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AULA 05: Crimes contra o meio ambiente: Lei Nº 9.605/1998
SUMÁRIO PÁGINA
Poder de Polícia Ambiental. Crimes e infrações 2
administrativas contra o meio ambiente (Lei nº
9.605/1998 e regulamentos). Responsabilidade ambiental:
conceito de dano e reparação ambiental.
Questões comentadas 41
MEMOREX 99
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CRIMES AMBIENTAIS - LEI 9.605/98
LEI 9.605/98
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Responsabilidade Ambiental
PENAL
Responsabilidade
pessoa física e CIVIL
pessoa jurídica
ADMINISTRATIVA
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propter rem, inerente ao título e se transfere ao futuro proprietário. Ou
seja, o proprietário rural deve recuperar a área de Reserva Legal
degradada independentemente de ter sido ele ou não o responsável pela
degradação. O novo Código Florestal (Lei 12.651/12) trouxe
expressamente essa disposição em seu art. 2º, § 2º: As obrigações
previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de
qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do
imóvel rural.
Portanto, a responsabilidade de reparação do dano ambiental é
objetiva, solidária e imprescritível. Esse tem sido o entendimento do
STJ e do TRF 2ª Região.
Responsabilidade Administrativa
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Penal Subjetiva
Objetiva/Subjetiva
Administrativa (Há divergência na
Doutrina)
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Obviamente, não há para a pessoa jurídica pena privativa de liberdade,
para essas pessoas a Lei 9.605/98 prevê outras sanções (Artigos 21, 22,
23, e 24 da Lei 9.605/98).
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Para que haja a responsabilização penal da pessoa jurídica, o crime
deverá ser cometido no interesse ou benefício da entidade E por
decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado. ATENÇÃO! Precisa dessas duas condicionantes para que a
pessoa jurídica seja responsabilizada.
A denúncia genérica tem sido rejeita pelos Tribunais Superiores nos
crimes societários. Assim, para incluir os administradores das pessoas
jurídicas na denúncia é necessário descrever a sua conduta, sob risco de
inépcia e trancamento da ação.
O STJ TEM ADMITIDO a responsabilização penal da pessoa
jurídica em crimes ambientais, MAS DESDE QUE a imputação do
ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em seu
benefício seja simultânea (Dupla Imputação). Assim, o STJ NÃO
admite denúncia apenas contra a pessoa jurídica, dissociada da pessoa
física. ATENÇÃO! Em 2013, o Supremo Tribunal Federal (STF)
reconheceu a possibilidade de se processar penalmente uma
pessoa jurídica, mesmo não havendo ação penal em curso contra
pessoa física com relação ao crime.
A pessoa jurídica poderá ser desconsiderada sempre que sua
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à
qualidade do ambiente, Art. 4º da Lei 9.605/98. (Teoria Menor). Para
isso, basta a impossibilidade da Pessoa Jurídica de arcar com a reparação
ambiental. Atenção, pois esse dispositivo é muito cobrado em prova!
A pessoa jurídica constituída ou utilizada,
preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a
prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação
forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional (Art. 24 da
Lei 9.605/98).
De acordo com o art. 26, a ação penal é pública incondicionada
nas infrações penais previstas Lei 9.605/98. Embora a Lei 9.605/98
seja omissa, é cabível a ação privada subsidiária da pública, quando o
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Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal (Art. 5º, LIX da
CF/88). Nos casos dos crimes ambientais, além de PÚBLICA a ação penal
é INcondicionada, ou seja, não possui nenhum requisito. Dessa forma, a
ação pode ser iniciada sem a representação do ofendido (vítima) ou de
quem tiver qualidade para representá-lo e sem a requisição do Ministro da
Justiça, sendo suficiente a vontade do Ministério Público.
Assim, na ação penal pública incondicionada, a ação é exercida pelo
Ministério Público, que representa o Estado, como autor da ação.
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previsão constitucional, requisita a actio poenalis, para a sua
possibilidade, a imputação simultânea da pessoa moral e da pessoa
física que, mediata ou imediatamente, no exercício de sua
qualidade ou atribuição conferida pela estatuto social, pratique o
fato-crime, atendendo-se, assim, ao princípio do nullum crimen sine
actio humana. 2. Excluída a imputação aos dirigentes responsáveis
pelas condutas incriminadas, o trancamento da ação penal,
relativamente à pessoa jurídica, é de rigor. 3. Recurso provido.
Ordem de habeas corpus concedida de ofício. (STJ; RMS 16696/PR; Sexta
Turma; Rel. Min. Hamilton Carvalhido; Julgamento: 09/02/2006; DJU
13/03/2006)
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IV. A imputação penal às pessoas jurídicas encontra barreiras na suposta
incapacidade de praticarem uma ação de relevância penal, de serem
culpáveis e de sofrerem penalidades.
V. Se a pessoa jurídica tem existência própria no ordenamento jurídico
e pratica atos no meio social através da atuação de seus administradores,
poderá vir a praticar condutas típicas e, portanto, ser passível de
responsabilização penal.
VI. A culpabilidade, no conceito moderno, é a responsabilidade social,
e a culpabilidade da pessoa jurídica, neste contexto, limita-se à
vontade do seu administrador ao agir em seu nome e proveito.
VII. A pessoa jurídica só pode ser responsabilizada quando houver
intervenção de uma pessoa física, que atua em nome e em
benefício do ente moral.
VIII. "De qualquer modo, a pessoa jurídica deve ser beneficiária
direta ou indiretamente pela conduta praticada por decisão do seu
representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado."
IX. A Lei Ambiental previu para as pessoas jurídicas penas
autônomas de multas, de prestação de serviços à comunidade,
restritivas de direitos, liquidação forçada e desconsideração da
pessoa jurídica, todas adaptadas à sua natureza jurídica.
X. Não há ofensa ao princípio constitucional de que "nenhuma pena
passará da pessoa do condenado...", pois é incontroversa a existência de
duas pessoas distintas: uma física - que de qualquer forma contribui para
a prática do delito - e uma jurídica, cada qual recebendo a punição de
forma individualizada, decorrente de sua atividade lesiva.
XI. Há legitimidade da pessoa jurídica para figurar no pólo passivo
da relação processual-penal.
XII. Hipótese em que pessoa jurídica de direito privado foi denunciada
isoladamente por crime ambiental porque, em decorrência de lançamento
de elementos residuais nos mananciais dos Rios do Carmo e Mossoró,
foram constatadas, em extensão aproximada de 5 quilômetros, a
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salinização de suas águas, bem como a degradação das respectivas
faunas e floras aquáticas e silvestres.
XIII. A pessoa jurídica só pode ser responsabilizada quando
houver intervenção de uma pessoa física, que atua em nome e em
benefício do ente moral.
XIV. A atuação do colegiado em nome e proveito da pessoa
jurídica é a própria vontade da empresa.
XV. A ausência de identificação das pessoa físicas que, atuando
em nome e proveito da pessoa jurídica, participaram do evento
delituoso, inviabiliza o recebimento da exordial acusatória.
(STJ, REsp 610114/RN, Relator Ministro Gilson Dipp, Data do Julgamento
17/11/2005, DJ 19/12/2005)
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essa questão. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Luiz Fux, que
reconheciam a prescrição. O Min. Marco Aurélio considerava a data do
recebimento da denúncia como fator interruptivo da prescrição.
Destacava que não poderia interpretar a norma de modo a prejudicar
aquele a quem visaria beneficiar. Consignava que a lei não exigiria a
publicação da denúncia, apenas o seu recebimento e, quer considerada a
data de seu recebimento ou de sua devolução ao cartório, a prescrição já
teria incidido.
