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ROTEIRO DIDÁTICO
DESTILAÇÃO
Regime Estacionário – Coluna com Recheios
Junho, 2016
SUMÁRIO
SIMBOLOGIA ........................................................................................................................................ iii
Índice de Figuras ..................................................................................................................................... iv
Índice de Equações ................................................................................................................................... v
1 – OBJETIVO ........................................................................................................................................ 1
2 – INTRODUÇÃO TEÓRICA .............................................................................................................. 2
2.1 - Destilação Batelada ..................................................................................................................... 3
2.2 - Destilação Contínua .................................................................................................................... 4
2.2.1 - Destilação Flash: ................................................................................................................. 4
2.2.2 - Destilação Fracionada (ou destilação multiestágios): ........................................................ 5
2.2.2.1 - Destilação a vácuo ............................................................................................................ 7
2.2.2.2 - Destilação Extrativa e Azeotrópica: ................................................................................. 8
2.3 - Internos de Torres ....................................................................................................................... 8
2.3.1 - Torres de Pratos: ................................................................................................................. 9
2.3.1.1 - Pratos com borbulhadores: .............................................................................................. 9
2.3.1.2 - Pratos perfurados: .......................................................................................................... 10
2.3.1.3 - Pratos valvulados: .......................................................................................................... 10
2.3.2 - Torres com Recheios: ........................................................................................................ 11
2.4 - Comparação entre torres de pratos e torres de recheio ............................................................. 12
2.5 - Unidade de transferência........................................................................................................... 13
2.6 - Arraste....................................................................................................................................... 13
2.7 - Inundação da coluna ................................................................................................................. 13
2.8 - Fundamentos e equacionamentos ............................................................................................. 13
2.8.1 - Método de McCabe-Thiele: ............................................................................................... 15
2.9 - Razão de Refluxo ...................................................................................................................... 22
2.10 - Eficiência dos Estágios Reais ................................................................................................. 24
3 – EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ................................................................................................ 27
4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................................... 30
4.1 – Preparação da Coluna para os Ensaios ..................................................................................... 30
4.2 – Operação em Taxa de Refluxo Total (startup da coluna) ......................................................... 31
4.3 – Operação em Taxa de Refluxo 1:1 (Nominal) ......................................................................... 33
4.4 – Operação em Taxa de Refluxo Zero (0:1) ................................................................................ 35
5 – CÁLCULOS E ANÁLISES DE RESULTADOS ........................................................................... 37
7 – BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 39
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Índice de Figuras
Figura 1 - Diagrama com Pontos Azeotrópicos de uma mistura etanol (1) e água (2).......................... 2
Figura 2 - Diagramas sem ponto azeotrópico de uma mistura benzeno (1) e tolueno(2) ...................... 3
Figura 3- Destilação Baterlada: (a) simples (b) fracionada .................................................................. 4
Figura 4 - Tambor Separador tipo Flash................................................................................................ 5
Figura 5 - Destilação Flash Multiestágio para Dessalinização de Água ............................................... 5
Figura 6 - Coluna de Destilação Fracionada com Prato Perfurado...................................................... 6
Figura 7 - Colunas de Destilação a Vácuo ............................................................................................. 8
Figura 8 - Pratos com Borbulhadores .................................................................................................... 9
Figura 9 - Coluna com Bandejas Perfuradas ....................................................................................... 10
Figura 10 - Prato Valvulado ................................................................................................................. 11
Figura 11 - Torre de Recheio para Destilação ..................................................................................... 12
