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AUTOR PREVENCIONISTABR@YAHOO.COM
CAP 1
Introdução
Acidentes e Intoxicações no Laboratório
Limites de Tolerância (LTs)
Vias de introdução dos agentes químicos no organismo humano
Avaliação de agentes químicos no ar
Toxicidade de produtos químicos.
CAP 2
Projeto de Lay-out de um laboratório seguro
Projeto Civil
Projeto Hidráulico e elétrico
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs).
Capelas, tipos. Sistemas de fluxo laminar.
Chuveiros e lava-olhos de emergência, mantas corta-fogo
Equipamentos de Proteção Individual (EPI,s).
Proteção de mãos e braços
Proteção de olhos e face
Proteção Auricular
Proteção Respiratória
Seleção de Filtros
CAP 3
Boas práticas laboratoriais
Operação com vidrarias; Montagem de aparelhagens.
Choques térmicos e Aquecimentos de líquidos
Choques Mecânicos
Transporte de vidrarias
Preparo e pipetagem de soluções e amostras
Lavagem de vidrarias; manuseio de reagentes e amostras.
Classificação de riscos dos produtos químicos, índice de periculosidade
CAP 4
Armazenagem de produtos químicos; Precauções com peroxidáveis.
Características de locais; Incompatibilidade para fins de armazenagem.
Derrames acidentais de produtos químicos
Descartes de resíduos do laboratório (gases, líquidos e sólidos).
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CAP 5
Operação com gases sob pressão
Código de cor – Volantes das válvulas
Transporte e armazenagem de cilindros, testes de vazamentos.
CAP 6
Incêndios, suas causas e controle.
Extintores; Tipos de carga.
Fontes causadores e cuidados para se evitar incêndios no laboratório.
Problemas com equipamentos elétricos;
Término do expediente
CAP 7
Primeiros socorros em laboratório;
Discussão dos diversos tipos de acidentes e procedimentos de emergência.
Respiração Artificial
Referências Bibliográficas
GN
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ORGANOGRAMA DE RESPONSABILIDADES
Segurança em Laboratórios
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SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
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Temos por ordem maior de freqüência os risco aos quais está sujeito o trabalhador ou
laboratorista. São eles:-
- Exposição a agentes agressivos ou tóxicos.
- Lesões com produtos cáusticos e corrosivos.
- Queimaduras com produtos inflamáveis
- Acidentes com vidrarias e materiais cortantes e contundentes.
- Acidentes com equipamentos elétricos.
- Problemas de exposição a radiações.
A exposição a agentes agressivos ou tóxicos por ser a mais freqüente e a que muitas
vezes causa sérias conseqüências após longos períodos de exposição, aparentemente
inofensiva, é a que primeiramente iremos tratar.
No Laboratório, sempre que abrimos um frasco de um reagente químico, este por sua
pressão de vapor maior ou menor, estará emitindo vapores em níveis prejudiciais,
dependendo da natureza do produto.
O mesmo se dá com amostras que devem ser analisadas, dependendo do tipo de indústria.
Não é preciso dizer que os laboratórios de industrias agroquímicas, de tintas, das
petroquímicas e diversas outras, são típicas indústrias cujas amostras para análise já são
normalmente produtos bastante tóxicos.
Assim sendo, os operadores que ficarem expostos a estes vapores tóxicos irão se
contaminar lentamente através da respiração, pele e via oral. Embora o operador não sinta
a gravidade do problema num período inicial, após algum tempo este trabalhador poderá
sofrer uma intoxicação crônica, que é a que se dá num período de longa exposição.
Diversos serão os sintomas que poderão se apresentar, e difícil será fazer um diagnóstico
de qual ou quais agentes químicos estão causando o problema, para cada indivíduo.
Temos outros casos em que por um acidente no laboratório, ou uma operação realizada
sem os devidos cuidados ou sem o uso dos equipamentos de proteção, o operador se
expõe a uma concentração elevada de um agente químico tóxico por um curto período de
tempo. É o que chamamos de intoxicação aguda. Neste caso é mais fácil para o médico
diagnosticar o problema, apesar de muitas vezes ser ainda mais grave, podendo levar o
indivíduo à morte.
Exemplos de alguns sintomas de intoxicação provocadas por solventes:-
- Tonturas
- Descoordenação dos movimentos
- Dores de cabeça
- Cansaço
- Náuseas
- Anorexia (falta de apetite)
- Diarréia
- Perda de consciência
- Morte
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VIA RESPIRATÓRIA
A principal via de introdução de agentes químicos no organismo do trabalhador no
laboratório
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INGESTÃO
3º Via de introdução de agentes químicos
Pipetagens
Alimentação no laboratório
“fumar no laboratório”.
Por último a introdução via oral muito freqüente por pipetagem com a boca ou
pela ingestão de alimentos no laboratório.
Os alimentos no laboratório, por absorção dos contaminastes do ar ou por contato
direto, são facilmente combinados e por conseguinte passam para o organismo de quem
os ingere.
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MONITORAÇÃO AMBIENTAL
Após as avaliações de exposição dos trabalhadores integrantes de um grupo
homogêneo e conforme os resultados obtidos, deve ser a realizada a monitoração
ambiental através da estimativa periódica da exposição ocupacional, para efeito de
acompanhamento da exposição e das medidas de controle.
A monitoração ambiental deve ser completada pela monitoração biológica, que
consiste na Avaliação de agentes químicos, ou seus metabólicos. Em fluídos orgânicos
(urina, sangue, etc) do trabalhador. Serve para indicar a exposição ou efeito de um agente
químico, em particular de um trabalhador, num grupo ao qual pertence.
As diferenças existentes para cada indívíduo (idade, sexo e hábitos alimentares)
assim como a intensidade, a duração e a freqüência de exposição influem nos resultados
obtidos.
Parte-se, então, para a interpretação dos resultados e tomada de decisões no que se
refere à alteração dos processos, para minimizar a exposição, com o afastamento
temporário ou permanente de trabalhadores.
Este trabalho, pela sua complexidade e alta responsabilidade, é feito por empresas
especializadas com acompanhamento de médico responsável especialista em higiene do
trabalho. (Ver contatos no final deste Manual).
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“ÁCIDOS”
Características, toxicidade e perigos ao manusear.
Ação corrosiva sobre a pele, mucosas, olhos, tecidos do trato respiratório e
digestivo.
Intensidade depende:-
∗ Natureza do ácido
∗ concentração
∗ Do tempo de contato
Muito perigoso contato com os olhos
Reatividade: com metais, produtos alcalino tipo cimento, cal, etc.
