OBRASE POSTURASMUNICIPAIS
APRESENTAÇÃO
A fiscalização é uma atividade técnica exercida para verificar as conformidades das obras e
serviços executados com as exigências, normas e especificações aplicáveis. A fiscalização é
exercida através de vistorias que envolvem aspectos técnicos e administrativos da execução
das obras e serviços.
Neste sentido, o exercício da função de Fiscal de Obras e Posturas é, das mais importantes
do serviço público municipal, já que exterioriza uma das formas de exercício do poder de
polícia que maior reflexo traz: o da realidade local. A efetiva fiscalização de Obras e Posturas,
com o atendimento das regras dispostas na legislação, é exemplo de Município desenvolvido.
De consequência, Município atrativo para o comércio, para as indústrias, para a moradia,
turismo, saúde, segurança e outras tantas facetas do desenvolvimento das funções sociais da
Cidade e do bem-estar de seus habitantes. A capacitação dos servidores que exercem a
atividade de fiscalização no Município é condição primordial para alcançar os objetivos da
Cidade ordenada, limpa e atraente.
A FISCALIZAÇÃO MUNICIPAL
1. O AGENTE FISCAL
A chamada Fiscalização de Obras de Construção Civil Municipal abrange, entre outras funções:
• Fiscalizar as obras públicas e particulares, concluídas ou em andamento, abrangendo
também demolições, terraplenagens, parcelamento do solo, a colocação de tapumes, andaimes,
telas, plataformas de proteção e as condições de segurança das edificações;
• Fiscalizar o cumprimento do Código de Obras e Edificações, do Plano Diretor Participativo
e da Lei Municipal de Parcelamento do Solo;
• Emitir notificações, lavrar autos de infração e expedir multas aos infratores da legislação
urbanística municipal;
• Reprimir o exercício de atividades desenvolvidas em desacordo com as normas
estabelecidas na legislação urbanística municipal, as edificações clandestinas, a formação de
favelas e os agrupamentos semelhantes que venham a ocorrer no âmbito do Município;
• Realizar vistoria para a expedição de “Habite-se” das edificações novas ou reformadas;
• Definir a numeração das edificações, a pedido do interessado;
• Elaborar relatório de fiscalização;
• Orientar as pessoas e os profissionais quanto ao cumprimento da legislação;
• Apurar as denúncias e elaborar relatório sobre as providências adotadas.
A fiscalização deve ser uma ação planejada, coordenada e avaliada de forma contínua, tendo em
foco o alcance dos seus objetivos.
Importante: Se, durante a fiscalização, o proprietário ou responsável pela obra ou serviço não
quiser apresentar documentos, perder a calma ou tornar-se violento, o agente fiscal deverá
manter postura comedida e equilibrada. A regra geral é usar o bom senso. Se necessário e
oportuno, suspender os trabalhos e voltar em outro momento, inclusive com auxílio policial.
3. INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
No cumprimento da rotina de seu trabalho, o agente fiscal deverá utilizar algumas ferramentas
para registrar os fatos observados e, se pertinente, dar início ao processo administrativo devido.
Neste item, serão descritas algumas ferramentas imprescindíveis ao agente fiscal, necessárias à
boa execução do seu trabalho.
3.1. Relatório de Fiscalização
Tem por finalidade descrever, de forma ordenada e minuciosa, aquilo que se viu, ouviu ou
observou durante a vistoria a obra. É um documento destinado à coleta de informações das
atividades exercidas onde o serviço ou a obra está sendo executado.
O relatório deve ser preenchido cuidadosamente e deve conter, no mínimo, as seguintes
informações:
• data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;
• nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível,
CPF ou CNPJ;
• identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e
endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados
necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;
• nome completo, título profissional e número de registro do responsável técnico, quando for
o caso;
• descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação municipal; e
• identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função
exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.
Sempre que possível, ao relatório de fiscalização devem ser anexados documentos que
caracterizam a infração e a abrangência da atuação da pessoa física ou jurídica na obra, serviço
ou empreendimento, a saber:
• cópia do contrato de prestação do serviço;
• cópia dos projetos, laudos e outros documentos relacionados à obra, ao serviço ou ao
empreendimento fiscalizado;
• fotografias da obra, serviço ou empreendimento.
3.2. Notificação
Este documento tem por objetivo informar ao responsável pelo serviço/obra ou seu representante
legal, sobre a existência de pendências e/ou indícios de irregularidades no empreendimento
objeto de fiscalização. Serve, ainda, para solicitar informações, documentos e/ou providências,
visando regularizar a situação dentro de um prazo estabelecido.
3.3. Embargo
Qualquer obra em andamento, sejam elas construções, ampliações ou reformas, poderá ter
embargo imediato, não cabendo notificação, quando:
• iniciar ou executar obra sem o devido licenciamento, quando não estiverem sendo
respeitados os alinhamentos e índices urbanísticos estabelecidos;
• executar obra sem responsável técnico legalmente habilitado, quando indispensável;
• construir, ampliar ou reformar em desacordo com os termos da lei e do projeto aprovado;
• executar obra em loteamentos não aprovados pelo Município.
Este documento deve ser lavrado contra o construtor, responsável técnico pela execução da
obra, autor do projeto e ao proprietário, conforme o caso.
Assim como a notificação, o auto de infração, grafado de forma legível, sem emendas ou rasuras,
deve apresentar, no mínimo, as seguintes informações:
• data da lavratura, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;
• nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica autuada, incluindo,
obrigatoriamente, CPF ou CNPJ;
• identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre a sua
localização, nome e endereço do contratante, indicação da natureza da atividade e sua
descrição detalhada;
• identificação da infração, mediante descrição detalhada da irregularidade,
• capitulação da infração e da penalidade, e valor da multa a que estará sujeito o autuado;
• data da verificação da ocorrência;
• indicação de reincidência ou nova reincidência, se for o caso; e
• indicação do prazo para efetuar o pagamento da multa e regularizar a situação ou
apresentar defesa.
O AUTO DE INFRAÇÃO deve ser entregue pessoalmente ou enviadas por via postal com Aviso
de Recebimento - AR ou por outro meio legal admitido que assegure a certeza da ciência do
autuado. O comprovante de recebimento do auto de infração deverá ser anexado ao processo
administrativo que trata do assunto.
Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento do auto de infração, o fato deverá ser
registrado no processo.
3.5. Recursos
O(s) infrator (es) terão o prazo para o pagamento das multas ou para apresentar sua defesa.
Findo este prazo, se o infrator, seu representante legal, ou o responsável técnico pela obra não
apresentarem defesa, a municipalidade emitirá o Documento de Arrecadação Municipal – DAM,
correspondente ao valor da multa, para que este seja pago pelo infrator.
O pagamento da multa não isenta o infrator da responsabilidade de regularizar a situação da
obra, perante a legislação vigente.
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Apresenta-se aqui um rol das principais normas legais e administrativas relacionadas a obras e
serviços de engenharia. Em alguns casos, as normas são aplicáveis apenas a órgãos federais,
mas podem ser úteis aos gestores que não possuem regulamentação própria sobre as matérias.
É importante ressaltar que a fiscalização por parte do município tem como norte a observância
do cumprimento das normas previstas no Código de Edificações, ou seja, se a execução da
obra está de acordo com o projeto aprovado pela Prefeitura e se a construção atende os
parâmetros urbanísticos legais, a exemplo de volumetria (área de construção no terreno) e
altimetria (altura da edificação), que variam de acordo com a região em que o
empreendimento é erguido.
