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Sistema de apoio a

decisões - SAD

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 1


SAD - SISTEMA DE APOIO A DECISÕES

AULA 1
Tomada de decisões nas empresas
A empresa pode ser considerada um sistema de decisões em que todos os
membros estão continuamente tomando alguma decisão, sendo impossível pensar a
organização sem considerar a ocorrência constante do processo decisório.
Assim sendo, podemos concluir que, a tomada de decisão é uma das principais
funções do administrador, se não é a principal. E sempre ocorre em reação a um
problema ou oportunidade percebida.
No passado, as decisões restringiam-se à direção (alta administração). À medida
que as informações passaram a estar disponíveis nos demais níveis (Figura 1) pelo
crescimento dos sistemas de informação, as decisões foram descentralizadas, ficando
a cargo dos gestores de cada nível (administração operacional, administração tática e
administração estratégica).

Figura 1. Níveis hierárquicos.

Conforme podemos constatar analisando a Figura 2, durante a década de 1950, os


sistemas eram estritamente técnicos e visavam a apoiar as atividades operacionais da
empresa. Entre as décadas de 1960 e 1980, os sistemas evoluíram e passaram a apoiar
as atividades de controle gerencial, dando subsídios aos tomadores de decisão
(inicialmente de nível médio). A partir da década de 1990, os sistemas passaram a
apoiar decisões da alta administração, dando sustentação ao posicionamento
estratégico da empresa no mercado. Dessa forma, os sistemas de informação passam

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a abranger a empresa como um todo, nos três níveis da pirâmide, conforme ilustrado
na imagem acima.

Figura 2. Linha do tempo

As decisões costumam ser classificadas de acordo com o tipo de problema a que estão
relacionadas. Assim sendo; temos as decisões:

• Estruturadas;
• Semiestruturadas;
• Não estruturadas.

As decisões estruturadas ou decisões operacionais estão diretamente ligadas à


gerencia operacional e envolvem os problemas rotineiros cujas atividades são
repetitivas e conhecidas. Envolvem problemas operacionais bem definidos e decisões
que se repetem ao longo do tempo. Como exemplo desse tipo de decisão, podemos
citar:

• Quanto precisamos ter em caixa para as despesas do dia?


• Qual minha previsão de faturamento?
• Temos estoque suficiente para produzir as peças?
• Quantos operários são necessários para atender à demanda das tarefas?

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O tipo de sistema que oferece subsídios a esse tipo de decisão são os Sistemas de
Informação Gerencial (SIG), que, em geral, respondem a questões do tipo:

• Qual o orçamento anual?


• Como programar a produção para atender aos pedidos mensais?

O gestor das unidades de negócio lida eventualmente com outros tipos de decisões,
as semiestruturadas, relacionadas a problemas em que as operações são conhecidas,
mas não se tem conhecimento total das variáveis que interferem nos resultados. Nesse
tipo de decisão, somente parte do problema possui resposta clara e fornecida por um
procedimento já aceito. O tipo de sistema que oferece subsídios a esse tipo de decisão
é o objeto de nossa disciplina: Sistema de Apoio à Decisão (SAD).

Como exemplo desse tipo de decisão em problemas que lidam com dados
semiestruturados, podemos destacar:

• Qual o impacto no preço de venda se o custo de um componente for elevado


em 10%?
• Por que os pedidos estão declinando nos últimos 6 (seis) meses?

O terceiro tipo de decisão envolve aquelas relacionadas à alta administração da


organização, envolvendo o conselho de diretores, diretores executivos e presidência.
São decisões relacionadas a estratégias, políticas e objetivos da organização,
envolvendo situações específicas e frequentemente únicas e sem precedentes, tendo
como características:

• Necessitam de muito julgamento humano;


• Requerem acessos a dados externos para análise do contexto, além, claro, de
dados da corporação (internos);
• São decisões que envolvem problemas originais.

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Entre os exemplos de decisão que envolvem esse nível, podemos destacar:

• Devemos lançar esse novo produto?


• Devemos entrar nesse novo mercado?
• Devemos descontinuar algum produto?
• Devemos permanecer nesse mercado?
O processo de tomada de decisão, que, em última análise, se refere à escolha entre
diferentes cursos de ação alternativos, tem duas abordagens: reativa e proativa. Na
abordagem reativa, o tomador de decisão age após a ocorrência do problema, o que
pode ser complicado na medida em que os estragos já podem ter acontecido. Na
abordagem proativa, as atividades são monitoradas, e os problemas podem ser
descobertos antes mesmo de acontecerem, causando menos danos à empresa.

Mas, independentemente da abordagem, é preciso estar ciente de que o processo de


tomada de decisão envolve riscos que são inerentes à própria decisão e ao processo
de tomada de decisão.

A Figura 3 apresenta os cinco passos de um processo genérico de tomada de decisão


que não garante o sucesso das decisões tomadas, mas permite maior lógica e
coerência na condução do processo, mitigando os possíveis erros.

Figura 3. Processo da tomada de decisão

Fase 1: Identificação do problema. O sintoma se dá através uma insatisfação,


problema ou desafio que afete a empresa e/ou uma unidade de negócio. O objetivo
principal da fase é o entendimento da situação. Nesse contexto, existem duas

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ferramentas que ajudam na identificação das causas e possíveis consequências do
problema, insatisfação ou desafio.

• O Diagrama de Ishikawa (ou espinha de peixe), cuja finalidade é organizar o


raciocínio sobre as causas do problema, que são efeitos de uma situação
indesejada. A Figura 4 ilustra o uso do diagrama, considerando o problema
“produto com defeito” e avaliando as possíveis causas desse problema. Pelo
diagrama, os problemas têm origem nos equipamentos da produção
(máquinas), na mão de obra (pessoal), nos métodos de produção e nos
materiais usados. Para cada um desses grupos, são descritas as possíveis
causas. Por exemplo, uma possível causa será a obsolescência dos
equipamentos ou a falta de manutenção nos mesmos (grupo máquinas);

Figura 4. Diagrama de Ishikawa

• Diagrama de Pareto (80-20), cujo objetivo é permitir a seleção das prioridades


quando temos grande número de problemas e desejamos saber as causas mais
críticas. A regra de Pareto diz:
o 20% das causas (poucas causas significativas) geram 80% dos efeitos;
o 80% das causas (muitas causas insignificantes) geram 20 % dos efeitos.

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Assim sendo, vale concentrar os esforços de ajustes nos 20% das causas mais
significativas. A Figura 5 a seguir ilustra uma aplicação do diagrama de Pareto,
em que analisamos as causas mais significativas para o problema “perdas na
produção”. Pelo gráfico abaixo, podemos inferir que as causas “variação na
operação anterior”, “variação no ajuste da máquina” e “ajuste no rolo do
laminador” representam 80% das incidências do problema. Se resolvermos
esses itens, teremos solucionado 80% das causas do problema.

