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Ataque de Israel em resposta a mísseis

iranianos deixou mais de 20 mortos na


Síria

O ataque promovido por Israel na madrugada desta quinta-feira (10) contra alvos
iranianos na Síria deixou 23 mortos, segundo informa o Observatório Sírio de
Direitos Humanos (OSDH), ONG que monitora o conflito na Síria.
Israel lançou os mísseis como resposta a disparos de foguetes iranianos contra o lado
da Colina de Golã que é ocupado por Israel. Golã é um território sírio que Israel
ocupou na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexou mais tarde em uma decisão não
reconhecida pela comunidade internacional.
A tensão entre Israel e Irã aumentou desde que o presidente americano Donald
Trump anunciou a saída dos EUA do acordo nuclear assinado com o Irã e
potências ocidentais em 2015. Israel, que é o principal aliado dos EUA no Oriente
Médio, apoiou a decisão de Trump e já disse que não deixaria o Irã se estabelecer na
guerra da Síria. O Irã tem ajudado o presidente sírio, com centenas de soldados e
algumas bases militares, a derrotar uma rebelião de mais de sete anos.
No ataque desta madrugada, o Exército israelense usou 28 aviões e disparou 70
mísseis contra infraestruturas iranianas na Síria, de acordo com o Ministério da
Defesa da Rússia, aliada da Síria. A metade dos mísseis foi destruída pelo sistema de
Defesa antiaéreo, ainda segundo a Rússia.
"Vinte e oito aviões israelenses F-15 e F-16 participaram dos bombardeios e
dispararam 60 mísseis do tipo ar-terra contra várias regiões sírias", segundo o
ministério em comunicado citado por agências de notícias russas. Outros 10 mísseis
terra-terra foram disparados a partir de Israel, acrescenta a nota.
Israel afirma que atingiu quase toda a infraestrutura do Irã na Síria. Segundo a
imprensa israelense, este foi o maior ataque de Israel contra a Síria desde 1974. O
presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, disse nesta quinta que Israel enviou "uma
mensagem clara aos seus inimigos e ao Irã".
Segundo o OSDH, entre os mortos há 5 integrantes das forças regulares da Síria e 18
efetivos sírios e estrangeiros.
O governo iraniano ainda não se pronunciou sobre o caso.

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