05 – Retificadores controlados
Eric Fujiwara
DSI/FEM/Unicamp
1
Índice
1. Introdução;
2. Tiristor;
3. GTO;
Referências.
2
1.1. Introdução
Retificadores de diodo: conversão de uma entrada AC em uma
saída DC com magnitude constante;
3
2.1. Tiristor
Tiristor:
Formado por 4 camadas p/n intercaladas, formando 3 junções;
J3
J2
J1
4
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK ideal:
Estado off:
Bloqueio direto
(iA = 0, vAK = );
Bloqueio reverso
(iA = 0, vAK = –);
Estado on:
Condução direta
(iA = , vAK = 0).
5
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK real:
iA: corrente no ânodo;
6
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK real:
Bloqueio direto (ponto 1):
Corrente no gate nula (IG = 0);
Chaveamento on/off:
Corrente de gate reduz VBO,
permitindo o chaveamento;
7
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK real:
Condução direta (ponto 2):
Tiristor conduz com uma
pequena queda de tensão direta;
8
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK real:
Chaveamento on/off:
A corrente de ânodo deve ser
reduzida a um valor menor
do que iH;
9
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK real:
Bloqueio reverso (ponto 3):
Bloqueia correntes reversas,
suportando uma tensão VAK
negativa;
10
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA vAK real:
Tensão em
estado ligado
Corrente Corrente de
(e tensão) de gate
holding
Tensão de
Tensão
brakedown
(e corrente)
de brakeover
11
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente
turn-on:
td(on): delay
para ligar;
tr: tempo de
subida;
tsp: tempo de
“spreading”;
Io: corrente
na condução.
12
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-on:
Após aplicar a corrente iG positiva, é necessário um tempo td até que o
número de élétrons em p2 seja suficiente para reduzir VBO;
Mesmo que a corrente atinja o valor máximo (Io), ainda irá ocorrer o
spreading em J3, sendo que a tensão vAK continua a decrescer por um
tempo tps enquanto existirem portadores em excesso na junção.
13
2.3. Princípio de funcionamento
Estado ligado:
No estado ligado, o SCR conduz com uma queda de tensão de
0,7–0,9 V (iA pequena);
Para iA grandes, é observada uma queda de tensão ôhmica, análoga ao
diodo;
14
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
Uma vez ligado, o tiristor não pode ser desligado pelo gate;
15
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
Para desligar o SCR, a corrente iA deve ser reduzida abaixo do valor de
holding IH durante um período de tempo;
16
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
trr: tempo de
recuperação
reversa;
Vrev: tensão de
overshoot no
desligamento.
17
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
O desligamento do tiristor não é instantâneo;
18
3.1. Gate turn-off thyristor (GTO)
GTO:
Tiristor com capacidade de
desligamento pelo gate;
Corrente IG positiva: GTO liga;
19
3.1. Gate turn-off thyristor (GTO)
Estrutura do GTO:
20
3.1. Gate turn-off thyristor (GTO)
Estrutura do GTO:
Estrutura interdigitada composta por 4 camadas pn (similar ao SCR)
com “ilhas de cátodos” formadas por etching do wafer de Si;
21
3.2. Característica de tensão-corrente
Curva característica do GTO:
Acionado com um pulso de
corrente no gate. Permanece
ligado mesmo se o sinal no
gate for removido (latch);
22
3.3. Chaveamento do GTO
Chaveamento do GTO: turn-on
Princípio de chaveamento similar ao tiristor
convencional;
23
3.3. Chaveamento do GTO
Chaveamento do GTO: turn-off
G é polarizado reversamente em relação a K,
fazendo com que lacunas sejam extraídas da
p2 (corrente iG negativa);
24
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Carga resisitiva:
25
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Ângulo de disparo:
O pulso de corrente positiva no gate é aplicado em instantes de tempo
sincronizados com a frequência de linha (60 Hz), durante o semi-ciclo
positivo da tensão de entrada;
t 2 k , k 0, 1, ... (3)
26
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Equação característica:
Seja a tensão AC da fonte:
v s (t ) 2V sin t (4)
vo (t ) vR (t ) v s (t ) (5)
vR (t ) Ri (t ) (6)
27
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Semi-ciclo positivo: bloqueio direto
Durante o semi-ciclo positivo da fonte (0 < t 180°), o SCR
permanecerá em modo de bloqueio direto enquanto não houver pulso
de corrente no terminal de gate (t < );
vo (t ) 0, 0 t (7)
i (t ) 0, 0 t (8)
28
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Semi-ciclo positivo: condução
Durante o semi-ciclo positivo da fonte e após o disparo do SCR
( t 180°), o dispositivo entrará em modo de condução direta,
conectando a fonte AC à carga;
vo (t ) v s (t ), t 180 (9)
2V
i (t ) sin t , t 180 (10)
R
29
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Semi-ciclo negativo: bloqueio reverso
No semi-ciclo negativo (180° < t < 360°), o tiristor será polarizado
reversamente, forçando o seu desligamento. Neste caso, o SCR
operará em modo de bloqueio reverso, desconectando a fonte da
carga;
A corrente no SCR será nula, enquanto que a tensão será igual a vs.