Figura 12 - Gráfico xy com o Estágio Relacionado ............................................................................. 14
Figura 13 - Esquema da Seção de Retificação ..................................................................................... 16
Figura 14 - Diagrama xy com a Reta de Operação de Retificação ...................................................... 18
Figura 15 - Seção de Esgotamento ....................................................................................................... 18
Figura 16 - Diagrama xy com a Linha Operatória de Esgotamento .................................................... 19
Figura 17 - Esquema da Alimentação de uma Coluna de Destilação .................................................. 19
Figura 18 - Possibilidades de Estado Térmico da Carga ..................................................................... 21
Figura 19 - Linha de Cargas................................................................................................................. 21
Figura 20 - Andar Teórico, mostrado pelo Degrau no Gráfico xy ....................................................... 21
Figura 21 - Determinação do Número de Andares Teórico Através do Gráfico xy ............................. 22
Figura 22 - Razão de Refluxo Mínimo (infinitos Estágios)................................................................... 23
Figura 23 - Razão de Refluxo Total (Número de Estágio Mínimos)..................................................... 23
Figura 24 - Eficiência de Murphree ..................................................................................................... 26
Figura 25 - Equipamento para Experimento de Destilação ................................................................. 27
Figura 26 - Ajuste de Vácuo (Vacuômetro e VAV em destaque)........................................................... 31
Figura 27 - Módulo Graduado com suas Válvulas (VB1, VB2 e VA) ................................................... 31
Figura 28 - Retirada de Amostra por Meio do Septo............................................................................ 32
Figura 29 - Módulo de Coleta de Fundo .............................................................................................. 33
Figura 30 - Ajuste do Temporizador ..................................................................................................... 34
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Índice de Equações
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1 – OBJETIVO
Este módulo didático foi concebido e projetado para estudos dos mecanismos nos
processos de destilação, em coluna de recheio com anéis de Raschig, podendo ser operada em
regimes de batelada ou em condição estacionária, utilizando-se misturas binárias ou
multicomponentes. A coluna é totalmente transparente para proporcionar a visualização dos
fenômenos fluidodinâmicos envolvidos nas fases líquida e de vapor, além de possuir isolamento
térmico a vácuo, sistema de retiradas de amostras e de monitoramento de temperaturas ao longo
da mesma.
Os objetivos didáticos desta bancada são:
Estudar os processos de separação, binária ou multicomponente, em uma coluna de
destilação fracionada com recheio, usando anéis de Raschig ou outro tipo;
Analisar os fenômenos transferência de calor e massa envolvidos nos fracionamentos
em cada estágio (real) de equilíbrio;
Relacionar o número de pratos reais com os ideais na coluna de destilação, utilizando-
se equações de equilíbrio e correlações da literatura;
Realizar o experimento com variação de taxas de refluxo e analisar sua influência direta
na eficiência na troca de calor e massa na coluna;
Realizar o experimento com variação de carga térmica no refervedor.
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2 – INTRODUÇÃO TEÓRICA
A separação de uma mistura de líquidos nos seus principais componentes é uma das
principais operações nas indústrias químicas, e a destilação é o método mais frequentemente
utilizado para que este objetivo seja atingido.
Atualmente, a destilação é uma operação largamente utilizada nos setores da indústria
do petróleo, química, petroquímica, bebidas e farmacêutica. É importante não só para o
desenvolvimento de novos produtos, mas também para a recuperação e reutilização de
solventes. Por exemplo, fabricantes de fármacos utilizam grandes quantidades de solventes, a
maior parte das quais podem ser recuperados por destilação com economias substanciais em
termos de custos e redução da poluição.
A força motriz efetiva da separação no processo de destilação é a diferença de
volatilidade existente e o equilíbrio de fases LV (termodinamicamente a T e P) que se forma
entre os componentes da mistura, conforme mostram os exemplos da Figura 1 e da Figura 2.
Figura 1 - Diagrama com Pontos Azeotrópicos de uma mistura etanol (1) e água (2)
O agente que promove esta separação é o calor, aliado aos internos (pratos ou recheios)
do equipamento que permitem um maior contato entre a fase líquida e a fase vapor e
consequentemente a eficiência de separação.
Na destilação, uma fase vapor entra em contato com uma fase líquida, e há transferência
simultânea de massa do líquido pela vaporização, e do vapor pela condensação sendo que o
efeito final é o aumento da concentração do componente mais volátil no vapor e do componente
menos volátil no líquido.
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As duas fases presentes em cada estágio sofrem transferência de massa e calor e assume-
se que entram em equilíbrio. No topo da coluna existe, geralmente, um condensador que
arrefece e condensa o vapor proveniente da coluna, sendo parte do condensado (refluxo),
reenviado para o estágio superior. Na base da coluna encontra-se um revaporizador que
vaporiza parte da corrente de líquido da base, para o estágio inferior. A zona da coluna acima
da alimentação é denominada “seção de retificação”, enquanto que a zona abaixo da
alimentação se designa como “seção de esgotamento”.