- Acido Clorídrico (Ácido Muriático, nome comercial).
- Gás clorídrico borbulhado em água destilada
- Vapores são irritantes das vias respiratórias.
- Ácido Sulfúrico
. Vapores irritantes das mucosas, corrosão dos dentes, dificuldade para respirar,
bronquite, edema de laringe e pulmões, perda dos sentidos.
- Na pele soluções diluídas causam dermatites irritativas, soluções concentradas
causam alterações e destruição dos tecidos; muito corrosivo.
- Ácido Nítrico
- Vapores são irritantes das vias respiratórias.
- Ação sobre os pulmões pode até causar edema pulmonar.
- Na pele causa queimaduras graves.
- Em vazamentos quando muito aquecido, produz gases tóxicos e inflamáveis.
- Ácido Perclórico
- Contato com a pele, olhos e mucosas causam queimaduras.
- Tomar cuidados especiais pois forma Percloratos em contato com vários
produtos orgânicos inclusive madeira (das capelas), materiais combustíveis e
oxidantes (exemplo NHO3) formando compostos explosivos ao choque.
- Manusear em capelas especiais (revestidas de aço inox).
- Muito explosivo quando anidro. Em condições de uso a concentração não
deve exceder a 72%
- Ácido Fluorídrico
- Corroei vidros e metais
- E extremamente corrosivo para a pele, olhos e mucosas.
- Causa queimaduras graves que podem ser indolores ou invisíveis nas
primeiras horas.
- Irritação severa dos olhos e pálpebras. Pode resultar em lesões prolongadas ou
permanentes e perda total da visão.
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- Acído Fosfórico
- Geralmente solução em água.
- Corrosivo para pele, olhos e mucosas.
- Libera vapores tóxicos com aquecimento.
- Ácido Acético
- Causa irritação queimaduras quando concentrado, lacrimação e conjuntivites.
- Corrosão dos dentes.
- Inalação causa irritação das mucosas.
- Exposição elevada pode causar quadro agudo com morte por edema
pulmonar.
- Pode formar misturas explosivas com ar produzindo incêndios.
“BASES”
- Hidróxido de Sódio
- Inalação provoca danos no trato respiratório até pneumonite grave.
- Corrosivo de todos os tecidos.
- Nos olhos causa opacidade da córnea, edema pronunciado ulcerações e até
cegueira.
- Hidróxido de Amônio
- Inalação produz irritações das vias respiratórias.
- Exposição intensa produz broncopneumopatias e morte.
- Produz irritação e queimaduras em contato com a pele.
- Nos olhos produz opacidade da córnea e cristalino.
“SOLVENTES”
- Álcool Metílico
- Ação direta no nervo ótico.
- Exposição crônica, especialmente oral, pode causar cegueira.
- Benzeno
- Intoxicação crônica
- Lesões na medula óssea – órgão produtor do sangue.
- Anemia (glóbulos vermelhos).
- Leucopenia (glóbulos brancos).
- Tempo de coagulação (plaquetas ou trombócitos).
- Efeito tardio (anemia aplástica / leucemia / outros tipos de câncer).
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- Dissulfeto de Carbono
- Solvente extramente volátil e inflamável.
- Temperatura de auto-ignição <100 C em contato com superfícies catalíticas.
- Larga faixa de flamabilidade do vapor – pega fogo em contato com chapa
quente.
- Intoxicação crônica
- Efeitos adversos múltiplos sobre diferentes órgãos e sistema.
- Encefalopatia crônica – transtornos psicológicos e neurológicos.
- Lesões vasculares, arteriosclerose precoce.
- Transtornos na espermatogênese, menstruação irregular, abortos prematuros.
- Estireno
- Pode formar peróxidos explosivos, intoxicação crônica.
- Irritante do sistema respiratório.
- Irritação da pele – secura – formação de bolhas.
- Irritante para os olhos.
- N - Hexano
- Inalação Agudo – aparecimento de sinais nervosos que começam com a
euforia levando à vertigem, paralisia das extremidades e perda da consciência.
- Inalação Crônica – Alterações cutâneas, Neuropatias periferias,
principalmente nos membros inferiores.
- Está presente nas colas de sapateiro.
- É um dos principais constituintes da Benzina
- Tolueno
- Intoxicação crônica. Ação narcótica maior que benzeno, enxaqueca,
debilidade generalizada, falta de coordenação e memória, náuseas, falta de
apetite, lesões no SNC e SNP.
- Disfunção menstrual na mulher.
- Danos do Canal Auditivo.
- Xileno (dimetilbenzenos).
- Intoxicação crônica.
- Cefaléia (dor de cabeça), irritabilidade, fadiga, sonolência durante o dia,
transtorno do sono à noite, sinais de deterioração no S.N.
“SOLVENTES CLORADOS”
- Tetracloreto de Carbono
- Inibição do S.N.
- Lesões de fígado e rins – mesmo com uma exposição aguda.
- Efeito tardio – cancinogénese.
- Contato prolongado com a pele – dermatite.
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- Tricloroetilene
- Ação sobre o SNC (fadiga, transtorno do sono, mudança de caráter, perda da
memória, etc).
- Pequena alteração hepática.
- Dermatite.
- Efeito tardio – suspeita de carcinogénese.
- Características de exposição aguda;
- Após algumas horas – náuseas e vômitos.
- Dia seguinte:- formigamento de boca e nariz.
- Após alguns dias:- sintomas pelo rosto todo, perda de reflexos da córnea.
CONCLUSÕES DA 1ª PARTE
Devemos perseguir o objetivo de usufruir das melhores condições possíveis de trabalho
no laboratório quanto a:-
- Ventilação
- Iluminação (Será visto mais à frente).
- Circulação
- Ruído
- Instalações Elétricas, hidráulicas, gases, etc.
- Equipamentos de proteção adequados.
CAP. II
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PROJETO CIVIL
Deve-se levar em conta também o posicionamento da exaustão dos gases das capelas no
telhado, pois a corrente de ar poderão conduzi-los para as janelas de outros prédios
administrativos ou de produção, ou ainda em direção ao ponto de captação do sistema de
ar condicionado do próprio laboratório.
Levadas em conta estas considerações inciais para projetar um laboratório, parte-se para
definir as dimensões requeridas para as atividades. Para isto, deve-se fazer um estudo
quanto aos tipos e número de análises que serão executadas, para se definir os
equipamentos que serão utilizados e o número de funcionários necessários. A partir
destes dados, podem-se estimar os metros lineares de bancadas, o número de capelas,
cubas, sala de lavagem de vidrarias, sala de instrumentos analíticos, almoxarifado de
reagentes, sala de supervisão, refeição (quando for o caso) e o local de fumantes.