Licenciamento de obras
Para toda obra nova, além de acréscimo ou decréscimo de área nas edificações concluídas ou
em andamento, é necessário apresentação de projeto arquitetônico na Secretaria Municipal
Adjunta de Regulação Urbana para obtenção do competente Alvará de Construção. Sem o
alvará, nenhuma obra de edificação pode ser feita e o infrator está sujeito a notificação, multa
e embargo de obra, até a regularização. A Prefeitura ainda exige um Responsável Técnico (RT)
de execução de obra, devidamente habilitado e com registro no CREA ou CAU.
A edificação somente pode ser habitada, ocupada ou utilizada após a concessão da Baixa de
Construção (antigo Habite-se) e emissão da respectiva Certidão de Baixa de Construção. O
processo de Baixa de Construção tem início após o comunicado oficial do término da obra pelo
respectivo responsável técnico (RT). Após o comunicado, a Prefeitura marca uma vistoria para
verificar se obra foi executada conforme o projeto arquitetônico aprovado e em atendimento
à legislação vigente. Caso haja alguma pendência ou desconformidade, o RT é notificado a
saná-la, para depois receber a certidão.
A Certidão de Baixa de Construção é emitida pela Prefeitura e comprova que a edificação foi
construída conforme projeto arquitetônico aprovado e a legislação vigente. Ela é necessária
tanto para obras novas como para acréscimos e decréscimos. A Certidão de Baixa de
Construção é um dos documentos exigidos pelo Cartório de Registro de Imóveis para
averbação de uma edificação. É o documento necessário para a legalização oficial da
edificação.
De acordo com o Código de Edificações do Município, são deveres dos responsáveis técnicos,
nos limites das respectivas competências:
II - executar obra licenciada, de acordo com o projeto aprovado e com a legislação vigente;
Parágrafo único - O profissional responsável pela direção técnica das obras deve zelar por sua
correta execução e pelo adequado emprego de materiais, conforme projeto aprovado no
Executivo e em observância às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Atribuições
1. For iniciada qualquer construção ou demolição, sem que seja expedido o competente
alvará respectivo;
O poder de polícia é uma expressão cujo significado está sujeito aos contornos políticos e
sociais de um momento histórico. Deriva do antigo conceito de "boa ordem da sociedade",
imposta pelo Estado Império, passando ao "Estado de Polícia", no período de influência da
nacional socialista alemã (que perdurou até a década de cinquenta no Brasil, e com reflexos
durante o regime militar), recrudesce o "poder" no auge do liberalismo, ao tempo do Estado
liberal, e sofre transformações de conceitos no período do Estado intervencionista,
estendendo suas ações ao controle da ordem econômica e social.
O poder de polícia, deste modo, não se limitaria mais a assegurar a ordem pública, na visão de
uma polícia de segurança, mas estenderia suas ações a limitar ou disciplinar direitos
individuais, ajustando-os ao interesse e ao bem-estar público.
Hoje, poderíamos dizer que o poder de polícia está, necessária e obrigatoriamente, atrelado às
normas constitucionais. O Estado é obrigado a agir “com o objetivo de adequar o exercício dos
direitos individuais ao bem-estar geral"(Maria Sylvia Zanella di Pietro). Diríamos, então, que a
antiga expressão "poder de polícia" passa a ser, nos tempos modernos, um "dever de polícia",
uma obrigação jurídica e administrativa de cuidar do interesse público, consoante os vetores
constitucionais instituídos.
Existe uma distinção clara entre o poder de polícia administrativa, ora tratada, e o poder de
polícia judiciária. O primeiro tem um caráter essencialmente preventivo, ou até mesmo
educativo, enquanto o segundo age de forma repressiva. O primeiro procura impedir as ações
antissociais, e o segundo a punir os infratores da lei penal, como diz Maria Sylvia Zanella di
Pietro. Isso não quer dizer que o poder de polícia administrativa não pode punir o infrator,
como interditar um estabelecimento ou embargar uma obra, ou mesmo apreender uma
mercadoria deteriorada, mas as punições são provocadas em razão de atos ilícitos
administrativos, atos que afrontam a legislação administrativa. Quando, porém, a ação ilícita
for de natureza penal, a competência de agir pertence à polícia judiciária. Evidente, porém,
que há situações em que o ilícito pode afrontar tanto a legislação administrativa quanto penal,
quando, então, a ação deflagrada, se não for conjunta, deve ter os seus resultados
comunicados ao outro poder policial, para que este cumpra a sua missão. Não compete, assim,
aos Agentes Fiscais de Poder de Polícia Administrativa intervir em ações ilícitas de natureza
exclusivamente penal, como, por exemplo, apreender mercadorias contrabandeadas,
roubadas ou falsificadas. Tais ações são pertinentes aos policiais judiciários, a Polícia Militar ou
Civil. O máximo que se permite é uma ação desencadeada em conjunto, mas, mesmo assim, o
auto de apreensão e o boletim de ocorrência são documentos lavrados pela polícia judiciária.
Do mesmo modo, não cabe aos policiais judiciários ações puramente afetas aos agentes fiscais
administrativos, como exigir a apresentação de alvará dos estabelecimentos, ou exigir prova
de pagamento de tributos. Tais exigências são ilegais e arbitrárias, a não ser que façam parte
de um processo penal em curso.
Atribuições Municipais
Neste teor, compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu peculiar interesse e ao
bem-estar de sua população, notadamente: I – planejar o uso e a ocupação do solo;
VIII – regular o depósito de lixo domiciliar e industrial, fixando normas de coleta e transporte,
inclusive dos resíduos nocivos à saúde;
XII – regular o comércio e depósito de animais, inclusive a circulação destes nas vias públicas;
A Fiscalização Municipal
III – Autorização e controle de propagandas, placas e anúncios nas áreas públicas e frontais aos
imóveis;
Interessante lembrar que na Constituição Imperial de 1824, havia o dispositivo que dava
competência às Câmaras de Vereadores para "formação de suas posturas policiais",
conjugando normas de posturas ao poder de polícia. Com o surgimento de leis sobre matérias
específicas, o Código de Posturas sofreu um esvaziamento em sua abrangência original,
limitando-se a alguns aspectos da disciplina administrativa municipal. Os próprios Municípios
resolveram distribuir suas normas jurídicas por assuntos, criando o Código de Obras, o Código
de Zoneamento Urbanístico, o Código de Saúde Pública e outros códigos ou leis, cada um
tratando de sua matéria. Em conclusão, o Código de Posturas perdeu a magnitude da
importância de outrora, restringindo-se, praticamente, a regular o uso dos espaços públicos, o
funcionamento de estabelecimentos, a higiene e o sossego público. Há, entretanto, uma forte
corrente de administradores que pretende reativar a consolidação das normas municipais de
poder de polícia no Código de Posturas. Um dos motivos é a atual dispersão de leis, às vezes
até conflitantes entre si. Um dos exemplos é a proliferação de licenças de funcionamento de
estabelecimentos comerciais. Um estabelecimento para funcionar, e dependendo de sua
atividade, precisa obter de um mesmo Município, o Alvará de Funcionamento, o Alvará (ou
Assentamento) da Vigilância Sanitária, a Licença da Fiscalização do Meio Ambiente. E se a
atividade for transporte coletivo, adiciona- se a Licença da Fiscalização de Transportes. Ao
lembrarmos que o Alvará é uma licença que gera direitos ao seu possuidor, temos, no caso,
uma séria contradição. Afinal, se o Município liberou o Alvará de Funcionamento, a ausência
do Alvará de Vigilância Sanitária, por exemplo, poderia provocar a interdição do
estabelecimento? E vice-versa? O que ocorre, na verdade, é a intolerável briga interna de
poderes, motivada pela veleidade dos que administram os seus nichos de poder. Julgam esses
administradores que a sua autoridade está acima do interesse público, e quanto mais
exigências criam, mais poderosos ficam, politicamente. Do outro lado está o público, sofrendo
os dissabores de uma burocracia inconsequente.
