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Sistema Operacional Linux

Curso Básico

Leonardo Brenner
Paulo Fernandes
i

Sumário

1 Apresentação e Conceitos 1
1.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Sistema de Arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 Instalação e Inicialização 3
2.1 Como Instalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Inicializando o Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 Shell Básico 5
3.1 Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Capacidades e Funcionalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 Comandos Básicos do Usuário 7


4.1 ls . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.2 cp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.3 mv . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.4 rm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.5 man . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.6 Compactar e Descompactar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.7 Pipe e Filtros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.8 Funções com Diretórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

5 Gerenciamento de Usuários e Permissões 11


5.1 Adicionar e Remover Usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.2 Mudar Permissões e Atributos de Arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . 12

6 Conceitos Avançados 13
6.1 Gerenciamento de Pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.2 Gerenciamento de Dispositivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.3 Funções de Rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

7 Sistema X Windows 15
7.1 Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
7.2 Interfaces (GNOME e KDE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
7.3 Inicialização e Configurações Elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8 Principais Aplicativos Gráficos 17
8.1 Navegadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
8.2 Suites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Capítulo 1

Apresentação e Conceitos

O que é Linux? Por que usá-lo? Quais as vantagens que ele tem?
Vamos com calma, o Linux é o sistema operacional baseado em Unix, desenvolvido
para rodar sobre computadores PC AT e compatíveis. Linux é um sistema livre e aberto,
ou seja, você não precisa pagar por ele e ainda tem os fontes acessíveis para que qualquer
usuário possa olhá-los e/ou modificá-los. As vantagens são várias, o Linux é um sistema
operacional sólido, não fica dando erro a toda hora, você pode atualizar o sistema quando
quiser sem pagar nada por isso, é menos sucetível a vírus e várias outras vantagens que
você só vai perceber usando.
Mas ele não tem desvantagens?
Claro que tem, ainda não muitos desenvolvedores para Linux, então tecnologias no-
vas, produtos muitos recentes demoram pouco para serem reconhecidos pelo Linux, mas
isso está mudando a medida que cada vez mais usuários estão aderindo ao sistema e pre-
cionando as empresas a lançarem drivers para Linux como hoje é feito para Windows.

1.1 Histórico
O Linux surgiu “oficialmente” em 05 de outubro de 1991, quando um estudante de Ciên-
cia da Computação da Universidade de Helsinque, na Finlândia anunciou que havia con-
seguido implementar o kernel (núcleo) do sistema e rodado algumas funções básicas exis-
tente nos sistemas Unix. Esse jovem estudante chamava-se Linus Torvalds e tinha apenas
21 anos na época.
Linus colocou em prática um desejo que muitos usuários tinham, ou seja, uma alterna-
tiva sólida e barata ao Microsoft Windows, claro que já havia outras opções de sistemas,
como Unix, Xenix e mesmo o Minix (um pequeno Unix desenvolvido por Andy Tannen-
baum), mas quase todos tinham custos inacessíveis para usuários comuns e/ou nenhum
deles implementava tudo o que os usuários precivasam.
Em outubro de 1991, Linus colocou então na internet a versão 0.02 do Linux colo-
cando a seguinte mensagem:
“Você suspira por melhores dias do Minix 1.1, quando homens serão homens e es-
creverão seus próprios “device drivers”? Você está sem um bom projeto e está morrendo
1.2. SISTEMA DE ARQUIVOS 2

