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‘LYNN HUNT i ee i Peron ‘A HISTORIA | ih eB CULTURAL {a ponto provocatva ei defesa dos icc karan Loa nent Ns are koe tny __objetivos emostrtido o quanto &con ote er cnnuir alee nae eee ne en hy ss Oe livro desenvolve unia excelente inves: Martins Fontes lec} 4 { \ SCCM aT ‘ps Tat Oe cir oneaeunsteni u jena vince ea i Reece atta Ss a retiree urel vanity = ' IVT naan tet = Cl BUI Rieu orto Mon TNE Rope ie MAS cue crane MUSE COLEGAO 0 HOMEM E A HISTORIA Brawl, F — 0 Kapacoe 2 Hern no Mediuerinee Irondet, Oc Howes en Heaucam0 Medirrecd Diy 6. — A aropn wm dade Mla olf. P.— Oatona da lade Mea on Peaver ds Tempos Modernos! Foro M.A sla Vide tps T= Use Abo ds Hatt Pty, Mt — Veonomine Songs na Gra Anti ator. Ply 1. Gree Prim Pfr 1. Aspen au Anlsande Mervin, &"- 0 Fim de Mand Ania lc.” Onges nlc da Reve Iles hai. A Rava Wa Ctr Dour, A. — Os Barges € 2 Burpy ms Prana Le Gof J." 0 Apoge du Chinde Medea ‘rowel # — taro Sob Hala — LYNN HUNT A NOVA HISTORIA CULTURAL tombe 315 ff ty Seon Martins Fontes nls ia AE NEW CULTURAL HISTORY “8 Goan oy ie arin Fs Baas reste ie Das fan Lie Conary ‘ee es Sans at eva tino ae Ga Coe Prades Nt ase Adee 8 Sea Caper Alnee Matin Foe ime een hss eho ‘is aa 2 Mio eerie Se ‘in Cosas analy S/O = Pasa “sis See = SP suman ‘ApresentayZo: histéria,culturs e texto Loy Hane . PARTE I Modelos de histria cultural 1A hhscria da cultura de Michel Foucault Patricia O'Brien 1L Massss, comunidade e rival na obra de E. Thompson ¢ Natalie Davis ‘Sranne Dest secs TL, Saber local, histria local: Geers alm ‘Aleta Biersack ne IV. Literatura, ertca «imaging hisbics: O de safioliteriio de Hayden White Dominick LaCspra oy S. Kramer css 33 6 1 PARTE It Novas abordsgens V. A Parada norte-smericana:represenapies da or dem social do séeulo XIX ‘Mary Ryton 7 VL Testos, impress, lecuras Roger Charter at VIL Corpos,deahes « x narraiva humanitra ‘Thomas W. Lage cn 2 ‘VIL Vendo a eutura numa sla paca um principe re ‘Randolph Stor. m Colaboradores is Para Natalie Zemon Davis, inspiragio para todos nés AGRADECIMENTOS | idea para ct ivzo suri originalenente em uma com- Aertncia, “Histria frances: textos e cultura, ralizada na Universidade da Califia, Berkeley, em 11 de asi, 1987, or oessio de uma vista de um més de Roger Chartier & Berkeley, durante osemesre de primavera daqusle sno. Em ‘bora o projeto tenka se expandido para abranger 0 tabs Iho realieado em outros exmpos nacionais da hstri, to- dos os colaboradores deste volume estavam presentes no en ‘contto orginal essa experiénciacoletiva fo decisiva para nos judas procuar os temas einterpretaescomuns da histdria da cultura. A conferénci foi organizada pela Pro- ‘ama de Estudos Franceses da Universidade da California, Berkeley, edotada pela Florence J- Gould Foundation e © ‘Georges Lurey Charitable and Edveatioal Trust. Estamos muito gratos 3 estas duas fundasdese 4 Universidade da Co- litdenia, Berkeley, por tomar possivelencontro —e0 ‘conto de mentes Gosariamos de agradecer também a Ns tale Zemon Davis, que atuou como comentarita, ea mii- tos outros esudioros da histria francesa ede outros cam- pos da hstbria que pariiparam da conferéncia APRESENTAGKO isron, CULTURA E-TE portante de pesquisa hinbrica (0 que pode ter compzovado pela quadrupliaro, nos Estas Unidos, das tees de dow ERT octet, rin 2 A NOVA 57ORI4 