s p o r
t ra nsfor mador. A ssim, a proteção de t ra nsfor madores monofásicos deve s er
feit a com a insta lação de quat ro f usíveis. Vide item 2.9.2 deste Fa s cículo e
indicação no det a lhe B dos des enhos 11 e 12.
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Subestações primárias convencionais
Not a 2 : A s ba s es-f usíveis, esp e cíf ica s para t ra nsfor madores de p otencia l
utilizados, devem ser instaladas em confor m idade com os tip os de fabricação
desses transformadores.
Not a 3 : Para inst alação de disp osit ivos f usíveis, devem s er obs ervada s a s
indicações do item 2.8 deste Fa s cículo.
2.6.4 . Pára-raios
A proteção de componentes das instalações elétricas contra sobre-tensões
transitórias (surtos) deve ser feita com a utilização de pára-raios, cujas características
estão indicadas no item 3 do Fascículo – MATER IAIS E EQUIPAMENTOS
PADRONIZADOS, observando-se o prescrito na NBR-14039, da ABNT, e o seguinte:
a) Em ra ma l d e ent ra d a s ubt er rân e o, d evem s er i n s t a la d o s t r ês p ára-ra io s
(um p or fa s e) diret a m ent e ligados ao s condu tores no int erior d o re cinto de
m e dição d a s ub es t a ção pri mária, lo go a p ós o t er m ina l int er n o d o ca b o
subt er râne o, confo r m e i ndica d o n o d es en h o 9;
b ) E m l o c a i s d e d i s t r i b u i ç ã o s u b t e r r â n e a, o s p á r a - r a i o s d e v e m s e r
i n s t a lad o s aju s a nt e à chave s e cciona d o ra d e ent ra d a;
c) A ligação dos pára-ra ios à ma lha de aterra mento deve s er feit a com cab o
de cobre, s e ção m ínima de 25m m 2, com is olação na cor verde para 750V, ou
em elet roduto de PVC, indep endente dos demais condutores de aterramento,
tão curto e retilíneo quanto p ossível e sem emendas ou quaisquer disp ositivos
que p ossa m causar sua interr upção, obs erva ndo-s e que no elet rodo (ha ste)
da ma lha utiliz ado para essa ligação não devem s er cone ct ados qua isquer
out ros condutores de aterra mento.
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Todas as partes metálicas (massas) não destinadas a conduzir corrente devem ser
aterradas por meio de condutores de cobre, seção mínima de 25mm 2, interligados a
um condutor de aterramento de mesmo tipo e seção.
O neutro deve ser interligado com a malha de aterramento, empregando-se, para esse
fim, um condutor de cobre com isolação para 750V na coloração azul clara até um
terminal de cobre tipo barra, onde deve ser conectado. Este terminal de interligação
neutro-terra deve ser instalado fora do recinto de medição, sob a caixa de medidores,
e deve ser ligado diretamente à malha de aterramento. Os cabos isolados ou os
barramentos devem ser identificados pela cor azul clara. Vide desenhos 11 e 12.
Not a 1 : A s blindagens metálica s dos cab os subterrâneos devem s er dev ida mente
at er ra d a s, o b e d e cen d o a o p r e s cr i t o na n o r m a N BR-14 039, d a ABNT, e às
recomendações do fabricante, sendo que ambas ex t rem idades dos cab os do ramal
de ent rada s eja m ligada s ao neut ro da ELETROPAULO.
Nota 2: O aterramento dos pára-raios deve ser feito confor me indicado no item
precedente, 2.6.4.c, deste Fascículo.
a) Chaves Seccionadoras
Devem ser instaladas chaves seccionadoras, para manobras, em todos os p ontos
em que haja necessidade de seccionamento visível que p ossibilite a execução, em
condições segura s, de serviços de reparos e manutenção dos comp onentes das
instalações. Devem ser elétrica ou mecanicamente intertravadas com os disjuntores.
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Subestações primárias convencionais
A alt ura da inst alação deve s er deter m inada de for ma que, est ando a s chaves
ab ert a s, a parte que p er ma ne ce energiz ada f ique, no m ínimo, a 2.7 0 0 m m do
piso. Vide des enhos 11 e 12.
b) Chaves-Fusíveis
A u t il i z a ção d e d is p o sit ivo s f u síveis (chaves-f u síveis, b a s es-f u sívei s), p ara
ad e quada prot e ção d e e quipa m ento s e comp onent es d a s ins t a lações elét rica s
p or meio de f usíveis, deve atender às pres crições da nor ma NBR-14 039, da ABNT.