Uma das vantagens de se utilizar destilação fracionada é a obtenção de produtos mais
puros, pois a medida que o vapor percorre o equipamento, se enriquece em componentes
voláteis, enquanto que os componentes menos voláteis se encaminham para o líquido. Além de
ser um processo contínuo e que permite a separação da mistura em várias frações que podem
ser retiradas pela lateral, topo e fundo da coluna de acordo coma temperatura de ebulição dos
componentes.
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destilação os principais internos são os pratos e os recheios que auxiliam no contato gás-líquido
permitindo a transferência de massa e calor entre as fases.
2.3.1 - Torres de Pratos:
A torre de pratos é composta de uma carcaça cilíndrica vertical, comumente denominada
de casco, no interior do qual são montados os diversos pratos. A transferência de massa em um
prato se realiza através das gotas ou bolhas formadas pela passagem do vapor dentro da fase
líquida.
Esse contato (borbulhamento) começa quando o líquido chega ao prato por um
downcomer, espécie de chapa ou tubo junto ao costado da torre que leva o líquido de um prato
superior ao inferior. Ao chegar ao prato, o líquido encontra com o vapor que está passando
através dos furos, válvulas ou borbulhadores existentes na bandeja, formando assim uma
espuma. Esta espuma percorre o prato, vertendo ao final deste em um novo downcomer. No
downcomer, a espuma será desfeita e somente o líquido desaerado será passado ao prato
inferior.
Acima da bandeja, a espuma coalesce em gotas, e o vapor, praticamente sem líquido,
continua para o prato superior.
2.3.1.1 - Pratos com borbulhadores:
O borbulhador é projetado de modo a dispersar a fase gasosa em bolhas finas no seio do
líquido. Ele também impede que o líquido desça pelas passagens do gás quando este flui com
baixa velocidade. Os borbulhadores são construídos de muitas formas e tamanhos diversos.
O prato com borbulhadores tem orifícios onde se erguem dutos ascendentes cobertos,
cada um, com uma campânula. O vapor ascende no duto e é dirigido para baixo, escapando
pelos orifícios verticais da campânula. Esse movimento faz com que o vapor entre em contato
com o líquido que está represado no prato.
Os pratos com borbulhadores são mais caros, pois a fabricação deste é mais trabalhosa.
Figura 8 - Pratos com Borbulhadores
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completa que nos pratos perfurados simples, onde o vapor passa verticalmente pela camada
líquida. Os orifícios nos pratos perfurados são, frequentemente, maiores que nos pratos
perfurados simples, atingem até 3,8 cm de diâmetro.
Figura 10 - Prato Valvulado
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Anéis de Pall
Nas colunas convencionais, o vapor que sai de um prato estará mais rico no componente
mais volátil do que o vapor que entra.
2.6 - Arraste
O arraste é o transporte de gotículas de líquido pelo vapor que sobre para o prato
superior. Isto afeta significativamente a eficiência de estágio. Este arraste ocorre em
velocidades elevadas de escoamento; por isso o diâmetro da coluna deve ser ajustado para dar
uma velocidade de gás que torne mínimo o arraste. É possível que para se evitar o arraste,
projete-se uma coluna com diâmetro maior. Por isso, é necessário fazer um balanço econômico
ao se determinar qual o grau de arraste que deve ser eliminado.
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encontrado, traça-se uma horizontal até a intersecção com a linha de operação, em x4. O cálculo
gráfico prossegue, de forma escalonada, usando-se alternadamente a curva de equilíbrio e a
curva de operação.
A Equação 3 leva a uma curva de operação retilínea se L e V forem constantes ao longo
da cascata. Os termos L0, V1, x0 e y1 têm valores fixos e, portanto, se V for constante, o segundo
termo da Equação 3 também é uma constante. Se, além disso, L também for constante, a
equação tem a forma da equação reduzida de uma reta. Os índices de L e V podem ser excluídos,
pois os termos são constantes e vem:
𝐿 𝑉𝑦1 − 𝐿𝑥0
𝑦𝑛+1 = 𝑥𝑛 + (4)
𝑉 𝑉
Equação 4 - Balanço do estágio n, considerando L e V constantes
O cálculo de uma coluna tem início com os balanços de massa global em cada seção da
coluna, visando obter relações entre as correntes que se cruzam em cada prato. As correntes
que deixam cada prato têm suas composições definidas pelo diagrama de equilíbrio xy.
