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MAPEAMENTO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO

DA ESTRADA DE CASTELHANOS, ILHABELA (SP)


GEOLOGIC-GEOTECHNICAL MAPPING OF CASTELHANOS
ROAD, ILHABELA, SÃO PAULO, BRAZIL

Flávio Henrique Rodrigues


Pós Graduação em Geociências e Meio Ambiente, Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, Brasil
E-mail: rodrigues.ambiental@gmail.com

José Eduardo Zaine


Departamento de Geologia Aplicada, Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, Brasil
E-mail: jezaine@rc.unesp.br

RESUMO ABSTRACT

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o This study aims to present the geological-geotechnical
mapa geológico-geotécnico da Estrada de Castelha- map of the Castelhanos Road, located in Ilhabela
nos, localizada no Parque Estadual de Ilhabela, litoral State Park, on the São Paulo’s north coast, Brazil. The
norte do estado de São Paulo. A metodologia adotada methodology focused on the integrated analysis of the
focou a análise integrada dos elementos do meio físi- physical environment elements by using photogeology
co, a partir de técnicas de fotogeologia e trabalhos de techniques and field work, seeking to identify, describe
campo, buscando identificar, descrever e classificar os and classify the different landforms in the study area.
diferentes tipos de terreno na área de estudo. Basea- Based on the information about the geological context,
do nas informações sobre o contexto geológico, tipos relief and alteration profiles, the mapping resulted in 6
de relevo e perfis de alteração, o mapeamento obteve geological-geotechnical units, covering watersheds of
6 unidades geológico-geotécnicas, abrangendo as ba- the Engenho, Barrinha and Água Branca streams. From
cias hidrográficas dos ribeirões do Engenho, Barrinha e the geotechnical characterization of the properties
Água Branca. A partir da caracterização geotécnica das and characteristics of landforms, was developed the
propriedades e características do terreno, foi elaborado diagnosis of Castelhanos Road’s status, with its division
o diagnóstico de situação da Estrada de Castelhanos, into 8 sections, which were identified and described
com sua divisão em 8 trechos, onde foram identifica- the natural and anthropic factors that influence the
dos e descritos os fatores naturais e antrópicos condi- condition and traffic of the aforementioned road.
cionantes do estado de conservação e tráfego da refe- The results are presented as maps, descriptive tables,
rida estrada. Os resultados são apresentados na forma boards with photographs and geotechnical sketches,
de mapa, cartograma, quadros descritivos e pranchas and intend to assist environmental management in
com fotografias e croquis geotécnicos, e visam auxiliar Ilhabela.
a gestão ambiental em Ilhabela.
Keywords: Integrated Analysis of Physical
Palavras-chave: Análise Integrada do Meio Físico; Ma- Environment; Geologic-Geotechnical Mapping;
peamento Geológico-Geotécnico; Estrada de Castelha- Castelhanos Road, Ilhabela, São Paulo, Brazil.
nos, Ilhabela (SP).

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Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental

1 INTRODUÇÃO (1974), Soares & Fiori (1976), Ross (1995), Vaz


(1996), Zaine (2000, 2011) e Vedovello (1993,
No setor florestal, as estradas viabilizam o 2008). Tais autores estruturaram suas pesquisas
transporte da produção, o acesso de turistas e ad- a partir dos conceitos de análise integrada do
ministradores às áreas naturais e, em alguns casos, meio físico e sistema de terrenos, baseando-se
representam a única via para muitos moradores no conhecimento geológico, geomorfológico e de
de áreas isoladas. No Brasil, o padrão de constru- geologia de engenharia para caracterizar e ava-
ção das estradas florestais é muito simples e, fre-
liar os terrenos mapeados.
quentemente, os defeitos na pista de rolamento,
A análise integrada classifica-se metodologi-
taludes de corte e aterros evidenciam a falta de
camente como uma abordagem sintética, quando
critérios técnicos na sua construção e manutenção
(FONTANA et al., 2007). as unidades mapeadas são definidas sistemica-
Comumente, as estradas florestais encon- mente de acordo com a homogeneidade dos ele-
tram-se sem pavimentação adequada, com ausên- mentos do meio físico analisados (CENDERO,
cia de revestimento primário, o que torna tais vias 1989; VEDOVELLO, 2008). Em contrapartida, o
sensíveis às influências climáticas e requer conser- método analítico corresponde à sobreposição de
vação permanente . Nesse sentido, a presente pes- vários mapas temáticos para obtenção de um pro-
quisa estuda os aspectos do meio físico que po- duto diagnóstico.
dem afetar as condições de uso e conservação da Ross (1995) apresenta o conceito de análise
Estrada de Castelhanos, no Município de Ilhabela, integrada como sendo a abordagem analítico-sin-
localizado no litoral norte do Estado de São Paulo. tética do meio físico, tomando como base padrões
Um atrativo de grande relevância turística fisiográficos do terreno ou padrões de paisagem,
para cidade, a estrada cruza a Ilha de São Sebas- os quais são distinguidos e espacializados em um
tião, passando por regiões montanhosas, com alta único produto cartográfico. A definição da uni-
declividade, em trechos com ocorrência de escor- dade espacial de trabalho leva em conta não so-
regamentos de terra e blocos rochosos, e evidên- mente os aspectos geomorfológicos, mas também
cias de processos geológicos pretéritos. Sendo outras informações (padrões de drenagem, estru-
uma das únicas alternativas de transporte para
turas geológicas e espessura dos solos e materiais
as comunidades tradicionais caiçaras de Baía de
inconsolidados) que auxiliam na identificação
Castelhanos, e considerando o grande interesse
tanto dos processos geológicos exógenos, como
turístico pelas praias locais, essa via torna-se mui-
to utilizada em períodos específicos (férias, feria- do comportamento geotécnico da área estudada.
dos e finais de semana), e que, na maioria das ve- Os trabalhos desenvolvidos por International
zes, coincidem com a estação chuvosa. Association of Enggineering Geology (IAEG/
Este trabalho tem como objetivo principal UNESCO, 1976) e Grant (1974) apresentam um
apresentar o mapa geológico-geotécnico, elabo- sistema de classificações de terrenos baseados na
rado na escala de 1:20.000, das bacias hidrográ- inter-relação entre os componentes do meio físi-
ficas interceptadas pela Estrada de Castelhanos, co e os fatores exógenos atuantes, visando definir
no município de Ilhabela – SP. Os resultados classes para as quais são determinadas as condi-
contidos neste artigo fazem parte da dissertação ções geológico-geotécnicas, podendo-se, assim,
de mestrado realizada junto ao Programa de Pós- antecipar as consequências diretas e indiretas
-Graduação em Geociências e Meio Ambiente da decorrentes das atividades socioeconômicas nas
Universidade Estadual Paulista, intitulada “Aná- unidades estabelecidas.
lise Integrada Aplicada ao Mapeamento Geológi- O estudo dos aspectos fisiográficos visa à
co-Geotécnico na Escala de 1:20.000 da Estrada de obtenção de dados qualitativos e semi-quanti-
Castelhanos, Ilhabela-SP”. tativos de fatores geotécnicos que possibilitam
não apenas reconhecer as formas de relevo, mas
1.1 Análise integrada do meio físico caracterizar e classificar geologicamente os hori-
zontes de alteração de rocha e os solos. Além da
O presente trabalho tem sua fundamenta- compartimentação de uma área em função de sua
ção teórico-metodológica nos trabalhos de Grant fisiografia, o mapeamento geológico-geotécnico,

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Mapeamento Geológico-Geotécnico da Estrada de Castelhanos, Ilhabela (Sp)

