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TCC - Implementação de Melhorias PDF
TCC - Implementação de Melhorias PDF
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Recife – PE
Dezembro 2004
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
Recife - PE
Dezembro de 2004.
Dedico este trabalho a Deus e a Nossa Senhora,
por minha gratidão para com Eles, as minhas
mães Angela Calumby e Serelem Thompson,
por tudo que elas representam na minha vida, a
minha noiva Brígida Novaes e aos meus irmãos
Alan Calumby e Ana Rita Calumby pelo amor.
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................... iv
RESUMO.............................................................................................................................. v
1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................1
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................5
2.1 - POLÍMEROS...................................................................................................................5
2.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS.................................................................................5
3 - MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................12
3.1 – MATERIAIS................................................................................................................12
3.1.1 – 1,3 - Butadieno...................................................................................................12
3.1.2 – n -Hexano e Ciclohexano...................................................................................13
3.1.3 – n - Butil - Lítio....................................................................................................15
3.1.4 – 1,2 - Butadieno...................................................................................................15
3.1.5 - Água..................................................................................................... ..............15
3.1.6 - Alimentação Mista Purificada............................................................................16
3.1.7 - Elastômero BR 45...............................................................................................16
3.2 – MÉTODOS...................................................................................................................16
3.2.1 - Processo Produtivo.............................................................................................16
3.2.1.1 - Purificação dos Reagentes............................................................................18
3.2.1.2 - Reação de Polimerização.............................................................................18
3.2.1.3 - Coagulação e Secagem.................................................................................19
3.2.2 - Controle do Processo.........................................................................................20
3.2.2.1 - Temperatura do Reator.................................................................................20
3.2.2.2 - Pressão do Reator.........................................................................................21
3.2.2.3 - Concentração do Iniciador...........................................................................21
3.2.2.4 - Concentração do 1,2 - Butadieno.................................................................21
3.2.2.5 - Amperagem do Agitador do Reator..............................................................21
3.2.3 - Variáveis do Processo....................................................................................... 22
3.2.3.1 - Viscosidade Mooney.................................................................................... 22
3.2.3.2 - Recuperação Willians...................................................................................22
3.2.4 - Capabilidade do Processo..................................................................................22
4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................25
5 - CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS...........................................................................40
5.1 - CONCLUSÕES..............................................................................................................40
5.2 - PERSPECTIVAS............................................................................................................40
6 - ANEXO...........................................................................................................................41
7 - REFERÊNCIAS CONSULTADAS..............................................................................42
LISTA DE TABELAS
Apesar da borracha sintética ser obtida de diversas maneiras, a maior parte advém
da rota apresentada na Figura 1:
Elastômero
Propriedades
BR 40 BR 45 BR 55 BR 70
Material Volátil, % máximo 0,75 0,75 0,75 0,75
Viscosidade Mooney, laminado ML (1+4), 100ºC 40 47 55 70
-
H H H H H H H H
+
H C C C C Li H C C C C Li
H H H H H H H H
+δ -δ
C–C=C–C (CIS)
H2C = CH – CH = CH2 +δ -δ
C=C–C–C (TRANS)
H H
+ -
C–C=C–C + R C- Li+ R C– C–C=C–C -
Li+
H H
H
R C – C – C = C – C - Li+ + +C –C=C–C-
H
H
R C – C – C = C – C – C – C = C – C - Li +
H
R C – C – C = C – C – C – C = C – C - Li + + H+ OH -
H
H
R C –C – C = C – C – C – C = C – C– H+ + Li + OH -
H
H H H H
C C C C
H H H H
C C C C
H H H H
Figura 8. Configuração do Poli-cis-butadieno
• Poli-trans-butadieno
A Figura 9 mostra um polímero com configuração poli-trans-butadieno, onde a
probabilidade de se formarem ramificações na sua cadeia é menor que na configuração cis
(Katz, 1998).
H H
H C C H
C C H H C C
H H
C H H C
H H
H H
H C C
H C H
H C HH
H C C
H C H
H C H
3. 1.1. 1,3-Butadieno
É o monômero básico para a produção do polibutadieno. O 1,3-butadieno se trata de
um alcadieno conjugado e possui uma configuração planar e duas possíveis conformações,
a “cis” e a “trans”, sendo a segunda predominante à temperatura ambiente (Figura 11).
3. 1.3. n-Butil-Lítio
É um composto organometálico, pirofórico, líquido à temperatura ambiente, e que
propicia a etapa de iniciação da reação de polimerização do 1,3-butadieno.
Este iniciador de reação é adquirido em tanques cilíndricos, estocado em câmaras
frigoríficas à 10 ºC, pois é sensível a altas temperaturas, podendo se degradar.
