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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE TUBARÃO – SC.

Autos nº: xxx.xxx-xx

MARCELO NOVATO, brasileiro, solteiro, RG nº xxx.xxx-xx, CPF nº


xxx.xxx.xxx-xx, com fundamento no inciso I do art. 593 do Código de Processo
Penal, vem através de seu defensor, no processo crime que lhe é movido pela
Justiça Pública por infração do art. 155 §4º, inciso I do Código Penal, tramitando
perante este Juízo, processo nº xxxx-xx, não se conformando com a sentença
proferida, interpor este recurso de apelação no prazo legal para o Egrégio Tribunal
de Justiça de Santa Catarina, pelas razões que serão apresentadas.

1. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE

O recorrente é parte legítima para interpor o presente recurso, visto que


se trata do Réu, conforme preconiza o art. 577 do Código de Processo Penal. A
parte tem interesse no acolhimento do recurso para melhorar a sua situação
processual, não se enquadrando no parágrafo único do referido artigo.

Conforme determina do art. 586 do Código de Processo Penal, é


respeitado o prazo para a interposição do recurso, sendo, portanto, tempestivo.
Trata-se de um recurso cabível e adequado, pois visa reformar uma sentença
definitiva de condenação proferida por juiz singular. Não restando assim nenhum
impedimento quanto a Admissibilidade do recurso preterido.
2. PEDIDO

Pede-se e espera-se que Vossa Excelência digne-se ordenar ao Escrivão


do feito a entrega dos autos e a abertura de vista para o oferecimento das razões
no prazo do art. 600 do Código de Processo Penal.

Termos em que pede deferimento.

Tubarão, 18 de junho de 2010.

Amanda Darela de Oliveira Michele de Oliveira Pereira Túlia Moreira

Grupo 315-III-2010
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA.

Autos n.: xxx.xxx-xx

Recorrente: Marcelo Novato

Recorrido: Ministério Público de Santa Catarina

1. Síntese do processo:

O Recorrente, já qualificado nos autos, inconformado com a sentença de


fls. 96/100 que o condenou a 03 (três) anos de reclusão, em regime semi-aberto,
sem qualquer substituição, e, ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa, vem,
perante Vossas Excelências, requerer a modificação na decisão proferida pelo
ilustre magistrado da __ Vara Criminal da Comarca Tubarão - SC, pelos fatos e
motivos a seguir expostos:

O sentenciado foi condenado à pena de 03 (três) anos de reclusão, em


regime semi-aberto, sem qualquer substituição, e, ao pagamento de 15 (quinze)
dias-multa, isso porque, reza a exordial acusatória, na data de 08 de março de
2009, por volta das 23h, se utilizando de uma alavanca de ferro, arrombou a porta
de aço do estabelecimento comercial Loja Presente Zá, e, de lá, subtraiu, para si,
01 (um) aparelho televisor, diversos pares de tênis, diversos refrigerantes e
cervejas, além de certa quantia em valor.

O sentenciado foi citado regularmente (fls.).

Defesa preliminar apresentada (fls.).

Recebimento da denúncia (fls.).

Em audiência de instrução e julgamento foi realizado o interrogatório do


sentenciado (fls.), inquiridas 03 (três) testemunhas de acusação (fls.), além de
inquirida uma testemunha arrolada pela defesa (fls.).

As partes apresentaram por memoriais as derradeiras alegações (fls.).


Instruído o feito, o ilustre magistrado, o sentenciou (fls.).

Intimado da sentença de condenação, restando inconformado, vem,


requerer a sua modificação.

2. Preliminarmente:

O sentenciado foi condenado a 03 (três) meses de reclusão, em regime


semi-aberto, sem qualquer substituição, e, ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa,
por ter incidido nas sanções previstas no artigo 155, §4º, inciso I do Código Penal,
entretanto, se trata de uma figura típica de delito que quando ocasionado, deixa em
seu local vestígio, sendo, portanto, imprescindível a realização de laudo pericial,
não podendo na sua ausência ser suprido pela confissão do denunciado ou provas
indiretas, como bem preceitua o artigo 158 do Código de Processo Penal.

Entretanto, tal providência, durante a fase inquisitorial, não se


perfectibilizou e o ilustre magistrado, ao entender que as declarações prestadas
pelo responsável legal do estabelecimento, alvo do delito, supriam a ausência da
formalidade legal, não afastou a qualificadora presente na denúncia, acarretando,
dessa forma, irregularidade no feito, eis que, desatende norma infraconstitucional
pré-estabelecida nos artigos 6º, inciso VII e 158, ambos do Código de Processo
Penal.

Previsões semelhantes se verificam no artigo 171 do Código de Processo


Penal ao aduzir que deverão os peritos além de descrever os vestígios cometidos
durante o rompimento de obstáculo indicar os instrumentos utilizados para almejar o
fim a que se destinara.