30
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Carga R –
100
formas de onda: i
G
v (V)
0
vs: 1002 V
s
@60 Hz; -100
0 180 360 540 720
1 1
: 60°;
0.5 0.5
i (A)
i (A)
R: 100 ; 0 0
T
-0.5 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
50
v (V)
v (V)
0
0
R
T
-50 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)
31
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Tensão média na carga:
1 Vm
VDC V sin( t ) d ( t ) 1 cos (13)
2 2
m
32
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Tensão média
0.35
na carga: Vp = 100 V
0.3
Tensão média
em função do 0.25
ângulo de
disparo para 0.2
(V)
V2 = 1; DC
0.15
V
0.1
0.05
0
0 50 100 150
(°)
33
4.2. Circuito de disparo
Circuito de controle de chaveamento do tiristor:
O ângulo de disparo deve ser ajustado de forma sincronizada com a
frequência de linha;
34
4.2. Circuito de disparo
Ângulo de disparo:
vcontrol
180 (14)
Vˆst
vcontrol: sinal de
controle (referência);
35
4.2. Circuito de disparo
Circuito integrado TCA785 (Siemens):
Um detector de zero analisa a tensão de linha e emite um sinal de
sincronização cada vez que a tensão assume valor nulo (mudança do
semiciclo da fonte);
Pulsos de gate (~30 µs) são gerados sempre que a portadora cruza o
nível de controle. Assim, pulsos relativos aos semi-ciclos positivo e
negativo são emitidos em saída diferentes (para disparo de
conversores de onda completa).
36
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Carga RL em série:
37
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Equação característica:
Tensão na carga:
vo (t ) vR (t ) v L (t ) v s (t ) (15)
Tensão no indutor:
d
v L (t ) L i (t ) (16)
dt
38
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Semi-ciclo positivo da fonte:
Inicialmente, o SCR está desligado e a fonte está desconectada da
carga;
i (t ) V 2 sin t tan 1 L (17)
R 2 L2 R
39
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Semi-ciclo negativo da fonte:
O indutor continuará fornecendo corrente à carga mesmo após o
término do semi-ciclo positivo, mantendo o SCR em condução;
40
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Carga RL – i
100 G 1
formas de onda:
0.5
v (V)
i (A)
0
vs: 1002 V 0
s
@60 Hz; -100 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
: 60°;
50 50
v (V)
R: 100 ; v (V) 0 0
R
o
-50 -50
L: 0.1 H; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
50 0
v (V)
v (V)
0 -100
L
T
-50 -200
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)
41
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE
42
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE
Equação característica:
Tensão na carga:
d
vo (t ) v s (t ) Ri (t ) L i (t ) E (18)
dt
43
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE
Princípio de funcionamento:
A polarização do tiristor depende da diferença entre o valor instantâneo
da tensão AC vs e da fonte DC E;
44
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE
Princípio de funcionamento:
Durante a condução, o circuito comportar-se-á como um retificador com
carga RL, de sorte que a defasagem da corrente será determinada em
função da impedância da carga;
45
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE
Carga RLE –
100 i 0.2
formas de onda: G
v (V)
i (A)
0 0
vs: 1002 V
s
@60 Hz; -100 -0.2
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 20
: 60°;
10
v (V)
v (A)
80
R: 100 ; 0
R
o
60 -10
L: 0.1 H; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
10 100
E: 80 V; 0 0
v (V)
v (V)
-10 -100
L
T
-20 -200
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)
46
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Carga R:
Ponte com 4 tiristores;
Semi-ciclo positivo: T1 e T2
conduzem, T3 e T4 bloqueiam;
Semi-ciclo negativo: T3 e T4
conduzem, T1 e T2 bloqueiam;
47
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Semi-ciclo positivo:
A tensão da fonte vs polariza os tiristores T1 e T2 diretamente;
48
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Semi-ciclo negativo:
A tensão da fonte vs polariza os tiristores T3 e T4 diretamente;
2 1 180 (19)
49
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Modo de bloqueio:
Durante todo o semi-ciclo positivo, T3 e T4 são polarizados de forma
reversa, suportando a tensão da fonte;