Figura 5. Diagrama de Pareto

Fase 2: Criação de alternativas. Nesse momento do processo de tomada de


decisão, devemos nos ater à enumeração de toda solução do problema que seja viável
de ser implementada. Ou seja, o foco é a geração de ideias, e para tal duas técnicas
podem ser usadas:

• Brainstorm (tempestade de ideias). Nessa técnica, um grupo de pessoas se


reúne, de forma sistemática, para ter e discutir ideias sobre determinado
problema.
• As ideias devem ser geradas sem crítica e podem ser associadas entre
si.

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• Na medida em que já haja um número suficiente, o processo é
interrompido e as ideias são agrupadas em categorias para serem
avaliadas;
• Brainwriting (escrita de ideias). Essa técnica é uma variação do Brainstorm, em
que a interação para discussão das ideias é feita por escrito, sem comunicação
verbal. As ideias podem ser compartilhadas por escrito.
• A troca ocorre até o esgotamento de ideias, e na sequência cada uma é
analisada e ponderada.

Fase 3: Avaliação das alternativas e seleção. Nesse momento, ocorre a avaliação,


ou seja, o julgamento de cada solução alternativa relacionada como viável. Aqui, deve-
se analisar os pontos fortes (vantagens) e fracos (desvantagens) de cada alternativa,
comparando com os critérios de seleção e pesos (dos critérios) estabelecidos
previamente. A solução escolhida será aquela que obtiver a melhor ponderação de
critérios e pesos, ou seja, a melhor nota.

Fase 4: Implementação da solução escolhida. É o momento de implementar a


solução oriunda da decisão, devendo-se tomar alguns cuidados: transmitir a decisão a
todos os possíveis afetados pela mesma para que se possa buscar o comprometimento
de todos os envolvidos.

Fase 5: Feedback (avaliação). É fundamental que seja avaliada a efetividade da


solução escolhida e implementada. Em geral, temos, nesse momento, questões que
devem ser respondidas:

• O problema foi resolvido com a solução implementada?


• Os objetivos, com a implementação da solução, foram atingidos?

Caso seja constatado que o problema não foi solucionado, devemos avaliar e encontrar
os motivos do insucesso. Algumas questões que podem ajudar nesse momento:
• O problema foi identificado adequadamente?
• Houve erro na avaliação das alternativas (será que havia outra mais aderente)?
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• A solução escolhida foi implementada de forma inadequada?

Pode-se concluir que todo o processo precise ser reiniciado ou apenas a partir de
determinada fase conforme respostas às questões acima.

A cada dia que passa, percebe-se, com mais clareza, que as decisões são cada vez
mais difíceis, na medida em que os prejuízos podem ser desastrosos. Abaixo, alguns
fatores que podem explicar essa dificuldade cada vez maior no processo decisório:

• Cresce o número de soluções alternativas;


• Consequentemente, cresce o número de pesquisas e comparações para
identificarmos a melhor solução;
• As decisões são tomadas cada vez sob mais pressão;
• As decisões estão a cada dia mais complexas devido às incertezas do
ambiente;
• Crescem as decisões em grupos, com os tomadores de decisão fisicamente
distantes muitas das vezes (efeito da globalização);
• Não existe decisão perfeita na medida em que nem sempre é possível
analisar todos os cenários e variáveis (risco);
• Ao optar por uma alternativa, renunciamos às demais.

A seguir, as considerações finais diante do exposto:

• Nas decisões, os gestores devem combinar razão (análise) e intuição (pela


experiência);
• Quanto mais informações forem colhidas no processo decisório, maiores são as
chances de uma decisão mais racional;
• Em contrapartida, quanto mais opinião e sentimento houver como base da
tomada de decisão, mais intuitiva a mesma será;
• O tomador de decisão não pode delegar decisão, pois quem decidir terá de
arcar com todas as consequências;

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• A decisão é uma atividade passível de erros, posto que sofrerá influência das
características pessoais do tomador de decisão. Assim sendo, para minimizar os
erros, o processo de tomada de decisão deve ser apoiado por sistemas de
informação em um processo organizado.

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Bibliografia
CERTO, S. C.; Tomada de decisões. In:____________. Administração moderna. 9.
São Paulo: Pearson, 2005, p. 123-145.

LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a


empresa digital. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 303-307.

TURBAN, E. et al. Administração de tecnologia da informação – teoria e prática.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 358-364.

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AULA 2
SAD – Conceituando os Sistemas de Apoio à Decisão - SAD

Concluímos a aula anterior frisando a necessidade de um sistema de informação,


em um processo organizado, que apoie a tomada de decisão em função da
subjetividade inerente ao ser humano e da necessidade em minimizar os erros
decorrentes dessa possível análise subjetiva. Além disso, a necessidade dos
sistemas de informação, nesse contexto, justifica-se pelo grande número de
informações que circulam dentro e fora da organização – e também por viabilizar
o uso de técnicas complexas que facilitam a análise e os estudos dos problemas
semiestruturados.

O tipo de sistema de informação que oferece esse apoio ao tomador de decisão é


o SAD, Sistema de Apoio à Decisão, que tem por objetivos principais:

• Melhorar a qualidade, eficácia e eficiência do processo decisório, subsidiando


o tomador de decisão;
• Economizar tempo no processo de tomada de decisão;
• Viabilizar ao administrador apenas as informações necessárias para que
possa analisar a situação em questão (devidamente contextualizada).

A Figura 6 a seguir ilustra o contexto de aplicação do SAD, apoiando a


administração tática em decisões sobre problemas semiestruturados, enquanto o
SIG (sistemas de informação gerencial) apoia o mesmo nível, mas abrangendo os
problemas estruturados. A visão representada pela imagem não é uma
unanimidade entre os diferentes autores do tema, que por vezes entendem e
classificam o SAD em diferentes níveis da pirâmide organizacional. Essa disciplina
classifica o uso do SAD de acordo com o tipo de problema; nesse caso, os que
lidam com dados semiestruturados.

