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Biblicamente não existe a possibilidade de que uma igreja local seja administrada por
apenas um pastor, a não ser apenas nos seus começos. A ordem novotestamentaria está
no plural “anciões”. Como a Ética Pastoral é válida para todos eles, nesta Matéria nos
dirigimos em singular a todo líder ou servidor da Igreja, como “Pastor”, até mesmo os
diáconos, ainda quando algumas recomendações pertençam somente aos ministros do
pentágono bíblico.
Falamos em ministros; se a esposa não for ministra, o ser esposa de ministro já é o bastante
e digno. E também a menção é aos cinco ministérios de Efésios 4. 11 que já sabemos,
todos eles podem pastorear o rebanho local do Senhor Jesus.
Numa igreja grande será normal designações como “pastores” a líderes de crianças,
adolescentes, jovens, mulheres, homens ou empresários, entre outros grupos integrantes
da Igreja. Mas isto não é o recomendado biblicamente. No Novo Testamento só existem
os cinco [ou quatro, para outros] ministérios de liderança da Igreja Local.
A Bíblia nunca tem algo para as denominações ou qualquer outro modelo de “igreja”
como os “ministérios” e as “comunidades”. Tudo o que ela estabelece é para a Igreja na
sua dimensão local [uma cidade = uma Igreja], ou universal.
1. O tempo do pastor
Na maioria dos casos, o pastor lida com um tempo misto entre o ministério e o trabalho
secular. Isto, naturalmente é uma desvantagem para ele e para a sua família e para a Igreja.
Existem várias razões para que a classe pastoral tenha chegado a este estado, o qual não
temos como mudar, mas sim como adaptar-nos nele. Este trabalho não é especificamente
sobre a temática, que requer uma monografia bem mais extensa e completa, abordando
aspectos tais como o sociológico, o político, o trabalhista, o ministerial propriamente, o
denominacional, entre outros. Aqui só estaremos estabelecendo a melhor ética que
consideramos apropriada para todo servidor full time ou part time na Igreja:
Se seu chamado for para tempo parcial e ele decidir cumpri-lo em tempo completo,
sofrerá à toa e levará à sua família e comunidade a também sofrer em vão. Se o seu
chamado for para exerce-lo em tempo completo, mas ele o desenvolver apenas num
tempo parcial, a mesma coisa; não fará bem nem uma coisa nem a outra.
Entretanto, a maioria dos novos pastores estão cometendo um grave erro; o de abandonar
suas profissões ou ocupações seculares para se dedicar em tempo integral ao ministério.
Músicos e adoradores: Amar numa vida de extrema piedade e devoção a Deus, privada
e pública igualmente, prioritariamente, e habitar em plenitude os Salmos
permanentemente, e secundariamente ter conhecimento da área técnica pública;
Lembre-se que já ensinamos que os três passos para chegar a pertencer a um dos
ministérios de Efésios 4. 11 são: chamado, ungimento ou autorização espiritual ou de
créditos, e finalmente a designação da parte de Deus segundo o processo que cumpriu
Jesus para ser a ser reconhecido Cristo e Senhor em Romanos 1. 1-4.
Alimentação Espiritual: Se Jesus não se tivesse cuidado na terra, tivessem lhe matado
antes do tempo predeterminado por Deus. Em várias ocasiões ele se escapou dessa
possibilidade, porque discernia os tempos. Por um lado, nenhum pastor precisa morrer
pelas pessoas, porque Jesus já o fez e agradou ao Pai completamente, destruiu ao Diabo
sentencialmente e resolveu nossa dívida para com o Deus Justo definitivamente. Por
outro, todo pastor deve imolar-se constantemente pelas ovelhas do Senhor (Cl 1. 24). Para
a salvação das pessoas, nenhum ser humano pode deve ou resolve morrer pelos outros.
Pela santificação e a perfeição do salvo no Corpo, ainda cada servo deverá se derramar
em libação por ele e a Igreja toda.
