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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Centro de Formação Profissional Antônio Urbano de Almeida – CFP AUA


Curso Técnico em Mecânica
Automação de Processos Industriais – Nota de Aula 02

FUSÍVEL DIAZED

COMPONENTES DA SEGURANÇA DIAZED

TAMPA – São dotadas de um visor que permite a


inspeção visual das condições dos fusíveis. A tampa
permite a troca do fusível, mesmo com a instalação
sob tensão.

FUSÍVEL – Possui dentro de seu corpo um elo fusível e


imerso em areia especial, de quartzo. A areia extingue o
arco voltaico evitando a explosão, no caso da queima do
fusível. Existe no contato superior do fusível um
indicador (espoleta) de queima do elo fusível. Há dois
tipos de fusíveis, os de ação retardados e os de ação
rápidos, respectivamente para cargas indutivas e
resistivas.

PARAFUSOS DE AJUSTE – Construído de acordo com


a corrente nominal do fusível, não permitem a montagem
de fusíveis de maior corrente que a prevista.

ANEL DE PROTEÇÃO – Isolar a rosca metálica da base


aberta, evitando choques acidentais durante a troca do
fusível.

BASE – É o elemento que reúne e sustenta todos os


componentes de segurança diazed. As bases podem ser
classificadas em abertas e fechadas.

Estes fusíveis possuem algumas características fundamentais que determinam


sua especificação e uso correto. Normalmente todos os dispositivos de segurança
trazem marcado em seu corpo, duas destas características que são: CORRENTE
NOMINAL e TENSÃO NOMINAL.
Além das características já estudadas, deve-se salientar ainda que os fusíveis
tipo Diazed, segundo a sua característica de ruptura, podem se classificar em dois
tipos: FUSÍVEIS RÁPIDOS e FUSÍVEIS RETARDADOS.
FUSÍVEIS RÁPIDOS - Os fusíveis de ação rápida são utilizados em circuitos
onde não ocorre uma variação considerável de corrente entre o instante de partida e o
de regime normal de funcionamento. Estes fusíveis, são portanto, os ideais para a
proteção de circuitos com cargas resistivas.

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FUSÍVEIS RETARDADOS - Os fusíveis de ação retardada suportam os aumentos


súbitos de corrente de partida, sendo recomendado para a proteção de motores e
outras cargas indutivas.
Em caso de curto-circuito, sua atuação é bem semelhante a dos fusíveis
rápidos, pois neste caso a intensidade de temperatura, atinge um valor tal que o elo
fusível funde-se instantaneamente. O retardamento nestes fusíveis é conseguido,
aumentando-se a massa do elemento condutor no ponto de ruptura do elo fusível.
Desta forma este acréscimo de massa condutora absorve por certo tempo,
parte do calor ali desenvolvido. Por estas razões, os fusíveis de ação retardada são os
fusíveis de maior utilização dentro das instalações industriais.

DIMENSIONAMENTO - É a escolha de um fusível que preencha as necessárias


condições para se fazer a proteção de um determinado circuito. Para se dimensionar
um fusível, é necessário considerar as seguintes grandezas elétricas: corrente nominal
do circuito e tensão nominal do circuito.

SELETIVIDADE - É a característica que um circuito possui de restringir a existência de


uma anormalidade elétrica ao setor onde esta ocorra, evitando desta forma, a
paralisação desnecessária de outros setores.

FUSÍVEL “NH”

O fusível “NH” é um componente utilizado com o objetivo de limitar a


intensidade de corrente de um circuito, causando sua interrupção em casos de curtos-
circuitos ou sobrecargas de longa duração.

Figura 10 – Fusível NH

O fusível NH tem: corpo de porcelana, elo fusível, facas e dispositivos indicador.


CORPO DE PORCELANA – Nela estão gravadas as
características elétricas do fusível

ELO FUSÍVEL – São fabricados de ligas especiais


cujas propriedades térmicas têm ação limitadora da
corrente e uma boa seletividade, sendo montado em
um corpo de porcelana e sua conexão ao circuito é
estabelecida através das facas

FACAS – São fabricadas de cobre. Elas fazem o


fechamento e a abertura do circuito

DISPOSITIVO INDICADOR – É o botão (espoleta)


que desprende-se quando o fusível for queimado
(ruptura do selo)

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Os fusíveis “NHD” além de serem utilizados nos seccionadores fusíveis, são


amplamente empregados na “PROTEÇÃO” de circuitos trifásicos. Os fusíveis “NH” são
fabricados em uma ampla gama de capacidade de correntes, desde 6A até 1600A.
Para instalação dos fusíveis “NH”, são utilizadas bases apropriadas.

Figura 11 – Base para fusível NH

DISJUNTOR MOTOR
O disjuntor motor é utilizado para conduzir ou interromper um circuito sob
condições normais, assim como interromper correntes sob condições anormais do
circuito (curto-circuito; sobrecarga e queda de tensão). Nesses disjuntores a corrente é
ajustada no valor exato do motor. O acionamento destes componentes é manual,
através de botões ou alavanca.
Alguns dispositivos auxiliares podem ser acoplados a esses disjuntores para
atender a finalidades específicas. Exemplos:
- bloco de contatos auxiliares usado para sinalização (elétrica ou
sonora), intertravamento etc.;
- bobina de impulso, usada para desligamento a distância etc.
- bobina de subtensão, usada para desligamento a distância, proteção de quedas de
tensão etc.

Figura – 12 Dijuntor Motor

DISPOSITIVOS DE COMANDO
Os dispositivos de comando destinam-se especialmente aos circuitos de
comando e de automação com diâmetros de furação padronizados, 22,5 e 30,5mm,
construídos de forma modular, permitem de forma rápida e simples, a fixação ou troca
de elementos de contato e botões de comando.