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Figura 6. Aplicação do SAD

Um dos autores do tema, Denis Alcides Rezende, juntamente com Aline França de
Abreu, define o conceito de SAD, em sua obra Tecnologia da informação
aplicada a sistemas de informações gerenciais, da seguinte forma:

Os Sistemas de Apoio à Decisão são tecnologias fundamentais para a evolução do


processo de tomada de decisão nas empresas modernas e usuárias de informações
oportunas. Essas empresas estão dentro da nova realidade empresarial em que suas
atividades empresariais e as necessidades dos clientes estão em constantes
mutações, o que torna as decisões um fator de suma importância. Esses sistemas
devem acompanhar essa tendência, sendo flexíveis e adaptáveis no meio onde a
empresa se encontra. (REZENDE; ABREU, p. 185)

Para que possamos compreender o SAD, vamos citar e comentar algumas de suas
características mais relevantes:

• Processa grande volume de dados;


• Uso de múltiplas fontes de dados (internas e externas)
• Internas: relatórios gerenciais, planilhas, e-mails, documentos
(impressos e digitais);
• Externas: jornais, revistas, sites;
• Possibilita análises com base em simulações e seus impactos nos resultados;

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• Devem poder ser adaptativos ao longo do tempo, e ao mesmo tempo flexíveis,
para que os seus utilizadores possam acrescentar, eliminar ou mudar certos
elementos;
• Apoia a solução de problemas semiestruturados, em que as operações são
conhecidas, mas não se tem conhecimento total das variáveis de interferência
nos resultados; somente parte do problema possui resposta clara e fornecida
por um procedimento já aceito. E ajuda na decisão de problemas do tipo:
• Qual o impacto no preço de venda se o custo de um componente for
elevado em 10%?
• Por que os pedidos estão declinando há 6 meses?
• O SAD deve ser de fácil utilização, com recursos gráficos e com uma interface
eficiente;
• O SAD deve ajudar ao gestor nas fases do processo decisório e não substitui-
lo. Esse é um ponto de divergência da tendência do SAD: uso de tecnologias
de inteligência artificial, tentando fazer as vezes do tomador de decisão, o que
gera desconfiança de muitos gestores por desconhecerem o processo usado
pelos sistemas inteligentes (baseado em conhecimento);
• O SAD inicialmente era orientado a modelos, depois passou a ser orientado
a dados (com processamento OLAP e mineração de dados); hoje, a tendência
é de uso com sistemas especialistas e outras tecnologias de
inteligência artificial – automatizando o processo como um todo e dando
espaço para mudança de sua característica: apoiar e não substituir o tomador
de decisão;
• SAD pode ser aplicado em qualquer área do conhecimento.

A seguir, vamos citar exemplos de uso do SAD em diferentes unidades organizacionais


(departamentos, setores etc.) das empresas.

• Finanças e contabilidade: análise da lucratividade (baseada em modelos


financeiros), do ponto de equilíbrio, orçamento e previsão financeira. Em
empresas de varejo, podemos usar para análise da carteira de clientes e
recomendações de investimentos;
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• RH: análise de custos da contratação de pessoal ou planos alternativos de
remuneração;
• Produção: gerenciamento da cadeia de suprimento, otimização da
produção, logística, programação de entrega e alocação de estoques;
• Marketing e vendas: determinação do preço, previsão de vendas,
campanhas publicitárias e promocionais. Uso forte para gerenciamento do
relacionamento com clientes para analisar modelos de compras, clientes
mais lucrativos.

Entre as vantagens e desvantagens do SAD, merecem destaque:

Vantagens

• Maior rapidez, favorecendo decisões mais eficazes e eficientes,


consequentemente aumentando a possibilidade de assertividade da decisão;
• Redução de custos;
• Aumento na qualidade da decisão (encontro do valor ótimo para o problema) e
a possiblidade de usar experiências anteriores devidamente explicitadas no
software;
• Facilita a comunicação entre os tomadores de decisão;
• Promove o aprendizado, fortalecendo a competência organizacional na medida
em que as soluções ficam explicitadas no sistema e o processo devidamente
automatizado;
• Torna-se uma vantagem competitiva sobre a concorrência.

Desvantagens

• Alto custo para implantação do SAD, dependendo de sua abrangência e das


tecnologias usadas;
• Complexidade do software SAD, com pouca mão de obra disponível no
mercado;

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• Difícil adaptação a outras realidades, o que dificulta uma solução que atenda a
várias empresas, na medida em que os problemas são contextualizados.

Abaixo, exemplos de problemas que o SAD ajuda a responder:

• Qual a relação entre a satisfação dos clientes e os resultados de negócio e a


lucratividade?
• Os clientes mais satisfeitos são os mais rentáveis?
• Nossos estoques estão otimizados?
• Qual a posição de contas a receber x endividamento da empresa?

Bibliografia
LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a
empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 303-307.

RESENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da Informação aplicada a sistemas


empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas
empresas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 185-187.

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AULA 3
Estrutura e componentes do SAD

Conforme ilustrado pela Figura 7 a seguir, em geral, o SAD é composto pelos seguintes
componentes:

• Banco de dados SAD, representando o subsistema de gerenciamento de dados;


• Software SAD, representando o subsistema de gerenciamento de modelos;
• Interface SAD, representando o subsistema de interface com o usuário.

Figura 7. Composição do SAD

Os SADs mais avançados agregam o componente subsistema de gerenciamento (ou


gestão) de conhecimento (software SAD), conforme podemos vislumbrar na Figura 8
exibida abaixo, com o esquema do SAD mais detalhado.

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Figura 8. Componentes do SAD

Nesta aula, vamos destacar as principais características e funcionalidades, de uma


forma geral, dos quatro subsistemas.

1) Subsistema: interface com usuário

• Abrange todos os componentes (hardware e software) que permitem a


comunicação entre usuário e o SAD;
• A interface, como elemento de um sistema de comunicação, deve permitir:
• Flexibilidade;
• Facilidade de uso;
• Interatividade;
• Existem cuidados, que devem ser tomados, na apresentação dos dados:
• Uso de linguagem simples, natural, para diálogo direto – “fale a língua
do usuário”;
• As interfaces SAD devem valer-se das tecnologias atuais:
• Web: como o SAD é destinado a executivos, que, em geral, viajam, é
oportuno que rodem no ambiente web;

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• Devem ser dotados de recursos gráficos e textuais na comunicação:
solicitação de dados e apresentação dos resultados;
• Reconhecimento de voz e linguagem natural são tecnologias da
inteligência artificial que vêm sendo aplicadas na interface.

2) Subsistema: gerenciamento de dados

• Esse subsistema tem por finalidade: receber (de fontes diversas), organizar e
armazenar uma base de dados bem estruturada, de fácil uso e segura;
• As bases construídas para apoiar os sistemas que auxiliam a tomada de decisão
devem apresentar muitas facilidades que possibilitem ao usuário utilizar dados
de diversas fontes com a certeza de que esses dados estão com sua
integridade e coerência asseguradas;
• Os bancos de dados que apoiam o SAD ou ainda os data warehouses (DW)
criados para esse fim devem ter cópias dos dados originais para que o uso do
SAD não interfira na alteração de dados operacionais da empresa;
• Contém os dados que fluem de várias fontes internas e externas de dados.