Com estes dados define-se a área necessária e pode-se pensar no layout. Neste, residem
aspectos fundamentais para a segurança dos trabalhadores.
- As capelas não devem ficar posicionadas em rotas de circulação, pois são
locais passíveis de acidentes.
- Corredores com um mínimo de 1,5 m de largura, para evitar colisões com
pessoas levando vidrarias e amostras.
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São capelas especiais sem a bancada tradicional. Sua base de trabalho é rebaixada até
quase ao nível do piso. Nestas capelas é possível o operador entrar dentro da capela,
tomando os devidos cuidados com gases residuais, para efetuar montagem de
aparelhagens de grandes dimensões, em alturas impossíveis de atingir em capelas
normais.
CUIDADOS
Temos a seguir alguns cuidados para iniciar, executar e finalizar operações em capelas.
- Verifique se os sistemas de exaustão e iluminação estejam ligados e em
perfeita operação.
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- Velocidade
- Iluminação
- Ruído
- Teste quantitativo
Com um anemômetro medir a velocidade do ar em 06 pontos diferentes e tirar a
média.
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Velocidade mínima deverá ser de 0,5 m/s de acordo com a norma da ACGIH.
- Mantenha a janela com a menor abertura possível para proporcionar maior
velocidade facial.
- Ao terminar o trabalho, mantenha limpa a capela e deixar o exaustor
funcionando por pelo menos mais 10 minutos.
ATENÇÃO
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COIFAS DE CAPTAÇÃO
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São capelas para trabalhos com produtos estéreis não patogênicos (não contaminados).
Pela Trajetória do fluxo de ar no esquema, observa-se que o ar ambiente não entra em
contato com as amostras. O operador recebe fluxo de ar já filtrado que vem de dentro da
capela, impulsionado na direção horizontal.
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MANTA CORTA-FOGO
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a sua utilização. As mantas devem ser fabricadas com tecidos não combustível.
Uma das principais fontes de acidentes em laboratórios são as operações manuais, que
muitas vezes em virtude da aparente familiaridade, despreparo e negligência incorrem em
sérios acidentes, causando graves ferimentos em operadores. É injustificável o não uso de
luvas adequadas, já que são equipamentos de baixo custo e estão disponíveis no mercado
os mais variados tipos, adequados a cada caso.
Principais operações que requerem o uso de luvas de proteção:-
- Operações com vidrarias
- Montagem de equipamentos
- Manuseio de produtos químicos
- Operações em fornos, muflas, etc.
- Operações criogênicas
- Manuseio de materiais biológicos, sangue, tecidos infectados etc.
- Manuseio de animais
- Manuseio de ferramentas, lâminas metálicas, etc.
Veremos abaixo materiais utilizados para os diversos tipos de luvas, porém em casos de
dúvidas ou operações de alto risco, sempre é sugerido obter o aconselhamento de técnicos
das firmas fornecedoras.
- Couro
Material natural, com tratamento especial, adquire alta resistência mecânica,
permite bom tato, e é absorvente. Ideal para operações de montagem,
manutenções e manuseio de equipamentos pesados, etc.
- Borracha Natural
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Diversos tipos de luvas permitem ser lavadas, secas entre os usos oferecendo
maior conforto ao operador.
Para retirar luvas de borracha de fina espessura tipo látex, puxar pelo punho. Se o
operador manuseou produtos contaminados ou tóxicos, deverá lavá-las antes de retirá-las,
evitando o risco de se contaminar.
Antes de reutilizar, examinar as luvas para verificar se há perfurações, rachaduras
e áreas sujeitas a rompimento. Fazer o teste, após limpar e desinfectar, inflando-as de ar.
Luvas utilizadas para exames médicos ou coletas, não devem ser reutilizadas.
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Hexano e SA E E NT
Heptano
Nitrobenzeno NT B SA NT
Ácido Fosfórico E E E E
80%
Hidróxido Potas E E E E
45%
Hidróxido de E E E E
Sódio 40%
Tetracloreto de SA SA B NT
Carbono
Tolueno SA SA SA NT
Tetrahidrofurano NT SA SA NT
Tricloroetileno SA NT SA NT
Trietanolamina E E E E
Xilenos (o.m.p) SA SA B NT
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Finalmente, estes equipamentos devem ser de uso individual, ser de fácil acesso, ser
mantidos limpos e em perfeito estado de conservação. No Brasil felizmente cada dia mais
encontramos empresas em que o uso de óculos de proteção é permanentemente
obrigatório no laboratório.
Existem disponíveis no mercado diversos tipos de óculos proteção e protetores faciais,
cada um para determinado fim:
- Óculos de proteção contra projéteis.
- Óculos de proteção contra espirros de produtos químicos.
- Óculos para proteção contra radiações tipo ultravioleta, infravermelho,
proveniente de telas de computadores, lasers etc.
- Protetores faciais.
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A possibilidade de um sistema expelir projéteis, pós, etc, requer óculos com uma
estrutura especial assim como lentes especiais, resistentes a impactos destes projéteis.
Dependendo do grau de periculosidade é recomendado o uso de protetores faciais vistos a
seguir, porém, sem prescindir do uso simultâneo dos óculos.
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PROTETORES FACIAIS
Oferecem uma proteção adicional a face do operador sem prescindir o uso dos óculos de
proteção. São disponíveis em plásticos tipo propionatos, acetatos e policarbonatos
simples assim como os revestidos com metais para absorção de radiações infravermelho.
Para as seguintes operações são recomendados o uso de protetor acompanhado de óculos:
em processos de dissoluções de sólidos ou produtos químicos gerando reações
exotérmicas, moagem de produtos químicos sólidos, digestões, fusões, calcinações em
fornos muflas, manuseio de soros, sangue e outros materiais biológicos.
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PROTETORES FACIAIS
Da mesma forma que protetores com lente de policarbonato puro são para proteção
contra projéteis ou espirros, os policarbonatos adicionados de uma camada de metal,
depositada na superfície, são os mais adequados para proteção contra UV, calor,
infravermelho etc.
- EPI,s:- Luvas de cano longo, óculos, protetor facial e pinça adequada para
cadinhos.
- Retirar o cadinho e deixar em resfriamento prévio evitando superfícies frias
tais como mármore, granito etc, e evitar madeira ou plástico.
- Transferir para estufa de secagem a 105 graus Celsius.
- Transfira para o dissipador para esfriar até a temperatura ambiente.
