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FACULDADE PITÁGORAS

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA


GESTÃO AMBIENTAL

Nome dos Alunos


Adriano Araújo Saraiva
Alan Alves dos Santos
Antônio Thalysson Leal
Brena Sônia Alves da Silva
Carlos Alberto Simão Oliveira
Getúlio da Silva Gomes Junior
Henrique Milhomem Rocha
Lucas Silva dos Santos
Narlgila Oliveira da Silva
Sara Silva dos Santos
Vitoria Ribeiro Freitas

ROTULAGEM AMBIENTAL
SELOS VERDES

TRABALHO PARA A OBTENÇÃO DE NOTA PARCIAL

IMPERATRIZ
2016
Nome dos Alunos
Adriano Araújo Saraiva
Alan Alves dos Santos
Antônio Thalysson Leal
Brena Sônia Alves da Silva
Carlos Alberto Simão Oliveira
Getúlio da Silva Gomes Junior
Henrique Milhomem Rocha
Lucas Silva dos Santos
Narlgila Oliveira da Silva
Sara Silva dos Santos
Vitoria Ribeiro Freitas

ROTULAGEM AMBIENTAL
SELOS VERDES

Trabalho para a obtenção de nota


parcial apresentado na disciplina de
Gestão Ambiental do curso de
graduação de Engenharia Mecânica na
Faculdade Pitágoras

Orientador: Professor

IMPERATRIZ
2016
1. INTRODUÇÃO

As questões ambientais vêm nas últimas décadas, despertando a


atenção de diversos setores da sociedade. Em nível de empresas, com a
abertura da economia, o aumento da competitividade e da conscientização dos
consumidores, a variável ambiental assume uma importância cada vez maior.
Nas relações comerciais, principalmente internacionais, ela passa a ser
decisiva, constituindo-se muitas vezes, num pré-requisito para a realização de
negócios. Desta forma, as organizações passam a incorporar a variável
ambiental em suas decisões estratégicas. Esta nova orientação está sendo
adotada pelas organizações em geral, porém de maneira mais acentuada
naquelas com perfil exportador. No Brasil, as exigências ambientais
internacionais levaram o setor moveleiro a adotar o selo verde por exemplo,
pois, as demandas internacionais para este setor, de maneira geral, têm-se
pautado na preferência por produtos que demonstrem respeitabilidade ao meio
ambiente no seu processo de produção ou abrangendo toda a cadeia
produtiva. Assim, este trabalho pretende discutir as perspectivas da adoção do
selo verde para o setor moveleiro e destacar a sua importância para as
organizações em geral.

2. EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS – UM NOVO ENFOQUE


PARA AS ORGANIZAÇÕES
O movimento ambientalista passa, a partir principalmente da década de
70, a questionar o modo de produção vigente baseado no uso desenfreado de
recursos naturais. As consequências ambientais e sociais do padrão de
produção fordista eram extremamente visíveis.

O período que antecede essa contestação foi marcado por um intenso


crescimento econômico, definido como “desenvolvimento”. Nessa fase, os
pressupostos defendidos (de que com o crescimento material haveria melhora
significativa das condições de vida para a grande maioria da população, bem
como as desigualdades entre os países seriam, no mínimo diminuídas),
obviamente, demonstraram-se falsos. O aumento do bem-estar material
concentrou-se nas mãos de uma minoria privilegiada, dentro de cada país e
entre os países. Por outro lado, milhões de pessoas não tiveram acesso às
condições básicas de vida, o que gerou instabilidade política e social, que,
nesse tempo, somente foram reprimidas pelo aparato policial do Estado.

