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Estrutura Anatômica

e Qualidade da Madeira
José Lívio Gomide

Universidade Federal de Viçosa


Laboratório de Celulose e Papel
1
Estrutura de uma Folha de Papel

2
Plantas de Madeira

Plantas Produtoras de Madeira

Gimnospermas Angiospermas

7 Classes, incluindo
Coníferas Dicoteledoneas
Monocitiledoneas
(palmas, graníneas) (folhosas)

3
Estrutura Anatômica das Madeiras
JOSÉ LÍVIO GOMIDE

4
Estrutura Anatômica das Madeiras
Descrição do Curso

¾ Crescimento e Estrutura do Tronco de Madeira


¾ Estrutura das Células da Madeira
¾ Estrutura Macroscópica das Madeiras
ƒ Madeiras de Coníferas
ƒ Madeiras de Folhosas
¾ Estrutura Microscópicas das Madeiras
ƒ Madeiras de Coníferas
ƒ Madeiras de Folhosas
¾ Ultraestrutura da Fibra

5
Ref. Bibliográficas – Estrutura e Qualidade da Madeira
¾ BURGER, L.M. & RICHTER, H.G. Anatomia da madeira. São Paulo,
Nobel, 154p.
¾ PASHING, A,J. & ZEEUW, C. Textbook of wood technology. New
York, McGraw-Hill, 1980, 722p.
¾ TSOUMIS, G. Science and technology of wood: Structure, proper-
ties and utilization. New York, Van Nostrand Reinold, 1991, 441p.
¾ ESAU, K. Anatomia das plantas com sementes. São Paulo, Edgard
Blucher, 1974, 293p.
¾ ILVESSALO-PFAFFLI, M-S. Fiber atlas; Identification of
papermaking fibers. Springer-Verleg, Neu York. 1995, 400p.
¾ GOMIDE, J.L. e COLODETTE, J.L. Qualidade da Madeira. p.25-54 In:
BORÉM, A., Ed., Biotecnologia Florestal. UFV, 387p. 2007
¾ LEWIN, M. & GOLDSTEIN, I.S. Wood structure and composition.
New York, Marcel Dekker, 1991, 488p.
¾ KOLLMANN, F.F.P. Principles of wood science and technology. I –
Solid wood. New York, Springer-Verlag, 1968, 592p.
¾ HAYGREEN, J.G. & BOWYER, J.L. Forest products and wood
science. Ames, Iowa State University Press, 1989, 500p.
6
O Gênero Eucalyptus

¾Abrangia mais de 500 espécies


¾Estudo dos biólogos australianos Ken Hill e Lawrie Johnson:
ƒExatamente 113 espécies no gênero Eucalyptus
ƒNovo gênero → Corymbia
Eucalyptus citriodora Corymbia citriodora
Eucalyptus maculata ⇒ Corymbia maculata
Eucalyptus torreliana Corymbia torreliana

7
Crescimento e Estrutura do
Tronco de Madeira

8
Tronco de Madeira: Casca - Alburno - Cerne

9
Tora de Eucalyptus Recém-abatida

GOMIDE, UFV- 2007


10
Toras de Eucalyptus para Celulose

11
Cerne e alburno

A proporção de cerne e alburno varia dentro da


própria árvore e, além de outros fatores, depende
da espécie, idade, sítio, solo e clima.

As principais diferenças entre cerne e alburno:


- O cerne apresenta cor mais escura;
- O cerne apresenta menor teor de umidade;
- O cerne é mais resistente e mais impermeável.
12
Anéis de Crescimento

13
Anéis de Crescimento
9 Em regiões onde as estações do ano são
bem definidas, as árvores apresentam, nas
estações da primavera e verão, um rápido
crescimento que pode diminuir ou cessar nas
estações do outono e inverno.
9 Isso faz com que o câmbio tenha atividades
diferenciadas, dando origem aos anéis de
crescimento, que são bem distintos nas
madeiras de gimnosperma ou conífera.

14
Anéis de Crescimento

9 Num anel, a madeira inicialmente formada


recebe o nome de “lenho inicial ou
primaveril ou precoce”. A madeira que se
formou no fim do período de crescimento é
denominada “lenho tardio, de verão ou
estival”.

15
Estrutura do Tronco da Árvore

Cortex

Floema
Câmbio
Alburno
Cerne

16
Casca
A casca é constituída de duas camadas:
9 Uma camada mais interna, fina, fisiologicamente
ativa, de cor clara, que conduz a seiva elaborada,
denominada casca interna ou floema.
9A mais externa, composta de tecido morto,
denominada casca externa ou ritidoma ou cortex,
tem a função de proteger os tecidos vivos da árvore
contra o ressecamento, ataque de microorganismos
e insetos, injúrias mecânicas e variações climáticas.

17
Câmbio

9 Entre o alburno (xilema) e a casca


interna (floema) encontra-se uma
camada de células denominada
“câmbio”. É constituído por células
meristemáticas secundárias que são
responsáveis pelo crescimento do
caule em diâmetro.

18
Movimentação de Líquidos no Tronco

Caule Seiva Elaborada

Seiva Bruta

Raiz

Absorção 19
Fonte: LOPES, 1984
Movimentação de Líquidos no Tronco

9 As substâncias retiradas do solo pelas


raízes (água e sais minerais) ascendem na
forma de seiva bruta pelo alburno.

9 Ao atingir as partes do vegetal que


possuem clorofila, principalmente nas folhas,
são transformadas pelo processo da
fotossíntese em substâncias nutritivas, que
descem pelas regiões internas da casca
(floema)
20
Movimentação de Líquidos no Tronco

9 Segundo a teoria da
coesão-tensão, a absor-
ção e condução de água
estão relacionadas com
a transpiração.

Fonte: LOPES, 1984


21
Movimentação de Líquidos no Tronco

BURGER & RICHTER


22
Anelamento em Eucalyptus

Anelamento (1-2cm) – Aplicar stress mas não matar a árvore 23


Resposta da Árvore ao Anelamento (Eucalyptus)

24
Constituição Estrutural do Tronco

25
SCHWEINGRUBER
Crescimento Apical do Tronco de Pinus

A – Promeristema
B – Medula
C – Câmbio

PANSHING & ZEEUW


26
Crescimento da Árvore

- O tronco cresce em altura e diâmetro (meristemas)


- Altura: meristema apical (ápice do tronco e galhos)
- Diâmetro: meristema cambial (produz casca e madeira)
- Meristema apical (diferenciação):
• Promeristema (região de divisão das células)
• Medula
• Procâmbio (origina o câmbio)
- Meristema cambial: divisão anticlinal e periclinal
produzirá xilema e floema
27
Crescimento da Árvore

9 O crescimento das árvores é devido à


presença de tecidos designados meristemas (do
grego meristos = divisível), dotados de
capacidade de produzir novas células.

¾Altura: meristema apical (ápice tronco e galhos)


¾ Diâmetro: meristema cambial (produz casca e
madeira)

28
Crescimento Apical

9 O meristema apical, responsável


pelo crescimento em altura,
representa uma porção ínfima da
árvore e localiza-se no ápice do
tronco e ramos.

29
Crescimento Apical

9 Por meio de sucessivas


divisões celulares, novas células
são acrescentadas para baixo,
enquanto o tecido meristemático
vai sendo deslocado para cima.

30
Crescimento do Caule em Diâmetro

9 O crescimento em diâmetro deve-se ao


meristema cambial, tecido constituído por
uma camada de célula que se localiza entre
o floema (casca interna) e o alburno.

9 Essas células amadurecem e se


transformarem diretamente em xilema ou
floema, ao se dividirem em novas células
que se diferenciam nos vários constituintes
da madeira.
31
Crescimento do Tronco em Diâmetro

HAYGREEN & BOWYER


32
Divisão das Células Cambiais

c – Célula Mãe
X – Célula Madura de Xilema
X1 (a , a1 , b , b1) , X2 (a , b) – Célula Mãe de Xilema e seus derivados
P e P1 – Células Mãe de Floema

PANSHING & ZEEUW


33
Desenvolvimento do Tronco da Árvore

34
Estrutura da Fibra de
Madeira

35
Fibra de Madeira
Lúmen (l)
Parede (e) Índice de Enfeltramento = Comprimento / Largura
Comprimento (C)

Coef. de Flexibilidade = (Diâmetro Lúmen / Largura) x 100

Largura (L) Fração Parede = (2 x Espessura Parede / Largura) x 100

Índice de Runkel = 2 x Espessura parede / Diâmetro Lúmen

36
Estrutura Macroscópica das
Madeiras

37
Planos Transversal, Tangencial e Radial do Tronco

Seção Transversal

Seção Radial

Seção Tangencial
KOLLMANN & CÔTÉ 38
Microfotografia de Modelos de Estrutura Anatômica
de Madeiras de Conífera

