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1)INCENDIÁRIOS
Foram os primeiros agentes químicos empregados pelo.homem" desde
que ele começou a utilizar o fogo para se defender dos grandes
animais, e para combater as tribos inimigas. Muitos textos antigos
fazem referência ao emprego de Bolas de Fogo, feitas com madeiras
resinosas, enxofre,'pez, etc., por parte dos exércitos que atacavam ou
defendiam cidades fortificadas. O incendiário mais característico da
Antiguidade e da Idade Média foi o chamado "Fogo Grego, cuja fórmula é
desconhecida, apesar de se saber, que continha os mesmos elementos
citados acima, além de água e cal viva; acredita-se que a reação da
água com a cal viva era a responsável pelo início da combustão e pela
dificuldade da sua extinção.
O advento da pólvora, afastando os combatentes, fez declinar a
utilização dos incendiários devido à falta de recursos para. aumentar
o alcance dos lançamentos
Por ocasião da 1ª Guerra Mundial, entretanto, os incendiários
fizeram o seu ressurgimento como importante arma de guerra,
lançados pela aviação, artilharia e lança-chamas.
Na 2ª Guerra Mundial, os incendiários consolidaram a sua
importância. Durante os bombardeios das cidades inglesas e alemãs,
os incendiários foram longamente utilizados e apresentaram os
resultados mais eficazes. O advento da gasolina gelatinosas nessa
época constituiu um grande progresso para a.utilização dos lança-
chamas, que ganharam em alcance e precisão.
2) FUMÍGENOS
Antes da 1ª Guerra Mundial, a utilização tática dos fumígenos se
restringiu a umas poucas tentativas esporádicas. O início do emprego
sistemático dos fumígenos coincidiu com a introdução da Guerra Química
contra pessoal (gases), sendo comumente usados para simular ou
mascarar ataques de gás. Surgiram nessa época os primeiros tubos
fumígenos.
Na 2ª Guerra Mundial, os fumígenos foram empregados em larga
escala, pelas três formas armadas, en todas as operações. Militares
desde as simples operações de patrulha, até a cobertura contínua e
prolongada de instalações, portos e cidades.
3) GASES
O emprego dos gases tóxicos para fins militares é também bastante
antigo, sendo representado na Antiguidade pela queima de madeiras e
enxofre cuja fumaça o vento transportava para o interior das
fortificações ou acampamentos inimigos. Os silvícolas americanos
obtinham esse efeito tóxico pela queima de urtigas venenosas, e os
brasileiros de pimenta. O primeiro emprego de vesicantes é devido a
Alexandre Magno que mandava espalhar cal viva sobre as regiões por
onde provavelmente passaria a cavalaria inimiga; a cal levantada pelo
propel dos cavalos penetrava nas armaduras dos combatentes e, reagindo
com o suor dos seus corpos, provocava queimaduras dolorosas.
A 1ª Guerra Mundial, devido à sua característica de guerra de
trincheiras com extensas frentes estacionárias se prestava bastante ao
emprego dos gases, assim é que no dia 22 de abril de 1915, pela
primeira vez, os alemães lançaram o cloro sobre a junção das tropas
franco-britânicas no setor do Yprés, Bélgica. A frente atingida foi de
aproximadamente cinco (5) quilômetros, tendo a expansão gasosa,
durante 8 minutos, e provocado pela surpresa do ataque l5.000 baixas
no intervalo de uma hora, dentre as quais 5.000 mortos. Desse momento
em diante a Guerra Química foi incrementada sistematicamente pelos
dois blocos de nações beligerantes, tendo surgido novos gases e se
desenvolvido novos sistemas de lançamento.
Os meios de proteção contra a Guerra Química também evoluíram
rapidamente, desde os panos umedecidos com urina, compressas embebidas
em carbonato de sódio, os chamados “Véu Negro" e “Elmo Pímiclo" até
finalmente as máscaras contra-gases.
Entre as duas Guerras Mundiais, apesar das proibições expressas
da Convenção de Genebra, as nações desenvolvidas prosseguiram prona
pesquisa o aperfeiçoamento da Guerra Química contra pessoal.
Na 2ª Guerra Mundial, os gases não foram empregados devido
ao temor da represália por parte do inimigo. Muitos gases foram,
entretanto, descobertos e produzidos, principalmente pêlos alemães, em
cujas reservas de material bélico foram encontrados estoques de
tóxicos dos nervos, ate então desconhecidos dos aliados.
1) GASES
Os tóxicos dos nervos, descobertos na Alemanha e desenvolvidos
pelos americanos e pelos russos, são capazes de matar homens em
questão de minutos,, representam atualmente a maior ameaça da Guerra
Química
Os inquietantes encontram atualmente un campo vasto de aplicação,
principalmente no que diz respeito as guerrilhas e a repressão de
movimentos urbanos.
Quanto as possibilidades estratégicas da Guerra Química, ressalta
a neutralização do esforço industrial inimigo pela contaminação dos
seus centros de produção, implicando na interrupção do trabalho
durante todo o tempo, necessário à descontaminação.
Os gases psico-químicos, como o "gás do medo", o "gás da
apatia", constituem um novo terreno para o desenvolvimento da Guerra
Química, com amplas, e talvez mais humanas, aplicações na decisão de
conflitos.
flitos.
