Você está na página 1de 11

1.

0 - HISTÓRICO E CONCEITO ATUAL DA GUERRA QUÍMICA

1.1 - HISTÓRICO DA GUERRA QUÍMICA

O aparecimento da guerra Química ocorreu numa época, remota na


história das guerras, e os êxitos obtidos por ela tanto na lª como na
2ª Guerra Mundial consagraram-na como uma das mais eficientes formas
de guerra.
Analisaremos separadamente o desenvolvimento histórico do emprego
de cada um dos três tipos de agentes químicos - gases, fumígenos e
incendiários, desde as suas origens até a 2ª Guerra Mundial.

1)INCENDIÁRIOS
Foram os primeiros agentes químicos empregados pelo.homem" desde
que ele começou a utilizar o fogo para se defender dos grandes
animais, e para combater as tribos inimigas. Muitos textos antigos
fazem referência ao emprego de Bolas de Fogo, feitas com madeiras
resinosas, enxofre,'pez, etc., por parte dos exércitos que atacavam ou
defendiam cidades fortificadas. O incendiário mais característico da
Antiguidade e da Idade Média foi o chamado "Fogo Grego, cuja fórmula é
desconhecida, apesar de se saber, que continha os mesmos elementos
citados acima, além de água e cal viva; acredita-se que a reação da
água com a cal viva era a responsável pelo início da combustão e pela
dificuldade da sua extinção.
O advento da pólvora, afastando os combatentes, fez declinar a
utilização dos incendiários devido à falta de recursos para. aumentar
o alcance dos lançamentos
Por ocasião da 1ª Guerra Mundial, entretanto, os incendiários
fizeram o seu ressurgimento como importante arma de guerra,
lançados pela aviação, artilharia e lança-chamas.
Na 2ª Guerra Mundial, os incendiários consolidaram a sua
importância. Durante os bombardeios das cidades inglesas e alemãs,
os incendiários foram longamente utilizados e apresentaram os
resultados mais eficazes. O advento da gasolina gelatinosas nessa
época constituiu um grande progresso para a.utilização dos lança-
chamas, que ganharam em alcance e precisão.

2) FUMÍGENOS
Antes da 1ª Guerra Mundial, a utilização tática dos fumígenos se
restringiu a umas poucas tentativas esporádicas. O início do emprego
sistemático dos fumígenos coincidiu com a introdução da Guerra Química
contra pessoal (gases), sendo comumente usados para simular ou
mascarar ataques de gás. Surgiram nessa época os primeiros tubos
fumígenos.
Na 2ª Guerra Mundial, os fumígenos foram empregados em larga
escala, pelas três formas armadas, en todas as operações. Militares
desde as simples operações de patrulha, até a cobertura contínua e
prolongada de instalações, portos e cidades.
3) GASES
O emprego dos gases tóxicos para fins militares é também bastante
antigo, sendo representado na Antiguidade pela queima de madeiras e
enxofre cuja fumaça o vento transportava para o interior das
fortificações ou acampamentos inimigos. Os silvícolas americanos
obtinham esse efeito tóxico pela queima de urtigas venenosas, e os
brasileiros de pimenta. O primeiro emprego de vesicantes é devido a
Alexandre Magno que mandava espalhar cal viva sobre as regiões por
onde provavelmente passaria a cavalaria inimiga; a cal levantada pelo
propel dos cavalos penetrava nas armaduras dos combatentes e, reagindo
com o suor dos seus corpos, provocava queimaduras dolorosas.
A 1ª Guerra Mundial, devido à sua característica de guerra de
trincheiras com extensas frentes estacionárias se prestava bastante ao
emprego dos gases, assim é que no dia 22 de abril de 1915, pela
primeira vez, os alemães lançaram o cloro sobre a junção das tropas
franco-britânicas no setor do Yprés, Bélgica. A frente atingida foi de
aproximadamente cinco (5) quilômetros, tendo a expansão gasosa,
durante 8 minutos, e provocado pela surpresa do ataque l5.000 baixas
no intervalo de uma hora, dentre as quais 5.000 mortos. Desse momento
em diante a Guerra Química foi incrementada sistematicamente pelos
dois blocos de nações beligerantes, tendo surgido novos gases e se
desenvolvido novos sistemas de lançamento.
Os meios de proteção contra a Guerra Química também evoluíram
rapidamente, desde os panos umedecidos com urina, compressas embebidas
em carbonato de sódio, os chamados “Véu Negro" e “Elmo Pímiclo" até
finalmente as máscaras contra-gases.
Entre as duas Guerras Mundiais, apesar das proibições expressas
da Convenção de Genebra, as nações desenvolvidas prosseguiram prona
pesquisa o aperfeiçoamento da Guerra Química contra pessoal.
Na 2ª Guerra Mundial, os gases não foram empregados devido
ao temor da represália por parte do inimigo. Muitos gases foram,
entretanto, descobertos e produzidos, principalmente pêlos alemães, em
cujas reservas de material bélico foram encontrados estoques de
tóxicos dos nervos, ate então desconhecidos dos aliados.

