UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS

ENGENHARIA ELÉTRICA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA

TURMA: 08

PRÁTICA 11: VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO.

ALUNO: Francisco Bruno Nascimento Leite

MATRÍCULA: 399507

DISCIPLINA: Física Experimental para Engenharia

PROFESSOR: Ian Amaral

Fortaleza

25/10/17 16:00h às 18:00h

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 SUMÁRIO
OBJETIVOS ....................................................................................................... 3
MATERIAIS ........................................................................................................ 3
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
PROCEDIMENTO .............................................................................................. 6
QUESTIONÁRIO .............................................................................................. 10
CONCLUSÃO................................................................................................... 13
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 13

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 OBJETIVOS

• Conhecer e utilizar as funções voltímetro e amperímetro de um

multímetro digital.
• Estudar como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a
voltagem, mantendo constante a resistência.
• Estudar como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a
resistência, mantendo constante a tensão aplicada.

MATERIAIS
• Fonte de tensão regulável;
• Placa de circuito impresso;
• Placo com 5 resistores igual em série;
• Multímetros digitais (dois);
• Cabos (cinco);

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 INTRODUÇÃO
Nesta prática tivemos a oportunidade de utilizar de forma aprofundada as
funções de voltímetro e amperímetro do multímetro digital, para medir
respectivamente tensão e corrente elétrica. Foi observado que esse multímetro
possui funções de medir tensões contínuas (DC) e tensões alternadas (AC), o
que merece uma devida atenção para que erros não sejam cometidos.

VOLTÍMETRO

É o aparelho capaz de medir tensão elétrica. Tensão é a diferença de energia

potencial elétrica entre dois pontos, tendo como unidade volts (V). Além disso,
existem dois tipos de tensões, a contínua e a alternada, representada
respectivamente por VDC e VAC.

Pode-se classificar a tensão contínua como toda tensão que não muda de
polaridade com o tempo, ou seja, apresenta sempre um pólo positivo e outro
sempre negativo, assim atua as pilhas que fornecem tensão para alguns
aparelhos eletrodomésticos. E a tensão alternada pode ser classificada como
uma tensão que fica variando os pólos com o decorrer do tempo, o que
acontece na rede elétrica que varia cerca de 60 vezes por segundo (60Hz).

Figura 1: Voltímetro medindo tensão sobre o resistor R2.

CUIDADOS AO MEDIR COM O VOLTÍMETRO

1) Para medir uma tensão, você deve escolher antes de tudo uma escala
apropriada. Se você desconhece a ordem de grandeza da tensão a ser
medida, escolha inicialmente a maior escala (para não danificar o
aparelho). Se dor necessário diminua a escala para a mais apropriada.
2) As pontas de prova do voltímetro devem ser ligadas em PARALELO
com o componente que se deseja medir a tensão. Figura 1.
3) Se a tensão for CONTÍNUA, o seletor deve ser colocado em uma das
escalas de tensão contínua (indicada pelo traço contínuo sublinhado por
três tracinhos). Se a tensão for ALTERNADA, o seletor deve ser
colocado em uma das escalas de tensão alternada (indicada pelo
símbolo ~ ).

4
AMPERÍMETRO

O amperímetro é um instrumento utilizado para fazer a medida da intensidade

no fluxo da corrente elétrica que passa através da seção transversal de um
condutor. A unidade usada é o Ampère.
Como a corrente elétrica passa através dos condutores e dispositivos ligados a
eles, para aferir a corrente que passa por alguma região de algum circuito,
deve-se colocar o amperímetro em série, como mostrado na figura 2, com esta,
sendo necessário abrir o circuito no local da medida. Por isso, para as
medições serem precisas, é esperado que o amperímetro tenha uma
resistência muito pequena comparada às do circuito.

Figura 2: Amperímetro em operação.

Os multímetros digitais podem medir correntes contínuas ou correntes

alternadas, entretanto nessa prática esse modelo de multímetro utilizado não
faz medidas em corrente alternada. A operação do multímetro deve ser feita de
tal forma que a ponta de prova preta deve está no terminal negativo “COM” e a
ponta de prova vermelha ao terminal μA/mA.