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APLICAÇÃO PARA BOTÕES APLICAÇÃO PARA


CÓDIGO SINALIZADOR
DE CORES
- Para desligar Condições anormais –
- Desliga emergência indicação de uma falha ou de
VERMELHO
uma atuação de um dispositivo
de proteção
- Partida normal Máquina pronta para operar
VERDE
- Pôr em marcha
- Partida normal
PRETO
- Ligar
- Partida de retrocesso fora
das condições normais Atenção ou cuidado
AMARELO
- Partida de um movimento
para evitar condições de perigo
- Para qualquer função para a qual Circuito sob tensão em
BRANCO
as outras cores não têm validade funcionamento normal
- Para qualquer função para a qual Todas as funções para as
AZUL as outras cores não têm validade quais não se aplicam as cores
acima

DISPOSITIVO DE MANOBRA
CONTATORES
Contatores são chaves de manobra operadas à distância com força de
retrocesso, sem bloqueio mecânico, atuadas e mantidas em determinada posição
através de seu sistema de acionamento. Uma bobina é alimentada criando um campo
magnético no núcleo fixo que atrai o núcleo móvel e contatos móveis que se
encontram com os fixos fechando o circuito.
Para abertura, interrompe-se a alimentação da bobina desaparecendo então o
campo magnético, provocando por molas o retorno do núcleo móvel e assim
separando os contatos que automaticamente desligam o circuito.
Contatores são usados para a manobra de vários tipos/ execuções de motores,
de circuitos auxiliares e outras cargas, tanto de corrente alternada como de corrente
contínua.

CATEGORIAS DE UTILIZAÇÃO

CORRENTE ALTERNADA
AC – 1 Cargas resistivas ou fracamente indutiva; fornos de
CONTATOR resistência
DE
POTÊNCIA AC – 2 Partida de motores com rotor bobinado (de anéis) com
interrupção na partida e na corrente nominal

Partida de motores com rotor em curto-circuito (gaiola)


AC – 3 com interrupção na corrente nominal

Partida de motores com reversão e serviço intermitente


AC – 4
CONTATOR AC – 11 Manobra de circuitos auxiliares
AUXILIAR AC – 15

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CORRENTE CONTÍNUA
DC – 1 Cargas resistivas ou fracamente indutiva; fornos de resistência

Partida de motores de derivação com interrupção de corrente


CONTATOR DC – 2 nominal
DE
POTÊNCIA Partida de motores de derivação com reversão e serviço
DC – 3 intermitente

DC – 4 Partida de motores série com interrupção de corrente nominal

DC – 5 Partida de motores série com reversão e serviço intermitente

CAPACIDADE DE LIGAÇÃO EM BASE AS CATEGORIAS DE UTILIZAÇÃO

CATEGORIA CAPACIDADE DE LIGAÇÃO


DE
Ip/ Ie Un/ Ue Cos φ
UTILIZAÇÃO
AC – 1 1,5 1,05 0,8
AC – 2 4,0 1,05 0,65
AC – 3 8,0 1,05 0,35
AC – 4 10,0 1,05 0,35

CONTATOS PRINCIPAIS
Os contatos principais de um contator são dimensionados com o objetivo
principal de estabelecer e interromper correntes de motores, podendo ainda, acionar
cargas resistivas, capacitivas e outras. Existem diferentes formas de construção do
contato fixo e móvel e da câmara de extinção do arco voltaico, conforme a carga de
serviço nominal de um contator.
Os contatores, na faixa de carga a partir de 46A (380V, AC3), necessitam, nas
suas câmaras de extinção, de placas que alongam o arco voltaico na abertura do
contator, possibilitando uma extinção do arco mais eficaz para estes valores de carga.
O final da vida elétrica dos contatos principais, dá-se quando as pastilhas de
prata dos mesmos têm seu volume reduzido a 1/3 do inicial. Faz-se necessária, então,
a substituição desses contatos.

CONTATOS AUXILIARES
São dimensionados para a comutação de circuitos auxiliares para comando,
sinalização e intertravamento elétrico, entre outras aplicações.

SISTEMA DE ACIONAMENTO
O acionamento dos contatores pode ser realizado com corrente alternada (CA)
ou contínua (CC), por serem dotados de sistema específicos (bobina, núcleo) para
casa tipo de corrente.

ACIONAMENTO CA
O campo magnético é produzido através de bobina. Para este sistema de
acionamento, existem os anéis de curto-circuito, que situam-se sobre o núcleo fixo do
contator e evitam o ruído devido à passagem da CA por zero.
Um entreferro reduz a remanência após a interrupção da tensão de comando e

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evita o “colamento” do núcleo. Após a desenergização da bobina de acionamento, o


retorno dos contatos principais (bem como dos auxiliares) para a posição original de
repouso, é garantido através de molas (de compressão).

CONSTRUÇÃO
Em princípio, a construção é similar para todos os contatores. O contator é
dividido em sistema de acionamento (núcleo móvel e fixo, e bobina), do sistema de
manobra da carga (contatos móveis e fixos e/ou câmara de faísca).

ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DE UM CONTATOR


Os principais elementos construtivos de um contator são:
- Contatos
- Núcleo
- Bobina
- Molas
- Carcaça

1 – Parte superior da carcaça


2 – Núcleo fixo
3 – Anel de curto-circuito
4 – Entreferro
5 – Bobina
6 – Mola de curso
7 – Cabeçote
8 – Núcleo móvel
9 – Terminal da bobina
10 – Contato fixo principal
11 – Capa lateral
12 – Contato móvel principal
13 – Mola do contato principal
14 – Contato fixo auxiliar NA
15 – Contato móvel auxiliar NA
16 – Mola do contato auxiliar
17 – Contato móvel auxiliar NF
18 – Contato fixo auxiliar NF
19 – Capa frontal
20 – Parte inferior da carcaça
21 – Grampo de fixação

DISPOSITIVOS DE ACIONAMENTO
RELÉS DE TEMPO
São temporizadores para controle de tempos de curta duração. Utilizados na
automação de máquinas e processos industriais, especialmente em seqüenciamento,
interrupções de comandos e em chave de partida.

RELÉS DE TEMPO COM RETARDO NA ENERGIZAÇÃO


Aplicados em seqüenciamento de comandos e interrupções, painéis de
comando, chaves compensadoras.

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FUNCIONAMENTO
O relé comuta seus contatos de saída, após transcorrido o tempo selecionado
na escala, sendo o início de temporização dado quando da energização dos terminais
de alimentação A1 – A2.

RELÉ DE TEMPO COM RETARDO NA DESENERGIZAÇÃO


Diferencia-se do tipo “E” (retardo na energização) pela existência dos terminais
de acesso ao comando de pulso (1-2), comando este executado por contatos externos
ao relé (contatos auxiliares de contatores, botões pulsadores etc), que cumprem
apenas a função de “jumper” (ponte) entre dois pontos do circuito eletrônico. É
importante salientar que, por se tratarem de bornes de acesso ao circuito eletrônico,
os terminais 1 e 2 jamais poderão receber qualquer sinal externo de tensão, sob risco
de serem danificados. Os terminais A1-A2 devem permanecer energizados durante
todo o ciclo de funcionamento do relé.
Aplicados em seqüenciamento de comando e interrupções, painéis de
comando.

