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Apostila TJ-TO

Português - Prof. Marcus Prado

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Interpretação de Texto - Prof. Marcus Prado

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Redação Discursiva - Prof. Marcus Prado

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Raciocínio Lógico - Prof. Edcarlos

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Informática Básica - Prof. Delgado

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História do Estado de Tocantins - Prof. Kanduka

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Geografia do estado de Tocantins - Prof. Kanduka

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Apostila TJ-TO
CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA 3) Em alguns casos, a mesma letra pode repre-
sentar mais de um fonema. A letra x, por exemplo,
DEFINIÇÃO pode representar:

Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o - o fonema sê: texto


sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira - o fonema zê: exibir
como os fones (sons) se organizam dentro de uma lín-
gua, classifica-os em unidades capazes de distinguir - o fonema chê: enxame
significados, chamadas fonemas. - o grupo de sons ks: táxi
FONEMA 4) O número de letras nem sempre coincide
A palavra fonologia é formada pelos elemen- com o número de fonemas.
tos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo", Exemplos:
"conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos
sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao fa-
lar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira pró- Tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
pria de realizar esses sons no ato da fala. Essas par-
ticularidades na pronúncia de cada falante são estu-
dadas pela Fonética. 1234567 123456

Dá-se o nome de fonema ao menor elemento


sonoro capaz de estabelecer uma distinção de signifi- galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g al h o
cado entre as palavras. Observe, nos exemplos a se-
guir, os fonemas que marcam a distinção entre os pa-
12 3 4 12345
res de palavras:

amor - ator 5) As letras m e n, em determinadas palavras,


não representam fonemas. Observe os exemplos:
morro - corro compra
conta
vento - cento
Nessas palavras,menindicam anasalização-
das vogais que as antecedem.
Cada segmento sonoro se refere a um dado
da língua portuguesa que está em sua memória: a Veja ainda:
imagem acústica que você, como falante de portu-
guês, guarda de cada um deles. É essa imagem acús- nave: o /n/ é um fonema;
tica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui
o fonema. Os fonemas formam os significantes dos dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/,
signos linguísticos. Geralmente, aparecem represen-
tados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. representado na escrita pelas letras a e n.

Fonema e Letra 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não repre-


1) O fonema não deve ser confundido com a le- senta fonema.
tra. Na língua escrita, representamos os fonemas por Exemplos:
meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a re-
presentação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); hoje fonemas: ho / j / e / letras: hoje
já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/
(lê-se zê). 1 2 3 1234
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser repre-
sentado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso Classificação dos Fonemas
do fonema /z/, que pode ser representado pelas le-
tras z, s, x: Os fonemas da língua portuguesa são classifi-
cados em:
Exemplos:
1) Vogais
zebra
casamento As vogais são os fonemas sonoros produzi-
exílio dos por uma corrente de ar que passa livremente pela

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Apostila TJ-TO

boca. Em nossa língua, desempenham o papel de nú- Posteriores ou Velares - A língua


cleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sí- eleva-se em direção ao palato mole (véu pa-
laba há necessariamente uma única vogal. latino).
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou Exemplos:
entreaberta. As vogais podem ser:
ó, ô, u
a) Orais: quando o ar sai apenas pela
Médias - A língua fica baixa, quase em
boca.
repouso.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
a
b) Nasais: quando o ar sai pela boca e
2) Semivogais
pelas fossas nasais.
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são
Por Exemplo:
vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando
/ã/: fã, canto, tampa com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse
caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A
/ /: dente, tempero
diferença fundamental entre vogais e semivogais está
/ /: lindo, mim no fato de que estas últimas não desempenham o pa-
pel de núcleo silábico.
/õ/ bonde, tombo
Observe a palavra papai. Ela é formada de
/ / nunca, algum
duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vo-
c) Átonas: pronunciadas commenorin- cálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fo-
tensidade. nema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semi-
vogal.
Por Exemplo:
Outros exemplos:
até, bola
saudade, história, série.
d)Tônicas: pronunciadas commaiorin-
tensidade.
Por Exemplo: Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem apare-
cer representados na escrita por" e", "o" ou
até, bola
"m".
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
Abertas Veja:
Exemplos:
pé, lata, pó pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/
Fechadas
3) Consoantes
Exemplos:
Para a produção das consoantes, a corrente
mês, luta, amor de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao
Reduzidas - Aparecem quase sem- passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as con-
pre no final das palavras. soantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de
atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém jus-
Exemplos: tamente desse fato, pois, em português, sempre con-
dedo, ave, gente soam ("soam com") as vogais.

Quanto à zona de articulação: Exemplos:

Anteriores ou Palatais - A língua /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.
eleva-se em direção ao palato duro (céu da Encontros Vocálicos
boca).
Os encontros vocálicos são agrupamentos de
Exemplos: vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias.
é, ê, i É importante reconhecê-los para dividir corretamente
os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encon-
tros: o ditongo, otritongo e o hiato.

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Apostila TJ-TO

1) Ditongo O agrupamento de duas ou mais consoantes,


sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou
consonantal.Existem basicamente dois tipos:
vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
- os que resultam do contato consoante
a) Crescente: quando a semivo-
+ l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como
gal vem antes da vogal.Por Exemplo:
em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...
sé-rie (i = semivogal, e = vo-
- os que resultam do contato de duas
gal)
consoantes pertencentes a sílabas diferentes:
b) Decrescente: quando a vogal vem por-ta, rit-mo, lis-ta...
antes da semivogal.Por Exemplo:
Há ainda grupos consonantais que surgem no
pai (a = vogal, i = semivogal) início dos vocábulos; são, por isso, insepará-
veis:pneu,gno-mo,psi-có-lo-go...
c) Oral: quando o ar sai apenas pela
boca.Exemplos: Dígrafos
pai, série De maneira geral, cada fonema é representado,
na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo:
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e
pelas fossas nasais.Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas equatroletras.
mãe Há, no entanto, fonemas que são representa-
dos, na escrita, por duas letras.
2) Tritongo
Por Exemplo:
É a sequência formada por uma semivogal,
uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, bicho - Possui quatro fonemas e cincoletras.
numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Na palavra acima, para representar o fonema |
Exemplos:
xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.
Paraguai - Tritongo oralquão- Tritongo nasal
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são
3) Hiato usadas para representar um único fonema (di = dois
+ grafo = letra). Em nossa língua, há um número ra-
É a sequência de duas vogais numa mesma pa-
zoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos
lavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez
agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.
que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Dígrafos Consonantais
Por Exemplo:
saída (sa-í-da) Letras Fonemas Exemplos
poesia (po-e-si-a)
lh lhe telhado

nh nhe marinheiro
Saiba que:
- Na terminação -em em palavras ch xe chave
como ninguém, também, porém e na
terminação -am em palavras como Re (no interior da pa-
amaram, falaram ocorrem ditongos na- rr carro
lavra)
sais decrescentes.
- É tradicional considerar hiato o en- se (no interior da pa-
ss passo
contro entre uma semivogal e uma vo- lavra)
gal ou entre uma vogal e uma semivo-
gal que pertencem a sílabas diferen- que (seguido
qu queijo, quiabo
tes, como em ge-lei-a, io-iô. de e e i)

gue (seguido
gu guerra, guia
de e e i)
Encontros Consonantais
sc se crescer

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Apostila TJ-TO

sç se desço A - MOR

xc se exceção A palavra amor está dividida em grupos de fo-


nemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada
Dígrafos Vocálicos: registram-se na repre- um desses grupos pronunciados numa só emissão de
voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o nú-
sentaçãodas vogais nasais.
cleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba
sem vogal e nunca há mais do que uma vogal
Exem- em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o nú-
Fonemas Letras
plos mero de sílabas de uma palavra, devemos perceber
quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as le-
ã am tampa tras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem
representar semivogais.
an canto Classificação das Palavras quanto ao Nú-
mero de Sílabas
em templo 1) Monossílabas: possuem apenas
uma sílaba.Exemplos: mãe, flor, lá, meu
en lenda 2) Dissílabas: possuem duas sílabas.
Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por
im limpo 3) Trissílabas: possuem três sílabas.
Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz,
in lindo O-da-ir
4) Polissílabas: possuem quatro ou
õ om tombo mais sílabas.Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-
tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-
go-lo-gis-ta
on tonto

um chumbo Divisão Silábica


Na divisão silábica das palavras, cumpre obser-
un corcunda var as seguintes normas:
a) Não se separam osditongos etriton-
gos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou
b) Não se separam os dígrafos ch, lh,
nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-
Observação: nha, fre-guês, quei-xa
"Gu" e "qu" são dígrafos so- c) Não se separam os encontros con-
mente quando, seguidos sonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-
de "e" ou "i", representam os fone- có-lo-go, re-fres-co
mas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nes-
ses casos, a letra "u" não corres- d) Separam-se as vogais dos hia-
ponde a nenhum fonema. Em algu- tos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de
mas palavras, no entanto, o "u" re- e) Separam-se as letras dos dígra-
presenta um fonema semivogal ou fos rr, ss, sc, sçxc. Exemplos: car-ro, pas-
vogal (aguentar, linguiça, aquí- sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te
fero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não
são dígrafos. Também não há dí- f) Separam-se os encontros consonan-
grafos quando são seguidos tais das sílabas internas, excetuando-se
de "a" ou "o" (quase, averiguo). aqueles em que a segunda consoante
é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-
ção, a-brir, a-pli-car
Acento Tônico

Sílaba: Observe:

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Apostila TJ-TO

Na emissão de uma palavra de duas ou mais Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba
sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior inten- tônica é a penúltima.Exemplos:dócil, suave-
sidade sonora do que as demais. mente, banana
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. Proparoxítonos: são aqueles cuja sí-
laba tônica é a antepenúltima. Exemplos:
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
máximo, parábola, íntimo
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
Saiba que:
 São palavras oxítonas, entre ou-
tras: cateter, mister, Nobel, no-
vel, ruim, sutil, transistor, ureter.

Obs.: a presença da sílaba de  São palavras paroxítonas, entre


maior intensidade nas palavras, em outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres,
meio a sílabas de menor intensidade, cartomancia, celtibero, circuito, decano, fi-
é um dos elementos que dão melodia lantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria,
à frase. ibero, impudico, inaudito, intuito, maquina-
ria, meteorito, misantropo, necropsia (al-
guns dicionários admitem também necróp-
sia), Normandia, pegada, policromo, pudico,
quiromancia, rubrica, subido(a).
Classificação da Sílaba quanto à Intensi-
dade  São palavras proparoxítonas, en-
Tônica: é a sílaba pronunciada com tre outras:aerólito, bávaro, bímano, crisân-
maior intensidade. temo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pân-
tano, trânsfuga.
Átona: é a sílaba pronunciada com
menor intensidade.  As seguintes palavras, entre ou-
tras, admitem dupla tonicidade: acrobata /
Subtônica: é a sílaba de intensidade acrobata, hieróglifo / hieroglifo, Oceânia /
intermediária. Ocorre, principalmente, nas pa- Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil / projetil,
lavras derivadas, correspondendo à tônica da réptil / reptil, zângão / zangão
palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo:
Monossílabos
Leia em voz alta a frase abaixo:
Palavra
be - bê
primitiva: O sol já se pôs.

átona tônica Essa frase é formada apenas por monossí-


labos. É possível verificar que os monossíla-
Palavra bos sol, já e pôs são pronunciados com
be - be - zi - nho maior intensidade que os outros. São tônicos.
derivada: Possuem acento próprio e, por isso, não preci-
sam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou
átona subtônica tônica átona que os seguem. Já os monossíla-
bos o e se são átonos, pois são pronuncia-
dos fracamente. Por não terem acento próprio,
apoiam-se nas palavras que os antecedem ou
Classificação das Palavras quanto à Posi- que os seguem.
ção da Sílaba Tônica Critérios de Distinção
De acordo com a posição da sílaba tônica, os Muitas vezes, fazer a distinção entre um
vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou monossílabo átono e um tônico pode ser compli-
mais sílabas são classificados em: cado. Por isso, observe os critérios a seguir.
Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tô- 1- Modificação da pronúncia da vogal final.
nica é a última.Exemplos:
Nos monossílabos átonos a vogal final se
avó, urubu, parabéns modifica ou pode modificar-se na pronúncia.