3. 1.4. 1,2-Butadieno
É utilizado no processo de polimerização como aditivo, com a finalidade de inibir a
formação de gel. O gel é formado devido às ligações ramificadas que se estendem
tridimensionalmente na rede do polímero, formando ligações cruzadas e sendo insolúvel no
meio.
O 1,2-butadieno deve ser adicionado de forma controlada, pois seu excesso dificulta
o crescimento da cadeia polimérica por possuir baixa reatividade.
3. 1.5. Água
Para desativar as cadeias de polímeros e produzir polímeros com pesos moleculares
adequados, é usado água na saída dos reatores de polimerização.
3. 1.6. Alimentação Mista Purificada (AMP)
O AMP é uma mistura de 1,3-butadieno e solvente, com uma concentração de 35%
de monômero.
3. 2. Métodos
3. 2.1. Processo Produtivo
O processo produtivo do elastômero BR, na Petroflex - planta do Cabo de Santo
Agostinho, é realizado basicamente em três etapas: purificação dos reagentes, reação de
polimerização e coagulação e secagem, conforme apresentado na Figura 14:
1,3 - Butadieno Solvente Solução de n-Butil-Lítio e aditivos
Purificação Purificação
Recuperação
AMP
de Solvente
Purificação
Reação de
Polimerização
Coagulação e
Secagem
Figura 14. Diagrama de blocos da produção dos elastômeros BR’s na Petroflex - PE.
3. 2.1.1. Purificação dos Reagentes
A purificação do 1,3-butadieno, do solvente e do AMP, consiste na remoção de
impurezas leves e pesadas, e água.
O sistema de purificação do 1,3-butadieno é realizado através da remoção de
compostos alcalinos, do oxigênio dissolvido e do TBC em três colunas, uma de extração e
duas de destilação.
Na coluna de extração, o fluxo do 1,3-butadieno entra em contato com um fluxo de
água, a qual extrai grande parte dos compostos alcalinos nele presentes, como a
dimetilamina. Em um processo de decantação é separado a água, e o fluxo de 1,3-butadieno
segue para uma coluna de destilação onde é separado dos compostos mais leves, por
exemplo, oxigênio. Em seguida é separado dos compostos mais pesados, como o TBC, em
outra coluna de destilação.
A eliminação das impurezas contidas no solvente é feita em um sistema composto por
quatro colunas de destilação, duas para o n-hexano e duas para o ciclohexano, onde na
primeira coluna de cada um dos sistemas separam-se os compostos leves e na outra, os
pesados.
Uma vez que o monômero e solvente estão purificados, são misturados obtendo-se a
alimentação mista purificada (AMP), a qual é secada em leitos de alumina, que adsorve
grande parte da água ainda presente.
Fórmula de
Cpk Legenda
Cálculo
Cpki
(X – LIE)/3σ X LIE LSE σ
Inferior
Média Desvio
Cpks Limite Inferior de Limite Superior de
(LSE – X)/3σ das Padrão do
Superior Especificação Especificação
Amostras Processo
4. 1. Leitos de Alumina
Com a substituição das aluminas usadas na etapa de Purificação do AMP, em
setembro do mesmo ano, que estavam vencidas, por um novo lote da Axens composto de
aluminas com um poder adsortivo mais elevado e de geometria e tamanho diferente dos
antigos, observava-se que, a partir da entrada de aluminas regeneradas na operação, efeito
↑, havia um aumento na Recuperação Willians e no pcm Iniciador (pcm Cat.). O problema
é que este efeito tinha duração de apenas 3 a 4 dias, voltando estes dois parâmetros a
patamares reduzidos, efeito ↓. Além disso, este período permanecia muito aquém do tempo
de campanha sugerido pelos fornecedores da alumina, a Axens.
efeito ↓ efeito ↓
Tempo (dia)
3a4
Foram levantadas, então, hipóteses que pudessem explicar as possíveis causas das
perturbações no processo:
No mês seguinte, foram enviadas amostras das aluminas virgens e já usadas do novo
lote da Axens à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para avaliação da
capacidade adsortiva e as melhores condições de regeneração, o que garantiria a capacidade
de adsorção esperada. Esta avaliação comprovou a eficiência das aluminas, assim como
garantiu que as condições de regeneração, temperatura, eficiência do compressor de
nitrogênio e tempo de regeneração, estavam adequadas.
Este líquido, que iria para Purificação, passou a ser enviado para queima no Flare,
mas não houve diferenças nos efeitos causados na Reação.