Lenho Inicial Canal de Resina

Lenho Tardio Tra


ns
ver
sal

Ta
ng
en d ial
cia Ra
l Traqueídeo

Raio

39
Microfotografia de Modelo de Estrutura Anatômica de
Madeira de Folhosa

Anel de
Crescimento
Tra
ns
ve rsa
l
Poro

Raio
Vaso

Ta
ng l
en
cia a dia
l R
Raio

40
Microfotografia de Modelo de Estrutura Anatômica
de Madeira de Folhosa

41
Madeira de Coníferas

• Madeira macia – Softwood


• Estrutura anatômica mais simples
• Fibras longas: 3-6mm
• Traqueídeos e Parênquimas
• Constituição Volumétrica: 90-95% traqueídeos
5-10% parênquimas

42
Madeira de Folhosas

• Madeira mais dura - Hardwood


• Maioria das madeiras nativas brasileiras
• Vegetais mais evoluídos
• Estrutura anatômica complexa
• Fibras curtas: 0,5 a 1,5mm
• Constituição Volumétrica: Fibras – 60%
Parênquimas – 20%
Vasos – 20%

43
Composição Volumétrica, %

Coníferas Folhosas

Traqueídeos longitudinais 90-95% 0%

Vasos 0% 7 – 55%
Fibras 0% 27 – 76%
Parênquimas radiais 5-10% 5 – 25%

Parênquimas axiais 0 – 1% 0 – 23%

44
Estrutura Microscópica das
Madeiras de Coníferas

45
Análises Micróscopicas

Para análises microscópicas da estrutura


da madeira são realizados finos cortes da
madeira, nos seus planos transversal,
tangencial e radial, que são coloridos e
montados em lâminas de microscópio.

46
Traqueídeos de Spruce com Pontuações

KOCUREK & STEVENS 47


Modelo Tridimensional de Madeira de Conífera

48
Estrutura Tridimensional de Pinus

BP - Pontuação areolada
P – Parede primária
Ew – Lenho inicial
Lw – Lenho tardio
TR – Traqueóide
VRD – Canal resina vertical
WR – Raio da madeira

FAPET-199949
Microfotografia de Modelo de Estrutura Anatômica
de Madeira de Conífera

50
Conífera: Pontuações no Plano Radial

51
Células de Parênquima do Raio

BURGER & RICHTER 52


Estrutura Tridimensional da Madeira de Conífera

X – Seção Transversal
T – Seção Tangencial
R – Seção Radial
Seta – Raios da Madeira

53
Madeira de Conífera – Anéis de Crescimento

54
Lenho Inicial e Tardio – Anel de Crescimento

55
Corte Transversal – Pinus strobus

56
Corte Tangencial – Pinus strobus

57
Corte Radial – Pinus strobus

58
Croquis Esquemático Tridimensional da Madeira de Pinus

PLANO A
1-1a - anel de crescimento;
2 - canal de resina;
3-3a = raio;
a-a’ = traqueóides longitudinais;
b - células epiteliais;
c - células do raio;
d - par de pontuação;
e - pontuação areolada;
f, g - par de pontuação;
h - par de pontuação entre traqueóide e parênquima radial.

PLANO B
4-4a - traqueóides longitudinais;
5-5a - raio uniseriado;
i, j = pontuação areolada;
k - traqueóides radiais;
1 - células de parênquima radial.

PLANO C
6-6a - traqueóides longitudinais;
7-7a - raio;
m - extremidade de traqueóide longitudinal;
n - pontuação areolada;
p - células de parênquirna radial;
r = canal de resina transversal.

59
Células de Madeira de Coníferas

(a) - traqueóide lenho Inicial madeira pinheiro,


(b) - traqueóide lenho tardio madeira pinheiro,
(c) - traqueóide lenho Inicial madeira abeto,
(d) - traqueóide radial da madeira de abeto,
(e) - traqueóide radial da madeira de pinheiro,
(f) - célula parênquima radial madeira de abeto,
(g) - célula parênquima radial madeira pinheiro.

60
Estrutura Anatômica das Madeiras de Conífera

Coníferas
¾ Traqueóides: 90-95%
¾ Parênquimas: 5-10%
Š 200 pontuações lenho inicial e 10-15 lenho
tardio
Š Traqueóides: 2-5 mm comprimento
0,02-0,05 mm largura
2-8 µm espessura de parede
Š Parênquimas: 10-200 µm comprimento
2-5 µm largura

61
Estrutura Microscópica das
Madeiras de Folhosas

62
Microfotografia de Modelo de Estrutura
Anatômica de Madeira de Folhosa

Vasos

Raios

Fibras

Fibras
Vaso
Câmbio Raios
Vaso 63
Estrutura Tridimensional da Madeira de Folhosa

X – Seção Transversal
X T – Seção Tangencial
R – Seção Radial
E – Elementos de Vaso
Seta – Raios da Madeira
T
R

64
Diagrama Tridimensional de Folhosa

65
Estrutura Tridimensional de Folhosa

AP – Parênquima Axial
F – Fibra
Ew – Lenho inicial
Lw – Lenho tardio
GRB – Divisão Anel Cresc.
P – Pontuação
WR – Raio
SC – Placa Escalariforme

66
FAPET-1999
Seção Transversal Eucalyptus saligna

67
GOMIDE - 1972
Seção Radial de Eucalyptus saligna

68
GOMIDE - 1972
Seção Tangencial Eucalyptus saligna

69
GOMIDE - 1972
Croquis Esquemático Tridimensional de Madeira de Folhosas

PLANO A –
1-1a = anel de crescimento anual;
2-2a = células radiais procumbentes;
2b-2c = raio de células eretas;
a-a6 = poros,
b-b4 = fibras;
c-c3 = células de parênquima longitudinal;
e = células radiais procumbentes.

PLANO B –
f-f1 = elementos vasculares;
g-g1 = fibras;
h = parênquimas longitudinais;
3-3a = raio heterocelular;
i =células radiais eretas;
j = células radiais procumbentes.

PLANO C –
k, kl, k2 = elementos vasculares;
l = fibras;
4-4a = raio;
m = células radiais eretas;
n = células radiais procumbentes.

70
Células de Madeira de Folhosas - Carvalho

A - C = Elementos de vasos largos,


D - F = Elementos de vasos estreitos,
G = Traqueóide,
H = Fibrotraqueóide,
I = Fibra libriforme,
J = Células de parênquima do raio,
K = Feixe parenquimático axial.

71
Células da Madeira de Folhosas e Conífera

(a) - traquóide de conífera


(b, d, e) - elementos de vasos
(c) - fibra libriforme de folhosas

72
Células Tangenciais (Média dos Diâmetros)
Folhosas

Vasos 20 – 500 micra


Fibras < 20 micra

73
Funções dos Constituintes das Madeiras

Coníferas Folhosas
Transporte Traqueóides Vasos
(lenho inicial)

Suporte Traqueóides Fibras


(lenho tardio)

Armazenamento Parênquimas Parênquimas

74
Composição Volumétrica de Folhosas

Espécies Vasos Fibras Raios Parênquima


% % % Axial, %
Acer saccharium 21.4 66.6 11.9 0.1
Polulus deltoides 33.0 53.1 13.7 0.2
Quercus rubia 21.6 43.5 21.5 13.5
Ulmus thamasii 25.4 55.4 11.7 7.6
E. viminalis 7-11 51-77 14-42*
E. grandis 9-21 52-72 6-14 6-23
E. camaldulensis 11-19 39-62 24-49*
* Inclui parênquimas axial e radial

75
Estrutura Anatômica das Madeiras de Folhosas

¾ Estrutura mais complexa. Células com funções


especializadas
¾ Fibras: 60-75% volume
0,8-1,6 mm comprimento
14-40 µm largura
3-5 µm espessura de parede
¾ Parênquimas: 5-30% volume
¾ Elementos de vasos: 0,3-0,6 mm comprimento
30-150 µm largura