Destarte, há apenas no ordenamento jurídico processual uma hipótese


em que poderá a prova testemunhal suprir a ausência de laudos periciais, quer seja,
quando houverem desaparecido os vestígios provenientes do fato.

Desta feita, ao se verificar Excelências que o sentenciado foi denunciado


por infringir ao disposto no artigo 155, §4º, inciso I, do Código Penal, utilizando-se
para tanto, de uma alavanca de ferro para arrombar uma porta de aço, necessitou o
representante legal do estabelecimento de no mínimo alguns dias para reparar os
danos causados pelo autor do fato no local, tornando-se portanto, plausível no
mínimo o deslocamento de peritos ao local, mediante a ordem da autoridade
policial, como bem preceitua o artigo 6º, incisos I e VII do Código de Processo
Penal. Ademais, mesmo se tratando esta figura típica de delito eivado na
clandestinidade e possuindo as declarações da vítima valor probante, não poderá
ser baseado nesta a comprovação da qualificadora preterida, pois em qualquer
momento possuiu qualificação técnica a desempenhar as atividades periciais e a
descrever com precisão a forma utilizada pelo autor do fato para obter acesso ao
interior de seu estabelecimento comercial.

Por fim, se destaca que o artigo 564, inciso III, alínea “b”, do Código de
Processo Penal, prescreve que acarretará nulidade no feito se inexistir exame de
corpo delito em crimes que deixam vestígios, ressalvado a hipótese da prova
testemunhal, já trabalhada. Temos assim, Excelências comprovado que não foram
cumpridas com rigor as especificações elencadas na legislação pátria, fato os quais,
se tratam de grande relevância ao recorrente e que o causa prejuízo, pois em
momento qualquer poderá impugnar ou até mesmo criar quesitos específicos ao
deslinde do esclarecimento, em decorrência do conhecer restrito da testemunha
inquirida.

Dessa forma, tem a jurisprudência pátria, firmado seu entendimento:

HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO PELO ROMPIMENTO DE


OBSTÁCULO. DELITO QUE DEIXA VESTÍGIO. INDISPENSABILIDADE
DE CONSTATAÇÃO VIAPERÍCIA. EXAME REALIZADO POR DOIS
PERITOS LEIGOS. AUSÊNCIA DE NÍVEL SUPERIOR DE UM DOS
EXPERTS. NULIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE SUPRIMENTO DO
LAUDO PELA PROVA TESTEMUNHAL. INAPLICABILIDADE DO
DISPOSTO NOART. 167 DO CPP. OFENSA AO ART. 159, § 1º, DO CPP
EVIDENCIADA. COAÇÃO ILEGAL DEMONSTRADA. EIVA
RECONHECIDA. QUALIFICADORA AFASTADA. (HC 130.680/MS, Rel.
Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em23/6/09, DJe 3/8/09)

Assim, reconhecida a ausência do exame pericial, seqüencialmente se


torna necessário a declaração de invalidade da sentença que condenou o
sentenciado a pena de 03 (três) meses de reclusão, em regime semi-aberto, sem
qualquer substituição, e, ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa, devendo ainda, a
autoridade a quo desprezar as indicações prestadas pelo responsável do
estabelecimento, para quando realizar a dosimetria da pena, a realize no mínimo
legal, uma vez que a falta do exame pericial impede seu reconhecimento, quer
como, qualificadora, quer como, circunstância judicial.

3. Mérito:

3.1 Dos Fatos e das provas:

Trata-se de ação penal pública incondicionada proposta pelo Ministério


Público contra recorrente por ter incidido nas sanções previstas no artigo 155, §4º,
inciso I, do Código Penal.

A materialidade do delito restou configurada.

A autoria, embora tenha o douto magistrado da __ Vara Criminal da


Comarca de Tubarão – SC, reconhecido inconteste, deve-se desprezar, uma vez
que as provas produzidas em nada se assemelham com a realidade fática.

Isso porque, as declarações prestadas pelo representante legal do


estabelecimento comercial Loja Presente Zá, apenas traz aos autos a informação
de ter sido seu empreendimento alvo do delito, declarando ainda, terem o autor se
utilizado de uma alavanca de ferro para arrombar a porta de aço do
estabelecimento para nele obter acesso. No tocante a autoria, declarou não existir
no horário do delito nenhum indivíduo no local que pudesse contribuir ao
reconhecimento do recorrente, bem como inexistir demais formas de torná-la clara.

Já a testemunha Maria das Dores, residente próximo ao estabelecimento


furtado, declarou ter presenciado o recorrente horas antes do acontecimento
delituoso no local, atentem-se Excelências, horas antes do fato, isso por si só não
significa que tenha esse concorrido para o delito, uma vez notório, que agentes
delituosos, quando necessitam ou desejam praticar tais atividades não as estudam
tão drasticamente, simplesmente as realizam, salvo nos casos de grandes
atividades ou diversos autores, que, por sua vez, não se trata do caso dos autos.