CUIDADOS AO MEDIR COM O AMPERÍMETRO

a) Para medir uma CORRENTE, deve-se escolher antes de qualquer coisa

uma escala apropriada. Além disso, se você desconhece a ordem de
grandeza da corrente a ser medida, escolha inicialmente a maior escala,
visando não danificar o aparelho. Se for necessário você deve diminuir a
escala para a mais apropriada.
b) NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO, as pontas de prova
devem ser ligadas em SÉRIE com o circuito.
c) O multímetro utilizado não faz medidas em corrente alternada.

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 PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO 1: Utilizando o Voltímetro.

ESCALAS DO VOLTÍMETRO.

Chama-se ESCALA ou FUNDO DE ESCALA o maior valor da tensão que o

voltímetro pode medir para uma dada escolha de chave seletora. Um voltímetro
possui várias escalas de tensão, cuja escolha deve ser feita em função da
ordem de grandeza da medida a ser realizada.

Na figura 3 podemos ver as escalas do voltímetro para tensões contínuas.

Figura 3: Escalas do voltímetro para tensões contínuas.

1.1 Anotamos as escalas DC do voltímetro de sua bancada:

600 V, 200 V, 20 V, 2 V, 200 mV.
1.2 Colocamos a fonte de tensão em 10 V. Então, escolhemos uma escala
apropriada no Voltímetro e medimos com o mesmo a tensão de saída da
fonte. Ajustamos a saída da fonte quando foi necessário.
1.3 Fizemos as conexões como indicado na figura 4 (a saída positiva da fonte
deve ser conectada à entrada vermelha do circuito impresso e a saída
negativa à outra entrada do circuito impresso). A tensão da fonte será
subdividida proporcionalmente aos valores das resistências.
1.4 Medimos as tensões entre os pontos do circuito, como indicado na tabela 1.
Anotamos os valores medidos e a escala utilizada do voltímetro.

Figura 4: Circuito para o procedimento 1.

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 V01 V02 V03 V04 V05
Valor medido (V) 2,05 3,45 5,96 9,08 10,02
Escala utilizada (V) 20 20 20 20 20
V15 V12 V23 V34 V45
Valor medido (V) 4,95 1,39 2,50 3,11 0,92
Escala utilizada (V) 20 20 20 20 20
Tabela 01: Medidas de tensão.

1.5 verificamos se V05= V01+ V12+ V23+ V34+ V45

Cálculos: 2,05 V + 1,39 V + 2,50 V + 3,11 V +0,92 = 9,97 V.

Logo, pode-se observar que o valor não é exatamente igual, mas é bem
próximo.

MEDIDAS DE TENSÃO ALTERNADA

Quando ajustamos o multímetro para medir tensão alternada, a tensão

medida é a tensão eficaz, simbolizada por VEF ou (VRMS). O valor da tensão
𝑉𝑝
eficaz de uma senóide pura é dado por VEF = , onde Vp é o valor máximo ou
√2
valor de pico da tensão senoidal. A tensão eficaz tem o seguinte significado: é
o valor de tensão constante que aplicado a um mesmo resistor que a tensão
senoidal em questão, produziria a mesma dissipação de potência.

1.6 Medimos as tensões alternadas da bancada (tomadas da mesa e saída AC

da fonte) e indicamos em cada caso o valor eficaz, seu valor de pico
correspondente e a escala utilizada. Anotamos os valores medidos na tabela 2.

Vnominal (V) Escala (V) VEF MEDIDO (V) VPICO (V)

TOMADA DA MESA 220 600 222 314
SAÍDA DA FONTE DE 6 V 6 200 5,7 8,1
SAÍDA DA FONTE DE 12 V 12 200 11,9 16,2
Tabela 02: Medidas de tensão alternada.

PROCEDIMENTO 2: Utilizando o Amperímetro.

ESCALAS DO AMPERÍMETRO

O amperímetro possui várias escalas de corrente, cuja escolha deve ser

feita em função da ordem de grandeza da medida a ser realizada. Na figura 4
podemos ver as escalas do amperímetro.

Figura 4: escalas do amperímetro.