76
Características Dimensionais Médias de Madeiras
Utilizadas no Brasil para Produção de Celulose

Dimensões P. elliotti P. caribaea E. grandis Acacia


negra
Comprimento, mm 3,3 4,3 1,0 1,0

Largura, µm 46,7 49,6 18,2 18,2

Diâmetro lúmem, µm 31,0 28,8 9,1 9,2

Espessura parede, µm 7,8 10,4 4,5 4,5

77
Elemento de Vaso - Eucalyptus

Aumento: 500X 78
Elemento de Vaso - Eucalyptus

79
Elemento de Vaso e Fibras - Eucalyptus

Aumento: 500X
80
Placas de Perfuração dos Elementos de Vasos

Simples Escalariforme Foraminada

81
Elementos de Vasos

82
Vasos com Perfuração Escalariforme

83
Vaso e Fibras na Superfície do Papel

84
Pontuações das Células
da Madeira

85
Conífera: Pontuações e Parênquima Radial

86
Pontuação Areolada em Traqueóides

87
PANSHING & ZEEUW
Microfotografia Eletrônica da Seção Transversal de
Pontuações Areoladas em Coníferas

KOLLMANN & CÔTÉ


88
Passagem de Líquido pela Pontuação

HAYGREEN & BOWYER 89


Campo de Pontuações em Conífera

Parênquima

Fibra

Lenho Inicial Lenho Tardio


90
HAYGREEN & BOWYER
Par de Pontuação Areolada

Parede Secundária

Abertura da
Pontuação
Parede Primária

91
Tipos de Pontuações da Fibra

Simples Areolada

BURGER & RICHTER


92
Par de Pontuação Areolada

93
Constituição do Par de Pontuação

ESAU, K. 94
Pontuação areolada – Pinus stobus

to – torus
ma - margo

95
Membrana da Pontuação - Margo e Torus

96
Área de Cruzamento no Traqueóide de Pinus

97
Fluxo Generalizado em Modelo de Folhosa
Magnitude do Fluxo Indicada pelo Tamanho da Seta

98
Ultraestrutura da Fibra

99
Traqueídeos de Spruce com Pontuações

100
Desenvolvimento de Uma Célula Viva em Fibra

SJOSTROM

101
Ultraestrutura da Fibra Lenhosa

¾ Inicialmente citoplasma e parede primária


¾ Desenvolvimento (S1, S2, S3), lignificação, morte da célula
¾ Cadeias de celulose (célula unitária)
¾ 37-42 cadeias de celulose → Fibrila elementar
¾ Fibrilas elementares → Microfibrila (transv.: 100x30-40 Å
¾ Microfibrilas → Macrofibrilas
¾ Macrofibrilas → Parede da fibra

102
Seção Transversal de Traqueídeo de Conífera

S1, S2 e S3 - Camadas da parede secundária


pr - Parede primária
ml - Lamela média 103
Modelo de uma Fibra de Conífera Mostrando a
Organização Estrutural das Microfibras nas Paredes

S3

Parede
S2 Secundária

S1
Parede Primária
Lamela Média

104
Parede Primária – Eucalyptus deglupta

105
MICROFIBRILAS
S2 S1 P

106
Microfiblilas de Celulose em Parede de Vaso

Salisbury & Ross


107
Representação da Celulose na Parede da Fibra

A - Seção transversal/longitudinal de várias fibras.

B - Parte da camada S2 de uma fibra formada por


macrofibrilas (conjunto de microfibrilas, em branco) com
material não-celulósico interfibrilar (em preto).

C - Parte de uma macrofibrila, formada por agregado de


microfibrilas que, por sua vez, são formadas por
agregados de moléculas de celulose.

D - Seção transversal de uma microfibrila.

E - Região de uma microfibrila onde as cadeias de celulose


apresentam alto grau de ordem (região cristalina).

F - Organização de cadeias de celulose em “unidades


celulares”, mostrando a unidade básica que se repete, a
unidade de celobiose.

G - A unidade de celobiose: duas unidades de glucose


conectadas por um átomo de oxigênio.

Adaptado de Esau
108
Organização Microfibrilar da Parede Celular

(a) - seção longitudinal de parte de uma microfibrila


(b) - seções transversais de 5 microfibrilas adjacentes,
sendo que 3 estão ligadas lateralmente por co-cristalização

109
Representação da Celulose na Parede da Fibra

Estrutura da parede celular: As paredes primária e secundária são


constituídas por macrofibrilas, que por sua vez são formadas por
microfibrilas. As microfibrilas são compostas de moléculas de celulose, que
em determinados pontos mostram um arranjo organizado (estrutura micelar),
o que lhes confere propriedade cristalina
110
Cadeias de Celulose, Microfibrilas e Macrofibrilas

111
Célula Unitária da Celulose Nativa

MEYER-MISCH 112
Constituição da Parede da Fibra

Camada Espessura, µm Ângulo Fibrilar


LM 0.2-1.0 ----
P 0.1-0.2 Ao acaso
S1 0.2-0.3 50-70°
S2 1-5 10-30°
S3 0.1 50-90°
W ---- ----

113
Distribuição da Lignina nas Fibras de Abeto
(Black Spruce)

Diferenciação Fração do Lignina


Madeira Morfológica Volume do % do % Total
Tecido, % Tecido
Lenho Parede Secundária 87 22 72
Inicial
LM Composta 9 50 16
(estreita)
LM Composta 4 85 12
(cantos)
Lenho Parede Secundária 94 22 81
tardio
LM Composta 4 60 10
(estreita)
LM Composta 2 100 9
(cantos)
SCOTT 114
Constituintes da Parede da Fibra - Conífera

115
FAPET-1999
Qualidade da Madeira

116
Matérias Primas Fibrosas Nacionais Para
Produção de Celulose

117
A Lei de Incentivos Fiscais no Brasil

Vigência dos incentivos fiscais: 1967 – 1987

Durante os 20 anos de incentivos:


• Mais de 10.000 projetos aprovados
• Alocados 6 bilhões de dólares para plantio de
6 milhões de hectares

Atualmente a área reflorestada em produção é cerca


de 4,8 milhões de hectares

118
Distribuição das Florestas de Pinus e Eucalyptus
2005
Pinus Eucalyptus

Outros; 8% SP; 8% Outros;


MG; 8% 25% SP; 23%

SC; 29% RS; 10%

BA; 15% MG; 31%

PR; 37%
ES; 6%

Total: 1.834.596 Ha Total: 3.407.205 Ha

ABRAF - 2006
119
Matérias-Primas Fibrosas Nacionais

¾ Eucalyptus:
Š Eucalyptus introduzidos +150 anos (> intensidade a partir 1904)
Š Companhia Paulista de Estradas de Ferro
Š Edmundo Navarro de Andrade (Chefe Departamento Florestal)
Š Horto Florestal em Rio Claro - SP
Š Hoje → cerca de 3 milhões de Ha

¾ Pinus:
Š Introdução 1939, origem Europa - Serviço Florestal Estado S. Paulo
Š 1947 → Introdução Pinus Sudeste USA (P. elliotti e P. taeda)
Š Hoje → 1,8 milhão de Ha

120
Matérias-Primas Fibrosas Nacionais
¾ Eucalyptus: grandis, saligna, urophylla, viminalis
Š Fibra curta: 1 mm
Š IMA: 16-60 m3/ha/ano
Š Corte: 5-7 anos
Š Densidade desejável p/ celulose: 450-550 Kg/m3
¾ Pinus: elliotti, taeda, caribaea
Š Fibra longa: 2-4 mm
Š Corte inicial: 10-12 anos
Š IMA: 20-30 m3/ha/ano
Š Densidade: 270-450 Kg/m3
¾ Araucaria angustifolia: pinheiro do Paraná, nativa, alta
qualidade p/ celulose, sem resina, fibras longas, crescimento
lento.
¾ Gmelina arborea: introduzida no Jari, boa qualidade, plantio
descontinuado por problemas silviculturais.
121
Matérias-Primas Fibrosas Nacionais
¾ Principal matéria-prima nacional é madeira
¾ Outras matérias-primas:
Š Bambu
Š Sisal
Š Linter de algodão
Š Bagaço de cana
¾ Produção nacional de celulose por tipo de matéria-
prima (2005):
Š Eucalipto: 8.262.396 Ton. → 84,3%
Š Pinheiro: 1.448.352 Ton. → 14,8%
Š Bambu: 79.821 Ton. → 0,8%
Š Linter: 5.652 Ton. → 0,06%
Š Sisal: 1.423 Ton. → 0,01%
Š Outros: 1.080 Ton. → 0,01%
122
Rotação e Produtividade de Espécies Florestais
Utilizadas na Produção de Celulose

País Espécies Produtividade Rotação


m3/ha/ano anos
Brasil Pinus taeda 25 20
Brasil Pinus tropical 35 20
Brasil Eucalyptus 30 7/14/21
Brasil (clones) Eucalyptus 60 7/14/21
Chile Pinus radiata 25 20
Estados Unidos Pinus taeda 12 20
África do Sul Pinus patula 19 30
Escandinávia Picea abies 5 60
Suécia Coníferas 3 60
Rev. Madeira - 2001
123
Custo da Madeira (posto fábrica)

País US$*
Brasil 18
Chile 32
Canadá, Quebec 25
EUA, Sul 30
Escandinávia 42
Península Ibérica 55
Indonésia 22
* Metro cúbico sólido com casca Fonte: Jaako Poyry Tecnologia

124
Muda Clonal de Eucalyptus

125
Preparo de Mudas de Clone de Eucalyptus para Plantio

126
Floresta de Eucalyptus - Sementes

127
Floresta Clonal de Eucalyptus

128
Floresta de Eucalyptus - Clone

129
Evolução da Produtividade Média das
Florestas de Eucalipto no Brasil

1970 – 15 st/ha/ano
1980 – 30 st/ha/ano
1990 – 38 st/ha/ano
2000 – 60 st/ha/ano
SBS - 2001

130
CURIOSIDADES
Floresta / Indústria Celulose
• Numa floresta convencional para celulose
são plantadas 1100-1500 árvores por
hectare (para fins de produtos sólidos
são 667).

