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A) Após a abertura da sucessão definitiva. O Art. 6º, do CC, admite a morte presumida,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
(Art. 6º c/c Art. 37, do Código Civil)
B) Sim. O inciso I e o § 1º do Art. 1571 estabelecem que a sociedade conjugal termina
com a morte de um dos cônjuges, aplicando-se a presunção estabelecida pelo Código
Civil quanto ao ausente.
2- Retornando de um campeonato em Las Vegas, Tobias, lutador de artes marciais,
surpreende-se ao ver sua foto estampada em álbum de figurinhas intitulado “Os Maiores
Lutadores de Todos os Tempos”, à venda nas bancas de todo o Brasil. Assessorado por
um advogado de sua confiança, Tobias propõe em face da editora responsável pela
publicação ação judicial de indenização por danos morais decorrentes do uso não
autorizado de sua imagem.
A editora contesta a ação argumentando que a obra não expõe Tobias ao desprezo
público nem acarreta qualquer prejuízo à sua honra, tratando-se, muito ao contrário, de
uma homenagem ao lutador, por apontá-lo como um dos maiores lutadores de todos os
tempos. De fato, sob a foto de Tobias, aparecem expressões como “grande guerreiro” e
“excepcional gladiador”, além de outros elogios à sua atuação nos ringues e arenas.
Diante do exposto, responda de forma fundamentada:
A) É cabível a indenização pleiteada por Tobias no caso narrado acima?
B) Caso Tobias tivesse falecido antes da publicação do álbum, seus descendentes
poderiam propor a referida ação indenizatória?
RESPOSTA
RESPOSTA
No segundo tópico, o candidato deve explicitar que há, por parte do fabricante,
obrigatoriedade de manter peças de reposição no mercado (art. 32 do CDC), mas no
caso em tela, como se passaram mais de 30 dias que o produto foi para conserto, cabe
ao consumidor decidir se quer a troca do produto, abatimento no preço ou devolução do
dinheiro, nos termos do art. 18, §§ 1º e 3º, Lei 8078/90, razão pela qual se pode afirmar
que procedeu equivocadamente o fornecedor ao determinar, sem previamente consultar
a consumidora, a substituição do produto.
4 - Cristina dos Santos desapareceu após uma enchente provocada por uma forte
tempestade que assolou a cidade onde morava. Considerando estar provada a sua
presença no local do acidente e não ser possível encontrar o corpo de Cristina para
exame, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e
a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Sim. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. Nesse caso, a
declaração de morte presumida poderá ser requerida após esgotadas as buscas e
averiguações. (artigo 7º, I, e parágrafo único, do CC)
b) O artigo 88 da Lei de Registros Públicos consagra um procedimento de justificação,
nos termos dos artigos 861 a 866 do CPC, para a finalidade de proceder ao assento de
óbito nos casos de desastre ou calamidade, no qual não tenha sido possível realizar
exame médico no cadáver.
Ao ligar o forno pela primeira vez, o aparelho explodiu e causou sérios danos à sua
integridade física.
Desconhecedor de seus direitos, Pedro demorou mais de dois anos para propor ação de
reparação contra a fabricante do produto, o que somente ocorreu em junho de 2010.
RESPOSTA
O candidato deve esclarecer, inicialmente, que se trata de fato do produto, e não de vício
do produto. O prazo aplicável não é, portanto, o do Art. 26 do CDC, mas o do Art. 27,
ou seja, cinco anos. O candidato deve, ainda, explorar a questão atinente à
responsabilidade civil (Art. 12, caput e parágrafo 3º) e falar do instituto da inversão do
ônus da prova em favor do consumidor, nos termos do Art. 6º, inciso VIII do CDC.
RESPOSTA
a) Sim, de acordo com o artigo 1393, CC. Isso porque Juliana é usufrutuária do aludido
imóvel e, portanto, pode transferir o seu uso temporariamente a terceiros por meio de
contrato de aluguel.
b) Não, de acordo com o artigo 1410, incisos I ou II, CC. O usufruto permanecerá em
favor de Juliana, passando Rafael a ser o nu-proprietário. De acordo com o artigo 1410,
I, CC, o falecimento do usufrutuário que é causa de extinção do usufruto, e não o
falecimento do nu-proprietário.
A) É cabível efetivar o pagamento pelo meio sugerido por Renato? Justifique. (Valor:
0,65)
RESPOSTA
A. A hipótese trata de Dação em Pagamento, pois existia uma dívida e Renato ofereceu
prestação diversa da anteriormente combinada, nos termos do Art.356 do CC.