O tempo dele é servir às ovelhas do Senhor, e para tanto, deverá zelar por sua vida e seu
bom viver como exemplo; não necessariamente em conforte ambiencial senão em vida,
exemplo e saúde integral. Até mesmo porque a principal característica e o principal
trabalho do Pastor deve ser o de ALIMENTAR ÀS OVELHAS, no espiritual. Mateus 24.
45-51.
O Eclesiastes nos afirma que comer é um dom. e é mesmo, mas espiritual, porque quem
mais tem esse dom é o crente, na verdade. Mas precisamos vigiar para não dar mais
importância ao comer e beber físico que à alimentação espiritual genuína. Valha-me a
ironia!
Sarar e Ativar: O quinto serviço que implica cuidar as ovelhas de Cristo é o de sarar e
potenciar. Como a um doente na família. Os pais o curam e quando o certificam adequado,
e com a situação resolvida e tudo harmonizado de volta na vida de um filho, logo o
potenciam ao trabalho, à ação talvez gradualmente, e com muita motivação.
FTA: FACULDADE TEOLÓGICA APOSTÓLICA 4
Quem pastoreia pessoas como ovelhas têm tanto na lição dos rebanhos de ovelhas quanto
na lição da família seus principais referenciais para saber como manter uma ética coerente
e concordante com a sua função, sem ir além, e sem ficar aquém.
Não se pode ser bom pastor e na mesma vez um excelente diretor executivo nem muito
menos “dono de igreja”. Ou pastoreamos, ou passamos a fazer parte de uma diretoria,
mas nunca a comandar a Igreja ou setor de serviço da Igreja como donos dela ou do
pedaço.
Como sempre, o conteúdo desta Matéria também se limita ao ensino bíblico para a Igreja
no modelo de Cristo Jesus, o Dono, Senhor, Noivo e Esposo, e por esta razão abordamos
antes de falarmos da Ética Pastoral, os tipos de trabalhos se incluiriam debaixo do rótulo
de cuidados pastorais. Uma vez esclarecido isto, agora vamos a nos abocar a diferentes
aspectos da Ética que os que pastoreiam, sejam designados, aspirantes ou apenas líderes
de áreas devem manter no seu serviço. Esta parte não será exclusiva para o Pastor-Pastora
senão geral, mas cada servidor deverá descobrir o quanto lhe atinge para se apropriar
validamente do ensino:
2. A confidencialidade do pastor
O ensino apostólico para os judeus recém convertidos, de Tiago Apóstolo mostra como
“os anciões” [em plural] representam à Igreja quando o caso é de um irmão enfermo que
ficou em cama e não pode se reunir com os irmãos publicamente (5. 14-16).
O ensino de Jesus em Mateus 18. 15-20, quando a Igreja não tinha sido ainda lançada,
mas, aproveitando que no capítulo 16 Jesus havia acabado de revela-la, evidentemente
não se refere à Igreja revelada e ainda não gerada, posto que nesta os gentis são recebidos,
e aqui quem se negar ao confessionário devia ser tido por gentil. O contexto aqui é uma
reunião de judeus em preparação para o advento da Igreja; no caso, os discípulos, que
todos eles eram judeus. Na passagem claramente se vê que se trata de um tempo de
transição, posto que aparece o Pai nos céus respondendo, e o Filho na aterra, e a reunião
Contudo, os pastores mais que ninguém, já que aqui a mensagem fora entregada aos
discípulos de Jesus, são os autorizados a resolver tais questões entre dois irmãos ou entre
um deles e um dos líderes, ou ainda mais, entre uma terceira pessoa em relação com a
Igreja como em Tiago, porém, a Igreja localmente unida e um único presbitério.
Nenhum pastor pode tratar nenhum caso de conflito ou ofensas fora do padrão
estabelecido aqui por Jesus e tão verdadeiro que os apóstolos o aplicaram na parte das
testemunhas até para tratar os casos de pecados de um dos anciões em destaque.
