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Angiografia Coronária
Contraindicado/Não eficaz
Pergunta de exame
Mau prognóstico
Mnemónica
Capitulo Referência a outro
xxx – capitulo
Cateterismo Cardíaco
Diagnóstico e
Angiografia Coronária
ANTÓNIO MODESTO PINHEIRO
MARÇO 2017 2016 – 1 pergunta
2012 – 1 pergunta
2011 –1 pergunta
2009 –1 pergunta
Cateterismo Cardíaco e
Angiografia Coronária
Introdução
SINTOMÁTICO
ICC
• Angina de novo ou suspeita de DAC
• Cardiomiopatia de novo de causa incerta ou suspeita de ser devida a DAC
Doença Cardíaca Congénita
• Antes da correção cirúrgica se sintomas/exames não invasivos sugerirem DAC
• Suspeita de anomalias coronárias congénitas
Doença pericárdica
• Paciente SINTOMÁTICO com suspeita de tamponamento ou pericardite constritiva
Transplante Cardíaco
• Avaliação pré e pós-cirúrgica
Cateterismo Cardíaco - Indicações
Outras condições
• Miocardiopatia hipertrófica com angina
• Doenças da aorta
• ICC descompensada
• Hemorragia digestiva activa
• LRA • Alterações eletrolíticas graves não corrigidas
• DRC grave (excepto se diálise programada) • Reacção anafilática ou anafiloide ao Contraste
• Bacteriémia iodado
• Alergia/broncoespasmo à Aspirina
• AVC
Cateterismo Cardíaco
Contraindicações Relativas
Alergia ao Contraste
Reacções em <5% dos casos com reacções graves em 0,1-0,2%.
Reações leves – náuseas, vómitos e urticária
Reacções graves – choque, edema pulmonar e paragem cardiorrespiratória
Contraste aniónico e com baixa osmolaridade tem menor taxa de reacções alérgicas.
Cateterismo Cardíaco Cap.334– LRA
A Nefropatia de contraste aumenta Cr. 24 a 48
horas, pico 3-5 dias e resolve em 7 dias
Contraindicações Relativas
LRA induzida pelo Contraste
◦ Aumento de >0,5mg/dL ou >25% do valor basal de creatinina em 48-72h após a
administração de contraste.
◦ 2 a 7% dos doentes mas com 20-30% em doentes de alto risco (DM, ICC, DRC, anemia e
idosos)
◦ Diálise é necessária em 0,3-0,7% dos doentes estando associada a 5x maior Mortalidade
Cateterismo Cardíaco
Contraindicações Relativas
LRA induzida pelo Contraste
◦ Expansão de volume com soro fisiológico 0,9% ev (1,0-1,5mL/h) durante 3-12 horas antes
e continua 6-24 horas após limita a LRA induzida pelo contraste.
◦ Pré-tratamento com N-acetilcisteína não diminui o risco e logo não é recomendada.
◦ Doentes diabéticos devem interromper a Metformina 48 horas antes, para diminuir o
risco de acidose láctica.
◦ Administração de Bicarbonato de sódio (3mL/kg/h) 1 hora antes e 6 após
◦ Uso de contraste Aniónio e Hipoosmolar
◦ Limitar o volume de contraste para <100mL por procedimento
Cateterismo Cardíaco
Cuidados Pré-procedimento
◦ Jejum de 6h
◦ Sedação ev com preservação da consciência
◦ Se suspeita de DAC Pretratamento com Aspirina 325mg
◦ Se provavelmente PCI adicionar Clopidogrel, Prasugrel ou Ticagrelor (não usar prasugrel
se AVC ou AIT prévio)
◦ Interromper Varfarina 2-3 dias antes para INR<1,7 e limitar complicações hemorrágicas.
◦ O cateterismo é um procedimento asséptico logo não é necessário Profilaxia Antibiótica!!
Cateterismo Cardíaco
Técnica
Acesso Vascular
◦ Veia Femoral Cateterismo direito
Menores complicações hemorrágicas!!
◦ Artéria Femoral Cateterismo esquerdo Necessário Teste de Allen prévio
Doença vascular periférica (aorta, ilíacos ou femorais)
Tortuosidade grave nas artérias ilíacas
◦ Artéria Radial (ou umeral) Obesidade mórbida
Deambulação precoce pós-procedimento
◦ Veia Jugular Interna ou antecubitais Para as camaras direitas se filtro na VCI ou
monitorização hemodinâmica invasiva
prolongada
◦ Aurícula direita Ventrículo direito Art. Pulmonar Capilares pulmonares (posição em cunha -
indicativo da pressão na AE)
Indicações (6):
• Dispneia inexplicada
◦ Em cada camara, mede-se pressão e colhe-se amostras de sangue • Doença valvular cardíaca
(saturação de oxigénio estudo de shunts) • Doença do pericárdio
• Disfunção ventricular direita ou
esquerda
• Doença cardíaca congénita
• Suspeita de shunts cardíacos
Cateterismo Cardíaco
Técnica – Cateterismo Esquerdo
◦ Medição de pressões são determinantes da performance do ventrículo esquerdo.