de vontade de colocar as mãos em um S.O. no qual você possa modificar de acordo com
suas necessidades? Você está achando frustrante quando algo não funciona em Minix?
Chega de atravessar noites para obter programas que trabalhem correto? Então esta
mensagem pode ser exatamente para você?
Como eu mencionei a um mês atrás, estou trabalhando em uma versão independente
de um S.O. similar ao Minix para computadores AT-386. Ele está, finalmente, próximo ao
estágio em que poderá ser utilizado (embora possa não ser o que você esteja esperando),
e eu estou disposto a colocar os fontes para ampla distribuição. Ele está na versão 0.02...,
contudo, eu tive sucesso rodando bash, gcc, gnu-make, gnu-sed, compress, etc. nele.”
O que a maioria julgava que seria a derrota do Linux, a livre distribuição dos códigos
fontes, foi o que mais impulsionou o sistema. Vários usuários ao redor do mundo con-
tribuiram e continuam a contribuir para tornar o Linux cada vez melhor, e tudo isso sem
pedir nada em troca.
O Linux é mais do que um sistema operacional, é uma nova filosofia de desenvolvi-
mento e distribuição de software voltado para o usuário e não para a empresa que o produz.

1.2 Sistema de Arquivos


O Linux trabalha com um sistema de arquivos o qual foi baseado em Unix e é um pouco
diferente do sistema de arquivos do Windows ou mesmo do antigo DOS, por isso não
fique deserperado se você não encontrar seu driver de disquete a primeira vista, ele está
lá, é só procurar no lugar certo.
O Linux usa a idéia de diretório, não existe C:, A: ou qualquer outra letra qualquer
para nomear um driver, cada um destes dispositivos é montado então como um diretório,
por exemplo, o driver de disquete é comumente montado no diretório “/mnt/floppy”, ou
seja, se você copiar um arquivo para o diretório “/mnt/floppy”, na verdade você estará
copiando um arquivo para o disquete. Isso pode ser feito também para os drivers de CD-
ROM (normalmente no diretório “/mnt/cdrom”, e mesmo para um outro HD que você
deseja instalar. Mais adiante é explicado como montar cada driver.
Capítulo 2

Instalação e Inicialização

Ao contrário das primeiras distribuições do sistema Linux, as distribuições mais recentes


do sistema estão bem mais amigáveis ao usuário leigo. Muitas delas já trazem um assis-
tente que dá suporte a todo o processo de instalação.
Nas seções que seguem são dados os primeiros passos no Linux, ou seja, a instalação
e a inicialização do sistema.

2.1 Como Instalar


Uma das principais dificuldades de quem precisava aprender Linux era a instalação,
precisava-se conhecer detalhes da máquina que muitas vezes não estavam disponíveis,
nas versões mais recentes isso já não é tão necessário, pois muitas distribuições já detec-
tam as configurações da máquina automaticamente.
Mas vamos com calma, não vá tentar instalar a última distribuição no XT que estava
esquecido no porão. As primeiras versões do Linux rodavam tranquilamente em máquina
pouco poderosas, as últimas já precisam de máquinas melhores para ter um bom desem-
penho. Porém, para uma instalação mínima um processador 386, 300 a 450 Mb de espaço
em disco e 16 Mb de memória RAM já servem, porém é necessário lembram que há várias
distribuições de Linux e esses dados podem váriar um pouco.
Vamos agora ao que interessa. Os passo necessários para a instalação do Linux 1

inicializar o sistema pelo CD-ROM

escolher o modo de instalação, o padrão é o modo gráfico e é só teclar <ENTER>

escolher o idioma em que se seguirá a instalação

escolher o modelo e layout do teclado, caso você não saiba no momento, isso não
vai afetar o funcionamento do sistema e poderá ser trocado a qualquer momento

escolher o modelo do mouse, caso não saiba use o genérico


1
Vamos citar o caso da distribuição RedHat 7.2, mas a maioria das distribuições recentes seguem os
mesmos princípios.
2.2. INICIALIZANDO O SISTEMA 4

escolher o tipo de instalação, de preferência a workstation

fazer o particionamento da unidade de disco

esperar a cópia dos arquivos necessários

caso tem uma placa de rede, configurar os dados ou ativar o DHCP

escolher o monitor, normalmente é detectado automaticamente

escolher a placa de vídeo, normalmente também detectada automaticamente

informar a senha do administrador

informar qual o sistema de inicialização, o padrão é o LILO

espere o Linux terminar a instalação e reinicialize o sistema

Outros passos podem ser solicitados conforme as escolhas nos passos anteriores, mas
na grande maioria dos casos não influenciam no resultado final da instalação.