I) Vigilância Sanitária nada tem a ver com a Secretaria de Saúde, onde, geralmente, está
lotada;
II) Alvará de Funcionamento nada tem a ver com a Secretaria de Finanças, onde, geralmente, é
liberado;
III) Fiscal de Obras nada tem a ver com a Secretaria de Obras Públicas, ou Secretaria de
Urbanismo, onde, geralmente, está lotado;
IV) Fiscal de Posturas nada tem a ver com a Secretaria de Finanças, onde, geralmente, está
lotado.
O melhor caminho seria a criação de uma Secretaria de Fiscalização de Poder de Polícia, onde
todos os Fiscais Municipais, exceto os tributários, que não são agentes de poder de polícia,
seriam agrupados, trabalhando dentro de um plano unificado de ações. Com isso, ganharia a
população, já sabendo onde procurar e encaminhar suas reivindicações. Os processos
correriam mais facilmente e as decisões seriam tomadas sob uma mesma base legal e sempre
pelo critério da impessoalidade. Outras distorções que normalmente ocorrem são:
A) Agente Fiscal não é, e nem foi preparado, para atuar como policial. O concurso público para
admissão de um Agente Fiscal é calcado nos conhecimentos jurídicos e técnicas de fiscalização.
Ao contrário do policial, não se exige do Agente Fiscal capacidade e adestramento físico e
militar.
E) Alvará de Funcionamento não é taxa; é uma licença a ser concedida pelo órgão responsável
de poder de polícia. O Alvará, portanto, não é de alçada fazendária, mas as taxas decorrentes
do poder de polícia, estas sim, devem ser lançadas, cobradas e fiscalizadas pelos Fiscais de
Tributos.
Mas, seguindo estas dicas, além de evitar danos e perdas, você aumenta a produtividade da
mão-de-obra e diminui bastante a desordem desta incômoda experiência.
Areia
Deve ser estocada no canteiro de obras, devidamente cercada por madeiras (local plano).
Cubra-a com uma lona de plástico.
Cimento
Por ser um material perecível (estocagem de 30 dias), estraga se ficar em contato com
umidade Forrar o lugar aonde vai colocar os sacos para evitar a umidade do solo.
Empilhe-o em local fechado e seco, sem retirá-lo de sua embalagem. Deve ser conservado na
sua embalagem fechada até a hora de ser usado.
O pó do cimento não é bom para a saúde das pessoas ou animais, por isso não o guarde em
lugares como quartos, canis, etc… A melhor forma de armazenar é em local seco, afastado da
parede no mínimo 30 centímetros, e sobre estrados de madeira, empilhando no máximo 10
sacos.
Tijolos e blocos
Empilhe-os de forma a não ultrapassar 1,50 m de altura. Cubra-os com uma lona.
Cal
Assim como o cimento, deve-se evitar sua compra em grandes quantidades (tempo de
estocagem: 30 dias). Compre aos poucos (conforme demanda).
Barras de aço
Podem ser armazenadas em locais abertos, se não ficarem expostas por muito tempo (até 90
dias).
Tubos e conexões
Pedras
Mestres de obra
Encarregados
Operários setoriais
Onde vário profissional tem acesso para trabalhar, desempenhando sua função.
Segurança do trabalho esta ligada diretamente com a organização do canteiro de obra, onde
cada material seja ele de uso diário ou estocagem sejam devidamente colocados em um
devido local de fácil acesso.
INTRODUÇÃO
Mediante o exposto, pode-se concluir que o produto final deverá ser o bom andamento da
obra e o impacto significativo no custo.
Para a organização de um canteiro de obras, alguns princípios básicos devem ser observados.
Ao se iniciar uma obra, deve-se sempre pensar na organização do canteiro de obras de Forma
a compor uma melhor maneira para os produtos. Esse cuidado agiliza a obra, e ao mesmo
tempo evita perdas, danos ou extravio de materiais. Nos dias atuais, em que a competitividade
é grande, a procura por novos procedimentos gerenciais, principalmente os de planejamento
de obras, poderão reduzir os custos da empresa a partir de um melhor aproveitamento dos
recursos disponíveis para a produção, bem como diminuir os investimentos ou o aporte de
recursos financeiros mediante estratégias de obra que não antecipem ou “estoquem serviços”,
evitando a mobilização de recursos financeiros na obra antes do necessário.
Caso se opte pela implantação dos pacotes fechados, como os que elaboram orçamento de
obras recomendam-se optar por aqueles que sejam flexíveis no trato da informação, que
permitam importar e exportar dados de um para outros aplicativos ou sistemas.
4.. A execução de uma obra é feita segundo um “sistema de produção”, o qual condiciona a
disposição dos diferentes componentes no respectivo canteiro de obras.
No caso da construção civil, o canteiro de obras pode se comparado com a produção industrial
fabril, ser classificado como uma fábrica móvel, diferindo da fábrica tradicional no sentido que
o produto resultante do processo de produção é único e estacionário, enquanto que os
insumos (mão-de-obra, materiais e equipamentos) é que se deslocam em torno do produto.
Segundo Ferreira (1998), o arranjo de um canteiro de obras inclui-se como uma das partes
mais importantes do planejamento da obra. Este arranjo resulta em desenhos detalhados das
locações e das áreas reservadas às instalações temporárias, respeitando suas origens, porém
objetivando um mesmo propósito, ou seja, o de fornecer suporte às atividades de construção.
Organização e limpeza
A regra básica é que lugar limpo não é aquele que mais se limpa, e sim, aquele que menos se
suja.
7) Quem pode elaborar um PCMAT? De acordo com a NR-18, somente poderá elaborar um
PCMAT profissional legalmente habilitado em Segurança do Trabalho.
1. Análise de projetos É a verificação dos projetos que serão utilizados para a construção, com
o intuito de conhecer quais serão os métodos construtivos, instalações e equipamentos que
farão parte da execução da obra.
2. Vistoria do local A vistoria no local da futura construção serve para complementar a análise
de projetos.
Esta visita fornecerá informações sobre as condições de trabalho que efetivamente serão
encontradas na execução da obra.
3. Reconhecimento e avaliação dos riscos Nesta etapa são feito o diagnóstico das condições
de trabalho encontradas no local da obra.
Surge, então, a avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos, para melhor adoção das medidas
de controle.
5. Implantação do programa
Elementos do canteiro.
De apoio à produção.
TRANSPORTE INTERNO
É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de
mão e giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão
causar conflitos quando excuta dos simultaneamente; e se o estoque de materiais de
acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais.