Os movimentos sociais e ambientalistas passaram a questionar o modo


de vida americano, a guerra do Vietnã e os vários desequilíbrios ambientais
provocados pelo modo de produção fordista. Apesar dos indícios de
desequilíbrios ambientais serem localizados inicialmente, eles se estendem,
tornam-se intensos e finalmente são “simbolizados pelo smog de Los angeles;
pela ‘morte’ do Lago Erie; pela poluição progressiva de grandes rios como o
Mosa, o Elba e o Reno; e pelo envenenamento químico por mercúrio em
Minamata. Tais problemas também se verificaram em muitas partes do Terceiro
Mundo, à medida que se disseminavam o crescimento industrial, a urbanização
e o uso do automóvel” (RELATORIO BRUNDTLAND, 1991, p.234)

Com a crise econômica dos anos 80 e a mudança no padrão de


produção para o modelo toyotista começa a haver uma maior preocupação
com o meio ambiente que culmina na Conferência Mundial das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como a Rio 92. Um dos
documentos norteadores da Conferência é a Agenda 21, que é um programa
de ação mundial para promover o desenvolvimento sustentável. Com relação à
posição dos empresários é lançada a Carta de compromisso dos Empresários
lançada pelo Business Council for Sustainable Development e o livro “Mudando
o rumo: uma perspectiva empresarial global sobre desenvolvimento e meio
ambiente”.

A Carta de compromisso e o livro dos empresários convocam as


empresas para que incorporem a variável ambiental em suas ações e
estabelece duas áreas de atuação: a promoção de uma produção mais limpa e
a responsabilidade empresarial. Os objetivos de longo prazo traçados são:
maior eficiência energética combinada com padrões de consumo mais
sustentáveis; processos mais limpos visando a prevenção da poluição com boa
administração doméstica, substituição de materiais, modificação na produção e
recuperação de recursos; cooperação tecnológica; gestão sustentável dos
recursos renováveis, em particular a agricultura e a exploração florestal.
Com relação à exploração florestal, afirma o organizador do livro,
SCHMIDHEINY (1992, p.xxxviii): “Os recursos florestais devem ser extraídos
de forma a permitir que as florestas renovem o seu fornecimento, o que
significa manter seus processos de ecossistema e serviços sociais”.

Com relação ao papel das pequenas empresas no processo de


sustentabilidade da produção o mesmo afirma (idem, p.xlii): “Um dos elementos
chave para a diminuição da pobreza do mundo em desenvolvimento e a
difusão do seu talento empreendedor é o estímulo ao crescimento das
pequenas e médias empresas. [...] As empresas de menor porte são flexíveis,
reagem rapidamente às demandas e necessidades e demonstram talento para
a inovação”. Consequentemente, aliado a novos compromissos internacionais
e à mudança no padrão de produção para o toyotismo, as empresas tendem a
assumir a chamada para a Responsabilidade Empresarial que visa estimular a
implementação de políticas de desenvolvimento sustentável. As empresas
devem adotar códigos de conduta que promovam as melhores práticas
ambientais.

Desta forma, a questão ambiental não somente passa a fazer parte das
preocupações das empresas mas, também, passa a se tornar, aos poucos,
condição sine qua non para a sobrevivência e obtenção de vantagem
competitiva. HAOUR (1999) comenta que a onda verde veio para ficar e cabe
às empresas se adaptarem e integrarem as preocupações ambientais em cada
aspecto da administração.

O imperativo ambiental envolve toda a cadeia produtiva, portanto, todas


as organizações envolvidas no processo de produção necessitam de uma nova
postura a qual incorporem ao meio ambiente em suas decisões. Desta forma, a
gestão ambiental não se restringe ao aspecto interno da organização, vai além,
rompe barreiras e impõe mudanças de atitudes em todas as demais
envolvidas.

Assim, a preocupação ambiental, atinge também as micro e pequenas


empresas, pois estas geralmente são fornecedoras de produtos, serviços ou
matéria-prima para empresas maiores.
Percebe-se em muitos contratos comerciais, principalmente em relação
ao comercio internacional, a exigência de que toda a cadeia produtiva
contemple a respeitabilidade pelo meio ambiente. Esta exigência é verificada
principalmente na comercialização de produtos, onde a exigência de
ecologicamente corretos, percorre toda cadeia produtiva, envolvendo todo ciclo
do produto, ou seja, desde a meteria-prima até o descarte final.

Portanto, torna-se difícil as pequenas empresas ficarem à margem do


processo. Gestão ambiental envolve as organizações em geral e a sociedade
como um todo. Todos participam do processo.