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Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. são chamadas de homônimas (canto, do grego, sig-
nifica ângulo / canto, do latim, significa música vocal).
Exemplos:
Vou de carro para o meu trabalho. (de = monos- As palavras homônimas dividem-se em homógrafas,
sílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.)
Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e
monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e ho-
um auxílio.)
mófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio
2- Significado isolado do monossílabo
ou passo, movimento durante o andar).
O monossílabo átono não tem sentido
quando isolado na frase.
Quanto à grafia correta em língua portuguesa,
Veja:
Meus amigos já compraram os convi- devem-se observar as seguintes regras:
tes, mas eu não.
O fonema s:
O monossílabo tônico, mesmo isolado,
possui significado.
Escreve-se com S e não com C/Ç:
Observe:
Existem pessoas muito más.  as palavras substantivadas derivadas
Nessa frase, o monossílabo possui sen- de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr
tido: más = ruins.
e sent.
São monossílabos átonos:
artigos: o, a, os, as, um, uns Exemplos: pretender - pretensão / expandir
pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
a, os, as, lhe, nos, vos
são / aspergir aspersão / submergir - submersão /
preposições: a, com, de, em, por, sem, sob
divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir -
pronome relativo: que
compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso
conjunções: e, ou, que, se
São monossílabos tônicos: todos aqueles / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
que possuem autonomia na frase. - consensual
Exemplos:
mim, há, seu, lar, etc.
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autono-
mia fonética, um mesmo monossílabo seja átono  os nomes derivados dos verbos cujos
numa frase, porém tônico em outra. radicais terminem em gred, ced, prim ou com
Exemplos:
verbos terminados por tir ou meter
Que foi? (átono)
Você fez isso por quê? (tônico) Exemplos: agredir - agressivo / imprimir -
impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /
CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA exceder - excesso / percutir - percussão / regredir

A ortografia é a parte da língua responsável - regressão / oprimir - opressão / comprometer -

pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia- compromisso / submeter - submissão

se no padrão culto da língua.  quando o prefixo termina com vogal

As palavras podem apresentar igualdade total que se junta com a palavra iniciada por s

ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re +


mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras surgir - ressurgir

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 no pretérito imperfeito simples do  os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.


subjuntivo
Exemplos: catequese, metamorfose.
Exemplos: ficasse, falasse
 as formas verbais pôr e querer.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
 os vocábulos de origem árabe:
 nomes derivados de verbos com radi-
Exemplos: cetim, açucena, açúcar cais terminados em d.

 os vocábulos de origem tupi, africana Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão


ou exótica / empreender - empresa / difundir - difusão

Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça,  os diminutivos cujos radicais termi-


cacique nam com s

 os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha
iça, nça, uça, uçu. / lápis - lapisinho

Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empali-  após ditongos


decer, carniça, caniço, esperança, carapuça, den-
Exemplos: coisa, pausa, pouso
tuço
 em verbos derivados de nomes cujo
 nomes derivados do verbo ter.
radical termina com s.
Exemplos: abster - abstenção / deter - deten-
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pes-
ção / ater - atenção / reter - retenção
quis(a) + ar - pesquisar
 após ditongos
Escreve-se com Z e não com S:
Exemplos: foice, coice, traição
 os sufixos ez e eza das palavras deri-
 palavras derivadas de outras termina- vadas de adjetivo
das em te, to(r)
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
Exemplos: marte - marciano / infrator - infra-
 os sufixos izar (desde que o radical da
ção / absorto - absorção
palavra de origem não termine com s)
O fonema z:
Exemplos: final - finalizar / concreto - con-
Escreve-se com S e não com Z: cretizar

 os sufixos: ês, esa, esia, e isa,  como consoante de ligação se o radi-


quando o radical é substantivo, ou em gentíli- cal não terminar com s.
cos e títulos nobiliárquicos.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al -
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, po- cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
etisa, baronesa, princesa, etc.
O fonema j:

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Apostila TJ-TO

Escreve-se com G e não com J:  as palavras terminada com aje.

 as palavras de origem grega ou árabe Exemplos: laje, ultraje

Exemplos: tigela, girafa, gesso. O fonema ch:

 estrangeirismo, cuja letra G é originá- Escreve-se com X e não com CH:


ria.
 as palavras de origem tupi, africana
Exemplos: sargento, gim. ou exótica.

 as terminações: agem, igem, ugem, Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.


ege, oge (com poucas exceções)
 as palavras de origem inglesa (sh) e
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, espanhola (J).
bege, foge.
Exemplos: xampu, lagartixa.
Observação
 depois de ditongo.
Exceção: pajem
Exemplos: frouxo, feixe.
 as terminações: ágio, égio, ígio, ógio,
 depois de en.
ugio.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, reló-
Observação:
gio, refúgio.
Exceção: quando a palavra de origem não de-
 os verbos terminados em ger e gir.
rive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Exemplos: eleger, mugir.
Escreve-se com CH e não com X:
 depois da letra "r" com poucas exce-
 as palavras de origem estrangeira
ções.
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, es-
Exemplos: emergir, surgir.
padachim, chope, sanduíche, salsicha.
 depois da letra a, desde que não seja
As letras e e i:
radical terminado com j.
 os ditongos nasais são escritos com
Exemplos: ágil, agente.
e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãi-
Escreve-se com J e não com G:
bra.
 as palavras de origem latinas
 os verbos que apresentam infinitivo
Exemplos: jeito, majestade, hoje. em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumul-
tue. Escrevemos com i, os verbos com infini-
 as palavras de origem árabe, africana
tivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
ou exótica.
 atenção para as palavras que mudam
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
de sentido quando substituímos a grafia e pela

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Apostila TJ-TO

grafia i: área (superfície), ária (melodia) / dela- a) Não serão acentuadas graficamente os di-
tongos orais abertos ei, e oi tônico quando forem pa-
tar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir
roxítonas.
à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
cia, que anda a pé), pião (brinquedo). ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO
ACORDO ACORDO
Alcatéia Alcateia
Andróide Androide
CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA Assembléia Assembleia
Bóia Boia
INFLUÊNCIA DO NOVO ACORDO ORTO- Coréia Coreia
GRÁFICO Debilóide Debiloide
Européia Europeia
1) ALFABETO Estréia Estreia
Geléia Geleia
Com o advento do novo ortográfico, acrescen-
Heróico Heroico
tam-se as consoantes k, w e y no alfabeto que passa
Idéia Ideia
a ter 26 letras:
Jibóia Jibóia
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUV Odisséia Odisseia
W X Y Z. Paranóico Paranoico
Platéia Plateia
As consoantes k, w e y serão usadas nas se-
guintes situações:
O acento continuará nas oxítonas terminadas
a) Em escrita de símbolos de unidades de me- em éis, éu, éus, ói, óis.
dida: Kg (quilograma), Km (quilômetro), W (watt);
Exemplos: anéis, céu, troféu, troféus, herói,
b) Em escrita de palavras e nomes estrangei- heróis.
ros: workshop, playground, show, Welliton.
b) Quando os vocábulos forem paroxítonos,
2) TREMA não receberão acento gráfico o i e o u tônicos após
ditongo decrescente.
O trema desaparece do u nas formas gue, gui,
que, qui. No entanto, a pronúncia permanece inalte-
ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO
rada. ACORDO ACORDO
Baiúca Baiuca
ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO
Bocaiúva Bocaiuva
ACORDO ACORDO
Feiúra Feiura
Argüir Arguir
Sauípe Sauipe
Cinqüenta Cinquenta
Delinqüente Delinquente
O acento continuará caso a palavra seja oxí-
Freqüente Frequente
tona e o i ou o u estejam no final da palavra ou caso a
Lingüiça Linguiça
palavra seja proparoxítona.
Qüinqüênio Quinquênio
Exemplo: tuiuiú, Piauí, maiúscula.

O trema ainda continuará em palavras estran- c) Palavras com vogais repetidas perdem o
geiras e em suas derivadas. acento.

Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen. ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO


ACORDO ACORDO
3) ACENTO GRÁFICO
Crêem (verbo crer) Creem
Dêem (verbo dar) Deem

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Apostila TJ-TO

Lêem (verbo ler) Leem 2) Abertura ou não da vogal;


Vêem (verbo ver) Veem
3) Flexão de número (singular/plural) do verbo;
Vôo Voo
Zôo Zoo 4) Diferença entre palavras homônimas.

O acento grave irá indicar a fusão entre duas


d) Perde-se o acento para diferenciar os se- vogais idênticas (crase).
guintes pares: para/ para; péla/ pela(s); pelo(s)/
pelo(s); pólo(s)/ polo(s); e pêra/ pera.

ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO REGRAS DE ACENTUAÇÃO


ACORDO ACORDO
O rapaz pára o trânsito O rapaz para o trânsito 1) OXÍTONAS:são aquelas palavras cuja última
sílaba é a mais forte.
A jovem irá ao pólo Norte A jovem irá ao polo
Norte a) Oxítonas monossilábicas tônicas: acen-
O urso polar tem pêlos O urso polar tem pelos tuam-se aquelas finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas
brancos brancos ou não de -s).
Compramos pêra no início Compramos pera no iní- (IBAMA/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “pó”, “só” e
de ano cio de ano “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

OBSERVAÇÃO Comentário: as palavras “pó” e “só” são


acentuadas por ser oxítonas monossilábicas fi-
a) Em pôr/por, permanece o acento diferencial. nalizadas em -o. Já o vocábulo “céu” é acentu-
A forma pôr é um verbo, já a forma por é uma prepo- ada por ser uma oxítona terminada em ditongo
sição. aberto “éu”. Sendo assim, o item está errado.

Exemplo: Pretendo pôr um funcionário na


empresa inaugurada por mim.
b) Oxítonas com mais de uma sílaba: quando
b) Nas formas verbais pôde/pode, permanece o finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s),-
acento diferencial. O sintagma verbal pôde é o verbo em e -ens, devem ser acentuadas graficamente.
poder no pretérito perfeito do indicativo, na 3ª pessoa (IBAMA/ TÉCNICO/ ADAPTADA/ FGV)As pa-
do singular. Enquanto pode é a forma do presente do lavras a seguir são acentuadas em decorrência de
indicativo, na 3ª pessoa do singular. mesma regra de acentuação gráfica:“até”,“está”,“bio-
gás”,“contará”.
Exemplo: Antes, ele não pôde comprar o
carro, mas hoje ele pode. Comentário: as palavras “a-té”, “es-tá”,
“bio-gás”, “con-ta-rá” recebem acento gráfico
c) Será opcional o uso do acento circunflexo
porque são oxítonas finalizadas em a, -e ou -o
para diferenciar as palavras fôrma (substantivo) de
(seguidas ou não de -s). Por isso a assertiva
forma (verbo); dêmos (verbo no subjuntivo) de de-
está correta.
mos (verbo no pretérito).

Os acentos gráficos são:


c) Oxítonas terminadas em ditongos abertos
( ´ )  agudo; ei, oi, eu: todas devem receber acento agudo.
(LIQUIGAS/ MÉDIO/ ADAPTADA/ CESGRAN-
( ^ )  circunflexo; RIO)De acordo com as regras de acentuação, o grupo
de palavras que foi acentuado pela mesma razão:
( ` )  grave. céu, já, troféu, baú.
Os acentos agudo e circunflexo indicam:

1) Sílaba tônica (sílaba mais forte) dos vocábu-


los;

11
Apostila TJ-TO

a pensar e a se adequar a novas realidades”, diz Ra-


Comentário: as palavras “céu” e “troféu” mos.
recebem acento agudo por finalizar em di-
tongo oral aberto “éu”, enquanto o vocábulo Comentário: o acento gráfico, nos vocábu-
“já” será acentuada por oxítona monossilábica los “é”, “e”,assim como, nas palavras “por” e
terminada em “a”. Por último, a palavra “baú” “pôr”, diferencia-se em três níveis: morfológico,
acentua-se por haver um hiato da vogal “u”. gráfico e fonético. Atente-se aos três planos:
Morfológico: “e” é uma conjunção, en-
quanto “é” trata-se de emum verbo. O vocábulo
“por” é uma preposição, já “pôr” é um verbo.
d) Oxítonas seguidas de pronomes oblíquos -lo, -
Neste caso,de fato o acento gráfico estabelece
la, -los, -las: acentuam-se as terminadas em -a, -e, -
diferença morfológica.
o. Gráfico: ocorre mudança também, visto
(MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) Os verbos “co-
que os vocábulos recebem o acento gráfico.
municar”, “ensinar” e “comandar”, quando comple- Logo, as palavras mudam a grafia. Compare:
mentados pelo pronome “a”, acentuam-se da mesma e→é;por→pôr.
Fonético: o som pronunciado em “é” (com
forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”.
acento) éaberto, enquanto o som pronunciado (o
timbre) em “e” (sem acento) éfechado. Assim,
Comentário: caso os verbos sejam com-
por interferência do acento, houve, sim, mu-
pletados pelo pronome oblíquo “a”, as formas
dança fonética(pronúncia da palavra). No en-
equivalentes resultantes serão comunicá-la, en-
tanto, não haverá mudança na fonética entre as
siná-la, comandá-la assim como os verbos apre-
palavras “por” e “pôr”. Devido a este último
sentados. Note-se, ainda, que é necessário
caso, o item está incorreto.
acentuar se forem terminadas em -a, -e, -o. Por-
tanto, o item está correto.

e) Pôr ≠ por: deve-se acentuaro sintagma ver-


bal “pôr”, para diferenciá-la da preposição “por”.
(CEF/ MÉDIO/ CESPE) O acento que distingue a
forma verbal ‘é’ da conjunção ‘e’ estabelece diferença f) Tem ≠ têm; vem ≠ vêm: acentuam-se as for-
morfológica, gráfica e fonética, tal como ocorre com mas verbais têm e vêm, que representam a terceira
pôr e por. TEXTO:O despreparo dos jovens, portanto, pessoa do plural do presente do modo indicativo dos
é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças verbos ter e vir, para diferenciar das formas no singu-
lar tem e vem.

(TJ-RR/ MÉDIO/ CESPE)A forma verbal “têm” em


“têm esse originário poder” estáempregada no plural
porque faz parte de uma cadeia coesivacujos elemen-
tos se referem a “magistrados”. TEXTO:Os magistra-
dos não governam. O que eles fazem é evitar o des-
governo, quando para tanto são provocados. Não
mandam propriamente na massa dos governados e
administrados, mas impedem os eventuais desman-
dos dos que têm esse originário poder.

12
Apostila TJ-TO

Comentário: o item está errado, porque


Comentário: o item está incorreto, a forma verbal “mantêm” concorda com a ex-
pois a forma verbal “têm” permanece no plu- pressão “as sociedades ocidentais”. Dessa
ral para concordar com o pronome demons- forma, mesmo que fosse reescrito no singular
trativo “os” presente no termo “dos”, em o trecho “As relações”, o verbo manter perma-
que ocorre contração da preposição “de” neceria inalterado.
com pronome demonstrativo “os”. Note-se,
ainda, que poderia substituir o pronome
“os” por “aqueles”. Portanto, a forma verbal
“têm” não concorda com “magistrados”. 2)PAROXÍTONAS:são aquelas palavras cuja
penúltima é a mais forte.
a) Quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas
ou não de -s), -em e -ens, não podem ser acentuadas
graficamente. Então, devem ser acentuadas caso ter-
(ANATEL/ MÉDIO/ CESPE) Nas formas ver- minadas em: -r, -x, -n, -l, -i, -is, -um, -uns, -us, -ps, -
bais “vêm” e “têm”, ambas na linha, foi aplicada a ã, -ãs, -ão, -ãos;ditongo oral, seguido ou não de -s.
mesma regra de acentuação gráfica. TEXTO: Em ter- (TJRR/ ANALISTA DE SISTEMAS/ CESPE)
ceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a As palavras “área”, “deságua”, “índios” e “planí-
possibilidade de receber ligações de seu parceiro se- cies” são acentuadas graficamente devido à mesma
creto sem que membros da família, secretárias ou co- regra de acentuação.
legas mal intencionados possam interceptar o telefo-
nema. Comentário: as palavras “á-rea”, “de-sá-
gua”, “ín-dios” e “pla-ní-cies” são acentuadas
por serem paroxítonas terminadas em ditongo
Comentário: o item está correto, pois as
crescente. Portanto, o item está correto.
formas verbais vem e tem recebem acento cir-
cunflexo quando concordam com um sujeito no
plural para diferenciá-los do singular. Contextu-
almente, os verbos citados concordam, respec- (TJ-AC/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ CESPE) As
tivamente, com “adúlteros” e “eles”. palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e
“equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decor-
rência da mesma regra gramatical.

