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PORQUE TIRAR AS SANDÁLIAS DOS PÉS NA PRESENÇA DE DEUS?

Ex. 3.5

OBJETIVO: Levar cada pessoa à consciência de que está na presença do Senhor do


Universo e à consciência de sua responsabilidade para com o mundo.

INTRODUÇÃO: ‘A existência de Deus é resultado apenas da necessidade da


explicação de certos fenômenos complexos para o ser humano’ – dizem pessoas
céticas e críticas da religião. Assim, a semelhança de Nietzche, muitos dos habitantes
de nosso planeta neste mundo pós-moderno, já declarou a morte de Deus, ou a não
necessidade da existência de Deus.

CONTEXTO: Moisés, filho de escravos hebreus sob a dominação dos hicsos no


Império egípcio, é tirado das águas em um cestinho de junco e, criado pela filha do
Faraó. Recebeu toda a educação e instrução que a vida palaciana lhe podia conferir,
chegando ao posto de um dos grandes generais e conquistadores do mundo antigo.
Vendo certa injustiça, onde um egípcio oprimia desumanamente um hebreu, tomou as
dores do oprimido e matou o egípcio. Para fugir da culpa de seu crime, sai do Egito e
vai se esconder na região do deserto do Sinai. Lá se torna pastor de ovelhas, se casa
com uma campesina e por ali fica quarenta anos. Certa tarde, indo à busca de algumas
ovelhas, vê algo surpreendente: uma sarça, um pequeno arbusto em chamas, e por
mais que as chamas ardessem, o arbusto não se consumia nem era destruído pelo fogo,
antes, porém permanecia verde e viçoso.

TRANSIÇÃO: A presença de Deus nos reclama a condição de espírito onde nos


sintamos como que despidos e descalços. Nosso tema nesta ocasião é PORQUE
TIRAR AS SANDÁLIAS DOS PÉS?

I – NA PRESENÇA DE DEUS NÃO PODEMOS TER NADA QUE NOS FAÇA


MAIORES DO QUE SOMOS.

a – A inacreditável busca pela grandeza aparente.

1. O homem é um ser iludido com a mania de grandeza. Vive procurando aparentar


aquilo que não é.

2. Parece até que numa outra fase de sua existência já experimentou uma posição e
uma condição de glória e status e, tendo caído de tal posição, a sombra da glória
ficou impregnada em sua estrutura genética como um fantasma que ora o
apavora, ora o consome.

b – O pecado prostrou o ser humano numa condição inferior.

1. De fato antes do pecado ser fato na existência humana, Adão e Eva


experimentaram uma qualidade de vida gloriosamente superior ao que se vive
hoje.
2. O pecado prostrou o ser humano numa condição inferior e degradante, onde se
arrasta como um verme em meio a imundície, e ilusoriamente não reconhece o
quê, nem que é de fato, nem diante de si mesmo, nem diante dos outros, seus
iguais, nem diante de Deus.

c – A presença de Deus nos reclama humildade.

1. Na presença de Deus não podemos ser o que não somos.


1.1 – Diante das pessoas podemos usar de hipocrisia e aparentar ser o que não
somos, mas diante de Deus isso não é possível.
1.2– Deus, sendo possuidor de conhecimento absoluto, sendo onisciente, tudo
lhe é transparente e límpido, sendo as trevas e a luz a mesma coisa diante de
seus olhos, nada é diante dele o que de fato não é.

2. A questão não é se enganamos ou não a Deus, mas se enganamos a nós mesmos.

3. Diante de Deus somos o que somos:


3.1– Somos culpados.
3.2 – Somos pecadores.
3.3 – Somos corrompidos.
3.4 – Somos condenáveis.

4. Tire as sandálias de seus pés, isto é, apresente-se diante de Deus com o coração
aberto e sem máscaras. Reconheça quem de fato é: um pecador que precisa de
sua ajuda e socorro.