Elementos do canteiro entrada de água; Outros elementos entrada de luz; coleta de esgotos;
portão de materiais; portão de pessoal; “stand" de vendas. De complementação externas à
obra Diretrizes quanto aos elementos ligados à produção cuidado com interferências com
outros fluxos de material; número de betoneiras é função da demanda da obra por argamassas
(mesmo que a obra só demande uma, é conveniente ter uma menor para caso de
emergências);prever tablado para estoque dos sacos de aglomerante necessários para o dia de
trabalho;
Central de fôrmas.
Altura máxima do estoque sobre o terreno da ordem de 1,5 m;não estocar sobre laje
(sobrecarga).
Pode ser ao ar livre;evitar contato com solo (britas + caibros transversais);delimitar "baias"
para diferentes diâmetros;local próximo ao portão de materiais (no caso da não existência de
grua ou guindaste para transporte horizontal); nas proximidades do processamento
(corte/dobra/pré-montagem) das barras;evitar estocagem sobre lajes (sobrecarga);ordem de
grandeza de área: (3 x 13) m².
Estoques de compensados para formas próximo ao portão de materiais;próximo ao local de
confecção das fôrmas;evitar contato com solo e umidade (isolar do chão com caibros; cobrir
com lona);pilhas com no máximo 75 chapas; área da ordem de
20
Diretrizes quanto a outros elementos Ligações água, energia e esgoto tentar utilizar as já
existentes;compatibilização com projeto definitivo.
Portões de madeira largura não menor que 4,40 m;se possível criar mais de um para melhor
acessar diferentes partes do canteiro;observar localização do acesso definitivo ao subsolo do
edifício;procurar posição que não conflite com serviços futuros da obra.
Altura da ordem de 2,50 m;base em alvenaria para evitar degeneração da madeira por contato
com a umidade;boa aparência ("cartão de visitas" da obra).
Instalações Sanitárias NR - 181 lavatório, 1 vaso, 1 mictório, para cada 20 operários;1 chuveiro
para cada 10 operários;local do vaso: área mínima de 1 m²; local do chuveiro: área mínima de
0,80 m².
5. Resultados na obra
1. Terceirização
A terceirização caracteriza-se por uma prática comum, mas ainda existem dificuldades de
encontrar prestadoras de serviços com mão-de-obra especializada, compatível com a técnica e
a forma gerencial da empresa contratante. A busca pela qualidade, com a implementação do
PBQP-H e a disseminação das normas ISO 9001, caracteriza indícios de mudanças que levam as
empresas construtoras a exigirem qualidade das subcontratadas.
Uma boa parte dos custos fixos de uma construtora é transferida para a terceirização.
Entendendo que a terceirização obtém ganhos de produção, pode também reduzir os encargos
trabalhistas da construtora.
No canteiro de obras, a pressão pela redução de custos trabalhistas faz com que a construtora
pressione o empreiteiro; este faz o mesmo com sua mão-de-obra, não pagando devidamente
os custos trabalhistas, ou passa a selecionar uma mão-de-obra desqualificada, trazendo
consequências indesejáveis, tais como: valorização do profissional diminuída, seguida de
autofagia, desqualificação profissional e o
Desperdício de material.
A reciclagem desses resíduos pode ser um negócio lucrativo, já consolidado em outros países,
mas ainda nova no Brasil, em que se procura eliminar a nociva deposição do entulho no
canteiro de obras em locais comuns, como: rios, valas públicas, aterros sanitários, vias públicas
e, ao mesmo tempo, obtendo-se materiais de construção mais baratos e de boa qualidade.
Por isso, é imprescindível encontrar soluções para o problema do entulho, em formas práticas
de reciclagem na própria obra, ou em usinas montadas para esta finalidade.
As estatísticas vêem que a construção civil se constitui em uma das atividades econômicas que
mais produzem entulho e que, por esse motivo, o canteiro de obras pode se utilizar de entulho
gerado por esta obra, como material de construção na própria obra.
Segundo afirma Zordan (1990), o estudo de soluções práticas que apontem para a reutilização
do entulho, na própria construção civil, contribui para amenizar o problema urbano dos
depósitos clandestinos destes materiais, proporcionando melhorias do ponto de vista
ambiental, e introduz no mercado um novo material com grande potencialidade de uso.
Faz parte da cultura administrativa de um canteiro de obras o fato de que, durante a execução
da obra, o entulho gerado a partir de um determinado instante passa a ser um estorvo, ou
seja, um elemento estranho à obra. Mas, para o uso do entulho como material de construção
na obra, não se faz movimentos com entulhos recicláveis gerados, que são preliminarmente
deixados no próprio compartimento. Além disso,
O entulho que uma obra produz pode ser utilizado e consumido de forma reciclável, Dentro da
própria obra. O uso do entulho como material de construção em canteiro de obras é de forma
preponderante, inevitável e inadiável, pois de alguma forma, muito esforço há de ser feito no
sentido da conscientização de nossos construtores para o f ato de que todos ganham com a
reciclagem do entulho de obra, principalmente a natureza.
– Uma nova ótica de gerenciar práticas de reciclagem na própria obra, ou em usinas montadas
para esta finalidade.
As estatísticas vêem que a construção civil se constitui em uma das atividades econômicas que
mais produzem entulho e que, por esse motivo, o canteiro de obras pode se utilizar de entulho
gerado por esta obra, como material de construção na própria obra.
Segundo afirma Zordan (1990), o estudo de soluções práticas que apontem para a reutilização
do entulho, na própria construção civil, contribui para amenizar o problema urbano dos
depósitos clandestinos destes materiais, proporcionando melhorias do ponto de vista
ambiental, e introduz no mercado um novo material com grande potencialidade de uso.
Segundo Cardoso (op. cit.), as novas tecnologias estão incorporadas à realidade corrente,
deixando-se de lado o barro e o tijolo, passando-se a empregar materiais industrializados e
elementos arquitetônicos pré-fabricados, notando-se ainda que, desta maneira, antigas
formas de execuções de obras passaram a fazer parte do passado. Estas novidades fazem com
que os custos sejam reduzidos em até 20% e os prazos de obra em até 30%.
As paredes internas, no sistema drywall, são montadas com facilidade e são de manutenção
fácil: no caso de problemas com as instalações embutidas, basta cortar o painel, consertar e
fechar o corte. Para que isso aconteça é necessário e imprescindível que o projeto seja bem
elaborado. Essas inovações são hoje empregadas no canteiro de obras brasileiro (RJ e SP, por
exemplo).
Outras novidades são fachadas e varandas pré-moldadas, montadas e soldadas em apoios de
concreto instalados nas lajes. Banheiros e cozinhas chegam prontos nos canteiros, pois vêm do
fornecedor com piso, azulejos, louças, luminárias, torneiras, boxes, portas, saboneteiras,
chuveiro e sistemas elétrico-hidráulico. A fim de dar uma idéia da produtividade, em apenas
um dia, vinte banheiros ficam prontos, enquanto que, no sistema convencional, estes serviços
demandam meses.
Estas novas atitudes trazem um prazo de execução mais curto, possibilitando a entrega do
imóvel mais cedo do que o esperado. Mas, pelo mercado, há uma exigência que 50% do valor
do imóvel sejam pagos pelo proprietário até a entrega, o que desestimula a inovação e a
redução de prazos.