RE 548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, 6.8.2013.
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que a pena visaria à ressocialização, o que tornaria impossível o seu
alcance em relação às pessoas jurídicas.
RE 548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, 6.8.2013.
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a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e
suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;
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humanos;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
PENAS APLICÁVEIS
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suspensão parcial ou total de atividades;
prestação pecuniária (+ que 1 salário e no máximo 360
salários);
recolhimento domiciliar.
Multa
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O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar,
frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo
recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local
destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença
condenatória. (Art. 13)
Multa
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Penas restritivas de liberdade (reclusão/detenção) e a restritiva de
direito (recolhimento domiciliar) aplicam-se apenas à Pessoa Física, por
óbvio.
Por fim, nas infrações administrativas NÃO cabe nenhuma pena
restritiva de liberdade. As sanções administrativas são: multa,
advertência, suspensão, demolição, embargo, cancelamento, proibição...
Pessoal, eu sei que para quem nunca estudou essa lei pode ficar
meio confuso, pode parecer complicado, mas fiquem calmos! Leiam uma
vez, duas, tentem entender. No final da aula, eu inseri alguns mapas
mentais sobre as penas, imprimam esses mapas, colem na parede, no
espelho do banheiro, no guarda-roupa...leiam todos os dias, em poucos
minutos é possível fazer uma revisão e até o dia da prova já estará tudo
memorizado.
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I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de
sua família;
Jurisprudência
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imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua
em seu nome ou em seu benefício, uma vez que "não se pode
compreender a responsabilização do ente moral dissociada da
atuação de uma pessoa física, que age com elemento subjetivo
próprio" cf. Resp nº 564960/SC, 5ª Turma do STJ, Rel. Ministro Gilson
Dipp, DJ de 13/06/2005 (Precedentes). Recurso especial provido".(STJ,
Resp 889528/SC, 5ª Turma, Rel. Min. Félix Ficher, 17/04/2007)
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RESPONSABILIDADE. PENAS ADAPTADAS À NATUREZA JURÍDICA DO
ENTE COLETIVO. ACUSAÇÃO ISOLADA DO ENTE COLETIVO.
IMPOSSIBILIDADE. ATUAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EM NOME E
PROVEITO DA PESSOA JURÍDICA. DEMONSTRAÇÃO NECESSÁRIA.
DENÚNCIA INEPTA. RECURSO DESPROVIDO.
I. A Lei ambiental, regulamentando preceito constitucional,
passou a prever, de forma inequívoca, a possibilidade de
penalização criminal das pessoas jurídicas por danos ao meio
ambiente.
III. A responsabilização penal da pessoa jurídica pela prática de delitos
ambientais advém de uma escolha política, como forma não apenas de
punição das condutas lesivas ao meio ambiente, mas como forma mesmo
de prevenção geral e especial.
IV. A imputação penal às pessoas jurídicas encontra barreiras na suposta
incapacidade de praticarem uma ação de relevância penal, de serem
culpáveis e de sofrerem penalidades.
V. Se a pessoa jurídica tem existência própria no ordenamento jurídico
e pratica atos no meio social através da atuação de seus administradores,
poderá vir a praticar condutas típicas e, portanto, ser passível de
responsabilização penal.
VI. A culpabilidade, no conceito moderno, é a responsabilidade social,
e a culpabilidade da pessoa jurídica, neste contexto, limita-se à
vontade do seu administrador ao agir em seu nome e proveito.
VII. A pessoa jurídica só pode ser responsabilizada quando houver
intervenção de uma pessoa física, que atua em nome e em
benefício do ente moral.
VIII. "De qualquer modo, a pessoa jurídica deve ser beneficiária
direta ou indiretamente pela conduta praticada por decisão do seu
representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado."
IX. A Lei Ambiental previu para as pessoas jurídicas penas
autônomas de multas, de prestação de serviços à comunidade,
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restritivas de direitos, liquidação forçada e desconsideração da
pessoa jurídica, todas adaptadas à sua natureza jurídica.
X. Não há ofensa ao princípio constitucional de que "nenhuma pena
passará da pessoa do condenado...", pois é incontroversa a existência de
duas pessoas distintas: uma física - que de qualquer forma contribui para
a prática do delito - e uma jurídica, cada qual recebendo a punição de
forma individualizada, decorrente de sua atividade lesiva.
XI. Há legitimidade da pessoa jurídica para figurar no pólo passivo
da relação processual-penal.
XII. Hipótese em que pessoa jurídica de direito privado foi denunciada
isoladamente por crime ambiental porque, em decorrência de lançamento
de elementos residuais nos mananciais dos Rios do Carmo e Mossoró,
foram constatadas, em extensão aproximada de 5 quilômetros, a
salinização de suas águas, bem como a degradação das respectivas
faunas e floras aquáticas e silvestres.
XIII. A pessoa jurídica só pode ser responsabilizada quando
houver intervenção de uma pessoa física, que atua em nome e em
benefício do ente moral.
XIV. A atuação do colegiado em nome e proveito da pessoa
jurídica é a própria vontade da empresa.
XV. A ausência de identificação das pessoa físicas que, atuando
em nome e proveito da pessoa jurídica, participaram do evento
delituoso, inviabiliza o recebimento da exordial acusatória.
(STJ, REsp 610114/RN, Relator Ministro Gilson Dipp, Data do Julgamento
17/11/2005, DJ 19/12/2005)
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interesse da União, de suas autarquias ou empresas públicas, pois neste
caso será competência da Justiça Federal - art. 109, IV, da CF/88.
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da União, e por isso compete à justiça estadual processar e julgar
contravenções e crimes ambientais nessas áreas.
Portanto, não há que confundir patrimônio nacional com bem da
União.
Apenas caberá à justiça federal o crime perpetrado em detrimento
de bens, serviços ou interesses diretos e específicos da União, ou de suas
autarquias ou empresas públicas.
I - produção de prova;
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IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham
relevância para a decisão de uma causa;
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represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem
jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social.
Há controvérsia na sua aplicação no caso de danos ambientais. No
entanto, no segundo semestre de 2012, o Supremo Tribunal Federal
aplicou o princípio da insignificância ou bagatela em um caso de pesca.
Abaixo colacionamos jurisprudência do STJ e do STF a respeito do tema.
Jurisprudência
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atribuir maior atenção aos interesses difusos, conferiu especial relevo à
questão ambiental, ao elevar o meio-ambiente à categoria de bem
jurídico tutelado autonomamente, destinando um capítulo inteiro à sua
proteção. VI. Interesse estatal na repreensão da conduta, em se tratando
de delito contra o meio-ambiente, dada a sua relevância penal. VII.
Ordem denegada.
(STJ - HC: 192696 SC 2010/0226460-0, Relator: Ministro GILSON DIPP,
Data de Julgamento: 17/03/2011, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 04/04/2011)
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Recurso ordinário provido para, aplicando-se o princípio da insignificância,
determinar o trancamento da Ação Penal n.º 0056.12.012562-2.
(STJ - RHC: 39578 MG 2013/0241325-5, Relator: Ministra LAURITA VAZ,
Data de Julgamento: 05/11/2013, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 19/11/2013)
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ESPECIALREPROVABILIDADE DA CONDUTA NO CASO CONCRETO.