a partir da análise integrada do terreno e com o Anjos (1982), além de Zuquette (1987), Riedel
uso de procedimentos sistemáticos de fotointer- (1988), Lollo (1995), Zuquette e Gandolfi (2004),
pretação requer uma caracterização geotécnica in entre outros.
situ dos materiais (solo, rocha e sedimentos) e das
formas (relevo e processos geológicos exógenos)
2 ETAPAS DE TRABALHO
que sejam relevantes para aplicação pretendida
(VEDOVELLO, 2008). O desenvolvimento da presente pesquisa foi
Para Vedovello e Mattos (1998), os dados de- organizado em três etapas principais. Inicialmen-
preendidos do mapeamento geológico-geotécnico
te procedeu-se a pesquisa bibliográfica com a sele-
podem ser de naturezas diversas e representam
ção da área a ser estudada, fundamentação teóri-
tanto características da área individualizada,
co-metodológica, problematização e definição dos
como propriedades dos materiais que compõem
objetivos. A etapa seguinte consistiu em técnicas
essa área. Destacam-se as significativas contribui-
de cartografia digital com obtenção e correções da
ções na área de geologia de engenharia atribuídas
base topográfica disponível, bem como a aquisi-
a Vaz (1996), na elaboração de um sistema da clas-
ção dos produtos de sensoriamento remoto utili-
sificação genética de sedimentos, solos e rochas
zados na fotointerpretação e compartimentação
em ambiente tropical. O referido autor acentua
fisiográfica da área em estudo. Por fim, os esforços
a importância de se investigarem as condições
concentraram-se na caracterização geológico-geo-
geomorfológicas para caracterização dos maciços
técnica dos diferentes terrenos pelo qual a estrada
terrosos e rochosos, visando à diferenciação entre
se estabelece, e realização do diagnóstico de situa-
os solos residuais e transportados, ressaltando a
ção da via, relacionando o estado de conservação
necessidade de se utilizar outros critérios de in-
e tráfego e os elementos do meio físico analisados
terpretação geológica, através de aproximações
integradamente.
sucessivas.
As atividades de fotogeologia focaram na
Dentre os exemplos do uso da interpretação
fotogeológica, Soares e Fiori (1976) destacam o uso avaliação geotécnica preliminar da área de estu-
em mapeamentos geológicos e geologia de enge- do, a partir de execução de atividades sistemati-
nharia, como estudos para implantação de obras zadas de fotoleitura, fotoanálise, fotointerpreta-
de engenharia, visando à avaliação de potenciali- ção e definição dos compartimentos fisiográficos.
dades e limitações do meio físico e algumas pro- A fase de fotoleitura corresponde à identificação
priedades do terreno (estanqueidade, espessura das feições de drenagem e relevo, com a utilização
do solo, exposição de rochas duras, capacidade de de fotografias aéreas, imagens de satélite e outros
suporte, alterabilidade e mobilidade de massa). produtos de sensoriamento remoto.
A escolha da forma de obtenção dos dados Com a utilização dos pares estereoscópicos,
geotécnicos depende do tipo e classes dos atribu- registraram-se os elementos do terreno, dando
tos analisados, da viabilidade ou não de aquisição origem ao mapeamento das feições fisiográfi-
de informação in situ e da precisão necessária às cas da área estudada, possibilitando a compar-
avaliações dos produtos previstos, em função da timentação fisiográfica do relevo e a caracteri-
escala de trabalho. zação geotécnica inicial. As propriedades e os
Segundo Zaine (2011), a obtenção de infor- comportamentos fisiográficos dessas unidades
mações geológico-geotécnicas de uma determi- foram determinados conforme a interpretação
nada área pode ser feita de forma eficaz a partir das informações e dos atributos analisados, com
de técnicas de fotogeologia (leitura, análise e in- a realização de algumas inferências geotécnicas,
terpretação de fotografias aéreas), efetuando-se tomando como base Zaine (2011).
correlações entre as propriedades texturais da A fotointerpretação das propriedades e carac-
foto e informações de interesse geotécnico, de- terísticas do relevo auxiliou na determinação de
finida como inferência geotécnica. Tais correla- compartimentos fisiográficos, cujos limites foram
ções foram debatidas em inúmeros trabalhos, so- definidos pela identificação das linhas de ruptura
bressaindo-se Soares e Fiori (1976) e Veneziani e de declive (limites nítidos), níveis de dissecação

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Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental

e rugosidade do relevo e propriedades dos mate- em campo possibilitaram que se estabelecesse


riais constituintes do terreno. Visando determinar uma relação com as informações obtidas na etapa
homogeneidade em relação às feições registradas, de fotointerpretação.
os compartimentos fisiográficos homólogos foram Na etapa final, as UTs foram caracterizadas
associados, de modo a se obter uma única Unida- em função das propriedades/características geo-
de de Terreno (UT), a qual apresenta proprieda- técnicas relevantes para elaboração do diagnósti-
des e características geotécnicas semelhantes em co de situação da Estrada de Castelhanos, visando
toda sua área. subsidiar as obras de manutenção e recuperação
Posteriormente, realizou-se o levantamen- da mesma. A obtenção das classes de análise foi
to de campo, com a descrição das propriedades feita qualitativamente, a partir do estudo das re-
e características geológicas (litologia e estrutura), lações entre essas propriedades e os elementos
geomorfológicas e dos perfis de alteração associa- texturais da imagem. O Quadro 1 apresenta as
dos às unidades definidas com base na fotointer- propriedades e os critérios utilizados na carac-
pretação. Para as observações in situ, realizou-se terização geotécnica das unidades, assim como
uma análise tacto-visual dos materiais geológicos o Quadro 2 trás os critérios para classificação da
expostos em cortes na estrada. De acordo com o susceptibilidade à ocorrência dos processos geo-
referencial teórico-metodológico, as constatações lógicos atuantes na área de estudo.