2.2 Inicializando o Sistema


Por ser um sistema multi-usuário o primeiro passo no Linux é fazer um login no sistema
para ter acesso a sua conta. Para isso deve-se iniciar uma seção informando o nome
de usuário (username) e a senha. Você só vai conseguir se logar no sistema caso seja um
usuário cadastrado, não adianta informar qualquer nome e senha que o sistema não aceita.
Se você não sabe seu username e senha peça para o administrador.
Existe dois tipos principais de usuários, os usuários comuns e o administrador. Quando
você entre com usuário comum, você só precisa informar seu username e sua senha para
efetuar o login. A sua linha de comando será identificada por $. Caso você entre como
administrador do sistema, no username deve ser informado root e em seguida a senha do
administrador (aquela cadastrada na instalação) e a linha de comando será identificada
por #.
Depois de se logar no sistema, você está apto a utilizar todos os recursos disponibi-
lizados para você, assim como, ter acesso aos seus dados particulares.
Para sair do sistema dois comando podem ser usados: logout ou exit, os dois aban-
donam a seção em que estão e ficam esperando o login de um novo usuário. Caso você
queria desligar a máquina, deve-se digitar poweroff ou mesmo halt, os dois param o sis-
tema, porém o administrador pode não liberar esses comandos para o usuário comum,
ficando sob responsabilidade exclusivamente dele desligar ou reinicializar o sistema.
Capítulo 3

Shell Básico

3.1 Conceitos
O shell é o interpretador de comandos padrão para o sistema Linux, quando este está
operando em modo textual. O shell nada mais é do que uma interface onde o usuário
digita os comandos que deseja executar, encarregando o shell de fazer as chamadas ao
núcleo do sistema, poupando o usuário de ter que lembrar um conjunto de chamadas ao
núcleo, precisando apenas lembrar o nome do comando.
O Linux possui várias opções de shell, cada uma com características diferenciadas,
mas todas implementam as funções mais comuns. O shell padrão para o Linux é o Bourne
Again Shell, mais conhecido como bash.
É importante ressaltar que todos os shells diferem letras maiúsculas e minúsculas, ou
seja, caso o nome do comando esteja em minúsculo, não irá funcionar se você digitar
em letras maiúsculas. Combinações entre maiúsculas, minúsculas e outros caracteres são
aceitos como nomes de arquivos.

3.2 Capacidades e Funcionalidades


O shell possui vários recursos interessantes, um dos mais usados é a finalização de co-
mandos. Atráves da tecla <TAB> o shell finaliza o comando iniciado pelo usuário. Este
é um recurso bastante útil para comando longos e principalmente quando há mais de
um comando que inicie com as mesma letras, o shell exibe todas as opções de coman-
dos disponíveis iniciadas por aquela seqüência, facilitando principalmente se o usuário
não sabe todo o comando, mas tem alguma idéia e pode procurar por tentativas. Esta
mesma funcionalidadeestá disponível para os nomes de arquivos que são passados como
parâmetros de comandos. Digita-se o início do nome do arquivo e preciona-se <TAB>.
Outra funcionalidades bastante usada no shell são os scripts. Os scripts são uma se-
qüência de comandos armazenados em um arquivo textual com permissão de execução.
O shell lê esse arquivo e executa o conjunto de comandos descrito nele. Essa funcional-
idade é muito usada para grande seqüências de comandos que precisam ser repetidas
várias vezes. No Windows esse tipo de script é conhecido com arquivo de lote (batch) e
3.2. CAPACIDADES E FUNCIONALIDADES 6

normalmente tem a extensão “bat”.