Neste aspecto, todas essas ações vão levar a uma produção enxuta, que, como define Hirota
(2000), é a denominação de uma nova concepção dos sistemas de produção.
Conclusão
Indústria da construção civil, em que a redução das perdas de material e o treinamento eficaz
da mão-de-obra permitem melhorar a competitividade das empresas, fator fundamental para
sua própria sobrevivência. Sobretudo em uma conjuntura econômica na qual as técnicas de
produção até então tradicionais dão lugar a novas metodologias que convergem com gestões
mais condizentes com a realidade.
A gestão deve ser cada vez mais profissional e profissionalizada, os objetivos claramente
estabelecidos, os planos cuidadosamente elaborados; a execução deve ocorrer em níveis
adequados de eficiência operacional e as avaliações de desempenhos e resultados precisam
apontar para a contribuição efetiva que cada produto, serviço e gasto trazem para a
consolidação de um desenvolvimento econômico saudável da
Esta visão do novo cenário de negócios é válida para empresas de todos os portes (micro,
pequenas, médias e grandes), pois a eficácia empresarial é requisito básico para a
sobrevivência e crescimento das entidades econômicas, principalmente aquelas cujo lucro de
forma perene é seu maior objetivo social.
Apesar dos empreendimentos imobiliários serem únicos, os processos necessários para o seu
desenvolvimento e gestão são, na prática, basicamente os mesmos. O importante é que a
empresa defina o seu método de gestão baseado em sua cultura técnica, estágio de
organização e recursos disponíveis, ou seja, vise sempre adequar as possibilidades da empresa
à realidade da obra, em que o tripé homem-equipamento-material deve ser gerido cada qual
com suas habilidades específicas, convergindo para um aumento real da produtividade.
O desafio maior do setor da construção civil é fazer certo logo na primeira vez, princípio
clássico da qualidade. Em outras palavras, é fundamental que haja eficácia nos procedimentos
empregados, isto é, saber escolher com responsabilidade o caminho certo para alcançar os
melhores resultados e implantá-los com sucesso.
Esta é a conclusão final deste artigo, na esperança de que o binômio certo-eficaz faça parte do
cotidiano das empresas de construção civil (setor de edificações), para que estas possam
despontar como um setor realmente produtivo, digno da dimensão da perenidade das grandes
obras de engenharia que produzem e da responsabilidade pelas vidas que abrigam.
Tabela Título
3.2 Dados para Antecipação ao Reconhecimento dos Riscos Fís. Quim. Biológicos 26
NR Norma regulamentadora
Será apresentado neste trabalho algumas noções práticas sobre Segurança e Higiene do
Trabalho, demonstrando sua grande importância no mercado competitivo atual, bem como as
ferramentas e equipamentos de proteção utilizadas para propiciar o ambiente seguro e
favorável ao profissional. Também será mostrado alguns cuidados, documentos e normas
obrigatórias exigidas por órgãos oficiais que devem ser rigorosamente cumpridas pelo
empregado e empregador. Outros aspectos a serem abordados serão as particularidades da
Construção Civil, sendo relatadas de um modo prático todas as etapas de uma obra,
salientando seus riscos e medidas preventivas.
1. INTRODUÇÃO
A construção é um dos ramos de atividade mais antigos do mundo, desde quando o homem
vivia em cavernas até os dias de hoje a indústria da construção passou por um grande processo
de transformação, seja na área de projetos, de materiais, de equipamentos, seja na área
pessoal. Nos últimos 200 anos grandes obras foram construídas, obras que hoje são símbolo
de muitas cidades e países, que se sobressaíram pela beleza, pelo tamanho, pelo custo, pela
dificuldade de construção, como também pelo arrojo do projeto. Podemos destacar muitas
que são conhecidas no mundo todo: “Hidroelétricas” de Itaipu, a Rodovia dos Imigrantes, a
cidade de Brasília, o Maracanã no Brasil, o Big Ben, na Inglaterra, a torre de Toronto no
Canadá, o canal no Panamá e centenas de outras grandes obras que foram executadas por
pessoas e empresas do ramo da construção.
Porém, não podemos nos esquecer que, em decorrência da construção de todas essas obras
tivemos a perda de milhares de vidas, provocadas por acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, causadas principalmente pela falta de controle do meio ambiente do trabalho do
processo produtivo e da orientação dos funcionários.
Esse Sistema para ser implantado necessita de planos e programas para que as empresas
tenham maior controle de seus processos, devendo padronizar as ações de segurança e saúde,
bem como capacitar os integrantes da empresa.
2. NOÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA NO TRABALHO
Isso faz concluir que ações devem ser implantadas em conjunto, pela integração dos
procedimentos da Qualidade, da Segurança e Saúde e do Meio Ambiente, num Sistema de
Gestão, que vise a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, assim como dos
processos, produtos, serviços e do meio ambiente.
2.1 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
A NR 18 foi criada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo,
SindusCon-SP, e reeditado após revisão em julho de 1995, as normas regulamentadoras
obrigatórias para a área da construção, a NR 18 – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na
Indústria da Construção, que constituem uma lista de verificação que norteiam as ações da
fiscalização do trabalho.
Se algum item da Norma não for aplicado, o Ministério do Trabalho aplicará uma multa que
varia de acordo com o número de empregados. Em caso de reincidência, resistência à
fiscalização ou uso de artifício para fraudar a Lei a multa será aplicada na forma do artigo 201,
parágrafo único da CLT.
18.3 PCMAT
18.5 Demolição
18.7 Carpintaria
18.15 Andaimes
18.28 Treinamento
18.33 CIPA
18.39 Glossário
Para que um sistema de segurança seja eficaz, seu conteúdo deve estar estruturado e
documentado de modo adequado. Qualquer empresa que tenha um Sistema de Gestão da
Segurança bem estabelecido, normalmente possui uma documentação apropriada e exigida
para o sistema.
c. Tipo de obra;
Endereço: Rua dos Atuns, n° 54 - Parque Residencial Aquarius – São José dos Campos/SP.
CNPJ: 00392356/0001-18
___________________________________
Assinatura do responsável
2.3.1 INTEGRAÇÃO
1
Os assuntos EPC’s e EPI’s serão abordados de forma detalhada posteriormente.
FICHA DE CONTROLE DE EPIs
Nome: Empresa:
Função: Setor:
Termo de compromisso:
Local, data
________________________________________
Assinatura do funcionário
• Nome e identificação;
• Setor;
• Local do treinamento;
• Nome do curso;
• Número do certificado;
• Nome do instrutor.
Eu ___________________________________________________________, recebi os
treinamentos sobre Riscos de Acidentes na SERRA e concordo em utilizar o Protetor Auricular e
a Viseira, conforme as exigências da NR- 6 (EPI)
Estou ciente também que meu instrumento de trabalho, ou seja, a Serra Circular deve seguir
as exigências da NR- 18.7.2 abaixo:
• Ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferior, anterior e posterior,
construída em madeira resistente, ou material metálico resistente, sem irregularidade com
dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;
• O disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar:
trincas, dentes quebrados e empenamento;
• Ser provida de coifa, protetor de disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e
ainda coletor de serragem.
18.7.3 - Nas Operações de corte de madeira devem ser utilizados dispositivos empurrados e
guia de alinhamento.
