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INTRODUÇÃO
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Introdução
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Introdução
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Introdução
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O Vislumbrar da Mudança
O VISLUMBRAR DA MUDANÇA
Face à evidência de variações cada vez mais nítidas e profundas nas concretas
maneiras do exercício da profissão de advogado na nossa sociedade actual e face às
realidades várias que determinaram a evolução para essa diversidade e que vão
continuar a determiná-la, creio que não vai continuar a ser possível fechar os olhos
à realidade, nem vai ser possível continuar a ocultá-la por detrás de uma aparência
de uniformidade, que é apenas uma ficção.
Pena dos Reis,
in Advocacia – Que Fazer?
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O Regime do Decreto-Lei n.º 84/84, de 20 de Julho
Adalberto Alves,
in História Breve da Advocacia em Portugal
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O Regime do Decreto-Lei n.º 84/84, de 20 de Julho
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O Regime do Decreto-Lei n.º 84/84, de 20 de Julho
A profissão de advogado tem rosas e tem espinhos, tem glórias e misérias, e mais
lágrimas que sorrisos. Mas de uma coisa nos podemos orgulhar: enquanto nos
outros casos, a profissão faz e modela o Homem, na advocacia é o Homem que faz
a profissão. Daí que pode haver maus advogados, mas nunca má advocacia.
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O VISLUMBRAR DA MUDANÇA
Face à evidência de variações cada vez mais nítidas e profundas nas concretas
maneiras do exercício da profissão de advogado na nossa sociedade actual e face às
realidades várias que determinaram a evolução para essa diversidade e que vão
continuar a determiná-la, creio que não vai continuar a ser possível fechar os olhos
à realidade, nem vai ser possível continuar a ocultá-la por detrás de uma aparência
de uniformidade, que é apenas uma ficção.
Pena dos Reis,
in Advocacia – Que Fazer?
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O novo regime da publicidade na advocacia
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O novo regime da publicidade na advocacia
O artigo 89.º do novo EOA nomeia ainda, no seu n.º 3, e, mais uma
vez, a título exemplificativo, o que considera serem ‘actos lícitos de
publicidade’. Também aqui é possível encontrar pontos coincidentes com a
redacção do antigo artigo 80.º:
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O novo regime da publicidade na advocacia
clientes, mesmo com o seu acordo. Contudo, o facto desta divulgação ter o
controlo prévio do Conselho Geral é uma garantia de que esta divulgação
não será usada com fins promocionais.
Nos termos da alínea i) é igualmente um acto lícito de publicidade, «a
referência, directa ou indirecta, a qualquer cargo público ou privado ou
relação de emprego que tenha exercido». Esta hipótese era já Jurisprudência
assente dos Conselhos; de facto, na continuação do excerto citado quanto à
alínea f), diz-nos o Parecer Estruturante, «É o caso dos elementos de
informação acima identificados, nomeadamente: (…) informação curricular
do advogado ou da sociedade e dos seus advogados, menção dos anos de
prática e experiência em assuntos similares.». Este Parecer, ia ainda mais
longe, admitindo a disponibilização de outro tipo de informações relativas ao
advogado, como o «nível de inserção deste na comunidade local, seja qual for
a sua dimensão, ou do seu crédito no seio da profissão». Não obstante,
parece-me ser de aplaudir a inclusão desta alínea. De facto, por detrás do
advogado está o indivíduo que o personifica, indivíduo esse que poderá ter
certas qualidades que o destacam dos outros, na perspectiva de determinado
cliente. Tais qualidades poderão passar pela experiência adquirida em
determinada função, a qual poderá ter uma relevância decisiva na resolução
de um litígio. Como tal, o conhecimento destes factos pelo cliente é essencial,
na medida em que, desta forma, escolherá o advogado que melhor poderá
servir os seus interesses.
«A menção à composição e estrutura do escritório» deverá, nos termos
da alínea j), ser incluída no elenco dos actos lícitos de publicidade. Esta
alínea relaciona-se com a tendência que se verifica hoje em dia no sentido
dos escritórios serem constituídos por cada vez mais advogados, e,
naturalmente, com as sociedades de advogados. Actualmente, sobretudo nos
grandes espaços urbanos, grande parte dos escritórios de advogados em
Portugal estão a adoptar, à semelhança do que acontece na maioria dos
países europeus, uma estrutura bastante mais complexa do que aquela que
era tradicional. De facto, muitos são os escritórios organizados numa
estrutura do tipo empresarial, com o consequente aumento do número de
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Os limites internos e externos à publicidade do advogado
É hoje neste âmbito, numa sociedade cada vez mais hierarquizada e mais dominada
pelos valores económicos, a que se não associa qualquer valoração ética, que a acção
dos advogados mais se deve sentir.
Como foi já supra referido, o artigo 89.º do EOA prevê, no seu n.º 1,
que «O advogado pode divulgar a sua actividade profissional de forma
objectiva, verdadeira e digna, no rigoroso respeito dos deveres deontológicos,
do segredo profissional e das normas legais sobre publicidade e
concorrência».
