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Quando bem jovem, ainda no ensino médio, pensei no ônibus sobre a morte de minha tia-avó.

Tive a imagem dela como uma morada e a certeza amarga que depois dela nunca mais me sentiria em
casa. Agora, tempos depois, descubro que a filosofia tem o exato gosto da saudade de casa. Agora, o
fel da saudade abre o caminho de minha vida, o motivo para continuar sem ela é ela: uma casa que
agora só existe na nostalgia. “Mas você ainda mora no mesmo lugar”, poderiam argumentar. Minha
única casa, porém, é o coração de Maria.

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