Comentário: as palavras “ne-gli-gên-


cia”, “re-ser-va-tó-rios”, “es-pé-cie”, “e-qui-lí-
brio” serão acentuadas devido à mesma regra
de acentuação, pois todas são paroxítonas fi-
nalizadas em ditongo crescente.

IMPORTANTE
(ANAC/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “iní-
Os verbos derivados possuem acento agudo cio” e “série” recebem acento gráfico com base em re-
quando no singular e acento circunflexo quando no gras gramaticais distintas.
plural.
Comentário: o vocábulo “i-ní-cio” e “sé-rie”
(INPI/ INTERMEDIÁRIO/ CESPE) Se a ex-
são paroxítonas finalizadas em ditongo cres-
pressão “As relações” passasse para o singular,a
cente; portanto, devem ser acentuadas.
forma verbal “mantêm”deveria, em concordância a
esse termo, ser substituída por mantém. TEXTO:As
relações que as sociedades ocidentais industriais
3) PROPAROXÍTONAS: São aquelas palavras
mantêm com os temas da ciência e da tecnologia não
se constituem numa constante. cuja antepenúltima é a mais forte. Todas devem ser
acentuadas.

13
Apostila TJ-TO

(ANATEL/ TÉCNICO/ CESPE) Nas palavras Comentário: a palavra “cons-tru-í-da” recebe


“análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico acento gráfico por constituir hiato da vogal -i. En-
tem justificativas gramaticais diferentes. quanto isso, o vocábulo “pos-sí-veis” será acentuado
por ser paroxítono finalizado em ditongo seguindo de
Comentário:as palavras “a-ná-li-se”, -s.
“mí-ni-mos” são acentuadas por ser proparo-
xítonas; portanto o item está correto. CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PA-
LAVRAS

(MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) De acordo com ESTRUTURA DAS PALAVRAS


a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue Estudar a estrutura é conhecer os elemen-
a mesma regra de acentuação que o vocábulo “últi- tos formadores das palavras. Assim, compreende-
mos”. mos melhor o significado de cada uma delas. Observe
os exemplos abaixo:
Comentário: o vocábulo “ór-gãos” é
acentuado por ser uma paroxítona finalizada brinc-a- cha-l-
art-ista cachorr-inh-a-s
em (TJ-RR/
ditongo TÉCNICO/
decrescente, já aOspalavra “úl-ti- mos eira
CESPE) vocábulos “ju-
mos” é acentuada por ser uma proparoxítona.
rídicas”, “econômicas” e “físico” recebem acento grá-
ficoLogo
com abase
alternativa está
em regras incorreta.diferentes.
gramaticais A análise destes exemplos mostra-nos que as
palavras podem ser divididas em unidades menores,
a que damos o nome de elementos mórfi-
cos ou morfemas.
Comentário: as palavras “ju-rí-di-cas”, “e-co-nô-
mi-cas” e “fí-si-co” são acentuadas por ser proparoxí- Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":
tonas; portanto o item está correto. Nessa palavra observamos facilmente a exis-
REGRA DO HIATO tência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra,
Deve-se acentuar o -i ou o -u, quando:
ou seja, aquele que contém o significado.
1) Formar um hiato com uma vogal diferente an- inh - indica que a palavra é um diminutivo
terior;
a - indica que a palavra é feminina
2) Não houver consoante na mesma sílaba, ex-
s - indica que a palavra se encontra no plural
ceto -s;
Morfemas: unidades mínimas de caráter signi-
3) Não aparecer semivogal na mesma sílaba; ficativo.
4) Não surgir -nh na sílaba posterior.
(MMA/ AGENTE ADM/ CESPE) O emprego do
Obs.: existem palavras que não com-
acento agudo nos vocábulos “país” e “aí” justifica-se portam divisão em unidades menores, tais
pela mesma regra de acentuação gráfica. como: mar, sol, lua, etc.
Comentário: os vocábulos “pa-ís” e “a-í” acen-
tuam-se por ser oxítonas com vogal tônica i antecedi-
das de uma vogal a com que não formam ditongo nem
constitui sílaba com a eventual consoante seguinte. São elementos mórficos:
Observe-se alguns exemplos dessa última regra: con- 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e
teúdo, miúdo, recaída, juíza, cafeína, saída e paraíso. significativos
Tem-se um caso especial de acentuação de hiatos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vo-
com as vogais -i e -u. gal temática: elementos modificadores da significa-
(CNJ / ANALISTA/ CESPE)A mesma regra de ção dos primeiros
acentuação gráfica, justifica o emprego de acento grá- 3) Vogal de ligação, consoante de liga-
ficonas palavras “construída” e “possíveis”. ção: elementos de ligação ou eufônicos.
Raiz

14
Apostila TJ-TO

É o elemento originário e irredutível em que se que a- e -ar são morfemas capazes de operar mu-
concentra a significação das palavras, consideradas dança de classe gramatical na palavra a que são ane-
do ângulohistórico. É a raiz que encerra o sentido ge- xados.
ral, comum às palavras da mesma família etimológica.
Observe o exemplo:
Quando são colocados antes do radical, como acon-
Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a sig- tece com "a-", os afixos recebem o nome de prefi-
nificação geral de causar dano, e a ela se prendem, xos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical,
pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exem-
inocente, inocentar, inócuo, etc. plos:
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja
o exemplo: Prefixo Radical Sufixo

at-o at-or in at ivo

at-ivo aç-ão em ecer


pobr

ac-ionar
inter nacion al
Radical
Desinências
Observe o seguinte grupo de palavras:
Desinências são os elementos terminais indi-
cativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:
livr- o
Desinências Nominais: indicam as flexões
de gênero (masculino e feminino) e denúmero(singu-
livr- inho
lar e plural) dos nomes.

livr- eiro Exemplos:

livr- eco alun-o aluno-s

Você reparou que há um elementoco- alun-a aluna-s


mumnesse grupo?
Você reparou que o elemento livr serve de
base para o significado? Esse elemento é chamado
de radical (ou semantema).
Observação: só podemos falar
Radical: elemento básico e significativo das pa- em desinências nominais de gêneros e
lavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prá- de números em palavras que admitem
tico. É encontrado através do despojo dos elementos tais flexões, como nos exemplos
secundários (quando houver) da palavra. acima. Em palavras
Por Exemplo: como mesa, tribo, telefonema, por
exemplo, não temos desinência nomi-
cert-o nal de gênero. Já em pires, lápis, ôni-
cert-eza bus não temos desinência nominal de
in-cert-eza número.
Afixos
Afixos são elementos secundários (geral-
mente sem vida autônoma) que se agregam a um ra- Desinências Verbais: indicam as flexões
dical ou tema para formar palavras derivadas. Sabe- de número e pessoa e de modo e tempo dos ver-
mos que o acréscimo do morfema "-mente", por bos.
exemplo, cria uma nova palavra a partir
de "certo": certamente, advérbio de modo. De ma- Exemplos:
neira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e"-
ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe

15
Apostila TJ-TO

Formação das Palavras


compr- compra- com-
compra-s compra-m Existem dois processos básicos pelos quais se
o mos pra-is
formam as palavras: a derivação e a composição. A
diferença entre ambos consiste basicamente em que,
com- compra- no processo de derivação, partimos sempre de um
pra-va va-s único radical, enquanto no processo de composição
sempre haverá mais de um radical.
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma Derivação
desinência número-pessoal, pois indica que o verbo
Derivação é o processo pelo qual se obtém
está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-
uma palavra nova, chamada derivada, a partir de ou-
va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma
tra já existente, chamada primitiva. Observe o qua-
forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na
dro abaixo:
1ª conjugação.
Vogal Temática
Primitiva Derivada
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radi-
cal, preparando-o para receber as desinências. Nos
mar marítimo, marinheiro, marujo
verbos, distinguem-se três vogais temáticas:

terra enterrar, terreiro, aterrar

Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Observamos que "mar" e "terra" não se formam


de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibi-
Exemplos: litam a formação de outras, por meio do acréscimo de
buscar, buscavas, etc um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras
primitivas, e as demais, derivadas.
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.
Tipos de Derivação
Exemplos:
Derivação Prefixal ou Prefixação
romper, rompemos, etc.
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra pri-
mitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os
exemplos:

Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. crer- descrer


ler- reler
Exemplos: capaz- incapaz
proibir, proibirá, etc. Derivação Sufixal ou Sufixação
Tema Resulta de acréscimo de sufixo à palavra pri-
Tema é o grupo formado pelo radical mais vo- mitiva, que pode sofrer alteração de significado ou
gal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: mudança de classe gramatical.
Por Exemplo:
busca-, rompe-, proibi-
alfabetização
Vogais e Consoantes de Ligação
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma
As vogais e consoantes de ligação são morfe-
em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua
mas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para
vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acrés-
facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma de-
cimo do sufixo -izar.
terminada palavra.
Exemplo: A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
parisiense (paris= radical, ense=sufixo,
vogal de ligação=i) Por Exemplo:
Outros exemplos: papel – papelaria
gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cra- riso - risonho
cia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-
cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. b) Verbal, formando verbos.

16
Apostila TJ-TO

Por Exemplo: Derivação Regressiva


atual - atualizar Ocorre derivação regressiva quando uma pala-
vra é formada não por acréscimo, mas por redução.
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Exemplos:
Por Exemplo:
feliz - felizmente comprar beijar
Derivação Parassintética ou Parassíntese (verbo) (verbo)
Ocorre quando a palavra derivada resulta do
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra com-
beijo (subs-
primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes pra (subs-
tantivo)
(substantivos e adjetivos) e verbos. tantivo)

Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-


" formamos o verbo entristecer através da junção si-
multânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A pre-
sença de apenas um desses afixos não é suficiente
para formar uma nova palavra, pois em nossa língua
Saiba que:
não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".
Para descobrirmos se um substantivo deriva
Exemplos:
de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos se-
guir a seguinte orientação:
Palavra Pre- Radi- Palavra For-
Sufixo - Se o substantivo denota ação, será pala-
Inicial fixo cal mada vra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou subs-
mudo e mud ecer emudecer tância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: com-
alma des alm ado desalmado pra e beijo indicam ações, logo, são palavras de-
rivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a pala-
vra âncora, que é um objeto. Neste caso, um subs-
tantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.

Atenção! Por derivação regressiva, formam-se basica-


mente substantivos a partir de verbos. Por isso, rece-
Não devemos confundir deriva- bem o nome de substantivos deverbais. Note que
ção parassintética, em que o acrés- na linguagem popular, são frequentes os exemplos de
cimo de sufixo e de prefixo é obriga- palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
toriamente simultâneo, com casos
como os das palavras desvaloriza- o portuga (de português)
ção e desigualdade. Nessas palavras, o boteco (de botequim)
os afixos são acoplados em seqüên-
cia: desvalorização provém de des- o comuna (de comunista)
valorizar, que provém desvalorizar, Ou ainda:
que por sua vez provém de valor.
agito (de agitar)
É impossível fazer o mesmo com pa-
lavras formadas por parassíntese: amasso (de amassar)
não se pode dizer que expropriar pro- chego (de chegar)
vém de "propriar" ou de "expróprio",
pois tais palavras não existem.
Logo, expropriar provém diretamente Obs.: o processo normal é criar
de próprio, pelo acréscimo concomi- um verbo a partir de um substantivo. Na deri-
tante de prefixo e sufixo. vação regressiva, a língua procede em sen-
tido inverso: forma o substantivo a partir
do verbo.

17
Apostila TJ-TO

Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determi- Observação: os processos de
nada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou su- derivação vistos anteriormente fazem
pressão em sua forma, muda de classe gramatical. parte da Morfologia porque implicam
Neste processo: alterações na forma das palavras. No
entanto, a derivação imprópria lida ba-
1) Os adjetivos passam a substantivos sicamente com seu significado, o que
Por Exemplo: acaba caracterizando um processo se-
mântico. Por essa razão, entendemos
Os bons serão contemplados. o motivo pelo qual é denominada "im-
2) Os particípios passam a substanti- própria".
vos ou adjetivos
Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou umfeitopas- Composição
sandono concurso. Composição é o processo que forma palavras
3) Os infinitivos passam a substantivos compostas, a partir da junção de dois ou mais radi-
cais. Existem dois tipos:
Por Exemplo:
Composição por Justaposição
O andar de Roberta era fascinante.
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radi-
O badalar dos sinos soou na cidadezinha. cais, não ocorre alteração fonética.
4) Os substantivos passam a adjetivos Exemplos:
Por Exemplo: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
Obs.: em "girassol" houve uma altera-
5) Os adjetivos passam a advérbios ção na grafia (acréscimo de um "s") justa-
mente para manter inalterada a sonoridade
Por Exemplo:
da palavra.
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substanti-
vos
Por Exemplo: Composição por Aglutinação
Não entendo o porquê disso tudo. Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais,
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. ocorre supressão de um ou mais de seus elementos
fonéticos.
Por Exemplo:
Exemplos:
Aquele coordenador é um caxias!
embora (em boa hora)
(chefe severo e exigente)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família
nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)

Obs.: ao aglutinarem-se, os componen-


tes subordinam-se a um só acento tônico, o
do último componente.