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2.1 anotamos as escalas do amperímetro da bancada:

200 mA, 20mA, 2000μA.

CORRENTE EM FUNÇÃO DA TENSÃO

2.2 montamos o circuito da figura 4, de maneira a poder medir a corrente

através de um resistor R ligado à fonte de tensão fornecida. Tivemos atenção e
cuidado, já que o voltímetro deve ser colocado em paralelo e o amperímetro
em série com o circuito. No amperímetro os cabos devem estar conectados em
μA/mA e em COM, enquanto no voltímetro devem estar conectados em V/Ω e
em COM.

ESCOLHA DAS ESCALAS NOS MULTÍMETROS.

2.3 No voltímetro escolhemos uma escala tendo em mente que, segundo a

tabela 3, a tensão nominal máxima será de 10 V. No amperímetro escolhemos
uma escala tendo em mente a corrente máxima para uma tensão de 10 V e
uma resistência de 120 kΩ.

Cálculo da corrente máxima esperada e indicação da escala a ser utilizada:

10 𝑉
Imáx = = 83,33 μA
120000 𝛺

Assim deve ser utilizada a escala de 200 μA, que é a escala superior mais
próxima desse valor.

2.4 Escolhemos a tensão na fonte de modo que sobre o resistor de 120 kΩ seja
aplicada cada uma das tensões indicada na tabela 3. E anotamos as correntes
correspondentes e as tensões efetivamente aplicadas.

Figura 5: Circuito para medida da corrente em função da tensão.

8
 V (volts) V (volts) I(μA) V/I (Ohms)
2 2,03 3 0,68
4 4,00 6 0,67
6 6,06 10 0,61
8 8,01 13 0,62
10 10,00 17 0,59
Tabela 3: Medidas de corrente versus voltagem.

CORRENTE EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA

2.5 Medimos as resistências: R1, R1+R2, R1+R2+R3, etc; como indicado na

tabela 4. Lembramos que ao medir a resistência, o resistor não pode estar
ligado ao circuito e nem pode estar alimentado por uma fonte de tensão.

Resistores RMEDIDO(Ω) I(μA)

R1 118,6 K 84
R1+R2 239 K 41
R1+R2+R3 358 K 28
R1+R2+R3+R4 478 K 21
R1+R2+R3+R4+R5 598 K 17
Tabela 4: Corrente em função da resistência.

2.6 Colocamos a fonte de tensão em 10 V. Medimos com o voltímetro a tensão

fornecida, e ajustamos quando foi necessário.

2.7 Montamos o circuito da figura 6 e anotamos o resultado na tabela 5.

Figura 6: Circuito para medida de corrente em função da resistência.

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 QUESTIONÁRIO
1) Indique a escala do voltímetro que você utilizaria para medir as
seguintes tensões:
(a) Arranjo de 6 pilhas comuns em série.
Normalmente cada pilha possui 1,5V. Assim, 6 pilhas dessas em série
produzirá cerca de 9V. logo a escala a ser utilizada é a de 20V contínuo.
(b) Alimentação de um chuveiro elétrico residencial.
A alimentação é feita normalmente em 220V RMS, logo a escala correta
a ser utilizada é a de 600 V alternado.
(c) Bateria de um automóvel.
As baterias de automóveis possuem normalmente cerca de 12V
contínuo. Assim, a escala correta é a de 20V contínuo.
2) Considere o circuito ao baixo onde R1= 200 Ω e R2 = R3 = 300 Ω.
Sabendo que a fonte está regulada em 10 V, determine a voltagem
que está submetido cada um dos resistores R1, R2 e R3.

Tendo em vista que os resistores R2 e R3 estão em paralelo, pode-se

observar que recebem o mesmo nível de tensão. O paralelo entre eles
resulta em uma resistência equivalente representada pela equação:
𝑅2∗𝑅3 300𝛺 ∗ 300𝛺 90000𝛺
Req= = = 600𝛺 = 150Ω
𝑅2+𝑅3 300𝛺 + 300𝛺
Assim, pode-se dizer que a queda de tensão em R1 é dada por:
𝑅1∗𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 200𝛺 ∗ 10𝑉 2000 𝛺∗𝑉
VR1= = 200𝛺+150𝛺 = = 5,71V.
𝑅1+𝑅𝑒𝑞 350 𝛺
O resto fica em R2 e R3. VR2= VR3 = 4,29 V
3) Considere que no circuito esquematizado abaixo: E=10 V, R1 =
1,0kΩ, R2 = 100 Ω e R3 = 10 Ω.