As empresas, segundo DONAIRE (1995), dependendo do grau de


conscientização em relação aos aspectos ambientais, passam por três fases:

- Primeira Fase: controle ambiental nas saídas – constitui-se na instalação de


equipamentos de controle da poluição nas saídas, como chaminés e redes de
esgoto. Nesta fase mantém-se a estrutura produtiva existente.

- Segunda Fase: integração do controle ambiental nas práticas e processos. O


princípio básico passa a ser o da prevenção da poluição, envolvendo a seleção
das matérias-primas, o desenvolvimento de novos processos e produtos, o
reaproveitamento da energia, a reciclagem de resíduos e a integração com o
meio ambiente.

- Terceira Fase: integração do controle ambiental na gestão administrativa. A


questão ambiental passa a ser contemplada na estrutura organizacional,
interferindo no planejamento estratégico.

Esta terceira fase é denominada por D’Avignon (1996) como “Gestão


Ambiental”, onde “os parâmetros relacionados ao meio ambiente passam a ser
levados em conta no planejamento estratégico, no processo produtivo, na
distribuição e disposição final do produto”.

As empresas, portanto, encontram-se em diferentes estágios no


processo de envolvimento com as questões ambientais. No entanto, é
importante frisar que as simples práticas de controle, prevenção e revisão de
processos não significam que as mesmas pratiquem a gestão ambiental.
Gestão Ambiental é muito mais, é mudança de postura, de modos de pensar e
agir envolvendo todos os aspectos organizacionais.

Várias empresas passam a adotar práticas ambientais como marketing,


visando melhorar a imagem e suprir uma exigência de um mercado
globalizado. Segundo LUIGI (1999) “Gestão ambiental tornou-se moeda forte”,
tanto para o mercado interno, como, principalmente, para a inserção no
mercado internacional e exigência para financiamentos.

A sociedade passa a valorizar cada vez mais as empresas que cuidam


do ambiente. Os consumidores preferem os produtos ecologicamente corretos
e muitas vezes “boicotam” e levam à público aqueles que agridem o meio
ambiente. Desta forma, a empresa que responde a estes apelos possui
vantagem competitiva e uma imagem positiva perante ao público.

Uma das maneiras de declarar à sociedade que as empresas possuem


uma prática ambientalmente correta é a certificação, que é voluntária e, muitas
vezes, reconhecida internacionalmente. Assim, dentre as diversas certificações
existentes, a de reconhecimento internacional é a ISO 14000, que estabelece
um padrão para a gestão ambiental. É um instrumento que permite que a
empresa coordene as suas ações em toda a sua cadeia produtiva visando à
melhoria contínua interna e com relação ao meio ambiente.

No Brasil, a certificação através da ISO 14000 vem crescendo de forma


acentuada. Em 1998, eram 60 empresas certificadas, em 1999 este número
subiu para 146 e estão previstas 350 empresas certificadas para o ano de
2000.

A ISO 14000 contempla dois grandes blocos: 1) a Avaliação da


Organização que compreende o Sistema de Gestão Ambiental e está
subdividido em Avaliação do Desempenho Ambiental e a Auditoria Ambiental e
2) a Avaliação de Produtos e Processos que abrange a Avaliação do Ciclo de
Vida do Produto e está subdividido em Aspectos ambientais em Normas de
Produtos e a Rotulagem Ambiental. Portanto, a rotulagem ambiental, objeto de
nossa discussão, expressa a própria imagem da empresa, o produto e o
processo utilizados dentro de normas que se preocupam com o meio ambiente.
Nesse contexto, não se pode deixar de, mais uma vez, chamar a
atenção que as normas ambientais não atingem somente as grandes empresas
multinacionais mas, também, as empresas menores que fazem parte da cadeia
de fornecedores. Não atender as normas, num ambiente internacional
altamente competitivo, pode resultar em verdadeiras barreiras não tarifárias às
empresas exportadoras e/ou fornecedoras.

3. O SURGIMENTO DOS SELOS VERDES


Em decorrência da maior consciência ecológica dos consumidores, os
atributos ambientais tornaram-se um dos diferenciadores na escolha de
produtos. Em resposta, proliferam, em número cada vez maior, os rótulos
ambientais (selos verdes), pois estes são o elo de comunicação entre o
fabricante e o consumidor.

Os rótulos ambientais são selos de comunicação que visam dar


informações ao consumidor a respeito do produto. A rotulagem ambiental
caracteriza-se por um processo de seleção de matérias primas produzidas de
acordo com especificações ambientais. O selo verde identifica os produtos que
causam menos impacto ao meio ambiente em relação aos seus similares.

Alguns selos verdes, partem do próprio fabricante que procura


demonstrar os aspectos ambientais positivos do produto, visando a conquista
dos consumidores. Estas informações nem sempre são verdadeiras. Outros
selos são concedidos por organismos certificadores que fiscalizam e
comprovam as informações.

Diversos países criaram seus próprios selos, os quais passaram a ser


um diferencial competitivo. Na maioria dos casos, servindo de barreira
comercial não tarifária. Os países pioneiros na utilização da rotulagem
ambiental de produtos, destacam-se: Alemanha –Blue Angel – criado em 1977,
o programa mais antigo; Estados Unidos – Green Seal – 1989; Uniao Européia
– European Ecolabel – 1992.

A crescente proliferação de rótulos ambientais gerou vários problemas,


pois os parâmetros eram pessoais, ou de um grupo de organização ou de um
país. Tal situação levou a ISO 14000 a criar normas e critérios gerais para a
rotulagem. A rotulagem ambiental, de modo geral, é objeto de estudo por parte
do Subcomitê 03 da ISO (International Organization for Standardization), que,
no Brasil, é representada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas). Dentro da série ISO 14000, encontram-se as normas sobre a
Rotulagem Ambiental.

4. ROTULAGEM AMBIENTAL
Os rótulos ambientais são selos que visam informar ao consumidor
algumas características e propriedades dos produtos, sendo também
conhecidos como “selo verde”, “selo ambiental” ou “rótulo ecológico”.

A Rotulagem Ambiental consiste nas declarações que constam nos


rótulos, folhetos e anúncios de produtos indicando seus atributos ambientais.
Ela não só pode representar uma ferramenta bastante útil nas mudanças de
hábito da sociedade moderna, como também, pode servir de instrumento para
enganar o público consumidor sobre os impactos dos produtos adquiridos, nos
casos de declarações enganosas e insuficiente fiscalização pelos setores
responsáveis. Dentre os vários programas de rotulagem que existem, podemos
classificar dois grupos: selos adotados e implantados pelo próprio fabricante
dos produtos (auto-declarações); e rotulagem terceirizada, conduzida por
organismos independentes do fabricante (selos verdes).

 Auto–declaração de qualidade, iniciada na década de 70, na qual a


empresa informa que seu produto dispõe de aspectos ambientais
positivos; e
 Declaração externa de qualidade.

O 1º caso é mais forte nos países anglo-saxões, principalmente os EUA,


onde existe uma pequena desconfiança em relação às empresas por parte do
público. Parte desse fato reside na existência de um forte sistema jurídico
atento às empresas que prestam informações mentirosas e/ou imprecisas. O 2º
caso ocorre com mais frequência nos países do norte da Europa (ex: Alemanha
e Suécia). Nesses países percebe-se uma maior desconfiança da população
em relação às informações prestadas pelas empresas, e uma maior
intervenção do governo. Essas características dão origem ao surgimento de
uma grande mobilização envolvendo a Sociedade Civil, Governos e Igrejas,
objetivando a criação dos chamados Selos Verdes de Qualidade Ambiental.

O princípio básico de uma auto - declaração é a não verificação por uma


terceira parte, desta forma a empresa é inteiramente responsável pela
comprovação da declaração, ou seja, o conceito de auto - declaração tem
como ponto forte a Transparência, já que o ônus de uma alegação não
verdadeira são de inteira responsabilidade da empresa, enquanto, no caso do
Selo Verde, atribuído por uma terceira instituição, a discussão se estende para
quem definiu os critérios para a certificação desses selos.

