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“nossos atos falhados são atos que são bem sucedidos, nossas palavras que tropeçam são
palavras que confessam” (Lacan, Seminário 1, pág. 312)
Coordenação
Alessandra Santos Silveira
Carina Andrade Argolo
De 2015/2 a 2017/1
III- Resumo
Abertura
Durante abertura do Seminário 1, Lacan expõe que o mestre não ensina ex-cátedra uma
ciência já pronta, dá a resposta quando os alunos estão a ponto de encontrá-la.
Esta forma de ensino é uma recusa de todo sistema. Lacan acredita ser um erro reduzir o
pensamento de Freud a palavras gastas, pois funciona como uma dialética, só se apreende essas
noções situando-as no seu contexto.
Com a interpretação dos sonhos, a história do pensamento adquire outro sentido, pois o
que está em questão é a subjetividade do sujeito, seus desejos, sua relação com o meio, com os
outros e com a própria vida. Lacan se propõe neste seminário a reintroduzir o registro do sentido.
Freud afasta-se de uma linguagem já formada, da má linguagem, e considera a noção de
sujeito. Para considerar a noção de sujeito introduz-se a si mesmo em causa e acredita que só
fará progressos na análise das neuroses se se analisar.
O ideal da análise não é o domínio completo de si, a ausência de paixão. É tornar o sujeito
capaz de sustentar o diálogo analítico, de não falar nem muito cedo, nem muito tarde. É a isso
que visa a análise didática. A descoberta de Freud é a redescoberta, num terreno não cultivado,
da razão.