1.2 - ASPECTOS ATUAIS DA GUERRA QUÍMICA

A experiência de duas grandes guerras e aperfeiçoamento constante


dos agentes químicos, sistemas de lançamento e meios de proteção,
qualificam a Guerra Química como uma possibilidade potencial de
destruição em grande escala, com um importante peso na decisão de
conflitos.

1) GASES
Os tóxicos dos nervos, descobertos na Alemanha e desenvolvidos
pelos americanos e pelos russos, são capazes de matar homens em
questão de minutos,, representam atualmente a maior ameaça da Guerra
Química
Os inquietantes encontram atualmente un campo vasto de aplicação,
principalmente no que diz respeito as guerrilhas e a repressão de
movimentos urbanos.
Quanto as possibilidades estratégicas da Guerra Química, ressalta
a neutralização do esforço industrial inimigo pela contaminação dos
seus centros de produção, implicando na interrupção do trabalho
durante todo o tempo, necessário à descontaminação.
Os gases psico-químicos, como o "gás do medo", o "gás da
apatia", constituem um novo terreno para o desenvolvimento da Guerra
Química, com amplas, e talvez mais humanas, aplicações na decisão de
conflitos.
flitos.

2) Fumígenos
As oportunidades de emprego de fumaça são cada vez mais
freqüentes; e para certos tipos de operações como travessias de cursos
d'água, desembarques em praia ou de tropas aéreo-terrestres, ataques
com carros, cobertura de tropas e instalações, sinalização, os
fumígenos são considerados um apoio normal, e quase indispensável.

3)Incendiários
Os incendiários não estão sujeitos às restrições que regulam o
emprego dos gases. Sua utilização na guerra vem sendo assim cada vez
maior, com grande eficácia na destruição de material pessoal e
principalmente instalações.

1.3 - AGENTES QUÍMICOS

AGENTES QUÍMICOS - DEFINIÇÃO E SIMBOLOGIA

Chama-se agente químico de guerra, ou mais simplesmente agente


químico a toda substância que, por sua atividade química produza
quando empregada, para fins militares, um efeito tóxico; fumígeno ou
incendiário.
Algumas expressões errôneas tem sido utilizadas para designar as
substâncias químicas usadas na guerra, como "gases asfixiantes",
"gases de guerra", etc. A expressão correta, é, entretanto, a
menncionada acima, e o termo gases ê empregado somente para designar
os agentes utilizados contra pessoal, aqueles que produzem, portanto,
um efeito tóxico.
Os agentes químicos são designados por meio de símbolos
arbitrários, que não tem nenhuma relação com a constituição do agente.
Tendo surgido inicialmente como um código para fins de segurança, os
símbolos mesmo depois que os agentes se tornam conhecidos, continuaram
a ser mantidos por tradição ou comodismos.
De acordo com os padrões norte-americados, os símbolos são
constituídos de letras, grupos de letras ou combinações de letras e
números. Exemplos: Lewisita -(L), Sarin -(CGB), Nitrogênio mostarda l
- (HNl)