Quadro 1 – Critérios para classificação das propriedades geotécnicas.

Propriedades Critérios Classes

– < 1,0m Raso / Rocha Aflorante


Espessura do Manto de Alte-
– de 1,0 a 7,0 m Pouco Espesso
ração
– > 7,0 m Espesso

– Alta densidade de drenagem


Baixa
– Baixo grau de fraturamento

– Média densidade de drenagem


Permeabilidade Média
– Médio grau de fraturamento

– Baixa densidade de drenagem


Alta
– Alto grau de fraturamento

– Baixa densidade textural


Baixa
– Baixa declividade

Relação Escoamento Superficial – Média densidade textural


Média
/ Infiltração – Média declividade

– Baixa densidade textural


Alta
– Alta declividade

– Perfil de encosta retilíneo Baixa

Alterabilidade – Perfil de encosta côncavo Média

– Perfil de encosta convexo Alta

– Baixa densidade textural/de fraturamento Baixa

Grau de Fraturamento – Média densidade textural/de fraturamento Média

– Alta densidade textural/de fraturamento Alta

Fonte: Adaptado de Zaine (2011)

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Mapeamento Geológico-Geotécnico da Estrada de Castelhanos, Ilhabela (Sp)

Quadro 2 – Critérios para classificação da susceptibilidade aos processos geológicos, com base na análise e inter-
pretação fotogeológica.

Processos Geológicos Critérios de analise e interpretação fotogeológica Classes*


Declividade / Relação escoamento superficial e infiltração / Material presente no manto de
Erosão
alteração ou afloramento rochoso
Baixa
Declividade / Alterabilidade / Relação escoamento superficial e infiltração / Espessura do Média
Movimentos de Massa
manto de alteração Alta
Enchentes e Inundações Relação escoamento superficial e infiltração / Declividade

Fonte: Adaptado de Zaine (2011).


* Classes definidas de acordo com a associação dos critérios

3 RESULTADOS maiores altitudes, cujos limites topográficos estão


entre 550 e 1.200 metros, e uma declividade bas-
A área de estudo foi compartimentada em tante elevada, predominando áreas com inclina-
seis Unidades Geológico-Geotécnicas, as quais ção acima de 45%. Por se tratar de um ambiente
estão associadas às zonas geomorfológicas da Ser- de exportação de água e sedimentos, esse terreno
raria Costeira (unidades de II a VI) e Baixada Lito- caracteriza-se como área fonte de material colú-
rânea (unidade I) (ALMEIDA, 1964, 1976). vio/aluvionar e blocos rochosos para os depósitos
Diferentemente dos demais compartimentos de talus e planície flúvio-marinha.
mapeados, a unidade VI (Rochas Alcalinas em Re- A seguir são apresentados o mapa geológi-
levo Montanhoso) não é interceptada pela Estra- co-geotécnico (Figura 1), e a síntese das informa-
da de Castelhanos, porém exerce papel importan- ções sobre o contexto geológico, aspectos geo-
te na morfodinâmica da área, condicionando os morfológicos e processos geológicos exógenos
processos geológicos que podem afetar o tráfego de cada unidade (Quadro 3).
e conservação da via. Nesta unidade ocorrem as

