1- Apresentação
Prezado Professor,
Apresentamos a você as Orientações Curriculares de Produção Textual, disciplina
estabelecida pela Resolução N° 4843, de 03 de dezembro de 2012, publicada em D.O. no
dia 06 de dezembro de 2012. A inserção de dois (02) tempos desta disciplina, na matriz
curricular de todos os Anos Finais do Ensino Fundamental e da 3ª Série do Ensino Médio,
visa a:
(i) complementar o trabalho já desenvolvido pelos professores da disciplina de
Língua Portuguesa e Literatura, com enfoque na competência do aluno de produzir
textos, que, muitas vezes, fica relegada à criação de textos descartáveis, sem uma
identificação, por parte do aluno, da possibilidade de se apreender estratégias para
aprimorar sua habilidade de produzir textos e do propósito comunicativo daquela
produção para além dos muros escolares;
(ii) suprir a necessidade de nossos alunos de ter o trabalho com habilidades
relacionadas à compreensão da estrutura dos gêneros textuais corroborado pela
disciplina Produção Textual. Esta demanda é evidenciada pelo Exame Nacional do Ensino
Médio e, principalmente, pelo SAERJINHO, o sistema de avaliação externa bimestral da
Secretaria de Estado de Educação, que aponta o desempenho baixo ou intermediário dos
alunos de 9° ano de nossa rede, no que tange às habilidades de:
• Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la;
• Identificar o gênero de diversos textos;
• Identificar a tese de um texto;
• Reconhecer efeitos provocados pelo emprego de recursos estilísticos;
• Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios etc.
O resultado da avaliação das habilidades listadas acima reflete a dificuldade de
nossos alunos em lidar com aspectos inerentes à estrutura do texto, o que justifica a
criação de uma disciplina que privilegie a produção textual.
A introdução da disciplina de Produção Textual na matriz curricular permite o
estabelecimento de uma inter-relação do trabalho desenvolvido pelos professores dessa
disciplina com os professores de Língua Portuguesa e Literatura. Desse modo,
ressaltamos ser imprescindível o constante diálogo entre esses professores. A fim de
3
1. Diretrizes Metodológicas
Enquanto a coesão sequencial relaciona o que será dito ao que fora anteriormente
mencionado, por meio dos tempos verbais e operadores argumentativos, a coesão
referencial é caracterizada pela relação entre dois elementos, em que um não pode ser
especificado sem remissão ao outro, anteriormente ou posteriormente citado. Atuam,
neste sentido, como formas remissivas, pronomes, advérbios e classes nominais, entre
outras categorias, cujo emprego nas atividades de produção de texto devem relacionar as
formas linguísticas ao contexto em que são usadas nas diversas situações cotidianas de
interação comunicativa.
2. Planejamento
Sendo assim, o professor, em seu planejamento, não precisa se restringir a trabalhar com
os gêneros focalizados no bimestre, uma vez que eles já são contemplados em Língua
Portuguesa e Literatura. Sua liberdade no processo de seleção dos gêneros a serem
focalizados, todavia, não deve perder de vista as habilidades propostas para o bimestre e
as semelhanças de estrutura, contexto e finalidade de produção entre os gêneros
selecionados. Dessa forma, esperamos que o alunado perceba, com maior facilidade, as
9
1° Bimestre
2° Bimestre
3° Bimestre
4° Bimestre
1° Bimestre
2° Bimestre
3° Bimestre
4° Bimestre
1° Bimestre
2° Bimestre
3° Bimestre
4° Bimestre
1° Bimestre
2° Bimestre
3° Bimestre
4° Bimestre
1° Bimestre
2° Bimestre
3° Bimestre
4° Bimestre
3. Referências
CARNEIRO, A. Redação em construção: a escritura do texto. 2ª. ed. São Paulo, Moderna, 2001.
CHAROLLES, M. Introdução aos problemas da coerência dos textos. In: GALVES, C., ORLANDI,
GARCIA, O. Comunicação em prosa moderna. 26ª. ed. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas,
2006.
KÖCHE, V. et. al. Leitura e produção textual: gêneros textuais do argumentar e expor. 2ª. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
MARCUSCHI, L. Produção textual, análise de gênero e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
TRAVAGLIA, L. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2003.
THEREZO, G. Como corrigir redação. Campinas, São Paulo: Editora Alínea, 2006.
20
Equipe de Elaboração:
COORDENADORA:
Profª Adriana Tavares Maurício Lessa
Coordenadora de Áreas do Conhecimento
Diretoria de Articulação Curricular – SEEDUC - RJ
CONSULTORA ESPECIAL:
Profª Cristiane Brasileiro
Coordenadora da Área de Letras
Diretoria de Extensão – Fundação CECIERJ
PROFESSORAS COLABORADORAS: