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Desenvolvimento Mediúnico
Modulo 12
Colégio Tenda de Umbanda – Apostila: Desenvolvimento Mediúnico - Ensino Religioso
Desenvolvimento Mediúnico
Aulas 45.
“Muitos médiuns vêm nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado
Orixá.
Passaremos uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade:
É um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que
estiverem perto ou longe de você;
É um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
É algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições
que recebe;
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para
o terreiro. Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
„Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu
físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém.‟
Pronto!
Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode
desejar ou precisar...
Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”
Ditado pelo Caboclo Pery em 07/10/2002
Centro Espiritualista Caboclo Pery
Oferendas na Umbanda
corria para comprar algumas e, antes de ir ao centro que eu frequentava, preparava meu
“banho de rosas”.
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Portanto, não é mérito algum meu proceder assim, pois esse é nosso dever: obedecer às
orientações dos nossos guias, que nos amam e querem o melhor para nós, mesmo não
sabendo como eles nos ajudam.
Filho, você precisa dar uma oferenda para orixá tal ou para o guia tal porque precisa
fortalecê-lo. Outra vez outro guia espiritual recomendava isto:
Filho, você precisa firmar uma vela de sete dias para o seu orixá; seu caboclo; seu anjo da
guarda etc.,
Filho, esta pessoa está com uma demanda, e para cortá-la, você precisa dar uma oferenda
para um orixá, um guia da direita ou um guia da esquerda para ele cortá-lo e descarregá-
lo.
Filho, esta pessoa está com uma demanda muito forte e só levando-a no ponto de força do
orixá tal e fazendo uma oferenda para ele é possível ajudá-la, porque não podemos mexer
nesse trabalho aqui no terreiro.
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Pois bem, nós médiuns obedecíamos e tudo ficava bem. Mas, em nossa ignorância e
ingenuidade (no bom sentido, é claro) ficava a impressão de que só seriamos ajudados se
“déssemos” algo em troca.
E, para complicar ainda mais o nosso aprendizado, a comunicação dos Exus e Pombas-
giras colocava uma pá de cal sobre o assunto, pois diziam em alto e bom som:
Para piorar as coisas, ainda tinha algum Exu que dizia isto:
o Quero uma oferenda assim e assim para ajudá-lo a conseguir isso (um emprego, saúde,
um relacionamento etc.) e, depois que conseguir, aí você me dará outra oferenda de
agradecimento assim e assim, certo? E se não der, aí você perderá tudo o que eu lhe dei,
ouviu?
Esse era o alerta extremo e fez com que muitos “pagassem” rigorosamente o que
“deviam”.
Isso era assim, isso é até hoje e sempre será assim, não porque as entidades espirituais
precisam ser pagas de fato, e sim porque as oferendas (ou despachos ou ebós) fornecem-
lhes os recursos energéticos que precisam para poderem auxiliar-nos. Apenas a forma
como pedem esses recursos deixava (e ainda deixa) uma indagação no ar:
Por que preciso pagar ou dar algo em troca para ser ajudado?
Na verdade, essa é a grande verdade jamais revelada, mesmo sendo “guias espirituais”
eles precisam (em certos casos) de que lhes forneçamos os “recursos elementais” para,
manipulando-os magisticamente, ajudarem-nos.
Até certo ponto, eles nos auxiliam com o que possuem em si como seus “poderes
pessoais”. Mas, dali em diante, ou recebem numa oferenda ritual mágico-religiosa os
elementos que precisam ou não têm como trabalhar em nosso benefício, porque só
ativando os elementos magisticamente conseguirão fazer por nós o que só a “magia
elemental” consegue fazer.
Talvez, se tudo tivesse sido colocado de outra forma, tudo teria sido muito mais fácil para
as pessoas que precisavam de auxílio e teriam entendido que na verdade não estavam
pagando nada, e sim fornecendo só os recursos elementais (ou energia dos elementos)
para que as entidades pudessem trabalhar seus problemas, pois na criação tudo é energia
nos mais variados graus vibratórios e “sem energia não se produz nada”.
Os elementos colocados dentro de um espaço mágico (ou em uma oferenda ritual mágico-
religiosa em um ponto de forças na natureza) são as fontes naturais geradoras das
energias mais “densas” que existem. Elas, quando ativadas corretamente, realizam coisas
que nenhuma outra energia consegue realizar.
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Hoje, olhando com outros olhos o meu passado e o que acontece por aí afora com as
“oferendas”, sinto uma imensa tristeza por não ter tido um guia espiritual ou ao menos uma
só pessoa que nos explicasse essas coisas, e foi preciso que um espírito mensageiro cujo
nome simbólico é “Pai Benedito de Aruanda” começasse a nos ensinar por meio dos livros
psicografados por mim, fornecendo-nos gradualmente a resposta para muitas das nossas
práticas “mágico-religiosas” umbandistas.
E foi preciso a vinda de um espírito mensageiro chamado “Mestre Seiman Hamiser Yê”
para nos abrir parcialmente os fundamentos divinos da magia, permitindo-nos uma
compreensão do que já fazíamos, mas não conhecíamos seus fundamentos ocultos.
Dar forças a um guia, não era porque ele estava fraco, e sim era fornecer-lhe os recursos
elementais magísticos para que ele pudesse trabalhar em nosso benefício.
Dar determinadas frutas, bebidas, velas etc., em uma oferenda, não é porque o guia ou o
orixá precise “comer e beber”, e sim porque são recursos elementais mágicos com os
quais nos ajudam na solução dos nossos problemas.
Texto extraído do livro “A Magia Divina das Sete Ervas Sagradas”. Rubens Saraceni /
Editora Madras
Oferendas e Assentamentos
(por Rubens Saraceni)
1. Oferenda de agradecimento;
2. Oferenda de pedido de ajuda;
3. Oferenda de desmagiamento negativo;
4. Oferenda de descarrego;
5. Oferenda propiciatória;
6. Oferenda purificadora
7. Oferenda ritual de firmeza de forças na natureza;
8. Oferenda ritual de assentamento de forças e poderes espirituais e dignos.
1) OFERENDA DE AGRADECIMENTO
Esta oferenda é feita em função do auxílio já recebido. Muitas vezes estamos envoltos em
dificuldades de tal importância que nos ajoelhamos e ali, em nossa fé, invocamos Deus e
algum
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dos seus mistérios ou divindades e pedimos-lhes que nos ajudem, que depois lhes
ofertaremos algo em agradecimento.
Uns fazem promessas, outros prometem uma oferenda na natureza, outros prometem dar
algum auxílio aos necessitados etc.
Quando são promessas, seu cumprimento é uma questão de foro íntimo e, após cumpri-
las, as pessoas sentem-se melhor e em paz com Deus e com a divindade invocada.
Quando são oferendas, a pessoa que as prometeu deverá fazê-las, pois também se sentirá
melhor, e com a grata sensação do dever cumprido.
Saibam que Deus e suas divindades são oniscientes e, por saberem as causas dos nossos
desequilíbrios e das nossas dificuldades, exigem de nós atitudes que nos reequilibrem e
nos livrem das nossas dificuldades.
Portanto, cumprir o que foi prometido não é dar ou fazer algo por Ele e elas, mas é
fazermos algo para e por nós mesmos.
Deus e as divindades não comem, mas, ao lhes ofertarmos uma “ceia ritual” estamos
compartilhando nosso sucesso e nossa vitória, atribuindo-lhes o apoio para que elas
acontecessem. Ali, no momento de “comemoração”, estamos dizendo de forma simbólica
que sem o seu auxílio e das divindades não teríamos tido sucesso, estamos agradecendo-
lhes, e estamos dando prova de nossa fé em seus poderes, reverenciando-os com o que
lhes prometemos.
Esta oferenda vai desde uma vela acesa em um castiçal, pedestal ou altar até a ida a um
ponto de forças da natureza, onde abrimos um espaço mágico e depositamos dentro dele
os elementos mais afins com as forças e os poderes que serão invocados. Esse tipo de
oferenda é muito comum entre os umbandistas que, por terem muitas forças e poderes à
disposição, às vezes a fazem para mais de uma divindade, para obterem mais rápido a
ajuda solicitada. Ela é em si um ato de fé no poder de realização das forças e dos poderes
das entidades de Umbanda Sagrada.
As forças estão assentadas nos pontos de força da natureza e estão à nossa direita e à
nossa esquerda.
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Esse ato mágico encerra-se em si mesmo e a pessoa que o fez só precisa aguardar.
3) OFERENDA DE DESMAGIAMENTO
Esta oferenda deve ser feita sempre que estivermos magiados por trabalhos pesados,
difíceis de serem desmanchados e anulados dentro do centro de Umbanda.
Não são poucos os médiuns ainda inexperientes ou os guias espirituais iniciantes que, no
afã de ajudarem as pessoas magiadas, acabam desencadeando essas reatividades e
complicando-se de tal forma que são obrigados a irem até a natureza e fazerem uma
oferenda descarregadora para se livrarem dos efeitos negativos acarretados.
Muitos guias espirituais e médiuns já tarimbados recomendam à pessoa magiada que ela
vá direto ao ponto de forças e poderes da natureza e ali, dentro dele, faça a oferenda e
invoque uma força espiritual ou um poder divino para que se tome conta da magia
negativa, neutralizem-na e a desmanchem.
Isso é correto, pois a explosão de uma reatividade muito intensa dentro de um centro pode
afetar seus campos protetores de dentro para fora, fato este que abre buracos nele, pelos
quais começam a entrar hordas de espíritos perturbadores.
4) OFERENDA DE DESCARREGO
Esta oferenda deve ser feita nos pontos de força e de poderes da natureza para que ali
aconteçam os mais variados tipos de descarregos, que vão desde espíritos
desequilibrados até quebrantos e mau olhado.
O descarrego não se refere só aos que projetam contra nos mental ou magisticamente,
mas pode ser usado para nos livrar do que atraímos com pensamentos de baixa qualidade.
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Essas ligações acontecem devido à lei das afinidades, que nos ensina que semelhantes se
atraem.
O que é possível ser feito dentro dos centros de Umbanda os guias espirituais fazem, mas
há situações tão complexas que somente descarregando tudo na natureza a pessoa ficará
livre de todas as suas “ligações” com o baixo astral, e sem tumultuar o bom andamento
dos trabalhos realizados dentro dos centros de Umbanda.
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Desenvolvimento Mediúnico
Aulas 46
Oferendas às Divindades
por Rubens Saraceni
Texto do Livro Código de Umbanda
Os elementos materiais em oferenda (flores, frutos e bebidas) são recebidos por guardiões
da natureza (encantados e naturais) e utilizados para o beneficio da pessoa, suas
emanações envolvem nosso corpo energético limpando e descarregando as energias
negativas. Também são levados em essência como um agrado para os tronos localizados
nas dimensões paralelas habitadas por eles.
Todas estas divindades naturais e tronos localizados são conhecidos por nomes
diferentes em culturas diversas, aqui abordaremos sua manifestação como Orixás,
oferecendo informações simples e práticas de como e onde oferendar.
Obs.: caso suas oferendas sejam feitas em locais em que não há uma supervisão nem
limpeza periódica, devem ser utilizados apenas materiais biodegradáveis e se certificar de
que não há o risco de incêndio (acendendo suas velas sem o contato direto com a
folhagem seca), lembrando que ali estamos com amor à natureza e nunca para degradá-la.
OXALÁ
Oxalá é o Orixá da fé, da paz e harmonia, pedimos a ele que nos fortaleça em suas
qualidades. Podemos oferendar Oxalá em todos os lugares, onde sentimos a paz no
contato com a natureza, assim como em campos abertos, bosques, praias limpas e jardins
floridos.
Oferenda: Faça um círculo com sete velas brancas e coloque ao centro frutas diversas,
coco verde (aberto), mel e flores, tudo bem arrumado, e faça seus pedidos em oração e
cantos a este amado Orixá.
OYÁ-TEMPO (LOGUNAN)
Esta amada mãe do tempo atua sobre nossa religiosidade, nos ajudando a manter a ética
religiosa e protegendo contra as emanações negativas provindas de sacerdotes
desequilibrados e “magia negra”, na matéria e no astral. Devemos oferendar a céu aberto
em locais tranquilos da natureza, pois ela age em todos eles, seu campo de atuação é o
próprio “espaço-tempo” onde tudo acontece.
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Oferenda: sete velas brancas, sete velas roxas e sete velas pretas, com cada uma das
cores formando o vértice de seu triângulo de forças, que deve estar com o vértice branco
voltado para você.
Após acender as velas e firmar seu triângulo de forças, deve-se partir um coco seco e
colher sua água. Depois deposite a água dentro de uma das partes do coco e acrescenta-
se licor de anis, que é sua bebida ritual.
Também se deve partir ao meio um maracujá maduro e colocá-lo ao lado do coco, pois
esta é sua fruta ritual.
Após firmar esta oferenda e cobrir a cabeça com um pano branco, diz-se o seguinte:
Amada e divina mãe Oyá, aceite esta minha oferenda como do despertar consciente de
minha religiosidade e fé em nosso Divino Criador. Solicito que me receba em seu amor e
me ampare em todos os sentidos durante esta minha jornada evolucionista no plano
material, e que me livre das tentações, me cubra com seu véu cristalino da fé em Olorum e
me conduza pelo caminho reto que conduz todos os seus filhos na direção da Luz e do
nosso Pai Eterno.
Apresento -me como “fulano de tal” e solicito seu amparo e sua guia luminosa para que eu
me conduza, tanto nos campos luminosos, quanto nos campos escuros, sempre iluminado
pela sua luz cristalina e amparado por minha fé no nosso Divino Criador.
Após proferir com amor e fé esta oração, levantar a cabeça (coberta) e estender as mãos
para o alto, absorvendo as irradiações cristalinas de amor e fé que ela enviará.
OXUM
Oferenda: faça um círculo com sete velas brancas, sete azuis e sete amarelas
intercaladas, ponha dentro flores do campo, maçãs com outras frutas e essência de rosas;
champanhe e licor de cereja, cravos e canela. Ofereça a esta mãe do amor e faça seus
pedidos. Oferenda feita ao lado de uma cachoeira ou rio cristalino.
OXUMARÉ
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Oferenda: Faça um círculo de velas coloridas com uma vela branca, uma vela azul, uma
vela verde, uma vela dourada, uma vela vermelha, uma vela roxa, uma vela rosa e uma
vela marrom terroso.
Colocar no centro um melão aberto numa das pontas e derramar dentro dele um pouco de
champanhe rosé, circundado com flores do campo e mel. Acender uma vela branca no
centro do círculo. Deve-se evocar Oxumaré, solicitando dele o que se deseja, mas que
seja justo para que
acelere suas evoluções, já que se pedirem coisas tortas uma serpente começará a segui-
los e, mais dia menos dia, serão “picados” por ela de forma que os paralisará.
OXÓSSI
Oxóssi é o caçador, Orixá da “busca”, estimula e irradia o conhecimento. Nos ajuda na arte
da comunicação, na expansão em todos os sentidos. Dominando o elemento vegetal
também pedimos seu auxílio para a cura através das ervas. Oferenda: Faça um círculo
com sete velas brancas, sete velas
verdes e sete velas rosa; ofereça dentro do círculo cerveja e vinho doce; flores do campo e
frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas. Nos ajudará a expandir nossos
conhecimentos e empreitadas.
OBÁ
Obá é a senhora da terra que dá sustentação ao vegetal, ela nos ajuda a concentrar nosso
emocional nos tornando mais objetivos e diretos, saindo da dispersão e nos tornando mais
“pé no chão”.
Oferenda: Faça um círculo com sete velas brancas, sete velas verdes e sete velas
magenta (ou marrom). Dentro do círculo deposite um coco verde, vinho licoroso tinto, água
com hortelã macerada, mel ou açúcar e flores do campo.
O coco verde deve ser aberto em uma de suas pontas e o mel deve ser derramado dentro
da água em seu interior, assim como se deve abrir um buraco no solo para que pelo
menos metade do coco fique dentro da terra.