Rótulos de Organizações Ambientais - São as rotulagens conduzidas


por órgãos independentes dos fabricantes. Elas podem ser: voluntárias e
aplicadas por terceiros com critérios bem definidos, informativas quando
contêm informações técnicas e de alertas, ou avisos de risco, quando informam
os danos causados ao ambiente ou à saúde, como é observado atualmente no
caso dos alimentos geneticamente modificados (transgênicos). A implantação
de um selo verde que não cumpre sua função adequadamente, acaba por
prejudicar não somente o ambiente, mas toda a sociedade e a credibilidade no
próprio sistema de rotulagem.

Selo Verde - é uma marca emitida por uma entidade que atesta que o
produto é ambientalmente superior aos outros na mesma categoria. A entidade
operadora do selo pode ser uma associação normativa tipo ABNT*, uma ONG,
ou uma Agência de Governo.

Certificação e Credenciamento (Accreditation) - para qualquer Selo


Verde, existem critérios estabelecidos pela Instituição que vai vender o direito
do uso do selo por uma empresa. Entretanto não será essa Instituição que vai
verificar se a empresa portadora do selo, atende aos critérios exigidos, uma
vez que ela não dispõe de condições e nem de estrutura para realizar as
análises técnicas. Assim, a Instituição que estabelece os critérios, permite que
outras entidades, devidamente credenciadas por ela, façam a verificação e a
certificação do Selo.

A empresa certificada paga à certificadora pelo serviço de Auditoria, e,


periodicamente, paga uma taxa à Instituição que opera o direito de uso do
Selo. Entretanto, o custo maior de uma empresa, em seu processo de
certificação, reside nos ajustes na linha de produção de modo a atender aos
critérios estabelecidos.

Selo Verde no Exterior – Desde a década de 70 foram sendo criados vários


tipos de selos de qualidade ambientais no mundo, a saber:

 Alemanha – após a Conferência de Estocolmo (1972), o país se tornou o


pioneiro na criação e adoção de um selo verde, em 1977, chamado Der
Blauer Angel (Anjo Azul) e que tem como ícone o símbolo do PNUMA.

Em 1978 foram escolhidos os seis primeiros produtos para dar a


certificação. Em 2004 já eram 3700 produtos com o selo Anjo Azul, distribuídos
em cerca de 80 categorias diferentes, abrangendo desde papel higiênico até
telefones celulares.

 Países Nórdicos – lançado em 1989, o selo verde adotado nesses


países é denominado Cisne Nórdico (Nordic Swan), e sua existência
gera uma forte pressão, exercida por ONGs e Associações de
consumidores, em cima dos fabricantes que não possuem o selo.

 Canadá – criado em 1988, o Selo Verde Environmental Choice/Choix


Environmental. Desde 1995, o governo canadense privatizou esse
programa e cujo responsável passou a ser a empresa Terra Choice
Environmental Marketing Inc.

 EUA – a ideia do Selo Verde não avançou muito, em grande parte pelas
declarações e desgostos de alguns setores industriais em relação aos
selos europeus.

 Rede Global de Ecovilas (Global Ecovillage Network – GEN) – é uma


associação mundial que reúne os principais programas de selo verde,
servindo de fórum de debate entre os programas, e visando o
reconhecimento mútuo entre os selos.