(a) Desenhe o circuito novamente, mostrando como você ligaria um

amperímetro para medir a corrente fornecida pela fonte E.

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(b) Faça um outro desenho mostrando como medir a corrente em R1.

4) Em relação ao circuito da questão anterior, calcule a corrente em

cada resistor e indique a escala do amperímetro apropriada em
cada caso.
Primeiramente, deve-se calcular a resistência equivalente entre R1 e R2.
𝑅1∗𝑅2 1000𝛺 ∗ 100𝛺 100000𝛺
Req = = = 1100𝛺 = 90,90Ω
𝑅1+𝑅2 1000𝛺 + 100𝛺
Depois para saber a resistência total do circuito deve-se somar esse
equivalente com R3, que será igual a 100,9Ω.
10 𝑉
Assim Itotal = IR3 = 100,9 𝛺 = 0,1 A
𝑅2∗𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 100𝛺 ∗ 0,1𝐴 10 𝛺∗𝐴
Assim IR1 = = = = 0,009 A.
𝑅1+𝑅2 1000𝛺+100𝛺 1100 𝛺
O resto da corrente passará em R2. IR2= 0,091 A

5) Faça o gráfico de V versus I com os resultados da tabela 3.

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 V versus I
12

10
TENSÃO (VOLTS)
8
Corrente
6

4
Linear
2 (Corrente)

0
2 6 10 14 18
CORRENTE (MICROAMPERE)

6) Faça o gráfico de I versus R com os resultados da tabela 4.

I versus R
90
CORRENTE (MICROAMPERE)

80
70
60
Corrente
50
40
30 Expon.
(Corrente)
20
10
0
100 200 300 400 500 600
Resitência (kilohms)

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 CONCLUSÃO
Diante dos resultados e conhecimentos obtidos com o experimento, pode-se
relatar a importância fundamental desse experimento de estudo que engloba
um assunto muito presente no dia-a-dia de um engenheiro, a utilização do
Voltímetro e do amperímetro nos multímetros, dando ao estudante a
possibilidade de aprofundar seus conhecimentos acadêmicos da teoria.
Esse experimento nos deu a possibilidade de calcular de maneira
experimental a corrente em relação à variação de tensão e a corrente em
função da variação da resistência, os resultados foram satisfatórios levando-se
em consideração os pequenos erros ocorridos devido à limitação dos
aparelhos, já que a execução deve seguir uma base padrão, esse cálculo
auxiliou os estudantes a entender de melhor forma o que representa a corrente
e a tensão em um circuito elétrico, dando também o suporte suficiente para
compreender o conceito de queda de tensão e montagem de circuitos elétricos,
além do manuseio do multímetro, o que sem dúvidas alguma será de máxima
importância para a formação profissional de cada um. Os fatores determinantes
para diminuir a precisão do experimento foram às limitações físicas dos
aparelhos de medição, os maus contatos entre os cabos.
Enfim concluo a importância essencial dessa produção experimental para
nos que tivemos a oportunidade de acrescentar cada vez mais conhecimento
para nossa vida acadêmica. Dando-nos a possibilidade de crescer tanto
profissionalmente como academicamente.
BIBLIOGRAFIA
DIAS, N. L. Roteiro de aulas Práticas de Física. Fortaleza: UFC, 2017.
http://www.wikipedia.com – multímetro - Wikipédia, a enciclopédia livre.
25/10/17.
http://www.google.com.br – multímetro - Google, site de buscas.
25/10/17.
http://www.ebah.com.br – voltímetro.
25/10/17.
http://www.youtube.com.br- amperímetro- youtube, site de videos.
25/10/17.
http://www.infoescola.com.br – voltímetro e amperimetro.
25/10/17.

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