Portanto, deve-se levar uma ferramenta para abrir um pequeno buraco na terra.
Ao oferendar Obá solicita-se amparo e proteção nos trabalhos espirituais que serão
concedidos, mas de forma silenciosa e discreta, pois assim é a natureza cósmica dessa
nossa amada mãe divina da terra. Sempre que se desejar saudá-la, deve-se derramar três
vezes um pouco de água na frente do altar e três vezes na frente do templo, pronunciando
mentalmente ou vocalizando esta saudação-mantra: “Akirôobá-yê!” (Eu saúdo o seu
conhecimento, Senhora da Terra!) ou (Eu saúdo a terra, Senhora do Conhecimento!). Esta
oferenda deve ser feita próximo a matas e em contato direto com a terra.
XANGÔ
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Oferenda: Fazer um círculo com sete velas brancas, sete vermelhas e sete marrom;
depositando dentro cerveja escura, vinho tinto doce e licor de ambrósia; flores diversas,
tudo colocado em uma cachoeira, montanha ou pedreira.
IANSÃ
Esta amada mãe é um orixá dos ventos, aplicadora da lei na vida dos seres emocionados
pelos vícios. Ela nos ajuda a encontrar a melhor direção a seguirmos em nossa jornada.
Guerreira, nos ajuda a vencer as dificuldades do caminho.
Oferenda: faça um círculo com sete velas brancas, sete amarelas e sete vermelhas;
depositando ao centro champanhe branca, licor de menta e de anis ou de cereja; rosas e
palmas amarelas, tudo colocado em uma pedreira, campo aberto, beira mar, cachoeiras...
OGUM
Um dos Orixás mais conhecidos e cultuados, Ogum é o grande vencedor das demandas,
nos traz a coragem e determinação. Manifesta -se em ordenação na nossa vida, muitas
vezes tirando a imagem errônea que temos de nós mesmos e daqueles que nos cercam.
Torna as pessoas mais “retas” e justas. É muito evocado para ajudar nas dificuldades
materiais.
Oferenda: Faça um círculo com sete velas brancas, sete azuis e sete vermelhas;
depositando em seu interior cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cravos,
depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas etc.
EGUNITÁ
Amada mãe do fogo que purifica, aplicadora da Justiça Divina na vida dos seres
racionalmente desequilibrados. Purifica os excessos emocionais, desvirtuados e viciados.
Solicitamos muito o amparo desta mãe para cortar “magia negra” e descarregar energias
negativas.
Oferenda: sete velas vermelhas, sete velas douradas, sete velas azuis, sete velas
amarelas e treze velas brancas; um copo com água, um copo com licor de menta; uma
pemba vermelha e uma pemba branca.
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Observem que as 13 velas brancas formam duas linhas, uma vertical e outra horizontal,
dentro do losango.
Após firmar este ponto de forças de Egunitá no solo, deve-se, então, colocar dentro do
losango um copo com licor de menta e outro com água, uma pemba branca e outra
vermelha.
Depois se deve cercar a oferenda com flores de palmas vermelhas, para só então se
apresentar a ela, solicitando que ela atue a seu favor com seus aspectos (qualidades,
atributos e atribuições) positivos, que são os que a Umbanda permite, aceita e a eles
recorre para anular os
aspectos negativos utilizados pelos magos negros que pululam na periferia da Umbanda e
do Candomblé, em uma faixa sombria e negativa, totalmente fora da Lei, mas dentro da
faixa vibratória onde Egunitá atua com seus aspectos negativos, executando seres que
atuam de forma contrária aos princípios luminosos da Lei Maior.
Sempre que se oferendar à orixá Egunitá, deve -se oferendar à senhora Pomba-gira do
Fogo com rosas vermelhas, velas vermelhas e champanhe rosé.
OBALUAYÊ
Orixá que rege a estabilidade e evolução dos seres, tem qualidades mobilizadoras e
transmutadoras. Como evoluir é crescer mentalmente, passar de um estágio para o outro,
este amado Orixá nos ajuda a passar pelos momentos difíceis, sempre com calma,
resignação e perseverança. Orixá curador por excelência, nos ajuda a passar do estado de
doença para a cura.
Oferenda: faça um círculo com sete velas brancas e deposite dentro vinho rosé licoroso,
água potável, coco fatiado coberto com mel e pipocas, rosas, margaridas e crisântemos,
tudo colocado no cruzeiro do cemitério, à beira-mar ou à beira de um lago.
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NANÃ
Oferenda: faça um círculo com sete velas brancas, sete roxas e sete rosas; colocando ao
centro do círculo champanhe rosé, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa
e melão, tudo à beira de um lago ou mangue.
IEMANJÁ
Amada mãe da geração da vida e da maternidade. Sempre pedimos sua proteção para
começar algum projeto novo, para nos amparar e dar condições de sermos melhores mães
e pais para nossos filhos. Sua força e proteção abrange muitos outros campos através de
suas qualidades, atributos e atribuições.
Oferenda: faça um círculo com sete velas brancas, sete azuis e sete rosas; colocando no
centro champanhe, calda de ameixa ou de pêssego, manjar de coco, arroz-doce e melão,
rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar.
OMULU
Oferenda: sete velas brancas, sete pretas e sete vermelhas, água, coco, vinho doce
licoroso, mel, pipoca e um pouco de sal grosso dentro de um pires.