• Para proteção de t ra nsfor mador aux iliar deve s er inst alado, obrigatoria mente,
disp ositivo fusível do tip o limitador de corrente;
• Para os t ra nsfor madores de p otencia l da proteção, devem s er obs ervada s a s
indicações da s not a s 1 e 2 do item 2.6.3 deste Fa s cículo;
• Bases-fusíveis devem ser precedidas, a montante, de um p onto de seccionamento
(chave s e ccionadora), não s endo p er m it ida a ut iliz ação de chaves com ba s es
incor p orada s à sua est r ut ura;
• Não é p er mitida a utilização de chaves com f usíveis incor p orados às lâm ina s.
2.9. Transformadores
Os t ransfor madores a serem utilizados devem atender às ex igências das nor mas da
ABNT (NBR-5356 e out ra s) e apres entar a s s eguintes caracter ística s:
a) Devem ser t rifásicos e p ossuir os enrolamentos do primário ligados em delt a;
b) A instalação dos t ra nsfor madores deve atender às pres crições da nor ma NBR-
14 039, da ABNT;
c) A bucha X 0 deve s er cone ct ada ao aterra mento gera l.
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Not a 1 : A i n s t a la ção d e t ra n s fo r m a d o r e s d e p ot en cia l exclu s i vo s p a ra
alimentação dos disp ositivos de proteção p ode também ser feita, a critério do
interessado, mesmo que seja instalado t ransfor mador aux iliar.
Not a 2 : A ilum inação inter na da sub est ação primária deve s er proveniente,
exclusiva mente, do t ransfor mador de serviço.
Os t ra nsfor madores de p otencial a s erem ut iliz ados p odem s er monofásicos
ou t rifásicos. D evem s er dev ida mente protegidos p or f usíveis, t a nto do lado
da média como no lado da ba i xa tensão. Sua inst a lação deve s er feit a no
cubículo do disjuntor geral. Vide des enhos 11 e 12.
Caso sejam instalados dois transformadores de potencial monofásicos (mínimo
ne cessário), sua ligação deve s er feit a ent re fa s es, e a proteção, no lado do
primário, deve s er feita at ravés de quat ro f usíveis, confor me indicação no
det alhe dos des enhos 11 e 12.
A s partes sob tensão da s bucha s primária s deverão s e dista nciar do solo de
1.0 0 0 m m a 1.50 0m m.
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Subestações primárias convencionais
2.10. Capacitores
A inst alação de capacitores, qua ndo necessária, deve s er feit a na bai xa tensão.
Nota: Casos esp eciais, em que se tor ne indisp ensável à instalação de bancos de
capacitores em média tensão, poderão ser analisados pela ELETROPAULO, mediante
a apresentação prévia dos projetos de instalação e op eração dos bancos, devendo
ser observado que, se aprovada, a instalação deverá ser feita com capacitores dotados
de disp ositivo inter no de descarga.
3. Conjuntos blindados
Os conjuntos blindados, fabricados para ut ilização em ent rada s consum idora s,
devem ter s eus protótip os prev ia mente aprovados p ela ELETROPAULO.
Esses conjuntos caracterizam-se por apresentar as montagens eletromecânicas alojadas
em cubículos constr uídos em chapas e p er filados metálicos, conforme ilustra o desenho
14, e destinam-se exclusivamente a entradas consumidoras com ramal de entrada subterrâneo.
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a) Localização
O local para a constr ução do recinto deve ser determinado com observância
do que dispõe o item 1.1 deste Fascículo.
b) Dimensões
O recinto deve ter dimensões adequadas para que seja observada a distância
mínima de 700mm entre a extremidade das portas do conjunto blindado,
quando abertas a 90°, e as paredes; ao redor do conjunto blindado, deve
haver uma faixa com largura mínima de 1.000mm para permitir a livre circulação
dos operadores.
c) Porta de Acesso
A p ort a de aces s o ao re cinto deve s er de chapa metálica, com dimensões
m ín ima s d e 80 0 x 2.10 0 m m. D eve ter s ent id o de a b ert ura para fora, s er
prov ida d e t rinco com cad eado e t er af i xado uma placa cont endo a
inscrição: “PERIGO DE MORTE – ALTA TENSÃO” e os símbolos indicativos
dess e p erigo.