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PROTEÇÃO AURICULAR
Pouco caso pode citar em que temos possibilidades dos limites serem ultrapassados. O
primeiro é em capelas mal projetadas, em que o sistema de exaustão provoca um ruído
acima do normal, freqüentemente em virtude de problemas com dimensões de dutos
provocando uma velocidade de ar excessiva.
Nestes casos é freqüente o laboratorista desligarem o sistema de exaustão, com graves
prejuízos para todos que usam a capela. O correto é redimensionar o sistema de exaustão
da capela, porém como isto requer um investimento maior, enquanto não é feito,
recomenda-se o uso do protetor auricular.
Outros casos em que temos a ultrapassagem dos níveis de ruído é em laboratórios que
manuseiam amostras sólidas que requerem moagens e/ou peneirarão como é o caso em
Laboratórios de minérios. Quando a quantidade de amostras é muito grande e o uso dos
moinhos ou peneradores/vibradores é muito freqüente, será necessário o uso dos
protetores auriculares.
Abaixo apresentamos tabela que estabelece Limites de Tolerância em decibéis
relacionados com o tempo de exposição diário (ABNT, Normas Regulamentadoras 15,
Anexos 1 e 2 da Portaria 3214 de 08/7/1978).
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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Neste capítulo iremos descrever os diversos tipos de EPIs destinados à proteção das vias
respiratórias.
Da mesma forma que nos outros tipos de equipamentos, procuraremos abranger as
condições mais usuais encontradas na maioria dos laboratórios. Nos casos mais
específicos e de alta periculosidade não prescindir da orientação de um técnico das
empresas fornecedoras ou mesmo recorrer à orientação de órgão oficial que possui
pessoal altamente especializado, bem como bibliotecas para consulta. Podemos citar em
São Paulo a Fundacentro (end. No final deste manual) ligado ao Ministério do Trabalho.
Da mesma forma, é de grande importância que os equipamentos a serem adquiridos
devem ser aprovados pelos órgãos competentes com o devido C.A, isto é, Certificado de
Aprovação emitido pelo Ministério do Trabalho em Brasília, após os equipamentos terem
passado pelos devidos testes.
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Esta precaução permitirá obter melhores produtos, além de livrar a empresa de futuros
problemas em causas trabalhistas, que podem gerar vultuosas indenizações.
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Temos dois tipos de máscaras para uso em condições de concentrações diferentes a saber:
máscaras semifaciais e máscaras de proteção total.
Ás máscaras semifaciais são recomendadas para casos em que a concentração dos
vapores tóxicos não ultrapasse a dez vezes o Limite de Exposição – LE -. Devem ser
acompanhadas do uso de óculos de proteção. Nestas máscaras o fator anatomia, leveza e
baixa resistência à respiração são preponderantes para o conforto do operador. O ideal é
utilizar-se as máscaras de proteção total da face com sistema de ar mandado ou
autônomo.
Temos também no laboratório trabalhos envolvendo reações a altas temperaturas com
vidrarias, em que há o risco de quebras e explosões. Nestes casos, o protetor deve atender
quanto à resistência química da sua estrutura, assim como o visor quanto a impactos e
respingos.
SELEÇÃO DE FILTROS
CARTUCHOS FILTRANTES
O recheio destes filtros é feito de um material adsorvente sólido granulado que tem de
reter na sua superfície determinados produtos químicos, quando estes entram em contato
com o filtro. A retenção se dá devido a forças moleculares de atração que ocorrem entre a
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Cf
Fp = --------- onde:-
Cd
Fp = Fator de proteção
Cf = Concentração fora do respirador (amostra coletada na região
respiratória do trabalhador – lapela).
Cd = Concentração dentro do respirador.
Exemplo:- a concentração medida na lapela do trabalhador indicou 1000 ppm e a
concentração medida dentro do respirador foi de 50 ppm. Qual é o fator de proteção?
Fp = Cf/Cd Fp = 1000/50 Fp = 20
máscaras tradicionais.
São extremamente leves e confortáveis, podendo ser num balanço final uma opção
bastante econômica e bem aceita pelos operadores.
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Uma desvantagem destas máscaras é que, às vezes, podem ser descartadas antes do
tempo pelos operadores não bem treinados, devido a aparentarem estar “suja” quando
saturadas de umidade proveniente da respiração. Existem máscaras descartáveis com
válvula para exalação do ar que eliminam este problema. Os tipos de máscaras mais
simples se destinam exclusivamente a reter poeiras e são despojadas de qualquer outro
dispositivo, além do próprio material de confecção.
Nem todas as máscaras descartáveis retêm partículas finamente divididas (abaixo de 7
mícron), por isso não são recomendadas para poeiras que podem provocar doenças
pneumoconióticas, como a sílica e o amianto. São disponíveis no mercado máscaras
apropriadas para sólidos em suspensão, fumos metálicos como Chumbo, vapores de
mercúrio, etc. Deve-se solicitar a orientação de profissionais habilitados para selecionar a
melhor máscara para cada caso. Os materiais filtrantes são divididos em classes, de
acordo com a porcentagem de pó que se deseja reter.
NOTAS:-
CAP. III
BÔAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
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O vidro comum constitui-se de uma mistura de cerca de 70% de sílica e o restante são
diversos tipos de óxidos de Alumínio, Sódio, Potássio, Magnésio, Ferro, etc. Este tipo de
vidro, para uso em laboratório tem pouca resistência química e térmica, sendo usado
apenas em armazenagem de reagentes e amostras, com restrições.
As vidrarias de laboratório em geral são de vidro borosilicato, que é uma sintética de
óxidos semelhante ao vidro comum porém adicionada de cerca de 12% de óxido de Boro
(B203). Este vidro adquire boas resistências químicas, mecânicas e térmicas, tolerando
mudanças bruscas de temperatura de maneira muito superior ao vidro comum.
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AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS
Algumas vidrarias são fornecidas com base em plásticos para evitar este tipo de problema
como, por exemplo, as provetas.
No manuseio de grandes recipientes de vidro, recomenda-se:
- EPI,s:- avental, luvas antiderrapantes e óculos.
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Ao transportar frascos de produtos químicos deve-se fazer com critérios, pois pode ser
fonte de acidentes no laboratório. Temos o caso de transporte de frascos de grandes
dimensões ou um grande número de frascos ou vidrarias.
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PREPARO DE SOLUÇÕES
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É uma operação muito comum nos laboratórios químicos e clínicos e por conseguinte são
freqüentes os acidentes queimaduras e contaminações. NUNCA PIPETAR SOLUÇÕES
OU AMOSTRAS COM A BOCA, usar pêras de sucção, pipetadores elétricos ou
automáticos.