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3) Subsistema: gerenciamento de modelos

Entre as funcionalidades que esse subsistema deve prover, destacam-se:

• Manipular modelos para testes;


• Armazenar e catalogar os modelos existentes;
• Registrar a utilização desses modelos;
• Relacionar os modelos com os dados necessários;
• Manter a base de modelos (armazenar, atualizar e registrar).

Modelos são instrumentos que transformam dados em informação e que podem apoiar
a tomada de decisão. Os principais tipos de modelos manipulados pelo SAD são:

• Estatísticos: agrupa funções estatísticas, como médias, medianas, desvios


(padrão) e gráficos de dispersão;
• Projeta resultados com base em análise de dados e pode ser usado para
ajudar a estabelecer relações entre diferentes fatores, como, por
exemplo, vendas de produtos e diferenças de idade, renda ou outros;
• Otimização: usam, geralmente, programação linear para prover a alocação
ótima de recursos para maximizar ou minimizar variáveis específicas, como
custo ou tempo;
• Um uso clássico de modelo de otimização é a determinação do “mix”
apropriado de produtos dentro de um dado mercado para maximizar
lucros;
• Previsão: usado, em geral, para projetar vendas;
• O usuário desse tipo de modelo pode fornecer uma faixa de dados para
que o sistema faça a projeção das condições futuras das vendas.

A Figura 9, a seguir, ilustra o funcionamento de um SAD apoiado em modelos. O


módulo de gestão de modelos localiza o modelo mais indicado ao problema,
consultando o diretório de modelos e localizando o respectivo modelo na base de
modelos do SAD.
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• A base de modelos contém uma série modelos rotineiros e especiais, como, por
exemplo, estatísticos, financeiros, de previsão, entre outros, que dão ao SAD
capacidades analíticas;
• Os modelos existentes na base de modelos dependerão essencialmente do tipo
de problema em análise e avaliação;
• Os modelos fornecem os recursos para análise do SAD;
• Utilizam representação matemática do problema e empregam algoritmos para
a geração de informações que servem de apoio às decisões;
• O diretório de modelos ajuda na localização dos modelos armazenados e sua
associação com os tipos de problemas.

Figura 9. SAD apoiado em modelos

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4) Subsistema: gerenciamento do conhecimento

• Amplia e melhora a capacidade do SAD na medida em que o conhecimento fica


retido no sistema;
• Disponível nos SADs mais avançados, sendo uma especialização do SAD, usa
técnicas de IA, como, por exemplo, sistemas especialistas, além de outras
técnicas;
• À medida que problemas são resolvidos, mais conhecimento é acumulado na
base de conhecimento organizacional;
• Com a utilização de SAD apoiado em conhecimento, o julgamento começa a
sair da mão do tomador de decisão e ser transferido (parte ao menos) para os
sistemas, o que, muitas vezes, num primeiro momento, desagrada o gestor,
que não compreende bem como o sistema está codificado, que conhecimento
realmente o sistema retém, pois desconhece a estrutura e composição interna
do SAD.

Bibliografia

LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a


empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 356-386.

_______________________. Sistemas de informações gerenciais: administrando


a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

TURBAN, E. et al. Administração de tecnologia da informação – teoria e prática.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 365-370.

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AULA 4
O banco de dados do SAD

Nesta aula, vamos focar a porção gerenciamento de dados do SAD, ou seja, o


subsistema de gerenciamento de dados.

Se analisarmos hoje as bases de dados existentes nas empresas, vamos concluir que
o processo de gestão dos dados do SAD exige atenções na medida em que os dados
são armazenados em vários bancos de dados diferentes, eventualmente com
redundância e inconsistências. Devemos considerar ainda dados que estejam
armazenados em e-mails, planilhas e documentos espalhados pela empresa.

Além disso, ainda há de se considerar o constante crescimento da quantidade de


dados.

A Figura 10 a seguir ilustra os principais componentes do sistema de gerenciamento


de dados do SAD:

• Diretório de dados;
• SGBD;
• Banco SAD ou data warehouse SAD;
• Módulo de consultas;
• Módulo de extração de dados para o BD SAD ou DW (data warehouse SAD).

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Figura 10. Componentes do sistema de gerenciamento de dados do SAD

Um dos elementos mais relevantes desse subsistema é o data warehouse SAD


(doravante, DW SAD), que nada mais é que um imenso banco de dados em que todos
os dados da organização são armazenados e organizados, evitando redundância e
dificuldade de acesso.

Aprofundando o entendimento sobre o DW, podemos defini-lo como um repositório de


dados orientados por assunto e organizados para serem acessíveis em uma forma
prontamente aceitável para atividades de processamento analítico (como data mining,
apoio a decisão, consulta e outras aplicações), segundo Turban, em seu livro
Administração de tecnologia da informação – teoria e prática (p. 80).

Entre as principais características de um DW, podemos citar:

• Solução para muitas organizações com


• Grande número de dados;
• Dados disseminados em sistemas diferentes sob formatos diferentes;
• Grande número de usuários finais realizando tarefas;
• O DW coleta dados de várias fontes, tanto internas como externas;
• Os dados são organizados por assunto, facilitando as consultas analíticas,
conforme ilustrado na Figura 11 a seguir;

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Figura 11. Consulta analítica

• Integra os dados corporativos da empresa (visão única e centralizada dos dados


dispersos);
• Armazena histórico de quantos anos forem possíveis, definidos no projeto do
DW;
• Os dados de um DW são não voláteis, ou seja, apenas podem ser lidos. Os
dados do DW não são atualizados;
• Os dados do DW são resumidos, diferentemente dos dados operacionais que
são registros de transações da empresa e bastante detalhados;
• Dados de transação de uma venda: data, vendedor, produto, valor
unitário, quantidade;
• Dados do SAD: total de vendas no dia ou total de vendas por vendedor,
conforme interesses do SAD;
• Os dados do DW possuem alto nível de granularidade (poucos detalhes). As
Figuras 12 e 13 abaixo ilustram esse conceito.

Figura 12. Granularidade. Figura 13. Granularidade

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A construção de DW, além de oneroso, demanda tempo para seu projeto e
desenvolvimento. Uma opção ao DW é a construção e uso de data mart, que é
subconjunto de dados dentro do DW, abrangendo um determinado assunto e
atendendo a uma unidade de negócio, e não à empresa como um todo (como o DW).
Muitas empresas, estrategicamente, iniciam a construção de um DW por data marts
(doravante, DM), cuja implantação demanda menos custo e tempo.

A Figura 14 a seguir ilustra a relação entre DW e DM. Para o caso do SAD, dependendo
da abrangência, um DM pode viabilizar o projeto.