•As árvores cortadas possuem uma


altura entre 28 e 34 metros e diâmetro
médio de 18 a 20 centímetros.

• Para produzir 1 tonelada de celulose


são utilizadas, em média, 16 árvores
de Eucalyptus, ou seja, 1 ha de
floresta com 7 anos produz
aproximadamente 76 toneladas de 131
celulose.
Florestas de Eucalyptus – Brasil

1 Hectare ⇒ 1.500 árvores


Aos 7 anos ⇒ 200 m3 madeira s/ casca
4 m3 madeira eucalipto ⇒ 1 Ton. Celulose
Setor Celulose e Papel ⇒ 1.470.000 Ha. Florestas
980.000 Ha. Eucaliptos
A CULTURA DE EUCALYPTUS NO BRASIL - 2000

132
Floresta de Pinus

Um hectare de Pinus (espaçamento 3 x 3 m) produz 84


84 m3 de madeira para celulose, 263m3 para serraria e
e 96m3 para laminação, no período de 20 anos.
Embrapa, 2000

133
Qualidade da Madeira
¾Estrutura Anatômica
¾Constituição Química

134
Amostragem Representativa da Árvore

135
Variáveis Associadas com a Madeira
¾ Espécie
¾ Fatores de Crescimento:
- Cerne e Alburno
- Madeira de Primavera e de Verão
- Madeira de Reação
- Madeira Juvenil
¾ Densidade
¾ Estocagem da Madeira (cavacos)
¾ Dimensão dos Cavacos

136
Variáveis Associadas com a Madeira

¾ Espécie de Madeira
Grande efeito na qualidade e propriedades da polpa celulósica
Folhosas: cerca de 1mm comprimento das fibras
Coníferas: 2-5mm comprimento das fibras
Folhosas:
Š Fibras mais curtas
Š Resistência menores
Š Menor teor de lignina
Š Maior teor de xilanas
Š Maior facilidade de impregnação dos cavacos (vasos)
Š Maior facilidade deslignificação (teor e estrutura da lignina)
Š Excelentes propriedades de impressão e escrita

137
Variáveis Associadas com a Madeira

¾ Madeira de Lenho Tardio e Inicial

Estudos com Pinus taeda (lenho inicial):


Š Menor densidade
Š Mais lignina e mais extrativos
Š Menor rendimento
Š Parede da fibra mais fina:
- menor resistência intrínseca fibra (menor resistência rasgo)
Š Melhores ligações entre fibras:
- favorece resistências tração e arrebentamento

138
Variáveis Associadas com a Madeira

¾ Cerne e Alburno:

Cerne:
Mais extrativos: menor rendimento
mais pitch
maior carga álcali
Menor permeabilidade (tilose mas folhosas)
Maior dificuldade de impregnação dos cavacos

139
Qualidade do Cerne e Alburno

Propriedades Cerne Alburno


Densidade Básica, Kg/m3 478 486
Comprimento de Fibra, mm 1,0 1,2
Diâmetro de Fibra, µm 16,4 16,5
Espessura de Parede, µm 3,5 4,0

140
Qualidade do Cerne e Alburno
(Eucalyptus nitens)

Propiedades Cerne Alburno


Ext. Álcool/Tolueno, % 2,5 2,3
Ext. Água Fria, % 1,6 2,3
Ext. Água Quente, % 2,7 2,9
Extrativos Totais, % 5,6 5,1
Cinzas, % 0,24 0,36
Lignina, % 25,1 21,8
Celulose, % 46,1 51,9
Pentosanas, % 22,0 17,6
Holocelulose, % 68,4 70,9
MARIANI- O Papel 6/2004
141
Cerne e Alburno
(E. urograndis)

Clone Propriedades Cerne Alburno


Densidade, Kg/m3 459 480
A Ext. álcool/tolueno, % 2,54 0,98
Lignina, % 27,7 23,9
Densidade, Kg/m3 485 484
B Ext. álcool/tolueno, % 3,50 1,51
Lignina, % 26,4 24,7
GOMIDE, UFV - 2004

142
Madeira Juvenil
¾Formada nos primeiros anos, na região da medula
¾Duração do período depende da espécie e ambiente
¾Características morfológicas e químicas:
ƒFibras mais curtas e paredes mais finas
ƒDensidade básica da madeira mais baixa
ƒAnéis de crescimento mais largos
ƒTeores mais altos de hemiceluloses e lignina
ƒTeor mais baixo de celulose
ƒÂngulo maior das microfibrilas na S2
ƒ Menor tração arrebentamento, maior rasgo e opacidade
ƒNas folhosas não bem definida como nas coníferas
143
Variáveis Associadas com a Madeira

¾Madeira Juvenil e de Topo


Š Menor densidade
Š Menor rendimento
Š Coníferas: mais lignina - Folhosas: mais celulose
Š Mais hemiceluloses
Š Fibras mais curtas e de paredes mais finas
Š Maior resistência à tração e ao arrebentamento
Š Menor resistência ao rasgo e opacidade

144
Variáveis Associadas com a Madeira

¾Madeira Juvenil de Folhosas


Š Menor comprimento e diâmetro das fibras
Š Menor comprimento e diâmetro dos elementos
de vasos
Š Parede celular mais fina
Š Maiores ângulos das microfibrilas
Š Menor proporção de vasos
Š Maior proporção de fibras
Š Maior teor de holocelulose

145
Freqüência e Diâmetro de Vasos em Eucalyptus.

Freqüência* Diâmetro*
Observações
Espécies (poros/mm2) Tangencial (µm)
C. citriodora 200 12 (4-31) 119,6 (53,1-171,9)
E. grandis 200 13 (7-24) 126,6 (59,4-215,6)
E. tereticornis 200 18 (8-36) 105,6 (46,9-181,2)
E. cloeziana 200 34 (25-43) 82,6 (31,2-131,2)
E. urophylla 200 17 (10-24) 116,7 (46,9-171,9)
E. paniculata 200 15 (7-28) 101,9 (40,6-140,6)
E. pilularis 200 20 (11-33) 93 (40,6-153,1)
*Média (máximo-mínimo)
OLIVEIRA - USP (1997)

146
Tendência Variação Vasos
(vários autores)

Diâmetro dos vasos

Sentido medula-casca

147
Tendência Variação Frequência Vasos
(vários autores)

Frequência dos vasos

Se n tid o me d u la-casca

148
Tendência Variabilidade dos Vasos
(vários autores)

Comprimento, largura e
espessura da parede

Sentido medula-casca

149
Variação Comprimento Fibras com Idade
E. urograndis

FRANCIDES - 1997

150
Largura da Fibra com Idade – E. urograndis

FRANCIDES, 1997
151
Espessura da Parede das Fibras
E. urograndis

FRANCIDES, 1997

152
Características Vasos de Eucalyptus

Espécies Frequencia Vasos* Diâmetro*


(poros/mm2) Tangencial (µm)
E. citriodora 12(4-31) 120(53-172)
E. grandis 13(7-24) 127(59-216)
E. tereticornis 18(8-36) 106(57-181)
E. cloeziana 34(25-43) 83(31-131)
E. urophylla 17(10-24) 117(47-172)
E. paniculata 15(7-28) 102(41-141)
E. pilularis 20(11-33) 93(41-153)
OLIVEIRA, 1997
*Média(Mínimo-Máximo)
153
Variação do Comprimento das Fibras de Eucalyptus regans

154
PANSHING & ZEEUW
Fibras e Vasos de Eucalyptus

Foelkel – Viçosa 2003

155
Extrativos e Lignina ao Longo do Tronco
E. grandis

% %

(10% altura total) (10% altura total)

CARNEIRO – Bahia Sul

156
Carga de Álcali e Rendimento ao Longo do Tronco
Eucalyptus grandis

%
%

(10% altura total)


(10% altura total)

CARNEIRO – Bahia Sul

157
Densidade Básica da Madeira

158
Densidade Básica
ƒ Densidade Básica ⇒ Peso Seco / Volume Saturado
ƒ Relação Direta entre Densidade e Volume de Vazios
ƒ Densidade da “Substância Madeira” = 1,53 g/cm3
ƒ % Vazios = 1 – (Db / 1,53) x 100
1 – (0,500 / 1,53) x 100 = 67%
ƒ Densidade Aparente da Madeira
ƒ Densidade Aparente de Cavacos
•Granulometria dos cavacos
•Densidade básica da madeira
•Teor de umidade dos cavacos
159
Evolução da Densidade Básica com a Idade
- Eucalyptus -

Densidade Básica (Kg/m3) 600

500

400
y = -6,0714x 2 + 57,729x + 345,5
300 R2 = 0,9958

200

100

0
2 3 4 5 6
Idades (anos)

GOMIDE - 2000

160
Variação da Densidade no Tronco
E. grandis

Densidade Básica, Kg/m3

(10% comprimento total)


CARNEIRO, C - Bahia Sul

161
Figura 2: Variação Radial da Densidade Eucalyptus globulos

D e n s id a d e B á s ic a M é d ia g /c m 3
0,520
0,510
0,500
0,490
0,480
0,470
20 40 60 80 100
Variação Radial (%)

LAZARETTI – ABTCP 2003

162
Figura 3: Variação da Densidade em Função da Altura: Eucalyptus globulus

0,530
0,520
D e n s id a d e B á s ic a M é d ia g /c m 3

0,510
0,500
0,490
0,480
0,470
0,460
0,450
0,440
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Altura (%)

LAZARETTI – ABTCP 2003

163
Densidade Básica de Madeira de Eucalyptus

Massa específica básica


Massa específica

0,62 Idade
básica (g/cm )
3

0,54 10
0,46 14
20
0,38
25
0,3
0 33 66 100
Sentido medula-casca (%)

José Castro – UFV, 2002

164
Idade e Densidade Básica - Eucalyptus

650
2
y = 4,2243x - 21,941x + 478,02
600 2
R = 0,9942
Db (kg/m³)

550
500
450
400
350
3 4 5 6 7
IDADE (anos)
129 2 167 2719 2796 MÉDIA ENCOSTA (aritim.)