O arquivo com o script pode ser editado em qualquer editor de texto, como o vi por
exemplo, o único porém é que deve-se cuidar para que o arquivo tenha permissão de
execução, isso é feito com o comando chmod, que veremos mais adiante.
Capítulo 4

Comandos Básicos do Usuário

Os comandos básicos compreendem um conjunto de instruções mais usadas no dia-a-dia


de um usuário comum. Nas seções abaixo será apresentado cada um destes comandos,
seu equivalente em DOS e os parâmetros necessários a cada um.

4.1 ls
Lista os arquivos de um diretório.

Comando Linux ls [parâmetros] [arquivos]

Comando DOS dir

Parâmetros Usuais

-a lista todos os arquivos, incluindo arquivos ocultos;

-l lista arquivos e suas propriedades (permissões, dono, tamanho e data), pode ser
substituído pelo comando ll;

-s lista arquivos por ordem alfabética;

-S lista arquivos por ordem de tamanho, do maior para o menor;

-t lista arquivos por ordem modificação, dos mais recentes para os mais antigos;

-X lista arquivos por ordem alfabética da extensão.

Vários parâmetros podem ser usados em conjunto, por exemplo, ls -sl.


Para procurar por um arquivo específico ou ver o conteúdo de um diretório, usa-se o
nome do arquivo ou diretório após os parâmetros espeficicados.
4.2. CP 8

4.2 cp
Copia arquivos

Comando Linux cp [parâmetros] fonte destino

Comando DOS copy

Parâmetros Usuais

-R copia diretórios recursivamente;

-i modo interativo, pede confirmação antes de sobrescrever arquivos;

-f não pede confirmação para sobrescrever.

Fonte reference aos arquivos fontes, de onde vão ser copiados os dados e destino, para
onde vão ser copiados. O destino pode ser tanto um diretório diferente, como apenas um
nome diferente para o arquivo no mesmo diretório.

4.3 mv
O comando mv move um ou mais arquivos de lugar.

Comando Linux mv [parâmetros] fonte destino

Comando DOS move

Parâmetros Usuais

-i modo interativo, pede confirmação antes de sobrescrever arquivos.

O comando mv funciona da mesma maneira que o comanda cp. O comando mv tam-


bém é usado para renomear arquivos ou diretórios, isso acontece quando se move um
arquivo ou diretório para o mesmo lugar onde se encontra, apenas com nomes diferentes.

4.4 rm
Remove um ou mais arquivos.

Comando Linux rm [parâmetros] arquivos

Comando DOS del


4.5. MAN 9

Parâmetros Usuais
-i modo interativo, pede confirmação antes de apagar o arquivo;
-r apaga diretórios recursivamente;
-f nunca pede confirmação.

4.5 man
Um dos comandos mais úteis encontrados no linux, o comando man exibe os manuais de
cada comando.

Comando Linux man comando


Comando reference ao comando do qual se busca alguma ajuda.

4.6 Compactar e Descompactar


O sistema Linux oferece ao usuário vários processos de compactação e descompactação.
Veja os mais comuns.

Comando Linux gzip [parâmetros] fonte [>] [destino]

Parâmetros Usuais
-d descompacta os arquivos contidos em fonte;
-c compacta os arquivos especificados em fonte e os coloca em destino, para com-
pactar é necessário o uso do sinal > entre os arquivos fontes e destino;

Comando Linux tar [parâmetros] [destino] fonte

Parâmetros Usuais
-f especifica o nome do arquivo destino, no caso de compactação, ou fonte, no caso
de descompactação;
-x descompacta os arquivos contidos em fonte;
-v verifica a existência de erros;
-c compacta os arquivos especificados em fonte e os coloca em destino;
-z utiliza em conjunto o processo de compactação gzip.
O compactador tar é um dos mais usados em conjunto com o gzip.
Para descompactar arquivos com extensão zip, padrão em Windows, utiliza-se os co-
mando unzip nome do arquivo.
4.7. PIPE E FILTROS 10

4.7 Pipe e Filtros


As funções de pipe e filtros são usadas para combinar comandos.