Redução

18
Apostila TJ-TO

Algumas palavras apresentam, ao lado de sua analogia, análise, anagrama, anacrônico


forma plena, uma forma reduzida. Observe:
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado,
auto - por automóvel
duplicidade. Exemplos:
cine - por cinema
anfiteatro, anfíbio, anfibologia
micro - por microcomputador
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:
Zé - por José
antídoto, antipatia, antagonista, antítese
Como exemplo de redução ou simplificação de
palavras, podem ser citadas também as siglas, muito apo- : Afastamento, separação. Exemplos:
frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas
e Siglas) arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, pri-
mazia, excesso. Exemplos:
Hibridismo
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arqui-
Ocorre hibridismo na palavra em cuja forma-
ção entram elementos de línguas diferentes. milionário

Por Exemplo: cata- : Movimento de cima para baixo. Exem-


plos:
auto (grego) + móvel (latim)
cataplasma, catálogo, catarata
Onomatopeia
di-: Duplicidade. Exemplos:
Numerosas palavras devem sua origem a uma
tendência constante da fala humana para imitar as vo- dissílabo, ditongo, dilema
zes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são
dia- : Movimento através de, afastamento.
vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons
e as vozes dos seres. Exemplos:
Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :
cocoricar, etc.
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
Prefixos
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora.
Os prefixos são morfemas que se colocam an-
tes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes Exemplos:
o sentido; raramente esses morfemas produzem mu-
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
dança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portugue- en-, em-, e-: Posição interior, movimento para
sas se originam do latim e do grego, línguas em que dentro.
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, Exemplos:
como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram
pouco ou nada produtivos em português. Outros, por encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
sua vez, tiveram grande utilidade na formação de no- endo- : Movimento para dentro. Exemplos:
vas palavras. Veja os exemplos:
endovenoso, endocarpo, endosmose
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- epi- : Posição superior, movimento para.
re- , sub- , super- , anti-
Exemplos:
Prefixos de Origem Grega epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência, perfeição, bondade.
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insu-
ficiência, carência. Exemplos: Exemplos:

anônimo, amoral, ateu, afônico eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia

ana- : Inversão, mudança, repetição. Exem- hemi- : Metade, meio. Exemplos:


plos: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico

19
Apostila TJ-TO

hiper- : Posição superior, excesso. Exem- adjunto,advogado, advir, aposto


plos:
ante- : Anterioridade, procedência.
hipertensão, hipérbole, hipertrofia
Exemplos:
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:
antebraço, antessala, anteontem, antever
hipocrisia, hipótese, hipodérmico
ambi- : Duplicidade.
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:
Exemplos:
metamorfose, metáfora, metacarpo
ambidestro, ambiente, ambiguidade,
para- : Proximidade, semelhança, intensi- ambivalente
dade.
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou
Exemplos: ação.
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma Exemplos: benefício, bendito
peri- : Movimento ou posição em torno de. bis-, bi-: Repetição, duas vezes.
Exemplos: Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, bis-
coito
periferia, peripécia, período, periscópio
circu(m) - : Movimento em torno.
pro- : Posição em frente, anterioridade.
Exemplos: circunferência, circunscrito, cir-
Exemplos: culação
prólogo, prognóstico, profeta, programa cis- : Posição aquém.
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino
Exemplos: co-, con-, com- : Companhia, concomitân-
prosélito, prosódia cia.
Exemplos: colégio, cooperativa, condutor
proto- : Início, começo, anterioridade.
contra- : Oposição.
Exemplos:
Exemplos: contrapeso, contrapor, contra-
proto-história, protótipo, protomártir
dizer
poli- : Multiplicidade. de- : Movimento de cima para baixo, separa-
Exemplos: ção, negação.
polissílabo, polissíndeto, politeísmo Exemplos: decapitar, decair, depor

sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, sepa-
ração.
Exemplos:
Exemplos: desventura, discórdia, discus-
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse são
tele- : Distância, afastamento. e-, es-, ex- : Movimento para fora.
Exemplos: Exemplos: excêntrico, evasão, exportação,
expelir
televisão, telepatia, telégrafo
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passa-
gem para um estado ou forma, revestimento.
Prefixos de Origem Latina
Exemplos: imergir, enterrar, embeber, in-
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. jetar, importar

Exemplos: extra- : Posição exterior, excesso.

aversão, abuso, abstinência, abstração Exemplos: extradição, extraordinário, ex-


traviar
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto.
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, nega-
Exemplos: ção.

20
Apostila TJ-TO

Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo ultra- : Posição além do limite, excesso.


inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo,
ultrassom, ultraleve, ultravioleta
Exemplos: internacional, interplanetário
vice-, vis- : Em lugar de.
intra- : Posição interior.
Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-
Exemplos: - intramuscular, intravenoso, in-
almirante
traverbal
intro- : Movimento para dentro. Quadro de Correspondência entre Prefixos
Exemplos: introduzir, introvertido, intros- Gregos e Latinos
pectivo
justa- : Posição ao lado. PREFIXOS PREFI-
Exemplos: justapor, justalinear XOS LA- SIGNIFICADO EXEMPLOS
GREGOS TINOS
ob-, o- : Posição em frente, oposição.
Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obs- a, an des, privação, anarquia, de-
táculo sigual, ina-
in negação
per- : Movimento através. tivo
Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar,
perverter anti contra oposição, antibiótico,
pos- : Posterioridade. contraditório
ação contrária
Exemplos: pospor, posterior, pós-gradu-
ado anfi ambi duplicidade, de um anfiteatro,
pre- : Anterioridade . e outro lado, em ambivalente
torno
Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preli-
minar
apo ab afastamento, se- apo-
pro- : Movimento para frente.
paração geu, abstrair
Exemplos: progresso, promover, prosse-
guir, projeção
di bi(s) duplicidade dissílabo, bi-
re- : Repetição, reciprocidade. campeão
Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento para trás. dia, trans movimento através diálogo,
transmitir
Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retro- meta
agir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para encéfalo, in-
para cima, inferioridade. dentro gerir, irrom-
Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar per

super-, supra-, sobre- : Posição superior, ex-


cesso. endo intra movimento para endovenoso,
dentro, posição in- intramuscu-
Exemplos: supercílio, supérfluo
terior lar
soto-, sota- : Posição inferior.
Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto- e(c)(x) e(s)(x) movimento para êxodo, ex-
pôr fora, mudança de cêntrico, es-
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para estado tender
além, movimento através.
Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradi-
ção

21
Apostila TJ-TO

epi, supra posição superior, epílogo, su- -ância - abundância -mento - casamento
excesso pervisão, hi-
super, hi-
pérbole, su- -ção - emoção -são - compreensão
per
pradito
-dão - solidão -tude - amplitude
eu bene excelência, perfei- eufemismo,
ção, bondade benéfico -ença - presença -ura - formatura

hemi semi divisão em hemis- Sufixos que formam nomes de agente


duas partes fério, semi-
círculo
-ário(a) -secretário -or - lutador

hipo sub posição inferior hipodér- -eiro(a) - ferreiro -nte - feirante


mico, sub-
marino -ista - manobrista

para ad proximidade, ad- paralelo, ad-


Além dos sufixos acima, tem-se:
junção jacência
Sufixos que formam nomes de lugar, depo-
peri circum em torno de periferia, cir- sitório
cunferência
-aria - churrascaria -or - corredor
cata de movimento para catavento,
baixo derrubar -ário - herbanário -tério - cemitério

si(n)(m) cum sinfonia, si- -eiro - açucareiro -tório - dormitório


simultaneidade,
companhia logeu, cúm-
plice -il - covil

Sufixos
Sufixos que formam nomes indicadores de
Sufixos são elementos (isoladamente insignifi- abundância, aglomeração, coleção
cativos) que, acrescentados a um radical, formam
nova palavra. Sua principal característica é a mu-
dança de classe gramatical que geralmente opera. -ario(a) - casario, infan-
-aço - ricaço
Dessa forma, podemos utilizar o significado de taria
um verbo num contexto em que se deve usar
um substantivo, por exemplo. -ada - papelada -edo - arvoredo
Como o sufixo é colocado depois do radical, a
ele são incorporadas as desinências que indicam as -agem - folhagem -eria - correria
flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos
de sufixos formadores de substantivos extremamente -al - capinzal -io - mulherio
importantes para o funcionamento da língua. São os
que formam nomes de ação e os que formam nomes -ame - gentame -ume - negrume
de agente.
Sufixos que formam nomes de ação Sufixos que formam nomes técnicos usa-
dos na ciência
-ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza
bronquite, hepatite (infla-
-ite
-ança - mudança -ismo - civismo mação)

22
Apostila TJ-TO

mioma, epitelioma, carci- -ático - problemático -il - febril


-oma
noma (tumores)
-az - mordaz -ino - cristalino
sulfato, cloreto, sul-
-ato, eto, ito
fito (sais)
-engo - mulherengo -ivo - lucrativo
cafeína, codeína (alcaloi-
-ina -enho - ferrenho -onho - tristonho
des, álcalis artificiais)

fenol, naftol (derivado de -eno - terreno -oso - bondoso


-ol
hidrocarboneto)
-udo - barrigudo
-ite amotite (fósseis)

b) de verbos
-ito granito (pedra)

morfema, fonema, se- SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFI-


-ema mema, semantema (ci- CAÇÃO
ência linguística)
-a)(e)(i)nte ação, qualidade, es- semelhante,
-io - sódio, potás- tado doente, se-
sio, selênio (corpos sim- guinte
ples)
-(á)(í)vel possibilidade de prati- louvável, pere-
car ou sofrer uma cível, punível
Sufixo que forma nomes de religião, doutri-
ação
nas filosóficas, sistemas políticos

-io, -(t)ivo ação referência, modo tardio, afirma-


budismo de ser tivo, pensativo
-ismo kantismo
comunismo
-(d)iço, - possibilidade de prati- movediço,
(t)ício car ou sofrer uma quebradiço,
ação, referência factício
SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS
-(d)ouro, ação, pertinência casadouro,
a) de substantivos preparatório
-(t)ório

-ento - cruento
SUFIXOS ADVERBIAIS
-ado - barbado -eo - róseo Na Língua Portuguesa, existe apenas um único
sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do
substantivo feminino latino mens, mentis que pode
-áceo(a) - herbáceo, lilá- significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo
-esco - pitoresco
ceas juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar
circunstâncias, especialmente a de modo.
-aico - prosaico -este - agreste Exemplos:
altiva-mente, brava-mente, bondosa-
-al - anual -estre - terrestre mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-
mente
-ar - escolar -ício - alimentício
Já os advérbios que se derivam de adjetivos
terminados em –ês (burgues-mente, portugues-
-ário - diário, ordinário -ico - geométrico mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adje-
tivos eram outrora uniformes.

23
Apostila TJ-TO

Exemplos: Observe este quadro de sufixos verbais:


cabrito montês / cabrita montês.
SUFI- SENTIDO EXEMPLOS
SUFIXOS VERBAIS
XOS
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao
radical de substantivos e adjetivos para formar novos -ear Freqüentativo cabecear,
verbos.
durativo folhear
Em geral, os verbos novos da língua formam-
se pelo acréscimo da terminação-ar.
-ejar frequentativo, gotejar,
Exemplos:
durativo velejar
esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-
ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.
-entar factitivo aformosentar,
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prá- amolentar
tica de ação. Veja:
-ar: cruzar, analisar, limpar -(i)ficar factitivo clarificar, dignifi-
car
-ear: guerrear, golear
-entar: afugentar, amamentar -icar frequentativo-diminu- bebericar, depe-
tivo nicar
-ficar: dignificar, liquidificar
-izar: finalizar, organizar -ilhar frequentativo-diminu- dedilhar, fervi-
tivo lhar

-inhar frequentativo-diminu- escrevinhar, cus-


Observações: tivo-pejorativo pinhar

Verbo Frequentativo: é aquele que


-iscar frequentativo-diminu- chuviscar, lam-
traduz ação repetida.
tivo biscar
Verbo Factitivo: é aquele que en-
volve idéia de fazer ou causar. -itar frequentativo-diminu- dormitar, saltitar
Verbo Diminutivo: é aquele que tivo
exprime ação pouco intensa.
-izar factitivo civilizar, utilizar

Radicais Gregos
Radicais Gregos
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil
memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira
agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda
agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.
Radicais que atuam como primeiro elemento

Forma Sentido Exemplos

Aéros- ar Aeronave

Ánthropos- homem Antropófago

24
Apostila TJ-TO

Autós- de si mesmo Autobiografia

Bíblion- livro Biblioteca

Bíos- vida Biologia

Chróma- cor Cromático

Chrónos- tempo Cronômetro

Dáktyilos- dedo Dactilografia

Déka- dez Decassílabo

Démos- povo Democracia

Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã

Ethnos- raça Etnia

Géo- terra Geografia

Héteros- outro Heterogêneo

Hexa- seis Hexágono

Híppos- cavalo Hipopótamo

Ichthýs- peixe Ictiografia

Ísos- igual Isósceles

Makrós- grande, longo Macróbio

Mégas- grande Megalomaníaco

Mikrós- pequeno Micróbio

Mónos- um só Monocultura

Nekrós- morto Necrotério

Néos- novo Neolatino

Odóntos- dente Odontologia

25
Apostila TJ-TO

Ophthalmós- olho Oftalmologia

Ónoma- nome Onomatopeia

Orthós- reto, justo Ortografia

Pan- todos, tudo Pan-americano

Páthos- doença Patologia

Penta- cinco Pentágono

Polýs- muito Poliglota

Pótamos- rio Potamologia

Pséudos- falso Pseudônimo

Psiché- mente Psicologia

Riza- raiz Rizotônico

Techné- arte Tecnografia

Thermós- quente Térmico

Tetra- quatro Tetraedro

Týpos- figura, marca Tipografia

Tópos- lugar Topografia

Zóon- Animal Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma Sentido Exemplos