____/____/____
_________________________________________
Ass. do funcionário
Figura 2.3 Exemplo de documentação de Termo de Responsabilidade
Os EPC’s - Equipamento de Proteção Coletiva - visam a proteção contra riscos comuns e gerais
que possam afetar várias pessoas e adjacências da obra. Também enfocam o conceito de
mudanças de atitudes, comportamentos, hábitos e modos de executar os serviços.
São citados como exemplos de EPC’s as telas protetoras, as bandejas, o tapume, a proteção de
máquinas e equipamentos, etc.
“Os empregadores cujo número de empregados seja superior a 100, deverão providenciar a
organização em seus estabelecimentos de comissões internas, com representantes dos
empregados, para o fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes,
apresentar sugestões quanto a orientação e fiscalização de medidas de prevenção ao
trabalhador, realizar palestras instrutivas, propor a instituição de concursos e prêmios e tomar
outras providências tendentes a educar o empregado na prática de prevenir acidentes”
A CIPA nada mais é do que um grupo de pessoas que tem a incumbência de prever e impedir
qualquer ocorrência imprevista e sem intenção que possa causar danos ou prejuízos à
propriedade ou à pessoa, porém restrito à própria empresa.
Para conseguir alcançar seus objetivos, o cipeiro deve estar disposto a participar do
treinamento para adquirir conhecimentos específicos, ter uma atitude receptiva quanto à
prevenção de acidentes junto aos colegas de trabalho e buscar e propor soluções para os
problemas inerentes a acidentes.
3. PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Se por qualquer razão, for necessária a realização de algumas alterações nos trabalhos de
execução da obra, com relação ao que estava estabelecido no princípio, terão que ser
estudados os aspectos de segurança e saúde, tomando as medidas necessárias para que essas
mudanças não gerem riscos imprevisíveis.
• Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses riscos e acidentes
e doenças.
3.2 LEGISLAÇÃO
O PPRA possui uma sequência de atividades que visa uma organização melhor para se tomar as
medidas necessárias para sua execução.
• Avaliação os riscos
• Programa de treinamento
• Avaliação do PPRA.
Meses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Etapas
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3
Etapa 4
Etapa 5
Etapa 6
Etapa 7
Etapa 8
As seguintes estratégias e ações devem ser utilizadas para o cumprimento das etapas
estabelecidas no regulamento.
Esta etapa tem como objetivo reconhecer os riscos ambientais existentes no interior da
empresa: identificação, localização e determinação das possíveis fontes geradoras, agente
ambiental, funções, número de trabalhadores expostos, caracterização de atividades e do tipo
de exposição, obtenção de dados existentes na Empresa e indicativos de possíveis danos
decorrentes do trabalho e dados disponíveis em literatura técnica relacionados aos possíveis
anos causa os pelos risos identificados.
Visa propor medidas para eliminar, minimizar ou controlar os riscos levantados anteriormente.
Tais propostas de melhorias devem estar dispostas em um cronograma com definições dos
prazos e realização, juntamente com o visto do responsável.
3.3.6 IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE E TREINAMENTO
Avaliar com equipamentos de medição os riscos ambientais e tomar medidas preventivas para
minimizar esses riscos;
Todos os dados e resultados obtidos através do PPRA, serão arquivados pelos processos
manual e informatizado. Os mesmos devem ser mantidos por um período mínimo de 20 ano,
devendo estar sempre disponível aos trabalhadores interessados, CIPA ou às autoridades
competentes.
A divulgação dos dados e resultados deverá ser feita através os seguintes relatórios:
O PPRA deve ser realizado em todas as etapas estabelecidas no planejamento. O ano seguinte
da implantação do PPRA será reservado para avaliação do desenvolvimento. Deve ser
confeccionado um relatório no final do ano com o objetivo de se obter informações que serão
utilizadas para novos ajustes, se necessários, e estabelecimentos de novas metas e
prioridades.
A Tabela 3.2 apresenta dados para Antecipação ao Reconhecimento dos Riscos Físicos -
Químicos – Biológicos
FUNÇÃO OPERAÇÃO RISCO AGENTE FONTE MEDIDAS MEDIDAS
GERADORA PROPOSTAS
EXISTENTE
S
quinas e Periferias,
aberturas de Atenção no
equipa
pisos e trabalho
mentos trabalhos em
elétricos; Uso de
altura cinto de
segurança
tipo para-
Aterramento quedista
dos mesmos. acima de
2m.
Assentament
o de louças
Armador Montagem Físico Ruído Policorte Uso de Realizar
de vigas e protetor medições de
pilares 92 dB(A) auricular ruído
Manuseio de
policorte
Dobragem e Queda de
corte de Uso de Atenção no
altura cinto de trabalho
vergalhões Acidente Periferias,
aberturas de segurança
pisos e tipo para-
trabalhos em quedista
altura acima de
2m.
Tabela 3.2 Dados para Antecipação ao Reconhecimento dos Riscos Físicos - Químicos –
Biológicos
Manutenção do
PCMSO
C Empresa Dep.
Médico
Educação
Continuada do
Pessoal C Work Seg
Monitoramento
do Agente físico-
ruído C Work Seg
Intensificar
manutenção nos
equipamentos C Empresa
para reduzir
intensidade e
ruído local
É um programa bem sucedido que foi implantado no Japão na década de 70, quando houve
necessidade de aprimorar e melhorar a qualidade de seus produtos e serviços frente à
concorrência mundial.
Este programa foi trazido ao Brasil onde sofreu adaptações para atender as necessidades
brasileiras. Uma vez implantado não tem prazo para terminar, pois proporciona a melhoria
constante da qualidade de tudo que executamos dentro e fora da empresa.
Organização, ordem ,limpeza, higiene e disciplina são palavras que em japonês começam com
a letra/som de “s”, daí o programa chamar- se “5 S”.
O trabalho é um esporte de equipe. Existem os técnicos que orientam , outros são jogadores e
alguns atuam com apoio, mas precisam cumprir suas tarefas da melhor forma se o time quiser
ganhar. Nos times que são campeões , todos sabem exatamente o que fazer.
1º S - Arrumação (SEIRI)
Significado:
2º S - Ordem (SEITON)
Significado:
• Arrumar significa colocar as coisas nos lugares certos ou depósitos de forma correta, para
que possam ser usadas prontamente. É a forma de acabar com a procura de objetos;
• Depois que tudo estiver no lugar certo, de forma a garantir a qualidade e a segurança, seu
local de trabalho estará em ordem.
3º S - Limpeza (SEISHON)
É manter as coisas que se utilizam limpas, o desafio é não sujar para não limpar.
Significado:
• Eliminar lixo, sujeira e todos os materiais de descarte que não são mais utilizáveis;
4º S - Higiene (SEIKTSU)
A primeira coisa que observamos em uma pessoa é a sua aparência física, a limpeza nos locais
de trabalho e em sua casa.
Significado:
• Além de saudável, ser higiênico é a apresentação aos nossos clientes, amigos, etc.
5º S - Autodisciplina (SHITSUKE)
Todos devem ter o hábito de seguir as regras estabelecidas e decisões tomadas para
aperfeiçoar as operações.
Significado:
Por parte do pessoal contratado alguns traços também são marcantes. A construção civil
emprega atualmente um grande número de pessoas com baixa escolaridade pouca
qualificação e grande parte dessas pessoas contratadas provêm do meio rural. São pessoas
que buscam na cidade a realização de seus sonhos. A rotatividade de pessoal é muito elevada,
provocada pelas oscilações da demanda, pelas diferentes fases da obra e também pelo próprio
trabalhador que busca novas oportunidades em outros locais de trabalho.