HABEAS CORPUS DENEGADO. 1. A aplicabilidade do princípio da
insignificância nos crimes contra o meio ambiente, reconhecendo-se a
atipicidade material do fato, é restrita aos casos onde e a conduta do
agente expressa pequena reprovabilidade e irrelevante periculosidade
social. Afinal, o bem jurídico tutelado é a proteção ao meio ambiente,
direito de natureza difusa assegurado pela Constituição Federal, que
conferiu especial relevo à questão ambiental. 2. Não se insere na
concepção doutrinária e jurisprudencial de crime de bagatela a conduta
do Paciente, pescador profissional, que foi surpreendido pescando com
petrecho proibido em época onde a atividade é terminantemente vedada.
Há de se concluir, como decidiram as instâncias ordinárias, pela
ofensividade da conduta do réu, a quem se impõe maior respeito à
legislação ambiental, voltada para preservação da matéria prima de seu
ofício. 3. E, apesar de terem sido apreendidos apenas 05 kg (cinco quilos)
de peixe, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior: "A
quantidade de pescado apreendido não desnatura o delito descrito no art.
34 da Lei 9.605/98, que pune a atividade durante o período em que a
pesca seja proibida, exatamente a hipótese dos autos, isto é, em época
de reprodução da espécie, e com utilização de petrechos não permitidos."
(HC 192696/SC, 5.ª Turma, Rel. Min. GILSON DIPP, DJe de04/04/2011.)
4. Ordem de habeas corpus denegada.
(STJ - HC: 192486 MS 2010/0225552-4, Relator: Ministra LAURITA VAZ,
Data de Julgamento: 18/09/2012, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 26/09/2012)
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fim. Voto vencido. Verificada a objetiva insignificância jurídica do ato tido
por delituoso, à luz das suas circunstâncias, deve o réu, em recurso ou
habeas corpus, ser absolvido por atipicidade do comportamento.
(STF - HC: 112563 DF , Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de
Julgamento: 21/08/2012, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-241
DIVULG 07-12-2012 PUBLIC 10-12-2012)
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O § 3º do art. 225 da Constituição Federal dispõe que a
responsabilização, tanto da pessoa física como da jurídica, pelas condutas
e atividades consideradas nocivas ao meio ambiente poderá se dar nas
esferas administrativa, penal e civil, de forma independente e cumulativa.
A reparação do dano ambiental pode ocorrer por meio da
restauração natural e pela indenização pecuniária ou compensação
econômica.
A restauração natural consiste em uma obrigação de fazer,
enquanto que o pagamento da indenização constitui uma obrigação de
dar. A obrigação de não fazer existe, mas entende a doutrina que esta se
apresenta de forma contígua, pois sempre que se pretender impor a
cessação de uma atividade danosa é postulada conjuntamente a execução
de uma prestação positiva, até porque de nada adiantaria a reparação do
dano se o mesmo continuasse a ocorrer.
É perfeitamente possível condenar o responsável pelo dano
ecológico a cumprir cumulativamente a obrigação de dar e a de fazer,
porque os pedidos têm fundamento diverso, inexistindo bis in idem.
O art. 225 da Constituição e a Lei 6.938/81 consagram o princípio
da reparação in integrum, consistente nos deveres de restaurar e reparar
danos ambientais, de forma objetiva, sem a exigência de prova de culpa e
independentemente de eventuais sanções penal e administrativa cabíveis.
Finalmente, não se podem esquecer as ações judiciais úteis para a
obtenção em juízo da reparação do dano ambiental, tais como a ação civil
pública, a ação popular e o mandado de segurança coletivo.
A jurisprudência do STJ é unânime no sentido de que a lesão ao
meio ambiente deve ser reparada na sua integralidade.
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ART. 83 DO CDC. PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR
E DA REPARAÇÃO INTEGRAL.
1. O sistema jurídico de proteção ao meio ambiente, disciplinado em
normas constitucionais (CF, art. 225, 3º) e infraconstitucionais (Lei
6.938/81, arts. 2º e 4º), está fundado, entre outros, nos princípios da
prevenção, do poluidor-pagador e da reparação integral. Deles decorrem,
para os destinatários (Estado e comunidade), deveres e obrigações de
variada natureza, comportando prestações pessoais, positivas e negativas
(fazer e não fazer), bem como de pagar quantia (indenização dos danos
insuscetíveis de recomposição in natura), prestações essas que não se
excluem, mas, pelo contrário, se cumulam, se for o caso.
2. A ação civil pública é o instrumento processual destinado a propiciar a
tutela ao meio ambiente (CF, art. 129, III). Como todo instrumento,
submete-se ao princípio da adequação, a significar que deve ter aptidão
suficiente para operacionalizar, no plano jurisdicional, a devida e integral
proteção do direito material. Somente assim será instrumento adequado e
útil.
3. É por isso que, na interpretação do art. 3º da Lei 7.347/85 ("A ação
civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento
de obrigação de fazer ou não fazer"), a conjunção ou deve ser
considerada com o sentido de adição (permitindo, com a cumulação dos
pedidos, a tutela integral do meio ambiente) e não o de alternativa
excludente (o que tornaria a ação civil pública instrumento inadequado a
seus fins). É conclusão imposta, outrossim, por interpretação sistemática
do art. 21 da mesma lei, combinado com o art. 83 do Código de Defesa
do Consumidor ("Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses
protegidos por este código são admissíveis todas as espécies de ações
capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.") e, ainda, pelo art.
25 da Lei 8.625/1993, segundo o qual incumbe ao Ministério Público IV -
promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei: a) para a
proteção, prevenção e reparação dos danos causados ao meio ambiente
(...) .
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4. Exigir, para cada espécie de prestação, uma ação civil pública
autônoma, além de atentar contra os princípios da instrumentalidade e da
economia processual, ensejaria a possibilidade de sentenças
contraditórias para demandas semelhantes, entre as mesmas partes, com
a mesma causa de pedir e com finalidade comum (medidas de tutela
ambiental), cuja única variante seriam os pedidos mediatos, consistentes
em prestações de natureza diversa. A proibição de cumular pedidos dessa
natureza não existe no procedimento comum, e não teria sentido negar à
ação civil pública, criada especialmente como alternativa para melhor
viabilizar a tutela dos direitos difusos, o que se permite, pela via
ordinária, para a tutela de todo e qualquer outro direito.
5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido.
(REsp 605323/MG, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, Rel. p/ Acórdão Ministro
TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, DJ 17/10/2005 p. 179).
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Convém frisar que os deveres de indenização e recuperação
ambientais não são pena , mas providências ressarcitórias de natureza
civil que buscam, simultânea e complementarmente, a restauração do
status quo ante da biota afetada e a reversão à coletividade dos
benefícios econômicos auferidos com a utilização ilegal e individual de
bem que, nos termos do art. 225 da Constituição, é de uso comum do
povo .
A reparação ambiental deve ser feita da forma mais completa
possível, de modo que a condenação a recuperar a área lesionada não
exclui o dever de indenizar, sobretudo pelo dano que permanece entre a
sua ocorrência e o pleno restabelecimento do meio ambiente afetado (=
dano interino ou intermediário), bem como pelo dano moral coletivo e
pelo dano residual (= degradação ambiental que subsiste, não obstante
todos os esforços de restauração).
Com efeito, vimos acima, vigora em nosso sistema jurídico o
princípio da reparação integral do dano ambiental juntamente com o
princípio do poluidor-pagador, a estatuir a responsabilização por todos os
efeitos decorrentes da conduta lesiva, incluindo o prejuízo suportado pela
sociedade, até que haja completa e absoluta recuperação in natura do
bem lesado.
Se a recuperação é imediata e plena, não há, como regra, falar em
indenização. Contudo, hipóteses existem em que a recuperação é lenta e
leva muitos anos, quando não é parcialmente irreversível. Em tais
situações, poderá haver um remanescente de prejuízo coletivo (e até
individual), naquele primeiro caso até o completo retorno ao status quo
ante ecológico.