-agogós Que conduz Pedagogo

álgos Dor Analgésico

-arché Comando, governo Monarquia

26
Apostila TJ-TO

-dóxa Que opina Ortodoxo

-drómos Lugar para correr Hipódromo

-gámos Casamento Poligamia

-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário

-gonía Ângulo Pentágono

-grápho Escrita Ortografia

-grafo Que escreve Calígrafo

-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma

-krátos Poder Democracia

-lógos Palavra, estudo Diálogo

-mancia Adivinhação Cartomancia

-métron Que mede Quilômetro

-nómos Que regula Autônomo

-pólis; Cidade Petrópolis

-pterón Asa Helicóptero

-skopéo Instrumento para ver Microscópio

-sophós Sabedoria Filosofia

-théke Lugar onde se guarda Biblioteca

Radicais Latinos
Radicais que atuam como primeiro elemento:

Forma Sentido Exemplo

Agri Campo Agricultura

27
Apostila TJ-TO

Ambi Ambos Ambidestro

Arbori- Árvore Arborícola

Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô

Calori- Calor Calorífero

Cruci- cruz Crucifixo

Curvi- curvo Curvilíneo

Equi- igual Equilátero, equidistante

Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia

Loco- lugar Locomotiva

Morti- morte Mortífero

Multi- muito Multiforme

Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto

Oni- todo Onipotente

Pedi- pé Pedilúvio

Pisci- peixe Piscicultor

Pluri- Muitos, vários Pluriforme

Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede

Reti- reto Retilíneo

Semi- metade Semimorto

Tri- Três Tricolor

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma Sentido Exemplos

28
Apostila TJ-TO

-cida Que mata Suicida, homicida

-cola Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola

-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura

-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero

-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico

-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme

-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo

-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero

-paro Que produz Ovíparo, multíparo

-pede Pé Velocípede, palmípede

-sono Que soa Uníssono, horríssono

-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo

-voro Que come Carnívoro, herbívoro

29
Apostila TJ-TO
CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA 4- que equivale a um substantivo, ou que o traz
implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio
desses adjetivos?(CNT) . Nm
EMPREGO DAS CLASSES GRAMATICAIS
5- palavra que por si só designa a substância,
1- SUBSTANTIVO ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que
se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Há-
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um kodesh é na origem um substantivo feminino
nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras (VEJ); Planctus era um particípio passado e não um
variáveis, as quais denominam os seres. Além de ob- substantivo (ACM)
jetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também
nomeiam: Classificação dos Substantivos
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... 1- Substantivos Comuns e Próprios
-sentimentos: raiva, amor... Observe a definição:
-estados: alegria, tristeza...
s.f. 1: Povoação maior que vila, com mui-
-qualidades: honestidade, sinceridade... tas casas e edifícios, dispostos em ruas e aveni-
-ações: corrida, pescaria... das (no Brasil, toda a sede de município é ci-
dade). 2. O centro de uma cidade (em oposição
aos bairros).
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o subs- Qualquer "povoação maior que vila, com muitas
tantivo em geral exerce funções diretamente re- casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será
lacionadas com o verbo: atua como núcleo do chamadacidade. Isso significa que a palavra ci-
sujeito, dos complementos verbais (objeto direto dade é um substantivo comum.
ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda
funcionar como núcleo do complemento nominal Substantivo Comum: é aquele que designa os
ou do aposto, como núcleo do predicativo do su- seres de uma mesma espécie de forma genérica.
jeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Por exemplo:
Também encontramos substantivos como nú-
cleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad- cidade, menino, homem, mulher, país,
verbiais - quando essas funções são desempe- cachorro.
nhadas por grupos de palavras.
Estamos voando para Barcelona.
Você sabia que a palavra substantivo também
pode ser um adjetivo? O substantivo Barcelona designa apenas um
Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio.
do Dicionário de usos do português do Brasil, de Fran- Substantivo Próprio: é aquele que designa os
cisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras seres de uma mesma espécie de forma particular.
acepções se referem à palavra em sua atuação como
adjetivo. Por exemplo:
Substantivo Adj [Qualificador de nome não Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
animado]
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
1- que tem substância ou essência: destacava-
se entre os homens hábeis daquele país o hábito de Os substantivos lâmpada e mala designam
fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a seres com existência própria, que são independentes
proposta substantiva ganhasse clara configuração de outros seres. São assim, substantivos concretos.
(REP); se olham as coisas não pelos resultados subs- Substantivo Concreto: é aquele que designa o
tantivos(VEJ); ser que existe, independentemente de outros seres.
2- essencial; profundo: eu te amo por você
mesma, de um modo substantivo e positivo(LC) Obs.: os substantivos concretos designam
seres do mundo real e do mundo imaginário.
3- fundamental; essencial: o submarino foi um
elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo Seres do mundo real: homem, mulher,
na II Guerra (VEJ) cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-
d'água, fantasma, etc.

30
Apostila TJ-TO

acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;


Observe agora: alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada,
cambada;
Beleza exposta aluno - classe;
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo vi- amigo - (quando em assembleia) tertúlia;
sual.
animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de
uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua,
O substantivo beleza designa uma qualidade. récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote,
Substantivo Abstrato: é aquele que designa se- (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selva-
res que dependem de outros para se manifestar ou gens) alcateia;
existir. anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria;
Pense bem: a beleza não existe por si só, não apetrecho - (quando de profissionais) ferra-
pode ser observada. Só podemos observar a beleza menta, instrumental;
numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza de-
pende de outro ser para se manifestar. Portanto, a pa- aplaudidor - (quando pagos) claque;
lavra beleza é um substantivo abstrato. arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento;
Os substantivos abstratos designam estados, argumento - carrada, monte, montão, multi-
qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais dão;
podem ser abstraídos, e sem os quais não podem
existir. arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu;

Por exemplo: vida (estado), rapidez (quali- arroz - batelada;


dade), viagem (ação), saudade (sentimento). artista - (quando trabalham juntos) companhia,
3 - Substantivos Coletivos elenco;
árvore - (quando em linha) alameda, carreira,
Ele vinha pela estrada e foi picado por rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo,
uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar
parque artificial) malhada;
Ele vinha pela estrada e foi picado por asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte;
várias abelhas.
asno - manada, récova, récua;
assassino - choldra, choldraboldra;
Ele vinha pela estrada e foi picado por um
enxame. assistente - assistência;
astro - (quando reunidos a outros do mesmo
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, grupo) constelação;
foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha... ator - elenco;

No segundo caso, utilizaram-se duas palavras autógrafo - (quando em lista especial de cole-
no plural. ção) álbum;

No terceiro caso, empregou-se um substantivo ave - (quando em grande quantidade) bando,


no singular (enxame) para designar um conjunto de nuvem;
seres da mesma espécie (abelhas). avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha;
O substantivo enxame é um substantivo co- bala - saraiva, saraivada;
letivo.
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, sú-
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum cia, turba;
que, mesmo estando no singular, designa um con-
junto de seres da mesma espécie. bêbado - corja, súcia, farândola;

Principais Substantivos e Suas Formas Co- boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada,
letivas: jugo, junta, manada, rebanho, tropa;

abelha - enxame, cortiço, colmeia; bomba - bateria;

abutre - bando; borboleta - boana, panapaná;

31
Apostila TJ-TO

botão - (de qualquer peça de vestuário) aboto- célula - (quando diferenciadas igualmente) te-
adura, (quando em fileira) carreira; cido;
burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura,
(quando carregado) comboio; (quando em feixes) meda, moreia;
busto - (quando em coleção) galeria; cigano - bando, cabilda, pandilha;
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, ma- cliente - clientela, freguesia;
deixa, (conforme a separação) marrafa, trança;
coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajunta-
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; mento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando an-
tigas e em coleção ordenada) museu, (quando em
cabra - fato, malhada, rebanho;
lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, pode abranger com os braços) braçada, (quando em
fileira, linha, renque; série) sequência, série, sequela, coleção, (quando
reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo;
cálice - baixela;
coluna - colunata, renque;
cameleiro - caravana;
cônego - cabido;
camelo - (quando em comboio) cáfila;
copo - baixela;
caminhão - frota;
corda - (em geral) cordoalha, (quando no
canção - (quando reunidas em livro) cancio-
mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame,
neiro, (quando populares de uma região) folclore; massame, cordagem;
canhão - bateria;
correia - (em geral) correame, (de montaria)
cantilena - salsada; apeiragem;
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, ma- credor - junta, assembleia;
tilha; crença - (quando populares) folclore;
capim - feixe, braçada, paveia; crente - grei, rebanho;
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando depredador - horda;
reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando
reunidos sob a direção do papa) consistório; deputado - (quando oficialmente reunidos) câ-
mara, assembleia;
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, re-
banho; desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha,
súcia, troça, turba;
carro - (quando unidos para o mesmo destino)
comboio, composição, (quando em desfile) corso; diabo - legião;
carta - (em geral) correspondência; dinheiro - bolada, bolaço, disparate;
casa - (quando unidas em forma de quadrados) disco - discoteca;
quarteirão, quadra;
doze - (coisas ou animais) dúzia;
castanha - (quando assadas em fogueira) ma-
ébrio - Ver bêbado;
gusto;
égua - Ver cavalo;
cavalariano - (de cavalaria militar) piquete;
elefante - manada;
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel;
erro - barda;
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova,
récua, tropa, tropilha; escravo - (quando da mesma morada) sen-
zala, (quando para o mesmo destino) comboio,
cavalo - manada, tropa;
(quando aglomerados) bando;
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes)
escrito - (quando em homenagem a homem
cambada, enfiada, réstia;
ilustre) polianteia, (quando literários) analectos, anto-
cédula - bolada, bolaço; logia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio,
seleta;
chave - (quando num cordel ou argola) molho,
penca; espectador - (em geral) assistência, auditório,
plateia, (quando contratados para aplaudir) claque;

32
Apostila TJ-TO

espiga - (quando atadas) amarrilho, arrega- gente - (em geral) chusma, grupo, multidão,
çada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, (quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu;
molho, paveia;
grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo,
estaca - (quando fincadas em forma de cerca) manolho, maunça, mão, punhado;
paliçada;
graveto - (quando amarrados) feixe;
estado - (quando unidos em nação) federação,
gravura - (quando selecionadas) iconoteca;
confederação, república;
estampa - (quando selecionadas) iconoteca,
(quando explicativas) atlas; habitante - (em geral) povo, população,
(quando de aldeia, de lugarejo) povoação;
estátua - (quando selecionadas) galeria;
herói - falange;
estrela - (quando cientificamente agrupadas)
constelação, (quando em quantidade) acervo, hiena - alcateia;
(quando em grande quantidade) miríade;
hino - hinário;
estudante - (quando da mesma escola) classe,
ilha - arquipélago;
turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudan-
tina, (quando em excursão dão concertos) tuna, imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando
(quando vivem na mesma casa) república; radicados) colônia;
fazenda - (quando comerciáveis) sortimento; índio - (quando formam bando) maloca,
feiticeiro - (quando em assembleia secreta) (quando em nação) tribo;
conciliábulo; instrumento - (quando em coleção ou série)
feno - braçada, braçado; jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes
e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro,
filme - filmoteca, cinemoteca; modesto) tralha;
fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando inseto - (quando nocivos) praga, (quando em
metálicos e reunidos em feixe) cabo; grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se des-
locam em sucessão) correição;
flecha - (quando caem do ar, em porção) sa-
raiva, saraivada; javali - alcateia, malhada, vara;
flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, jornal - hemeroteca;
braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ra-
jumento - récova, récua;
malhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) ca-
cho; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de
foguete - (quando agrupados em roda ou num jurados;
travessão) girândola; ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa,
força naval - armada; pandilha;

força terrestre - exército; lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando


dispostas numa espécie de lustre) lampadário;
formiga - cordão, correição, formigueiro;
leão - alcateia;
frade - (quanto ao local em que moram) comu-
lei - (quando reunidas cientificamente) código,
nidade, convento;
consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) com-
frase - (quando desconexas) apontoado; pilação;
freguês - clientela, freguesia; leitão - (quando nascidos de um só parto) leite-
gada;
fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo)
cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) co- livro - (quando amontoados) chusma, pilha,
lheita, safra; ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salga-
lhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca,
fumo - malhada;
(quando reunidos para venda) livraria, (quando em
gafanhoto - nuvem, praga; lista metódica) catálogo;
garoto - cambada, bando, chusma; lobo - alcateia, caterva;
gato - cambada, gatarrada, gataria; macaco - bando, capela;