Considerando um sistema binário (a e b) em que são conhecidas a vazão (F) e a composição
(zFa) da carga e as concentrações (xDa e xBa) do componente mais volátil no produto de topo (D)
e de fundo (B):
O balanço de massa global e o balanço de massa por componente são os mesmos das
Equações 1 e 2. Considerando zFa = zF, xDa = xD, xBa = xB e F conhecidos, pode-se calcular D
e B:
𝑧𝐹 − 𝑥𝐵
𝐷 = 𝐹( ) (5)
𝑥𝐷 − 𝑥𝐵
Equação 5 - Cálculo da vazão de topo
𝑥𝐷 − 𝑧𝐹
𝐵 = 𝐹( ) (6)
𝑥𝐷 − 𝑥𝐵
Equação 6 - Cálculo da vazão de fundo
Ou:
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𝐿𝑛⁄
𝐷 )𝑥 + ( 1
𝑦𝑛+1 =( 𝑛 ) 𝑥𝐷 (10)
𝐿𝑛⁄ 𝐿𝑛⁄
𝐷 + 1 𝐷 + 1
Equação 10 -Seção de Retificação
Considerando o refluxo como líquido saturado nas condições do primeiro estágio, sua
introdução na coluna não implica em fornecimento de calor sensível, apenas em transferência
de massa e energia entre duas fases saturadas.
Assim, a fase líquida resultante que segue para o primeiro estágio (L0) terá a mesma
vazão molar e composição que o refluxo (R):
𝐿 = 𝐿0 = 𝑅 (13)
Equação 13 - Refluxo
𝐿0 𝑅
𝑅𝑅 = = (14)
𝐷 𝐷
Equação 14 - Razão de Refluxo (RR)
Portanto:
𝐷 𝐷 𝐷 1 1
𝑦𝑛+1 = 𝑥𝐷 = 𝑥𝐷 = 𝑥𝐷 = 𝑥𝐷 => 𝑦𝑛+1 = 𝑥𝐷 (15)
𝑉 𝐿+𝐷 𝑅+𝐷 𝑅⁄ + 1 𝑅𝑅 + 1
𝐷
Equação 15 - Razão de refluxo relacionada com a composição
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Para a determinação de outro ponto da reta, deve-se conhecer L' e/ou V'. Estes valores
dependem do estado térmico da carga e das vazões L e V da seção de retificação, não estando
relacionados a nenhuma variável operacional (como a razão de refluxo para L). Deve-se então
analisar a influência da carga sobre as vazões molares do líquido e vapor em cada seção.
𝐿′ = 𝐿 + 𝐿𝐹 (20)
Equação 20 - Balanço de Correntes Líquidas no Estágio de Alimentação
𝑉 = 𝑉 ′ + 𝑉𝐹 (21)
Equação 21 - Balanço de Vapores no Estágio de Alimentação
𝐿𝐹 𝐿′ − 𝐿
𝑖= = (22)
𝐹 𝐹
Equação 22 - Fração Líquida de Carga
Esta reta representa sobre o diagrama x-y o lugar geométrico de todas as interseções
possíveis entre as retas de operação das duas seções. Esta linha "i" pode ser traçada conhecendo-
se sua inclinação [i/(i-1)] e um ponto, sua interseção com a bissetriz, quando y=x:
𝑖 1
𝑦𝑖 = 𝑥𝑖 − 𝑧 => 𝑦𝑖 = 𝑧𝐹 (26)
𝑖−1 𝑖−1 𝐹
Equação 26 - Encontro da Equação 25 com a bissetriz
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O número de estágios será infinito, pois as retas de operação estarão muito próximas à
curva de equilíbrio.
A razão de refluxo total conduz a um valor de [xD / (RR + 1)] igual a zero fazendo com
que as retas de operação confundam-se com a bissetriz.
O número de estágios será mínimo, devido ao grande afastamento entre as retas de
operação e a curva de equilíbrio.