Paulo Apóstolo explica isto em 1 Timóteo 5. 17-21 aplicando a norma judaica das
testemunhas a o caso de um “presbítero” que peca publicamente, e não a qualquer outro
caso. Se a menção aqui é a um presbítero, recomendada ao presbítero Timóteo,
claramente se deduz que o tratamento deve ser o seguinte, no âmbito da confissão:
Antes de mais nada, aos presbíteros, quanto mais excelentemente desempenhem suas
funções, e no caso, se duplicam ministérios, como muitos pastores são pastores-mestres;
alguns profetas são profetas-evangelistas; e todo verdadeiro apóstolo é também profeta,
evangelista, pastor e mestre, se deve honrar multiplicadamente.
Em seguida, se contempla que o presbítero Timóteo não deve aceitar acusação contra
outros presbíteros [em igualdade de autoridade, por ser parte do mesmo presbitério].
Em quarto lugar, aqui na BKJ diz “aos que vivem na prática do pecado” e na VRV
española diz “aos que persistem em pecar”. Enquanto o pecado de um presbítero era
privado, ninguém devia saber; a Igreja não tem nenhuma autoridade para requerer saber
e muito menos tratar e decidir sobre o tal, senão somente em privado no Presbitério. Mas
quando a pessoa permanece no pecado ele se torna público, e é nesse momento que o
presbítero Timóteo devia pedir o testemunho de duas ou três testemunhas do povo para
tratar publicamente o caso, começando com a repreensão.
O Ministério da Igreja Local deverá se certificar qual é a lei que vigora neste quesito da
confidencialidade, o sigilo e os limites das confissões, pois, alguns países o legislam, na
maioria dos casos, as conversas casuais no estacionamento da igreja ou na reunião de uma
comissão, não estão contempladas baixo as restrições legais de confidencialidade Nos
Estados Unidos vários estados tem tratado de proteger a responsabilidade dos ministros
para guardar o secreto de certos diálogos, onde se lê que o ministro ordenado «não será
obrigado» a revelar uma confissão ou confidência que tenha que ver com o seu trabalho
profissional. Desde o ponto de vista destas leis, o pastor pode ter violado a
confidencialidade se compartilha a informação com o seu cônjuge sem a permissão da
pessoa involucrada.
Caso a confissão envolver um terceiro, o assunto deve ser como mínimo compartilhado
com um dos pastores oficiais, ou até mesmo transferido ao Presbitério. Sempre será
importante que o compartilhar seja feito ao Presbitério e não somente a um de seus
pastores, pela sensibilidade do caso, e também porque as decisões como as seguintes,
devem partir dele e não de apenas um dos pastores, se a intenção é a de ajudar de verdade
e prevenir.
Ao Presbitério e nem à Igreja compete sentenciar judicialmente nada; por tanto, a decisão
por entregar a alguém à Polícia ou à Justiça deve ser decisão acordada e no Espírito, e
ainda, tratada também com o confessante antes, ou depois.
Ainda, o pastor precisará tratar de obter a permissão de seu aconselhado para contatar às
autoridades, convenientemente.
Pelo fato de que o pastor é também um profissional, lhe corresponde definir os parâmetros
e fixar os limites para sua atividade de consultoria, aconselhamento e cuidados. Será
apropriado definir tais limites e regulamentos antes mesmo de começar a atividade. A
seguir enumero os limites por tipos:
De Lugar: Sempre melhor num lugar específico como Gabinete Pastoral, sem portas
laterais a outras dependências que possam gerar preocupações na pessoa que busca ajuda.
De Contato Físico: As interpretações dos contatos variam, não apenas por assunto de
preferência pessoal, senão também em função de normas culturais. “Todo cuidado é
pouco”, mas sem paranoias.
Tendo em conta que hoje, como nunca antes, a atração sexual não se dá tão limitadamente
entre pessoas de ambos os sexos, senão também entre pessoas do mesmo sexo, e as valhas
morais tem se abandonado e quebrado tanto, que não se respeitam a idade nem os limites,
e tampouco a nossa influencia social e o impacto negativo que se fere ao Corpo de Cristo
diante da sociedade.
Não podemos nem devemos trazer para os nossos dias modelos do Antigo Testamento.
Veja o que diz Paulo em 2ª Coríntios 10. 11: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras,
e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” [ACR].
” Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para
nós, sobre quem tem chegado ao fim dos tempos” [NVI]. Tudo quanto está no Antigo
Testamento nos deve servir de EXEMPLO e ADVERTENCIA, mas não MODELO.E
ainda em Colossenses 2. 16-23 Paulo mostra que as regras que estavam tentando impor
nos novos salvos eram vãs, e as chama sombras da realidade. João em 1. 17 diz que “a
graça e a realidade vieram por Jesus Cristo”.
Quanto ao dinheiro em si, Jesus adverte contra “o engano das riquezas”, mas não contra
as riquezas. Também mostra que ainda quando os ricos podem ser salvos, porque a
salvação não depende do homem, de seu estado, de seu dinheiro, lhe seria difícil herdar
o reino dos céus que é o Milênio.
No Antigo Testamento todo sacerdote e levita tinha por salário os dízimos do povo, e
mais 48 cidades destinadas a eles todos juntos, na Nova Canaã. No Novo Testamento a
liderança tem o mesmo Direito, mas o povo (misto) não tem a mesma Obrigação.
Aqui claramente o Senhor diz que “o dinheiro é dos outros” diante de um de seus servos,
e que eles deviam se definir decididamente por servir a Deus ou ao dinheiro. O dinheiro
é o pouco; o Reino de Deus é o muito que eles estavam conhecendo.
“Ganhar amigos” aqui é salvar pessoas para Deus. Um “servo” amarrado ao dinheiro não
gera amigos de Jesus, porque nem ele é amigo. Mas um servo obediente ao Senhor, de
íntima confiança nele e dele, logo se transforma em amigo do Senhor e pode ganhar novos
amigos para Deus. O servo que cresce de servo para amigo de Jesus é porque entra aos
mistérios de Deus, os secretos do Reino. Ter ao dinheiro como nosso servo e não nós a
ele, é um mistério que não vale como receita senão como vida; viver e ensinar a viver.
O dinheiro, o poder aquisitivo, os bens materiais que o servo de Deus tenha não são para
ele entregar emprestar, dar, vender ou rifar para a Igreja, senão para usa-los para ganhar
amigos de Jesus, gente que aprenda a viver o mistério do DAR porque o seu dinheiro lhe
obedece e não que ele obedeça ao dinheiro.
O pastor trabalha no ministério, merece seu descanso, comer e beber, ter deleite sexual, e
acumular conhecimentos, mas acima de tudo, ter o temor de Deus em tudo. A Igreja não
está obrigada debaixo da Graça a dizimar e ofertar, mas sim tem o dever de considerar e
reconhecer o trabalho de seus pastores, tendo por regra espiritual o mínimo do dízimo
judaico [Mt 5. 20; 23. 23-24; 1Ts 5. 12, 13; Gl 6. 6; 20. 1-15; 26; 27; Mr 14. 7; Hb 13. 7;
17].
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7. Trabalhar por salário. No mundo organizado em que vivemos, merece que o pastor
tenha carteira assinada, e segurança social e médica, mas nunca depender disto
para servir ao Senhor. Que ele se ofereça como mártir, é banal, e vão.
O Novo Testamento não usa a palavra embaixadores por acaso nem por querer copiar
algo do mundo para fins utópicos dos servos de Deus. O conceito é realmente válido
porque o Espírito assim revelou e tomando um conceito humano, comum e corrente,
aplicou-o apropriadamente aos servos de Deus em 2Co 5. 18-20 e não ao crente comum.
Até pode acontecer que os crentes tenham palavras de reconciliação, mas não ministérios.
Se tomarmos o contexto imediato que vem do versículo 11 ao 6. 10, veremos que estava
havendo gente que se considerava apóstolos e servos de Deus baseados na aparência.
Paulo aqui com Timóteo (1. 1) vai falar sobre o que é ser o que as pessoas dizem ser, sem
a realidade, e que é ser de verdade. O ser de verdade dos servos do Senhor, sejam
apóstolos ou discípulos dos apóstolos, profetas, evangelistas, mestres, ou pastores é o ser
EMBAIXADORES dos céus na terra.