Outro aspecto importante a ser destacado é a competitividade de mercado que faz com que as
empresas necessitem melhorar cada vez mais a qualidade de seus produtos e serviços e
aumentar a produtividade. Na busca da melhoria da qualidade e do aumento da produtividade
saúde e segurança do trabalho são fundamentais, assim como, para promover a melhoria da
qualidade de vida dos trabalhadores.
O custo das instalações sanitárias eficientes difere muito pouco do de instalações inadequadas
e precárias. Basta que se empregue o bom senso na sua concepção e construção.
Vestiários - Nos canteiros em que trabalham operários não residentes na obra, é necessária a
construção de vestiários, conforme o item 18.4.2.9 na NR 18. Estes devem ser dotados de
armários individuais com fechamento ou cadeado. É importante que garantam segurança a
seus usuários, visto que o problema mais comum em vestiário é a ocorrência de
arrombamentos e furtos. É aconselhável que os armários sejam metálicos, como os usados em
clubes, escolas e até mesmo em residências, pois são funcionais e resistentes.
Refeitórios - Um dos requisitos mais importantes do refeitório de canteiro de obras (item
18.4.2.11 da NR 18) é que tenha capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário
das refeições. Se o obra envolver muitos empregados, porém, não necessitará de um refeitório
que abrigue a todos ao mesmo tempo. Pode-se dividir o horário das refeições em dois turnos,
o que resultará em melhor atendimento e possibilitará a redução da área do refeitório. Vale
lembrar que os refeitórios devem ser bem iluminados e ventilados. Precisam dispor de
lavatórios para que os funcionários lavem as mãos antes e depois de comer. Além disso, é
necessário que os empregados sejam treinados quanto a noções de higiene e limpeza.
5.2 ESCAVAÇÕES
Nesta fase é realizada a movimentação de terra. Antes de iniciar esse trabalho deve ser
realizado um estudo prévio do terreno para identificar suas características e a existência de
galerias, canalizações, cabos elétricos, redes de abastecimento de água ou telefone e demais
instalações que exijam proteção.
Outros cuidados:
• Retirar ou escorar árvores, pedras grandes, ou qualquer objeto com risco de tombamento
durante a execução dos serviços;
• Escorar e proteger muros e edificações vizinhas que possam ser afetados pelas escavações;
• Construir rampa e vias de acesso para os caminhões que carregam o material escavado,
independentes de vias de acesso dos trabalhadores;
• O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância maior que a
metade de sua profundidade principalmente quando houver blocos de pedra;
• Todas as escavações com profundidade superior a um metro e meio devem ter escadas ou
rampas que permitam a saída rápida dos trabalhadores em caso de emergência;
• Nos casos de escavação manual os trabalhadores devem manter uma distância segura
entre si e nunca provocar a queda de material cavando por baixo;
• Entre as máquinas mais utilizadas nas escavações destaca-se a escavadeira, com seus
cuidados especiais, sendo inspecionada diariamente antes do início dos serviços e só
podendo ser operada por pessoas especializadas;
5.3 FUNDAÇÕES
A terceira fase corresponde aos trabalhos de fundação plana sobre o qual se assenta o alicerce
de uma construção. É uma fase de muitos riscos e que exigem cuidados indispensáveis.
Providências a serem tomadas:
• Acompanhar os trabalhos para identificar a presença de gases, coesão das paredes dos
tubulões e outros sinais de perigo;
• As escavações para tubulões a céu aberto devem ser cobertas sempre que houver
interrupção do serviço;
• Quando forem utilizados bate estacas, estes devem estar localizados distantes das
redes elétricas e sua manutenção só deve ser realizada quando o equipamento estiver
desligado;
• Não deve ser permitida a presença de pessoas não autorizadas nas proximidades do
equipamento em funcionamento.
5.4 ESTRUTURAS
É a fase mais longa da construção de edifícios e a que exige o maior número de trabalhadores.
A maior parte das atividades desta fase esta relacionada à montagem e colocação de
armações, montagem e desmontagem de formas, serviços de escoramentos e concretagem.
• A desforma só deve ser feita com acompanhamento de técnico responsável para evitar
que ocorra antes do tempo e deve haver isolamento do local abaixo;
• Os painéis externos das formas de periferia devem ser amarrados antes de serem
retirados;
• Os quadros móveis de tomadas usados durante esta fase devem ser feitos pelo
eletricista;
• O cinto de segurança deve ser usado por qualquer funcionário que trabalhar em
beirada de laje, independente de sua função;
5.5 ACABAMENTOS
Cuidados necessários:
• Iniciar a alvenaria do pavimento logo após a desforma, e trava-las logo após o seu
levantamento;
• Retirar o mais rápido possível a sobras de tijolos, massas e entulhos que caírem nas
escadas e demais vias de circulação;
5.5.1 USO ADEQUADO DOS EPI’s
• Para evitar intoxicação por inalação de vapores no uso de tintas, vernizes, diluentes e
outros agentes químicos devem ser utilizadas máscaras apropriadas;
• Na proteção das áreas de circulação, onde pode ocorrer queda de material, é indicado a
colocação de uma plataforma, conhecida por bandeja de proteção.
6. CONCLUSÃO
Para preservar a integridade física do funcionário deve-se investir na sua qualidade de vida,
isto é, propiciar um ambiente de trabalho com condições adequadas. Isto leva o trabalhador a
direcionar toda a sua potencialidade para uma melhor qualidade do processo ou produto. Esse
investimento deve ser através de treinamento, conscientização da necessidade do uso de EPI e
cuidados com o meio ambiente.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 1º. O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei.
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e
municipais pertinentes.
III - rede para o abastecimento de água potável; e (Incluído pela Lei nº 9.785,
de 1999)
Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que
sejam previamente saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;
CAPÍTULO II
Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente
mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica
ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos
órgãos públicos competentes;
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das
rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze)
metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; (Redação dada pela
Lei nº 10.932, de 2004)
o
§ 3 Se necessária, a reserva de faixa não-edificável vinculada a dutovias será exigida no
âmbito do respectivo licenciamento ambiental, observados critérios e parâmetros que garantam
a segurança da população e a proteção do meio ambiente, conforme estabelecido nas normas
técnicas pertinentes. (Incluído pela Lei nº 10.932, de 2004)
CAPÍTULO III
Do Projeto de Loteamento
V - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis.
III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de
tangência e ângulos centrais das vias;
III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de
registro do loteamento;
CAPÍTULO IV
Do Projeto de Desmembramento
CAPÍTULO V
Art. 12. O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura
Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das
diretrizes a que aludem os arts. 6º e 7º desta Lei, salvo a exceção prevista no artigo seguinte.
o
§ 1 O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do cronograma de
execução, sob pena de caducidade da aprovação. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
o o
§ 2 § 2 Nos Municípios inseridos no cadastro nacional de municípios com áreas
suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou
processos geológicos ou hidrológicos correlatos, a aprovação do projeto de que trata
o caput ficará vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de
aptidão à urbanização. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) (Vigência)
o
§ 3 É vedada a aprovação de projeto de loteamento e desmembramento em áreas de
risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em legislação dele
derivada. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no
inciso I do artigo anterior.