As velas podem ser acesas em um triângulo com a vela branca no Norte, a vermelha no
Leste e a preta no Oeste. Ou podem ser acesas em círculos, com as brancas no interior,
as vermelhas no círculo do meio e as pretas no círculo mais externo. Só depois de acendê-
las é que se colocam dentro do círculo e diretamente sobre a terra os alimentos e bebidas
que recomendamos.
A água deve ser colocada em um copo, o vinho em uma taça, o coco ralado ou fatiado
deve ser colocado em um prato, o mel e o sal grosso em um pires ou pratinho de plástico,
a pipoca deve ser colocada em um prato, que também pode ser de plástico branco.
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Desenvolvimento Mediúnico
Aulas 47.
Toalha ou pano de cor branca; • velas brancas; • frutas brancas (melão, goiaba etc.); •
vinho branco doce ou suave; • flores brancas (todas); • fitas brancas; • linhas brancas; •
comidas brancas (canjica, arroz doce, coalhada adocicada etc.); • pães; • mel; • farinha de
trigo (para circular e fechar por fora as oferen-das); • coco seco e sua água colocada em
copos; • coco verde com uma tampa cortada e um pouco de mel derramado dentro da sua
água; • água em cálices ou copos; • pedras de cristais de quartzo branco (se for solicitado);
• pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em espiga, cru e ainda leitoso.
Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azul celeste; • fitas brancas e fitas
azul celeste (ou todas as cores); • linhas brancas e linhas azul celeste; • frutas sementeiras
(melão, maracujá, mamão, pinha etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água
adocicada com açúcar ou mel; • flores coloridas; • coco verde; • licor ou suco de maracujá;
• farinha de arroz (para circular e fechar a oferenda); • semente de feijão branco
semicozida e misturada ao mel de abelha; • açúcar, colocado em um prato branco e
regado com mel de abelha; • pembas coloridas.
Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e
verde; • frutas de qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e
cozido, maçã cozida e regada com mel ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto;
cerveja branca; • sucos de fruta; • pembas brancas e verdes; • fubá (para circular e fechar
a oferenda).
Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas branca
e marrom; • frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba
vermelha); • vinho tinto seco; cerveja preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e
levemente cozido, rabada cozida com cebolas cortadas em rodelas); • pembas branca,
marrom e vermelha; • licor de chocolate.
Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas
branca e vermelha; • cordões branco e vermelho; • flores (cravo e palmas vermelhas); •
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frutas (melancia, laranja, pera, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de
gengibre; • cerveja branca; pembas branca e vermelha; • comida (feijoada).
Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas • flores
(crisântemos brancos, quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca
estalada, batata doce roxa cozida e regada com mel de abelha, beterraba cozida e regada
com mel; mandioca cortada em “toletes” cozida e açucarada; • bebidas (vinho branco
licoroso, água em copos, licor de ambrósia); • pembas brancas.
Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas
branca e azul escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de
anis; • frutas (laranja, uva, caqui, amora, figo, romã, maracujá azedo); flores (do campo,
palmas brancas, lírios brancos).
Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e
azul; • linhas rosa, amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas,
amarelas e vermelhas); • frutas (cereja, maçã, pera, melancia, goiaba, framboesa, figo,
pêssego etc.); • bebidas (champanhe de maçã, de uva e licor de cereja).
Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas
branca, preta e vermelha; • fitas branca, preta e vermelha; • linhas branca, preta e
vermelha; • pembas branca, preta e vermelha • flores (crisântemos, flores do campo, rosas
brancas); frutas (maracujá, ameixa preta, ingá, figo);
• comidas (pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado com mel,
batata doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas
com azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã).
Toalha ou pano laranja; • velas laranja e vermelha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pembas
laranja;frutas (laranja, abacaxi, pitanga, caqui); bebidas (licor de menta, champanhe de
sidra); • flores(palmas vermelhas).
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Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas
amarelas;pembas amarelas;frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia,
melancia, melão amarelo, pêssego e goiaba vermelha); • bebidas (champanhe de uva ou
de sidra; • flores amarelas; • comidas (acarajé; abacaxi em calda, arroz-doce com bastante
canela em pó por cima).
Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores
(do campo, lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce,
framboesa, amora, figo); • bebidas (champanhe rosé, vinho tinto suave, licor de amora,
licor de framboesa, licor de morango).
Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; •
linhas branca ou azul claro; • pembas branca ou azul claro; • flores (rosas brancas, palmas
brancas, lírio branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca,
framboesa); • bebidas (champanhe de uva e licor de ambrósia); • comidas (manjares;
peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó).
Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; •
linhas preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravo vermelho); • frutas
(manga, mamão, limão); • bebidas (aguardente de cana de açúcar, uísque, conhaque) •
comidas (farofa com carne bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado
bovino fritos em azeite de dendê e com cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino
temperado com azeite de dendê e pimenta ardida).
• Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; •
linhas branca e amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva,
pera, laranja, manga, mamão); • bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada
com água de coco); • flores (flor do campo, cravo, palmas); • comidas (acarajé, bolo de
milho, farofa, carne seca cozida e com cebola fatiada, quindim).
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Toalha ou pano branco; • velas branca e azul claro; • fitas branca e azul claro; • linhas
branca e azul claro; • pembas branca e azul claro; • flores (cravos brancos, palmas
brancas); • frutas (várias); • comidas (peixes assados, peixes fritos, peixes cozidos,
camarões, farofa com carne); • bebidas (rum, aguardente).
Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas
branca, cor-de-rosa e azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); •
frutas (uva, pêssego, pera, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixa); • comidas (doces de
frutas, arroz doce, cocadas, balas, bolos açucarados, quindins); • bebidas (refrigerantes,
água de coco, suco de fruta).
Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas bicolores preta e vermelha; • fitas preta e
vermelha; linhas preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravos); • frutas
(manga, limão, laranja, pera, mamão); • bebidas (licores, cinzano, pinga com mel) •
comidas (fígado bovino picado e frito em azeite de dendê, farofas apimentadas).
As oferendas para os Caboclos e as Caboclas, no geral, são iguais às dos Orixás que os
regem.
No parti-cular, são acrescentados elementos indicados por eles.
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Desenvolvimento Mediúnico
Aulas 48.
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Pegamos o ponto de Caboclo, bem sabemos que este ponto riscado e Universal na linha
de Caboclos e isto servem para todos que estão aqui, bem continuando, se seu Caboclo
não lhe apresentou nenhum ponto riscado este ponto riscado você pode fazer para entra
em contato com ele.
Caso você não incorpore pode se abrir o ponto para chamar as força de um Caboclo de
devoção para entrar em contato com o magnetismo dos caboclos que e potencialmente
expansor e ele ampliam os nossos sentidos sensoriais também os sentidos mediúnicos, ré
energiza o campo vibratório espiritual os nossos chacras e trás a vitalidade espiritual que
buscamos naquele momento.
Este ponto pode ser riscado na sua casa ou para você para trazer toda esta energia para
sua casa ou para você.
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As oferendas nos cruzamentos ganharam fama de “macumba” porque são uma das
expressões mais visíveis dessas religiões fora dos Templos. Mas, na verdade, eles são
oferendas em geral preparadas para o orixá Exu, geralmente pedindo proteção. São
colocadas em encruzilhadas porque esses lugares representam a passagem entre dois
mundos. Existem, sim, despachos feitos para fazer mal aos outros, mas a Umbanda não
pratica esse tipo de magia inconsequente.
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Desde que foi concebido no ventre de sua mãe terrena, este mentor lhe acompanha. Vou
denominá-lo de Caboclo X. Protegeu sua gestação turbulenta e, no dia do seu nascimento,
o envolveu com fluidos e vibrações de boas vindas. Cresceu com conforto material, mas
com grande desconforto emocional, motivo que lhe causou forte rebeldia em sua
adolescência. Foi quando começou a se abrir para o mundo, não da maneira como devia,
mas do jeito que teve condições.
Se envolveu com pessoas ruins que o levou a uma vida escura da Terra. Caboclo X nada
podia fazer; lhe foi ordenado que apenas o assistisse sem se envolver, pois sabia que no
momento certo se encontrariam. Caboclo X tinha como missão preparar o jovem médium
para o tal encontro. Na sua juventude começou se dar conta do que sua vida estava se
tornando.
Foi quando começou a procurar ajuda espiritual e por muitas religiões e filosofias passou
sem que seu coração fosse tocado. Caboclo X já havia preparado seu médium e era a
hora de cuidar de seu tutelado. Invocou seu irmão falangeiro e juntos desceram à crosta
terrestre. Quando chegaram na casa do tutelado ele estava em sono profundo tendo
pequenos delírios causados pelos espíritos trevosos que há muito lhe acompanhavam.
Caboclo X e seu irmão são falangeiros de Oxóssi e, naquele momento, irradiaram no local
uma forte luz para afastar os quiumbas. Eles eram tão covardes que nem reagiram,
sumiram num passe de mágica. Caboclo X imantou o corpo de seu tutelado com uma
mistura de ervas espirituais para lhe curar as chagas abertas pelos quiumbas. Nesta noite
falou com ele em sonho e lhe mostrou onde encontraria a paz espiritual.
Alguns dias depois, o tutelado já estava mais calmo e sentiu imensa vontade de ir a um
Terreiro que conheceu quando criança. Caboclo X o esperava, Aruanda estava em festa,
chegou o grande dia. Quando o tutelado viu a chegada de Caboclo X logo foi apossado de
um imenso desejo de estar naquela Gira (era seu irmão falangeiro agindo em seu mental).
No momento do passe espiritual se abraçaram, o tutelado não entendia por que tanta
atenção e carinho, mas correspondia. E assim foram por alguns meses, Caboclo X
cuidando de sua mente e seu espírito.
Começa então o grande sofrimento dos que o rodeiam. Mais uma vez Caboclo X tinha que
assistir sem interferir. Seu tutelado apossado por um sentimento de poder e cego pela
vaidade já sentia-se superior a Caboclo X, virou-lhe as costas e quis seguir sua vida e seus
conceitos já deturpados. Caboclo X sofre e chora sua distância e acredita no retorno de
seu tutelado, não só Caboclo X assim como seu irmão falangeiro e toda a Linha de
espíritos da luz que o acompanha.
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Assisti com muita pena a vaidade aflorando e sua baixa vibração se instalando em meu lar,
destruindo o amor, carinho e companheirismo que ali existia, apesar de caminhos
tortuosos os quais trilhamos muitas vezes, mas resistíamos, levantando-nos sempre. Mas
este sentimento inadmissível a um médium não só o afastou da espiritualidade como
abandonou a família, divergiu com os amigos, toda conduta e ensinamentos extinguiram-
se.