5. SELOS VERDES NO BRASIL

Certificação em Alimentos Orgânicos – A agricultura orgânica é o


sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes sintéticos de alta
solubilidade e agrotóxicos, além de reguladores de crescimento e aditivos
sintéticos para a alimentação animal. Sempre que possível, baseia-se no uso
de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e
controle biológico de pragas e doenças. Além disso, busca manter a estrutura e
produtividade do solo, trabalhando em harmonia com a natureza. O selo de
certificação de um alimento orgânico fornece ao consumidor muito além da
certeza de estar levando para a casa um produto isento de contaminação
química, ele garante também que esse produto é o resultado de uma
agricultura capaz de assegurar qualidade do ambiente natural, qualidade
nutricional e biológica de alimentos e qualidade de vida para quem vive no
campo e nas cidades. Ou seja, o selo de “orgânico” é o símbolo não apenas de
produtos isolados, mas também de processos mais ecológicos de se plantar,
cultivar e colher alimentos. A certificação, mais do que um instrumento de
confiabilidade para o mercado dos produtos orgânicos é uma poderosa
estratégia de construção da cidadania, buscando mobilizar tanto as
comunidades regionais quanto a sociedade como um todo, pela produção e
consumo de alimentos mais saudáveis e harmonizados com as atuais
demandas de preservação dos ambientes naturais.

Critérios:

 Diversidade de espécies plantadas;

 Manutenção de animais para assegurar uma fonte de esterco.

 Participação nos lucros pelos trabalhadores, dentre outros.

Cumprimento do Código Florestal Brasileiro, que exige manutenção de


uma reserva legal de mata ciliar.

 Associação de Agricultura Orgânica (AAO) - ONG, sem fins lucrativos,


fundada em maio de 1989, e

 Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD) - empresa


brasileira sem fins lucrativos, que iniciou seus trabalhos de certificação
em 1990.

Principais selos de certificação, que garantem ao consumidor a certeza de


estar levando para casa produtos orgânicos.
Selo de Manejo Florestal - Forest Stewardship Council ( FSC) -
Conselho criado em 1993, ela WWF e outras ONGs mundiais, e que tem sua
sede na Alemanha, tem como objetivo o fato ORG P KAL, S p de que
empresas que praticam um bom manejo florestal possam ter seus produtos
valorizados pelos compradores. A Certificação florestal é um mecanismo que,
por meio de padrões técnicos, atesta que a empresa explora a floresta de
modo responsável, sem exaurir os recursos naturais. Vale também para
florestas plantadas (pinus e eucaliptos). Nesse caso, garante que as áreas
cultivadas seguem padrões de proteção ao meio ambiente e que a empresa
passou por todas as etapas do processo de certificação, que inclui vários tipos
de auditoria e que respeita normas e direitos trabalhistas. As principais
empresas certificadas são: madeireiras, indústrias de móveis, papel e celulose,
fabricantes de produtos cujas matérias-primas venham da floresta, como
cosméticos, e empresas ligadas às cadeias produtivas desses setores. No
Brasil, o Conselho do FSC é uma organização não governamental,
independente e sem fins lucrativos, formado por representantes de
organizações dos re seto s sociais, ambientais e econômicas, é reconhecido
como uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público),
possui cadastro no CNEA (Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas) e
tem representantes de ONGs, Indústrias, Institutos de Pesquisas e Governos.
Concebida em 1996, por um grupo de trabalho, a organização foi formalmente
constituída em Assembleia no dia 18 de setembro de 2001 e credenciado como
Iniciativa Nacional do FSC em 2002. Além disso, a organização é independente
financeiramente do FSC Centro Internacional e capta recursos através de
convênios, consórcios e parcerias com empresas, ONGs e poder público, além
da contribuição anual dos seus associados.
A missão do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal é difundir e
facilitar o bom manejo das florestas brasileiras conforme Princípios e Critérios
que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a
viabilidade econômica, a saber:

 A madeireira precisa ser dona das terras ou arrenda-las legalmente;

 Respeito a todas as Leis do Código Florestal Brasileiro;

 Inventário de todas as árvores da gleba;

 Técnicas de baixo imposto no sistema de corte;

 O empreendimento deve proporcionar benefícios tangíveis para as


comunidades do seu entorno.

Selo Cerflor – O Programa Brasileiro de Certificação Florestal**, desde


1996, a Sociedade Brasileira de Silvicultura - SBS conta com o apoio da
indústria brasileira de papel e celulose, ABNT, Organizações não
governamentais e o governo, que vem desenvolvendo princípios e critérios
para o setor. Embora tenha sido lançado, em reunião do Fórum de
Competitividade da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, em agosto de
2002, a sua divulgação ainda é pequena entre os consumidores.