FUNCIONAMENTO
Quando fechado o contato que executa a conexão entre os bornes 1-2 os
contatos de saída comutam e somente após a abertura do contato é que inicia a
temporização selecionada, sendo que após decorrida a mesma, os contatos de saída
retornam a posição de repouso.

a – instante da comutação
b – retorno ao repouso
T – temporização selecionada

RELÉ DE TEMPO ESTRELA-TRIÂNGULO


Especialmente fabricado para utilização em chaves de partida estrela-triângulo.
Este relé possui dois circuitos de temporização em separado, sendo um de tempo
variável para controle do contator que executa a conexão estrela, e outro, com tempo

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pré-estabelecido (100ms) para controle do contator que executa a conexão triângulo.

FUNCIONAMENTO
Após aplicada tensão nominal aos terminais A1-A2, o contato da saída da
etapa de temporização estrela comuta (15-18). Após decorrida a temporização
selecionada (0 a 30 seg) o contato de saída da etapa estrela retorna ao repouso (15-
16), principiando então a contagem do tempo fixo (100ms), ao fim do qual é atuado o
contato de saída da etapa triângulo (25-28).

A1 – A2 – alimentação
a – instante da comutação 15 – 25 – contatos comuns
b – retorno ao repouso 16 – 26 – contatos NF
T1 – tempo ajustável para conexão estrela 18 – 28 – contatos NA
T2 – tempo fixo para conexão triângulo
(100ms)

RELÉ DE SEQÜENCIA DA FASE


Devido a seu baixo custo e simplicidade de aplicação é o elemento ideal para
monitorização e controle de seqüência de fase em sistemas trifásicos, com uso na
proteção de motores trifásicos, painéis de comando, acionamento CA, detectando
qualquer inversão na seqüência das fases R, S, T.

FUNCIONAMENTO
No caso de inversão de fases, o contato de saída não comuta (LED apagado),
bloqueando desta forma o comando do sistema no qual se encontra inserido.

RST – alimentação/ monitoração


15 – contato comum 16 –
contato NF
18 – contato NA

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RELÉ FALTA DE FASE

COM NEUTRO NA INSTALAÇÃO - O controle de proteção contra falta de fase com


neutro supervisiona redes trifásicas nas quais as fases R, S e T estão defasadas entre
si de 120° elétricos. Detecta a falta de uma ou mais fases do neutro e opera o
desligamento da carga quando a falta ocorre. O neutro deve ser ligado ao aparelho.
Normalmente é fornecido com retardo para desligamento de até 5s para que não
opere desnecessariamente durante a partida do motor que, muitas vezes, pode
provocar na rede quedas de tensão maiores que a programada do aparelho para
atuação. É dotado de um contato reversor.

SEM NEUTRO NA INSTALAÇÃO - Este supervisiona redes trifásicas com defasagens


elétricas também de 120o e tem as demais características do anterior, porém não
sendo necessária a ligação do neutro ao aparelho.

AUTOTRANSFORMADORES DE PARTIDA
Os autotransformadores distinguem-se dos transformadores pelo fato de
possuírem apenas um enrolamento, que é ao mesmo tempo primário e secundário.
São aplicados em chaves de partida compensadora para permitir a redução de tensão
de alimentação na partida de motores.

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DIMENSIONAMENTO
Os autotransformadores possuem, opcionalmente, instalado na bobina central,
um termostato. O termostato tem a função de proteção do equipamento contra
aquecimento excessivo ocasionado por sobrecarga ou número de partidas acima do
especificado.
O termostato é especificado em função da classe de isolamento do
autotransformador.
Para se definir a potência do autotransformador deve-se considerar:
- potência do motor
- freqüência de partida (número de partidas por hora)
Existem limitações quanto ao número de partidas, sob pena de danificação dos
enrolamentos. Assim sendo, fica estabelecido:
 5 P/H, podendo ser duas consecutivas com intervalo mínimo de 0,5 minutos entre
elas ou cinco com intervalos de aproximadamente doze minutos.
 10 P/H, podendo ser três consecutivas com intervalo mínimo de 0,5 minutos entre
elas ou dez com intervalos de aproximadamente seis minutos.
 20 P/H, podendo ser seis consecutivas com intervalo mínimo de 0,5 minutos entre
elas ou vinte com intervalos de aproximadamente três minutos.

- Tempo de partido do motor.


Normalmente os autotransformadores são projetados para suportarem a
corrente de partida durante 20s.
Após a definição da potência, para completar a especificação do autotransformador
deve ser citado:
 tensão nominal da rede;
 classe de isolamento em sua maioria classe “B” (130°C);
 derivadores (TAPs) de tensão necessários, normalmente se utiliza TAPs 65 e 80%.

RELÉS DE SOBRECARGA
RELÉS DE SOBRECARGA TÉRMICOS (BIMETÁLICOS)

Os relés bimetálicos são utilizados para proteção de motores e outros


aparelhos consumidores contra sobrecarga.
Também protegem motores trifásicos contra falta de fase, especialmente se
estiverem funcionando a plena carga.
Relés de sobrecarga operam baseados no princípio de pares termelétricos
(relés térmicos-bimetálicos). O princípio de operação do relé está fundamentado nas
diferentes dilatações que apresentam os metais, quando submetidos a uma variação
de temperatura.

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Duas lâminas de metais diferentes são ligadas através de soldas, sob pressão
ou eletroliticamente quando aquecidas elas se dilatam diferentemente. As lâminas se
curvam. Esta mudança de posição é usada para comutação de um contato. Durante o
esfriamento, as lâminas voltam à posição inicial. O relé está então, novamente pronto
para operar, desde que não exista no conjunto um dispositivo mecânico de bloqueio.

O relé permite que seu ponto de atuação, ou seja, a curvatura das lâminas, e o
conseqüente desligamento, possa ser ajustado com auxílio de um dial. Isto possibilita
ajustar o valor de corrente que provocará a atuação do relé.
O relé deve ser ajustado para corrente nominal da carga a ser protegida (por
exemplo, um motor).

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA AMBIENTE


As características de disparo correspondem a um valor determinado da
temperatura ambiente, e são baseadas na ausência de carga prévia do relé de
sobrecarga (ou seja, estado frio). Este valor de temperatura ambiente deve ser
claramente indicado nas curvas de disparo; os valores preferenciais são +20°C ou
+40°C.