Entretanto, para (0° t < 1) e (180° t < 2), os 4 tiristores estarão
em modo de bloqueio direto ou reverso, resultando em tensão/corrente
nula na carga;
50
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Carga R –
formas de onda: 100
1
v (V)
0
vs: 1002 V 2
s
@60 Hz; -100
0 180 360 540 720
1: 60°; 1 1
0.5
i (A)
i (A)
0.5
R: 100 ; 0
T
0 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 50
0
v (V)
v (V)
50
-50
R
T
0 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)
51
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Carga R:
A condução ocorre após o
chaveamento do par de
tiristores (semi-ciclos positivo
ou negativo);
52
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
1 Vm
VDC Vm sin( t ) d ( t ) 1 cos (20)
53
5.1. Retificador de onda completa – Carga R
Tensão média
0.7
na carga: Vp = 1 V
0.6
Tensão média
em função do 0.5
ângulo de
disparo para (V)
0.4
V2 = 1; DC
0.3
V
0.2
0.1
0
0 50 100 150
(°)
54
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL:
Os pares de tiristores devem
ser disparados quando estiverem
polarizados diretamente, com
uma defasagem de 180° no
ângulo de disparo;
R+L
Contudo, o efeito do indutor
acarretará em implicações em
relação ao tempo de condução
de cada par de SCRs.
55
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL:
Como condição inicial, todos os tiristores estão em bloqueio (direto ou
reverso) em (0° t < 1);
56
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL:
Para 180° < t < 2, quando a corrente do indutor for a zero, T1 e T2
serão desligados e entrarão em bloqueio reverso. Deste modo, T3 e T4
são disparados em t = 2, retificando o semi-ciclo negativo da fonte;
Contudo, se a corrente na carga ainda for positiva em 180° < t < 2,
quando o disparo ocorrer em t = 2, ocorrerá comutação entre os
tiristores (T1 e T2) e (T3 e T4), permutando os estados de
condução/bloqueio entre cada par;
57
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL :
O processo se repete para o semi-ciclo negativo, mas, neste caso,
T3 e T4 são suportados em estado ligado pela corrente do indutor,
enquanto que T1 e T2 entrarão em bloqueio reverso (e posteriormente
direto) até que ocorra um novo disparo em t = 1;
58
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL –
100 1
DCM:
0.5
v (V)
i (A)
0
vs: 1002 V 0
s
@60 Hz; -100 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 1
: 60°;
50 0.5
v (V)
i (A)
R: 100 ; R
0 0
T
-50 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
L: 0.1 H; 100 50
50 0
v (V)
v (V)
0 -50
L
T
-50 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°) 1 2
59
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL –
100 0.4
CCM:
v (V)
i (A)
0 0.2
vs: 1002 V
s
@60 Hz; -100 0
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
40 1
: 60°;
0.5
v (V)
i (A)
20
R: 100 ; 0
R
T
0 -0.5
L: 1 H; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
0
v (V)
v (V)
0
-100
L
T
-200 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)
60
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL
Carga RL:
Formas de onda de tensão
na carga vd, corrente na carga
i, corrente nos tiristores iT e
sinais de gate iG para L
(a corrente i torna-se
praticamente DC);
61
5.3. Retificador de onda completa – Carga RLE
62
5.3. Retificador de onda completa – Carga RLE
Carga RLE:
100 0.2
vs: 1002 V
v (V)
i (A)
0 0
@60 Hz;
s
-100 -0.2
: 60°; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
20 1
R: 100 ; 10 0.5
v (V)
i (A)
0 0
R
T
L: 0.1 H; -10 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
E: 80 V; 10 50
0 0
v (V)
v (V)
-10 -50
L
T
-20 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°) 1 2
63
5.3. Retificador de onda completa – Carga RLE
Carga RLE:
64
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
Seja um retificador de onda
completa com carga RL(E);
65
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
Condição inicial: 4 tiristores em bloqueio, corrente na carga i = 0;
66
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
Em 180° t < 2, T1 e T2 continuarão em condução, mas a tensão da
fonte vs se torna negativa;
d
vo (t ) Ri (t ) L i (t ) V 2 sin t (21)
dt
Logo, a tensão na carga pode assumir valor negativo mesmo que a corrente
na carga tenha valor positivo.