Figura 14. Relação entre DW e DM

O data mining é uma das técnicas analíticas usadas em conjunto com o DW e/ou DM.
Uma vez tendo um DW ou DM devidamente constituído, podemos usar o data mining
para identificar tendências nos padrões das atividades de negócios da empresa.
• Esse procedimento pode ser utilizado para ajudar os gerentes a tomarem
decisões sobre mudanças estratégicas nas operações para obter vantagens
competitivas no mercado.

Bibliografia

LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a


empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 356-386.

_______________________. Sistemas de informações gerenciais: administrando


a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

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TURBAN, E. et al. Administração de tecnologia da informação – teoria e prática.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 365-370.

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AULA 5
A interface do SAD

Nesta aula, vamos aprofundar os conhecimentos acerca do subsistema de


gerenciamento de interface do usuário com SAD, que é determinante no sucesso não
apenas do SAD mas também de todo software. Sabe-se que, hoje em dia, os sistemas
estão sofisticados de tal forma que as funcionalidades relevantes são providas pela
maioria dos softwares que atendem a um nicho de mercado. A interface passa a ser
um fator de aceitação do sistema por parte do usuário, que, uma vez insatisfeito, tende
a abandonar o uso do aplicativo. Ou seja, podemos dizer que:

• Na visão do usuário, “a interface é o próprio sistema” na medida em que é


através dela que o usuário entra em contato física e cognitivamente com o
software;
• Sistema, do ponto de vista do usuário, é um instrumento para realizar as
suas tarefas do dia a dia.

No contexto do SAD, a interface deve oferecer eficiente forma de captura dos “inputs”
necessários e apresentação das informações. A interface do SAD deve ter alta
usabilidade.

O que é usabilidade de uma interface?

• Define a qualidade da interface relacionada ao esforço do usuário para uso das


tarefas providas pelo software;
• Relacionado à facilidade de uso, produtividade e eficiência;
• A interface deve falar a linguagem do usuário, ou seja, apresentar termos e
jargões técnicos que o usuário conheça e use em seu dia a dia;
• Os elementos de interface devem ser adequadamente pensados e usados, de
forma a permitir o aprendizado, por parte do usuário.

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A qualidade da interface, na visão do usuário, depende do que ele percebe (vê
e sente), precisa saber para compreender o que é mostrado e precisa fazer para obter
os resultados desejados.

A interface SAD deve usar e abusar dos recursos gráficos, além de oferecer:

• Combinação de diferentes formas de informação;


• Texto, imagem, som e vídeo;
• Representação mais realista da realidade;
• Aumenta o poder de comunicação da interface;
• Gráficos evolutivos (séries temporais), comparativos (pizza, barra);
• Diagramas, de forma a mostrar as relações entre variáveis intervenientes no
contexto a que o SAD se destina;
• Uso de mapas para estabelecer:
• Relações espaciais;
• Localizações, rotas etc.;
• Uso de animação;
• Uso de gráficos em 3D;
• Uso de realidade virtual;
• Uso de realidade aumentada.

No que tange ao uso integrado de realidade virtual (RV) na interface do SAD, devemos
observar:

• Deve ser provida em ambiente 3D, proporcionada por hardware específico;


• A RV proporciona ao usuário uma sensação de imersão que permite a
manipulação de objetos da realidade, como se a pessoa lá estivesse;
• A RV pode ter um papel importante na visualização de dados, proporcionando
aos usuários uma melhor percepção deles através da utilização de sistemas
virtuais de imersão visual, espacial e auditiva. Ex: Operar na bolsa: uso de
cores, tons e intensidades para indicar os valores, a tendência e a direcção dos
preços das ações.
SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 29
A RV tem aplicações nos mais diversos contextos. Podemos destacar:

Realidade virtual (RV) – aplicações

• A Boeing desenvolveu uma aplicação para testar o desenho dos aviões;


• A Volvo usa a RV para testar carros virtuais em acidentes virtuais (design e
teste);
• A British Airways tem uma aplicação que permite experimentar um voo de 1ª
classe;
• Arquitetura e Decoração, permitindo que a pessoa entre num determinado
ambiente e conviva, experimentando sensações.

A realidade aumentada (RA) também começa a ser empregada nas interfaces de


determinados SADs. No lugar de uma imersão completa do usuário no ambiente de
simulação, nos sistemas de realidade aumentada as imagens geradas pelo computador
são sobrepostas à visão do mundo real, fornecendo informação adicional para uma
melhor percepção da realidade.

É necessário um dispositivo (“see-through HMD”) que permita ao usuário visualizar o


ambiente ao mesmo tempo em que a informação adicional é sobreposta ao ambiente
através do HMD.

A RA tem aplicações nos mais diversos contextos. Podemos destacar:

Realidade aumentada – aplicação

• Boeing – manufatura e reparação do avião: no visor, é indicada a função de


cada fio ou peça;
• Visualização de alterações urbanísticas;
• Legenda de quadros num museu.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 30


No projeto de interface de um SAD, devemos considerar:

• Design;
• Cores;
• Densidade da informação;
• A sequência da comunicação (interação) e a linguagem usada;
• Formato dos dados;
• Funcionalidades disponíveis.

As imagens a seguir ilustram elementos de interface usados no SAD:

Figura 15. Elementos de interface usados no SAD

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 31


Figura 16. Elementos de interface usados no SAD

Para ilustrar a aplicação de um Sistema de Apoio à Decisão, acesse o link


<https://www.sistemairriga.com.br/index.php> para consultar o sistema Irriga, cuja
finalidade é gerenciar o manejo e monitoramento de irrigações a serem aplicadas pelos
diferentes métodos e sistema de irrigação (Figura 17).

Figura 17. Sistema Irriga

Bibliografia

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 32


LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a
empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 356-386.

_______________________. Sistemas de informações gerenciais: administrando


a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

TURBAN, E. et al. Administração de tecnologia da informação – teoria e prática.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 365-370.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 33


AULA 6
O software do SAD orientado a modelos

Nesta aula, vamos aprofundar o conhecimento no SAD orientado a modelos,


detalhando suas características, estrutura e funcionamento. Entre as principais
características do SAD orientado a modelos, podemos destacar:

• O componente do modelo domina o projeto do SAD;


• O SAD orientado a modelos é indicado em situações em que:
• A decisão exige considerar número significativo de variáveis
independentes;
• Implementa modelos analíticos, usando matemática, pesquisa operacional,
planejamento e outras técnicas;
• A grande vantagem do uso de modelos é a capacidade de simulação e produção
de resultados com base nos dados de input;
• Depende da forte interação do usuário (tomador de decisão), que deve
conhecer o modelo e saber aplicá-lo.