RESPOSTA
A) Luzia não tem legitimidade para propor a ação negatória de paternidade, pois se trata
de ação personalíssima, conforme dispõe o Art. 1.601, caput, do Código Civil.
B) Luzia poderia prosseguir com a ação negatória de paternidade ajuizada por seu filho,
caso este viesse a falecer no curso da demanda por sucessão processual , nos termos dos
artigos 1.601, § único, do Código Civil e/ou 6o, e/ou 43, e/ou 1055, e/ou 1056, e/ou
1060, do CPC.
Antônio Pedro, morador da cidade Daluz (Comarca de Guaiaqui), foi casado com
Lourdes por mais de quatro décadas, tendo tido apenas um filho, Arlindo, morador de
Italquise (Comarca de Medeiros), dono de rede de hotelaria. Com o falecimento da
esposa, Antônio Pedro deixou de trabalhar em razão de grande tristeza que o acometeu.
Já com 72 anos, Antônio começou a passar por dificuldades financeiras, sobrevivendo
da ajuda de vizinhos e alguns parentes, como Marieta, sua sobrinha-neta. A jovem, que
acabara de ingressar no curso de graduação em Direito, relatando aos colegas de curso o
desapontamento com o abandono que seu tio sofrera, foi informada de que a
Constituição Federal assegura que os filhos maiores têm o dever de amparar os pais na
velhice, carência ou enfermidade. De posse de tal informação, sugere a seu tio-avô que
busque o Poder Judiciário a fim de que lhe seja garantido o direito de receber suporte
financeiro mínimo de seu filho. Antônio Pedro procura, então, você como advogado(a)
para propor a ação cabível.
Informar que se procede por rito especial (art. 1º da Lei de Alimentos) e requerer
prioridade na tramitação, por se tratar de idoso (art. 71 da Lei n. 10.741/03 c/c art.
1.211‐A do CPC).
Deverá atender aos requisitos da petição inicial (282 do CPC) e aos requisitos
específicos disciplinados pela Lei Especial, provando a relação de parentesco, as
necessidades do alimentando, e obedecendo ao art. 2º da Lei 5478/68, bem como a Lei
11.419/06.
No pedido, deverá requerer que o juiz, ao despachar a petição inicial, fixe desde logo os
alimentos provisórios, na forma do art. 4º. da Lei de Alimentos, a citação do réu (art.
282, VII, do CPC), condenação em alimentos definitivos e a intimação do Ministério
Público como custus legis sob pena de nulidade do feito, visto ser obrigatória a sua
intimação nos termos do art. 75 e seguintes do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03) c/c
arts. 84 e 246 do CPC.
Maria de Fátima, viúva, com idade de 92 (noventa e dois anos), reside no bairro “X”,da
cidade “Z”, com sua filha Clarice, a qual lhe presta toda a assistência material
necessária. Maria de Fátima, em virtude da idade avançada, possui diversas limitações
mentais, necessitando do auxílio de sua filha para lhe dar banho, alimentá-la e ministrar-
lhe os vários remédios que controlam sua depressão, mal de Alzheimer e outras
patologias psíquicas, conforme relatórios médicos emitidos por Hospital Público
Municipal. Ao ponto de não ter mais condições de exercer pessoalmente os atos da vida
civil, a pensão que recebe do INSS é fundamental para cobrir as despesas com
medicamentos, ficando as demais despesas suportadas por sua filha Clarice.
Recentemente, chegou à sua residência, correspondência do INSS comunicando que
Maria de Fátima deveria comparecer ao posto da autarquia mais próximo para
recadastramento e retirada de novo cartão de benefício previdenciário, sob pena de ser
suspenso o pagamento.
Diante disso, Clarice, desejando regularizar a administração dos bens de sua mãe e
atender a exigência do INSS a fim de evitar a supressão da pensão, o procura em seu
escritório solicitando providências.
RESPOSTA - XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2013.3
Deverá Clarice ajuizar ação de interdição com pedido de antecipação de tutela, em face
de Maria de Fátima, perante o juízo comum estadual, nos termos dos artigos 1.767 a
1.783, do Código Civil e artigos 1.177 a 1.198, do Código de Processo Civil. Para tanto,
deverá descrever as graves limitações psíquicas de sua genitora em razão da idade
avançada que a impedem de gerir-se e administrar seus bens. Requererá a antecipação
de tutela com o deferimento de curatela provisória, a citação da interditanda para
comparecer à audiência especial, a produção de provas, sobretudo a pericial, a
intimação do Ministério Público e, ao final, pedirá a procedência do pedido para
decretar a interdição de Maria de Fátima.