Ademais, qual seria a atitude suspeita a demonstrar à testemunha que


estaria sendo ocasionada pelo recorrente? Não deveria, portanto, ao verificar este
comportamento comunicado as autoridades competentes?
As alegações produzidas pelo recorrente, durante interrogatório, quer
seja, na data e horário dos fatos, se encontrava na Boate Luxus, restaram
comprovadas nos autos, mediante as declarações prestadas por João Caetano,
moto-taxista. Desconstituindo, as razões em que se fundam a acusação tornando o
álibi valor probatório de negativa de autoria.

Dessa forma, as declarações prestadas pelas testemunhas não trazem


aos autos quaisquer indícios de que tenha o recorrente desempenhado a prática
delitiva apurada nos autos, razão pela qual, se deve, conduzir a sua absolvição,
aplicando-se o princípio do in dubio pro reo, uma vez, que a acusação não logrou
êxito em comprovar a procedência da denúncia subscrita nas fls.

Nesse sentido os Tribunais têm-se manifestado a respeito:

HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO. OFENSA AO BEM JURÍDICO


TUTELADO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
ROMPIMENTO DEOBSTÁCULO. NECESSIDADE DE LAUDO PERICIAL.
MAUS ANTECEDENTES. INQUÉRITOS E PROCESSOS SEM O
TRÂNSITO EM JULGADO. IMPOSSIBLIDADE.PRECEDENTES. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA. (HC 126.107/MG, Relator Ministro
CELSO LIMONGI – DESEMBARGADORCONVOCADO DO TJ/SP, DJe
3/11/09)

APELAÇÃO CRIMINAL - CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO - FURTO


SIMPLES (CP, ART. 155, CAPUT) - NEGATIVA DE AUTORIA -
CONTRADIÇÃO COM DEPOIMENTO DA VÍTIMA - CONJUNTO
PROBATÓRIO ANÊMICO - APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO
PRO REU - EXEGESE DO ART. 386, IV DO CPP - SENTENÇA
REFORMADA - ABSOLVIÇÃO IMPOSTA -RECURSO PROVIDO. No
sistema processual penal brasileiro, vige o princípio do in dubio pro reo,
consubstanciado na tese de que a existência de provas conflitantes nos
autos, ou mesmo a ausência de elementos aptos a confirmarem a autoria
do delito, conduz à absolvição do acusado. Referida assertiva pressupõe,
também, que o ônus da prova deve recair sobre a acusação, de sorte a
ensejar a improcedência da denúncia caso a pretensa condenação não
venha acompanhada do conjunto probatório suficiente a auxiliar o
magistrado na busca pela verdade real. (Apelação Criminal. Processo
2007.049464-8. Relator Salete Silva Sommariva. Data da decisão:
28/05/2008)

APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO


CONCURSO DE AGENTES E PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA
VÍTIMA - PRETENDIDA ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE
PROVAS - AUSÊNCIA DE ELEMENTOS CAPAZES DE DEMONSTRAR
QUE A RÉ CONCORREU, DE QUALQUER MODO, PARA O
COMETIMENTO DO CRIME - CONTEXTO PROBATÓRIO
INSUFICIENTE PARA EMBASAR A CONDENAÇÃO-APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO-ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE -
RECURSO PROVIDO (Apelação Criminal. Processo 2005.039674-8.
Relator Torres Marques. Data da decisão: 10/01/2006).
A Doutrina de igual forma leciona:
Existem, no processo, elementos que levariam a considerar o réu culpado,
mas há outros que permitem supô-lo inocente. Estabelece-se a dúvida no
espírito do juiz e, nesse estado de incerteza, ele absolve (Tornaghi, Hélio.
Instituições de Processo Penal. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1978. v. 4, p.
393).

A condenação criminal somente poderá surgir diante de uma certeza


quanto à existência do fato punível, da autoria e da culpabilidade do
acusado. Uma prova deficiente, incompleta ou contraditória, gera a dúvida
e com ela a obrigatoriedade da absolvição, pois milita em favor do
acionado criminalmente uma presunção relativa de inocência. (Camargo
Aranha, Adalberto José Q. T. de. Da Prova no Processo Penal. Saraiva,
1983. p. 46).

