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AGO./1991 NB-1366
Fabricação de comportas hidráulicas
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA

Procedimento

Origem: Projeto 04:007.03-005/88


CB-04 - Comitê Brasileiro de Mecânica
Copyright © 1990, CE-04:007.03 - Comissão de Estudo de Grades e Comportas
ABNT–Associação Brasileira NB-1366 - Hydraulic gates - Manufacturing - Procedure
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Comporta hidráulica 8 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO TB-2 - Soldagem elétrica - Terminologia


1 Objetivo
2 Documentos complementares TB-164 - Comportas hidráulicas - Terminologia
3 Definições
4 Condições gerais 3 Definições
5 Condições específicas
6 Inspeção Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini-
ANEXO - Figuras dos na TB-2 e TB-164.

4 Condições gerais
1 Objetivo
4.1 Materiais
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para fa-
4.1.1 Todos os materiais utilizados devem ser da melhor
bricação de comportas hidráulicas metálicas, calculadas
qualidade comercial, sem uso anterior e isentos de defei-
conforme NB-910.
tos e oxidação.
Nota: Estruturas metálicas que tenham ligação com as comportas
4.1.2 Os materiais utilizados devem ser acompanhados de
hidráulicas, mas que não sofram carga hidráulica, devem
ser fabricadas segundo normas aplicáveis a elas. um certificado do fornecedor, comprovando as suas pro-
priedades físicas e químicas. A utilização de materiais, que
não disponham de certificados de qualidade, está sujeita
2 Documentos complementares
a uma comprovação com o mesmo volume de ensaios
previstos para os materiais certificados.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
4.1.3 Para componentes secundários, tais como chumba-
NB-93 - Rugosidade das superfícies - Procedimento dores, chapas de espera, contrapesos, etc., é suficiente
um certificado do fornecedor contendo a composição quí-
NB-910 - Cálculo de comportas hidráulicas - Proce- mica, o qual pode ser dispensado mediante acordo entre
dimento este e o comprador.

PB-35 - Chapas grossas de aço-carbono e de aço 4.1.4 Para componentes soldados devem ser utilizados
baixa liga e alta resistência - Requisitos gerais - Pa- materiais de uma classe de qualidade com soldabilidade
dronização comprovada e coerente com seus estado de solicitação.
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4.1.4.1 Caso não exista relacionada nas prescrições de for- f) tolerâncias e folgas de montagem;
necimento dos materiais uma classe de qualidade, a ade-
quabilidade para soldagem do material deve ser compro- g) pontos recomendados para suspensão (quando
vada por meios apropriados. aplicável);

4.1.5 A escolha dos materiais para componentes mecâni- h) soldas e uniões de campo;
cos é influenciada pela sua função, grau e tipo de solicita-
ção, sua forma, processo de usinagem escolhido e sua i) eletrodos recomendados;
quantidade.
j) gabaritos;
4.1.6 Ensaios exigidos que não constam nas respectivas
normas dos materiais devem ser previamente estabeleci- k) lista dos documentos de referência;
dos de comum acordo entre o fornecedor e o comprador.
l) instruções para reparo da pintura ou revestimento.
4.1.7 Para peças prontas feitas em série, como buchas, ro-
lamentos, etc., deve ser previamente estabelecida a exe-
4.2.4 Especificação de proteção anticorrosiva
cução de ensaios de recepção.
Deve conter a descrição dos requisitos necessários para
4.2 Documentos
aplicação da proteção anticorrosiva dos equipamentos,
São considerados integrantes do processo de fabricação definida de acordo com 6.7.
os documentos, quando aplicáveis, citados em 4.2.1 a
4.2.5. 4.2.5 Programa de inspeção e controle

4.2.1 Desenhos Deve conter os dados necessários para a execução das


inspeções definidas no Capítulo 6.
Os desenhos de fabricação devem apresentar, quando
aplicável: Nota: Por ocasião da confirmação do pedido de compra, deve ser
definida, de comum acordo entre o fabricante e o compra-
dor, a relação dos documentos e cronogramas a serem
a) implantação do equipamento nas obras civis; apresentados.