Comando Linux para Pipe comando | comando

Comando DOS |
O comando pipe, representado por “|” coloca o resultado gerado pelo primeiro co-
mando como entrada para o segundo.

Comando Linux para Filtro grep expressão


O comando grep é usado para filtrar uma entrada procurando por linhas que con-
tenham as expressões solicitadas no comando. O comando grep é comumente usado em
conjunto com outros comandos, principalmente o comando pipe.

4.8 Funções com Diretórios


As funções exclusivas para diretórios são basicamente três: criação, remoção e mudança
de diretório.

Comando Linux para Criação de Diretório mkdir diretório

Comando DOS md

Comando Linux para Remoção de Diretório rmdir diretório

Comando DOS rd

Comando Linux para Mundança de Diretório cd diretório

Comando DOS cd
Os comandos de diretório são bastante simples de serem usados, não necessitando de
maiores parâmetros além do nome do diretório.
Capítulo 5

Gerenciamento de Usuários e
Permissões

As funções de gerenciamento das contas dos usuários do sistema são normalmente de


uso exclusivo do administrador, no entanto, este pode extender essas funções para outros
usuários. Por outro lado, as funções que alteram as permissões e atributos de arquivos
podem ser executados pelo próprio usuário.

5.1 Adicionar e Remover Usuários


Comando para Criar Usuário useradd usuário
É necessário também criar uma senha inicial para o usuário recém criado, para isso é
usado o comando passwd, mostrado abaixo.

Comando para Remover Usuário userdel usuário

Parâmetros Usuais

-r remove todos os dados e diretório do usuário.

Caso o parâmetro  não seja especificado apenas as permissões de acesso são reti-
radas do usuário, porém seus dados permanecem guardados.

Comando para Troca ou Definição de Senha passwd [usuário]


Caso esse comando seja executado pelo administrador, não é necessário informar a
senha atual do usuário para que seja efetuada a mudança, porém é necessário informar o
nome do usuário que se deseja fazer a mudança. Quando executado pelo próprio usuário,
é necessário informar a senha atual para depois informar a nova.
5.2. MUDAR PERMISSÕES E ATRIBUTOS DE ARQUIVOS 12

5.2 Mudar Permissões e Atributos de Arquivos


No sistema Linux, cada arquivo possui um conjunto de atributos que define o dono do
arquivo, a qual grupo pertence, e as permissões de leitura( ), escrita( ) e execução( ),
para dono, o grupo e outros usuários.

Comando para Trocar o Dono do Arquivo chown usuário arquivo

Comando para Trocar o Grupo do Arquivo chgrp grupo arquivo


Os comandos para trocar o dono e o grupo do arquivos são de uso do administrador,
não sendo permitida a utilização pelo usuário comum.

Comando para Trocar as Permissões do Arquivo chmod parâmetros arquivo

Parâmetros Usuais

r muda as permissões de leitura;

w muda as permissões de escrita;

x muda as permissões de execução;

- remove as permissões;

+ adiciona as permissões.

Os parâmetros  ,  e  devem ser usados em conjuntos com os parâmetros + e -, por


exemplo, chmod -x *, ou seja, remove a permissão de execução de todos os arquivos do
diretório.
Outra maneira de especificar as permissões é através de um conjunto de três número,
os quais dizem as permissões e restrições para o usuário, o grupo e outros. Por exemplo,
para ativar todas as permissões para o usuário e nenhuma para os usuários do seu grupo
ou usuários em geral usa-se, chmod 700 *.
Capítulo 6

Conceitos Avançados

Esta seção de Conceitos Avançados será limitada aos comandos mais simples e mais
utilizados. Na sua maioria, esse comando são de uso do administrador do sistema e não
são comumente usados pelos usuários comuns.