Espero que a todos os médiuns fique, desse pequeno depoimento, um alerta para que a
vaidade não destrua seus caminhos, pois somos todos pessoas comuns, iguais perante as
leis Divinas; somente emprestamos nossa matéria a serviço da caridade suprema e não
temos nem como nos julgarmos melhores que ninguém por isso.
Ao irmão Falangeiro de Caboclo X, fica aqui a minha saudade, pois não mais nos falamos
com o afastamento de seu tutelado, mas sinto sua vibração e proteção e agradeço sempre.
Continuemos então fazendo nossas orações, emanando vibrações positivas para que esse
médium que outrora foi tão dedicado, volte à sua missão terrestre e que seus mensageiros
possam trabalhar novamente transmitindo os ensinamentos com a força de nosso Pai
Maior.
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O texto abaixo é uma versão editada de fragmentos retirados do excelente livro “Os
Mensageiros”, de Chico Xavier, por André Luiz, Editora FEB. Trata-se de relatos nos quais
médiuns desencarnados que falharam em suas missões e, de volta ao Nosso Lar,
apresentam reflexões oportunas a todos nós. Livremente editado por mim, Alexandre
Cumino.
PRIMEIRO CASO:
“Aos vinte anos de idade fui chamado à tarefa mediúnica… A vidência, a audição e a
psicografia que o Senhor me concedera, por misericórdia… Entretanto, apesar das lições
maravilhosas de amor evangélico, inclinei-me a transformar minhas faculdades em fonte
de renda material… Não era meu serviço igual a outros? Não recebiam os sacerdotes
católicos-romanos a remuneração de trabalhos espirituais e religiosos? Se todos
pagávamos por serviços ao corpo, que razões haveria para fugir ao pagamento por
serviços à alma?
SEGUNDO CASO:
Grande número de famílias abastadas tomou-me por consultor habitual para todos os
problemas da vida. As lições de espiritualidade superior, a confraternização amiga, o
serviço redentor do Evangelho e as preleções dos emissários divinos ficaram à distância.
Não mais a escola da virtude, do amor fraternal, da edificação superior, e sim a
concorrência comercial, as ligações humanas legais ou criminosas, os caprichos
apaixonados, os casos de polícia e todo um cortejo de misérias da Humanidade, em suas
experiências menos dignas… E transformei a mediunidade em fonte de palpites materiais
e baixos avisos.
– Mas a morte chegou… a ronda escura dos consulentes criminosos, que me haviam
precedido no túmulo, rodeou-me a reclamar palpites e orientações de natureza inferior.
Queriam notícias de cúmplices encarnados, de resultados comerciais, de soluções
atinentes a ligações clandestinas.
Gritei, chorei, implorei, mas estava algemado a eles por sinistros elos mentais…
TERCEIRO CASO:
Fiz quanto pude – exclamava uma velhinha simpática para duas companheiras que a
escutavam atentamente – … mas… e o marido? Amâncio nunca se conformou. Se os
enfermos me procuravam no receituário comum, agravava-se-lhe a neurastenia; se os
companheiros de doutrina me convidavam aos estudos evangélicos, revoltava-se,
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ciumento. Que pensam vocês? Chegava a mobilizar minhas filhas contra mim. Como seria
possível, em tais circunstâncias, atender a obrigações mediúnicas?
Todavia – ponderou uma das senhoras que parecia mais segura de si –, sempre temos
recursos e pretextos para fugir às culpas. Encaremos nossos problemas com realismo. Há
de convir que, com o socorro da boa vontade, sempre lhe ficariam alguns minutos na
semana e algumas pequenas oportunidades para fazer o bem. Para trabalharmos com
eficiência – tornou a companheira, sensata –, é preciso saber calar, antes de tudo.
Teríamos atendido perfeitamente aos nossos deveres, se tivéssemos usado todas as
receitas de obediência e otimismo que fornecemos aos outros.
Não executei minha tarefa mediúnica em virtude da irritação que me dominou, dada a
indiferença dos meus familiares pelos serviços espirituais. Nossos instrutores, aqui, muito
me recomendaram, antes, que para bem ensinar é necessário exemplificar melhor.
Entretanto, por minha desventura, tudo esqueci no trabalho temporário da Terra.
Não suportava qualquer parecer contrário ao meu ponto de vista, em matéria de crença,
incapaz de perceber a vaidade e a tolice dos meus gestos. Preparei-me o bastante para
resgatar antigos débitos e efetuar edificações novas; contudo, não vigiei como se impunha.
O chamamento ao serviço ressoou no tempo próprio, orientando-me o raciocínio a
melhores esclarecimentos; nossos instrutores me proporcionavam os mais santos
incentivos, mas desconfiei dos homens, dos desencarnados e até de mim mesma. Nos
estudiosos do plano físico, enxergava pessoas de má fé; nos irmãos invisíveis, presumia
encontrar apenas galhofeiros fantasiados de orientadores e, em mim mesma, receava as
tendências nocivas. Muitos amigos tinham-me em conta de virtuosa, pelo rigor das minhas
exigências; todavia, no fundo, eu não passava de enferma voluntária, carregada de
aflições inúteis… […] o receio das mistificações prejudicou minha bela oportunidade.
QUARTO CASO:
QUINTO CASO:
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SEXTO CASO:
Foi, então, que abusei da lente sagrada a que me referi. A volúpia das grandes sensações,
que pode ser tão prejudicial como o uso do álcool que embriaga os sentidos, fez olvidar os
deveres mais santos… não estava satisfeito senão com rever meus companheiros visíveis
e invisíveis, no setor das velhas lutas religiosas. Impunha a mim mesmo a obrigação de
localizar cada um deles no tempo, fazendo questão de reconstituir-lhes as fichas
biográficas, sem cuidar do verdadeiro aproveitamento no campo do trabalho construtivo.