LAVAGEM DE VIDRARIAS
A lavagem de vidrarias produz vapores tóxicos sempre que os diversos produtos
químicos entram em contato com a água.
Portanto, faz-se necessário que o local seja bastante ventilado e a pia de lavagem seja
dotada de uma coifa de captação, além do uso pelo operador de luvas antiderrapantes,
óculos e/ou máscara de proteção semifacial, caso os gases sejam venenosos.
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Erro freqüente em laboratórios é o operador iniciar novas tarefas com produtos químicos
que ele desconhece, sem tomar as precauções necessárias. Assim sendo, sempre que
iniciar uma tarefa nova, ler no rótulo as instruções de toxicidade, inflamabilidade,
reatividade (ver simbologia internacional de classificação de produtos químicos a seguir).
Conhecendo essas informações, planejar as operações quanto ao(s) local (is) adequados e
eventual uso de EPI,s. Verificar também formas de armazenagem, descarte e ações em
caso derrame acidental (Cap.IV).
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CAP. IV
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A classe especial dos peroxidáveis, são produtos que armazenados podem gerar
peróxidos, com a presença de oxigênio. A presença de peróxidos pode ser notada pelo
surgimento de sólidos nos líquidos.
Composto
Com Aquecimento
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- Providenciar a limpeza do local e deixar ventilar até não se ter mais vapores
residuais no ar. É aconselhável o uso de equipamento de medição adequado,
tipo explosímetro, ou outro disponível.
- CONTENÇÃO DE DERRAMAMENTO
Para:- “Ácidos”
- Vermiculita
- Mantas de Polipropileno
- Barrilha
- Hidróxido de Cálcio
- Terras diatomáceas, tipo Celite
Para:- “Álcalis” ou Hidróxido de amônio e aminas:-
- Vermiculita
- Terras diatomáceas
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Assim como a produção industrial o laboratório gera resíduos provenientes dos restos
amostras analisadas e produtos líquidos (aquosos e orgânicos) ou sólidos provenientes
dos processos de análise, além de gases e vapores das reações, digestões etc.
Em princípio devemos procurar reduzir ao mínimo a geração de lixo requisitando apenas
o necessário e suficiente de amostras para análise, e sempre que possível adotar métodos
analíticos que utilizem o mínimo de amostras. Neste aspecto, os métodos de análises
instrumentais mais modernos avançam nesta direção, utilizando instrumentos cada vez
mais sensíveis requerendo quantidades mínimas de amostras.
Deve-se proibir o descarte de resíduos tóxicos no esgoto.
Veremos em linhas gerais o que fazer com os principais resíduos gerados pelo
Laboratório:-
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Para se evitar situações como esta é conveniente fazer uma remoção desses produtos
químicos, ao menos uma vez por ano. Recomendações:-
- Produtos que não se usa mais em nossa análises atuais e que estejam “dentro da
validade”, podem ser:-
a) Vendidos ou cedidos à outra empresa que os utilize (informe a Bolsa de Resíduos da
ABIQUIM).
b) Doados a escolas que tenham aplicação e interesse no(s) produto (s).
- Produtos com “validade vencida”:-
a) – Ácidos e bases neutralize-os. Sais/óxidos remova antes metais pesados por
precipitação (vide abaixo). Em ambos o caso dilua com muita água e libere para o esgoto.
b)– Solventes (exceto Clorados e Benzeno) pode ser encaminhado para respiradoras /
fabricantes de Thinners. Cuidado com os produtos peroxidáveis: Não abra seus frascos!
c) – O demais produto encaminhe para ser incinerado.
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DESCARTE DE LÍQUIDOS
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Para lançamento de efluentes em redes públicas de coleta, desde que os efluentes sejam
encaminhados para uma estação de tratamento, as indústrias devem atender as exigências
prescritas no Artigo 19-A que estabelece os seguintes limites:-
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COMENTÁRIOS
Pelo exposto na legislação estadual (SP), observa-se que além de menor exigência quanto
aos limites máximos para emissão de certos poluentes (Ex. Metais pesados), o artigo 19-
A não limita carga orgânica, medida em DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), nos
efluentes descatados.
É importante notar que alguns catálogos internacionais de reagentes já indicam
procedimentos de como descartar resíduos do produtos, ou através do cógido que consta
no rótulo do frasco dos reagentes.
A tabela com limites de concentração em efluentes consta da Legislação vigente no
Decreto 8468 de 8 de Setembro de 1976, Cap. II Título II dos Padrões de Emissão.
- Liquídos biológicos
As soluções e líquidos de laboratórios de análises clínicas ou microbiológicas,
quando patogênicos, devem passar por autoclavagem ou esterilização com
solução 1,0 a 2,5% de hipoclorito, em seguida destinadas ao esgoto.
Os materiais perfuro-cortantes como agulhas, seringas bem como placas de Petri
descartáveis deve-se solicitar uma coleta seletiva.
- Solventes orgânicos clorados e não clorados.
Os laboratórios que trabalham com solventes orgânicos não clorados, tais como ésteres,
álcoois, aldeídos e hidrocarbonetos leves, devem armazenar estes líquidos em containeres
com dispositivo tipo corta-fogo, apropriados para líquidos inflamáveis e podem ser
destinados para reciclagem em empresas que executam este tipo de trabalho.
Os solventes clorados devem ser armazenados separadamente, também em containeres
especiais, pois em caso de queima, produzem Fosfôgenio, que é um gás altamente tóxico
podendo causar edema pulmonar, com efeito retardado, após 5 ou 6 horas da aspiração
pelo trabalhador.
- Resíduos Sólidos no Laboratório.
São provenientes de:-
• Vidrarias quebradas e frascos de reagentes ou amostras.
• Restos de amostras ou análises.
Deve-se ter um recipiente forrado com saco plástico para armazenagem de vidros
destinados à reciclagem.
Os frascos de reagentes ou produtos tóxicos devem ser lavados para evitar acidentes em
depósitos de lixo, com pessoas desavisadas. Esses resíduos podem ser:-
- Sólidos de baixa toxidez que devem se destinar a reciclagem ou aterros
sanitários.
- Sólidos não biodegradáveis tipo plásticos devem se destinar a reciclagem ou
incineração.
- Sólidos perigosos de acordo com a norma NBR/ABNT são considerados
perigosos com alguma das seguintes propriedades inflamabilidade,
corrosividade, toxicidade, patogenicidade ou reatividade.