Entre os tipos de problemas e modelos que podem ser implementados no SAD,


destacam-se:

• Análise do custo x benefício;


• Modelos de previsão, como, por exemplo:
• Métodos de julgamento;
• Focado em estimativas e opiniões de especialistas em que
predominam aspectos de subjetividade;
• Devem ser usados quando dados históricos forem limitados ou
inexistentes;
• Análise de séries temporais:
• Análise e comparação de dados que representam variáveis
(econômicas) medidas em vários momentos no tempo;
• Modelos financeiros, como, por exemplo:
SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 34
• Análise do ponto de equilíbrio;
• Modelos de orçamento;
• Análise do faturamento;
• Modelos de simulação os quais “simulam” situações específicas que podem
acontecer, caracterizados por:
• Avaliação do impacto das variáveis e seus diferentes valores simulados
nos resultados;
• Usa análise de sensibilidade, também conhecida por técnica “What...
If...” ou “E... Se....”;
• Não pode ser assegurada uma solução ótima, pois os resultados são
probabilísticos;
• A simulação visual pode ser relevante, e para tal deve-se usar recursos
de animação;
• Planejamento (RH, projeto, produção);
• Escalonamento (dos mais variados exemplos).

A Figura 18 a seguir ilustra quatro tipos de modelos de simulação que detalharemos


na sequência.

Figura 18. Modelos de simulação

Análise de cenários – what if (e... se...)

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 35


• Estudo do impacto que as mudanças em uma ou mais partes (variáveis) de um
modelo exercem sobre as outras partes;
• Análise de variações hipotéticas de forma a determinar o impacto que uma
mudança nas suposições (entrada) causa;
• Exemplo: o que acontece com o custo total do estoque se o custo de
manutenção de estoque não for de 10% (previsto), e sim de 12 %?

Análise de busca de metas

• É o método de solução regressiva, ou seja, tenta achar o valor das entradas


necessárias para alcançar determinada saída (objetivo);
• Exemplo: qual os volumes de vendas e de publicidade para um lucro de
3 milhões (e não os 2 milhões inicialmente previstos).

Análise de sensibilidade

• Altera-se repetidamente o valor de apenas uma variável para observar as


alterações produzidas nas outras variáveis;
• Usado, em geral, quando há incerteza sobre o que se assumiu ao estimar o
valor inicial de algumas variáveis-chave;
• Exemplo: repetidas reduções de 1.000 em verba de propaganda para
identificar as relações com as vendas. Se afeta as vendas negativamente,
por exemplo.

Análise de otimização

• Oferece linhas de ação para uma solução ótima, considerando as restrições


necessárias;
• A meta é encontrar valor ótimo para uma ou mais variáveis-alvo, considerando-
se as limitações do contexto;

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 36


• Exemplo: descobrir qual a quantidade de resíduos sólidos recicláveis que
a coleta seletiva deve conseguir para garantir uma remuneração média
de R$ 400,00 aos cooperados, considerando os preços de vendas atuais
dos resíduos;
• Exemplo: qual melhor valor de propaganda dado o orçamento atual, a
escolha de mídia e a previsão de vendas;
• Baseado em programação linear.

A seguir estão as vantagens e desvantagens do uso de SAD orientado a modelos,


mantendo uma base de modelos.
• Vantagens
• Modelos podem ter baixo custo para se determinar o impacto de diversas
decisões;
• Apresenta menos riscos e mostra como a decisão pode impactar todo o
sistema;
• Excelente experiência de aprendizagem à medida que, ao realizar
experiências com modelos, podemos conhecer os efeitos de imediato;
• Previsão de consequências futuras.

• Desvantagens
• Um modelo requer a simplificação de algumas suposições. Se as hipóteses
diferem da realidade, os resultados podem ser suspeitos;
• Como são muitos os modelos, os tomadores de decisão podem gastar muito
tempo decidindo qual usar;
• Alguns modelos exigem alto grau de sofisticação matemática, tornando-os
extremamente complexos de se construir e os resultados muito difíceis de
se interpretar.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 37


Bibliografia

LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a


empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 356-386.

_______________________. Sistemas de informações gerenciais: administrando


a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

TURBAN, E. et al. Administração de tecnologia da informação – teoria e prática.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 365-370.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 38


AULA 7
O software do SAD orientado a dados

Nesta aula, vamos aprofundar o conhecimento no SAD orientado a dados, detalhando


suas características, estrutura e funcionamento. Entre as principais características do
SAD orientado a dados, podemos destacar:

• Acesso e manipulação de alto volume de dados históricos internos e externos;


• Apoiam a decisão pela extração de dados e geração de informações úteis,
porém “ocultas” nas bases de dados das empresas (do ponto de vista da
percepção e descoberta pelos usuários);
• Em geral, usam as seguintes ferramentas para armazenamento dos dados:
• Banco de dados convencional (SGBD relacional, orientado a objeto ou
objeto-relacional);
• Data warehouse (DW) e data mart (DM) – dados oriundos dos sistemas
de processamento de transações (operações da empresa) são coletados
em armazém de dados;
• As ferramentas mais usadas para análise desses dados são:
• OLAP (online analytical processing);
• Data mining.

Devemos destacar que os dados armazenados para processamento do SAD diferem


dos dados das operações (transações) da empresa em suas características.

Enquanto os dados operacionais são registros de dados sobre uma transação do


negócio (uma operação da empresa), os dados do SAD sumarizam essas transações e
armazenam os dados históricos.

Entre as características determinantes dos dados do SAD, podemos destacar:

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 39


• Não armazenam detalhes da transação, e sim dados sumarizados, como, por
exemplo, total das vendas em um mês, total das vendas por região ou total das
vendas por loja;
• Podem ter redundância caso necessário, pois o foco é a performance do
processamento;
• Diferem dos dados das transações em 5 dimensões: estrutura do dado,
validade, síntese, volatilidade e dimensão, conforme ilustra a Figura 19 a seguir;
• O metadado é fundamental no SAD para acelerar a busca dos dados desejados.

Figura 19. Tabela de fatores

A Figura 20 a seguir ilustra os elementos relevantes do SAD orientado a dados.

Os dados corporativos são trabalhados e deles extrai-se a base do DW, que consolida
as suas transações num repositório central, o DW. Com o DW devidamente
estruturado, as tecnologias OLAP e data mining ajudam respectivamente na análise
multidimensional e descoberta de conhecimento baseada em padrões.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 40


Figura 20. Elementos do SAD orientado a dados

OLAP (online analytical processing)

Permite a análise rápida de grandes volumes de dados sob múltiplos ângulos (fatores)
de observação, que é denominada análise multidimensional (também chamada de
cubos OLAP).

Por exemplo:

• O faturamento anual de um produto X pode ser analisado conforme alguns fatores:


região, época do ano e perfil do consumidor. Podemos escolher o fator desejado e
isolar os demais.