COMPENSAÇÃO DE TEMPERATURA
Os relés de sobrecarga térmicos possuem compensação de temperatura
ambiente, que tem o seu princípio de operação conforme o descrito que segue. Com
uma temperatura ambiente de +30°C, as lâminas bimetálicas principais se dilatarâo
(curvarão) e terão deslocado através do cursor, uma parte do percurso, que para um
determinado valor de corrente, resultaria um tempo de disparo menor. Para que isto
seja evitado, o cursos atua sobre a lâmina bimetálica auxiliar. Esta lâmina não é,
contudo, percorrida pela corrente. Ela é aquecida somente pela temperatura ambiente
e se curvará na proporção das lâminas principais. Desta forma as lâminas aquecidas
pela corrente determinarão um mesmo tempo de disparo para qualquer temperatura
ambiente. Este tipo de compensação de temperatura satisfaz na faixa de –20 a +55°C.

DISPERSÃO
As características de disparo geralmente são fornecidas como valores médios
aritméticos para as lâminas em estado frio. Na realidade existe uma dispersão na
característica de disparo admitida pela norma, resultante do processo de fabricação e
diferenças inevitáveis, em termos de material/dimensões (tolerâncias).

AJUSTE
Conforme já mencionado anteriormente, relés de sobrecarga possibilitam uma
faixa para escolha de corrente de ajuste. A corrente de ajuste desejada, pode ser
definida através de uma escala e de um parafuso de ajuste. A corrente de ajuste deve
corresponder à corrente nominal ou regime da carga a ser protegida.

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CAUSAS DE SOBRECARGA EM MOTORES


 Conjugado resistente muito alto em regime contínuo.
 Fator de marcha muito alto.
 Tempo de partida muito longo.
 Bloqueio do rotor.
 Desvios excessivos da tensão e da freqüência da rede.
 Interrupção de um condutor de alimentação (falta de uma fase).

APLICAÇÃO DE REARME MANUAL E AUTOMÁTICO


Após o disparo por sobrecarga, as lâminas bimetálicas necessitam resfriar-se e
retornar à sua posição inicial até que o relé esteja novamente em condições de
serviço. Assim o intervalo de repouso necessário ao motor fica obrigatoriamente
assegurado. Relés de sobrecarga em rearme automático são utilizados com
contatores comandados por botão de impulso. Após o tempo de resfriamento, o
contato auxiliar do relé retorna à sua posição inicial não ativando o circuito de
comando.
Relés de sobrecarga em rearme manual são utilizados em contatores
comandados por chave de posição fixa. O contato auxiliar do relé permanece aberto
após o tempo de resfriamento, impedindo ativar-se o circuito de comando.

PROTEÇÃO CONTRA FALTA DE FASE


A curva característica de disparo de um relé de sobrecarga trifásico é dado na
condição de que todas as três lâminas são percorridas por correntes equilibradas. No
caso de falta de fase, apenas duas lâminas são aquecidas e devem produzir sozinhas
o deslocamento/ força necessária para atuação do mecanismo de disparo.
Relé de sobrecarga trifásicos com proteção contra falta de fase, oferecem a
vantagem de atuação mais rápida quando sob carga bifásica, ou seja falta de uma
fase.

TIPOS DE PARTIDAS DE MOTORES


Quando um motor é colocado em funcionamento, a corrente exigida (da rede) é
aumentada e pode, sobretudo se a seção do condutor de alimentação for insuficiente,
provocar uma queda de tensão susceptível de afetar o funcionamento das cargas. Por
vezes, esta queda de tensão é tal, que é perceptível nos aparelhos de iluminação.
Para evitar estes inconvenientes, os regulamentos de instalações de algumas
concessionárias proíbem, acima de uma determinada potência, a utilização de
motores com partida direta.
Outros limitam-se a impor, em função da potência dos motores, a relação entre
a corrente de partida e a corrente nominal. O motor de rotor em curto-circuito é o único
que pode ser ligado diretamente à rede, por intermédio de aparelhos simples. Apenas
as extremidades dos enrolamentos do estator estão disponíveis na placa de terminais.
Uma vez que as características do rotor são determinadas pelo fabricante, os diversos
processos de partida consistem essencialmente em fazer variar a tensão nos terminais
do estator. Neste tipo de motor, com freqüência constante, a redução do pico de
corrente é acompanhada automaticamente de uma forte redução do conjugado.

Partida direta – É o modo de partida mais simples, com estator ligado diretamente à
rede. O motor parte com as suas características naturais. No momento da colocação
em funcionamento, o motor comporta-se como um transformador em que o
secundário, constituído pela gaiola do rotor, muito pouco resistiva, está em curto-
circuito. A corrente induzida no rotor é elevada.

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Sendo as correntes primária e secundária sensivelmente proporcionais, o pico


de corrente resultante é elevado. Apesar das suas vantagens (aparelhagem simples,
conjugado de partida elevado, partida rápida, preço baixo), a partida direta só é
interessante nos casos em que:
 A potência do motor é baixa, relativamente à potência disponível na
rede, de modo a limitaras perturbações originadas pelo pico de corrente.
 A máquina movimentada não necessita de uma aceleração progressiva e está
equipada com um dispositivo mecânico (redutor, por exemplo) que evita uma partida
muito rápida.
 O conjugado de partida tem que ser elevado. Em contrapartida, sempre que
corrente exigida possa perturbar o bom funcionamento de outros aparelhos ligados ao
mesmo circuito, provocado pela queda de tensão que ela causa, a máquina não
agüente golpes mecânicos.
 Conforto ou a segurança dos usuários sejam considerados (caso das
escadas rolantes, por exemplo), torna-se necessário utilizar um artifício para diminuir a
corrente exigida ou o conjugado de partida. O processo mais usado consiste em partir
o motor sob tensão reduzida.

De fato, uma variação da tensão de alimentação tem as seguintes conseqüências:


 A corrente de partida varia proporcionalmente à tensão de alimentação.
 O conjugado de partida varia proporcionalmente ao quadrado da tensão de
alimentação.

Exemplo: se a tensão for dividida por 3 , a corrente é sensivelmente dividida por 3 ,


e o conjugado é dividido por 3.