FONSECA – Cenibra 2.001

165
Idade e Rendimento Depurado - Eucalyptus
55 2
y = -0,1443x + 0,8449x + 51,479
54 2
R = 0,9817
53
RD (%)

52
51
50
49
3 4 5 6 7
IDADE (anos)
129 2 167 2719 2796 MÉDIA ENCOSTA (aritim.)

FONSECA – Cenibra 2.001

166
Idade e Consumo Específico de Madeira - Eucalyptus

5,00
2
y = -0,0184x + 0,0621x + 4,0519
4,60 2
R = 0,9696
CE (m³/tSA)

4,20

3,80

3,40

3,00
3 4 5 6 7
IDADE (anos)

129 2 167 2719 2796 MÉDIA ENCOSTA (aritim.)

FONSECA – Cenibra 2.001

167
Densidade Básica e Álcali Efetivo - Eucalyptus

18,5
18,0
17,5 y = 0,0266x + 3,461
A E (%)

17,0 R2 = 0,984
16,5
16,0
15,5
15,0
440 460 480 500 520 540 560
Db (kg/m³)

FONSECA – Cenibra 2.001

168
Densidade Básica e Rendimento Depurado
Eucalyptus - Kappa 17

54
53
52
RD (%)

51
50 y = -0,0454x + 74,16
49 R2 = 0,9695
48
47
440 460 480 500 520 540 560
Db (kg/m³)

FONSECA – Cenibra 2.001

169
Densidade Básica e Rendimento Depurado
Eucalyptus - Kappa 18

54
y = -0,0479x + 72,243
52
R2 = 0,9929
RD (%)

50
48
46
44
380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580
Db (kg/m³)

WEHR e BARRICHELO – 1996

170
Densidade x Álcali Efetivo x Rendimento

Aumentos de 30 Kg/m3 na densidade (Eucalyptus) :

•Fonseca → +0,8% AE
(2.001)
-1,4% Rendimento dep.

•Wehr e Barrichelo → -1,4% Rendimento dep.


(1.996)

171
Densidade Básica e Índice de Tração
(Sem Refino) - Eucalyptus

Índice Tração (Nm /g)-


80
70
60
PFI/0

50
40 y = -0,2384x + 171,96
30 R2 = 0,8809
20
420 440 460 480 500 520 540
Db (kg/m³)

FONSECA – Cenibra 2.001

172
Densidade Básica e Energia de Refino
(Índice Tração 70 Nm/g) - Eucalyptus

2000
Nº Rev.PFI(carga total) -

1750
y = 0,034x 2 - 26,112x + 5328,8
1500
IT/70 (Nm/g)

2
1250 R = 0,6957
1000
750
500
250
0
400 420 440 460 480 500 520 540 560 580
Db(kg/m³)

FONSECA – Cenibra 2.001

173
Influência da Densidade da Madeira na
Carga de Álcali Efetivo - Eucalyptus

25,0

20,0 21,0
Álcali Efetivo, %

19,0 19,5
15,0 16,5 17,0
15,0 BD
13,5 13,7 14,3
MIX
10,0
AD

5,0

0,0
Kappa 14 Kappa 17 Kappa 21
LANNA, A - 2001

174
Influência do Número Kappa e da Densidade da
Madeira no Rendimento - Eucalyptus

56
55
Rendimento Depurado, %

55,3
54 54,4
54,1
53
52 52,7
52,2
51,9
BD
51 51,6
MIX
50 50,6
AD
49
49,1
48
47
46
Kappa 14 Kappa 17 Kappa 21
LANNA, A - 2001

175
Influência do Número Kappa e da Densidade
da Madeira na Viscosidade - Eucalyptus

120

100
Viscosidade, mPa/s

101
80 90,6
81,9
73,4 BD
60 63,8 MIX
40 50,8 AD
44,4
39,3
20 30,6

0
Kappa 14 Kappa 17 Kappa 21
LANNA, A - 2001

176
Densidade Básica e Características de Fibras - E. grandis
0,70 0,70
0,60 0,60
Db (g /cm ³)

Db (kg/m ³)
0,50 0,50
0,40 0,40
y = -0,0477x 2 + 0,5674x - 1,0951 y = -0,6588x 2 + 2,2248x - 1,1764
0,30 R2 = 0,8121
0,30
R2 = 0,7341
0,20 0,20
3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3
Espessura da parede (µ m ) Comprimento de fibra (mm)

0,70 0,70
y = 0,0048x 2 - 0,1533x + 1,5246 0,60
0,60

Db (g /cm ³)
D b (g /c m ³)

R2 = 0,8195
0,50 0,50
0,40 0,40
y = -0,0262x 2 + 0,9602x - 8,3087
0,30 0,30
R2 = 0,1918
0,20 0,20
8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0

Diâmetro de lúmen (µ m) Largura de fibra (µ m)

BARRiCHELO – ABTCP, 1983

177
Densidade Básica – Características Anatômicas
Eucalyptus

Parâmetros 447 Kg/m3 552 Kg/m3


Freqüência de vasos, nº/mm² 11,2 18,2
Diâmetro de vasos, µm 124 116
Área ocupada por vasos, % 13,6 19,2
Área ocupada por fibras, % 69,3 66,5
Área ocupada por lúmen das fibras, % 24,9 12,6
Área ocupada por parênquima radial, % 17,1 14,3
SIMONE – UFV, 2003

178
Densidade Básica – Dimensões de Fibras
Eucalyptus

Dimensões das Fibras 447 Kg/m3 552 Kg/m3


Comprimento, mm 0,90a 1,02b
Largura, µm 19,14a 18,13a
Diâmetro do lúmen, µm 11,47a 7,90b
Espessura da parede, µm 3,83a 5,11b
SINOME – UFV, 2003

179
Densidade Básica – Parênquina e Prosenquima
Eucalyptus

Densidade Fração Prosenquimatosa, Fração Parenquimatosa,


Básica, Kg/m3 (%) (%)
447 Kg/m3 91,9 8,1
552 Kg/m3 93,6 6,4
SIMONE – UFV, 2003

180
Densidade Básica - Polpação
Eucalyptus

D. Básica Álcali Número Rendimento Teor de Viscosidade,


Kg/m3 Ativo, % Kappa Depurado, % Rejeito, % cP
447 17,7a 18,2a 51,2a 0,18a 68,1a
552 19,6b 18,2a 48,6b 0,10a 58,8b
SIMONE – UFV, 2003

181
Variáveis Associadas com a Madeira

¾ Densidade:
Uniformidade é importante (Brasil: folhosas sem anéis cresc.)
Impregnação e remoção lignina favorecidas por baixa densidade

Densidade Alta → maior carga/volume digestor


maior produção, mas maior carga reagentes
propriedades de ligação entre fibras inferiores
papéis “tissue”
Densidade baixa → menor carga/volume digestor
melhor impregnação dos cavacos
melhores ligações entre fibras
papéis de impressão e escrita

182
Relação da Densidade Básica com
Propriedades da Polpa

¾ Maior densidade básica da madeira


– Maior volume específico aparente
– Maior resistência à refinação
– Maior resistência ao rasgo
– Maior opacidade
– Piores características superficiais
– Pior impressão
– Menor resistência à tração
– Menor esticamento
– Menor resistência ao arrebentamento
– Menor resistência a dobras
– Menor peso específico aparente
183
Relação da Densidade Básica com
o Processo de Polpação

¾ Maior densidade básica da madeira


– Maior dificuldade de picagem
– Maior dimensão dos cavacos
– Maior densidade a granel dos cavacos
– Teor de rejeitos mais elevado
– Menor consumo específico de madeira em m3/ tonelada polpa

184
Classificação de Qualidade por Densidade
Um Exemplo

Classe Densidade
Kg/m3
A ≤ 462
B 462-512
C ≥ 512

185
Classificação das Madeiras por Densidade,
Extrativos e Sólidos no Licor
Um Exemplo

Classe Densidade Extrativos, TSS,


Kg/m3 % Ton/Ton Cel.
A < 520 < 3,5 < 1,22
B < 520 > 3,5 > 1,22
C > 520 > 3,5 > 1,22

186
Exemplo de Padrão para Seleção de Clones

Características Valores

Densidade básica, Kg/m3 E grandis: >470


E. saligna: 500-520
Rendimento polpação > 52%
Teor de lignina 25%
Teor de holocelulose > 72%
Teor de extrativos < 2%
Fibras: comprimento 0,95 mm
largura 18 µm
espessura parede 4,4 µm
187
Anormalidades da Madeira

188
Nós
9 Nó é a porção basal
de um ramo que se
encontra embebida no
tronco de madeira,
provocando na sua
vizinhança desvios ou a
descontinuidade dos
tecidos lenhosos.