Entre as formas de explorar as dimensões OLAP, temos:

• Detalhamento sucessivo (drill down), ou seja, dispor de diferentes níveis de


detalhamento;
• Exemplo: podemos querer receitas totais, ou receitas por trimestre, ou ainda
diárias;

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 41


• Diferentes dimensões (slicing and dicing), que possibilitam a substituição de fatores
de análise com simplicidade;
• Por exemplo: processar despesas por canal de venda ou despesas por linha
de produto;
• Diferentes visualizações, de forma a permitir a alteração do formato das
apresentações dos resultados: planilhas, gráficos, tabelas, mapas, recursos visuais.

Vamos considerar a seguinte situação: analisar o impacto de um recente aumento


de preços de 50 produtos dos 100 comercializados pela empresa. Podemos
considerar o seguinte procedimento:

• Comparar: as vendas do ano corrente com vendas do ano anterior para


2 grupos:
• Grupo 1: produtos cujos preços aumentaram;
• Grupo 2: produtos cujos preços se mantiveram;
• Para cada grupo: calcular a relação entre vendas no ano corrente e
vendas do ano passado;
• Com a técnica OLAP, a criação de cada grupo é simples (basta usar o
valor de um atributo: data da última alteração de preço);
• Após criação do grupo, os dados são agregados de forma automática.

Os produtos OLAP ajudam os administradores a filtrar dados, em grandes bancos de


dados, para responder a questões, como:

• Os produtos novos estão conseguindo penetração no mercado?


• A publicidade e os descontos são ou não eficazes?
• Quais lojas e vendedores estão se destacando?

DATA MINING (ou mineração de dados)

Mineração de dados é um processo analítico cuja finalidade é revelar conhecimento,


padrões, tendências e comportamento em grandes volumes de dados. Em outras
SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 42
palavras, data mining visa a descobrir padrões implícitos nos dados, usando-os para
obter vantagens competitivas e ajudar nas tomadas de decisão.

A mineração de dados revela o uso de técnicas, em geral automáticas, para exploração


de grandes quantidades de dados, objetivando descobrir novos padrões e relações
entre os dados que, devido ao grande volume, não seriam facilmente descobertos a
olho nu pelo ser humano.
Um caso famoso da aplicação de mineração de dados é o da lenda das fraldas e das
cervejas:

• Analisando dados de compras de clientes, em um supermercado, na noite de


sexta, descobriu-se um padrão de comportamento: “quem compra fralda, leva
junto cerveja”. Ou seja: os pais, em geral, na sexta, ao saírem para compras
de fraldas de emergência, aproveitavam e compravam cerveja;
• Diante desse fato, a direção do supermercado decidiu: colocariam cerveja e
fraldas em gôndolas lado a lado;
• Resultado: as vendas dos dois produtos cresceram.

Outras aplicações da mineração de dados são:

• Detecção de operações fraudulentas em cartão de crédito (fora do padrão


de uso do cartão);
• A previsão automatizada de tendências e comportamento, como, por
exemplo, a previsão de falência e outras inadimplências.

Podemos identificar o uso da técnica de mineração de dados nos seguintes segmentos


de mercado:

• Setor bancário - estudo do comportamento do uso de cartões de crédito para


determinados grupos de clientes;
• Detecção de cartões de crédito roubados;

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 43


• O governo dos EUA usa data mining há tempos para identificar padrões de
transferências de fundos internacionais que se parecem com lavagem de
dinheiro do narcotráfico: usado para identificar fraudes.

DATA WAREHOUSE (ou armazém de dados)

É uma forma de armazenamento organizado de um alto volume de dados sobre os


históricos das operações da empresa, possibilitando múltiplas visões (cubos). O
objetivo é uma organização dos dados que visem ao processamento analítico.

O DW explora a organização de múltiplas fontes de dados internas e externas.

Os dados no DW são organizados em dimensões conforme os fatores de análise


desejados. Por exemplo, as figuras abaixo ilustram a organização do DW em cubos
com diferentes dimensões. A Figura 21 do cubo representa os três fatores de análise:
por região (S e NE), por período (trimestre) e linha de produto. A Figura 22 apresenta
as três dimensões e os fatos (coluna vendas), que são armazenados no DW.

Figura 21. DW em cubo Figura 22. Dimensões e fatos

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 44


Como exemplo do uso de SAD orientado a dados, podemos citar:

a) Setor bancário: análise de tendências de clientes (empréstimos, por exemplo);


b) Companhias aéreas: escalonamento da tripulação em aeronaves, análise de
lucro por rota;
c) Seguros: gerenciamento de riscos, análise do mercado;
d) Cartão de crédito: detecção de fraude.

DATAMART (DM)

O DM, conforme ilustrado pela Figura 23 a seguir, pode ser conceituado como “um
pequeno DW projetado por assunto (ou unidade funcional) como alternativa de menor
custo ou estratégia para construir o DW”. Comparativamente ao data warehouse, o
DM apresenta:

• Menor custo de desenvolvimento e implantação;


• Menor tempo de desenvolvimento e implantação;
• Menor tempo de resposta uma vez que a quantidade de dados diminui.

Figura 23. Data mart

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 45


Bibliografia

GORDON, S. R; GORDON, J. R. Sistemas de informação: uma abordagem gerencial.


Rio de Janeiro; Gen LTC, 2011.

LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a


empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 356-386.

_______________________. Sistemas de informações gerenciais: administrando


a empresa digital. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 46


AULA 8
O software do SAD orientado a conhecimento

Nesta aula, vamos aprofundar o conhecimento no SAD orientado a conhecimento,


detalhando suas características, estrutura e funcionamento.

A principal característica desse modelo de SAD é o fato de a inteligência artificial


(doravante, IA) ser a base das soluções e tecnologias que viabilizam sua
implementação.

As principais tecnologias de IA apoiando o SAD, que abordaremos na disciplina, são:


• sistemas especialistas;
• redes neurais artificiais;
• sistemas baseados em casos;
• sistemas Fuzzy (lógica Fuzzy ou lógica digusa);
• algoritmos genéticos e
• agentes inteligentes.

O SAD orientado ao conhecimento possibilita a solução de problemas, auxiliado por


“conhecimento” armazenado em forma de fatos, regras, procedimentos e estruturas
similares.