- Estes resíduos sólidos desde que não explosivos, inflamáveis ou patogênicos
podem ser destinados a aterros sanitários e os demais para incineração. É
importante frisar que de acordo com Legislação, deverão ser embalados e
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NÚMERO SIGNIFICADO
2 GAS
3 LIQUIDO
INFLAMÁVEL
4 SÓLIDO INFLAMÁVEL
5 SUBSTÂNCIA
OXIDANTE OU
PERÓXIDO
ORGÂNICO
6 SUBSTÂNCIA TÓXICA
7 SUBSTÂNCIA
RADIOATIVA
8 SUBSTÂNCIA
CORROSIVA
NUMERO SIGNIFICADO
0 AUSENCIA DE RISCO
1 EXPLOSIVO
2 EMANA GAS
3 INFLAMÁVEL
5 OXIDANTE
6 TÓXICO
7 RADIOATIVO
8 CORROSIVO
9 PERIGO DE REAÇÃO
VIOLENTA
RESULTANTE DA
DECOMPOSIÇÃO
EXPONTÂNEA OU DE
POLIMERIZAÇÃO
NOTA:- Para os produtos não classificados pela ONU, deve-se colocar o painel de
segurança sem a sua numeração e deve-se também colocar o rótulo de risco
compatível com o produto
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PRODUTO N. DA N. DE RISCO
ONU
GASOLINA 1203 33
QUEROZENE 1223 30
CLORO 1017 266
GLP 1075 23
ACIDO SULFÚRICO 1830 88
SODA CÁUSTICA 1824 88
BENZENO 1114 33
TOLUENO 1294 33
XILENO 1307 30
ETILENO 1962 23
ETILENO REFRIGER. 1038 223
PROPILENO 1077 23
BUTADIENO 1010 239
BUTENO 1012 23
CARBETO DE CALCIO 1402 43
CAP V
OPERAÇÃO COM GASES SOB PRESSÃO
Neste capítulo discutiremos os cuidados com a operação com gases sob pressão em
tubulações e cilindros.
É importante a todo laboratorista estar familiarizado com o código de cores usado em
tubulações, válvulas (volantes) e cilindros de gás para caracterizar os tipos de fluidos, seu
estado de temperatura e inflamabilidade. Os volantes das válvulas podem trazer duas
cores, a externa e a cor do miolo do volante, que indica se o fluido é inflamável ou está
aquecido.
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O manuseio e armazenagem de cilindros de gases deve ser feito com bastante cuidado e
critério. Devemos levar em conta que um cilindro de gás pressurizado, caso haja um
acidente de tombamento por exemplo com rompimento da válvula da cabeça de cilindro,
o mesmo ficará sujeito a uma força de empuxo extremamente alta pelo princípio da ação
e reação, assemelhando-
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Procedimentos
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ACETILENO
G.CARBÔNI
HIDROGÊNI
CRIPTÔNIO
AMONÍACO
NITROGÊNI
G.SULFÚRI
CICLOPRO
PROPILEN
PROPANO
OXIGÊNIO
ARGÔNIO
XENÔNIO
ETILENO
METANA
GASES
NEÔNIO
CLORO
ETANO
FLÚOR
HÉLIO
G.L.P.
CO
O
ACETILENO S N S N N S N N N S N N S N N S S N N N S
AMONÍACO N S S N N S N N N N N N S N N S S N N N S
ARGÔNIO S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
CICLOPROPAN N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S
O
CLORO N N S N S S N N N N N N S N N S N N N N S
CRIPTÔNIO S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
ETANO N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S
ETILENO N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S
FLÚOR N N S N N S N N S N N N S N N S S N N N S
GÁS S N S S N S S S N S N S S N S S S S S S S
CARBÔNICO
GÁS N N S N N S N N N N S N S N N S S N N N S
SULFÍDRICO
G.L.P. N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S
HÉLIO S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
HIDROGÊNIO N N S N N S N N N S N N S S N S S N N N S
METANO N N S S N S S S N N N S S N S S S S S S S
NEÔNIO S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
NITROGÊNIO S S S S N S S S N S S S S S S S S S S S S
OXIGÊNIO N N S N N S N N N S N N S N N S S S N N S
PROPANO N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S
PROPILENO N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S
XENÔNIO S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
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CAP. VI
INCÊNDIOS
São classificados em
CLASSE A= Em materiais sólidos inflamáveis tais como: madeira, papelão, chapas,
tecidos, etc.
CLASSE B= Em líquidos inflamáveis tais como álcoois, cetonas derivados de petróleo,
etc.
CLASSE C= Em equipamentos elétricos energizados.
CLASSE D= Com materiais pirofosfóricos
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Baseados no que já dissemos, para um incêndio se iniciar e se propagar, temos que ter
certas condições propícias. Isto quer dizer que, quando falamos de inflamabilidade de
líquidos, temos que ter uma proporção determinada (mínima e máxima), entre os vapores
do combustível e o comburente no ar, para que com a ação do terceiro componente, o
calor, uma chama ou faísca elétrica, dê início à combustão.
Esse terceiro componente que propicia o início da combustão poderá não ser
necessariamente o calor, mas apenas um catalisador que irá baixar a energia de ativação e
a reação se iniciará, liberando calor e assim a combustão se propagará.
Exemplo: Quando temos os gases Hidrogênio, Oxigênio e a Platina.
Temos então que, para prevenir ou extinguir um incêndio, devemos eliminar um dos três
componentes e o uso dos extintores baseia-se neste princípio.
Conforme o tipo, os extintores atuam por resfriamento (extintores de água), ou
eliminação do Oxigênio de contato com o combustível, como os extintores à base de CO2
ou espuma mecânica. Estes extintores produzem um tipo de camada de proteção no local
do incêndio, impedindo o contato com o Oxigênio do ar, extinguindo desta forma as
chamas.
Temos abaixo os principais tipos de extintores de incêndio.
TIPOS DE CARGA:-
- Pó Químico seco
Fabricados com cargas à base de bicarbonato de sódio e monofosfato de amônia.
Indicados para incêndios classe B (inflamáveis) e C (Equipamentos elétricos
energizados).
- Espuma Mecânica
Agem formando uma película aquosa sobre a superfície impedindo a reignição.
Indicadas para incêndios classe B e Classe A.
NUNCA DEVEM SER UTILIZADOS EM INCÊNDIOS CLASSE C.
- Extintores de CO2
Atuam recobrindo o material em chamas com uma camada gasosa isolando o
Oxigênio e extinguindo o incêndio por abafamento. São indicados para incêndios
de classe B ou classe C.
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Fig. 41
CAP. VII
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algum acidente numa emergência, pois poderá ser o fator determinante para a
sobrevivência ou a morte.