Como última ação para este período, reduziu-se o tempo de campanha dos leitos e
concluiu-se que a Reação manteve-se por um período maior nas condições ideais de pcm
Cat. e Recuperação, efeito ↑. Entretanto, foram causadas muitas perturbações no processo
devido à saturação muito rápida do leito e à falta de condições operacionais de regenerar e
trocar os leitos em períodos curtos.
A Figura 17 apresenta a diminuição do tempo de campanha dos leitos de alumina.
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
1-jan 1-fev 3-mar 3-abr 4-mai 4-jun 5-jul 5-ago 5-set 6-out
Período
CARGA DE SAÍDA Limite Tempo de campanha diminuído
08/07/2004
Braskem
Pouco Alcalino
12/07/2004
Braskem
Alcalino
27/07/2004
Braskem
Bastante Alcalino
30/07/2004
Importado
Isento de Alcalinidade
10/08/2004
Braskem
Alcalino
10/09/2004
Braskem
Alcalino
16/09/2004
Braskem
Pouco Alcalino
30/09/2004
Braskem
Bastante Alcalino
1,70
pcmCat
1,50 0,045
1,30
1,10 0,040
0,90
0,035
0,70
0,50 0,030
o
go
go
go
go
go
ag
ag
ag
ag
ag
-a
-a
-a
-a
-a
5-
6-
7-
8-
9-
10
11
12
13
14
Alcalinidade positiva Recuperação Catalisador
H
CH3
R C – CH2 – CH = CH – CH3
+ N - Li+
H
CH3
4. 3. Capabilidade do Processo
2,1 1,90
1,83 1,88 1,88 1,88
1,9 1,72 1,74 1,79 1,79 1,80
1,68
1,7 1,57
1,51 1,53
1,5
(mm)
1,35 1,34
1,3 1,12
1,21
1,12
1,27
1,06
1,1 0,95
0,9
0,7
04
04
04
4
4
04
4
04
04
4
r/0
t/0
/0
/0
l/0
t/0
v/
v/
n/
o/
z/
n/
ar
ai
ju
se
ab
ou
fe
no
de
ja
ag
ju
m
m
Período
Rec (mm) Cpk ML4
Figura 22. Histórico do Cpk da viscosidade Mooney e Recuperação Willians do ano 2004
para o cliente Pirelli – elastômero BR 45
4. 4. Projeto Cpk
Em seguida, a análise dos modos de falha foi realizada devido à grande importância
que tem para o sucesso do projeto, porque através do levantamento de como as falhas
acontecem (espinhas de peixe), e com que freqüência e intensidade (FMEA), é que as ações
são relacionadas e priorizadas, atingindo o objetivo, a partir da execução do plano de ação.
As Figuras 26 e 27 apresentam exemplos das análises dos modos de falha e
diagramas de causa e efeito, respectivamente no Projeto Cpk.
Este sistema consiste de uma coluna de extração – recheada com anéis de Raschig –
com fluxo da base para o topo. A alimentação desta coluna é uma mistura do fluxo de 1,3-
butadieno com o de água, que extrai a maior parte da alcalinidade presente. Da coluna de
extração o fluxo segue para um tanque onde a água é decantada e separada do 1,3-
butadieno.
.
De acordo com uma simulação realizada no software ASPEN, onde condições mais
drásticas de extração foram consideradas, tem-se um balanço material deste sistema, em
anexo, mostrando os custos com perdas de insumo e geração de efluente, mas que são
mínimas comparadas ao lucro com a elevação da produtividade, para os elastômeros BR’s.
Do balanço material é observada uma perda de 16,63 kg.h –1 de 1,3-butadieno, o que
equivale a um custo de U$ 13,30 por hora, pois a aquisição de uma tonelada de 1,3-
butadieno traduz em U$ 800,00.
A Tabela 6 apresenta o custo com a perda do 1,3-butadieno no Sistema de Lavagem.
• Ganho Financeiro:
Antes da lavagem: 3000 ton.mês –1 x U$ 200,00.ton –1 = U$ 600.000,00.mês -1
Após a lavagem: 3600 ton.mês –1 x U$ 200,00.ton –1 = U$ 720.000,00.mês -1
5. 2. Perspectivas
O trabalho abriu novas perspectivas que merecem ser investigadas no futuro, como
verificar o impacto causado pela presença de quaisquer outras impurezas no processo
produtivo. Isto elevará ainda mais a qualidade, Cpk > 1,33 e capacidade da produção dos
elastômeros da empresa.
6. ANEXO
Balanço material do Sistema de Lavagem do 1,3-butadieno desenvolvido no ASPEN.
7. REFERÊNCIAS CONSULTADAS