9 Os nós podem ser


vivos ou mortos.
Fonte: DEF/UFV
189
Nós

9 O nó é considerado
vivo quando corresponde
a uma época em que o
ramo esteve fisiologica-
mente ativo na árvore,
havendo uma continui-
dade de seus tecidos.

Fonte: DEF/UFV
190
Nós
9 O nó morto corres-
ponde a um galho sem
atividade fisiológica que
deixou de participar do
desenvolvimento do
tronco.
9 Os nós ao morrerem Fonte: DEF/UFV

apresentam acúmulos de
resina e outros materiais
que lhes conferem dureza

191
Fonte: DEF/UFV Fonte: DEF/UFV
Formação de Nós na Madeira

HAYGREEN & BOWYER


192
Formação de Tilose no Lúmen de Vasos

193
Presença de Tilose no Cerne de Eucalyptus – 100X

194
Presença de Tilose no Cerne de Eucalyptus – 200X

195
Presença de Tilose no Cerne de Eucalyptus – 500X

196
Polpação de Madeira de Eucalyptus
Normal(A) e Desenvolvida Sob Stress(B)*

Eucalyptus Densidade Lignina Extrat. AA, % Rend, % TSS/TAS** TAS/Dia


Kg/m3 % Totais,% (Kappa 18) (Kappa 18)

A 477 28,3 3,38 15,6 51,0 1,26 1,111

B 522 31,0 5,41 16,3 49,0 1,37 1,022

CARVALHO, F - VCP
*Altas temperaturas, secas e fortes ventos, causando intensa formação de tilose.
3 TSS = Total Sólidos Secos TAS = Tonelada de Celulose Absolutamente Seca

197
Madeira Anormal
¾ Madeira de Compressão – coníferas
¾ Madeira de Tração - folhosas

198
Microexplosões Assimétrica (a) e Simétrica (b)

(b)

ROSADO, M.A. – Lato Sensu, UFV2006

199
Árvores Afetadas pelos Ventos

Normal Inclinada Curvada Tombada Quebrada

Arrancada
ROSADO, M.A. – Lato Sensu, UFV2006

200
Ação de Vestos e Força Gravidade

ROSADO, M.A. – Lato Sensu, UFV2006

201
Formação Madeira Tração e Compressão

Guimarães, C.C.J. – Lato Sensu, UFV-2006


202
Secões Transversais Madeira Tração e Compressão

Guimarães, C.C.J. – Lato Sensu, UFV-2006

203
Madeira de Tração em Folhosa

204
HAYGREEN & BOYER
Madeira Tração – Tronco Eucalyptus

FERNANDES,D.E – Lato Sensu, UFV-2003


205
Causas Formação Madeira Tração

¾Geotropismo – Manutenção crescimento vertical


¾Ventos (Okuyama, 1997 – Kubler, 1988)
¾Deficiência luz – movimentação árvore p/ captação luz floresta
¾Desfolhamento Agente Externo (Barefoot, 1963)

206
Madeira Anormal - Compressão

Madeira de Compressão (coníferas)


- Parte inferior troncos inclinados e de galhos
- Traqueídeos menores
- Formato circular dos traqueídeos (transversal)
- Espaços intercelulares
- Parede mais espessa
- Densidade mais elevada
- Mais lignina e menos celulose
- Polpa de celulose mais escura
- Menor rendimento de polpação
- Branqueamento mais difícil
- Propriedades inferiores de resistências da polpa
207
Madeira Anormal - Tração

ƒ Madeira de Tração (folhosas)


- Parte superior troncos inclinados e de galhos
- Camada gelatinosa após S3
- Mais celulose e menos lignina
- Maior rendimento
- Mais galactana e menos xilana
- Vasos menores e menos frequentes
- Densidade mais elevada
- Propriedades resistência inferiores

208
Madeira Normal e de Compressão

NORMAL COMPRESSÃO
Fibras circulares, espaços interfibras e
fissuras helicoidais
209
Camada Gelatinosa – Madeira de Tração

210
Madeira de Tração – Populos sp

gl – camada gelatinosa
r - raio

211
Ação de Ventos em Florestas de Eucalyptus

FERNANDES,D.E – Lato Sensu, UFV-2003

212
Inclinação de Árvores Eucalyptus pelo Vento

FERNANDES,D.E – Lato Sensu, UFV-2003

213
Madeira Eucalyptus - Normal

FERNANDES,D.E – Lato Sensu, UFV-2003

214
Madeira Eucalyptus - Tração

FERNANDES,D.E – Lato Sensu, UFV-2003

215
Madeira Normal x Madeira Tração
Eucalyptus urophylla

Parâmetros Normal Tração


Diâmetro vasos, µm 123 116
Frequencia vasos, n°/mm2 15 11
Espessura parede, µm 3,4 3,8
Diâmetro lume, µm 7,7 6,5
Comprimento fibra, mm 0,8 0,9
Largura fibra, µm 14,4 14,0

GOMIDE, 2003

216
Madeira Normal e Tração
Constituição Química - Eucalyptus

Alcool/ Ácidos Acetil


Madeira Celulose Xilanas Galactanas Mananas Arabinanas Lignina Acetil
Tolueno Urônicos /10Xilose
Normal 50,0 11,5 1,8 0,4 0,3 27,6 1,62 4,2 2,7 6,4
Tração 65,2 6,1 6,1 0 0,5 15,8 0,72 3,9 1,8 8,1

GOMIDE - 2003

217
Madeira Normal e Tração
Produção de Celulose - Eucalyptus

Álcali Número Rendimento, Viscosidade,


Madeira Ativo, % Kappa % cP
Normal 19,8 17,4 49,0 37,1
Tração 14,7 17,5 57,6 38,0

GOMIDE - 2003

218
Polpa Branqueda Eucalyptus
(Medidas no Índice Tração 70 N.m/g)

Propiedades Mad. Normal Mad. Tração


Energia refino (W.h) 10 39
Índice estouro (kPa.m2/g) 5,3 4,3
Índice rasgo (mN.m2/g) 7,3 9,3
Dobras duplas (n°) 122 46
Shopper Riegler (°SR) 33 39
Resistênci9a ao ar (s/100ml) 10,6 6,7
Volume específico (cm3/g) 1,59 1,85
Guimarães, C.C.J. – Lato Sensu, UFV-2006

219
Análise de Fibras

220
Análise de Fibras na Madeira, Polpa ou Papel
Pulp and Paper Microscopy – Irving H. Isenberg – The Institute
of Paper Chemistry, Appleton, Wisconsin, USA – 1997, 395p.
-Morfologia da Fibra
-Microestrutura das Fibras
-Análise de Fibras
-Corantes e Reagentes
-Microseccionamento
-Microfotografia
-Etc.

Norma TAPPI T263 sp-97 – Identification of wood and fibers


from conifers. 16p.
-Diferenciação entre madeiras de folhosas e coníferas
-Características anatômicas das madeiras de coníferas utilizadas para celulose
-Determinação da espécie de conífera presente na polpa ou papel

221
Análise de Fibras na Madeira, Polpa ou Papel
Pulp and Paper Microscopy – Irving H. Isenberg – The Institute
of Paper Chemistry, Appleton, Wisconsin, USA – 1997, 395p.
-Morfologia da Fibra
-Microestrutura das Fibras
-Análise de Fibras
-Corantes e Reagentes
-Microseccionamento
-Microfotografia
-Etc.