Not a: Q ua n d o i n s t a la d a em p a r e d e s qu e fa ça m d i v i s a co m r e ci nt o s
i nt er n o s d e ou t ra s e d if i c a çõe s i n d u s t r ia i s, a p o r t a d e ent ra d a d eve
s er d o t ip o co r t a-fo go (m ín i m o P 9 0), a m en o s qu e na s s u b e s t a çõe s
s eja m u t i l i z a d o s u n i c a m ent e t ra n s fo r m a d o r e s s e co s e d i sju nt o r e s a
vácuo ou em SF 6 .
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Subestações primárias convencionais
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b) D i m en s ões
A s dim ens ões da área d evem s er ad e quada s para que s eja ob s ervad a a
d i s t ân cia m ín i m a d e 70 0 m m ent r e a ex t r em id a d e d a s p o r t a s d o
co nju nto bl i n d a d o, qua n d o a b er t a s a 9 0°, e o mu ro ou gra d e d e
d elim it a ção d a área; ao re d or d o conjunto blind ad o, d eve s er d ei xa d a
u ma fa i xa com la rg u ra m ín i ma d e 1.0 0 0 m m, p ara p er m it i r a liv re
circulação do s op eradores.
c) Por t a d e Ace s s o
O muro ou grade de delim it ação da área deve p ossuir p orta metálica, de
tela ou chapa, com dimens ões m ínima s de 80 0 x 2.0 0 0 m m e s entido de
ab ert ura para fora. Essa p ort a deve s er prov ida de t rinco com cadeado e
ter af i xado uma placa contendo uma ins crição: “PER IGO DE MORTE –
ALTA TENSÃO” e os símb olos indicativos dess e p erigo.
b) Medição
O s e qu ip a m ent o s d e m e d i ção (t ra n s fo r m a d o r e s e m e d id o r) s ão
dimensionados e for necidos p ela ELETROPAULO.
c) Aterra mento
A exe cução do aterramento deve s er feit a em confor m idade com o item
2.7 deste Fa s cículo.
d) Transformadores
Para instalação de transfor madores em entradas consumidoras equipadas
com conjuntos blindados, devem s er obs ervada s a s pres crições do item
2.9 e resp ect ivos subitens deste Fa s cículo.
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Subestações primárias convencionais
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A cub a d e gás, s ela d a e prov id a d e ma nôm et ro, d eve s er co n s t r u íd a em cha p a
d e a ço i n ox id ável p ara a lojar a s b ar ra s prin cip a is e a s e cciona d o ra s o b carga,
tod a s envol t a s em SF 6 à pres s ão.
4. Multi-medição
A s ent ra d a s co n s u m id o ra s co nven cio na is com mu l t i-m e d ição c ara ct eri z a m-s e
p elo at endim ento d e ma is d e uma un id ad e con sum id ora em m édia t en s ão na m esma
s ub es t a ção pri mária com u m ún ico ra ma l d e ent ra d a, p rot eg id o p o r di sju nto r gera l
e u m a m e d ição p a ra c a d a u n id a d e d e co n s u m o, p r ot eg id a s p o r di sju nt o r.
Not a 1 : O p o nt o d e ent r ega d eve s er co n s id era d o n o s t er m i na i s d a mu fla
ex t er na, cuja co n exão com o ra ma l d e ent ra d a d eve s er r ea l i z a d a p elo i nt er es s a d o.
Pa ra ent ra d a s a ér e a s, o p o nt o d e ent r ega s i t ua- s e n o s i s ola d o r e s d e s u s p en s ão
d o cl i ent e d e s t i na d o s a s u s t ent a r o ra m a l d e l iga ção.
Not a:
É fa cu l t at i va a i n s t a la ção d e b o bi na d e m ín i m a t en s ão e r elés s u p er v i s o r e s
t rifásico s no s disjuntores p arcia is.
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Subestações primárias convencionais
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6. Afastamentos mínimos ramais de ligação
6.1. Tab ela 3
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