Figura 23 - Razão de Refluxo Total (Número de Estágio
Figura 22 - Razão de Refluxo Mínimo (infinitos Estágios) Mínimos)
Para as colunas de recheios, Peters supôs que este mesmo enriquecimento do vapor
ocorrerá em uma certa altura do enchimento, numa coluna de recheio, a qual denominou de
Altura Equivalente a um Prato Teórico (AETP). Visto que todas as seções de enchimento são
fisicamente análogas, supõem-se que um andar de equilíbrio é representado por uma certa altura
de enchimento. Logo podemos escrever:
Altura do enchimento = AETP . número de pratos teóricos (27)
Equação 27- Altura do Recheio de uma Coluna
𝑥 𝑥
log [(𝑥𝑎 ) 𝑡 . (𝑥𝑏 ) 𝑓 ]
𝑁+1= 𝑏 𝑎 (29)
log 𝛼𝑚é𝑑
Equação 29 - Equação de Fenske
𝑦𝐷 1 − 𝑥𝐷 0,78 1 − 0,71
𝛼𝑎𝑏 𝑇𝑂𝑃𝑂 = . = . = 1,4481 (30)
1 − 𝑦𝐷 𝑥𝐷 1 − 0,78 0,71
Equação 30 - Exemplo de média de volatilidade relativa no topo da coluna
𝑦𝐵 1 − 𝑥𝐵 0,45 1 − 0,1
𝛼𝑎𝑏 𝐹𝑈𝑁𝐷𝑂 = . = . = 7,3636 (31)
1 − 𝑦𝐵 𝑥𝐵 1 − 0,45 0,1
Equação 31 - Exemplo de média de volatilidade relativa no fundo da coluna
𝑦𝑎 1 − 𝑥𝑎
𝛼𝐴𝐵 = [ ].[ ] (33)
1 − 𝑦𝑎 𝑥𝑎
Equação 33 - Volatilidade relativa
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num estágio ideal, tornando necessário um aumento do número de estágios para compensar esta
perda. O desempenho de um estágio real depende de muitas variáveis físicas, entre as quais a
área da interface das fases, a taxa de transferência, por unidade de área, dos componentes de
uma para outra fase, e o tempo de contato. Estas variáveis estão, por sua vez, influenciadas
pelas características de construção dos estágios, pelas propriedades físicas das fases e pelas
razões das fases.
A eficiência mais comumente usada é definida como a razão entre o número de estágios
de equilíbrio calculado para uma dada separação e o número de estágios necessários para efetuar
esta separação.
onde os termos yn* e xn* representam a composição hipotética do vapor e do líquido que
estariam em equilíbrio ao deixarem o estágio real. Assim, EV e EL são razões entre a
modificação média real que ocorre nas composições do vapor e do líquido e a modificação que
ocorreria se todo o vapor e o líquido estivessem em equilíbrio com o líquido e o vapor que saem
realmente do estágio.
A eficiência de Murphree pode ser usada no método gráfico de McCabe-Thiele,
traçando-se uma curva de separação real entre a curva de equilíbrio e as retas de operação, a
uma distância determinada pela eficiência. Os estágios são construídos, então, entre a curva de
separação real e as retas de operação.
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3 – EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
O equipamento a ser utilizado no equipamento está apresentado na Figura 25.
Figura 25 - Equipamento para Experimento de Destilação
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01 Pera de sucção;
01 Cronômetro;
Amostra de anéis de Raschig;
Obs.:
Balança analítica, Cromatógrafo, e outros instrumentos analíticos: utilizar da
infraestrutura da Universidade ou local.
Água filtrada ou de boa qualidade para preparação das soluções e
Ponto de água da rede para água de resfriamento no condensador.
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4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1o) refluxo total (1:0), para o startup da coluna e observações/análises dos fenômenos,
equilíbrios termodinâmicos e particularidades que acontecem nesta taxa de refluxo;
2o) refluxo 1:1, para operação da coluna em regime estacionário, nesta condição,
observações/análises dos fenômenos e equilíbrios termodinâmicos e coletas de amostras
para análises das composições das fases de topo e fundo, além das fracionadas ao longo
da coluna;
3º) refluxo zero (0:1), para obter, além de dados semelhantes ao item anterior, determinar a
vazão de vapor ascendente na coluna para a potência térmica utilizadas durantes os
ensaios.