A quarta credencial deles era o amor de Deus neles que os fazia ver a todos mortos. Não
mais se guiariam pelo que as pessoas eram no passado ou ainda fossem, senão vendo ao
salvo através do sangue de Jesus. E quem quer que não viva para Deus e ainda estivesse
vivendo para eles, os apóstolos aqui sentem estar autorizados a não declara-los nativos de
sua Pátria Celestial à qual representavam na terra.
A quinta e última credencial que o apóstolo apresenta aqui é a reconciliação de Jesus para
com Deus. Pessoas que realmente estejam já reconciliadas com Deus não andam fingindo
nem vivendo na sua vida de pecador antigo. Elas foram feitas novas criaturas e isso era
realidade em Paulo e ele também usava esta visão para julgar aos que se diziam apóstolos,
não sendo. Ele seria solidário e humilde para admitir em Cristo aos desconhecidos,
sempre que dessem provas de que estão reconciliados em Deus, por Cristo. Neste quadro
o apóstolo se mostra exitoso, excelente e solidário.
Com o tempo também João nem entendia porque ficara exilado numa ilha, até que no Dia
do Senhor Jesus Cristo este se lhe revela mostrando a verdadeira causa e o verdadeiro
propósito em preserva-lo ali. O “público alvo” da apostolicidade cristã mudou de só
judeus para judeus por um lado e gentis por outro, e agora mudou para a própria Igreja
no seu todo como comunidade composta de toda classe de gente, raça e nações, à qual
João está sendo enviado e de quem temos o Apocalipse para aqueles dias e para hoje e
também para o futuro dos vencedores de Deus, a Igreja.
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8. Como servir como presbítero e como dar sem ser abusado, e receber sem
abusar:
Tendo em consideração o que já foi dito aqui que usaria o termo “pastor” na forma geral,
incluindo todos os trabalhadores e todos os que servem sem ser obreiros na Igreja, neste
item veremos aos ministros devidamente empossados para liderar. Nas nomenclaturas
para os líderes no Novo Testamento nenhum se relaciona com dinheiro; somente a
expressão “obreiro”. Só deviam ser considerados OBREIROS os ministros assalariados,
e os não ministros dentro de Efésios 4. 11, são todos diáconos e não ministros.
O pastor trabalha junto a outros pastores, como mínimo, o seu cônjuge. O cônjuge que
não tem chamado ao ministério, no mínimo deve ser um cooperador do outro assim como
os apóstolos tinham cooperadores fiéis, incluídos mulheres ricas. Junto de um
companheiro ministerial, o pastor antes de tudo deve andar em absoluto acordo com o seu
parceiro antes de pretender andar em harmonia com a Igreja.
Dar sem ser abusado, e receber sem abusar: O pastor não é nem pode ser prestamista,
avalista, sócio empresarial, sócio de entidades fora da Igreja, mas sim de ministérios
paraeclesiásticos; nem pode ser bombeiro, agente de primeiros auxílios, professor
voluntario, fretador, muambeiro, nem muito menos curandeiro ou exorcista.
O pastor tampouco pode nem deve sentir-se devedor a quem quer que seja que oferte ou
lhe ajude em algo, senão sempre, sem abusar, deve tomar toda ajuda, apoio, oferta,
socorro como serviço dos irmãos à Obra como devem. Caso perceber que os irmãos não
entendem assim, deve ensina-los nas verdades bíblicas baseadas na filosofia de Deus que
é DAR, e a diferença entre as obras humanas e a Obra de Deus. No caso de contratar um
serviço fora da igreja, deve pagar como corresponde. Se o tal pastor carece da visão da
Obra de Deus e ele próprio prioriza a denominação ou ministério dele, ou projeto, será
justo e necessário que também pague aos irmãos seus serviços, mas se tem ensinado
corretamente, e mostrado com a vida o exemplo de fazer genuinamente a Obra de Deus,
não pode se sentir em dívida com ninguém, porque a Obra não é dele, senão de Jesus.