6.1 Gerenciamento de Pacotes


A função de gerenciamento de pacotes1 é feita no Linux pelo comando rpm. Os arquivos
RPM contém um conjunto de arquivos e instruções de onde e como devem ser instalado
cada arquivo necessário ao pacote.

Comando para Gerenciamento de Pacotes rpm parâmetros pacote

Parâmetros Usuais

-i instala o programa contido em pacote;

-e desinstala o programa especificado em pacote.

6.2 Gerenciamento de Dispositivos


A parte de gerenciamento de dispositivos refere-se principalmente a questão de montar e
desmontar unidades de disco, ativar e desativar funções de comunicação e outros. Abaixo
estão as funções mais usadas.

Comando para Montar Unidades de Disco mount dispositivo


1
O Linux trata como pacote, um conjunto de arquivos que compõe um determinado programa.
6.3. FUNÇÕES DE REDE 14

Unidades Padrão

/mnt/floppy monta unidade de disquete em /mnt/floppy;

/mnt/cdrom monta unidade de cd-rom em /mnt/cdrom.

Comando para Desmontar Unidades de Disco umount dispositivo


As unidades padrão são as mesma do comando mount

6.3 Funções de Rede


O Linux prove um conjunto de funções para tratar as interfaces de rede e comunicação.
Essas funções dividem-se em dois tipos, as funções para configurar as interfaces e as para
testar seu funcionamento.
Entre as funções de configuração, normalmente executadas pelo administrador estão:

Comando para Ativar Interfaces ifup interface

Interfaces Padrão

eth0 interface de rede ethernet;

lo interface interna.

Comando para Desativar Interfaces ifdown interface


As interfaces padrão são as mesma do comando ifup
Para obter informações sobre qual o estado em que se encontra as interfaces usa-se o
comando ifconfig.
Algumas funções de redes são especialmente interessantes ao usuário comum, como
por exemplo, testar a alcançabilidade de um ponto. As duas principais funções são as a
seguir:

Comando para Testar Alcance ping endereço

Comando para Mostrar Conexões netstat


Os dois comandos acima exibe informações de como se encontram as conexões de
rede, por exemplo, tempo de transmição, pacotes perdidos e outros.
Capítulo 7

Sistema X Windows

7.1 Conceitos
O sistema X (www.xfree.org) é a interface gráfica do sistema Linux. O Linux é basi-
camente um sistema textual que funciona atráves de linha de comando, entretanto um
conjunto de programas e bibliotecas proporciona a execução de uma interface gráfica no
sistema.
O Linux pode por sua vez iniciar diretamente na interface gráfica ou em modo texto e
após o próprio usuário carrega a interface gráfica atráves de linha de comando.

7.2 Interfaces (GNOME e KDE)


Devido a interface gráfica ser um conjunto de programas e bibliotecas que rodam sobre a
interface textual, existem várias interfaces diferentes que podem ser instaladas junto com
o Linux, entretanto, apenas uma pode ser carregada de cada vez.
As duas interfaces gráficas mais difundidas entre as distribuições Linux são Gnome
(www.gnome.org) e KDE (www.kde.org). As duas interfaces funcionam de maneira bas-
tante parecida entre si e também tem muito em comum com o Windows.
Muitas das funções implementadas em Linux já tem sua versão gráfica, mas ainda há
algumas que precisam ser rodado em ambiente textual, para isso apenas inicia-se uma
janela textual dentro da própria interface gráfica, não sendo necessário voltar para a inter-
face textual só para rodar um comando.

