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2) Que tipo de proteção contra a corrosão ocorre quando se utiliza zinco como forma de
revestimento de estruturas de ferro? Como ela funciona?
3) Explique por que placas de aço justapostas por rebites de cobre sofrem corrosão muito
atenuada nas placas de aço quando imersas em água do mar, porém se as placas fossem de
cobre e os rebites de aço, a taxa de corrosão dos rebites de aço (área anódica) seria
acentuadamente perigosa, pois poderia provocar a ruptura desses rebites.
4) Que tipo de proteção contra a corrosão ocorre quando se utiliza tinta como forma de
revestimento de chapas de ferro? Como ela funciona?
6) O que é corrosão-erosão?
10) Em uma fábrica foi feita uma tubulação de ferro contendo juntas (ligação entre tubos de ferro)
feitas de cobre. Nessa tubulação passa uma solução aquosa. Esta empresa está sofrendo de
problemas de corrosão na tubulação. Imagine que você foi chamado para resolver o problema. Faça
então um relatório para o dono da empresa explicando porque está ocorrendo corrosão, quais as
partes da tubulação mais afetadas e uma solução para o problema.
11) Tem-se uma chapa de ferro ou aço revestido de estanho. Porque o estanho fornece proteção
somente se a superfície do metal estiver completamente revestida?
12) Por que um acúmulo de ferrugem ou crostas de óxidos provoca uma corrosão por pite numa
placa de ferro ou de outro metal? Dê as reações catódica e anódica do processo de corrosão numa
placa de ferro.
13) O que é passivação? Porque metais passivados são sujeitos à corrosão quando riscados?
14) Explique como funciona uma pilha de concentração iônica diferencial. Imagine uma fresta
num meio corrosivo, com diferentes concentrações iônicas, onde a corrosão ocorreria? Por que?
15) Têm-se tanques de aço carbono ou de aço galvanizado. Por que se deve evitar que um fluido
circule por uma tubulação de cobre que alimenta o tanque, mesmo que entre o tubo de aço e o tubo
de cobre exista um flange isolante? Que sugestão você daria para resolver o problema?
20) Qual é a diferença entre proteção anódica ou proteção catódica contra a corrosão? Explique a
operação de cada processo.
Gabarito
1) Haverá corrosão por aeração diferencial, como conseqüência da formação de uma pilha de
aeração diferencial num meio corrosivo neutro aerado. Esse tipo de pilha se forma devido à
diferença nas concentrações de oxigênio. A parte menos aerada, o centro da gota, funcionará
como ânodo da pilha, cedendo elétrons para a parte mais aerada, a periferia da gota. Há,
portanto, corrosão no centro da gota. As semi-reações e a reação global envolvidas nesse
processo são:
Fe → Fe2+ + 2e- (reação anódica)
H2O + ½ O2 + 2e- → 2OH- (reação catódica)
Fe + H2O + ½ O2 → Fe2+ + 2OH- (reação global)
2) Este tipo de proteção é chamado proteção catódica. O zinco, por ter potencial de oxidação
maior que o do ferro, tornar-se-á o ânodo da pilha, e o ferro, o cátodo. Portanto, enquanto todo o
zinco não sofrer oxidação, a estrutura de ferro estará protegida, mesmo que haja falhas no
revestimento do zinco.
3) Quando chapas de aço justapostas por rebites de cobre são imersas em água do mar,
eletrólito por natureza, este penetrará pelas frestas existentes entre as próprias chapas e entre as
chapas e os rebites de cobre. Portanto, devido à diferença de potencial eletroquímico entre o
cobre e o ferro ser evidente, haverá corrosão do ferro (maior potencial de oxidação) nas regiões
ao redor dos rebites, com uma grande área anódica cedendo elétrons para uma pequena área
catódica. Logo, no caso de inverterem-se as posições (chapa de cobre e rebites de aço), teremos
o mesmo tipo de corrosão, devido às mesmas causas, porém com oxidação acentuada dos
rebites de aço, agora com a exposição de uma pequena área anódica cedendo elétrons para uma
grande área catódica, o que gera corrosão muito mais intensa que no caso anterior.
4) A aplicação de tinta em chapas de ferro inibe a reação anódica do ferro, desde que a mesma
esteja sem falhas. Este tipo de proteção é chamado de proteção anódica.
5) A pilha de corrosão galvânica ocorre quando há o contato elétrico de dois metais diferentes,
na presença de um meio corrosivo. Quanto mais distantes estiverem os metais na tabela de
potenciais eletroquímicos (maior a ddp), mais intensa será a corrosão. O metal com maior
potencial de oxidação funcionará como ânodo da pilha galvânica, cedendo elétrons para o outro
metal, o cátodo. Um exemplo na prática seria a aplicação de juntas de cobre em tubulações de
ferro que transportem soluções aquosas, havendo corrosão do ferro nas regiões próximas às
juntas de cobre.
7) a) igual
b) tem mais íons
c) o metal a proteger
d) reduz/redução
e) oxidação
f) tem óxido de alumínio na sua superfície que o isola do exterior
8) a) F b) F c) V d) V e) F
10) Relatório:
• Sistema
Tubulação de água
• Material
Tubos: ferro - carbono
Juntas: cobre
• Observações
Intenso processo corrosivo na região próxima às juntas
• Causa
Corrosão galvânica, provocada pelo contato de dois metais diferentes (cobre e ferro), que causa a
corrosão do metal de maior potencial de oxidação: ferro (ânodo)
• Solução
Limpeza das áreas com corrosão, substituição do material corroído.
Substituição das juntas de cobre, por material anódico ao aço-carbono, como alumínio ou zinco ou
material isolante.