b) conjunto e subconjuntos da comporta, peças fixas, 4.3 Manuseio


acionamentos e equipamentos auxiliares;
4.3.1 Estruturas, componentes e acessórios das comportas
c) detalhamento. devem ser movimentados, durante a fabricação, montagem
ou ensaios, por pessoal devidamente habilitado. Deve-se
4.2.2 Listas de materiais evitar procedimentos que prejudiquem a peça, tais como,
arraste ou içamento parcial, choques, deslocamento e de-
Listas de materiais devem conter, basicamente, o seguinte:
posição em locais de tráfego, em ambientes corrosivos ou
próximos a redes de alta tensão.
a) título do equipamento;
4.3.2 O içamento deve ser feito sempre por meio de olhais
b) itemização das peças;
e dispositivos, definitivos ou provisórios, especificamente
destinados para esse fim, devendo-se evitar a passagem
c) quantidade; de cabos de aço ou engates de gancho em peças usinadas
ou frágeis, que possam ser danificadas.
d) dimensões;
4.3.3 Peças esbeltas ou flexíveis devem ser movimentadas
e) massa; apoiadas em bases rígidas ou nervuradas provisoriamente.

f) material. 4.4 Embalagem para transporte

4.2.3 Instruções de montagem 4.4.1 Peças estruturais, componentes e acessórios das


comportas devem ser adequadamente protegidos, até a
As instruções de montagem devem conter, no mínimo, o montagem, contra os perigos de choques, esforços ou de-
seguinte: formações indevidas e deterioração pelo meio ambiente.

a) título do equipamento a ser montado; 4.4.2 Peças ou componentes de grande porte devem ser
protegidos para transporte por meio de adequado número
b) relação dos equipamentos auxiliares de monta- de dispositivos de içamento, suportes e escoramento.
gem;
4.4.3 Peças frágeis e superfícies usinadas em geral devem
c) marcações de montagem; ser protegidas com madeira ou outro material adequado,
contra danos mecânicos.
d) seqüência de montagem;
4.4.4 Peças não protegidas e suscetíveis de efeito eletrolítico
e) dimensões e massas das peças principais; não devem ser colocadas em contato. De preferência,
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deve-se usar embalagens diferentes para lotes de mate- adequada concordância das superfícies adjacentes, as
riais diferentes. quais devem ser desbastadas e esmerilhadas ou usina-
das, para garantir um perfeito alinhamento.
4.4.5 Equipamentos e componentes, que possam vir a ser
danificados pela água de chuva, devem ser protegidos por 5.3.2 As superfícies sem acabamento devem ter todas as
meio de cobertura impermeável adequada. saliências e rebarbas desbastadas e esmerilhadas.