CULTURAL ‘oramento em hstria social entre os an0s de 1958 ¢ 1978, ‘ulrapassande 0 miimero de teses em histia polities). Ns hstria, o avango para o socal fi eniiulado pela infugneis de dois paradigmas de explicasio dominantes 0 marxismo, por um lado, ea eola das “Anmales”, por ou tro, Emboradilesimente we pudesse consderar 9 marxis mo como novidade nas décaas de 1950 1960, estsvamn vn doa primeiro plano, dentro daguela modalidade expicti- +3, novas eorrentes gue fomentavan o iateresse dos histo riadores pela histdra social. No final da década de 1950 nos primeiros anos da de 1940, um grupo de jens histo- Fiadores marxistas eomesou a publica livros e artigos so- bres histériavinda de bso”, inlunive os aualmente ci sicos estudos de George Rudé sabre as clases populates pt risenses, de Albert Soboal sobre os sanecuate parisien ses, 08 de EP. Thompson sobre a classe opersta ingle 523 Com esa inspiragio, os hstoriadores das décade de 1960 1970 abandonaram 0s mais tradicionais relatos his- tricosdelideres politicos einsitugBes politica e diteio saram seus ineresses para 38 investigasdes da composi sociale da vida cotdiama de operdros, eriados, mulheres, Irupos étaicos e congéneres. ‘Aids que uma infuéncia mais recente, a escola dos An- rales adquinu proeminncia na mesma época. A revista ott inal, Aral cistaireéconamigue ex Social, fo fandada ‘em 1929 por Mare Bloch e Lucien Febvre, Na década de 1930, foi de Estrasbargo para Pais, onde, em 1946, rece beu seu nome aual, nals: Boonomses, Scie, Ceili akc Dig “tnearaon ah Bye ee fre ue antes sea Wants Vcl emtca tie Ei A Pate cpserea penne ELLER eS APRESENTAGAO. 3 tions. A Annales torgouse uma escola ~ ou pelo meri, assim comesou a ser chamada — quando afliow-se insu. ‘ionalmence Seats Sogo da Feole Prt des Hautes Bs ses, depois da Segunda Guerra Mundial, Fernand Braudel ddewthe ur sentido geal de unidade e continuiade, tanto Por presiiraSexta Sogo quanto por dirigr 1 Anmaler nas ‘vel de significado (o reflexo ds comunidad, por exe lo}, mas, anes, mostrar como 2 linuagem palitia pois Ser utadaretoricamente para criar um senso de eomunida dee, 20 mesmo tempo, eabelecer novos eampos de lata socal, politica e cltural — ou sea, simultaneamente tor nar pessivel sunidade ea dferengs.O ponto principal da tenttiva era examinar de que manera 4 petien ling Fi i, Ct, nd la 9.25. APRESEXTAGHO B tea pod ser um instrumento ative de poder (ou até mes- mo constzublo), em vez de smplesmenteefltirarealdae de socal. Quando os guards nations perguntavams "Voce fscd com a nasSo?", nfo esavam simplesmentetentando identifier seus amigos em tempos tempestusos;estavam, ra verdade, tentando cri um senso de comuridade nacio. nal —e; 29 mesmo tempo, etabelcenda novas manciras de oposigfo a ese senso de comunidade, Ae paavras no tefltiam apenas arealidae sociale pola; eram instru mentos de transformacio da relidade Mary Ryan abords um aspeto semelhante em seu enssio “A Parada Norteamericana: Represenagies da (Ordem Socal do Séeulo XIX" (capitulo 5) Esse ensaio cvidencia nitidamente o tema da wnidadeediferenga, As Paradas crivam um senso de comunidade (demoracia pluralist) nas cidades norteamericanas exatamente por expressarem importantes linhas de divisfo social ede sénero®, Ryan mostra quanto pode-ser critica uma com: preensio histériea do ritual ao demonstrat como a fan s0 da parada se mosificou