11) Caso a cobertura da superfície for perfurada, a camada de estanho torna-se o cátodo em relação
ao ferro, que assim passa a atuar como ânodo. O par galvânico resultante produz corrosão no
ferro. Com uma pequena área anódica deve fornecer elétrons para uma grande superfície
catódica, pode resultar uma corrosão localizada muito rápida.
13) Alguns metais e ligas tendem a tornar-se passivos devido à formação de uma película fina e
aderente de óxido ou outro composto insolúvel nas suas superfícies. A passivação faz com que
esses materiais funcionem como áreas catódicas. A destruição da passividade através de um
risco na camada do óxido expõe a superfície metálica ativa, que funciona como ânodo. Temos
então uma pequena área anódica circundada por grande área anódica, dando origem à corrosão.
14) É uma pilha formada por material metálico de mesma natureza, em contato com soluções de
diferentes concentrações. O ânodo da pilha será aquele imerso na solução mais diluída e o
cátodo, aquele que estiver imerso na solução mais concentrada. É comum ocorrer esta pilha
quando se tem superfícies metálicas superpostas e em contato, havendo, entre elas, pequenas
frestas por onde o eletrólito possa penetrar. A fresta deve ser suficientemente estreita para manter
o meio corrosivo estagnado e suficientemente aberta para permitir que o meio corrosivo penetre
nela.
Supondo-se superfícies metálicas, M, superpostas e com frestas, pode-se admitir que no
eletrólito em repouso, mesmo que haja igualdade de concentração entre as soluções de eletrólito
nas partes mais internas e mais externas da fresta, ocorra um processo de dissolução do metal
com a conseqüente formação de íons metálicos Mn+. Pode-se então, estabelecer um gradiente de
concentração devido ao processo de difusão dos íons ser lento, e a solução do eletrólito passa a
ser mais concentrada em íons Mn+ no interior da fresta do que na parte mais externa, pois nesta
parte há fácil acesso do eletrólito e os íons metálicos aí formados poderão ser arrastados, desde
que o eletrólito se movimente. A diferença de concentração ocasionará, então, uma diferença de
potencial e a formação de uma pilha de concentração iônica com a corrosão na parte externa da
fresta, pois esta funciona como ânodo da pilha formada.
15) A corrosão galvânica é ocasionada pela presença de cobre ou compostos originados pela ação
corrosiva ou erosiva da água sobre a tubulação de cobre que alimenta o tanque. Deve-se evitar,
que um fluido circule por um material catódico antes de circular por um que lhe seja anódico. Se o
fluido ocasionar ação mecânica e/ou ação corrosiva no tubo de cobre, arrastará partículas e/ou
íons, Cu2+, desse metal, para o tubo de aço tendo-se então: corrosão galvânica do tubo de aço
devida a possível deposição das partículas de cobre; no caso de arraste de íons Cu 2+, tem-se a
corrosão do aço devida à reação: Fe + Cu2+ → Fe2+ + Cu e posterior formação do par galvânico
aço-cobre dando continuidade ao processo corrosivo, podendo ocorrer perfurações no tubo de
aço. Quando não for possível a inversão de sentido do fluido pode-se usar um trecho de tubo de
aço, intercalado entre o tubo de cobre que transporta o fluido e o equipamento de aço-carbono, ou
de outro material metálico anódico em relação a cobre. Como o tubo de aço é flangeado, pode ser
facilmente substituído, quando necessário, e deve apresentar diâmetro maior do que o do cobre
para que haja redução de velocidade, possibilitando a deposição de partículas de cobre
arrastadas pelo fluido.
16) Corrosão por aeração diferencial. As regiões mais atacadas são aquelas que ficam pouco abaixo
do solo.
17) É o processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos e no ferro nodular.
A grafite é um material mais catódico que o ferro. Sendo assim, os veios ou nódulos da grafite do
ferro fundido agem como área catódica e o ferro como área anódica (corrosão).
Ferro fundido = liga de ferro-carbono com teores de carbono acima de 2,06%.
Ferro fundido cinzento = ferro fundido com grafite lamelar formada durante a solidificação.
Ferro fundido dútil ou nodular = ferro fundido com grafite esférica na microestrutura.
18) É o processo corrosivo que é observado na ligas de zinco, especialmente latões. Há a destruição
do zinco (material anódico), restando o cobre e os produtos da corrosão.
19) É a corrosão que se processa entre os grãos da rede cristalina do material metálico, que perde
suas propriedades mecânicas e pode fraturar quando solicitado por esforços mecânicos. Os grãos
vão sendo destacados à medida que a corrosão se propaga.
20) Proteção catódica: é uma forma de proteger o metal da corrosão, forçando-o a ser o cátodo, não
o ânodo, de uma pilha eletroquímica. Usualmente se acopla o metal a outro, que possui um maior
potencial de oxidação, isto é, oxida-se mais facilmente. O melhor exemplo é a galvanização, onde
o ferro é revestido por zinco. Esta película de zinco se oxida antes do ferro - ela é chamada de
ânodo de sacrifício. Poderia ser acoplada através de um fio condutor, como é o caso das barras
de magnésio ligadas aos emissários submarinos.
Proteção anódica: é uma forma de inibir a reação anódica (oxidação do ferro). O procedimento
mais comum é revestir a superfície do metal por uma camada de tinta ou de óxido protetor. O
método atual consiste em oxidar a superfície do ferro com um sal de cromo (IV) para formar o
ferro (III) e cromo (III). Estes óxidos são impermeáveis a água e ao oxigênio, e a oxidação do ferro
(reação anódica) torna-se impossível.