4.4.6 Peças avulsas tais como parafusos, porcas, chum- 5.3.3 De modo geral, as superfícies de contato devem ser
badores, tubos, conexões, vedações, barras de ajustes usinadas de forma a garantir o contato total.
das vedações, pinos, etc. devem ser identificadas por meio
de etiquetas contendo, no mínimo, o número do desenho
5.3.4 As partes usinadas devem ser cuidadosa e acura-
e a posição em que tais peças se encontram no desenho. damente processadas.
Tais peças devem ser agrupadas para o transporte, devi-
damente embaladas.
5.3.5 Todos os furos para parafusos e pinos devem ser lo-
calizados com precisão ou executados com auxílio de ga-
4.4.7 Nas embalagens que contenham componentes pe-
baritos.
sados, deve-se evitar a distribuição assimétrica das car-
gas. Os componentes devem ser devidamente fixados e
escorados por meio de nervuras ou calços. 5.3.6 O grau de acabamento das superfícies deve ser
indicado nos desenhos de fabricação, de acordo com a
4.4.8 As posições de içamento devem ser claramente in- NB-93.
dicadas na parte externa da embalagem.
5.4 Soldagem
4.4.9 As embalagens devem ser externamente identifica-
das para efeito de transporte. 5.4.1 Os serviços de soldagem devem ser executados de
acordo com normas aplicáveis ao assunto.
5 Condições específicas
5.4.2 Os procedimentos de soldagem devem ser apropria-
5.1 Geral dos para assegurar a qualidade das soldas, sem deixar de-
feitos internos, externos ou distorções.
5.1.1 A fabricação dos equipamentos e seus componentes
deve seguir as mais modernas técnicas aplicáveis e ser
5.4.3 As peças a serem unidas por soldagem devem ser
executada por operários qualificados nas suas atribui-
cortadas cuidadosamente nas dimensões previstas e,
ções, de forma a garantir a montagem adequada, desem-
conforme o caso, calandradas no raio certo, de acordo
penho e segurança nas manobras.
com as dimensões indicadas nos desenhos.
5.1.2 Todos os componentes idênticos devem ser fabri-
cados dentro dos mesmos padrões de material, acaba- 5.4.4 As arestas de cada peça devem ser chanfradas de
mento e tolerâncias. acordo com o tipo de junta, a fim de permitir uma mehor
penetração de solda.
5.1.3 O equipamento deve ser projetado e fabricado de tal
modo, que a facilidade de desmontagem seja considerada 5.4.5 As superfícies cortadas devem apresentar um metal
para fins de manutenção preventiva ou eventuais reparos. são e isento de qualquer defeito causado pela laminação,
O acesso às partes mais delicadas ou sujeitas a desgaste chanfragem ou outro qualquer. As superfícies das chapas
deve envolver o mínimo de desmontagens. a soldar não devem apresentar traços de ferrugem, graxa
ou qualquer outro material estranho.
5.2 Tratamento térmico
5.4.6 Para soldas bimetálicas, os eletrodos devem ser es-
5.2.1 Os tratamentos térmicos podem ser para alívio de colhidos através de testes feitos com pedaços das peças
tensões ou para beneficiamento de material. a serem unidas pela solda.

5.2.2 Os tratamentos térmicos para alívio de tensões de- 5.4.7 Os eletrodos devem ser convenientemente escolhi-
vem ser executados, quando justificáveis, nas peças fa- dos em função do processo de solda. A estocagem dos
bricadas por soldagem, nos componentes sujeitos a ten- eletrodos deve ser feita conforme manda a boa técnica, a
sões alternadas ou que necessitem de estabilidade di- fim de evitar qualquer dano ou deterioração.
mensional, ou nas peças que devem ser usinadas.
5.4.8 Após a execução das soldas, estas devem ser limpas
5.2.3 Os aços devem ser submetidos a tratamentos térmi-
de toda a escória e respingos, devendo apresentar super-
cos ou termoquímicos, sempre que seja necessário alterar
fícies uniformes, lisas, isentas de quaisquer porosidades.
suas propriedades ou conferir-lhes características deter-
minadas pelo projeto.
5.5 Tolerâncias
5.2.4 Os tratamentos térmicos devem ser efetuados de
acordo com procedimentos preestabelecidos, devida- 5.5.1 A finalidade das tolerâncias é garantir uma montagem
mente indicados nos documentos de fabricação. adequada, um bom funcionamento mecânico e uma boa
estanqueidade.
5.3 Usinagem
5.5.2 As tolerâncias de fabricação podem ser complemen-
5.3.1 Na medida do possível, deve ser assegurada uma tadas pelas de montagem.
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5.5.3 No caso de vedação de borracha, o valor de referência Onde:


para a tolerância de estanqueidade pode ser considerado
0,1 L/s por metro linear de vedação. ε = tolerância a ser determinada (mm)

5.5.4 Devem ser consideradas tolerâncias dimensional, de ε0 = tolerâncias indicadas em 5.5.5.1 e 5.5.5.2
forma e de posição. A indicação de uma tolerância dimen-
sional pode limitar ou substituir a tolerância geométrica L = comprimento (m)
correspondente. No entanto, esta deve também ser es-
pecificada, quando necessária. 5.5.6 Para outros tipos de vedação, as tolerâncias devem
ser estabelecidas de modo a garantir a tolerância espe-
5.5.5 Peças fixas: as Figuras 1 e 2, do Anexo, ilustram as cificada para a estanqueidade.
tolerâncias referenciadas a seguir.
5.5.7 Para dimensões lineares sem tolerâncias especifica-
5.5.5.1 Para as tolerâncias de forma e de posição, nas fa- das, podem ser utilizadas as tolerâncias indicadas a seguir:
ses de fabricação e montagem, na região de comporta fe-
chada, com vedação de borracha e para comprimentos de a) até 30 mm ± 1 mm;
até 10 m, podem ser considerados os seguintes valores,
onde aplicáveis: b) de 30 mm até 300 mm ± 2 mm;

a) planicidade das superfícies de apoio de vedação: c) de 300 mmaté 1000 mm ± 3 mm;