67
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
Para L (tiristores sempre em condução), a tensão média na carga
será dada por:
1 2 2
VDC
vo (t ) d (t )
V cos (22)
68
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
Este comportamento se repete durante a comutação do semi-ciclo
negativo para semi-ciclo positivo da fonte;
Para PDC > 0 (VDC > 0, IDC > 0): fluxo de potência da fonte para a carga
modo de retificação (1 < 90°);
Para PDC < 0 (VDC > 0, IDC < 0): fluxo de potência da carga para a fonte
modo de inversão (1 90°).
69
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
Tensão na carga para 90°.
T 3 e T4 T 1 e T2
conduzindo conduzindo
no SCP no SCN
70
5.5. Comutação dos tiristores
Ângulos de comutação e extinção:
Na prática, a comutação dos pares de tiristores não é imediata, sendo
que, durante um certo intervalo de tempo, os 4 SCRs entram em
condução ao mesmo tempo. O intervalo de tempo associado à
condução simultânea é dado pelo ângulo de comutação ;
71
5.5. Comutação dos tiristores
Ângulos de comutação e extinção:
No modo de inversão, os tiristores passam a maior parte do tempo em
estado de condução ou de bloqueio direto. O bloqueio reverso ocorre
somente após o disparo do próximo par de SCRs. Este intervalo de
tempo é dado pelo ângulo de extinção.
72
5.5. Comutação dos tiristores
Ângulos de comutação e extinção:
O ângulo máximo de disparo (maior PDC negativo) para o modo de
inversão é dado por:
180 (24)
73
5.6. Retificador semi-controlado
Retificador monofásico semi-controlado de onda completa:
Utiliza 2 tiristores e 2 diodos;
Semi-ciclo positivo: T1 e D2
conduzem;
Semi-ciclo negativo: T2 e D1
conduzem;
74
6.1. Retificador trifásico
Retificador trifásico: carga R
Funcionamento análogo
ao retificador trifásico
não-controlado;
75
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente: = 0 diodo;
Os números de 1 a 6 indicam os instantes de condução de cada tiristor;
Disparo
T1 T2 T3 T4 T5 T6
76
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente: = 0 diodo;
A forma de onda na saída se repete com período /3;
6
1 3 2
3 6
VDC 2VLL cos( t ) d t VLL (27)
77
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente: > 0;
1 3 5
2 4 6
vd
78
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente: > 0;
Para ângulos de disparo maiores do que zero, a comutação do tiristor
conduzindo em um semi-ciclo (por exemplo, T1) para o próximo da
sequência (T3) é retardada, ou seja, T1 continua conduzindo até que T3
seja disparado;
Ex: Suponha vd = vac.Se va é mais positiva e vb é mais negativo que vc, vd
será igual a vab somente se o tiristor que conduz vb for disparado. Caso
contrário, a forma de onda continuará sendo igual a vac.
Se o tiristor não for disparado após este período, ele entrará em estado
de bloqueio direto;
79
6.1. Retificador trifásico
Forma de onda de tesão da saída: Carga R
6.1. Retificador trifásico
Forma de onda de tesão da saída: Carga R
6.1. Retificador trifásico
Forma de onda de tesão da saída: Carga R
6.1. Retificador trifásico
Carga RL:
O indutor
gera um atraso
na corrente
em relação
à tensão de
fase;
Para L relativa-
mente pequeno,
a corrente na
carga é
descontínua.
83
6.1. Retificador trifásico
Carga RL:
Para L sufici-
entemente
grande, a
corrente na
carga se torna
contínua, pois
o indutor
mantém os
SCRs ligados;
A corrente na
carga é sempre
positiva.