l.4 - PROPRIEDADES GERAIS DOS AGENTES QUÍMICOS


(1) Concentração
Concentração de um agente químico é a quantidade desse agen-
te existente em determinado volume no ar, A concentração é expressa na
unidade miligramas de agentes por metro cúbico de ar (mg/m³)
Os efeitos tóxicos produzidos pelos agentes químicos sobre homens
dependem da concentração existente no local ocupado por esses homens,
isto é, os efeitos serão tão mais violentos quanto maior for a
concentração. Assim distinguimos:
a) Concontração eficiente - que produz os efeitos na intensidade
desejada pelo agressor;
b) Concentração letal - que produz a morte em pessoal
desprotegido;
c) Concentração inquietante - que embora não produza
integralmente o seu efeito, provoca alguns sintomas desagradáveis e
obriga
ao uso da máscara.
É óbvio que cada agente apresentará uma concentração, letal
ou inquietante, diferente da de outros agentes, dependendo da sua
própria toxidez.

(2) Persistência
Chama-se persistência ao tempo durante o qual um agente permanece
em concentração eficiente no ponto em que foi lançado. As
persistências variam de acordo com as propriedades físicas e químicas
do agente e com as condições climáticas, de topografia, de vegetação,
etc. Devido as suas propriedades, alguns agentes são naturalmente mais
persistentes que outros, podendo-se distinguir:
a) Agentes persistentes - persistência igual ou maior do que 10
minutos;
b) Agentes não persistentes - persistência menor que 10 minutos

3) Dosagem
Chama-se dosagem a quantidade de agentes químicos absorvidos por
um indivíduo exposto a uma determinada concentração durante um
determinado intervalo de tempo. Dessa forma, normalmente, podem ser
produzidos os mesmos efeitos tóxicos sobre dois indivíduos: um que
tenha permanecido pouco tempo em uma alta concentração.

1.5 - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS

Os agentes químicos podem ser classificados segundo diversos


critérios:

1) Classificação física
Esta classificação é baseada no estado físico dos agentes quando
à temperatura de 20ºC e sob pressão atmosfériça normal, embora nas
condições de armazenamento ou de lançamento em campanha eles possam se
apresentar em outro estado.

a) Sólidos b) Líquidos c) Gasosos


Os agentes químicos em seu uso na área de luta, os sólidos ou
líquidos transformam-se, por volatização normal ou artificial, em
verdadeiro gás, ou é propagado em partículas diminutas, sólidas ou
líquidas chamadas aerosóis. De uma forma geral são chamados de gases
ou agentes químicos lançados contra pessoal e que produzem efeitos
tóxicos.

2) Classificação básica
O critério para esta classificação é o da natureza dos efeitos
produzidos pelos diferentes agentes químicos.

a) Gases – os que por qualquer processo produzem fumaça ou


neblina;

b) Incendiários – os que, gerando altas temperaturas, provocam


incêndios em materiais combustíveis;

Os gases podem compreender tanto os agentes gasosos como os


sólidos e os líquidos, da classificação física.

3) Classificação tática
De acordo com o seu emprego tático os agentes químicos podem ser
classificados em:

a) Causadores de baixas - os que, por seus efeitos sobre o


organismo, produzem a morte ou a incapacitação prolongada.

b) Inquietantes – os que, produzindo efeitos leves e temporários,


porém desagradáveis, diminuem a capacidade combativa do atacado e o
obrigam ao uso da máscara

c) Fumígenos – subdivididos em dois subgrupos:


- De cobertura - empregados para cobrir contra a observação
inimiga, os movimentos das tropas, pontos críticos ou instalações
- De sinalização - representados pelas fumaças coloridas na
sinalização de código entre as tropas amigas. Ex: operador
aeroterrestre, regulação de tiros de artilharia, etc.

d) Incendiários – os que são empregados para destruir pelo fogo


instalações e materiais, ou atacar pessoal. São subdivididos em:
- Intensivos – que geram altas temperaturas sobre áreas
limitadas.
- Extensivos – que produzem menores temperaturas mas atingem
áreas maiores.