O princípio da reparação integral deve conduzir o meio ambiente e a
sociedade a uma situação na medida do possível equivalente à de que
seriam beneficiários se o dano não tivesse sido causado.
Nesse sentido, a reparação integral do dano ao meio ambiente deve
compreender não apenas o prejuízo causado ao bem ou recurso
ambiental atingido, como também, toda a extensão dos danos produzidos
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em consequência do fato danoso, o que inclui os efeitos ecológicos e
ambientais da agressão inicial a um bem ambiental corpóreo que
estiverem no mesmo encadeamento causal, como, por exemplo, a
destruição de espécimes, habitats, e ecossistemas inter-relacionados com
o meio afetado; os denominados danos interinos, vale dizer, as perdas de
qualidade ambiental havidas no interregno entre a ocorrência do prejuízo
e a efetiva recomposição do meio degradado; os danos futuros que se
apresentarem como certos, os danos irreversíveis à qualidade ambiental e
os danos morais coletivos resultantes da agressão a determinado bem
ambiental.
Importante mais uma vez salientar que não há bis in idem, pois a
indenização não é para o dano especificamente já reparado, mas para os
seus efeitos, especialmente a privação temporária da fruição do
patrimônio comum a todos os indivíduos, até sua efetiva recomposição.
A partir da compreensão de que o dano ambiental tem uma
dimensão material a que se encontram associados danos
extrapatrimoniais, que abarcam os danos morais coletivos, a perda
pública decorrente da não fruição do bem ambiental, e a lesão ao valor de
existência da natureza degradada, importa definir diferentes formas de
reparação para cada classe de danos.
RESTAURAÇÃO NATURAL:
Recuperação in natura ou restauração ecológica;
Compensação Ecológica ou ambiental.
Restauração Natural
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A prioridade do sistema de reparação é a restauração natural, isto
é, busca-se o retorno ao status quo ante do meio ambiente.
A intenção do legislador é colocar em primeiro plano a recomposição
do dano ambiental; apenas quando esta for inviável haverá a indenização,
conforme o previsto no inciso VII do art. 4º da Lei nº. 6.938/1981, que
dispõe a obrigação do degradador de recuperar e/ou indenizar os danos
causados . Essa também deve ser a interpretação quanto ao disposto no
§1º12 do art. 14 da lei referida.
Restauração:
Recuperação in natura ou restauração ecológica;
Compensação Ecológica ou ambiental.
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Trata-se da atividade voltada justamente para reabilitação dos bens
naturais da área que foi originariamente degradada. É a recuperação in
situ (no local), forma ideal e completa de reparação.
A recuperação in natura, feita mediante a imposição de obrigações
de fazer, buscará a recuperação da capacidade funcional do ambiente
degradado, por meio da reconstituição de ecossistemas e habitats
comprometidos e que estavam em desequilíbrio ecológico devido à lesão.
Em grande parte dos casos será possível a aplicação da reparação
in natura e da compensação ecológica, devendo a primeira ser a opção
principal. Apenas quando for impossível tal recuperação é que se deve
optar por medidas compensatórias.
Uma vez imposto o dever da recuperação in natura do dano
ambiental, esta deve ser realizada de acordo com as normas técnicas
exigidas pelo órgão público competente (§ 2º do art. 225 da Constituição
Federal). Necessária se faz a apresentação de um plano de recuperação
da área degradada, a fim de viabilizar a medida e torná-la mais eficiente.
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modo que o patrimônio natural permaneça quantitativa e
qualitativamente inalterado.
Seus fundamentos decorrem do caráter global e unitário (sistêmico)
do meio ambiente, pressupondo que o dano a uma parte incide sobre o
todo e, portanto, a recuperação de uma parcela importa na melhoria da
totalidade.
Da mesma forma que a recuperação in natura, a compensação
ecológica para ser posta em prática deve ser precedida de um projeto
técnico (caráter interdisciplinar), expedido pelo órgão público competente,
de acordo com as exigências legais (§ 2º, do art. 225 da Constituição
Federal).
Não sendo possível o restabelecimento das condições ecológicas
anteriores ao evento danoso através da recuperação in situ, e se não for
possível a aplicação da compensação ecológica, o ressarcimento deverá
ser feito através de indenização pecuniária.
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Lei 9.605/98 e o art. 225, §3º da CF/88. Além disso, é preciso diferenciar
penas aplicadas às Pessoas Físicas e às Pessoas Jurídicas, saibam quais
são as atenuantes e agravantes, além das excludentes de ilicitude. Leiam
várias vezes os capítulos I, II, III e IV da Lei 9.605/98.
Fiquem de olho nos aspectos doutrinários e também
jurisprudenciais. Há bastante jurisprudência sobre crimes ambientais.
Inclusive no segundo semestre de 2012, o STF aplicou o princípio da
insignificância ou bagatela em um caso de pesca. É bom ficar antenado,
pois as Bancas Examinadoras adoram jurisprudência.
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Questões comentadas
Errado.
As penas aplicadas as pessoas físicas são:
privativa de liberdade;
restritiva de direitos; e
multa.
Errado.
Pode sim! Questão mais batida sobre crimes ambientais.
Sobre a responsabilidade da pessoa jurídica há três correntes
doutrinárias. Entretanto, a teoria mais aceita e adotada pelas bancas de
concursos é a de que a pessoa jurídica pode cometer crime, inclusive esse
tem sido o entendimento do STJ.
De forma direta, para a prova objetiva de concurso, as pessoas
jurídicas têm capacidade de culpabilidade e de sanção penal. Obviamente,
não há para a pessoa jurídica pena privativa de liberdade, para essas
pessoas a Lei 9.605/98 prevê outras sanções (Artigos 21, 22, 23, e 24 da
Lei 9.605/98).
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Afirmem tranquilamente na prova que as pessoas jurídicas podem
responder por crimes ambientais, com fundamento no art. 3º da Lei
9.605/98 e no art. 225,§3º da CF/88.
As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa,
civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua
entidade.(Art. 3º da Lei 9.605/98).
Além disso, a CF/88 prevê a possibilidade de responsabilização
da pessoa física e jurídica nas esferas administrativa, civil e penal,
conforme art. 225,§3º da CF/88. É uma tríplice responsabilização.
Certo.
Art. 2º da Lei 9.605/98. Omissão penalmente relevante.
"Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos
nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de
conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de
outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la."
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a madeira cortada, com obtenção de vantagem patrimonial
incorporada ao patrimônio da empresa.
Acerca dessa situação hipotética e com base na proteção penal do
meio ambiente prevista na Lei n.º 9.605/1998, assinale a
alternativa correta em relação à responsabilização criminal.
(A) A madeireira não pode ser responsabilizada criminalmente.
(B) Os diretores da madeireira não podem ser responsabilizados
criminalmente.
(C) Só a madeireira pode ser responsabilizada criminalmente.
(D) Tanto a madeireira quanto seus diretores estão amparados
por lei, pois não há crime ambiental na situação em exame.
(E) A madeireira e os seus dirigentes poderão ser
responsabilizados criminalmente.
Gabarito: E.
Uma vez que a infração foi cometida por decisão da diretoria e,
além disso, a empresa obteve benefício com o crime, certamente a
madeireira e os seus dirigentes poderão ser responsabilizados, de acordo
com os artigos 2º e 3º da Lei de Crimes Ambientais.
A empresa e a diretoria responderiam por crime contra a flora,
conforme disposto no art. 38 da Lei 9.605/98.
"Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação
permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das
normas de proteção:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas
cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à
metade."