Obs.: Qualquer outra razão de refluxo fica ao critério do professor.
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4. Ligar a bomba de vácuo, por meio do botão localizado no painel, com a válvula VAV
fechada. Desligar a bomba quando atingir o valor de vácuo desejado (no mínimo 650
mmHg)
Para tirar o vácuo completamente da coluna, basta abrir a válvula VAV.
Figura 26 - Ajuste de Vácuo (Vacuômetro e VAV em destaque)
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6) Esperar por, aproximadamente, 5 minutos até que o sistema entre novamente em regime e
coletar amostras líquidas e/ou amostras de vapor, ao longo da Coluna (*) através dos septos
de amostragens, dos respectivos Módulos intermediários de coleta, com auxílio da
seringa/agulha e proceder a determinação da densidade e frações mássicas/molares e
proceder devolução das amostras na Coluna, conforme o passo anterior.
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(*) – existem sete Módulos de coleta, no entanto a quantidade e quais de pontos devem
ser coletados fica ao critério do Professor.
Relativo às coletas de amostras de vapor: são amostragens demoradas pois, cada
incremento de sucção deve ser feito lentamente e esperar o resfriamento/condensação do
vapor para que se possa incrementar outra sucção na seringa. Tanto do líquido quanto
do vapor deverá ser coletado um volume de 15 ml cada. Por ser uma operação demorada,
principalmente na coleta do vapor, ficará a critério do professor estipular quantos
módulos deverão ser coletados.
7) Esperar por, aproximadamente, 5 minutos até que o sistema entre novamente em regime e
coletar uma amostra do refervedor (aproximadamente 15 ml) com auxílio do “trap” de
vidro e pera de sucção. Em seguida, transferir o conteúdo da seringa para a proveta, tampar
e resfriar a amostra entre 20 e 25oC. Passar cuidadosamente a amostra para o picnômetro
previamente seco e tarado em balança analítica, pesar a amostra para calcular sua
densidade; fração mássica e molar, conforme item 4.9.
Figura 29 - Módulo de Coleta de Fundo
Após fazer a densidade, devolver toda a amostra para o sistema, lentamente, através do funil do
frasco graduado. NOTA: Armazenar todos os dados obtidos em Refluxo total para futuros
tratamentos de dados.
4.3 – Operação em Taxa de Refluxo 1:1 (Nominal)
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2) Certificar que as válculas do módulo graduado de coleta estejam nas seguintes posições:
VB1 aberta, VB2 fechada e Va levemente aberta.
3) Deixar a Coluna operar por 15 a 20 minutos, tempo suficiente para as temperaturas
estabilizarem no novo regime de operação. Registrar as respectivas leituras de
temperaturas;
4) Proceder retirada de amostra do Topo (Destilado): A amostra será coletada diretamente no
Módulo graduado onde, também, será medida a vazão mássica da fração de destilado que
sairia da Coluna. Para tanto, proceder da seguinte maneira com as válvulas do Módulo
graduado:
a. Fechar a válvula VB1;
b. Acionar o cronômetro quando o nível do líquido passar pela marca “zero”;
c. Quando o nível atingir, aproximadamente 30 mL, abrir a válvula VB2 e deixar
transferir o condensado para a proveta (previamente seca e tarada);
d. Desligar o cronômetro, registrando o tempo, assim que todo o líquido escoar;
e. Fechar a válvula VB2;
f. Abrir a válvula VB1.
g. Tampar a proveta, até que a amostra fique entre 20 e 25oC e pesar novamente a
proveta para quantificar a massa de destilado. Obs.: Este dado de massa e tempo
servirá para determinar a vazão mássica do Destilado e, posteriormente, a real
taxa de refluxo a que a coluna foi submetida.
h. Em seguida, passar cuidadosamente a amostra para o picnômetro previamente
seco e tarado em balança analítica, pesar a amostra para calcular sua densidade;
fração mássica e molar, conforme item 4.9. Após fazer a densidade, devolver
toda a amostra para o sistema, lentamente, através do funil do frasco graduado.