Quadro 3 – Análise integrada do meio físico da Estrada de Castelhanos

Unidades Geológico- Processos Geológicos


Descrição Geral
Geotécnicas Exógenos
UNIDADE I Sedimen- Terrenos baixos, planos e suavemente inclinados, caracterizados pela interface dos Erosão laminar, recalque,
tos Quaternários em sedimentos marinhos e aluvionar, compostos por areias quartzosas, de granulo- solapamento das margens
Planícies Flúvio-Mari- metria média a grossa, com a presença de minerais pesados ao longo dos canais dos rios, assoreamento e
nhas fluviais. enchentes.
Corridas de lama, quedas
UNIDADE II Depósito Rampas de deposição sub-horizontais com variações estimadas entre 5 e 10 me-
e/ou rolamentos de blocos,
de Talus em Base de tros, com uma disposição caótica dos materiais constituintes, oriundos do colúvios
escorregamentos e rastejos,
Encostas e Fundo de e talus das encostas. Em porções mais elevadas podem ocorrer associados a vales
em taludes de corte e ero-
Vales ligeiramente abertos e/ou planícies alveolares.
são linear.
Morros subnivelados com topos arredondados, encostas côncavo-retilíneas, com
Erosão linear, rastejos, es-
UNIDADE III Rochas alto grau de alterabilidade. O manto de alteração possui espessura intermediária a
corregamentos em taludes
Granito-Gnáissicas em grande, alcançando mais de 10 metros de profundidade e apresenta material colu-
de corte, atingindo o hori-
Relevo de Morros vionar e horizontes pedológicos bem desenvolvidos, além de fragmentos rochosos
zonte C.
(granito-gnáisse e rochas alcalinas).
Erosão linear, queda e/
UNIDADE IV Rochas Escarpas orientadas e com alto grau de fraturamento, apresentando padrão de dre-
ou rolamento de blocos ro-
Granito-Gnáissicas em nagem subparalelo. Ocorrem diques de rochas alcalinas predominantemente NE. O
chosos, escorregamento e
Encostas em Relevo perfil de alteração é caracterizado por um material coluvionar silto-argiloso, de 1 a
rastejo em solo saprolítico e
Montanhoso 6 metros sobre saprólito e rocha alterada com núcleos de rocha sã.
coluvionar.
Feições residuais das escarpas, ocorrendo na forma de cristas alongadas, des-
contínuas e, subordinadamente, topos isolados em níveis mais baixos. Rochas Erosão linear (sulcos e ra-
UNIDADE V Rochas
granito-gnáissicas interceptadas por diques de rochas alcalinas, com orientação NE. vinas), quedas e/ou rola-
Granito-Gnáissicas em
O perfil de alteração possui solo com textura argilo-arenosa, com estruturas reli- mentos de blocos, rastejos
Topos Restritos em Re-
quiares bem preservadas e espessura variável de 0 a cerca de 5 metros, associado e escorregamentos em solos
levo Montanhoso
ao saprólito com núcleos rochosos residuais e veios de quartzo. O colúvio ocorre rasos.
de maneira incipiente.
UNIDADE VI Rochas Caracteriza altos topográfico com afloramentos rochosos na forma de lajeados e blo-
Quedas e/ou rolamentos de
Alcalinas em Relevo cos nas regiões de topos e vertentes com declividade mais acentuada. O manto de
blocos.
Montanhoso alteração apresenta-se delgado com a presença frequente de rocha sã sub-aflorante.

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Figura 1 – Mapa geológico-geotécnico (escala original de 1:20.000)

3.1 Caracterização geológico-geotécnica ou de materiais inconsolidados, as formas do


relevo (perfil de encosta, topos e vales) e o em-
Os resultados obtidos com base as análise fo- basamento rochoso das seis Unidades Geológi-
togeológica e constatações em campo consistem co-Geotécnicas, os quais são apresentadas a se-
na identificação e descrição do perfil de alteração guir (Pranchas 1 – 6):

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Mapeamento Geológico-Geotécnico da Estrada de Castelhanos, Ilhabela (Sp)

Prancha 1 – Sedimentos Quaternários em Planícies Flúvio-Marinhas. Foto 1: Estrada junto ao Ribeirão do Engenho. Foto 2:
Estrada sobre a praia de Castelhanos. Foto 3: Seixos e areias inconsolidadas. Foto 4: Praia de Castelhanos

Prancha 2 – Depósito de Talus em Base de Encostas e Fundo de Vales. Foto 5: Solo coluvionar avermelhado com textura argi-
losa. Foto 6: Blocos rochosos em matriz argilosa Foto 7: Escorregamento em corpo de talus

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Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental

Prancha 3 – Rochas Granito-Gnáissicas em Relevo de Morros. Foto 8: Cicatriz de escorregamento superficial. Foto 9: Solo
saprolítico siltoarenoso. Foto 10: Cicatriz de escorregamento em horizonte C. Foto 11: Erosão linear

Prancha 4 – Rochas Granito-Gnáissicas em Encostas em Relevo Montanhoso. Foto 12: Cachoeira sobre dique de rocha alca-
lina. Foto 13: Solo coluvionar vermelho-amarelado. Foto 14: Solo saprolítico com estruturas reliquiares preservadas

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Mapeamento Geológico-Geotécnico da Estrada de Castelhanos, Ilhabela (Sp)

Prancha 5 – Rochas Granito-Gnáissicas em Topos Restritos em Relevo Montanhoso. Foto 15: Solo saprolítico siltoare-
noso. Foto 16: Rocha granítica e dique alcalino. Foto 17: Solo saprolítico rico e fragmentos rochosos. Foto 18: Colúvio
sobre solo saprolítico

Prancha 6 – Rochas Alcalinas em Relevo Montanhoso. Foto 19: Panorâmica do relevo típico de rochas alcalinas (Pico de
São Sebastião). Foto 20: Bloco de rocha alcalina

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Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental

3.2 Diagnóstico de situação da Estrada de seção transversal. As condições de tráfego foram


Castelhanos um critério relevante na coleta de dados, além
de serem registrados os problemas de natureza
As informações apresentadas neste item geológico-geotécnica encontrados na pista.
compõem o diagnóstico de situação da Estrada de Esta associação permite compreender o
Castelhanos, com sua divisão em unidades linea- comportamento do meio físico frente às inter-
res contínuas, onde um conjunto de elementos do venções realizadas na pista de rolamento, siste-
meio físico manifesta-se pelos principais proble- ma de drenagem e taludes marginais. E, portan-
mas existentes na pista de rolamento, sistema de to, compreender o estado atual de conservação e
drenagem e no terreno entorno. tráfego, subsidiando o planejamento das ativida-
Foram definidos oito trechos diagnósticos de des de estabilização de taludes, nivelamento do
acordo com as unidades geológico-geotécnicas leito carroçável e outras obras de manutenção e
mapeadas, nos quais a estrada apresenta caracte- recuperação da via.
rísticas construtivas específicas. A seguir são apresentadas as principais in-
A avaliação da condição de uso e conser- formações do diagnóstico de situação da Estada
vação da via restringiu-se ao levantamento de de Castelhanos, sintetizadas no Quadro 4, e no
campo, onde se priorizou a identificação dos cartograma de Figura 2, com os trechos diagnós-
defeitos na pista de rolamento e situação do ticos e as respectivas seções transversais e terreno
sistema de drenagem, revestimento primário e adjacente.

Figura 2 – Cartograma Síntese do Diagnóstico de Situação da Estrada de Castelhanos

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A Geoestatística na Espacialização do Coeficiente de Permeabilidade em Solos

Quadro 4 – Síntese do Diagnóstico de Situação da Estrada de Castelhanos

Trechos Unidades Geológico-Geotécnica / Situação da Pista de Rolamento Processos Geológicos


(extensão) Descrição do terreno (Principais Defeitos) Exógenos

Unidade III:
• Baixa e meia-encosta de perfis côncavo e retilí-
Estrada em bom estado conservação devido à • Rastejo;
neos;
1 presença de revestimento primário e sistema
• Declividades entre 5 e 30%;
(2,39 km) de drenagem adequados e seção transversal
• Solos saprolíticos amarelado e vermelho-amare- • Escorregamento.
bem executada.
lado com textura silto-argilosa, material coluvio-
nar argiloso e fragmentos rochosos.

Unidade IV:
• Baixa-encosta de perfil retilíneo;
• Erosão linear;
• Declividades entre 15 e 30%;
2 • Rastejo;
• Solo saprolítico com textura silto-argilosa e • Rochas aflorantes
(2,08 km) • Escorregamento;
estruturas reliquiares, rocha granito-gnáissica
• Rolamento de blocos.
alterada, diques alcalinos e material coluvionar
argiloso.