Art. 15. Os Estados estabelecerão, por decreto, as normas a que deverão submeter-se
os projetos de loteamento e desmembramento nas áreas previstas no art. 13, observadas as
disposições desta Lei.
Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a
edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial
descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do
loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo,
neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei.
CAPÍTULO VI
IV - certidões:
§ 1º - Os períodos referidos nos incisos III, alínea b e IV, alíneas a, e d, tomarão por base
a data do pedido de registro do loteamento, devendo todas elas serem extraídas em nome
daqueles que, nos mencionados períodos, tenham sido titulares de direitos reais sobre o
imóvel.
§ 2º - A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as
referentes a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do
loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão prejudicar
os adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente a comprovação
feita, suscitará a dúvida perante o juiz competente.
§ 3º - Nas capitais, a publicação do edital se fará no Diário Oficial do Estado e num dos
jornais de circulação diária. Nos demais municípios, a publicação se fará apenas num dos
jornais locais, se houver, ou, não havendo, em jornal da região.
Art. 20. O registro do loteamento será feito, por extrato, no livro próprio.
Parágrafo único - No Registro de Imóveis far-se-á o registro do loteamento, com uma
indicação para cada lote, a averbação das alterações, a abertura de ruas e praças e as áreas
destinadas a espaços livres ou a equipamentos urbanos.
Art. 21. Quando a área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária,
o registro será requerido primeiramente perante aquela em que estiver localizada a maior parte
da área loteada. Procedido o registro nessa circunscrição, o interessado requererá,
sucessivamente, o registro do loteamento em cada uma das demais, comprovando perante
cada qual o registro efetuado na anterior, até que o loteamento seja registrado em todas.
Denegado registro em qualquer das circunscrições, essa decisão será comunicada, pelo Oficial
do Registro de Imóveis, às demais para efeito de cancelamento dos registros feitos, salvo se
ocorrer a hipótese prevista no § 4º deste artigo.
§ 3º - Enquanto não procedidos todos os registros de que trata este artigo, considerar-se-
á o loteamento como não registrado para os efeitos desta Lei.
§ 2º - Nas hipóteses dos incisos Il e III, o Oficial do Registro de Imóveis fará publicar, em
resumo, edital do pedido de cancelamento, podendo este ser impugnado no prazo de 30 (trinta)
dias contados da data da última publicação. Findo esse prazo, com ou sem impugnação, o
processo será remetido ao juiz competente para homologação do pedido de cancelamento,
ouvido o Ministério Público.
§ 3º - A homologação de que trata o parágrafo anterior será precedida de vistoria judicial
destinada a comprovar a inexistência de adquirentes instalados na área loteada.
CAPÍTULO VII
Dos Contratos
III - descrição do lote ou dos lotes que forem objeto de compromissos, confrontações,
área e outras características;
VI - indicação sobre a quem incumbe o pagamento dos impostos e taxas incidentes sobre
o lote compromissado;
§ 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, será
obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário.
§ 1º Para fins deste artigo, terão o mesmo valor de pré-contrato a promessa de cessão, a
proposta de compra, a reserva de lote ou qualquer, outro instrumento, do qual conste a
manifestação da vontade das partes, a indicação do lote, o preço e modo de pagamento, e a
promessa de contratar.
§ 2º O registro de que trata este artigo não será procedido se a parte que o requereu não
comprovar haver cumprido a sua prestação, nem a oferecer na forma devida, salvo se ainda
não exigível.
Art. 29. Aquele que adquirir a propriedade loteada mediante ato inter vivos, ou por
sucessão causa mortis, sucederá o transmitente em todos os seus direitos e obrigações,
ficando obrigado a respeitar os compromissos de compra e venda ou as promessas de cessão,
em todas as suas cláusulas, sendo nula qualquer disposição em contrário, ressalvado o direito
do herdeiro ou legatário de renunciar à herança ou ao legado.
Art. 30. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não
rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que
tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou insolvência for do
proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao
administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos
serão levados à praça.
Art. 31. O contrato particular pode ser transferido por simples trespasse, lançado no
verso das vias em poder das partes, ou por instrumento em separado, declarando-se o número
do registro do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do cessionário, para o devido
registro.
§ 1º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus efeitos
só se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a
cessão.
§ 2º - Uma vez registrada a cessão, feita sem anuência do loteador, o Oficial do Registro
dar-lhe-á ciência, por escrito, dentro de 10 (dez) dias.
Art. 32. Vencida e não paga a prestação, o contrato será considerado rescindido 30
(trinta) dias depois de constituído em mora o devedor.
Disposições Gerais
Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento
do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito.
Art. 40. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, se desatendida
pelo loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou desmembramento não autorizado
ou executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença, para evitar
lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes
de lotes.
Art. 42. Nas desapropriações não serão considerados como loteados ou loteáveis, para
fins de indenização, os terrenos ainda não vendidos ou compromissados, objeto de loteamento
ou desmembramento não registrado.
Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Estado poderão expropriar áreas urbanas ou
de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, ressalvada a
preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades.
Art. 45. O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes
legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com restrições
legais ou contratuais.
Art. 46. O loteador não poderá fundamentar qualquer ação ou defesa na presente Lei
sem apresentação dos registros e contratos a que ela se refere.
Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico ou financeiro, qualquer pessoa física ou
jurídica desse grupo, beneficiária de qualquer forma do loteamento ou desmembramento
irregular, será solidariamente responsável pelos prejuízos por ele causados aos compradores
de lotes e ao Poder Público.
Art. 48. O foro competente para os procedimentos judiciais previstos nesta Lei será o da
comarca da situação do lote.
Art. 49. As intimações e notificações previstas nesta Lei deverão ser feitas pessoalmente
ao intimado ou notificado, que assinará o comprovante do recebimento, e poderão igualmente
ser promovidas por meio dos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos da Comarca da
situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-las.
§ 1º Se o destinatário se recusar a dar recibo ou se furtar ao recebimento, ou se for
desconhecido o seu paradeiro, o funcionário incumbido da diligência informará esta
circunstância ao Oficial competente que a certificará, sob sua responsabilidade.
CAPÍTULO IX
Disposições Penais
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de 10 (dez) a 100 (cem) vezes o
maior salário mínimo vigente no País.
Art. 51. Quem, de qualquer modo, concorra para a prática dos crimes previstos no artigo
anterior desta Lei incide nas penas a estes cominadas, considerados em especial os atos
praticados na qualidade de mandatário de loteador, diretor ou gerente de sociedade.
Disposições Finais
Art. 53. Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos dependerão de prévia
audiência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Órgão
Metropolitano, se houver, onde se localiza o Município, e da aprovação da Prefeitura municipal,
ou do Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigências da legislação pertinente.
Parágrafo único. Às ações e intervenções de que trata este artigo não será
exigível documentação que não seja a mínima necessária e indispensável aos
registros no cartório competente, inclusive sob a forma de certidões, vedadas
as exigências e as sanções pertinentes aos particulares, especialmente
aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem
prevenir questões de domínio de glebas, que se presumirão asseguradas pelo
Poder Público respectivo. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999)
JOÃO FIGUEIREDO
Petrônio Portella
Angelo Amaury Stábile
Mário David Andreazza