“A audição psíquica tornou-se-me muito clara; entretanto, não queria ouvir os benfeitores
espirituais sobre tarefas proveitosas e sim interpelá-los, ousadamente, no capítulo da
minha satisfação egoística. “Não faltaram generosas advertências”. Mas, qual! Eu não
queria saber senão das minhas descobertas pessoais.
SÉTIMO CASO:
“Por vezes, após longa doutrinação sobre a paciência, impondo pesadíssimas obrigações
aos desencarnados, abria as janelas do grupo de nossas atividades doutrinárias para
descompor as crianças que brincavam inocentemente na rua. Isso, quanto a coisas
mínimas, porque, no meu estabelecimento comercial, minhas atitudes eram inflexíveis.
Raro o mês que não mandasse promissórias a protesto público. Lembro-me de alguns
varejistas menos felizes, que me rogavam prazo, desculpas, proteção. Nada me demovia,
porém. Os advogados conheciam minhas deliberações implacáveis. Não conseguia
perceber que a existência terrestre, por si só, é uma sessão permanente.
Passei para cá, qual demente necessitado de hospício. Tarde reconhecia que abusara das
sublimes faculdades do verbo. Como ensinar sem exemplo, dirigir sem amor? Entidades
perigosas e revoltadas aguardaram-me à saída do plano físico…
É alguns bons amigos me trouxeram até aqui. E imagine o irmão que meu Espírito infeliz
ainda estava revoltado.
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Movida pelo curiosidade, comecei inclusive a procurar outros Terreiros de Umbanda para
conhecer outros praticantes e tentar estar mais envolvida na religião – o que não era muito
fácil, estando longe do Brasil. Ainda assim, encontrei alguns Terreiros e decidi ir conhecer
um deles.
Quando tomei esta decisão, com alguma ansiedade, não levei em conta muitas coisas
importantes: deveria falar com o meu Pai de Santo? Poderia incorporar na Gira do outro
Terreiro? Ir noutro Terreiro poderia me prejudicar de alguma forma? Nem sequer pensei
sobre tudo isso.
Ao chegar na Gira do outro Terreiro, logo reparei nas diferenças em comparação com o
meu: o altar era bastante diferente, o ritual era diferente, a forma de cantar os Pontos era
diferente, dentre outras coisas. Eu não conhecia nenhum Terreiro para além daquele que
frequentava, e essas diferenças me fizeram pensar até que ponto os dirigentes das
diferentes casas poderiam trabalhar cada qual à sua maneira, sem colocar em causa a
Umbanda enquanto religião.
Quando começou a Gira, comecei a sentir a vibração forte das entidades e a ter a
sensação de incorporação. Não sabia se poderia deixar isso acontecer ou não, e neste
momento a dirigente da casa, percebendo o que se passava, veio falar comigo e me
autorizou a ir para o lado de dentro, para trabalhar com os outros médiuns da casa. Assim
o fiz e tudo correu bem.
Após a Gira conversei um pouco com a dirigente e ela disse que eu poderia frequentar
aquele Terreiro se quisesse, desde que o meu Pai de Santo autorizasse. Fiquei feliz da
vida, pois dividida entre os dois Terreiros eu teria Giras pelo menos três vezes por semana!
Decidi assumir este compromisso com o outro Terreiro e continuei a ir às Giras sem falar
sobre o assunto com o meu Pai de Santo. Eu sentia que tinha que ser livre para viver a
minha religião da forma que quisesse e que, da mesma forma que os católicos podem
frequentar diferentes igrejas, espíritas podem frequentar diferentes Centros, os
umbandistas também poderiam frequentar diferentes Terreiros, sem qualquer mal.
Contudo, com o passar do tempo, as coisas começaram a não correr bem. Algo dentro de
mim me dizia que aquela situação não parecia correta. Decidi, então, falar com o meu Pai
de Santo e explicar o que estava acontecendo. Ele não ficou bravo ou chateado por eu
estar frequentando outra casa, apenas me explicou:
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Esta explicação me fez todo o sentido. Meu Pai de Santo disse que se eu quisesse
frequentar outros Terreiros poderia fazer, mas que eu deveria ficar na assistência, do lado
de fora, para que não houvesse nenhuma confusão no meu trabalho mediúnico. Por isso,
parei de ir às Giras do outro Terreiro, decidi me dedicar à casa que eu frequentava desde o
início e a ter cuidado com a ansiedade de experimentar tudo ao mesmo tempo. O meu
Terreiro era bom para mim, não havia razão para procurar outros lugares e poder me
prejudicar.
Com o tempo, fui aprendendo que os umbandistas ouvem muitas contradições sobre este
assunto. Alguns dirigentes inclusive proíbem os filhos da casa de frequentar outras casas,
mesmo que seja na assistência. Temos que ter cuidado e tentar perceber esta questão à
luz da doutrina da Umbanda. Conhecer outras realidades, conhecer outros médiuns e
dirigentes e visitar outra casa não nos traz mal nenhum e não prejudica o nosso
desenvolvimento. Mas incorporar e trabalhar, devemos os fazer somente no Terreiro do
qual escolhemos fazer parte, sendo fiéis à família espiritual que ali trabalha conosco.
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