7.3 Inicialização e Configurações Elementares


Caso a opção de inicialização do sistema for pela interface gráfica, nenhum comando a
mais é necessário, o login do usuário já será feito no ambiente gráfico. Caso o sistema
seja inicializado no seu modo textual, o usuário deverá, após o login no sitema, digitar o
comando startx, para carregar a interface gráfica padrão.
A trocar de um sistema X para outro, por exemplo, do KDE para o Gnome, é feito
pelo aplicativo Desktop Switching Tool em Programs -> System -> Desktop Switching
7.3. INICIALIZAÇÃO E CONFIGURAÇÕES ELEMENTARES 16

Tool na interface Gnome e System -> Desktop Switching Tool na interface KDE. Esse
aplicativo exibe as opções de interfaces gráficas instaladas no sistema, é só selecionar a
opção desejada e reinicializar a interface gráfica para que a mudança tenha efeito.
Capítulo 8

Principais Aplicativos Gráficos

Como já mencionado anteriormente, muitos aplicativos textuais já foram portados para


o ambiente gráfico, e alguns funcionam exclusivamente em nesses ambientes. Os dois
principais tipos de aplicativos para este ambiente são os navegadores de internet e as
suites, muito comuns para edição de texto e cálculos.
Logo a seguir é dada uma introdução ao uso desses dois aplicativos.

8.1 Navegadores
Os dois principais navegadores para Linux são Netscape e Mozilla. Os dois navegadores
são quase iguais, diferindo um pouco em funções mais avançadas. No entanto neste
documento trataremos apenas do Mozilla por ser um pouco mais avançado.
As funções de um navegador no Linux são as mesma que de um navegador em Win-
dows ou qualquer outro sistema operacional, é necessário digitar apenas o endereço o qual
se deseja acessar.
Para configurar o e-mail deve-se primeiramente abrir a função de e-mail em Tasks ->
mail dentro do próprio navegador.
Para cadastrar uma nova conta segue os passos:

Clicar em Edit

Clicar em Mail/News Account Settings

Clicar em New Account

Selecionar ISP or email provider e clicar em Next

Escreve o nome e endereço de e-mail nos respectivos campos e clicar novamente


em Next

Selecionar a opção POP e digitar o endereço do servidor de e-mail

Escreve o nome de usuário


8.2. SUITES 18

Escreve o nome da conta, como a conta será referenciada


Finalizar a criação da conta
Para altera o servidor de envio de mensagens deve-se seguir os passos abaixo:
Clicar em Edit
Clicar em Mail/News Account Settings
Selecionar Outgoing Server(SMTP) no menu a esquerda
Informar o endereço do servidor de SMTP e o nome do usuário
Finalizar a alteração do endereço do servidor
Com os passos acima o usuário está apto a recebe e enviar e-mail pelo Linux.

8.2 Suites
Suites são um conjunto de softwares que compreende normalmente de um editor de textos,
uma planilha de cálculo e um editor para apresentações. A suite mais conhecida para
Windows é o Microsoft Office, porém além do Office não ter um código aberto, ele não
funciona em Linux.
Existem várias alternativas ao uso do Microsoft Office, uma das mais consolidadas é
o StarOffice. O StarOffice é um conjunto de softwares desenvolvido pela empresa Sun
Microsystems com versões tanto para Linux quanto Windows.

Figura 8.1: Tela inicial do StarOffice

Dentre os softwares que integram a suite StarOffice os mais usados estão mostrados
abaixo.
8.2. SUITES 19

StarWriter StarWriter é um software de edição de documentos e páginas HTML, fun-


ciona de maneira semelhante ao Microsoft Word, e consegue tanto abrir como salvar
documento para esse software.

Figura 8.2: Tela do StarWriter

StarCalc StarCalc é o software de planilha de cálculo da suite StarOffice, da mesma


maneira que o StarWriter, o StarCalc é semelhante ao Microsoft Excel, podem também
abrir e salvar arquivo para este.

Figura 8.3: Tela do StarCalc


8.2. SUITES 20

StarImpress StarImpress é o software utilizado para criar e exibir apresentações, pode


abrir e salvar arquivo para o Microsoft PowerPoint e já tem vários modelos pré-definidos.

Figura 8.4: Tela do StarImpress

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