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As pessoas físicas e as jurídicas estão sujeitas às mesmas sanções
penais decorrentes da prática de crime ambiental, quais sejam:
penas privativas de liberdade, restritivas de direito e multas.
Errado.
As penas das pessoas físicas e das pessoas jurídicas não são iguais,
por isso o item está errado.
As penas aplicadas às pessoas físicas são:
privativa de liberdade;
restritiva de direitos; e
multa.
Certo.
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente
às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
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Considere que um fazendeiro, nos limites de sua propriedade
rural, abata espécime da fauna silvestre brasileira sem
autorização do órgão competente, visando proteger seu rebanho
da ação predatória do animal. Nessa situação, o fato é atípico,
pois a legislação ambiental expressamente prevê essa excludente.
Errado.
É fato típico e depende de autorização da autoridade
competente.
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de
sua família;
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória
ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente
autorizado pela autoridade competente;
III (VETADO)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo
órgão competente.
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IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo
órgão competente.
Errado.
Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam
provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em
áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano. (Art. 42 da Lei
9.605/98).
Notem que o tipo penal não exige obrigatoriamente dano, mas sim
perigo concreto de incêndio. A ocorrência de efetivo incêndio é
indiferente, basta que o balão tenha potencialidade de provocar incêndio
para que o delito esteja configurado. É um crime ambiental de perigo, o
qual não exige o efetivo dano, basta a mera ameaça de dano para tipificar
o crime.
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A responsabilidade penal por crimes ambientais está
integralmente amparada no princípio da culpabilidade; desse
modo, os tipos penais previstos na lei que dispõe sobre os crimes
ambientais (Lei n.º 9.605/1998) só se consumam se os delitos
forem praticados dolosamente.
Errado.
Vários artigos da Lei de crimes ambientais contemplam a
modalidade culposa. Entre eles: art. 38; 40; 41; 49; 54; 56; 62; 67;
68; e 69-A.
Vejam um exemplo:
"Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de
seis meses a um ano, e multa."
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civil e penalmente apenas.
Gabarito: A
A - CERTO. Art. 3º, § único da Lei 9.605/98
B - ERRADO. Exatamente o contrário do que afirma a letra A.
C - ERRADO. De acordo com Art. 3º da Lei 9.605/98, As pessoas
jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de
seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado,
no interesse ou benefício da sua entidade.
D - ERRADO. É uma tríplice responsabilização: administrativa, civil
e penal.
E - ERRADO. Novamente! Responsabilidade ADMINISTRATIVA,
CIVIL e PENAL.
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(A) I e II, apenas.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I, II e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
Gabarito: B
I - CERTO. O diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão
técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica
que sabem da existência de um crime e não agem para evitá-lo, quando
podiam, respondem por OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE. Art. 2º
da Lei 9.605/98.
II - CERTO. Literalidade do art. 4º da Lei 9.605/98.
III - CERTO. Conforme o art. 24 da Lei 9.605/98, a pessoa jurídica
constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de
permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido na Lei de
crimes ambientais terá decretada sua liquidação forçada, seu
patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal
perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
IV - ERRADO. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das
pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato, art. 3º,
§ único da Lei 9.605/98.
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motivos da infração e suas consequências para a saúde pública
e o meio ambiente.
III - Estão compreendidas, entre as penas restritivas de direito,
a prestação de serviços à comunidade e a interdição temporária
de direitos do infrator.
IV - Para imposição e gradação da penalidade, no caso de multa,
a autoridade competente observará a situação econômica do
infrator.
Gabarito: D
I - ERRADO. Art. 7º, I e II da Lei 9.605/98.
Há dois requisitos para substituição das penas privativas de
liberdade por penas restritivas de direito:
1 - Tratar-se de crime CULPOSO ou for aplicada pena privativa de
liberdade inferior a 4 anos.
2 - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade
do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime
indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de
reprovação e prevenção do crime.
O item está errado ao afirmar que essa substituição independe da
pena aplicada e do crime praticado. A questão desconsiderou o requisito
1.
II - CERTO. Art. 6º, I, II, III da Lei 9.605/98.
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a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e
suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;
III - CERTO.
IV - CERTO. Conforme art. 6º, III da Lei 9.605/98. Veja tabela do item
II dessa questão.
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Estão corretos os aspectos:
(A) I, II e III, apenas.
(B) I, II e IV, apenas.
(C) I, III e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
Gabarito: C
O item II está errado, pois a nacionalidade do infrator não é levada
em conta para aplicação da penalidade.
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(D) agravada, caso a infração ocorra em épocas de seca ou
inundações.
(E) agravada, caso o agente infrator possua baixo grau de
instrução ou escolaridade.
Gabarito: D
A - ERRADO. Não atingir UC não é circunstância atenuante, entretanto
atingir áreas de UC ou área sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso é circunstância agravante. Art. 15, II, "e" da Lei
9.605/98.
B - ERRADO. Caso o acidente ocorra em domingos ou feriados será
circunstância agravante. Art. 15, II, "h" da Lei 9.605/98.
C - ERRADO. Nessa situação será agravada. Art. 15, II, "r" da Lei
9.605/98.
D - CERTO. Art. 15, II, "j" da Lei 9.605/98
E - ERRADO. Baixo grau de instrução ou escolaridade do agente é
circunstância atenuante. Art. 14, I, da Lei 9.605/98.
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degradação ambiental
(B) reincidência nos crimes de natureza ambiental
(C) colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do
controle ambiental
(D) baixo grau de instrução ou escolaridade do agente
(E) arrependimento do infrator
Gabarito: B
Questão exigia apenas bom senso. Não havia nem a necessidade de
conhecer a lei. A única opção que contém uma circunstância agravante é
a letra B, conforme art. 15, I da Lei 9.605/98. As demais opções
apresentam circunstâncias atenuantes.
Afinal, desde quando reincidência nos crimes de natureza ambiental
pode ser atenuante? Mesmo sem conhecer o dispositivo é possível
concluir que se trata de circunstância que agrava a pena.
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(C) são consideradas espécimes da fauna silvestre todos aqueles
pertencentes às espécies nativas, migratórias, aquáticas ou
terrestres, desde que tenham todo o seu ciclo de vida ocorrendo
dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras.
(D) degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio
público ou devolutas, sem autorização do órgão competente, é
considerado crime mesmo que a conduta praticada seja para a
subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
(E) causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação, tais
como Reservas Biológicas, Áreas de Proteção Ambiental e Áreas de
Relevante Interesse Ecológico, independentemente de sua
localização, é um exemplo de crime contra a fauna.
Gabarito: A
A - CERTO. Art. 3º caput, § único da Lei 9.605/98.
B - ERRADO. Art. 70, § 1º e 2º da Lei 9.605/98.
Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá
dirigir representação às autoridades competentes para efeito do
exercício do seu poder de polícia.
O poder de polícia é a atividade da Administração que impõe
limites ao exercício de direitos e liberdades. Em termos bem simples,
pode ser entendido como toda limitação individual à liberdade e à
propriedade em prol do interesse público. O âmbito de incidência é bem
amplo, indo desde aspectos clássicos da segurança de pessoas e bens, e
saúde, até a preservação da qualidade do meio ambiente.
O poder de polícia ambiental é o principal instrumento de
controle para garantir o direito fundamental ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado previsto na CF/88. É o dever-poder exercido
pela administração pública operando restrições com o objetivo de zelar
pelo bem estar da sociedade.
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São autoridades competentes para lavrar auto de infração
ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de
órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os
agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
C - ERRADO. Art. 29,§ 3º da Lei 9.605/98.