Partida estrela-triângulo – Este processo de partida só pode ser utilizado num motor
em que as duas extremidades de cada um dos três enrolamentos estatóricos estejam
ligadas à placa de terminais. Por outro lado, o enrolamento deve ser feito de tal modo
que a ligação triângulo corresponda à tensão da rede, por exemplo, para uma rede
trifásica de 380V, é necessário um motor bobinado em 380V triângulo e 660V estrela.
O princípio consiste em partir o motor ligando os enrolamentos em estrela à
tensão da rede, o que é o mesmo que dividir a tensão nominal do motor em estrela por
3 (no exemplo dado acima, tensão da rede 380V = 660V / 3 ). O pico de corrente
de partida é dividida por 3: Ia = 1,5 a 2,6 I partida direta. Efetivamente, um motor
380V/ 660V ligado em estrela à tensão nominal de 660V absorve uma corrente 3
vezes menor do que em ligação triângulo a 380V. Sendo a ligação estrela feita a 380V,
a corrente é novamente dividida por 3 , logo, no total, por 3.
Uma vez que o conjugado de partida é proporcional ao quadrado da tensão de
alimentação, ele próprio também é dividido por 3. A velocidade do motor estabiliza
quando os conjugados motor e resistente se equilibram, geralmente entre 75 e 85% da
velocidade nominal. Os enrolamentos são então ligados em triângulo e o motor
recupera as suas características nominais. A passagem da ligação estrela á ligação
triângulo é controlada por um temporizador.
O fechamento do contator triângulo se dá com um atraso de 30 a 50
milisegundos após a abertura do contato estrela, o que evita um curto-circuito entre
fases, uma vez que os dois contatores não podem ficar fechados simultaneamente. A
corrente que atravessa os enrolamentos é interrompida pela abertura do contator
estrela. Volta a estabelecer-se quando o contator triângulo fecha. Esta passagem para
triângulo é acompanhada de um pico de corrente transitória muito curto, mas muito
elevado, devida à força contra-eletromotriz do motor.

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A partida estrela-triângulo é indicada para as máquinas que tem baixo


conjugado resistente, ou que partem em vazio. Em virtude do regime transitório no
momento da ligação triângulo, pode ser necessário, acima de uma determinada
potência, utilizar uma variante para limitar estes fenômenos transitórios:
 Temporização de 1 a 2 segundos na passagem estrela-triângulo.
Esta temporização permite uma diminuição da força contra-eletromotriz, logo do pico
de corrente transitória. Esta variante só pode ser utilizada se a máquina tem inércia
suficiente para evitar uma desaceleração excessiva durante a temporização.
 Partida em 3 tempos: estrela-triângulo + resistência-triângulo.
O desligamento subexiste, mas a resistência, ligada em série durante cerca de três
segundos com os enrolamentos ligados em triângulo, reduz o pico de corrente
transitória.
 Partida estrela-triângulo + resistência-triângulo sem desligamento.
A resistência é ligada em série com os enrolamentos, imediatamente antes da
abertura do contator estrela. Evita-se assim a interrupção da corrente e portanto o
aparecimento de fenômenos transitórios. A utilização destas variantes exige a
aplicação de componentes suplementares, o que pode ter como conseqüência um
aumento considerável do custo de instalação. A utilização de um dispositivo estático
pode ser, em muitos casos, uma boa solução.

Partida por autotransformador – O motor é alimentado a tensão reduzida através de


um autotransformador, que é desligado do circuito no final da partida. A partida é feita
em três tempos:
 Primeiro: O autotransformador é ligado primeiro em estrela e
em seguida o motor é ligado à rede, por intermédio de uma parte dos enrolamentos do
autotransformador. A partida é feita com uma tensão reduzida, que é função da
relação de transformação. O autotransformador está geralmente equipado com
derivações, que permitem escolher a relação de transformação e, portanto, o valor da
tensão da reduzida mais apropriado.
 Segundo: Antes de passar à ligação a tensão plena, a ligação
em estrela é aberta. A fração do enrolamento ligada à rede constitui então uma
indutância ligada em série com o motor. Esta operação é realizada quando se atinge a
velocidade de equilíbrio, no final do primeiro tempo.
 Terceira: A ligação à plena tensão é feita após o segundo tempo,
que geralmente é muito curto (uma fração de segundo). As indutâncias ligadas em
série com o motor são curto-circuitadas e em seguida o autotransformador é desligado
do circuito. A corrente e o conjugado de partida variam nas mesmas proporções. A
partida é feita sem interrupção da corrente no motor. Assim, evitam-se os fenômenos
transitórios resultantes da interrupção.
Podem, no entanto, produzir fenômenos transitórios da mesma natureza no
momento da ligação à tensão plena, se não forem tomadas certas precauções. De
fato, o valor da indutância ligada em série com o motor após a abertura da ligação
estrela é elevado, relativamente ao do motor. Daí resulta uma queda de tensão
elevada, que provoca um pico de corrente transitória no momento da ligação a plena
tensão. Para evitar este inconveniente, no circuito magnético do autotransformador
existe um entreferro, cuja presença dá lugar a uma diminuição do valor da indutância.
Este valor é calculado de tal modo que, no momento da abertura da ligação
estrela, no segundo tempo, não há variação de tensão nos terminais do motor. A
presença do entreferro tem como conseqüência um aumento da corrente
magnetizante do autotransformador, que aumenta a corrente exigida na rede durante o
primeiro tempo de arranque. Este modo de partida é geralmente utilizado para motores
com potência superior a 10KW. Implica, no entanto, no emprego de equipamentos
relativamente caros, devido ao preço elevado do autotransformador.

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Soft-Start (partida progressiva) – A alimentação do motor, quando é colocado em


funcionamento, é feita por aumento progressivo da tensão, o que permite uma partida
sem golpes e reduz o pico de corrente. Este resultado obtém-se por intermédio de um
conversor com tiristores, montados 2 a 2 em cada fase da rede. A subida progressiva
da tensão de saída pode ser controlada pela rampa de aceleração ou dependente do
valor da corrente de alimentação, ou ligada a estes dois parâmetros.

Soft-Start e conversores estáticos eletrônicos – O comando de motores elétricos


por aparelhos tipo “tudo ou nada” é uma solução apropriada para o funcionamento de
uma grande variedade de máquinas. Têm, no entanto, algumas limitações que podem
torná-los inconvenientes para certas aplicações.
 Elevação de corrente na partida que pode perturbar o funcionamento de
outros aparelhos ligados á rede.
 Golpes mecânicos no momento das partidas e paradas prejudiciais para a
máquina, ou para o conforto e segurança dos usuários.
 Funcionamento a velocidade constante.
Os soft-start e conversores estáticos eletrônicos eliminam estes inconvenientes.
Destinados ao comando de motores de corrente contínua e corrente alternada,
asseguram a aceleração e a desaceleração progressivas e permitem uma adaptação
rigorosa da velocidade às condições de operação. Conforme o tipo de motor, os
acionamentos utilizados são do tipo conversor de corrente contínua, conversor de
freqüência ou regulador de tensão.