2) Fumígenos
As oportunidades de emprego de fumaça são cada vez mais
freqüentes; e para certos tipos de operações como travessias de cursos
d'água, desembarques em praia ou de tropas aéreo-terrestres, ataques
com carros, cobertura de tropas e instalações, sinalização, os
fumígenos são considerados um apoio normal, e quase indispensável.
3)Incendiários
Os incendiários não estão sujeitos às restrições que regulam o
emprego dos gases. Sua utilização na guerra vem sendo assim cada vez
maior, com grande eficácia na destruição de material pessoal e
principalmente instalações.
(2) Persistência
Chama-se persistência ao tempo durante o qual um agente permanece
em concentração eficiente no ponto em que foi lançado. As
persistências variam de acordo com as propriedades físicas e químicas
do agente e com as condições climáticas, de topografia, de vegetação,
etc. Devido as suas propriedades, alguns agentes são naturalmente mais
persistentes que outros, podendo-se distinguir:
a) Agentes persistentes - persistência igual ou maior do que 10
minutos;
b) Agentes não persistentes - persistência menor que 10 minutos
3) Dosagem
Chama-se dosagem a quantidade de agentes químicos absorvidos por
um indivíduo exposto a uma determinada concentração durante um
determinado intervalo de tempo. Dessa forma, normalmente, podem ser
produzidos os mesmos efeitos tóxicos sobre dois indivíduos: um que
tenha permanecido pouco tempo em uma alta concentração.
1) Classificação física
Esta classificação é baseada no estado físico dos agentes quando
à temperatura de 20ºC e sob pressão atmosfériça normal, embora nas
condições de armazenamento ou de lançamento em campanha eles possam se
apresentar em outro estado.
2) Classificação básica
O critério para esta classificação é o da natureza dos efeitos
produzidos pelos diferentes agentes químicos.
3) Classificação tática
De acordo com o seu emprego tático os agentes químicos podem ser
classificados em:
4) Classificação fisiológica
A) CAUSADORES DE BAIXAS
1) Sufocantes
b) Disfosgênio -(DP)
Estado físico: Líquido incolor
Persistência: 3 Vezes mais.persistente que o fosgênio.
Cheiro: idem ao fosgênio;
Empregos: idem ao fosgênio
c) Cloro - (CL)
d) Cloropicrina – (PS)
2) Vesicantes
a)Lewisita - (L)
Estado físico: líquido oleoso da cor cãstanho-escura.
Persistência: pouco menos persistente que o Mostarda
Cheiro: borracha queimada
Emprego: idem ao mostarda
g) Diclorarsinas:
Etildiciorarsina - (ED)
Metildiclorarsina - (MD)
Penildiclorarsina - (PD)
3) TÓXICOS DO SANGUE
b) Arsina - (SA)
Apresenta ação retardada (2 horas a 11 dias) diferentemente dos
demais tóxicos do sangue
Agentes da série G
b) Tabun -(GA)
c) Soman - (GD)
Agentes da série V
d) VX - padrão do grupo
Mais persistente que os agentes da série G
B) INQUIETANTES
1) Lacrimogêneos
a) Cloracetofenona - (CN) - padrão do grupo
Estado físico: sólido incolor e cristalizado
Persistência: não persistente
Cheiro: botões de macieira
Emprego: contra pessoal, no controle de motins e distúrbios civis.
2) Vomitivos
b) Difenilclorarsina - (DA)
c) Difenilcianarsira - (DJ)
C) Fumígenos
São todos os agentes químicos que, por queima, hidrólise ou
condensação, produzem fumaça. Para efeito do estudo costumamos dividi-
los em dois grupos de acordo com o seu estado físico a 20º C.
1) Fumígenos sólidos
d) Fumaça colorida
Emprego: Sendo bem distintas de quaisquer fumaças eventuais são
empregadas na sinalização para identificação e coordenação entre as
tropas amigas.
2) Fumígenos líquidos
D)INCENDIÁRIOS
Os agentes incendiários modernos podem ser divididos em três
categorias: oleosos, metálicos ou intensivos.
a)Térmita (TH)
Temperatura de queima: 2500º C
Emprego: em geradores de mão e bombas incendiárias.
b) Magnésio - (MG)
Temperatura de queima: 2000º C
Emprego: por apresentar chama branca e brilhante tem largo
emprego em artifícios pirotécnicos e projéteis iluminativos e
traçantes
CAUSADORES DE BAIXAS
SUFOCANTES:
- Fosgênio
- Disfogênio
- Cloropicrina
- Cloro
VESICANTES T. MOSTARDA
- Mostarda destilada
- Mistura – HT
- Nitrogênio mostarda
- Fosgênio oxime
VESICANTES T. ARSENICAL
- Lewsita
- Mistura mostarda lewisita
- Etildiclorarsina
- Metildiclorarsina
- Penildiclorarsina
TÓXICO DO SANGUE
- Ácido cianídrico
- Cloreto de cianogênio
- Arsina
VOMITIVOS
- Adamsita
- Defenilclorarsina
- Defenilsianarsina
LACRIMOGÊNEOS
- Cloracetofenona
- Cianeto de bromo benzilo
- Orto clorobemzilmalononitilo
FUMÍGENOS
- Fósforo branco
- Fósforo branco plástico
- Mistura de hexacloretana
- Tetracloreto de titânio
INCENDIÁRIOS
- Térmita
- Magnésio
- Gasolina gelatinosa