II – NA PRESENÇA DE DEUS NÃO PODEMOS TER NADA QUE NOS


AFASTE DA SANTIDADE DE DEUS.

a – A experiência de Moisés.

1. Foi dito a Moisés que o lugar em que estava era santo.


1.1 – Ex. 3.5 ‘Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar
em que estás é terra santa’.

2. Deus queria que Moisés tocasse em sua santidade.


2.1– ‘... tira as sandálias dos pés’.
2.2 – Pise em lugar santo. Toque e experimente a santidade de Deus.

b – Experimentar a santidade é a vocação dos crentes.

1. Todos quantos já tiveram um encontro verdadeiro com Deus são chamados a


experimentar a santidade de Deus.

2. Não pode existir verdadeiro cristão se este não é um alvo que lhe incomoda.

3. Hb. 14.12 ‘... segui a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor’.
4. As sandálias nos pés de Moisés o impediam de ter contato com o monte santo de
Deus.
4.1– ‘... tira as sandálias dos pés’.

5. Qualquer coisa que se coloque como obstáculo entre nós e Deus, de modo que
nos prive de experimentar uma vida de santidade, seja esta coisa algo material,
moral ou espiritual, precisa ser tirada; pois, à semelhança de Moisés, impede o
contato com o monte santo de Deus.

6. O que são suas sandálias? O que te priva, te afasta ou te impede de experimentar


uma vida de maior santidade e proximidade com Deus?
6.1– ‘... tira as sandálias dos pés’.

III – NA PRESENÇA DE DEUS NÃO PODEMOS TER NADA QUE NOS


IMPEÇA DE SENTIR A DUREZA DESSE MUNDO.

a – A experiência de Moisés.

1. O terreno onde Moisés estava era possivelmente um terreno cheio de pedras


pontiagudas e ásperas, por isso estava calçado com sandálias que lhe permitia
não sentir a rudeza do caminho.

2. Mas Deus queria que Moisés sentisse a dureza desse mundo, pois só assim
poderia se compadecer dos que sofriam a sua volta.

b – Precisamos estar sensíveis para com o mundo.

1. Jesus é o Mestre da sensibilidade (Augusto Cury).


1.1 – Caminhava onde estavam os necessitados.
1.2– Tinha contato com os pecadores nos mais variados níveis.
1.3– Se compadecia das necessidades materiais e espirituais das pessoas a sua
volta.

2. Só poderemos ser sensíveis para com as pessoas a nossa volta se nos


aproximarmos delas onde e na condição em que elas se encontram.

c – O elo perdido.

1. Ardor missionário é uma característica perdida para boa parte da Igreja em


nossos dias.

2. Só sentindo o que os outros sofrem podemos nos compadecer e oferecer-lhes a


solução.

d – A sarça é uma parábola para nossa vida.

1. O arbusto inflamado é uma parábola da vida de Moisés a partir daí, pois depois
de servir a Deus por quarenta anos num deserto escaldante, é dito de Moisés que
não se envelheceu, antes permaneceu com a força e virilidade de um homem
maduro.

2. O arbusto inflamado é uma parábola da vida de todo aquele que tem um


encontro verdadeiro e transformador com Deus, de modo que a presença de Deus
nos inflama e nos motiva para a realização de sua obra e manifestação de sua
glória, porém não nos consome nem nos destrói, antes nos fortalece dia a dia.

3. Você quer fazer diferença na vida de muitos que sofrem as opressões do Egito,
para muitos que estão escravizados, humilhados e dominados pelo poder do
pecado?
3.1– ‘... tira as sandálias dos pés’.

CONCLUSÃO: Você já se reconheceu diante de Deus aquilo que realmente é: um


pecador necessitado de sua graça e seu perdão?
Esta pode ser sua hora.
Você reconhece que há algo que o impede de desfrutar e experimentar mais da
comunhão e da santidade de Deus?
Você se encontra insensível diante de pessoas que sofrem e morrem no pecado num
mundo que caminha para a destruição?
Venha se colocar diante de Deus: ‘... tira as sandálias dos pés’.

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