com passar do tempor en quanto nas décadas de 1820, 1830 « 1840 0 defile das dliferengas sob uma bandeira nifiadora de orgulho ct vico servia para fomentar a unidade civics, depois ds me «ade doséeloa parada fo’ transformada nur fexival nico que enfatizava mais exclesivamente as diferencaydo. Ryan também salieta 0 papel do género ness formagoes de identidad civics, ¢ como Desanem seu ensio sobre Davis Thompson, eabrarnos de que.o ginero foi uma das mais cries configuragies de diferenciago na ultra ema socie SER mie rae erred em oe gies Bote cle orp na ee Seabee A Py ‘ANOVA HISTORIA CULTURAL ede Sem alga discus d geo, neu rato de cme des ero cman ‘A ingrtncdo geo, orem extrapos oso ingavelene cel avila socal e euro as da histéria das mulheres, nas décadas de 1960 € 1970, ¢ a 8n- icant bes les dn Gar tet tm imports papel no deenolvimest dos m detec colts em per in pars on Eas Ut dos (ales exctente nee pi), isi dm ihees coved dene pasa cepa o prio the soca Nae Dr or an Zinse nas dings entre homens mulheres par ce ter oy cain opines mode ‘Roba de Carol Smith Rosenberg tari é tras is hanes pols qt iti it mulheres ou do glnero pose eit «hts da cla como to den Fests eaus Noscsn ein no vo Durty Cone, por eznpla, Smit Rosenberg apis tao oe Io deal oopoliguo gutta her, sbagendo tales obra de Mary Dougal» de Roland Bares As “inca decree poets "Ao remomtr edie ete { eomstrots mos de Homers male do slo XIX, procure erate woo como ogneocansiou ope Eda usdornayao soil es exerci eo excl poser A lea cnr linge como eel soil i oopent coma ant soc conta 9 alo da nba nde aati, ena sinema de repent ‘fo caloal avn $n soi ero ego, € Sho de uns cong epi ‘A implsaes codecs do enade do ger fo ram mat sles expls or Joan Wallac Set Wren Reg Don Cot Vino Ge Ve vie a re 9 APRESENTAGAO. 2s em sua coletinen de enstios Gender and the Politi of Fi tory (que inci critica de E,P. Thompson e Gareth Sted man Jones, ente outro) A infludncis de Scor devese paricularmente ao fato de la asoriat a hiséria do género 3 aulise do discurs. Na obrade Joan Scott, Caroll Smith- Rosenberg e Natalie Zemon Davis, podese observar cars mente a rescence infludneis da eeniaslierrias de leita ze das tors lterdeas. O msi recente lira de Natalie Davis Fiction inthe Archives, remeteo aspect fccional” dds documentos para o centro danse. Em ver deer car tasdeiadulto como fonts que refleter normas socss con temporines, seu enfoque vokese para "o moda como as pessoas do século XVI comtavam hist... o que acre tavam ser uma bos histria, como explicavast 9 motivo © ‘como, través da naratvs,conferiam sentido ao inespers ddo.e davam coerénca i experiéncia imedina”™®. (Os ensaios de Roger Chartier e Thomas Laqueur, na Pare II dest vo, sio exemplos notives da tendéneia po 120 literisio. Os letores encontratio no ensio de Casr- tier, "Tentos,Impresio, Leturas", uma boa introdugio a seu importante iltimo livre, The Cultural Use of Print in Early Moder France. Ningsim fer main que Chartier para colocar a hstria do livro no fluxo principal dahisra da ‘cultura. Em The Catural Ues of Print, Chater reitera sua ‘conviegio de que “a cultura nose siti aime abaixo das relagdesecondmicas e sociss, nem pode sr alinkada com las" Todas as priticas, s)am econdmicas ou elturais, depend depen xa plein pr SR toma en le ‘Sc Cy Pn nd i a, 2

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