84
6.1. Retificador trifásico
Tensão média na carga ( > 0):
3 2 A (28)
VDC VLL
3
85
6.1. Retificador trifásico
Tensão média na carga ( > 0):
Observando a forma de onda da tensão de saída, observa-se que a
área A pode ser calculada pela integral da tensão de linha, logo:
A v AC d t 2VLL sin( t ) d t 2VLL 1 cos (29)
0 0
3 2 3 2 3 2
VDC VLL VLL 1 cos VLL cos (30)
86
6.1. Retificador trifásico
Tensão na saída em função do ângulo de disparo: 0 < 90°
Para ângulo de disparo
menor do que 90°, a
tensão média na
carga é positiva;
87
6.1. Retificador trifásico
Tensão na saída em função do ângulo de disparo: = 90°
Para ângulo de disparo
igual a 90°, a tensão
média na carga
torna-se nula.
88
6.1. Retificador trifásico
Tensão na saída em função do ângulo de disparo: 90° < 180°
Para ângulos maiores
do que 90°, a tensão
média na carga pode
assumir valor negativo;
O retificador opera em
modo de inversão;
Evidentemente, a
carga deve ser capaz
de suprir corrente para
manter os SCRs
ligados (carga RLE).
89
6.1. Retificador trifásico
Carga RC:
Um filtro capacitivo em paralelo com a carga proporcionará um efeito
análogo ao observado no retificador não-controlado;
Quando vs(linha) < vo, o capacitor irá descarregar sobre a carga, sendo
que quanto maior o valor de C, maior será a constante de tempo do
circuito, proporcionando uma redução no ripple de vo;
90
6.2. Retificador trifásico semi-controlado
Retificador trifásico semi-controlado:
Utiliza 3 tiristores e
3 diodos;
Redução em termos de
custo e complexidade
de funcionamento;
Em contrapartida,
não pode operar em
modo de inversão para
> 90°.
91
6.2. Retificador trifásico semi-controlado
Tensão média na saída:
3 2
VDC VLL 1 cos (32)
2
92
6.2. Retificador trifásico semi-controlado
Retificador trifásico com diodo de roda livre:
O diodo de roda livre
garante que sempre
exista um caminho
para condução de
corrente no lado DC;
A tensão média na
saída assume valor
igual ao da ponte
retificadora semi-
controlada.
93
Referências bibliográficas
Bose, B.K. Modern Power Electronics and AC Drives. New
Jesey: Prentice Hall, 2002.
94
Exercícios
95
Exercício
Exercício 5.1) Seja um retificador monofásico controlado de meia-
onda utilizado para converter a tensão de linha (100 V de pico, 60
Hz) e acoplado a uma carga resistiva (100 ).
a) Obtenha as formas de onda da tensão e corrente na carga e no
tiristor, bem como o gráfico da tensão média de saída em função do
ângulo de disparo;
96
Exercício
Exercício 5.2) Considere um retificador de onda completa acoplado
a uma carga R = 50 . A tensão da fonte vs é 120 V@60 Hz.
a) Obtenha as formas de onda de tensão vo e corrente na carga io para
= 45°;
b) Calcule a tensão média na carga em função do ângulo de disparo.
97
Exercício
Exercício 5.3) Seja um retificador de onda completa acoplado a
uma carga RLE. A tensão da fonte vs é 120 V@60 Hz. A carga é
formada pelo conjunto R = 0,1 , L = 1,2 mH e E = 88 V. Os tiristores
são ajustados para disparo em = 135°.
a) Obtenha as formas de onda de tensão vo e corrente na carga i;
98
Exercício
Exercício 5.4) Um retificador trifásico é utilizado para alimentar uma
carga puramente resistiva (R = 300 ). O conversor é alimentado
por uma fonte trifásica VLL = 480 V @ 60 Hz.
a) Obtenha as formas de onda de tensão e corrente na carga para
= [60°, 90°, 120°].
b) Calcule a potência média para cada caso.
99
Exercício
Exercício 5.5) Seja um retificador monofásico de onda completa
com carga RL (50 , 100 mH). O circuito é alimentado por uma fonte
V = 200 V @ 60 Hz.
a) Para = 0, apresente as formas de onda de tensão e corrente na
carga. Calcule também a tensão média na carga;
100