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9. Como festejar vitórias e como admitir derrotas ou fracassos
O Pastor jamais pode atrelar as vitórias da Igreja ou atribui-las a seu esforço, sua entrega
de propriedades, carros, dinheiro ou trabalho a seu favor, ou a outros irmãos ou doadores
até de fora dela. Isto não impede que se reconheça e honre publicamente a quem mereça,
mas jamais fazer tais doações ou esforços méritos do sucesso, porque isso é tirar do
Senhor e Dono, provedor da Igreja, Jesus, a glória para desvia-la.
Ele deve ensinar a realidade do Holocausto em que a oferta virava cinza. Romanos 12. 1-
2 tem na mente do autor essa ideia em conta, e mostra duas verdades principais: 1. A
oferta deve ser de um ser vivo, consciente, não um animal morto, e; 2. O sacrifício é de
todos, não do indivíduo. Por tanto, quem quer que oferte na verdadeira Obra de Deus deve
fazê-lo sabendo que a sua oferta perderá a identidade no fogo de Deus, que é o culto de
Deus, e não nosso, e virará a oferta de todos juntos como um só corpo.
Quando o foco das celebrações é o Senhor Jesus e o sacrifício corporativo de toda a Igreja,
sem fazer ressaltar pessoas, e só então há culto a Deus. Derrotas ou fracassos seriam quase
inexistentes, mas havendo, o pastor deve ser humilde em reconhece-lo e sábio em fazê-lo
mancomunado, que quer dizer que todos são parte dos ganhos e também das perdas.
Deverá ensinar com ensino bíblico e exemplo de vida a que devem dizer “amém” de
coração diante as decisões por acordo em que um indivíduo não concorda, ou quando é
um indivíduo que decide e faz unilateralmente na vida da Igreja. Não porque o indivíduo
está no certo e os demais errados, é que o certo deve se abster de dizer amém, e se apartar
e não apoiar. Desta forma ele estará semeando divisão e contenda. Não importa fazer
errado algo; o que importa é cuidar da unidade, e para tanto, as vezes quem está certo
deverá acatar a decisão dos errados em paz, porque Jesus ainda é o Cabeça que cuida de
tudo.
O Amém no uso de Jesus muitas vezes vinha antes de qualquer sentença, como quando
Ele diz “em verdade, em verdade vos digo...” e só depois faz uma declaração. Essa
expressão é a mesma que AMÉM no original. Ela não apenas serva para afirmar algo
como também para expressar desejo, e no Apocalipse é um dos nomes do Senhor Jesus,
por tanto, dizer amém equivale a invocar o nome do Senhor conforme Romanos 10,
quando Ele vem no instante para ajudar.
Paulo era viúvo, solteiro ou divorciado. O mais provável é que tenha sido casado, posto
que na sua hierarquia judaica não era permitido solteiros, e na vida d Igreja ele prescindiu
de uma esposa com ele em suas viagens deliberadamente, como Barnabé também, mas
Pedro não. Isto mostra que a condição cível não conta quando de ministério se trata.
Contudo, cada um deve respeitar e honrar o que é ao momento de ser chamado ao
ministério, e não largar tudo para cumpri-lo. Isto também inclui que o ministério requer
certo desembaraço cívico a fim de que o Espírito não tenha dificuldade em dizer ao tal
“passa para aqui e ajuda aos irmãos...”, como também as estruturas denominacionais
impedem ao Espírito usar livremente aos Obreiros Do Senhor.
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Entretanto, o pastor deve ter uma só esposa ou um só esposo (aqui, em 1Tm 3. 1-7 como
em todo o Novo Testamento se usa a figura de linguagem denominada sinédoque, que
toma o todo pela parte, e dependerá de nosso discernimento, as regras de interpretação
correta e sentido comum), pois, não poderia significar que as mulheres podiam ter vários
maridos. Tal desembaraço jamais pode implicar descuido, mas sim certo acordo como em
1Co 7. 2-5.
Quanto aos filhos, quando há, a Psicologia do Crescimento nos mostra como é importante
respeitarmos a gradualidade da maduração intelectual e espiritual deles. Não há como
fixar idade, mas sim reconhecer o crescimento e maturidade de cada um, e um princípio
judaico que o Novo Testamento não nega, que é a validade da família até a quarta geração:
pai, filho, neto e bisneto pelo lado dos pais, e pelo lado de nossos filhos, o filho, seu filho,
seu neto e seu bisneto.