Por fim, as declarações prestadas pela testemunha de acusação ao


aduzir que teria do recorrente recebido como forma de pagamento o aparelho
televisor subtraído, não merecem crédito, pois o sentenciado e o declarante durante
vasto tempo de suas vidas alimentam grande sentimento de ódio em decorrência de
ambos terem sido apaixonados pela mesma mulher e com ela mantido
relacionamento, razão pela qual, no mínimo poderia ter suas declarações com o
valor de mero informante, não testemunhal, haja vista, a inimizade intercorrente que
a ambos existe, deve ainda, se encontrar corroborando com as provas angariadas
durante o trâmite processual, como se depreende do acórdão abaixo:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -


AGRESSÃO FÍSICA - TESTEMUNHAS OCULARES - CONJUNTO
PROBATÓRIO DESFAVORÁVEL - RESPONSABILIDADE CIVIL NÃO
CONFIGURADA - SENTENÇA REFORMADA - INVERSÃO DO ÔNUS
SUCUMBENCIAL. (...) Apesar dos depoimentos prestados por
testemunhas oculares não implicarem em dispensa de sua valoração
probante, necessária se faz sua corroboração por meio de outras
provas colhidas durante a instrução processual, não se prestando
como único modo a comprovar a tese sustentada pelo autor.
(Apelação Cível n. 2007.002769-8, de Itapema Relator: Salete Silva
Sommariva; Juiz Prolator: Vera Regina Bedin; Órgão Julgador: Terceira
Câmara de Direito Civil. Data: 18/01/2008. TJ/SC.)

Diante da posse dos objetos furtados percebe-se o desejo da testemunha


em se desvencilhar dos fatos que permeiam o justo motivo de encontrar-se na
posse dos bens, havendo, portanto, a possibilidade de ser ele o autor do fato, razão
pela qual, se torna injustificável a edição de um decreto condenatório em face do
recorrente.
Assim, por não haverem provas suficientes, de acordo com Fernando
Capez (Curso de Processo Penal, 15 ed. Ver. e atual. São Paulo:Saraiva, 2008),
opta-se pela absolvição do réu, visto que a jurisprudência tem-se manifestado sobre
o assunto. Entretanto, mesmo não havendo sido realizado o exame pericial, caso
sua elaboração ainda seja possível, deve o juiz determiná-la nos termos do art.156
parte final e 502 do Código de Processo Penal.

3.2 Redução da pena imposta

O apelante foi condenado a cumprir 03 (três) anos de reclusão em regime


semi-aberto, sem qualquer substituição e ao pagamento de 15 dias-multa. A pena
base foi estabelecida além do mínimo legal com argumento de que as
circunstâncias em que se deram o crime demonstram o propósito de obtenção de
lucro fácil, justificando ainda que os crimes contra o patrimônio devam ser punidos
com rigor, sob pena de risco para ordem social, sendo estabelecido o regime semi-
aberto, pois o Juiz entendeu que as circunstâncias judiciais eram desfavoráveis e
com o mesmo e insólito motivo negou a substituição para uma penal restritiva de
direito.

É fato, que não existem provas substanciais que incriminem o apelante, já


que não houve a realização de perícia. A condenação restou-se confirmada no
depoimento de uma senhora que informa ter visto o apelante horas antes próximo
ao estabelecimento, o que não o imputa o crime e o depoimento do receptor do
aparelho furtado que claramente é inimigo capital do apelante.

O recorrente não possui antecedentes criminais, muito menos motivos


para cometer tal infração, sua personalidade e conduta social nunca foram
discutidas, ou mesmo entendidas fora do senso comum. Logo, entende-se que as
circunstâncias judiciais são favoráveis. O entendimento pessoal do juiz da __ Vara
Criminal da Comarca de Tubarão, de que os crimes contra o patrimônio devam ser
punidos com maior rigor, não se encontra especificado no Código Penal. O rigor
que o magistrado entende durante a fixação da pena imposta o próprio legislador já
realizou ao inserir nesses crimes sanções mais abruptas.

O apelante recebeu uma pena maior do que deveria, se tivesse cometido


o crime, dada as circunstâncias relatadas anteriormente, sua pena deveria ser
fixada no mínimo legal de 01(um) ano conforme o art.155 caput, do Código Penal,
ocorrendo assim a desclassificação do delito. Sendo oportuno e legalmente cabível
a substituição da pena neste caso.

Entretanto, se houver entendimento que, mesmo sem a prova pericial,


houve o rompimento de obstáculo, sua pena deveria ter sido fixada em 02 (dois)
anos como dispõe art.155 §4º inciso I, do mesmo diploma legal, também sendo
possível ocorrer à substituição da pena por uma restritiva de direitos.

4. PEDIDOS

Ante o exposto requer que este recurso seja recebido, processado,


conhecido e acolhido pela Colenda Câmara, para que seja anulada a sentença
recorrida nos termos preliminares, se vencida esta, que seja reformada toda
sentença para absolver o apelante, ou para desclassificar o delito para o art. 155,
caput, do Código Penal, com as devidas substituições legais trabalhadas.

Nestes Termos Pede Deferimento.

Tubarão, 18 de junho de 2010.

Amanda Darela de Oliveira Michele de Oliveira Pereira Túlia Moreira

Grupo 315-III-2010

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