Selo PROCEL Programa de Conservação de Eletricidade da Eletrobrás criado


em 1993, é um selo sobre consumo de energia por parte dos eletrodomésticos
objetivando orientar o consumidor no ato da compra, indicando os produtos que
apresentam os melhores níveis de eficiência energética, dentro de cada
categoria. O Selo também estimula a fabricação e a comercialização de
produtos mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a
redução de impactos ambientais. Seu conselho é composto pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO,
Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC e pelas Associações das Indústrias
Elétrica e Eletrônica – ABINEE, de Produtos Eletro Eletrônicos – ELETROS, de
Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento – ABRAVA e
Iluminação – ABILUX.

De uma forma sumária, as declarações ambientais, podem ser:

 Do tipo que informa sobre uma característica e/ou propriedade positiva


do produto, por exemplo: o material é reciclável, isto é, ele é passivo de
reciclagem, e/ou produzido por material reciclado

 Por meio de certificações ou selos verdes, tais como existem para


materiais orgânicos e para madeira certificada, FSC;

 Entretanto, nos últimos tempos tem surgido uma nova ferramenta para a
rotulagem ambiental, conhecida como relatório ou ficha técnica
ambiental, onde consta explicações sobre o impacto ambiental do
produto ao longo de seu ciclo de vida.

6. TIPOS DE SELO
TIPO I - ROTULOS AMBIENTAIS CERTIFICADOS NBR ISO 14024;

TIPO II - AUTO-DECLARAÇÕES NBR ISO 14021;

TIPO III - DECLARAÇÕES AMBIENTAIS DO PRODUTO (EPDs) NBR ISO


14025.
7. Especificações dos Selos
TIPO I - ROTULOS AMBIENTAIS CERTIFICADOS

Programas de terceira-parte, baseados em múltiplos critérios,


voluntários, que atribuem uma licença autorizando o uso de rótulos ambientais
em produtos para indicar a preferibilidade ambiental global de um produto
dentre uma categoria de produtos baseada em considerações de ciclo de vida;
Declarações ambientais feitas pelos fabricantes e produtores sobre a qualidade
ambiental dos seus produtos;

Características Principais:

• Multicritérios ;

• Consideração do ciclo de vida;

• Certificados por entidades independentes


(terceira parte)

• Conhecido como selo verde;

TIPO II - AUTO-DECLARAÇÕES:
Trata das auto-declarações das organizações que podem descrever
apenas um aspecto ambiental do seu produto não obrigando à realização de
uma ACV, reduzindo assim, os custos para atender de uma forma rápida às
demandas do marketing. As Auto-declarações Tipo II são feitas pelos
produtores, importadores ou distribuidores, de modo a comunicar informação
sobre aspectos ambientais dos seus produtos e serviços. Estas declarações
tipo II surgiram no mercado no final dos anos 80 e início dos anos 90. Os
produtos normalmente exibiam declarações ambientais tais como "amigo do

ambiente", "livre de CFC" e "reciclado" (o símbolo de reciclagem Möbius).

TIPO III - DECLARAÇÕES AMBIENTAIS DO PRODUTO (EPDs)


São aqueles que listam critérios de impactos ambientais para produtos
através do seu ciclo de vida. São semelhantes aos selos de produtos
alimentícios que detalham seu teor de gordura, açúcar ou vitaminas. Listam
critérios de impactos ambientais para os produtos considerando o seu ciclo de
vida. Não estão diretamente vinculados à sua fabricação ou comercialização. O
julgamento do produto cabe ao consumidor.
8. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
https://rumoaqualidade.files.wordpress.com/2010/06/rotulagem-ambiental.pdf
ACESSADO EM 02/10/2016
http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36067/TCC%20-%20Selos
%20Verdes%20-%20Ana%20Paula.pdf?sequence=1
ACESSADO EM 02/10/2016

http://ucbweb.castelobranco.br/webcaf/arquivos/23813/7849/AULA_10_082_Pa
rte_I_ROTULAGEM_AMBIENTAL.pdf
ACESSADO EM 02/10/2016

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