◦ Aorta ascendente Válvula aórtica Ventrículo esquerdo Válvula mitral Aurícula esquerda
◦ Se procedimento longo Heparina!! – diminuir o risco de AVC por embolia de coágulos do cateter
◦ Se trombocitopenia induzida pela Heparina usar Bilavirudina ou Artrogaban (inibidores directos
da trombina)
Checkpoint 1
Qual destas não é contra-indicação relativa para a realização de um cateterismo cardíaco?
1. Hemorragia digestiva activa
2. Alergia ou broncospasmo a aspirina
3. Distúrbios hidro-electrolíticos não corrigidos
4. Reacção anafiloide a um agente de contraste iodado
5. História de AIT
Cateterismo Cardíaco
Hemodinâmica
◦ Medição das PRESSÕES do coracão direito, esquerdo e sistema arterial periférico.
◦ Determinação do DÉBITO CARDÍACO.
◦ Na Regurgitação mitral e tricúspide grave aumenta a onda V (2x mais que a pressão média)
◦ Técnica de Termodiluição
◦ Utiliza a temperatura
◦ Cateter com ponta de termístor que detecta a variação na temperatura na artéria pulmonar após
injecção de 10 mil de soro fisiológico à temperatura ambiente na aurícula direita
Cateterismo Cardíaco
Resistência Vascular Periférica – (dyn-s-cm-5 )
◦ Lei da resistência elétrica de Ohm
Resistência = Gradiente médio de Pressão / Fluxo Médio
◦ Resistência Vascular Sistémica
RVS = (Pressão Aórtica Média – Pressão Média da Aurícula Direita) / Débito Cardíaco x 80
◦ Resistência Vascular Pulmonar
RVP = (Pressão média da Artéria Pulmonar – Pressão em cunha dos capilares pulmonares)
/ Débito Cardíaco x 80
Capitulo 304 – ◦ Pode ser diminuída pelo Oxigénio, Nitroprussiato de sódio, Bloqueadores dos canais de cálcio
Hipertensão e infusões de Prostaciclina e Óxido nítrico inalado.
Pulmonar
◦ Determinam se a resistência vascular pulmonar é FIXA OU REVERSÍVEL
Cateterismo Cardíaco
Área Valvular
◦ Fórmula de Gorlin
Capitulo 283,
Área = Fluxo / Gradiente de Pressão
284 – Doença
valvular aórtica ◦ Estenose Aórtica grave: <1cm2 + >40mmHg de gradiente
e mitral
◦ Estenose Mitral moderada a grave: >1,5cm2 + >5-10mmHg de gradiente
◦ Doentes sintomáticos + área >1,5cm2 ou gradiente >15mmHg ou PAP >60 mmHg ou PCCP > 25mm
Hg após exercício significativo e merece intervenção
◦ Depende do Fluxo!!! – Atenção aos estádios de BAIXO DÉBITO! baixa área por estenose fixa ou
abertura insuficiente dos folhetes pelo baixo débito?
◦ Pode se utilizar dobutamina com precaução para recalcular a área da válvula
Cateterismo Cardíaco
Área Valvular
◦ Fórmula de Hakki modificada
“hAkki - Aórtica”
Cateterismo Cardíaco
Shunts Intracardíacos
◦ Suspeita se:
◦ Diminuição da saturação de oxigénio arterial inexplicada Shunt ESQ-DRT
◦ Aumento da saturação de oxigénio no sangue venoso Shunt DRT-ESQ
Localizado a partir de uma diferença de saturação de O2 de 5-7% entre camaras cardíacas adjacentes
Gravidade é determinado pela razão entre o fluxo pulmonar sobre o fluxo sistémico (Qpulm/Qsist)
Capitulo 282
Cardiopatias
congénitas
Angiografia avalia:
◦ Estenoses
◦ Calcificações
◦ Circulação colateral
Angiografia Coronária
Gravidade da estenose
Ponte Miocárdica – Mais frequente na descendente anterior quando o vaso “mergulha” inferiormente ao
epicárdio e está sujeito a forças compressivas na sístole.
Diagnóstico diferencial! – na diástole o vaso regressa ao normal (na estenose, a obstrução é fixa no ciclo!)
TIMI grau 1 (fluxo mínimo) e 2 (fluxo atrasado) são sinais de estenose significativa
Angiografia Coronária
◦ Estenoses intermédias (40-70%)
◦ Achados indeterminados
◦ Alterações anatómicas incongruentes
FFR < 80% indica estenose hemodinâmica significativa e que beneficia de intervenção
Angiografia Coronária
Cuidados Pós-Procedimento
◦ Remoção das bainhas vasculares mais técnicas de hemóstase
◦ Se abordagem Femoral Compressão manual ou dispositivos de encerramento vascular que
encerram rapidamente com agrafo/clip, tampão de colagénio ou suturas.
Dispositivos diminuem o repouso de 6 horas para 2-4 horas e aumentam a satisfação apesar de não
serem superiores ao nível das complicações.