Unidade IV / V:
• Seção transversal com irregularidades;
• Meia e alta-encosta de perfil côncavo-retilíneo e
• Sistema de drenagem inadequado;
topos rochosos em forma de crista; • Erosão linear;
3 • Ausência de estruturas de travessia sobre
• Declividades acima de 30%; • Escorregamento;
(4,28 km) os cursos d’água;
• Colúvio inexistente a pouco espesso sobre solo • Queda de blocos.
• Rochas aflorantes;
saprolítico amarelado, rocha granito-gnáissica
• Buracos (sulcos e ravinas).
alterada e diques alcalinos.

Unidade IV: • Seção transversal mal executada;


• Erosão linear;
• Meia-encosta de perfil côncavo-retilíneo; • Sistema de drenagem inadequado;
• Rastejo;
4 • Declividades entre 30 e 45%; • Ausência de estruturas de travessia sobre
• Escorregamento;
(1,64 km) • Solo saprolítico com estruturas reliquiares, solo os cursos d’água (formação de atoleiros);
• Queda de blocos;
coluvionar muito argiloso, rocha alterada granito- • Rochas aflorantes;
• Enxurrada.
-gnáissica e diques alcalinos. • Buracos (sulcos e ravinas).

Unidade IV:
• Sobre divisor de água em topo arredondado; • Seção transversal mal executada; • Erosão linear (área
5 • Declividades entre 5 e 30%; • Sistema de drenagem inadequado; de dispersão de
(1,01 km) • Colúvio pouco espesso a inexistente, solo sapro- • Rochas aflorantes; água);
lítico com textura silto-argilosa e rocha granito- • Buracos (sulcos e ravinas). • Rastejo.
-gnáissica alterada.

• Seção transversal mal executada;


Unidade IV: • Sistema de drenagem inadequado;
• Meia encosta com perfil côncavo; • Ausência de estruturas de travessia sobre
• Erosão linear;
6 • Declividades entre15 e 45%; os cursos d’água;
• Rastejo;
(1,85 km) • Colúvio e fragmentos rochosos sobre solo sa- • Revestimento primário inadequado;
• Escorregamento.
prolítico com textura silto-argilosa e rocha grani- • Rochas aflorantes;
to-gnáissica alterada. • Atoleiros;
• Buracos (sulcos e ravinas).

• Seção transversal mal executada;


• Sistema de drenagem inadequado;
Unidade II:
• Ausência de estruturas de travessia sobre • Erosão linear;
• Baixa-encosta com perfil côncavo;
7 os cursos d’água; • Rastejo;
• Declividades entre 5 e 30%;
(0,86 km) • Revestimento primário inadequado; • Escorregamento;
• Solo coluvionar avermelhado argiloso e areno-
• Rochas aflorantes; • Rolamento de blocos.
-argiloso e depósito de talus.
• Atoleiros;
• Buracos (sulcos e ravinas).

• Seção transversal mal executada;


Unidade I: • Sistema de drenagem inadequado;
• Planície flúvio-marinha e praia de Castelhanos; • Ausência de estruturas de travessia sobre • Erosão fluvial;
8
• Declividades entre 0 e 5%; os cursos d’água; • Assoreamento
(1,29 km)
• Solo coluvio-aluvionar, fragmentos rochosos • Revestimento primário inadequado; • Enchentes.
(seixos) e areias inconsolidadas. • Atoleiros;
• Ondulações.

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Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental

dos à ausência do sistema de drenagem, além de


deformações no leito formado por solos com bai-
xa capacidade de carga pelo trafego de veículos.
4 DISCUSSÃO Subordinadamente, os processos erosivos
apresentaram influência na dinâmica morfogené-
Verificou-se ao longo de toda estrada, a cons- tica da área e são condicionados pela ação da água
tante atuação dos processos gravitacionais de mo- da chuva em grandes declividades, afetando dire-
vimentação de massa, os quais transportam solos tamente o estado de conservação da estrada, e in-
residuais, material coluvionar, blocos rochosos, tensificando-se onde são observados sistemas de
além de árvores e estruturas da estrada. Os ras- drenagem inadequados ou inexistentes. Podem
tejos ocorrem constantemente e são responsáveis ocorrer de forma concentrada longitudinalmente
por muitas quedas de árvores sobre a estrada, à estrada e/ou em subsuperfície nos aterros, afe-
sendo os fatores predisponentes para os escorre- tando principalmente os trechos de 4 a 7, nas uni-
gamentos nos taludes de corte em toda estrada, dades II, IV e V, em vertentes oceânicas expostas
exceto em áreas planas da unidade I. Para um pro- aos intensos eventos climáticos costeiros.
jeto de recuperação, os taludes da rodovia, quan- Com exceção do trecho 1, a erosão fluvial
do possível, devem ter a declividade suavizada e ocorre junto às estruturas de travessia de drena-
receber uma proteção vegetal adequada. gem em áreas íngremes das unidades IV e V, e nas
As quedas e rolamentos de blocos resultam margens dos ribeirões da Barrinha e do Engenho,
do seu desprendimento dos maciços rochosos lo- na unidade I.
calizados em afloramentos das unidades V e VI.
Nestes locais foram registradas as situações de
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
maior susceptibilidade a estes processos, os quais
ocorrem associados a escorregamentos de solo Os resultados desta pesquisa demonstraram
saprolítico com exposição da rocha alterada. Na que é possível o desenvolvimento de instrumen-
unidade II, estes processos estão associados aos es- tos de gestão ambiental aplicados às estradas flo-
corregamentos de material coluvionar e corpo de restais não pavimentadas, a partir da cartografia
talus, bem como erosão na base de blocos rochosos. geotécnica realizada para tal finalidade. Com base
Sendo assim, os trechos de 3 a 7 apresentam maior no método de análise integrada do terreno e le-
vulnerabilidade a escorregamentos em taludes, em vantamentos de campo, obteve-se um produto
decorrência dos processos geológicos atuantes, dos cartográfico único, no qual os elementos ambien-
materiais constituintes do manto de alteração e ca- tais foram analisados integralmente e individuali-
racterísticas construtivas inadequadas. zados em unidades homogêneas. Assim, o méto-
O trecho 1, inserido na unidade III, apesar dos do adotado se mostrou adequado para análise do
grandes escorregamentos e rastejos de solo colu- meio físico, dos processos geológicos atuantes e
vionar, possue média vulnerabilidade aos proces- das condições da Estrada de Castelhanos.
sos geológicos que possam impactar o estado de Espera-se que os resultados obtidos nesta
conservação da via e o tráfego. Parte disto deve-se pesquisa possam ser usados como ferramenta de
ao sistema de drenagem e seção transversal bem gestão ambiental aplicada à Estrada de Castelha-
executados e revestimento primário adequado, nos, principalmente para a otimização dos traba-
além de sua localização em vertentes da escarpa lhos de recuperação de áreas degradadas e moni-
voltadas para o continente, as quais se encontram toramento ambiental.
protegidas dos eventos climáticos costeiros, carac- Propõe-se a elaboração de um modelo de
terizados pelos fortes ventos e grandes episódios gerenciamento de manutenção de vias não pavi-
pluviométricos. mentadas, de modo a auxiliar a alocação de recur-
Localizados em terrenos com baixa declivi- sos destinados à conservação da estrada e recupe-
dade, o trecho 8 é considerado o menos vulnerá- ração dos trechos mais críticos.
vel aos processos de movimentos gravitacionais, Para os trabalhos futuros de recuperação e
porém, ocorrem registros de erosão linear associa- manutenção da via, recomenda-se a utilização

170
A Geoestatística na Espacialização do Coeficiente de Permeabilidade em Solos

de escalas maiores visando o detalhamento dos 1995. 2 v. Tese (Doutorado em Geotecnia) – Esco-
trechos problemáticos, mais susceptíveis aos pro- la de Engenharia de São Carlos, Universidade de
cessos geológicos, além de estudos dirigidos e São Paulo, São Carlos, 1995.
ensaios pontuais, os quais não foram elaborados
no âmbito desta pesquisa. RIEDEL, P.S. Estudo das Coberturas de Alteração de
Parte do Centro Leste Paulista Através de Dados de
Sensoriamento Remoto. Dissertação (Mestrado em
Agradecimentos Sensoriamento Remoto) - Instituto Nacional de
Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoa- Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 1988.
mento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bol-
ROSS, J.L.S. Análise e sínteses na abordagem geográ-
sa concedida durante o período de mestrado, ao Parque
fica da pesquisa para o planejamento ambiental. Rio
Estadual de Ilhabela e Prefeitura Municipal de Ilhabe-
Claro, v. 9, n.1, p.65-75, 1995.
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