Esse tipo de SAD ganha um novo subsistema exclusivo chamado gestão do


conhecimento, conforme ilustra a Figura 24 a seguir.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 47


Figura 24. SAD Gestão de Conhecimento

1. Sistemas especialistas

A aplicação mais comum para esse tipo de SAD são os sistemas especialistas (SE), que
são sistemas que “imitam” a forma de os especialistas humanos aplicarem suas
técnicas de raciocínio e/ou conhecimento em uma área específica de atuação. Os
sistemas especialistas podem apoiar a decisão dos gestores ou substituí-los, uma vez
que as conclusões são inferidas pelo próprio sistema. Os gestores, via de regra, não
confiam muito em SAD orientado ao conhecimento por não entenderem, com clareza,
como eles funcionam.

Os sistemas especialistas são soluções aplicáveis em situações em que a expertise,


para a tomada de decisão, é cara ou rara.

Acompanhe, pela Figura 25, o funcionamento de sistemas especialistas conforme


descrição:
• A expertise do assunto é transferida pelo especialista a um sistema de
computação pelo “módulo de aquisição do conhecimento” (conforme a
imagem);
• O conhecimento é armazenado pelo sistema em uma base de regras (base do
conhecimento conforme a imagem);

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 48


• Os usuários podem solicitar uma consulta específica ao sistema através da
interface com o usuário (conforme imagem);
• O sistema pode fazer inferências (motor de inferência), com base em fatos
(armazenados anteriormente na memória do trabalho) e nas regras (base do
conhecimento), para chegar às conclusões desejadas;
• O sistema, tal qual um especialista humano, fornece conselhos ou
recomendações que podem ser fundamentadas.

Figura 25. Sistema especialista

Os sistemas especialistas, embora derivem de tecnologia disponível nos anos 90, não
foram usados em larga escala pelas empresas pelo seu alto custo de implantação em
comparação com a segurança e o retorno dados pelo sistema, além da falta de mão
de obra com tal expertise. Entre as principais vantagens e desvantagens dos sistemas
especialistas, temos:

Vantagens
• Melhores decisões, com menos erros;
• Menor custo no longo prazo (considerando o alto investimento do
software);
• Menor tempo despendido com treinamento, pois o conhecimento está
explícito no sistema;
• Maior qualidade das decisões.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 49


Desvantagens
• Os sistemas, tal qual os humanos, podem dar recomendações incorretas
(regras e/ou fatos errados), e nesse caso falta a capacidade reflexiva;
• Os sistemas muitas vezes “se perdem” e não chegam à conclusão
alguma.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 50


2. Redes Neurais Artificiais (RNA)

A maior a aplicação de RNA é reconhecimento de padrão. As aplicações que


implementam essa tecnologia analisam grandes volumes de dados para estabelecer
padrões e características.

RNA têm sido usadas no mercado financeiro para:

• Indicar o momento de comprar e vender ações;


• Prever falências;
• Estimar taxas de câmbio e outros indicadores.

3. Sistemas baseados em caso (SBC)

Nessa tecnologia, o conhecimento da empresa é capturado e organizado usando


raciocínio baseado em casos (RBC).

Acompanhe a imagem abaixo para entendimento da tecnologia de SBC. Inicialmente,


antes do passo 1 descrito na imagem, o especialista descreve experiências passadas
de casos, em um módulo de captura do sistema, que as armazena em um banco de
dados.

A partir daí, o procedimento, descrito na Figura 26, tem início a cada novo caso.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 51


Figura 26. Sistema baseado em caso

4. Sistema fuzzy (lógica fuzzy ou lógica difusa)

Trata-se de tecnologia baseada em regras que representam a imprecisão do raciocínio


humano ao lidar com as incertezas oriundas da subjetividade.

Oferece soluções para problemas que exigem conhecimento técnico difícil de ser
representado em termos de regras se-então-senão, tal qual os sistemas especialistas
e outras tecnologias.

Solução muito usada em aplicações de controle conforme os seguintes exemplos:

• No metrô de Sendai, no Japão, usam-se controles com lógica difusa para


acelerar o trem suavemente;
• A Mitsubishi Heavy Industries reduziu em 20% o consumo de energia de
seus aparelhos de ar-condicionado usando controles que implementaram

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 52


solução com lógica difusa que adéqua a melhor temperatura conforme o
contexto.

5. Algoritmo genético

É uma tecnologia de IA que tem por objetivo encontrar a solução ideal de problema
após exame de extenso número de soluções viáveis.

Provê meios de pesquisar todas as possíveis combinações e identificar a que


representa melhor a solução do problema (solução ótima).

Usado em problema de otimização: minimizar custos, maximizar lucros, programação


eficiente e utilização de recursos.

6. Agente inteligente (AI)

AI é um software que trabalha na retaguarda (background), sem interação com o


homem diretamente, executando tarefas específicas, repetitivas e previsíveis. Usa uma
base de conhecimento para tomar decisões ou realizar tarefas. Podemos citar como
exemplos de aplicação de AI:

• Buscas específicas na internet;


• Monitoramento de sites;
• Agentes de chat;
• Notificação ao usuário de eventos relevantes, como, por exemplo:
• Mudança no conteúdo de uma página na web;
• Mudança de endereço de uma página;
• Amazon.com (novos livros disponíveis);
• Agentes em intranets:
• Monitoramento e diagnóstico de falhas;
SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 53
• Balanceamento de carga;
• Detecção de intrusão.
• Robô de compras – ajudam usuário a encontrar produtos (agentes de
recomendação) e comparar preços (agentes de comparação).

A seguir, são apresentados exemplos da prática das empresas no que se refere ao uso
de SAD orientado ao conhecimento (SADc).
Na área de contabilidade, podemos citar o uso do SADc para diversos fins, desde
análise de riscos a controle de custos, passando por ajudar a descobrir irregularidades
e fraudes nas empresas (representadas nos documentos contábeis).

Na área de finanças, temos aplicações variadas: decisões no mercado de ações, análise


de condições financeiras, projeção financeira, análise do melhor investimento. O SADc
ajuda na redução de fraudes com cartões de crédito.

A área de marketing usa SADc para alocação de verbas para publicidade e previsão de
comportamento de clientes.

Na área de produção e operações, a aplicação de SADc apoia operações complexas e


decisões de produção: desde estoque até PCP (planejamento e controle da produção).
Identificamos também o uso de sistemas inteligentes para diagnóstico de falhas em
máquinas, além de prescrição dos reparos.

Em gerenciamento de RH, encontramos aplicação com agente inteligente que encontra


currículos de candidatos publicados na internet, bem como sistemas especialistas para
avaliação dos candidatos e rede neural para prever o desempenho e estimar as
necessidades de mão de obra.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 54


Bibliografia

TURBAN, E. et al. Administração de tecnologia da informação – teoria e prática.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 358-389.

LANDON, K. C; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais: administrando a


empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004, p. 356-386.

_______________________. Sistemas de informações gerenciais: administrando


a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007, p. 315-322.

SISTEMA DE APOIO A DECISÕES - SAD 55

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