4) Classificação fisiológica

Essa classificação se baseia nos diferentes efeitos primários


produzidos pelos agentes químicos sobre o organismo humano, mesmo que
possam vir a produzir outros efeitos é rigorosamente proporcional a
concentração:

a) Sufocantes - têm sua ação principal sobre o aparelho


respiratório, provocando a irritação e inflamação das vias
respiratórias superiores, dos pulmões e brônquios conduzindo ao edema
pulmonar maciço, ou em consequência dela a morte por asfixia em 24 a
48. horas.

b) Vesicantes - têm sua ação principal sobre a pele, produzindo


queimaduras com a formação de bolhas e destruição dos tecidos
subjacentes. Têm ação ainda sobre os olhos e aparelhos respiratórios e
digestivo,quando inalados ou ingeridos, produzindo os mesmos efeitos
de destruição dos tecidos. A morte sobrevém quando uma superfície
relativamente extensa do corpo é atingida, mas, de qualquer forma, há
sempre a incapacitação prolongada do combatente. São. na verdade os
agentes de maior poder de incapacitação.

c) Tóxicos do sangue - afetam diversas funções vitais, em virtude


da ação que exercem sobre os elementos do sangue, interferindo com a
transferência normal do oxigênio do sangue para os tecidos do corpo.
Após absorvidos pelo organismo, por inalação, ingestão ou através da
pele, a morte ocorre em cerca de 15 minutos;

d) Tóxicos dos nervos – têm sua ação principal sobre o sistema


nervoso, provocando a descoordenação das atividades musculares
autônomas, com a respiração, o batimento cardíaco, etc. Devido a essa
desregularização, a morte sobrevém em 4 minutos, por asfixia e pelo
colapso de outras funções vitais. A absorção se dá por inalação,
ingestão ou através da pele.

e) Lacrimogêneos -• tem sua ação principal sobre os olhos,


provocando irritação, dor e lacrimejamentos intensos. Seus efeitos são
temporários, raramente passando de 30 minutos.

f) Vomitivos - atuam principalmente sobre o sistema digestivo,


provocando a irritação da garganta, náuseas e vômitos, seguidos de
debilidade física e mental. Seus efeitos duram no máximo...

g)Psicoquímicos - constituem a classificação especial de


incapacitantes. Agem sobre as funções psíquicas do homem, acarretando
a descoordenação muscular, perda de equilíbrio, da visão e
perturbações mentais diversas. Seus efeitos podem durar até vários
dias.

1.7 – PRINCIPAIS AGENTES QUÍMICOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

A) CAUSADORES DE BAIXAS

1) Sufocantes

a) Fosgênio - (CG) - padrão de grupo


Estado físico: gás incolor, que após dispersado reage com o vapor
d’água de ar formando uma nuvem branca, logo se transformando
novamemte, em gás incolor.
Persistência: não persistente, podendo, entretanto, permanecer
eficiente durante algum tempo em lugares baixos ou com vegetação
intensa.
Cheiro: milho verde, feno fresco ou capim azedo, transmitindo um
gosto metálico ao cigarro.
Emprego: contra pessoal desprotegido de surpresa (devido à sua.
baixa persistência)

b) Disfosgênio -(DP)
Estado físico: Líquido incolor
Persistência: 3 Vezes mais.persistente que o fosgênio.
Cheiro: idem ao fosgênio;
Empregos: idem ao fosgênio

c) Cloro - (CL)
d) Cloropicrina – (PS)

2) Vesicantes

1º Vesicantes tipo mostarda

a) Mostarda destilada - (HD) - padrão do grupo.