2 mm/m e 3 mm no comprimento total (ref. 1);
d) de 1000 mm até 2000 mm ± 4 mm;
b) paralelismo do quadro de vedação: 3 mm (ref. 2);
e) de 2000 mm até 4000 mm ± 6 mm;
c) paralelismo entre superfície de apoio de vedação e
superfície de rolamento ou deslizamento: 1 mm f) de 4000 mm até 8000 mm ± 8 mm;
(ref. 3);
g) de 8000 mm até 12000 mm ± 10 mm;
d) diferença angular entre o plano da soleira e o plano
das superfícies de apoio das vedações laterais: h) de 12000 mm até 16000 mm ± 12 mm;
0,0005 rad. (ref. 4);
i) de 16000 mm até 20000 mm ± 14 mm;
e) retilinearidade dos guiamentos: 2 mm/m e 3 mm no
comprimento total (ref. 5). j) acima de 20000 mm ± 16 mm.

5.5.5.2 Para as tolerâncias dimensionais de fabricação e 6 Inspeção


montagem, na região de comporta fechada, com vedação
de borracha e para comprimentos de até 10 m, podem ser 6.1 Chapas, perfis e barras
considerados os seguintes valores, onde aplicáveis:
6.1.1 Todas as chapas, perfis e barras com função estrutural
a) distância entre centros dos caminhos de rolamento devem ser qualificados em suas composições químicas e
ou deslizamento: ± 3 mm (ref. 6); propriedades mecânicas, comprovadas por meio de cer-
tificado de qualidade do material emitido pelo seu fornece-
b) distância entre superfícies das guias laterais: dor, ou através de ensaios específicos.
+ 5 mm
- 3 mm
(ref. 7);
6.1.2 As chapas com espessura igual ou superior a 19 mm
c) distância entre superfície do caminho de rolamento devem ser controladas através de ensaios de ultra-som.
ou deslizamento e superfície contraguia: ± 2 mm Este controle pode ser feito na totalidade das chapas ou
(ref. 8); por amostragem.

d) distância entre centros das superfícies de apoio de 6.1.3 Deve ser feito controle visual e dimensional do aca-
vedação lateral ± 3 mm (ref. 9); bamento e principais dimensões das chapas e perfilados.
Para o caso de chapas grossas, o afastamento inferior per-
e) distância entre superfície da soleira e centro da missível na espessura deve ser conforme PB-35. Exceções
superfície de apoio de vedação superior: ± 4 mm devem ser justificadas tecnicamente pelo fornecedor do
(ref. 10); equipamento.

f) distância entre superfície do caminho de rolamento 6.2 Peças forjadas e fundidas


ou deslizamento e centro da guia lateral: ± 5 mm
(ref. 11). 6.2.1 As peças forjadas e fundidas devem ter as suas com-
posições químicas e propriedades mecânicas comprova-
5.5.5.3 Para comprimentos maiores que 10 m, as tolerân- das por meio de certificados de qualidade emitido pelo seu
cias podem ser ampliadas conforme a seguinte relação: fornecedor.
ε0 L
ε= (1+ ) 6.2.2 As peças forjadas devem ser submetidas à inspeção
2 10 visual e por ultra-som após a usinagem bruta (desbaste).
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6.2.3 As peças fundidas devem ser submetidas à inspeção c) o ensaio por líquido penetrante ou partículas mag-
visual e por ultra-som ou líquido penetrante, após a usina- néticas deve ser realizado em 100% do compri-
gem bruta (desbaste). mento do cordão;

6.2.4 Eventuais defeitos devem ser reparados, desde que d) os trechos a serem ensaiados devem ser definidos
não comprometam o desempenho e segurança do equi- de comum acordo entre fornecedor e comprador.
pamento. Estes reparos devem ser executados com con-
trole de qualidade específico. 6.5.1.2 Para soldas angulares:

6.2.5 Após a usinagem final, as peças devem ser submeti- a) estas soldas são também denominadas soldas de
das à inspeção visual e de rugosidade da superfície. filete, devendo ser ensaiadas por líquido penetran-
te ou partículas magnéticas;
6.3 Vedação de borracha
b) as soldas estruturais principais, definidas no progra-
As vedações devem ser acompanhadas de certificados ma de inspeção e controle, devem ser ensaiadas
emitidos pelo seu fornecedor, contendo tipo do material e em 100% do comprimento total do cordão;
os resultados dos seguintes ensaios, executados confor-
me normas específicas: c) as soldas estruturais secundárias, definidas no
programa de inspeção e controle, devem ser ensai-
a) tensão de ruptura; adas em 10% do comprimento total do cordão.

b) alongamento até a ruptura; 6.5.1.3 Para soldas bimetálicas e estanques: devem ser
ensaiadas por líquido penetrante ou partículas magnéticas
c) módulo de elasticidade; em 100% dos cordões.

d) dureza shore; 6.5.2 Ensaios destrutivos para as soldas de topo

e) tensão de ruptura após envelhecimento acelerado; 6.5.2.1 Devem ser efetuados ensaios de tração e dobramen-
to de corpos-de-prova em apenso às soldas, conforme
f) absorção de água; definido no programa de inspeção e controle.

g) compressão residual. 6.5.2.2 Os apensos devem ser colocados nas duas extre-
midades de cada cordão de solda e suas dimensões de-
Nota: As vedações devem ser submetidas à inspeção visual e vem ser suficientes para retirar, no sentido transversal da
dimensional. solda, três corpos-de-prova para tração e três corpos-de-
prova para dobramento.
6.4 Outros componentes
6.5.2.3 De cada apenso devem ser ensaiados um corpo-
6.4.1 Rodas, eixos, mancais, etc. devem ser submetidos à de-prova à tração e outro à dobramento lateral.
inspeção dimensional, após a usinagem final e antes de
qualquer montagem, em 100% dos lotes. 6.5.2.4 Se o resultado do ensaio de tração for insatisfató-
rio, devem ser ensaiados os outros dois corpos-de-prova
6.4.2 Buchas, parafusos, chumbadores, etc., após usina- à tração.
gem final, antes de qualquer montagem, devem ser ins-
pecionados dimensionalmente, por amostragem. Os pa- 6.5.2.5 Procedimento análogo se aplica aos corpos-de-
rafusos e porcas de alta resistência devem ser acompa- prova ensaiados a dobramento lateral.
nhados dos respectivos certificados de composição quí-
mica e propriedades mecânicas. 6.5.2.6 Nos casos em que um dos dois últimos corpos-de-
prova ensaiados apresentar resultados insatisfatórios, a
6.5 Soldas solda deve ser rejeitada.

6.5.1 Ensaios não-destrutivos 6.5.3 Critérios de aceitação

6.5.1.1 Para soldas estruturais de topo: 6.5.3.1 Os critérios de aceitação devem estar de acordo
com as normas especificadas para o assunto.
a) devem ser ensaiadas por ultra-som e por líquido pe-
netrante ou partículas magnéticas; 6.5.3.2 As partes rejeitadas devem ser reparadas e nova-
mente submetidas aos ensaios aplicáveis.
b) o ensaio por ultra-som deve ser realizado por a-
mostragem, no comprimento mínimo equivalente a 6.5.3.3 Os ensaios de tração são considerados satisfató-
30% do comprimento total do cordão; constatan- rios quando o corpo-de-prova ensaiado apresentar limite
do-se defeitos inaceitáveis, o ensaio deve esten- de resistência à tração enquadrado no seu caso próprio,
der-se sobre os 70% restantes: conforme abaixo:

- em caso de impossibilidade de realização do en- a) para soldas que unem dois metais idênticos: o limite
saio por ultra-som, deve ser feito ensaio por ra- de resistência à tração do corpo-de-prova deve ser
diografia ou gamagrafia; igual ou maior que o limite de resistência à tração
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mínimo do material base de acordo com a norma 6.6.2 Quando necessário, devem ser executadas marcas
desse material; de emparelhamento, de modo legível, para assegurar o
acoplamento correto das peças quando da montagem
b) para soldas que unem metais diferentes: o limite de final.
resistência à tração do corpo-de-prova deve ser
igual ou maior que o limite de resistência à tração 6.6.3 Quando aplicável, deve ser verificado o balanceamento
mínimo do material-base que apresente menor re- dos elementos para alinhamento do centro de gravidade.
sistência à tração, conforme a norma deste mate-
rial; 6.7 Proteção anticorrosiva

c) para soldas calculadas com resistência à tração 6.7.1 A proteção anticorrosiva deve ser aplicada após rea-
menor que a do metal-base: o limite de resistência lizadas as inspeções dimensionais do equipamento, e o
à tração do corpo-de-prova deve ser igual ou maior seu tipo deve ser compatível com a finalidade e ambiente
que o limite de resistência à tração, conforme a nor- para os quais o equipamento se destina.
ma deste material;
6.7.2 O processo de limpeza da superfície a ser protegida
d) em qualquer caso de solda, quando o corpo-de- deve ser compatível com a proteção anticorrosiva adota-
prova se rompe no metal-base, fora da solda ou ex- da, devendo ser iniciado com a remoção de óleo, graxa ou
teriormente à linha de fusão, o ensaio é aceito, so- materiais gordurosos em geral.
mente quando o limite de resistência à tração do
corpo-de-prova for igual ou maior que o limite de 6.7.3 A limpeza superficial e a proteção anticorrosiva de-
resistência à tração mínimo do material-base que vem ser programadas de modo a evitar que poeiras ou ou-
apresente menor resistência à tração, conforme tros contaminantes venham a se depositar sobre superfí-
norma deste material. cies recentemente limpas ou protegidas.

6.5.3.4 Para o caso dos ensaios de dobramento, os resul- 6.7.4 As superfícies a serem embutidas no concreto não
tados são considerados satisfatórios, quando o corpo-de- necessitam de proteção anticorrosiva.
prova ensaiado atender às exigências das normas sobre o
assunto. 6.7.5 As superfícies usinadas que não devem ser pintadas,
bem como as que possam ser expostas durante o transporte
6.5.3.5 O não atendimento, por parte dos corpos-de-prova, marítimo, após a limpeza devem ser protegidas com uma
às limitações acima para os ensaios de tração e dobra- aplicação de compostos anticorrosivos do tipo verniz,
mento, implica a rejeição dos cordões de solda que deram óleo ou graxa, dependendo de cada caso específico. Na
origem a estes corpos-de-prova. fase de montagem do equipamento, tais proteções devem
ser facilmente removíveis por meio de solventes comer-
6.5.3.6 Antes da remoção dos cordões rejeitados, devem ciais ou através de um simples destacamento.
ser preparados novos apensos com o mesmo material-ba-
se e soldados com o mesmo processo e tipo de eletrodos 6.7.6 No caso de utilização de tintas, sua aplicação deve
utilizados para os cordões rejeitados. Estes novos apen- ser feita com temperatura acima de 10°C e abaixo de 50°C,
sos devem ser soldados nas extremidades dos cordões a ou quando a temperatura da superfície estiver pelo menos
serem corrigidos, sendo então realizada a remoção dos 3°C acima do ponto de orvalho do ambiente, estando a
cordões rejeitados, juntamente com os cordões dos no- umidade relativa do ar abaixo de 85%.
vos apensos. Os novos cordões devem ser executados e
os ensaios repetidos. 6.7.7 Dependendo do tipo de tinta a ser utilizada, os valores
acima podem ser modificados, desde que previamente
6.6 Pré-montagem acordados entre fornecedor e comprador.

6.6.1 De modo geral, os equipamentos ou suas partes de- 6.7.8 Dependendo da peça ou de sua aplicação, podem ser
vem ser pré-montados para verificação das tolerâncias, utilizados outros tipos de proteção, tais como metalização,
acoplamento e controle dimensional. zincagem, etc.

/ANEXO
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ANEXO - Figuras

Figura 1 - Corte pela ranhura


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Figura 2 - Corte pela frontal e soleira

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