Chamaremos de “acidentado”, a pessoa que sofreu o acidente e “socorrista” a pessoa que
irá prestar os primeiros socorros.
Uma das coisas mais importantes para o socorrista é estar consciente, que se trata de um
ato de solidariedade humana e não deve haver preconceitos de raça, idade, sexo ou
religião.
O socorrista deve manter absoluta calma durante os primeiros socorros, assim como
confortar o acidentado com palavras serenas e procedimentos seguros.
No Laboratório, podemos ter os seguintes tipos de acidentes:-
1 – Queimaduras de pele com agentes cáusticos e corrosivos, nos casos de
derramamentos e espirros.
2 – Queimaduras com produtos inflamável acompanhado de combustão (fogo)
3 – Ferimentos com ferramentas, vidros ou materiais cortantes ou perfurantes com
dilacerações dos tecidos, com ou sem hemorragias.
4 – Intoxicações agudas via respiratória com altas concentrações de agentes agressivos,
na forma de vapores ou gases.
5 – Ingestões de agentes químicos, cáusticos ou tóxicos, via oral.
6 – Acidentes com equipamentos elétricos acompanhados de choques (fulguração).
7 – Estados de Choque.
Nos casos de pequena gravidade, lavar com água fria recorrendo à torneira para mãos e
braços ou ao chuveiro de emergência.
Aplicar sobre a queimadura solução saturada de Ácido Picrico (a frio) ou pomada de
Picrato de Butesin, esta não deve ser utilizada em queimaduras com ácidos ou agente
corrosivos.
Cobrir com gaze estéril, atar sem apertar o ferimento e encaminhar para enfermaria.
No caso de queimaduras extensas e profundas, limitar-se a cobrir com gase estéril e
encaminhar imediatamente para assistência médica da empresa ou a um hospital.
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Remover o acidentado do local do acidente para local arejado, tomando o socorrista todas
as precauções com os devidos Equipamentos de Proteção Individual, para entrar na área
do Acidente.
Mantê-lo deitado e moderadamente aquecido.
Praticar respiração artificial boca a boca, a não ser que se trate de substâncias do tipo gás
Cloro, SO2, etc, inalados para os pulmões.
Solicitar assistência médica urgentemente.
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O Estado de choque, que requer cuidados especiais, pode estabelecer-se num acidentado
que sofreu queimaduras profundas ou extensas, intoxicações agudas, fortes hemorragias,
graves contusões na cabeça ou tórax etc.
Os sintomas mais freqüentes são:- palidez, suor frio e queda de temperatura da pele, olhar
perdido, olhos embaçados, pulso e respiração freqüentes e superficiais. Este estado pode
agravar-se e levar até a morte. Nestes casos:
A) Tentar estancar a hemorragia.
B) Movimentar o mínimo possível o acidentado.
C) Deitar o acidentado mantendo a sua cabeça baixa, (salvo em casos de lesões na
cabeça e no peito).
D) Manter o acidentado aquecido com um cobertor. Se se queixar de frio, aplicar-lhe
uma bolsa (ou garrafa) de água quente.
E) Se estiver consciente e em condições de engolir, fornecer-lhe uma bebida não
alcoólica, tipo chá, café ou água com açúcar.
F) Solicitar com urgência assistência médica.
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
Ao acudir um acidentado que a respiração for ausente, irregular ou com muito esforço,
será necessário a respiração artificial, o mais urgente possível, até que o acidentado
consiga respirar novamente. A tentativa deve continuar, a não ser que se constate o óbito,
com a chegada da assistência médica.
Para iniciar a respiração, remover da boca do acidentado todo e qualquer corpo estranho
(tais como próteses dentárias), liberando-o de qualquer empecilho com gravata,
colarinho, cinto, etc. Caso o acidentado estiver vomitando, colocá-lo de lado até que este
cesse e a sua consciência tenha se recuperado completamente.
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PROCEDIMENTO
1 – Colocar o acidentado na posição de costas. Com as mãos na sua nuca e a outra sobre
o seu queixo, empurrar este para trás e puxar a nuca para cima ao mesmo tempo, para
evitar que o acidentado se asfixie com a própria língua.
2 – Depois com uma mão sob sua cabeça e a outra no seu queixo, abrir a sua boca.
3 – Com a mão que estava sob a cabeça, utilizando-se dos dedos polegar e indicador,
fechar as narinas do acidentado e mantendo a boca aberta com a outra mão. Na posição
ajoelhada, fazer uma profunda inspiração comprimindo o próprio lábio com os do
acidentado, insuflando até que o tórax dele se levante.
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4 – Afastar a boca para permitir a saída do ar insuflado. Se não for constatado nenhuma
expiração de ar, controlar novamente a posição da cabeça, nuca para cima e boca aberta,
repetir o insuflamento no rítmo de 15 vezes por minuto e parar somente quando o
acidentado conseguir respirar por si próprio entregando-o para os cuidados
médicos.Pode-se interpor, entre a boca do acidentado e do socorrista, um lenço ou uma
gaze, desde que seja um tecido permeável à passagem do ar.
FUNDACENTRO
Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
Rua Capote Valente N. 710 – CEP 05409
Fone (11) 3066-6000 – São Paulo – Brasil
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- Bolsas de Resíduos:-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Apresentamos a seguir roteiro dos itens que devem conter a “FIS” para produtos
químicos reagentes, padrões, soluções etc.
Para obter estas informações deve-se recorrer a fontes de absoluta confiança na literatura
científica ou entidades que atuam em Higiene do Trabalho. A sua elaboração deve ser
feita em conjunto com os Deptos de Segurança e Medicina do Trabalho da empresa.
1 – Identificação do Produto
- Nomes comerciais/ sinônimos
…………………………………………………………………….
- Família Química
…………………………………………………………………………………..
- Fórmula Molecular
………………………………………………………………………………..
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83
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Informações sobre materiais adequados para embalar (vidro, PVC, PP, PE)
Condições de Armazenagem quanto à temperatura, presença de Luz, distanciamento de
fogo, armazenagem em atmosfera inerte, ventilação, etc.
8 - Condições a ser evitadas.
Informar alguma situação especial que deve ser evitada e providência a ser tomadas
em caso de emergência.
9 - Providências em caso de derramamentos.
Informar quais produtos podem ser empregados para absorver em caso de
derramamentos (Diatomáceos, carvão ativado, Vermiculitas, mantas de
Polipropileno).
Informações de como providenciar limpeza do local.
10- Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e Individual (EPIs).
Informações sobre a ventilação do local de manipulação. Manipular em capelas, etc.