SOFT-START
Os motores de indução trifásico, com rotor de gaiola têm corrente de partida na
faixa de três a nove vezes a corrente nominal. Trata-se de um valor elevado que
acarreta significativa queda de tensão nas instalações que alimentamos motores. A
NBR 5410 estabelece uma queda de tensão máxima de 4% para 7% para
equipamentos alimentados a partir de transformadores próprios. Durante a partida
admite-se queda de tensão no motor de 10%, garantindo que os demais
equipamentos da instalação mantenham-se dentro da faixa estabelecida.
Sempre que possível, um motor de indução trifásico com rotor de gaiola deve
ter uma partida direta, isto é, sob tensão nominal. Em geral, o tempo de aceleração é
de 5 segundos. Devido à elevada corrente de partida, a instalação deverá ser
superdimensionada para atender à queda de tensão preconizada. Muitas vezes é mais
conveniente, sob o ponto de vista econômico, utilizar um sistema de partida indireta.
Neste caso, a tensão de alimentação é reduzida com o objetivo de reduzir a corrente
de partida, evitando os aspectos negativos da queda de tensão da instalação. Após a
aceleração do motor restabelece-se a tensão nominal. Os sistemas mais utilizados
para partida indireta são: chave estrela-triângulo, chave compensadora, chave série-
paralelo e partida eletrônica – Soft Start.
O avanço da eletrônica permitiu a criação de dispositivos de estado sólido de
potência. Entre eles destaca-se o tiristor, ou simplesmente SCR (Silicon Controlled
Rectifier), que nada mais é que um diodo controlado. O tiristor, à semelhança do
diodo, só conduz quando polarizado diretamente. Além disso, exige um disparo que é
um pulso de tensão no “gate”. A figura ilustra a tensão sobre uma resistência após um
diodo e um tiristor.

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O ângulo de disparo θ pode ser controlado de forma sofisticada a partir de


microprocessadores. Ao alterar o ângulo de disparo do tiristor, o valor médio da tensão
é alterado. Quanto mais próximo do início do semiciclo ocorrer o disparo, maior será a
tensão média. À semelhança do diodo, o tiristor é um retificador de meia onda, porém
com início de condução controlado pelo disparo no “gate”. Pode-se obter uma
retificação controlada de onda completa utilizando um par de tiristores em antiparalelo,
como ilustra a figura a seguir.

O valor RMS da tensão é controlado pelo ângulo de disparo do tiristor. Para o


acionamento do motor de indução trifásico, utilizam-se três conjuntos de pares de
tiristores antiparalelos, como ilustra a figura seguinte.

A variação do ângulo de disparo permite a variação da tensão aplicada aos


terminais do motor, promovendo a variação da curva do conjugado em função do
escorregamento de forma semelhante ao gráfico abaixo:

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Ao longo da aceleração ou da desaceleração, os disparos são feitos


controladamente por microprocessadores, permitindo um ajuste correto do conjugado
e da corrente às reais necessidades da carga, suavizando-se suas curvas
características, como ilustra o gráfico abaixo, para o caso da corrente:

O período de partida tipicamente é ajustável entre 2 e 30 segundos. Ao final da


aceleração o motor passa a operar a plena tensão. Além da tensão da variação suave
do conjugado e da corrente, o Soft-Starter, também chamado de chave de partida
estática, não apresenta componentes móveis que geram arcos, como as chaves
mecânicas, o que permite uma vida útil mais longa. Como desvantagem pode-se citar
o número reduzido de partidas por hora, algo em torno de dez partidas.
Soft Start são utilizados basicamente para partidas de motores de indução CA,
em substituição aos métodos Estrela x Triângulo, Compensadora ou Partida Direta.
Tem a vantagem de não provocar tráficos no sistema, limitar a corrente de partida,
evitar picos de corrente e ainda incorporar parada suave e várias proteções.
Adicionalmente propiciam economia substancial de espaço, peso e custo e aumento
da vida útil do motor.

VANTAGENS E CARACTERÍSTICAS
O Soft Start apresenta inúmeras vantagens em relação aos métodos Estrela x
Triângulo, Compensadoras e Partida direta:
 Dimensões reduzidas.
 Reduz a corrente de partida.
 Reduz os trancos e golpes no sistema mecânico.

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 Possibilita partida de motores com qualquer tipo de carga (incluindo cargas


pesadas).
 Não tem partes móveis, o que reduz a manutenção.
 Aumenta a vida útil do motor.
 Possui várias proteções e sinalizações incorporadas.
 Desligamento automático no caso de sobrecarga aplicada ao eixo do motor.
 Possui ajustes que possibilitam adequar perfeitamente o módulo às condições da
carga.
 Não necessita uso de motor especial.
 Alto número de manobras.
 Possibilidade de Soft Stop (Parada Suave).
 Economia energia e melhora o fator de potência.
 Possibilidade de detecção de cavitação em bombas.
 Indicações de “Pronto para partida”, “Rampa” e “Fim de partida”.
 Tensões: 220, 380 e 440 VAC.
 Alimentação: 110 / 200 VAC.

PROTEÇÕES
 Falta de Fase na entrada e na saída.
 Curto-circuito.
 Sobre-Temperatura.
 Sobrecorrente.
 Cavitação em sistemas hidráulicos.