"São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às
espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou
terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo
dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras."
D - ERRADO. Art. 50-A, § 1º da Lei 9.605/98.
Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência
imediata pessoal do agente ou de sua família.
E - ERRADO. Art. 40 da Lei 9.605/98. É crime contra a FLORA.
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espécime não estar em extinção.
(D) prestação de serviços à comunidade é uma pena prevista para
pessoas físicas, não podendo ser aplicada às pessoas jurídicas,
salvo em caso de execução de obras de recuperação de áreas
degradadas.
(E) penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as
privativas de liberdade em casos como o de crime culposo ou
quando for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro
anos.
Gabarito: E
A - ERRADO. Parágrafo único do art. 3º da Lei 9.605/98. A
responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
B - ERRADO. Essa é uma circunstância agravante. Art. 15, II, "j".
C - ERRADO.
"Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna
silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença
ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a
obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção,
ainda que somente no local da infração."
D - ERRADO. A prestação de serviços à comunidade poderá ser aplicada
à pessoa jurídica, e de acordo com o art. 23. consistirá em:
I - custeio de programas e de projetos ambientais;
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos;
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
E - CERTO. Art. 7º, I da Lei 9.605/98.
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19 - (Cesgranrio - Profissional do Meio Ambiente - Transpetro -
3/2011)
Caberão ao poder público e à coletividade, segundo dispõe o
art. 225 da Constituição Federal de 1988, a defesa e a
preservação ambiental para as presentes e futuras gerações.
Com o objetivo de regulamentar o referido art. 225, entrou em
Gabarito: A
A - CERTO. Art. 14, I e II da Lei 9.605/98.
B - ERRADO. A pena correta para esse crime é detenção de seis meses a
um ano, e multa (Art. 29.)
C - ERRADO. Não exclui!!! Art. 3º, § único.
"A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas
físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato."
D - ERRADO. Observará sim! Art. 6º, III.
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110
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APLICAÇÃO DA PENA (Art. 6º)
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(C) pescar mediante a utilização de explosivos.
(D) produzir, comercializar ou armazenar produto ou substância
tóxica em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos.
(E) executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais
sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença.
Gabarito: A
A - CERTO. Art. 42. É crime contra flora.
B - ERRADO. Esse item está incompleto, de qualquer forma não é crime
contra flora.
"Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno,
assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico,
turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou
monumental, sem autorização da autoridade competente ou em
desacordo com a concedida"
Trata-se de crime contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural.
C - ERRADO. Art. 35. Crime contra a fauna e com uma pena alta,
reclusão de um ano a cinco anos.
D - ERRADO. Art. 56. Crime descrito na Seção III - Da Poluição e outros
Crimes Ambientais.
E - ERRADO. Art. 55. Também tipo penal da Seção III - Da Poluição e
outros Crimes Ambientais. E aqui um detalhe além do exigido pela
questão, como os recursos minerais são bens da união, o crime disposto
no art.55 será julgado e processado pela Justiça Federal.
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Considere as seguintes penas aplicáveis às pessoas jurídicas:
I suspensão parcial ou total de atividades;
II multa;
III prestação de serviços à comunidade;
IV interdição temporária de estabelecimento, obra ou
atividade;
V proibição de contratar com o Poder Público.
Constituem penas restritivas de direito da pessoa jurídica,
conforme disposto pela Lei de Crimes Ambientais, as de números:
(A) III e IV, somente.
(B) I, IV e V, somente.
(C) II, III e IV, somente.
(D) I, II, IV e V, somente.
(E) I, II, III, IV e V.
Gabarito: B
As penas aplicáveis às pessoas jurídicas são: PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS À COMUNIDADE; RESTRITIVAS DE DIREITOS; e MULTA,
conforme tabela abaixo:
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obter subsídios, subvenções ou doações (Máx. 10 anos).
Multa
Gabarito: E
Atingir áreas de unidades de conservação é circunstância agravante.
Aqui o candidato além de conhecer as circunstâncias agravantes, precisa
saber que Reserva Biológica é uma categoria de unidade de conservação.
A questão pergunta qual das opções apresenta uma circunstância que
poderia agravar a pena.
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A única opção que apresenta essa circunstância é a letra E, que traz o
caso do incêndio atingir RESERVA BIOLÓGICA, uma das categorias de
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO do Grupo de PROTEÇÃO INTEGRAL.
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem
ou qualificam o crime:
II - ter o agente cometido a infração:
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato
do Poder Público, a regime especial de uso;
Apenas para clarear mais, explico que, de acordo com o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação (SNUC), há 12 categorias de unidades de
conservação, divididas em 2 grupos.
Grupo das UC de Proteção Integral:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
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A Lei 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais,
representou grande avanço na proteção do meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Consolidou conceitos e as tipificações
antes dispersas em outras normas, além de criar dispositivos e
sistematização específicos para os crimes contra o meio ambiente.
Com base no texto da referida lei,avalie as assertivas que seguem:
I) Nos crimes ambientais, são circunstâncias que atenuam a pena:
o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; o
arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea
reparação do dano, ou limitação significativa da degradação
ambiental causada; entre outros.
II) Nos crimes ambientais as penas aplicáveis isolada, cumulativa
ou alternativamente às pessoas jurídicas, são: multa; restritivas
de direitos; e prestação de serviços à comunidade.
III) A pessoa jurídica constituída ou utilizada,
preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a
prática de crime definido na Lei 9.605/98 terá decretada sua
liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento
do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário
Nacional.
IV) As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa,
civil e penalmente conforme o disposto na Lei 9.605/98, nos casos
em que a infração seja cometida por decisão de seu representante
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou
benefício da sua entidade.
Estão CORRETAS:
(A) Somente as assertivas I e IV.
(B) Somente as assertivas II e III e IV.
(C) Somente as assertivas I e III.
(D) Somente as assertivas I, II e IV.
(E) Todas as assertivas.
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Gabarito: E
Essa é mais uma questão para revisar a matéria.
I - CERTO. Art. 14, I e II da Lei 9.605/98.
II - CERTO. Art. 21 da Lei 9.605/98. As penas aplicáveis isolada,
cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o
disposto no art. 3º, são: I - multa; II - restritivas de direitos; III -
prestação de serviços à comunidade.
III - CERTO. Art. 24 da Lei 9.605/98.
IV - CERTO. Art. 3º da Lei 9.605/98.
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Gabarito: D
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II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça
ocorra somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado."
Gabarito: E
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Parques e jardins públicos e unidades de conservação,
No caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na
restauração desta, se possível. (Art. 9º)
As penas de interdição temporária de direito são a proibição
de o condenado contratar com o Poder Público, de receber
incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de
participar de licitações, pelo prazo de:
5 anos, no caso de crimes dolosos,
3 anos, no de crimes culposos. (Art. 10)
A suspensão de atividades será aplicada quando estas não
estiverem obedecendo às prescrições legais. (Art. 11.)
A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à
vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de
importância, fixada pelo juiz, não inferior a 1 salário mínimo nem
superior a 360 salários mínimos. O valor pago será deduzido do
montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator. (Art.
12.)
O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar,
frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo
recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local
destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença
condenatória. (Art. 13)
Esse recolhimento domiciliar é uma beleza, o criminoso pode
trabalhar, estudar e ficar em casa, sem vigilância. Ou seja, pode fazer
tudo que uma pessoa normal faz...mas a lei considera o recolhimento
uma pena...
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(A) A extração de areia em floresta de domínio público independe
de autorização, e, portanto, não é considerada crime quando for
destinada a manutenção de viveiro de avifauna nativa.