Respiradores:- em função dos Limites de Exposição informar o tipo de respirador a
ser usado para o manuseio, tipo de filtro, tempo para substituição. Para situações de
alta periculosidade como entrada de reatores etc., este trabalho deve ser feito sob
orientação da Engenharia de Segurança.
Vestimentas: Informar se para o manuseio necessita vestimentas especiais, tecido do
avental, calçados, etc.
Luvas de Proteção: se necessário o uso de luvas na operação, indicar o material
(Látex, Neoprene, Borracha Nitrílica, PVC) e tipo das Luvas.
Óculos de Proteção: informar o tipo de protetor dos olhos, tipo de lente.
Protetor Facial: para produtos químicos perigosos ao contato com a pele em
operações sujeitas a respingos, explosões ou emissão de partículas.
Apêndice
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FATORES DE RISCO
Estrutura física e Ambientais Ergonômicas
Operações
Máquinas e Físicos Rítmo acelerado
Equipamentos Químicos Posições
Transporte Biológicos Incomodas
Armazenagem turno
Manuseio mobiliário
Derrames inadequado
Descarte
CONSEQUÊNCIAS
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b) EXPOSIÇÃO
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e) – Forma Física
Gases e vapores mais facilmente absorvido pelos pulmões
Particulado depende do tamanho e da solubilidade da partícula.
Líquida absorção mais comum pela pele
f) – Idade
A ação neurotóxica dos solvente é dez vezes maior em crianças do que em
adultos. A absorção de chumbo, principalmente via gastrointestinal também é muito
maior em crianças do que em adultos, etc.
g) – Sexo
Substâncias teratogênicas ação em mulheres grávidas.
h) – Esforço Físico
Condições Normais trabalhador respira = 10 Litros de ar/minuto
Trabalho com esforço físico pode respirar até 100 Litros de ar/minuto
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
ÁCIDOS E
BASES
Características/Toxicidade/Perigos no Uso
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Ação corrosiva sobre:- Pele, Mucosas, Olhos, tecidos dos tratos respiratório e
digestivo
Intensidade depende:- Substância, concentração, tempo de Exposição
ATENÇÃO
Ácidos reagem com metais e substâncias alcalinas (cimento, cal, etc), sais de ácidos
frascos, etc. através de reações exotérmicas que podem ser violentas e pode ocorrer
além da liberação de calor, desprendimento de gases tóxicos (Ex:- Sais de Cianeto
com ácidos liberando gás cianídrico).
Verter vagarosamente estes produtos sobre a água para facilitar a dissipação do
calor.
Metais Pesados
(alguns aspectos)
1) - Chumbo
º Efeito no sistema renal e nervoso. Afeta a formação hemoglobina
elimina
ção de ácido delta amino levulínico na urina.
º Distúrbios gastro intestinais cólicas abdominais.
º Efeitos teratogênicos
2) - Mercúrio inorgânico
º Metálico volátil
º Efeitos no sistema nervoso central
º Sintomas tremores, mudanças de comportamento, perda de
memória, depressão.
º Teratogênico
3) - Arsênio
º Câncer do pulmão, pele e linfático
º Irritante da pele, membrana mucosa e olhos
º Dermatite
4) - Manganês
º Neurotóxico Efeito no SNC (Psicoses, alucinações, comportamento
compulsivo, irritabilidade emocional).
º Exposição crônica fraqueza muscular, falta de coordenação
motora, impotência, tremores, etc.
5) - Berilo
º Câncer no pulmão, beriliosa.
º Sais solúveis Irritação primária ou reação alérgica.
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6) - Cádmio
º Ação irritante no pulmão, até câncer
º Efeitos no sistema renal.
7) - Crômio
º Ulceração na pele, perfuração no septo nasal
º Câncer do pulmão (crômio hexavalente)
8) - Níquel
º Irritante e alergênico
º Câncer no pulmão
9) - Cobalto
º Dermatite
º ação potencilizadora de fibrose pulmonar.
POEIRAS
1) – Sílica
- pneumoconiose → silicose
- partículas menores do que 10 µ
2) - Amianto
- pneumoconiose asbestose
- câncer no pulmão, pleura pulmonar (mesotelioma) e outras regiões do
sistema respiratório.
3) – Fibra de Algodão
º Bissinose
4) - Poeira de Madeira
º Reação no organismo depende do tipo de madeira
º No mínimo poeira incômoda
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SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO
Sensação de embriagues
Tontura
Descoordenação de Movimento
Cansaço
Insônia
Dôr de cabeça
Irritação das membranas mucosas dos olhos e trato respiratório
Náuseas
Anorexia (falta de apetite)
Vômito
Diarréia
Perda da Consciência
Morte
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ACIDENTES PESSOAIS
Devido à Causando
º Explosões º Lesões
º Incêndios º Queimaduras químicas:- ácidos e bases
º Projeções no olho Fortes principalmente
º Derrame acidental º Irritações (inflamação local)
º Descarte não apropriado º Morte
Armazenamento irregular
DOENÇAS
Devido à Causando
º Exposições à baixas concentrações por Doenças específicas:-
Longo tempo. # Saturnismo – Pb
º Exposições à altas concentrações por # Asbestose - amianto
Curto tempo → algumas seqüelas perma # Silicose – SiO2
Nentes. # Cânceres reconhecidos
# Dermatoses
# Doenças inespecíficas (evidência
Epidemiológica):
# Efeitos sinergéticos
# aumento de câncer em algumas
Profissões químicos
# Aumento de doenças gastrointestinais
Em trabalhadores de gráfica
VIAS DE INTRODUÇÃO NO ORGANISMO
Respiratória:- A via mais importante do ponto de vista ocupacional
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95
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Olhos:- algumas substâncias exercem ação irritante ou corrosiva direta nos olhos e
outras com o álcool metílico são metabolizadas no olho e podem provocar cegueira.
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LIMITE DE TOLERÂNCIA
VALOR TETO
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Substâncias que exercem efeito alergizante não tem concentração mínima segura
Exemplos:-
Exposição à:- Indicador Material biológico
Tolueno Ácido Hipúrico Urina
Xilenos Ácido Metilhipúrico Urina
Chumbo Chumbo Sangue
Ácido Delta Amino Urina
Levulínico
a) Natureza da substância
A.1 – Quanto ao Efeito
Asfixiantes
Irritantes
Anestésicos – narcóticos
Tóxicos sistêmicos
Alergizantes
Que produzem efeitos dermatológicos
Pneumoconióticas ou que causam dano ao pulmão
Cancerígenos
Genotóxicos
Mutagênicos
Tetragênicos
Efeitos combinados
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