REGULAÇÃO DE VELOCIDADE DE MOTORES ASSÍNCRONOS DE INDUÇÃO

Para regular a velocidade de um motor assíncrono podemos atuar nos


seguintes parâmetros:
a) o número de pólos;
b) o escorregamento;
c) a freqüência da tensão.

a) Variação do número de pólos:


Existem três modos de variar o número de pólos de um motor assíncrono,
quais sejam:
- enrolamento separados no estator.
- um enrolamento com comutação de pólos.
- combinação dos dois anteriores.
Em todos esses casos, a regulação de velocidade será discreta, sem perdas,
porém, a carcaça será maior do que a de um motor de velocidade única.
O sistema mais comum que se apresenta é o denominado “ligação Dahlander”.
Esta ligação implica numa relação de pólos de 1:2 com conseqüente relação de
rotação de 1:2.
É possível combinar um enrolamento Dahlander com um enrolamento simples
ou mais. Entretanto, não é comum, e somente utilizado em aplicações especiais.

b) Variação do escorregamento:
Neste caso, a velocidade do campo girante é mantida constante, e a
velocidade do rotor é alterada de acordo com as condições exigidas pela carga, que
podem ser:
- variação da resistência rotórica (motores de anéis);
- variação da tensão do estator;

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- variação de ambas, simultaneamente.

c) Variação da freqüência da tensão:


Conversores de freqüência são dispositivos eletro-eletrônicos que se prestam
ao trabalho de variação de velocidade de motores de indução assíncronos. Sua
evolução está intimamente ligada ao desenvolvimento da eletrônica. Quando um motor
é acionado por um conversor de freqüência a sua performance depende não só das
características do motor (torque x rotação), mas também do conversor usado.
São equipamentos com alta confiabilidade de funcionamento, formados a partir
de uma avançada tecnologia. O hardware pode ser considerado universal, ou seja, a
estrutura física dos principais componentes utilizados nestes DRIVERS são comuns. A
tecnologia usada também não se difere, pois o DTC (direct torque control) e o PWM
(pulse width modulated) são os sistemas mais adotados por diversos fabricantes. O
PWM e o DTC ambos, trabalham com o objetivo de proporcionar um chaveamento
adequado aos transistores de potência IGBT, conhecido também como IPM (inteligent
power modules), fornecendo assim as fases U, V e W ao motor.
O conversor de freqüência é constituído basicamente de uma ponte retificadora
não controlada, um circuito intermediário de tensão contínua e um circuito inversor.
Como o princípio de funcionamento parte de uma inversão, estes conversores se
apresentam no mercado como trifásicos e monofásicos.
Quando se fala em inversão, é sempre bom esclarecer o que significa o termo:
o circuito chamado inversor é aquele responsável em transformar um sinal contínuo
em alternado. Hoje existem no mercado equipamentos que são inversores e
conversores de freqüência, onde a diferença básica é que o conversor é alimentado
com CA, o transforma para CC e retorna para CA. Já o inversor recebe uma tensão
CC e transforma para CA.

VARIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA
Ao se variar a freqüência da tensão do estator, está se variando a velocidade
do campo girante, com isso pode-se variar a velocidade do rotor, mantendo-se
constante o escorreIgamento da máquina e, portanto, as perdas podem ser otimizadas
de acordo com as condições da carga.
Ao se variar a freqüência de alimentação do motor CA, varia-se sua velocidade
síncrona, o que significa que todas as velocidades variam desde f=0 até a máxima
freqüência do conversor.
120f
n p
O comportamento do motor, que corresponde a sua curva conjugado x
velocidade permanece da mesma forma, entretanto deslocada na rotação conforme a
freqüência.

CONVERSORES DE FREQÜÊNCIA
As técnicas de conversão de freqüência são consideradas métodos pelos quais
podem ser geradas freqüências fixas ou variáveis, a partir de uma fonte CC ou CA
para alimentar uma carga.
Inversores são circuitos que, a partir de uma fonte CC com dispositivos
apropriados de chaveamento, sintetizam tensão alternada para uma carga CA.

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carga

Figura13 – Conversor de Frequência

CARACTERÍSTICAS DOS CONVERSORES DE FREQÜÊNCIA


- O conversor forma em sua saída uma rede com tensão e freqüência variáveis,
independentemente do tipo de carga;
- O conversor pode alimentar tanto motores síncronos com assíncronos;
- Através do sistema de modulação por largura de pulsos, é possível se obter uma
faixa de variação de freqüência de 0 a 100%, sendo que mesmo com o motor
parado é possível se realizar o conjunto total;
- A freqüência de saída é determinada pelo próprio conversor;
- Devido ao retificador não controlado, do lado da rede, resulta um excelente fator
de potência para a rede, ou seja, próximo de 1;
- Com a inclusão de opção adicional, pode ser realizado a frenagem utilizando-se,
para isso: resistor de frenagem ou frenagem regenerativa.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DE MOTORES COM CONTROLE DE


VELOCIDADE ATRAVÉS DE CONVERSORES DE FREQÜÊNCIA
a) Operação e rotações acima da rotação com a freqüência nominal fn. Neste caso
como o motor funcionará com enfraquecimento de campo, a máxima velocidade
estará limitada pelo torque máximo do motor e pela máxima velocidade periférica
das girantes do motor (ventilador, rotor, mancais);
b) Rendimento: como a tensão de alimentação não é senoidal, haverá
harmônicas* que provocarão maiores perdas e conseqüente redução do
rendimento.
c) Ruído: variará sensivelmente em função da freqüência e do conteúdo de
harmônicas que provocarão maiores perdas e conseqüente redução do
rendimento.
* Harmônica é uma componente de uma onda periódica que tem uma freqüência múltipla da onda
fundamental de 60Hz.

TIPOS DE CONVERSORES
ESCALAR
O conversor de freqüência controla o torque e a rotação do motor de acordo
com uma relação conhecida entre a tensão e a freqüência de saída.

Figura 14 – Conversor de Freqüência Escalar

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VETORIAL
O conversor de freqüência decompõem a corrente do motor em duas parcelas
(dois vetores): a primeira responsável pela geração do campo magnético rotativo; a
segunda, responsável pela geração de torque no motor.

Figura 15 – Conversor de Freqüência Vetorial

Figura 16 - Conversor de Freqüência – diagrama simplificado


O melhor método de controle de motores de indução em gaiola se dá por meio
de um inversor com freqüência variável. A presença do capacitor é para auxiliar a
alimentação CC do inversor, mantendo a tensão constante.
Para manter no motor o fluxo em condições ideais, uma variação na freqüência
de saída do inversor deve ser acompanhada por uma mudança na tensão, respeitando
a equação 02.
Em um projeto de acionamento de motores de indução deve-se levar em conta
a relação tensão / freqüência para a manutenção de fluxo no estator. Porém, em
baixas freqüências, a tensão no estator deverá ser um pouco acrescida para manter o
fluxo constante, levando em conta a perda na impedância do mesmo.