Deste modo, a actividade publicitária do advogado está interna e
externamente limitada: os limites internos são os impostos pelo próprio
EOA, nas suas várias disposições; os limites externos consubstanciam-se nas
normas do regime jurídico da publicidade e da concorrência, a que toda a
publicidade está sujeita.
É o que me proponho em seguida desenvolver.
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Os limites internos e externos à publicidade do advogado
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Os limites internos e externos à publicidade do advogado
B) A Independência do Advogado
Por seu lado, o artigo 84.º do EOA vincula o advogado ao exercício da
actividade profissional «livre de qualquer pressão, especialmente a que
resulte dos seus próprios interesses ou de influências exteriores, abstendo-se
de negligenciar a deontologia profissional (…)».
A obrigação de independência estava estabelecida no n.º 2 do artigo
76.º do EOA anterior, sendo que actualmente, além de lhe ter sido concedida
a individualização numa norma própria, tem uma formulação bem mais
ampla, aproximando-se do que vem estabelecido no Ponto 2.1 do Código do
CCBE: «2.1.1. The many duties to which a lawyer is subject require his
absolute independence, free from all other influence, especially such as may
arise from his personal interests or external pressure. Such independence is
as necessary to trust in the process of justice as the impartiality of the
judge. A lawyer must therefore avoid any impairment of his independence
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D) O Segredo Profissional
O segredo profissional é uma das normas estruturantes da
deontologia profissional do advogado, na medida em que assenta no vínculo
de confiança existente entre o cliente e o mandatário. De facto, se o cliente
não tivesse uma garantia de que os factos que divulga ao advogado ficam
sempre e imperativamente sobre um sigilo absoluto, nunca os revelaria. Isto
é especialmente evidente se tivermos em conta que tais factos são
frequentemente desfavoráveis ao cliente, ou que muitas vezes se relacionam
com o seu foro mais íntimo e privado.
Como tal, dispõe o n.º 1 do artigo 87.º do EOA, que «O advogado é
obrigado a guardar segredo profissional no que respeita a todos os factos
cujo conhecimento lhe advenha do exercício das suas funções ou da
prestação dos seus serviços (…)». Ou seja, na publicidade que efectuar, o
advogado nunca poderá divulgar os factos enquadráveis nesta norma, ou
seja, aqueles de que tenha conhecimento no exercício das suas funções, seja
em regime de mandato ou de prestação de serviços. É importante, então,
concretizar o que se entende por factos conhecidos no exercício de funções
profissionais, de modo a que seja possível delimitar aqueles cuja divulgação
publicitária é proibida.
Ora, o n.º 1 do artigo 87.º contém um elenco exemplificativo de tais
factos, sendo por conseguinte:
● aqueles «referentes a assuntos profissionais conhecidos,
exclusivamente, por revelação do cliente ou revelados por ordem deste»
[(alínea a)]. Esta alínea corresponde à alínea a) do n.º 1 do artigo 81.º do
EOA anterior, não tendo sofrido grandes alterações, e enquadrando-se na
relação advogado-cliente. «O segredo profissional não é um direito mas uma
obrigação legal do advogado. A obrigação de segredo profissional não é
estabelecida em benefício directo de cada um dos clientes, pois vincula o
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Edmond Rousse
(1871)
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B) A Concorrência Desleal
Artigo 317.º
Concorrência desleal
Constitui concorrência desleal todo o acto de concorrência contrário às
normas e usos honestos de qualquer ramo de actividade económica,
nomeadamente:
a) Os actos susceptíveis de criar confusão com a empresa, o
estabelecimento, os produtos ou os serviços dos concorrentes,
qualquer que seja o meio empregue;
b) As falsas afirmações feitas no exercício de uma actividade
económica, com o fim de desacreditar os concorrentes;
c) As invocações ou referências não autorizadas feitas com o fim de
beneficiar do crédito ou da reputação de um nome,
estabelecimento ou marca alheios;
d) As falsas indicações de crédito ou reputação próprios, respeitantes
ao capital ou situação financeira da empresa ou estabelecimento,
à natureza ou âmbito das suas actividades e negócios e à
qualidade ou quantidade da clientela;
e) As falsas descrições ou indicações sobre a natureza, qualidade ou
utilidade dos produtos ou serviços, bem como as falsas indicações
de proveniência, de localidade, região ou território, de fábrica,
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Conclusão
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CONCLUSÃO
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Conclusão
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Bibliografia
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BIBLIOGRAFIA
Doutrina
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Bibliografia
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■ GONÇALVES, Manuel, Advocacia, Sociedade e Democracia: Natureza e Função
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■ JÚDICE, José Miguel Alarcão, Advocacia: Um Admirável Mundo Novo?, in Revista
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■ LUÍS, Alberto, No Universo da Jurisprudência dos Conselhos, in Revista da Ordem
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Jurisprudência
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Ordem dos Advogados, in www.oa.pt.
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Ordem dos Advogados, in www.oa.pt.
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www.oa.pt.
■ Parecer n.º 30/2003, do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, in
www.oa.pt.
■ Parecer de 07-08-2003, número não identificado, do Conselho Distrital de Lisboa da
Ordem dos Advogados, in www.oa.pt.
■ Parecer n.º 76/2003, do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, in
www.oa.pt.
■ Parecer 83/3003, do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, in
www.oa.pt.
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