33
Apostila TJ-TO

malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama,
corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando de um cadáver) esqueleto;
(quando organizados) quadrilha, sequela, súcia,
ouvinte - auditório;
tropa;
ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel,
maltrapilho - farândola, grupo;
malhada, oviário;
mantimento - (em geral) sortimento, provisão,
ovo - (os postos por uma ave durante certo
(quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando
tempo) postura, (quando no ninho) ninhada;
em cômodo especial) despensa;
padre - clero, clerezia;
mapa - (quando ordenados num volume) atlas,
(quando selecionados) mapoteca; palavra - (em geral) vocabulário, (quando em
ordem alfabética e seguida de significação) dicionário,
máquina - maquinaria, maquinismo;
léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório;
marinheiro - marujada, marinhagem, compa-
pancada - pancadaria;
nha, equipagem, tripulação;
pantera - alcateia;
médico - (quando em conferência sobre o es-
tado de um enfermo) junta; papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço,
(em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido es-
menino - (em geral) grupo, bando, (depreciati-
trito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20
vamente) chusma, cambada;
mãos) resma, (10 resmas) bala;
mentira - (quando em sequência) enfiada;
parente - (em geral) família, parentela, paren-
mercadoria - sortimento, provisão; talha, (em reunião) tertúlia;
mercenário - mesnada; partidário - facção, partido, torcida;
metal - (quando entra na construção de uma partido político - (quando unidos para um
obra ou artefato) ferragem; mesmo fim) coligação, aliança, coalizão, liga;
ministro - (quando de um mesmo governo) mi- pássaro - passaredo, passarada;
nistério, (quando reunidos oficialmente) conselho;
passarinho - nuvem, bando;
montanha - cordilheira, serra, serrania;
pau - (quando amarrados) feixe, (quando
mosca - moscaria, mosquedo; amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em
cerca) bastida, paliçada;
móvel - mobília, aparelho, trem;
peça - (quando devem aparecer juntas na
música - (quanto a quem a conhece) repertó-
mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis,
rio;
em volume para transporte) fardo, (em grande quanti-
músico - (quando com instrumento) banda, dade) magote, (quando pertencentes à artilharia) ba-
charanga, filarmônica, orquestra; teria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando
pequenas e cosidas umas às outras para não se ex-
nação - (quando unidas para o mesmo fim) ali-
traviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias)
ança, coligação, confederação, federação, liga, união; antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletâ-
navio - (em geral) frota, (quando de guerra) nea, miscelânea;
frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando peixe - (em geral e quando na água) cardume,
reunidos para o mesmo destino) comboio;
(quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário,
nome - lista, rol; (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada,
(quando à tona) banco, manta;
nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço,
maço, pacote, (na acepção de produção literária, ci- pena - (quando de ave) plumagem;
entífica) comentário; pessoa - (em geral) aglomeração, banda,
objeto - Ver coisa; bando, chusma, colmeia, gente, legião, leva, maré,
massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço,
onda - (quando grandes e encapeladas) ma- tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva,
rouço; choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço,
órgão - (quando concorrem para uma mesma em navio ou avião) tripulação, (quando em acompa-
função) aparelho, sistema; nhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procis-
são, séquito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo,
orquídea - (quando em viveiro) orquidário; punhado, (quando em promiscuidade) cortiço,

34
Apostila TJ-TO

(quando em passeio) caravana, (quando em assem-


bleia popular) comício, (quando reunidas para tratar
de um assunto) comissão, conselho, congresso, con- Obs.: na maioria dos casos, a forma
clave, convênio, corporação, seminário, (quando su- coletiva se constrói mediante a adaptação
jeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, do sufixo conveniente: arvoredo (de árvo-
centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade; res), cabeleira (de cabelos), freguesia (de
pilha - (quando elétricas) bateria; fregueses), palavratório (de palavras), pro-
fessorado (de professores), tapeçaria (de
planta - (quando frutíferas) pomar, (quando tapetes), etc.
hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para re-
planta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma re-
gião) flora, (quando secas, para classificação) herbá-
rio; Nota: o coletivo é um substantivo singular,
ponto - (de costura) apontoado; mas com ideia de plural.

porco - (em geral) manada, persigal, piara, Formação dos Substantivos


vara, (quando do pasto) vezeira; 4 - Substantivos Simples e Compostos
povo - (nação) aliança, coligação, confedera-
ção, liga; Chuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas so-
prato - baixela, serviço, prataria; bre a terra.

prelado - (quando em reunião oficial) sínodo;


O substantivo chuva é formado por um único
prisioneiro - (quando em conjunto) leva, elemento ou radical. É um substantivo simples.
(quando a caminho para o mesmo destino) comboio;
Substantivo Simples: é aquele formado por
professor - corpo docente, professorado, con- um único elemento.
gregação;
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá,
quadro - (quando em exposição) pinacoteca, etc.
galeria;
Veja agora:
querubim - coro, falange, legião;
O substantivo guarda-chuva é formado por
recruta - leva, magote; dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo
é composto.
religioso - clero regular;
Substantivo Composto: é aquele formado por
roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal)
dois ou mais elementos.
enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa;
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
salteador - caterva, corja, horda, quadrilha;
5-Substantivos Primitivos e Derivados
selo - coleção;
Veja:
serra - (acidente geográfico) cordilheira;
Meu limão meu limoeiro,
soldado - tropa, legião;
meu pé de jacarandá...
trabalhador - (quando reunidos para um traba-
lho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva; O substantivo limão é primitivo, pois não se
originou de nenhum outro dentro de língua portu-
tripulante - equipagem, guarnição, tripulação;
guesa.
utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem,
Substantivo Primitivo: é aquele que não de-
(quando de mesa) aparelho, baixela;
riva de nenhuma outra palavra da própria língua por-
vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, tuguesa.
matula, súcia;
O substantivo limoeiro é derivado, pois se ori-
vara - (quando amarradas) feixe, ruma; ginou a partir da palavra limão.
velhaco - súcia, velhacada. Substantivo Derivado: é aquele que se ori-
gina de outra palavra.
2- ARTIGO
Artigo é a palavra que, vindo antes de um
substantivo, indica se ele está sendo empregado de

35
Apostila TJ-TO

maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo in- por pronomes indefinidos e, posteriormente, re-
dica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos tomadas pelos definidos. Assim, o referente de-
substantivos. terminado pelo artigo definido passa a fazer
Classificação dos Artigos parte de um conjunto argumentativo que man-
tém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza
Artigos Definidos: determinam os substanti- de muitas modificações de significados transmi-
vos de maneira precisa: o, a, os, as. tidas pelos artigos faz com que sejam frequente-
Por exemplo: mente usados pelos escritores em seus textos li-
terários.
Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substan- 3- ADJETIVO
tivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Adjetivo é a palavra que expressa uma quali-
Por exemplo: dade ou característica do ser e se "encaixa" direta-
Eu matei um animal. mente ao lado de um substantivo.

Combinação dos Artigos Ao analisarmos a palavra bondoso, por exem-


plo, percebemos que além de expressar uma quali-
É muito presente a combinação dos artigos de- dade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado
finidos e indefinidos com preposições. Este quadro de um substantivo: homem bondoso, moça bon-
apresenta a forma assumida por essas combinações: dosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse
Preposi- uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sen-
Artigos
ções tido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa
bondade.
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
um, uma,
o, os a, as
uns umas
Morfossintaxe do Adjetivo:

a ao, aos à, às - - O adjetivo exerce sempre funções sintáti-


cas relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predica-
dum, duma, tivo (do sujeito ou do objeto).
de do, dos da, das
duns dumas
Classificação do Adjetivo
num, numa, Explicativo: exprime qualidade própria do ser.
em no, nos na, nas
nuns numas
Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é pró-
pelo, pela,
por (per) - - pria do ser. Por exemplo: fruta madura.
pelos pelas
Formação do Adjetivo
- As formas à e às indicam a fusão da preposi- Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
ção a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais
idênticas é conhecida por crase.
Formado por Por exemplo: brasi-
ADJETIVO
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combi- um só radical. leiro, escuro, magro,
SIMPLES
nação dos artigos definidos com a forma per, equiva- cômico.
lente a por.

Formado por Por exemplo: luso-


Artigos, leitura e produção de textos ADJETIVO
mais de um ra- brasileiro, castanho-
COM-
O uso apropriado dos artigos definidos e dical. escuro, amarelo-ca-
POSTO
indefinidos permite não apenas evitar problemas nário.
com o gênero e o número de determinados subs-
tantivos, mas principalmente explorar detalhes
ADJETIVO É aquele que Por exemplo: belo,
de significação bastante expressivos. Em geral,
PRIMI- dá origem a ou- bom, feliz, puro.
informações novas, nos textos, são introduzidas
TIVO tros adjetivos.

36
Apostila TJ-TO

É aquele que Por exemplo: belís- Moçambique moçambicano


ADJETIVO
deriva de subs- simo, bondoso, ma-
DERI-
tantivos ou ver- grelo.
VADO Mongólia mongol ou mongólico
bos.

Panamá panamenho
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do Porto Rico porto-riquenho
ser. Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Somália somali

Acre acreano
Adjetivo Pátrio Composto
Alagoas alagoano Na formação do adjetivo pátrio composto, o pri-
meiro elemento aparece na forma reduzida e, normal-
Amapá amapaense mente, erudita. Observe alguns exemplos:

Aracaju aracajuano ou aracajuense afro- / Por exemplo: Cultura afro-ame-


África
ricana

Amazonas amazonense ou baré


germano- ou teuto- / Por exemplo:
Alemanha
Competições teuto-inglesas
Belém (PA) belenense

américo- / Por exemplo: Companhia


Belo Horizonte belo-horizontino América
américo-africana

Boa Vista boa-vistense ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-


Ásia
europeus
Brasília brasiliense
austro- / Por exemplo: Peças austro-
Áustria
Cabo Frio cabo-friense búlgaras

Campinas campineiro ou campinense belgo- / Por exemplo: Acampamentos


Bélgica
belgo-franceses

Curitiba curitibano
sino- / Por exemplo: Acordos sino-ja-
China
poneses
Estados Uni- estadunidense, norte-americano ou
dos ianque
Espa- hispano- / Por exemplo: Mercado his-
nha pano-português
El Salvador salvadorenho
euro- / Por exemplo: Negociações
Guatemala guatemalteco Europa
euro-americanas

indiano ou hindu (os que professam o franco- ou galo- / Por exemplo: Reu-
Índia França
hinduísmo) niões franco-italianas

Irã iraniano greco- / Por exemplo: Filmes greco-


Grécia
romanos
Israel israelense ou israelita

37
Apostila TJ-TO

indo- / Por exemplo: Guerras indo-pa- de ovelha ovino


Índia
quistanesas
de paixão passional
anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
Inglaterra
portuguesas
de pâncreas pancreático

ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-


Itália de pato anserino
portuguesa

de peixe písceo ou ictíaco


nipo- / Por exemplo: Associações
Japão
nipo-brasileiras
de pombo columbino
luso- / Por exemplo: Acordos luso-
Portugal
brasileiros de porco suíno ou porcino

de prata argênteo ou argírico

de lago lacustre dos quadris ciático

de laringe laríngeo de raposa vulpino

de leão leonino de rio fluvial

de lebre leporino de serpente viperino

de lobo lupino de sonho onírico

de lua lunar ou selênico de terra telúrico, terrestre ou terreno

de macaco simiesco, símio ou macacal de trigo tritício

de madeira lígneo de urso ursino

de marfim ebúrneo ou ebóreo de vaca vacum

de mestre magistral de velho senil

de monge monacal de vento eólico

de neve níveo ou nival de verão estival

de nuca occipital de vidro vítreo ou hialino

de orelha auricular de virilha inguinal

de ouro áureo de visão óptico ou ótico

38
Apostila TJ-TO

...[primeira: numeral = situa o ser "pes-


soa" na sequência de "fila"]
Obs.: nem toda locução adjetiva pos- Note bem: os numerais traduzem, em pala-
sui um adjetivo correspondente, com o vras, o que os números indicam em relação aos seres.
mesmo significado. Assim, quando a expressão é colocada em números
(1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de
algarismos.
Por exemplo:
Além dos numerais mais conhecidos, já que re-
Vi as alunas da 5ª série. fletem a ideia expressa pelos números, existem mais
O muro de tijolos caiu. algumas palavras consideradas numerais porque de-
notam quantidade, proporção ou ordenação. São al-
guns exemplos:década, dúzia, par, ambos(as), no-
É necessário critério! vena.
Há muitos adjetivos que mantêm certa Classificação dos Numerais
correspondência de significado com locuções
adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não sig- Cardinais: indicam contagem, medida. É o nú-
nifica que a substituição da locução pelo adje- mero básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc.
tivo seja sempre possível. Tampouco o contrário Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
é sempre admissível. Colar de marfim é uma ex- dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo,
pressão cotidiana; seria pouco recomendável etc.
passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois es- Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
ses adjetivos têm uso restrito à linguagem literá- divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quin-
ria. Contrato leonino é uma expressão usada na tos, etc.
linguagem jurídica; é muito pouco provável que Multiplicativos: expressam ideia de multiplica-
os advogados passem a dizer contrato de leão. ção dos seres, indicando quantas vezes a quantidade
Em outros casos, a substituição é perfeitamente foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo,
possível, transformando a equivalência entre ad- etc.
jetivos e locuções adjetivas em mais uma ferra-
menta para o aprimoramento dos textos, pois Leitura dos Numerais
oferece possibilidades de variação vocabular. Separando os números em centenas, de trás
Por exemplo: A população das cida- para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma
des tem aumentado. A falta de planejamento ur- de centenas e, no início, também de dezenas ou uni-
bano faz com que isso se torne um imenso pro- dades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as uni-
blema. dades ligam-se pela conjunção e.
Por exemplo:
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecen-
tos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
FLEXÃO DOS NUMERAIS
4- NUMERAL Os numerais cardinais que variam em gênero
Numeral é a palavra que indica os seres em são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas
termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos deduzentos/duzentas em diante:trezentos/trezen-
seres ou os situa em determinada sequência. tas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais
como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em nú-
Exemplos: mero: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais car-
1. Os quatro últimos ingressos dinais são invariáveis.
foramvendidos há pouco. Os numerais ordinais variam em gênero e nú-
[quatro: numeral = atributo numérico mero:
de "ingresso"]
2. Eu quero café duplo, e você? primeiro segundo milésimo
...[duplo: numeral = atributo numérico
de "café"] primeira segunda milésima
3. A primeira pessoa da fila
pode entrar, por favor!