INVERSOR A TRANSISTOR DE POTÊNCIA


Usando transistores evitamos a utilização de elementos de comutação para o
desligamento dos tiristores bastando remover a corrente de base dos transistores. Os
transistores devem ser utilizados no modo de chaveamento, para evitar perdas
excessivas, portanto, as características do inversor são similares às dos inversores
com tiristores.
Comparados com tiristores, os transistores podem chavear muito mais
rapidamente, portanto, possuem uma vasta área de aplicação em inversores de alta
freqüência que empregam modulação por largura de pulsos. A maior desvantagem é
que os transistores necessitam de corrente contínua na base durante o estado de
condução, mais o custo do circuito necessário para tal é compensado pela dispensa
de elementos de comutação.

TECNOLOGIA PWM

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Uma melhora na forma de onda recortada pode ser obtida variando-se a


relação entre os períodos ligado e desligado. Essa forma de controle é conhecida
como modulação por largura do pulso (PWM), e pode-se observar que possui
harmônicas de ordem muito menor que outras formas de onda.

Figura 17 – Inversor controlado para formar uma forma de onda modulada por largura de pulso (PWM)

Para determinar os pontos de disparo necessários para sintetizar corretamente


a modulação por largura de pulso, um método pode ser usado tomando-se uma
senóide de referência e, através de controle, comparar essa senóide com forma de
onda triangular, como mostra a figura.

Figura18 – Forma de uma onda PWM em tensão de saída máxima

O ponto de cruzamento determina os disparos dos tiristores. Como alternativa


de controle PWM o inversor da figura 18, por exemplo, pode fazê-lo bastando os
disparos de T1 e T2 (como um par) e dos tiristores T3 e T4 (como outro par), evitando
assim os períodos de zero. Dessa maneira a forma de onda PWM é gerada
aparecendo pequenos pulsos reversos durante meio ciclo de saída. Para determinar
os instantes de disparo dos tiristores, uma onda triangular de alta freqüência é
modulada por uma senóide de referência sem patamares de zero.

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Figura 19 – Inversor em ponte monofásico

Um elevado número de comutações ocorrem em cada ciclo devido ao recorte e


modulação por largura de pulso da forma de onda, resultando em uma elevada perda
nos tiristores do inversor.

COMO UTILIZAR O CONVERSOR DE FREQÜÊNCIA


1. Programar os parâmetros do motor (tensão de alimentação, freqüência);
2. Rampas de aceleração e desaceleração;
3. Determinar o tipo de comando;
4. Determinar o acionamento.

TIPOS DE COMANDOS PARA CONVERSORES DE FREQÜÊNCIA


 Potenciômetro;
 Sinal analógico;
 Sinal digital;

CARACTERÍSTICAS DOS MOTORES COM INVERSOR


Ruído – Ao acionar um motor com inversor de freqüência, logo se nota um ruído
característico do motor: um tom agudo e de relativa intensidade. Este efeito é causado
pelo conteúdo harmônico de tensão presente na alimentação de tensão fornecida ao
motor pelo inversor. Em conseqüência tem-se o ruído magnético. Aumentando a
freqüência de chaveamento do inversor para freqüências acima de 12KHz nota-se que
existe melhora nesta característica. Isto se deve porque a onda senoidal entregue ao
motor é sintetizada com o aumento da freqüência de chaveamento, aproximando-se
de uma senóide mais real.

Vibração – Outra característica também afetada é o nível de vibração, que aumenta


se estiver trabalhando com uma freqüência baixa de chaveamento. Assim como no
caso do ruído, melhora ao se elevar a freqüência de chaveamento.

Rendimento – O rendimento do conjunto motor-inversor, é outra variável que tem sua


melhora em função do aumento da freqüência de chaveamento do inversor, porém, o
rendimento do inversor diminui com este aumento de freqüência. Pode-se notar isto no
manual do fabricante do inversor, onde explica que a potência de saída diminui com o
aumento da freqüência, ou seja, a corrente de saída do inversor diminui.

Correntes nos Mancais – Componentes de alta freqüência da tensão de modo


comum dos inversores de freqüência (PWM) geram um acoplamento capacitivo do
motor ao terra, sendo que sua via de descarga é o rolamento. A isolação das pistas
interna e externa proporcionada pela graxa dos rolamentos é o fator que serve para
que se acumule carga no rotor. No momento em que a capacidade dielétrica da graxa
se rompe, acontece a passagem de corrente pelo rolamento. Consequentemente, a
superfície dos rolamentos é danificada e, com isto, sua vida útil é reduzida há uma
falha prematura do rolamento do motor.

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Concluindo, o aumento da freqüência de chaveamento melhora algumas


características, porém não é uma solução simples de se tomar. O Inversor de
Freqüência é a grande solução para nossos problemas de energia porque tais
equipamentos transformam a energia elétrica em trabalho, e possibilitam o
reaproveitamento da energia excedente ou não utilizada, repassando para outro
equipamento aquela energia que seria dissipada. Além disso, os motores ordenados
pela programação inteligente dos inversores, têm prolongação de sua vida útil, bem
como todo sistema mecânico nele envolvido.

Exercicios
1) Um motor trifásico de 30 CV de η = 77 %, fator de potencia cos F = 0,83 e
alimentado com uma tensão eficaz Vef = 380 V e frequência de 60Hz. Calcule:
a) Triângulo das potências.
b) Quantidade de Potência Reativa que deve ser acrescentada ao circuito para elevar
o fator de potência para o valor mínimo segundo a Legislação Brasileira de 0,92.
c) Banco de capacitores que deve ser colocado em paralelo com a carga para elevar o
fator de potência para o valor mínimo segundo a Legislação Brasileira de 0,92.

2) Calcule a velocidade dos seguintes motores ligados em uma rede de 60 Hz e 50 Hz.


a) 4 polos b) 6 polos c) 8 polos d) 2 polos e) 10 polos

3) Um motor de indução trifásico de 4 pólos tem os seguintes dados de placa:


• potência nominal: 10 HP
• tensão nominal: 110 V
• freqüência nominal: 50 Hz
• rotação nominal: 1720 RPM
• fator de potência nominal: 0,85 indutivo
• rendimento nominal: 0,83
Sabe-se que está funcionando a plena carga nas condições nominais. Pede-se
calcular:
a) escorregamento;
b) rotação síncrona;
c) corrente absorvida da rede;

4) Projete um semáforo que registre vinte segundos na luz verde dois segundos na luz
amarela e quinze segundos na luz vermelha para uma rua que esta sendo cruzada por
uma avenida.

5) Projete um circuito que faça o acionamento de duas lâmpadas intermitentes com


intervalo de 1s entre elas após o acionamento de um botão de start, um botão de stop
encerra o processo.

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