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NOTA: Armazenar todos os dados obtidos em Refluxo 1:1 para futuros tratamentos de dados.
Esta etapa é necessária para que tenhamos a real vazão do vapor ascendente no interior
da Coluna (V). Em posse deste valor e também da vazão de destilado no refluxo 1:1 (D1:1), é
possível determinar as reais taxas de refluxo nestas condições. Rearranjando a equação (14),
tem-se:
(𝑉 − 𝐷1:1 )
𝑅𝑅1:1 = ⁄𝐷 (37)
1:1
Equação 37 - Razão de Refluxo Real
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NOTAS:
a) As densidades devem ser feitas entre 20 a 25 0C, sendo que a cada determinação as amostras
devem ser devolvidas imediatamente ao sistema.
b) Em Anexo 1 esta ao Diagrama Etanol – Água.
c) no quadro 28, da referência (2) está a relação entre graus alcoólicos dado em INPM
(Instituto Nacional de Pesos e Medidas=porcentagem em peso) e GL 0 (Gay-Lussac=
porcentagem de álcool em volume). Esta Tabela está em Anexo 2.
d) Na Referência (1), encontra-se a relação entre a densidade absoluta e o grau alcoólico dado
em INPM (porcentagem em peso ou ponderal). Esta Tabela está em Anexo 1.
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5.1 - Analisar e comentar sobres os perfis de temperaturas obtidas para cada razão de refluxo.
Comparar os perfis
5.2 - Analisar e comentar sobre as concentrações alcoólicas (frações molares) obtidas para
cada razão de refluxo e principalmente no topo (condensado). Explicar, fenomenologicamente,
como a razão de refluxo interfere.
5.3 - Com auxílio da curva de equilíbrio etanol água (anexo 1), da linha de operação superior
(retificação) e a razão real de refluxo, determinar o número de pratos teóricos da coluna,
tomando as frações molares de topo e de fundo, para cada refluxo, pelo método de McCabe-
Thiele
5.4 - Determinar a AETP, para cada caso. Analisar e comentar
5.5 - Comparar os resultados experimentais (número de pratos teóricos), para o refluxo total,
com os resultados fornecidos pela correlação de Fenske.
5.6 - Em posse da vazão real de vapor ascendente, da composição da mistura e da
temperatura, tomadas no refervedor (ou então tomadas no primeiro módulo de coleta), calcular
a carga térmica necessária para tal processo.
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6 – PROBLEMA PROPOSTO
A partir dos dados obtidos para refluxo 1:1, pretende-se dimensionar uma Coluna semi-
industrial, cujo funcionamento é semelhante à do laboratório, sendo que, a vazão de alimentação
de solução alcoólica no refervedor é de 120 litros/h numa fração molar igual a obtida na coluna
de laboratório, alimentado na sua temperatura de ebulição.
Todo o destilado condensado será retirado continuamente pelo topo e vendido.
A corrente descente de líquido que chega no prato coletor logo acima do refervedor
coleta o produto de calda (rico em água) e é continuamente descartado. Vide esquema na
abaixo:
A coluna deverá operar com as mesmas
frações molares de fundo e de topo e que tenha a
mesma eficiência da coluna piloto operada. Ou seja,
faça uma ampliação de escala determinando:
a) a altura do recheio da coluna (considere apenas a
altura dos recheios e despreze a altura dos módulos
coletores, pois numa coluna real esta altura é
pequena em relação a de cada módulo de recheio).
b) o diâmetro interno, mínimo, que a coluna deve ter.
c) a taxa produzida de destilado e de produto de
calda.
d) a taxa de calor (energia), aproximada, necessário
fornecer ao refervedor.
e) a taxa de calor (energia) mínima necessário retirar
no condensador (considere o condensador como
total).
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7 – BIBLIOGRAFIA
3 - FOUST, et alli - Princípios das operações Unitárias - Editora Guanabara Dois, Rio
de Janeiro
6 - CALDAS, Jorge Navaes; LACERDA, Antônio Ignácio de . Internos de torres: pratos &
recheios. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2003. 466p. (Tecnologia brasileira) ISBN
8575110608
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ANEXO 2
a) Correspondência entre porcentagem de álcool em volume e em peso
b) Características do álcool etílico
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