Norma TAPPI T263 sp-97 – Identification of wood and fibers


from conifers. 16p.
-Diferenciação entre madeiras de folhosas e coníferas
-Características anatômicas das madeiras de coníferas utilizadas para celulose
-Determinação da espécie de conífera presente na polpa ou papel

222
Análise de Fibras na Madeira, Polpa ou Papel

Norma TAPPI T401 om-93 – Fiber analysis of paper and


paperboard. 16p.
-Identificação de fibras presentes em papel e papelão (analista habilidoso e experiente!)
-Características morfológicas de fibras
- Uso freqüente de amostras padrões
-Técnicas de desintegração do papel, coloração e preparo de slides

Norma TAPPI T259 sp-98 – Identification of nonwood plant


-
fibers. 13p.
-Objetivo: identificar fibras não-madeiras presentes no papel
- Identificação de fibras não-madeira pelas suas características morfológicas

223
Qualidade da Madeira de Eucalyptus
para Produção de Celulose

Experiências do Núcleo de Celulose e Papel


Universidade Federal de Viçosa

224
600 542
Densidade Básica, Kg/m3 500 511 499
488 494 485 482 490
477
500 470 476 472
459 450 457 455
441
418 427

400
374

300

200

100

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Clones de Eucalyptus

Figura 1 - Densidade básica das madeiras de Eucalyptus.


225
30 2 7 ,4 2 7 ,8 2 7 ,4 2 7 ,9 2 8 ,4
2 7 ,1 2 7 ,5 2 6 ,4 2 7 ,4
2 8 ,1 2 8 ,0 2 7 ,5 2 7 ,3

Teor de Lignina, %
2 7 ,2 2 6 ,7 2 7 ,2
2 5 ,7 2 5 ,5 2 6 ,3 2 6 ,3
2 5 ,1
25
20
15
10
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Clones de Eucalyptus

Figura 2 - Teor de lignina das madeiras de Eucalyptus.


226
Solubilidade em Álcool/tolueno, % 3,5
3,1 3,1
3,2

3 2,8
2,7
2,6
2,5 2,5
2,5 2,4 2,4
2,2
2,4
2,3
2,4

2,1

2 1,8
1,7 1,7
1,6 1,6
1,5
1,5

0,5

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Clones de Eucalyptus

Figura 3 - Teor extrativos em álcool/tolueno das madeiras de Eucalyptus.


227
25,0 24,0

21,5 21,0 21,5


Álcali Ativo, %
19,5 19,5
20,0 19,0
18,018,3
19,0
18,0
19,0 19,0
18,5 18,0 18,0 18,0
17,0 17,517,0 17,0

15,0

10,0

5,0

0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Clones de Eucalyptus

Figura 4 - Álcali ativo para produção de celulose com número kappa 18.
228
60,0
Rendimento Depurado, % 50, 0 50, 7
51 , 6
50, 1 50, 0 51 , 1 49, 9
48, 9 48, 9 49, 4 49, 0 49, 0 49, 0 48, 5
50,0 48, 3
46, 5
48, 7
46, 3
48, 2 47, 3

44, 0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Clones de Eucalyptus

FIGURA 5: Rendimento depurado das celuloses de número kappa 18.

229
50,0 48, 3
47, 5
46, 4
45, 1
44, 4
41 , 9
40, 5 41 , 1
39, 2
40,0 38, 0 37, 7
35, 9
34, 9 35, 1 34, 5
33, 8
32, 9
32, 1
Viscosidade, cP

30,0 29, 0

20, 4 20, 6
20,0

10,0

0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Clones de Eucalyptus

FIGURA 6: Viscosidade das celuloses de número kappa 18.


230
Conclusões Gerais

• Considerável variação na qualidade da madeira


• Para kappa 18±1 ⇒ AA = 17,0 a 24,0%
Rendimento = 44,0 a 51,6%
Viscosidade = 20,4 a48,3 cP
⇓ ⇓ ⇓
Importância das Análises de Qualidade da Celulose
para o Programa de Melhoramento Florestal

231
Importância da Qualidade da Madeira
Uma Demonstração Simples - Economia de Madeira

Clone AA, % Kappa Rend., % Visc., cP


A 17,0 17,7 51,6 47,5
B 24,0 17,3 44,0 20,4
(Fábrica de 1.000 Ton/Dia):
Rendimento: 51,6 e 44,0% (∆ = 7,6%)

∆ 335 Ton. Madeira/Dia

$90/Ton

$30.150/Dia

$10,55 Milhões/Ano
232
Importância da Qualidade da Madeira
Uma Demonstração Simples - Aumento de Produção

Clone AA, % Kappa Rend., % Visc., cP


A 17,0 17,7 51,6 47,5
B 24,0 17,3 44,0 20,4
(Fábrica de 1.000 Ton/Dia):
Rendimento: 51,6 e 44,0% (∆ = 7,6%)

∆ 76 Ton. Celulose/Dia

$500/Ton (Custo ?)

$38.000/Dia

$13,30 Milhões/Ano
233
Qualidade da Madeira de Pinus para
Produção de Celulose

Experiências do Laboratório de Celulose e Papel


Universidade Federal de Viçosa

234
Densidade básica das madeiras de Pinus
500
445 431
450 401 406 399 418 401 411
Densidade básica (Kg/m )

384 374 392 388


3

361 378 362


400 361 353 363
349
336
350
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Famílias de Pinus

235
Teor de Lignina das Madeiras de Pinus
28,9 28,9
30 28,2 27,8 28,3 28,1 27,9 28,4 27,8 28,1 28,4
26,7 26,6 26,8 27,5 27,5 26,9
28 26,1 26,6 26,3

26
Lignina Total (%)

24
22
20
18
16
14
12
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Famílias de Pinus

236
Teor de Extrativos das Madeiras de Pinus

5,07
5
Álcool/Tolueno (%)

4
3,22
Extrativos

2,91
3 2,56 2,53 2,55 2,55
2,40 2,47 2,39 2,29
2,18 2,3 2,28
2,17 1,94
1,95
1,81 1,79
1,71
2

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Famílias de Pinus

237
Álcali Ativo Para Kappa 100
17
15,7 15,5 15,7
16 15,4
15,2 15,3
15,1 15,1 15,1 15 15,1
14,8 14,8 14,9 14,7 14,8
14,6
15
Álcali Ativo (%)

14,2 14,4
14,2

14

13

12

11

10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Famílias de Pinus

238
Rendimento Depurado Para Kappa 100

60 58,9 59,1 59,3 58,8


58,7 58,6
58,4
59 58,1 58,1
57,5 57,7 57,8 57,7
58 57,3 57,4 57,2
57,1
56,4
Rendimento (%)

57
55,8 55,5
56
55
54
53
52
51
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Famílias de Pinus

239
Viscosidade Para Kappa 100
115 111

110
104 104 103
105
100 99 101 100 100 100
Viscosidade (cP)

98
100
94 94
93 93 93
95
88
90 87

85
80 76
74
75
70
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Famílias de Pinus

240
Conclusões Gerais

• Considerável variação na qualidade da madeira


• Para kappa 100 ⇒ AA = 14,2 a 15,7%
Rendimento = 55,5 a 59,3%
Viscosidade = 74 a 111 cP
⇓ ⇓ ⇓
Importância das Análises de Qualidade da Celulose
para o Programa de Melhoramento Florestal

241
Importância da Qualidade da Madeira
Uma Demonstração Simples - Economia de Madeira

Madeira AA, % Kappa Rend., % Visc., cP


15 14,2 100 59,5 100
12 15,5 100 55,5 76
(Fábrica de 1.000 Ton/Dia):
Rendimento: 59,3 e 55,5% (∆ = 3,8 %)

∆ 116 Ton. Madeira/Dia

$90?/Ton

$10.440/Dia

$3,65 Milhões/Ano
242
Importância da Qualidade da Madeira
Uma Demonstração Simples - Aumento de Produção

Família AA, % Kappa Rend., % Visc., cP


15 14,2 100 59,3 100
12 15,5 100 55,5 76

(Fábrica de 1.000 Ton/Dia):


Rendimento: 59,3 e 55,5% (∆ = 3,8%)

∆ 38 Ton. Celulose/Dia

$220/Ton (Custo ?)

$8.360/Dia

$2,93 Milhões/Ano
243
? ? ?
Qualidade da Madeira

? ?
?
244
Relação da Densidade Básica com o
Processo de Polpação

¾ Informações contraditórias:

ƒ A densidade básica da madeira não se


relaciona com o rendimento gravimétrico da
polpação.

ƒ Aumento da densidade básica prejudica o


rendimento.