Estado Físico: líquido oleoso incolor ou amarelo claro.
Persistência: persistente (de l dia a 1 ou mais semanas)
Cheiro: alho, cebola ou mostarda
Emprego: contra pessoal desprotegido ou contra instalações
desocupadas para contaminá-las.

b) Nitrogênio mostarda - (HN l, HN2 e HN3)


c) Mistura HT - (HT)
d) Fosgênio–oxíme - (CX)

2º Vesicantes tipo Arsenicais

a)Lewisita - (L)
Estado físico: líquido oleoso da cor cãstanho-escura.
Persistência: pouco menos persistente que o Mostarda
Cheiro: borracha queimada
Emprego: idem ao mostarda

f) Mistura mostarda-Lewisita -(HL)

g) Diclorarsinas:
Etildiciorarsina - (ED)
Metildiclorarsina - (MD)
Penildiclorarsina - (PD)

3) TÓXICOS DO SANGUE

a) Ácido cianídrico — (AC) - padrão do grupo


Estado físico: líquido incolor
Persistências: não persistente
Cheiro: caroços de pêssego ou amêndoas amargas
Emprego: contra pessoal em altas concentrações, devido à sua
baixa persistência e à rápida recuperação do gasado.

b) Cloreto de Cianogênio - (CK)


Mais persistente que o AC e apresentando efeito cumulativo em
baixas concentrações

b) Arsina - (SA)
Apresenta ação retardada (2 horas a 11 dias) diferentemente dos
demais tóxicos do sangue

4) Tóxicos dos Nervos

Agentes da série G

a) Sarin - (GB) - padrão do grupo


Estado físic: líquido incolor
Persistência: persistente (l a 2 dias)
Cheiro: inodoro quando puro
Emprego: contra pessoal ou sobre objetivos não ocupados com vistas à
contaminação ou ainda na sabotagem.

b) Tabun -(GA)
c) Soman - (GD)

Agentes da série V

d) VX - padrão do grupo
Mais persistente que os agentes da série G

B) INQUIETANTES

1) Lacrimogêneos
a) Cloracetofenona - (CN) - padrão do grupo
Estado físico: sólido incolor e cristalizado
Persistência: não persistente
Cheiro: botões de macieira
Emprego: contra pessoal, no controle de motins e distúrbios civis.

b) Solução lacrimogênea CNC - (CNC)

c) Solução lacrimogênea CTIS - (CNS)

d) Solução lacrimogênea CNB - (CNB)


e) Cianeto de Bromo-benzila - (BBC)

2) Vomitivos

a) Adamsita - (DM) - padrão do grupo


Estado físico: sólido cristalino amarelo esverdeado.
Persistência; não persistente
Cheiro: inodoro
Emprego: contra pessoal, no controle de motins, ou em lançamento
simultâneo com um causador de baixas, para obrigar o combatente a
retirar a máscara, e assim ser atingido por este último.

b) Difenilclorarsina - (DA)
c) Difenilcianarsira - (DJ)

C) Fumígenos
São todos os agentes químicos que, por queima, hidrólise ou
condensação, produzem fumaça. Para efeito do estudo costumamos dividi-
los em dois grupos de acordo com o seu estado físico a 20º C.

1) Fumígenos sólidos

a) Fósforo branco - (WP)


Características gerais: produz fumaça densa e de cor branca
através da queima ao contacto com o oxigênio do ar. Apresenta
desvantagens: sobe rapidamente em coluna e queima com demasiada
rapidez.
Emprego: como fumígeno, e utilizado taticamente na cobertara de
movimentos de tropas e instalações. Apresenta ainda efeito secundário:
incendiário e causador de baixas

b) Fósforo branco plástico - (PWP)


Características gerais: é constituído por uma mistura de WP com
lama solução de borracha sintética, com vistas a diminuir o efeito de
coluna e a rapidez de queima do WP.
Emprego: como fumígeno de cobertura sendo três a quatro
vezes mais eficiente que o WPC

c) Mistura do Hexacloretana - (HC)


É um fumígeno de cobertura

d) Fumaça colorida
Emprego: Sendo bem distintas de quaisquer fumaças eventuais são
empregadas na sinalização para identificação e coordenação entre as
tropas amigas.