(B) Abater um animal para proteger lavoura é um ato que
independe de autorização.
(C) Se um indivíduo, em estado de necessidade, abate um animal
para saciar a sua fome, sua conduta não será considerada crime.
(D) O abate de animal, ainda que este seja considerado nocivo
pelo órgão competente, é considerado crime.
(E) Os crimes contra a fauna praticados durante a noite, aos
sábados e aos domingos aumentam as respectivas penas.
Gabarito: C
A - ERRADA. Artigo 44 da Lei 9.605/98.
"Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação
permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer
espécie de minerais:
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa."
B - ERRADA. Art. 37, II, da Lei 9.605/98.
Não é crime o abate de animal, quando realizado para proteger lavouras,
pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde
que legal e expressamente autorizado pela autoridade
competente.
C - CERTA. Art. 37, I, da Lei 9.605/98.
Não é crime o abate de animal, quando realizado em estado de
necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família.
D - ERRADA. Art. 37, IV, da Lei 9.605/98.
Não é crime o abate de animal, quando realizado por ser nocivo o animal,
desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
E - ERRADA - Art. 15, II, h e i, da Lei 9.605/98.
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São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime: ter o agente cometido a infração; h) em domingos
ou feriados; i) à noite.
Gabarito: C
Pessoal, muitas questões limitam-se a questionar se a pessoa
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jurídica pode ou não responder criminalmente em matéria ambiental.
Embora, exista divergência na doutrina. Podem ir seguros para
prova e afirmem com total certeza que as pessoas jurídicas serão
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, com base no
artigo 225,§3º da CF/88, no art. 3º da Lei de Crimes Ambientais e em
diversos julgados dos Tribunais Superiores.
Vale lembrar que a responsabilidade penal é sempre subjetiva!
Gabarito: D
A - CERTO. Art. 4º da Lei de Crimes Ambientais.
B - CERTO. Art. 14, I e IV da Lei de Crimes Ambientais.
C - CERTO. Art. 22, III, § 3º da Lei de Crimes Ambientais.
D - ERRADO. Não superior a 3 anos!!! Art. 16 da Lei de Crimes
Ambientais. Não confundam com a regra do Código Penal.
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29 - (CESPE - Advogado - AGU - 2009)
Elaborar, no licenciamento, estudo parcialmente falso é crime que
admite as modalidades culposa e dolosa.
Certo.
Esse crime aceita a modalidade dolosa e culposa.
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal
ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório
ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
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Gabarito D.
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João adquiriu em maio de 2000 um imóvel em área rural, banhado
pelo Rio Formoso. Em 2010, foi citado para responder a uma ação
civil pública proposta pelo Município de Belas Veredas, que o
responsabiliza civilmente por ter cometido corte raso na mata
ciliar da propriedade. João alega que o desmatamento foi
cometido pelo antigo proprietário da fazenda, que já praticava o
plantio de milho no local. Em razão do exposto, é correto afirmar
que
(A) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, mas, como
não há nexo de causalidade entre a ação do novo proprietário e o
corte raso na área, verifica-se a excludente de responsabilidade, e
João não será obrigado a reparar o dano.
(B) a responsabilidade civil por dano ambiental difuso prescreve
em cinco anos por força da Lei 9.873/99. Logo, João não será
obrigado a reparar o dano.
(C) João será obrigado a recuperar a área, mas, como não poderá
mais utilizá-la para o plantio do milho, terá direito a indenização,
a ser paga pelo Poder Público, por força do princípio do protetor-
recebedor.
(D) a manutenção de área de mata ciliar é obrigação propter rem;
sendo obrigação de conservação, é automaticamente transferida
do alienante ao adquirente. Logo, João terá que reparar a área.
Gabarito D.
Pessoal, a única opção correta é a letra D. As demais opções são
descabidas. A responsabilidade civil por danos ambientais é objetiva,
e prescinde (não precisa) da comprovação do elemento subjetivo da
conduta do agente. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça
entendeu que o dano ambiental oferece grande risco à coletividade,
titular do bem ambiental, sendo o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado um direito difuso inerente à vida e protegido
pelo manto da imprescribilidade.
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Além disso, as obrigações previstas no Código Florestal têm
natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer
natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel
rural (Obrigação propter rem), o que significa dizer que aderem ao
título e se transferem ao futuro proprietário, prescindindo-se de debate
sobre a boa ou má-fé do adquirente, pois não se está no âmbito da
responsabilidade subjetiva, baseada em culpa.
Nas palavras do Ministro Herman Benjamin, no REsp nº 650728/SC,
2ª Turma, "(...) para o fim de apuração do nexo de causalidade no dano
ambiental, equiparam-se quem faz, quem não faz quando deveria fazer,
quem deixa fazer, quem não se importa que façam, quem financia para
que façam, e quem se beneficia quando outros fazem (...)".
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favorável, sendo a Justiça Federal competente para julgar a
eventual ação.
Gabarito D
De acordo com o art. 31 da Lei 9.605/98, introduzir espécime
animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida
por autoridade competente é crime contra a fauna, com pena de detenção
de três meses a um ano, e multa.
Além disso, conforme vimos nesta aula, segundo entendimento do
STJ, compete à Justiça Federal julgar o crime de introdução ilegal de
espécie exótica no país.
Apenas para complementar, compete à Justiça Federal processar e
julgar delito envolvendo espécies ameaçadas de extinção, em termos
oficiais; conduta envolvendo ato de contrabando de animais silvestres,
peles e couros de anfíbios ou répteis para o exterior; introdução ilegal de
espécie exótica no País; pesca predatória no mar territorial; crime contra
a fauna perpetrado em parques nacionais, reservas ecológicas ou áreas
sujeitas ao domínio iminente da Nação; além da conduta que ultrapassa
os limites de um único Estado ou as fronteiras do País e liberação ilegal
de organismos geneticamente modificado.
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Não é crime o abate de animal, quando realizado:
=> em estado de necessidade, para saciar a fome do agente
ou de sua família;
=> para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, DESDE QUE legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente;
=> por ser nocivo o animal, DESDE QUE assim caracterizado
pelo órgão competente.
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CERTO.
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Lista de questões comentadas na aula
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(D) Tanto a madeireira quanto seus diretores estão amparados
por lei, pois não há crime ambiental na situação em exame.
(E) A madeireira e os seus dirigentes poderão ser
responsabilizados criminalmente.
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I - o administrador de pessoa jurídica que, ciente da conduta
criminosa adotada pela empresa, deixar de impedir a sua prática,
quando podia agir para evitá-la, incorre nas penalidades cominadas
à referida conduta;
II - poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados ao meio ambiente;
III - a pessoa jurídica constituída com o fim de ocultar a prática
de crime ambiental pode ter sua liquidação forçada decretada;
IV - a responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas
físicas, autoras da conduta lesiva ao meio ambiente.
Estão corretas as afirmações
(A) I e II, apenas.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I, II e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
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IV - Para imposição e gradação da penalidade, no caso de multa,
a autoridade competente observará a situação econômica do
infrator.
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15 - (Cesgranrio - Especialista em Regulação de Petróleo e
Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural - Especialidade: Meio
Ambiente - ANP - 2008)
Sobre as circunstâncias que atenuam ou agravam as penas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
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(B) reincidência nos crimes de natureza ambiental
(C) colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do
controle ambiental
(D) baixo grau de instrução ou escolaridade do agente
(E) arrependimento do infrator
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como Reservas Biológicas, Áreas de Proteção Ambiental e Áreas de
Relevante Interesse Ecológico, independentemente de sua
localização, é um exemplo de crime contra a fauna.