39
Apostila TJ-TO

primei- segun- milési- Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)


ros dos mos
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
primei- segun- milési-
ras das mas
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Os numerais multiplicativos são invariáveis


quando atuam em funções substantivas: Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-
se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Por exemplo:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Fizeram o dobro do esforço e conse-
guiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Quando atuam em funções adjetivas, esses Ambos/ambas são considerados numerais.


numerais flexionam-se em gênero e número: Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra",
"as duas") e são largamente empregados para reto-
Por exemplo: mar pares de seres aos quais já se fez referência.
Teve de tomar doses triplas do medi- Por exemplo:
camento.
Pedro e João parecem ter finalmente
Os numerais fracionários flexionam-se em percebido a importância da solidarie-
gênero e número. Observe: dade. Ambos agora participam das ativida-
um terço/dois terços des comunitárias de seu bairro.

uma terça parte Obs.: a forma "ambos os dois" é conside-


rada enfática. Atualmente, seu uso indica afeta-
duas terças partes ção, artificialismo.
Os numerais coletivos flexionam-se em nú- 5- PRONOME
mero. Veja:
Pronome é a palavra que se usa em lugar do
uma dúzia nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o
um milheiro nome qualificando-o de alguma forma.

duas dúzias Exemplos:

dois milheiros 1. A moça era mesmo bo-


nita. Ela morava nos meus sonhos!
É comum na linguagem coloquial a indicação
de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou es- [substituição do nome]
pecialização de sentido. É o que ocorre em frases 2. A moça que morava nos
como: meus sonhos era mesmo bonita!
Me empresta duzentinho... [referência ao nome]
É artigo de primeiríssima qualidade! 3. Essa moça morava nos meus
O time está arriscado por ter caído na segun- sonhos!
dona. (= segunda divisão de futebol) [qualificação do nome]
Emprego dos Numerais Grande parte dos pronomes não possuem sig-
Para designar papas, reis, imperadores, sécu- nificados fixos, isto é, essas palavras só adquirem sig-
los e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os nificação dentro de um contexto, o qual nos permite
ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde recuperar a referência exata daquilo que está sendo
que o numeral venha depois do substantivo: colocado por meio dos pronomes no ato da comuni-
cação. Com exceção dos pronomes interrogativos e
Ordinais Cardinais indefinidos, os demais pronomes têm por função prin-
cipal apontar para as pessoas do discurso ou a elas
se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pro-
nomes apresentam uma forma específica para cada
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) pessoa do discurso.
Exemplos:

40
Apostila TJ-TO

1. Minha carteira estava vazia Os pronomes retos apresentam flexão de nú-


quando eu fui assaltada. mero, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo
essa última a principal flexão, uma vez que marca a
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele
pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pro-
que fala]
nomes retos é assim configurado:
2. Tua carteira estava vazia
- 1ª pessoa do singular: eu
quando tu foste assaltada?
- 2ª pessoa do singular: tu
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a
quem se fala] - 3ª pessoa do singular: ele, ela
3. A carteira dela estava vazia - 1ª pessoa do plural: nós
quando ela foi assaltada.
- 2ª pessoa do plural: vós
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são pa-
lavras variáveis em gênero (masculino ou feminino)
e em número (singular ou plural). Assim, espera-se
que a referência através do pronome seja coerente Atenção: esses pronomes não cos-
em termos de gênero e número (fenômeno da concor- tumam ser usados como complementos
dância) com o seu objeto, mesmo quando este se verbais na língua-padrão. Frases como
apresenta ausente no enunciado. "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça",
"Trouxeram eu até aqui", comuns na lín-
Exemplos: gua oral cotidiana, devem ser evitadas na
1. [Fala-se de Roberta] língua formal escrita ou falada. Na língua
formal, devem ser usados os pronomes
2. Ele quer participar do desfile oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
da nossa escola neste ano. "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me
até aqui".
[nossa: pronome que qualifica "escola" = con-
cordância adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concor-
dância adequada]
Obs.: frequentemente observamos a omis-
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = são do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso
concordância inadequada] se dá porque as próprias formas verbais marcam,
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, através de suas desinências, as pessoas do verbo
possessivos, demonstrativos, indefinidos, relati- indicadas pelo pronome reto.
vos e interrogativos. Por exemplo:
Pronomes Pessoais Fizemos boa viagem. (Nós)

São aqueles que substituem os substantivos, Pronome Oblíquo


indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele
fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa
que, na sentença, exerce a função de complemento
os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a
verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento no-
quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer re-
minal.
ferência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Por exemplo:
Os pronomes pessoais variam de acordo com
as funções que exercem nas orações, podendo ser do Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
caso reto ou do caso oblíquo.
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma
Pronome Reto forma variante do pronome pessoal do caso reto.
Essa variação indica a função diversa que eles de-
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sempenham na oração: pronome reto marca o su-
sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo jeito da oração; pronome oblíquo marca o comple-
do sujeito. mento da oração.
Por exemplo: Os pronomes oblíquos sofrem variação de
acordo com a acentuação tônica que possuem, po-
Nós lhe ofertamos flores.
dendo ser átonosou tônicos.

41
Apostila TJ-TO

Os pronomes o, os, a, as assumem formas


Pronome Oblíquo Átono especiais depois de certas terminações verbais.
Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
São chamados átonos os pronomes oblíquos assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo
que não são precedidos de preposição. que a terminação verbal é suprimida.
Possuem acentuação tônica fraca.
Por exemplo:
Por exemplo:
Ele me deu um presente.
fiz + o = fi-lo
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é as-
sim configurado: fazeis + o = fazei-lo
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te dizer + a = dizê-la

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe


Quando o verbo termina em som nasal, o pro-
- 1ª pessoa do plural (nós): nos nome assume as formas no, nos, na, nas.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
Por exemplo:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Observações: viram + o: viram-no
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já
se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a repõe + os = repõe-nos
união entre o pronomeo ou a e preposiçãoa oupara.
Por acompanhar diretamente uma preposição, o pro-
retém + a: retém-na
nome lhe exerce sempre a função de objeto indireto
na oração.
tem + as = tem-nas
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto
ser objetos diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusiva-
mente como objetos diretos. Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre pre-
Saiba que: cedidos por preposições, em geral as preposi-
Os pronomes me, te, lhe, nos, ções a, para, de ecom. Por esse motivo, os prono-
vos e lhes podem combinar-se com os prono- mes tônicos exercem a função de objeto indireto da
mes o, os, a, as, dando origem a formas oração. Possuem acentuação tônica forte.
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é as-
lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, sim configurado:
vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas for-
mas nos exemplos que seguem: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a vo-
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
cês?
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- Sim, entreguei-toain- - Não, não no-la contaram. - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
dahá pouco. - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- Observe que as únicas formas próprias do
No português do Brasil, essas combina- pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e se-
ções não são usadas; até mesmo na língua lite- gunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pro-
rária atual, seu emprego é muito raro. nome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre
Atenção: pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome
do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem

42
Apostila TJ-TO

o uso da língua formal, os pronomes costumam ser


usados desta forma: Ele disse que iria com nós três.
Não há mais nada entre mim e ti.
Pronome Reflexivo
Não se comprovou qualquer ligação en-
tre ti e ela. São pronomes pessoais oblíquos que, embora
funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se
Não há nenhuma acusação contra mim.
ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e
Não vá sem mim. recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim con-
figurado:

Atenção: - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.

Há construções em que a prepo- Por exemplo:


sição, apesar de surgir anteposta a um
pronome, serve para introduzir uma Eu não me vanglorio disso.
oração cujo verbo está no infinitivo.
Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
expresso; se esse sujeito for um pro- Olhei para mim no espelho e não gostei do
nome, deverá ser do caso reto. que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Por exemplo:

Assimtu te prejudicas.
Por exemplo:
Conhece a ti mesmo.
Trouxeram vários vestidos
para eu experimentar.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, con-
sigo.
Não vá sem eu mandar.
Por exemplo:

- A combinação da preposição "com" e alguns


Guilherme já se preparou.
pronomes originou as formas especiais comigo, con-
tigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes
oblíquos tônicos frequentemente exercem a função Ela deu a si um presente.
de adjunto adverbial de companhia.
Por exemplo: Ele carregava o docu- Antônio conversou consigo mesmo.
mento consigo.
- As formas "conosco" e "convosco" são
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
substituídas por "com nós" e "com vós" quando os
pronomes pessoais são reforçados por palavras
como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou Por exemplo:
algum numeral.
Lavamo-nos no rio.
Por exemplo:
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Você terá de viajar com nós todos.
Por exemplo:

Estávamos com vós outros quando che- Vós vos beneficiastes com a esta
garam as más notícias. conquista.

43
Apostila TJ-TO

Por exemplo: empregada. Já a forma vós tem uso restrito à lingua-


gem litúrgica, ultra formal ou literária.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, con-
sigo. Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os
Por exemplo: pronomes de tratamento que possuem "Vossa
(s)" são empregados em relação à pessoa com
Eles se conheceram. quem falamos.

Elas deram a si um dia de folga.


Por exemplo:
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta se mani- Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro,
festa quando utilizamos pronomes que, apesar de in- compareça a este encontro.
dicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pes-
soa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos
chamados pronomes de tratamento, que podem ser Emprega-se "Sua (s)" quando se
observados no quadro seguinte: fala a respeito da pessoa.

Pronomes de Tratamento
Por Exemplo:
Todos os membros da C.P.I. afirmaram
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques que Sua Excelência, o Senhor Presidente
da República, agiu com propriedade.
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
- Os pronomes de tratamento representam
Vossa Reverendís- V. Re- uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos inter-
sacerdotes e bispos locutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Exce-
sima vma.(s)
lência, por exemplo, estamos nos endereçando à ex-
celência que esse deputado supostamente tem para
altas autoridades e poder ocupar o cargo que ocupa.
Vossa Excelência V. Ex.ª (s)
oficiais-generais
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de trata-
mento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância
Vossa Magnificên- V. reitores de universi-
deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os
cia Mag.ª (s) dades
pronomes possessivos e os pronomes oblíquos em-
pregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Por exemplo:

Vossa Majestade Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte


V. M. I. Imperadores das suas promessas, para que seus eleito-
Imperial
res lhe fiquem reconhecidos.

Vossa Santidade V. S. Papa c) Uniformidade de Tratamento: quando es-


crevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido
mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento es-
tratamento cerimoni- colhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começa-
Vossa Senhoria V. S.ª (s)
oso mos a chamar alguém de "você", não poderemos usar
"te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na
Vossa Onipotência V. O. Deus terceira pessoa.
Por exemplo:
Também são pronomes de tratamento o se-
nhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a se- Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-
nhora" são empregados no tratamento cerimoni- me-ei nos teus cabelos. (errado)
oso; "você" e "vocês", no tratamento fami-
liar. Você e vocês são largamente empregados no Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-
português do Brasil; em algumas regiões , a me-ei nos seus cabelos. (correto)
forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco

44
Apostila TJ-TO

Por exemplo:
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-
me-ei nos teus cabelos. (correto) Marisa tem lá seus defeitos, mas eu
gosto muito dela.
Pronomes Possessivos 3- Em frases onde se usam pronomes de trata-
São palavras que, ao indicarem a pessoa gra- mento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
matical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de Por exemplo:
posse de algo (coisa possuída).
Vossa Excelência trouxe sua mensa-
Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = pos- gem?
suidor: 1ª pessoa do singular)
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o
Observe o quadro: possessivo concorda com o mais próximo.
Por exemplo:
NÚMERO PESSOA PRONOME
Trouxe-me seus livros e anotações.

singular primeira meu(s), minha(s) 5- Em algumas construções, os pronomes pes-


soais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.

singular segunda teu(s), tua(s) Por exemplo:


Vou seguir-lhe os passos. (= Vou se-
guir seus passos.)
singular terceira seu(s), sua(s)
Pronomes Demonstrativos
plural primeira nosso(s), nossa(s) Os pronomes demonstrativos são utilizados
para explicitar a posição de uma certa palavra em re-
lação a outras ou ao contexto. Essa relação pode
plural segunda vosso(s), vossa(s)
ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.
No espaço:
plural terceira seu(s), sua(s)
Compro este carro (aqui). O pronome este in-
dica que o carro está perto da pessoa que fala.
Note que:
Compro esse carro (aí). O pronome esse in-
A forma do possessivo depende da pessoa gra-
dica que o carro está perto da pessoa com quem falo,
matical a que se refere; o gênero e o número concor-
ou afastado da pessoa que fala.
dam com o objeto possuído.
Compro aquele carro (lá). O pro-
Por exemplo:
nome aquele diz que o carro está afastado da pessoa
Ele trouxe seu apoio e sua contribui- que fala e daquela com quem falo.
ção naquele momento difícil.
Observações:
Atenção: em situações de fala direta (tanto
1 - A forma seu não é um possessivo quando
resultar da alteração fonética da palavra senhor. ao vivo quanto por meio de correspondência,
que é uma modalidade escrita de fala), são
Por exemplo:
particularmente importantes o este e
- Muito obrigado, seu José. o esse - o primeiro localiza os seres em rela-
2 - Os pronomes possessivos nem sempre in- ção ao emissor; o segundo, em relação ao
dicam posse. Podem ter outros empregos, como: destinatário. Trocá-los pode causar ambigui-
dade.
a) indicar afetividade.
Por exemplo:
- Não faça isso, minha filha.
Exemplos:
b) indicar cálculo aproximado.
Por exemplo: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de soli-
citar informações sobre o concurso vestibular. (trata-
Ele já deve ter seus 40 anos.
se da universidade destinatária).
c) atribuir valor indefinido ao substantivo.