2) Fumígenos líquidos

a) Tetracloreto de Titânio - (FM)


Características gerais: produz fumaça por hidrólise, ao contato
com a umidade existente no ar, sendo para isso atomizado por
detonação ou espargimento aerossol.

b) Mistura trióxido de enxofre - Ácido clorossulfônico

c) Óleos fumígenos - (SGE-1 e SGP-2)


Características gerais: produzem fumaça através da condensação do
seu vapor ao encontrar a temperatura mais baixa do meio ambiente.
Utilizado nos geradores de fumaça onde são aquecidos e vaporizados

D)INCENDIÁRIOS
Os agentes incendiários modernos podem ser divididos em três
categorias: oleosos, metálicos ou intensivos.

1) Incendiários, metálicos ou intensivos


São preparados a partir de certos metais, e queimam com
temperaturas muito altas em áreas reduzidas, sendo praticamente
inestinguíveis.

a)Térmita (TH)
Temperatura de queima: 2500º C
Emprego: em geradores de mão e bombas incendiárias.

b) Magnésio - (MG)
Temperatura de queima: 2000º C
Emprego: por apresentar chama branca e brilhante tem largo
emprego em artifícios pirotécnicos e projéteis iluminativos e
traçantes

2) Incendiários oleosos ou extensivos


Tem por base a gasolina e diversos óleos combustíveis; queimam
com temperatura mais baixas que dos intensivos, mas se estendem por
áreas maiores.

a) Combustível não espessado


Mistura de óleo e gasolina, utilizada no lança-chamas.
b) Combustível espessado
Adicionando-se um espessador à gasolina ou ao óleo obtêm-se uma
substância mais consistente (gelatinosa) que propicia o aumento de
alcance do lança-chamas, provoca uma combustão mais-lenta e dá
qualidades de aderência ao objetivo por parte do incendiário. Tem
largo emprego, ainda, em bombas de aviação. São combustíveis
espessados

- Gasolina gelatinosa - (NP) - utiliza o espessador M-l,


conhecido como "Napalm", que estendeu essa designação à própria
gasolina gelatinosa.

- óleo incendiário - (IM)- utiliza um espessador à base de


borracha sintética.

3) Misturas incendiárias de óleo e metal


Constituem um tipo misto de incendiário metárlico combustível
espessado.

a) Mistura incendiária PT-1


b) Mistura incendiária PTV

NOMECLATURA E SIMBOLOGIA DOS AGENTES QUÍMICOS

CAUSADORES DE BAIXAS
SUFOCANTES:
- Fosgênio
- Disfogênio
- Cloropicrina
- Cloro

VESICANTES T. MOSTARDA
- Mostarda destilada
- Mistura – HT
- Nitrogênio mostarda
- Fosgênio oxime

VESICANTES T. ARSENICAL
- Lewsita
- Mistura mostarda lewisita
- Etildiclorarsina
- Metildiclorarsina
- Penildiclorarsina

TÓXICO DO SANGUE
- Ácido cianídrico
- Cloreto de cianogênio
- Arsina

TÓXICO DOS NERVOS


- Sarin
- Tabun
- Soman
INQUIETANTES

VOMITIVOS
- Adamsita
- Defenilclorarsina
- Defenilsianarsina

LACRIMOGÊNEOS
- Cloracetofenona
- Cianeto de bromo benzilo
- Orto clorobemzilmalononitilo

FUMÍGENOS
- Fósforo branco
- Fósforo branco plástico
- Mistura de hexacloretana
- Tetracloreto de titânio

INCENDIÁRIOS
- Térmita
- Magnésio
- Gasolina gelatinosa

Você também pode gostar