Aqui temos a família nuclear e estendida dos pais e a família nuclear e estendida dos
filhos que casam. Mas também contam alguns outros fatores, como em tanto e em quanto
os filhos dependerem em algo dos pais, devem maior obediência, e se forem os pais que
dependerem deles, nem por isso perdem a sua autoridade sobre eles. E finalmente, devem
os pastores mais que ninguém ter em conta as palavras de Paulo aqui: “Eis aqui estou
pronto para... ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso,
mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os
filhos” [2Co 12.14].
O pastor quando vai a qualquer casa alheia, seja de um irmão em Cristo ou descrente,
oficina, empresa ou gabinete profissional de outrem, deve se comportar com excelência.
Nas filas e na vida social comum: Não deve quebrar filas, nem se adiantar na busca de
atendimento. Não pode interromper o atendimento entre o atendente e o cliente. Deve ser
paciente, educado, gentil, e solidário.
Na oficina de concertos ou outros afazeres: Nunca deve procurar ser priorizado. Caso
precise, gentilmente deve pedir licença para quem está na frente. Também não pode
especular melhor preço nem rebaixar o trabalho alheio; pelo contrário, se possível, até
abençoar generosamente a quem o serve, no que puder.
Nas empresas: Não deve se mostrar interessado nem louvar ao interlocutor pelo seu
sucesso ou prosperidade. Apenas deve ser amável e sinceramente feliz com o sucesso
alheio, sem hipocrisia, e sem desviar o louvor que corresponde ao Senhor para os homens.
Nos Gabinetes Profissionais: O máximo de etiqueta, ainda seria pouca. Porém, tudo
deve ser feito com autoconfiança, segurança, altura e honestidade.
Na casa dos irmãos, amigos ou desconhecidos: Não pode nem deve ficar observando
as coisas que ali existem. Não pode corrigir nada, sugerir melhoras ou modificações de
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nada. Não pode sentar de cara ao interior, a menos que não haja outra possibilidade; se
convidado a sentar, deve escolher um lugar de costas ao interior da casa. Deve ser gentil,
educado, paciente, saber ouvir e falar somente o necessário.
Caso não lhe tenham pedido, pode pedir para orar, segundo o caso, e faze-lo com respeito
e simplicidade uma oração curta e sincera, sem gritos nem “profetadas”, ameaças ou
doutrinas. Nunca ordenar “vamos orar!”. E se ministrará, fazer com solenidade. A Oração
é a Deus, e não aos homens.
Nenhum pastor pode descuidar este aspecto, devido a que os cristãos temos duas
cidadanias, a celestial e a terrena, e habitamos no espaço da terrena o tempo todo; por
tanto, a nossa preparação para a cidadania celestial se dá desde o novo nascimentos,
passando pela consagração, logo a santificação, e só no final deste processo o ministério,
ou vida ministerial.
Entretanto, a nossa preparação para a CIDADANIA TERRENO não pode jamais ser
descuidada, posto que os cinco estádios que acabamos de ver aqui devem ser vividos e
expressados na terra.
O que o pastor não deve fazer é PARTIDARISMO nem oferecer a Igreja como palanque
de campanha nem perseguir um partido defendendo outro na Web, nem incitar à rebelião
as autoridades fora dos Direitos de Cidadania que a Lei autoriza como as greves e as
manifestações de rua. Mas a boa política, que significa “a arte de governar” se deve fazer
sempre. Lemos de “política de boa vizinhança” em filipenses 4. 5: “Seja a amabilidade
de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor” (NVI). Em tanto nos vemos com
qualquer pessoa em nossa cidade, devemos fazer conhecida nossa política cristã de boa
vizinhança.
Toda Igreja e todo pastor deveria ter a disposição para todo o povo de Deus palestras,
cursos, seminários a vida toda sobre CIVILIDADE E CIDADANIA.
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