245
Características anatômicas

Variável dependente Densidade Básica Carboidratos Totais


Equação R Equação R
Largura da fibra y = -0,0171x + 28,215 (-) 0,80 y = 0,3006x - 0,9801 0,34
Diâmetro lúmen y = -0,0201x + 19,993 (-) 0,76 y = 0,2004x - 3,3894 0,18
Espessura parede y = 0,0015x + 4,1216 0,32 y = 0,0511x + 1,1299 0,27
Comprimento y = -0,0006x + 1,1609 (-) 0,43 y = -0,0078x + 1,4597 (-) 0,14
Número de fibra/g y = -0,029x + 42,521 (-) 0,41 y = -0,5359x + 67,752 (-) 0,18
Coarseness (mg/100m) y = 0,0086x + 1,7544 0,75 y = 0,0248x + 3,8705 0,05
Teor de finos y = -0,0031x + 9,2151 (-) 0,27 y = -0,1394x + 17,768 (-) 0,29

¾DB correlacionou com algumas características anatômicas


¾ Carboidratos totais não apresentou correlacão
¾Madeiras + leves > diâm. fibra e lúmen, < espes. parede e coarseness
Mokfienski – Viçosa 2003
Efeito Densidade Básica e Teor Carboidratos

Variável dependente Densidade Básica Carboidratos Totais


Equação R Equação R
Rendimento depurado y = -0,0146x + 59,05 (-) 0,51 y = 0,7507x - 1,2298 0,63
Álcali ativo aplicado y = 0,0096x + 11,817 0,56 y = -0,3597x + 41,861 (-) 0,51
Viscosidade da polpa y = -0,1093x + 115,19 (-) 0,59 y = 6,6355x - 408,64 0,86
AcHex y = -0,0008x + 43,534 (-) 0,01 y = -0,6848x + 92,131 (-) 0,27
Mokfienski – Viçosa 2003
Rendimento vs Características Madeira
Estudo 106 clones Eucalyptus
Db ⇒ 367-555 Kg/m3 (474 média)

Rendimento,% = 71,3 – 0,95AA – 0,53Ext – 0,28Lig + 0,005Db


Gomide - 2007

Supondo: AA=17%, Ext=2%, Lig=28%, Db=470Kg/m3

Rendimento, % = 71,3 – 16,15 – 1,06 - 7,84 + 2,35


AA Ext Lig Db

248
Espectroscopia Inframermelho Próximo para
Predição da Qualidade da Madeira
(NIRS)

249
Espectroscopia InfraVermelho Próximo
Regiões de Comprimento de Onda

InfraVermelho Próx.
UV Visível Infra -Vermelho Médio

200 400 700 2500 25,000 nm

Elementar Análise Constituintes Análise de Grupos Funcionais


Aparência

250
251
REFLECTÂNCIA DIFUSA

detectores detectores

252
INSTRUMENTAÇÂO
DETECTORES
Prisma Monocromático

Fonte de Luz
Amostra

253
CALIBRAÇÃO
Resultados de Análise
Amostras de Laboratório
Calibração

espectro

Equações
Análises de Validação Preliminares
Rotina
254
Espectro madeira de Eucalyptus - Projeto Genolyptus

GOMIDE, UFV, 2004


255
Predição de Rendimento - NIRS

AMARAL – Raiz, 2004


256
Os Clones de Excelência, de
Eucalyptus, no Brasil para
Produção de Celulose

257
Introducão
Excepcional crescimento das florestas de
Eucalyptus no Brasil !

Incremento Médio Anual (IMA): 40-60m3/ha/ano

258
Introdução
Objetivo do estudo Ö um levantamento técnico

“Analizar as características tecnológicas dos


melhores clones de Eucalyptus nacionais para
produção de celulose kraft”

259
Introdução
¾Dez maiores fábricas de celulose foram convidadas

¾Cada fábrica disponibilizou seu melhor clone de Eucalyptus

¾Razões confidencialidade Ö Clones codificados como A-J

260
Características Silviculturais Clones Eucalyptus
Clones DAP, cm Altura, m IMA, m3/ha/ano
A 17,7 26,9 52,9
B 17,7 19,6 46,0
C 20,5 27,8 47,0
D 20,8 31,2 45,4
E 21,4 21,2 33,9
F 17,0 23,0 40,0
G 17,3 24,8 43,9
H 15,6 21,3 39,5
I 18,1 29,0 46,1
J 22,3 28,5 50,0
Variação 15,6-22,3 19,6-31,2 33,9-52,9 261
Florestas Brasileiras de Eucalyptus
¾Alta produtividade em IMA:
-Duas empresas: > 50m3/ha/ano
-70% empresas: > 40m3/ha/ano
-Apenas um clone: < 35m3/ha/ano
-Média: 44,5 m3/ha/ano
-florestas plantadas 1997-1999

262
Características Dimensionais Fibras
Clones Comp. Larg. Lúmem Parede # Fibras/g Coarseness
mm µm µm µm 106 mg/100m
A 0,98 17,9 8,1 4,9 19,8 6,9
B 1,00 18,0 8,5 4,7 19,6 6,6
C 1,05 17,6 8,4 4,6 20,5 6,3
D 1,07 18,6 9,0 4,8 20,3 6,3
E 0,96 18,8 8,8 5,0 20,7 6,6
F 1,02 17,3 7,5 4,9 21,3 6,0
G 0,98 18,2 8,4 4,9 25,3 5,8
H 0,95 17,7 8,0 4,8 27,7 5,1
I 0,96 19,2 8,9 5,2 16,3 8,3
J 0,97 18,3 8,4 5,0 19,7 7,0
Variação 0,95-1,07 17,3-19,2 7,5-9,0 4,6-5,2 16,3-27,7 5,1-8,3

263
Dimensões das Fibras
¾Dimensões médias típicas de Eucalyptus
-Comprimento: 0,99mm
-Largura: 18,2µm
-Diâmetro lúmen: 8,4µm
-Espessura parede: 8,9µm
-Número fibras/grama: 16,6-27,7 milhões
-Coarseness: 5,1-8,3mg/100m

¾Variabilidade: clones para “tissue” ou P&W

264
Densidade básica – Composição Química
Densidade Alc/Tol DCM Lignina,%
Clones Kg/m3 % % Insolúvel Solúvel Total

A 510 4,13 0,18 27,0 3,5 30,5


B 465 1,76 0,10 22,4 5,1 27,5
C 482 2,88 0,14 27,1 3,5 30,6
D 472 1,99 0,06 24,9 3,3 28,2
E 486 3,37 0,20 26,4 3,7 30,1
F 505 2,12 0,40 24,2 3,3 27,5
G 503 3,54 0,50 24,8 4,4 29,2
H 482 3,30 0,38 28,6 3,1 31,7
I 490 3,52 0,40 24,2 3,6 27,8
J 501 3,45 0,13 26,0 3,9 29,9
Variação 465-510 1,76-4,13 0,06-0,50 22,4-28,6 3,1-5,1 27,5-31,7

265
Densidade Básica
Db mais baixas Ö - menor álcali coz: rendimento mais alto
maior viscosidade
- menor produção digestor

Clones Eucalyptus Ö 40% acima 500 Kg/m3


60% 465-490 Kg/m3
Prioriza densidade próxima 500 Kg/m3

Brasil (ampliação e fábricas greenfield) Ö ≥ 500 Kg/m3

266
Extrativos
Considerável variabilidade:
Alcool/Tolueno ⇒ 1,76-4,13%
DCM (pitch) ⇒ 0,06 – 0,50%

267
Lignina
Eucalyptus nacionais: Mais lignina que Hemisfério Norte

Teor lignina: 27,5–31,7%

Siringil / Guaiacil = 2-3

268
Constituição dos Carboidratos
Clones Glucanas Xilanas% Galactanas% Mananas% Arabinanas
% %
A 45,0 11,5 0,9 0,6 0,3
B 49,2 13,2 0,8 0,6 0,3
C 47,8 10,8 0,7 0,4 0,1
D 50,0 11,1 0,8 0,3 0,2
E 44,6 12,8 0,5 0,5 0,3
F 47,6 13,1 0,6 0,9 0,2
G 45,7 11,6 0,8 0,6 0,3
H 44,5 11,8 0,7 0,6 0,1
I 46,5 13,2 0,6 0,7 0,3
J 44,8 12,7 0,6 0,7 0,3
variação 44,5-50,0 10,8-13,2 0,5-0,9 0,3-0,7 0,1-0,3

269
Carboidratos
ƒGlucanas: 44,5–50,0%
ƒXilanas: 16,6–21,0%
ƒGalactanas, Mananas, Arabinanas: 0,1–0,9%
ƒHemiceluloses: 18,7-23,3%

270
Polpação Kraft dos Clones de Eucalyptus
Clones AE, Rend. Viscosidade, cP AcHex
% Depurado,% mmol/Kg
A 18,5 50,2 59,1 54,0
B 13,7 57,6 129,6 34,7
C 16,0 53,4 76,1 44,9
D 15,5 55,4 80,8 50,7
E 17,5 50,8 71,7 57,9
F 15,0 54,5 99,9 51,7
G 15,5 52,3 108,0 43,1
H 19,0 49,3 60,4 54,5
I 15,8 54,3 98,7 46,6
J 17,0 51,1 71,8 48,5
Variação 13,7-19,0 49,3-57,6 59,1-129,6 34,7-57,9

271
Características da Polpação

•Demanda de álcali: 13,7–19,0%


•Um clone com rendimento excepcionalmente alto: 57,6%
baixos: Db, extrativos, lignina, ácido urônico, acetil
altos: celulose, S/G
•90% dos clones com rendimentos acima de 50%
•Média rendimentos: 53%
•60% dos clones acima 52% rendimento

272

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