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Caberão ao poder público e à coletividade, segundo dispõe o
art. 225 da Constituição Federal de 1988, a defesa e a
preservação ambiental para as presentes e futuras gerações.
Com o objetivo de regulamentar o referido art. 225, entrou em
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(C) pescar mediante a utilização de explosivos.
(D) produzir, comercializar ou armazenar produto ou substância
tóxica em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos.
(E) executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais
sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença.
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No entanto, o fogo acabou se espalhando e virando um incêndio
florestal. De acordo com a Lei nº 9.605 de 1998, a ação de Seu
João é considerada crime, cuja pena é agravada pelo fato de que
(A) seu João nasceu na Bolívia.
(B) a mandioca é uma espécie nativa do Brasil.
(C) a plantação de seu João é artesanal.
(D) o incêndio ocorreu na Amazônia Legal.
(E) o incêndio atingiu uma reserva biológica.
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em que a infração seja cometida por decisão de seu representante
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou
benefício da sua entidade.
Estão CORRETAS:
(A) Somente as assertivas I e IV.
(B) Somente as assertivas II e III e IV.
(C) Somente as assertivas I e III.
(D) Somente as assertivas I, II e IV.
(E) Todas as assertivas.
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25 - (CESPE/UnB - Juiz - TJ-SE - 2008)
As penas restritivas de direito especificamente aplicáveis aos
crimes ambientais, previstas na Lei n.º 9.605/1998, não incluem
(A) o recolhimento domiciliar.
(B) a prestação pecuniária à vítima ou à entidade pública ou
privada com fim social.
(C) a prestação de serviços à comunidade junto a parques
públicos.
(D) a suspensão total de atividade que não obedecer à prescrição
legal.
(E) a proibição de participar de licitação por prazo indeterminado.
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processos criminais por infração a normas penais que tratam da
proteção ao meio ambiente. As anotações indicam a persecução
penal à pessoa jurídica, bem como ao sócio-gerente. Indagado
sobre as anotações, o Sr. Empédocles informa que, segundo seu
advogado, a pessoa jurídica está infensa da responsabilidade
penal e, quanto à pessoa física, ainda não existe condenação,
estando os fatos em fase de apuração judicial. Alega que
ingressou na empresa em data posterior aos fatos narrados como
ilícitos.
A partir do caso exposto, conclui-se que
(A) no sistema pátrio não há responsabilização criminal de pessoa
jurídica.
(B) nos crimes ambientais sempre haverá concurso de agentes,
incluindo pessoa física sócia e pessoa jurídica.
(C) os crimes ambientais permitem a responsabilidade criminal da
pessoa jurídica.
(D) a responsabilidade da pessoa física por crimes ambientais é
objetiva.
(E) a pessoa física é a quem cabe somente responder pelos crimes
ambientais praticados.
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(C) Para a pessoa jurídica, a proibição de contratar com o Poder
Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá
exceder o prazo de 10 (dez) anos.
(D) Nos delitos tipificados nessa lei, é admitida a suspensão
condicional da pena nos casos de condenação a pena privativa de
liberdade não superior a 2 (dois) anos.
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31 - (FGV - V Exame de Ordem- OAB)
João adquiriu em maio de 2000 um imóvel em área rural, banhado
pelo Rio Formoso. Em 2010, foi citado para responder a uma ação
civil pública proposta pelo Município de Belas Veredas, que o
responsabiliza civilmente por ter cometido corte raso na mata
ciliar da propriedade. João alega que o desmatamento foi
cometido pelo antigo proprietário da fazenda, que já praticava o
plantio de milho no local. Em razão do exposto, é correto afirmar
que
(A) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, mas, como
não há nexo de causalidade entre a ação do novo proprietário e o
corte raso na área, verifica-se a excludente de responsabilidade, e
João não será obrigado a reparar o dano.
(B) a responsabilidade civil por dano ambiental difuso prescreve
em cinco anos por força da Lei 9.873/99. Logo, João não será
obrigado a reparar o dano.
(C) João será obrigado a recuperar a área, mas, como não poderá
mais utilizá-la para o plantio do milho, terá direito a indenização,
a ser paga pelo Poder Público, por força do princípio do protetor-
recebedor.
(D) a manutenção de área de mata ciliar é obrigação propter rem;
sendo obrigação de conservação, é automaticamente transferida
do alienante ao adquirente. Logo, João terá que reparar a área.
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B) Ao trazer o animal, Luísa, em princípio, não cometeu qualquer
ilícito ambiental, pois o crime contra o meio ambiente só se
configuraria caso Luísa abandonasse ou praticasse ações de
crueldade contra o animal por ela adotado.
C) Ao trazer o animal, Luísa cometeu crime ambiental, pois o
introduziu no Brasil sem prévio licenciamento ambiental, sendo a
Justiça estadual de Pernambuco competente para julgar a
eventual ação.
D) Ao trazer o animal, Luísa cometeu crime ambiental, pois o
introduziu no Brasil sem licença e sem parecer técnico oficial
favorável, sendo a Justiça Federal competente para julgar a
eventual ação.
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(E) no interesse de pessoa jurídica, mantida, total ou
parcialmente, por verbas públicas.
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MEMOREX
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Além disso, poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a
prática de crime definido na Lei de crimes ambientais terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
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CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
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II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de
provocar destruição em massa.
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II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e
algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade
competente;
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer
natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente
demarcados em carta náutica.
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Crimes contra a Flora
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autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá
acompanhar o produto até final beneficiamento.
Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em
depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros
produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo
da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade
competente.
Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e
demais formas de vegetação.
Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou
meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em
propriedade privada alheia. (Esse crime admite a modalidade
culposa)
Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou
vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de
especial preservação.
Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta,
plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas,
sem autorização do órgão competente.
*Não é crime a conduta praticada quando necessária à
subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas
demais formas de vegetação, sem licença ou registro da
autoridade competente:
Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias
ou instrumentos próprios para caça ou para exploração de
produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade
competente:
Nos crimes contra a flora, a pena é aumentada de um sexto a um
terço se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo
ou a modificação do regime climático;
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II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a
ameaça ocorra somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.
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Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é
aumentada de um sexto a um terço.
Se o crime é culposo: Pena - detenção, de seis meses a um ano,
e multa.
Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão
aumentadas:
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora
ou ao meio ambiente em geral;
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de
natureza grave em outrem;
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.
Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em
qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras
ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes, ou
contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar
dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos
ecossistemas.
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artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico
ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou
em desacordo com a concedida:
Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno,
assim considerado em razão de seu valor paisagístico,
ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso,
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da
autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento
urbano.
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Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo,
de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental. (Esse
crime admite a modalidade culposa)
Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no
trato de questões ambientais.
Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal
ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo
ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso,
inclusive por omissão. (Esse crime admite a modalidade
culposa)
ATENÇÃO!
A Lei de crimes ambientais e o Decreto sobre infrações
administrativas trazem a duração das penas e os valores de
multas. Reforço que não é produtivo ficar decorando a
duração das penas de reclusão/detenção e os valores das
multas, pois é muito raro cair em prova.
O que vocês precisam saber é a teoria geral e a
jurisprudência que já está destacada na aula.
Outro ponto cobrado é saber se uma conduta é crime ou
não. Somente isso! Por esse motivo, há essa lista de crimes
ambientais ao final da aula.
Vejam como o tema é cobrado nas questões comentadas
e foquem nos assuntos que abordamos!
Bons estudos!!!
www.facebook.com.br/rosenvaljr
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