◦ Abordagem pela Radial 2 horas de repouso
◦ Quando o procedimento é electivo e em ambulatório alta com instruções para consumo liberal de
fluidos (agentes de contraste promovem diurese osmótica), evitar exercício extenuante e observar o
acesso vascular para deteção de complicações locais.
◦ Internamento se doente de alto risco, com co-morbilidades significativas, com complicações no
procedimento ou que realizaram PCI.
Angiografia Coronária
Cuidados Pós-Procedimento
◦ Hipotensão precoce após procedimento pode ser por aporte de fluidos inadequado ou por
hemorragia retroperitoneal.
◦ Doentes que recebem >2Gy de radiação devem ser avaliados para sinais de eritema.
◦ Doentes com doses >5Gy devem ter seguimento durante 1 mês para avaliar lesão cutânea.
Checkpoint 2
Relativamente à angiografia coronária indique a verdadeira.
1. A ponte miocárdica difere da estenose por placa aterosclerótica por variar a estenose com o
ciclo cardíaco e na sístole o vaso volta ao diâmetro normal.
2. A ecografia intravascular pode ser utilizada durante e após a IPC para avaliar a estenose a
adequação da posição do stent.
3. Um fluxo fraccional de reserva >80% indica a existência de uma estenose
hemodinamicamente significativa e que beneficia de intervenção.
4. No OCT a profundidade de avaliação do campo é maior, avaliando-se a camada média e a
adventícia.
5. Após a angiografia coronária os dispositivos de encerramento vascular estão associados a
menor número de complicações que a compressão manual.
Transplante Cardíaco e
Circulação assistida
Prolongada
ANTÓNIO MODESTO PINHEIRO
MARÇO 2017
2016 – 1 pergunta
2012 – 1 pergunta
Transplante Cardíaco
Introdução
Compatibilidade
• Grupo ABO
• Tamanho corporal
Insuficiência Cardíaca Terminal Refratária (estádio D) em doentes mais jovens e sem co-
morbilidades. Idosos são tratados com cuidados de conforto.
• Critérios variam mas podem ser:
• Idade fisiológica
• Existência de co-morbilidades
• Doença vascular periférica e cerebral
• Obesidade
• Diabetes Mellitus
• Neoplasias
• Infecção crónica (SÉPSIS)
Transplante Cardíaco
Resultados
• Sobrevida de 83% a 1 ano
• Sobrevida de 76% a 3 anos
• Semi-vida do Transplante: 10 anos
• Qualidade de vida excelente: 90%
volta a função normal
Transplante Cardíaco
Imunossupressão
Todos os esquemas são INESPECÍFICOS, produzindo uma hiporreactividade geral a antigénios
estranhos, e não apenas específica aos antigénios do dador (aumenta infecções e cancro)
• Esquema de 3 fármacos:
1. Inibidor da calcineurina
◦ Tacrolimus
◦ Ciclosporina
2. Inibidor da proliferação ou diferenciação de células T
◦ Azatioprina
◦ Micofenolato de Mofetil
◦ Sirolimus
3. Ciclo inicial breve de corticóides
Transplante Cardíaco
Imunossupressão
Tratamento
• Aumento da imunossupressão
• Intensidade e duração dependente da gravidade
Transplante Cardíaco
Complicações Tardias Pós-Transplante
1. Coronariopatia do aloenxerto
2. Malignidade
3. Infecções
.
Transplante Cardíaco
Complicações Tardias Pós-Transplante
1. Coronariopatia do aloenxerto
Os receptores de aloenxertos cardíacos são propensos a
desenvolver DAC -> coronariopatia do aloenxerto
Etiologia:
Provável lesão imunológica do endotélio vascular
Processo: DAC aterosclerótica
Difuso
Concêntrico
≠ comum:
+ Focal
Factores de risco não imunológicos
• Diabetes Mellitus
• Dislipidémia
Longitudinal Excêntrica
• Infecção por CMV
Transplante Cardíaco
Complicações Tardias Pós-Transplante
1. Coronariopatia do aloenxerto
Estatinas
• Associados a uma incidência reduzida desta vasculopatia
• Universalmente usadas em TODOS os receptores
Transplante Cardíaco
Complicações Tardias Pós-Transplante
1. Coronariopatia do aloenxerto
• Clínica:
(Coração desnervado) - raramente sentem angina de peito, mesmo em estádios
avançados da doença
• Tratamento:
• ICP (seguro e eficaz a curto prazo, mas a doença vai progredir)
• Retransplantação (único definitivo)
.
Transplante Cardíaco
Complicações Tardias Pós-Transplante
2. Malignidade
1. Doenças linfoproliferativas
• Das complicações mais frequentes
• Etiologia : EBV
• Terapia eficaz:
• Redução da imunosupressão
• Agentes anti-virais
• QT
• RT
• Anti-CD20
Transplante Cardíaco
Complicações Tardias Pós-Transplante
3. Infecções Oportunistas
• Bons resultados, 75% dos doentes jovens receberam um transplante ao fim de um ano e
tiveram excelentes sobrevivências pós-transplante.
• Sobrevivência média com LVAD contínuo como terapêutica de DESTINO está próxima dos
5 anos.
Antonio.pinheiro@exame
daespecialidade.com