45
Apostila TJ-TO

Reafirmamos a disposição desta universidade a) Não raro os demonstrativos aparecem na


em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata- frase, em construções redundantes, com finalidade
se da universidade que envia a mensagem). expressiva, para salientar algum termo anterior. Por
exemplo:
No tempo:
Manuela, essa é que dera em cheio
Este ano está sendo bom para nós. O pro-
casando com o José Afonso. Desfrutar das
nome este refere-se ao ano presente.
belezas brasileiras, issoé que é sorte!
Esse ano que passou foi razoável. O pro-
b) O pronome demonstrativo neutro o pode re-
nome esse refere-se a um passado próximo.
presentar um termo ou o conteúdo de uma oração in-
Aquele ano foi terrível para todos. O pro- teira, caso em que aparece, geralmente, como objeto
nome aquele está se referindo a um passado dis- direto, predicativo ou aposto.
tante.
Por exemplo:
O casamento seria um desastre. To-
- Os pronomes demonstrativos podem ser vari- dos o pressentiam.
áveis ou invariáveis, observe:
c) Para evitar a repetição de um verbo anteri-
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), ormente expresso, é comum empregar-se, em tais ca-
aquele(s), aquela(s). sos, o verbofazer, chamado, então, verbo vicário (=
que substitui, que faz as vezes de).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
Por exemplo:
- Também aparecem como pronomes demons-
trativos: Ninguém teve coragem de falar antes
que ela o fizesse.
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo
o que e puderem ser substituídos por aquele(s), Diz-se corretamente:
aquela(s), aquilo.
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.
Por exemplo:
Mas:
Não ouvi o que disseste. (Não
Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o
ouvi aquilo que disseste.)
que fazer.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta
d) Em frases como a seguinte, este refere-se à
rua não é aquela que te indiquei.)
pessoa mencionada em último lugar, aquele à menci-
mesmo (s), mesma (s): onada em primeiro lugar.
Por exemplo: Por exemplo:
O referido deputado e o Dr. Alcides
Estas são as mesmas pessoas que o procu- eram amigos íntimos: aquele casado, sol-
raram ontem. teiro este. [ou então: estesolteiro, aquele ca-
sado.]
próprio (s), própria (s):
e) O pronome demonstrativo tal pode ter cono-
Por exemplo:
tação irônica.
Os próprios alunos resolveram o pro-
Por exemplo:
blema.
A menina foi a tal que ameaçou o pro-
semelhante (s):
fessor?
Por exemplo:
f) Pode ocorrer a contração das preposições a,
Não compre semelhante livro. de, em com pronome demonstrativo: àquele, àquela,
deste, desta, disso, nisso, no, etc.
tal, tais:
Por exemplo:
Por exemplo:
Não acreditei no que estava vendo. (no
Tal era a solução para o problema. = naquilo)
Note que:

Pronomes Indefinidos

46
Apostila TJ-TO

São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso)
ou expressando quantidade indeterminada.
Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa,
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente
existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de
seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.

Por exemplo:

Algo o incomoda?

Quem avisa amigo é.

Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção


de quantidade aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s).

Por exemplo:

Cada povo tem seus costumes.

Certas pessoas exercem várias profissões.

Note que:
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s),
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quais-
quer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s),
vários, várias.

Por exemplo:

Menos palavras e mais ações.

Alguns contentam-se pouco.

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro:

Variáveis

Singular Plural Invariáveis

Masculino Feminino Masculino Feminino

algum alguma alguns algumas alguém


nenhum nenhuma nenhuns nenhumas ninguém

47
Apostila TJ-TO

todo toda todos todas outrem


muito muita muitos muitas tudo
pouco pouca poucos poucas nada
vário vária vários várias algo
tanto tanta tantos tantas cada
outro outra outros outras
quanto quanta quantos quantas

qualquer quaisquer

São locuções pronominais indefinidas:


cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja
qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra,
etc.
Por exemplo:
Cada um escolheu o vinho desejado.

Indefinidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem alguns gru-
pos que criamoposição de sentido. É o caso de:
algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sen-
tido negativo;
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma tota-
lidade negativa;
alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, que se referem a coisa;
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos co-
erentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos expos-
tos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados imprimem
às afirmações de que fazem parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.

Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se
relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.
Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Por exemplo:
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Por exemplo:

48
Apostila TJ-TO

Quem casa, quer casa.


Observe o quadro abaixo:

Quadro dos Pronomes Relativos

Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino

o qual os quais a qual as quais quem


que
cujo cujos cuja cujas
onde
quanto quantos quanta quantas

Note que:
a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.

Por exemplo:

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)

A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)

Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)

As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados dida-
ticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes
relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas
preposições:

Por exemplo:

Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de que-
neste caso geraria ambiguidade.)

Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar que depois
desobre.)

c) O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração.

Por exemplo:

Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da
qual, dos quais, das quais.
Por exemplo:

49
Apostila TJ-TO

estão rasga-
Este é o caderno cujas folhas
das.

(conse-
(antecedente)
quente)

e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações)
etudo:
Por exemplo:

Emprestei tantos quantos foram necessários.

(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.

(antecedente)

f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.


Por exemplo:

É um professor a quem muito devemos.

(preposição)

g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
Por exemplo:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Por exemplo:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.
- quando (= em que)
Por exemplo: Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.
Por exemplo:
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que.
Por exemplo: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.

50
Apostila TJ-TO

Importância nada relativa


Não é difícil perceber que os pronomes relativos são peças fundamentais à boa articulação de frases
e textos: sua capacidade de atuar como pronomes e conectivos simultaneamente favorece a síntese e
evita a repetição de termos.

Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefini-
dos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
variações), quanto (e variações).

Por exemplo:

Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.

Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.

Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.

Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos


Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem.

Por exemplo:

Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)

Aquilo me deixou alegre.

Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas as demais
concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito inanimado - marca de situação no
espaço).
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe
uma característica.
Por exemplo:
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua classificação
específica.
Por exemplo:
Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).

Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome substantivo
possessivo).

51
Apostila TJ-TO

6- VERBO  auxiliares: juntam-se ao verbo princi-


pal ampliando sua significação. Presentes nos
Conceito: É uma classe gramatical que atribui tempos compostos e locuções verbais;
ação ou estado ao sujeito.
 certos verbos possuem pronomes
Os verbos apresentam três conjugações. Em pessoais átonos que se tornam partes inte-
função da vogal temática, podem-se criar três para- grantes deles. Nesses casos, o pronome não
digmas verbais. De acordo com a relação dos verbos tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se,
com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classifi- queixar-se etc.);
cação:  formas rizotônicas (tonicidade no ra-
dical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonici-
 regulares: seguem o paradigma ver-
dade fora do radical - nós cantaríamos).
bal de sua conjugação;
 irregulares: não seguem o para- Quanto à flexão verbal, temos:
digma verbal da conjugação a que pertencem.
As irregularidades podem aparecer no radical  número: singular ou plural;

ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar -  pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;

estou/estão);  tempo: referência ao momento em


que se fala (pretérito, presente ou futuro). O
Entre os verbos irregulares, destacam-se os modo imperativo só tem um tempo, o pre-
anômalos que apresentam profundas irregularidades. sente;
São classificados como anômalos em todas as gra-  voz: ativa, passiva e reflexiva;
máticas os verbos ser e ir.  modo: indicativo (certeza de um fato
ou estado), subjuntivo (possibilidade ou de-
 defectivos: não são conjugados em
sejo de realização de um fato ou incerteza do
determinadas pessoas, tempo ou modo (falir -
estado) e imperativo (expressa ordem, adver-
no presente do indicativo só apresenta a 1ª e
tência ou pedido).
a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distri-
buem-se em três grupos: impessoais, unipes- As três formas nominais do verbo (infinitivo, ge-
soais (vozes ou ruídos de animais, só conju- rúndio e particípio) não possuem função exclusiva-
gados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibi- mente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particí-
lidade de confusão com outros verbos; pio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio
 abundantes - apresentam mais de equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstân-
uma forma para uma mesma flexão. Mais fre- cias que exprime.
qüente no particípio, devendo-se usar o parti-
cípio regular com ter e haver; já o irregular com Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os

ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - seguintes valores:

tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);

52
Apostila TJ-TO

 presente do indicativo: indica um  Abolir (defectivo) - não possui a 1ª


fato real situado no momento ou época em que pessoa do singular do presente do indicativo,
se fala; por isso não possui presente do subjuntivo e o
 presente do subjuntivo: indica um imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir,
fato provável, duvidoso ou hipotético situado delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir,
no momento ou época em que se fala; exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)

 pretérito perfeito do indicativo: in-  Acudir (alternância vocálica o/u) -


dica um fato real cuja ação foi iniciada e con- presente do indicativo - acudo, acodes... e pre-
cluída no passado; térito perfeito do indicativo - com u (= bulir,

 pretérito imperfeito do indicativo: consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (de-

indica um fato real cuja ação foi iniciada no fectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural

passado, mas não foi concluída ou era uma no presente do indicativo

ação costumeira no passado;  Aderir (alternância vocálica e/i) - pre-

 pretérito imperfeito do subjuntivo: sente do indicativo - adiro, adere... (= advertir,

indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, su-

cuja ação foi iniciada mas não concluída no gerir)

passado;  Agir (acomodação gráfica g/j) - pre-

 pretérito mais-que-perfeito do indi- sente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coa-

cativo: indica um fato real cuja ação é anterior gir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir,

a outra ação já passada; urgir)

 futuro do presente do indicativo: in-  Agredir (alternância vocálica e/i) -

dica um fato real situado em momento ou presente do indicativo - agrido, agrides, agride,

época vindoura; agredimos, agredis, agridem (= prevenir, pro-

 futuro do pretérito do indicativo: in- gredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) -

dica um fato possível, hipotético, situado num presente do indicativo - águo, águas..., - pre-

momento futuro, mas ligado a um momento térito perfeito do indicativo - agüei, aguaste,

passado; aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desa-

 futuro do subjuntivo: indica um fato guar, enxaguar, minguar)

provável, duvidoso, hipotético, situado num  Aprazer (irregular) - presente do indi-

momento ou época futura; cativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito


perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste,
Alguns verbos da língua portuguesa apresen- aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouve-
tam problemas de conjugação. A seguir temos uma ram
lista, seguida de comentários sobre essas dificulda-  Argüir (irregular com alternância vo-
des de conjugação. cálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú),
argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem - pre-
térito perfeito - argüi, argüiste... (com trema)

53
Apostila TJ-TO

 Atrair (irregular) - presente do indica-  Construir (irregular e abundante) -


tivo - atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, presente do indicativo - construo, constróis (ou
atraíste... (= abstrair, cair, distrair, sair, sub- construis), constrói (ou construi), construímos,
trair) construís, constroem (ou construem) - preté-
 Atribuir (irregular) - presente do indi- rito perfeito indicativo - construí, construíste...
cativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos,  Crer (irregular) - presente do indica-
atribuís, atribuem - pretérito perfeito - atribuí, tivo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem -
atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, pretérito perfeito indicativo - cri, creste, creu,
excluir, instruir, possuir, usufruir) cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo
 Averiguar (alternância vocálica o/u) - - cria, crias, cria, críamos, críeis, criam
presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas  Falir (defectivo) - presente do indica-
(ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais, tivo - falimos, falis - pretérito perfeito indicativo
averiguam (ú) - pretérito perfeito - averigüei, - fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se,
averiguaste... - presente do subjuntivo - averi- remir, renhir)
gúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar)  Frigir (acomodação gráfica g/j e alter-
 Cear (irregular) - presente do indica- nância vocálica e/i) - presente do indicativo -
tivo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pre-
pretérito perfeito indicativo - ceei, ceaste, térito perfeito indicativo - frigi, frigiste...
ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos ter-  Ir (irregular) - presente do indicativo -
minados em -ear: falsear, passear... - alguns vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito per-
apresentam pronúncia aberta: estréio, es- feito indicativo - fui, foste... - presente subjun-
tréia...) tivo - vá, vás, vá, vamos, vades, vão
 Coar (irregular) - presente do indica-  Jazer (irregular) - presente do indica-
tivo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam - tivo - jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo
pretérito perfeito - coei, coaste, coou... (= - jazi, jazeste, jazeu...
abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar (re-  Mobiliar (irregular) - presente do indi-
gular) - presente do indicativo - comercio, co- cativo - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos,
mercias... - pretérito perfeito - comerciei... (= mobiliais, mobíliam - pretérito perfeito indica-
verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: tivo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) -
mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar) presente do indicativo - obsto, obstas... - pre-
 Compelir (alternância vocálica e/i) - térito perfeito indicativo - obstei, obstaste...
presente do indicativo - compilo, compeles... -  Pedir (irregular) - presente do indica-
pretérito perfeito indicativo - compeli, compe- tivo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pe-
liste... dem - pretérito perfeito indicativo - pedi, pe-
 Compilar (regular) - presente do indi- diste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (al-
cativo - compilo, compilas, compila... - pretérito ternância vocálica e/i) - presente do indicativo
perfeito indicativo - compilei, compilaste...

54
Apostila TJ-TO

- pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pre- Também merecem atenção os seguintes ver-
térito perfeito indicativo - poli, poliste... bos irregulares:
 Precaver-se (defectivo e pronominal)
- presente do indicativo - precavemo-nos, pre-  Pronominais: Apiedar-se, dignar-se,

caveis-vos - pretérito perfeito indicativo - pre- persignar-se, precaver-se

cavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) -


Caber
presente do indicativo - provejo, provês, provê,
provemos, provedes, provêem - pretérito per-  presente do indicativo: caibo, ca-
feito indicativo - provi, proveste, proveu... / Re-
bes, cabe, cabemos, cabeis, cabem;
aver (defectivo) - presente do indicativo - rea-
 presente do subjuntivo: caiba, cai-
vemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo -
bas, caiba, caibamos, caibais, caibam;
reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado
 pretérito perfeito do indicativo:
do haver, mas só é conjugado nas formas ver-
coube, coubeste, coube, coubemos, coubes-
bais com a letra v)
tes, couberam;
 Remir (defectivo) - presente do indi-
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
cativo - remimos, remis - pretérito perfeito indi-
cativo: coubera, couberas, coubera, coubéra-
cativo - remi, remiste...
mos, coubéreis, couberam;
 Requerer (irregular) - presente do in-
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
dicativo - requeiro, requeres... - pretérito per-
coubesse, coubesses, coubesse, coubésse-
feito indicativo - requeri, requereste, reque-
mos, coubésseis, coubessem;
reu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª
 futuro do subjuntivo: couber, cou-
pessoa do singular do presente do indicativo e
beres, couber, coubermos, couberdes, coube-
no pretérito perfeito do indicativo e derivados,
rem.
sendo regular)
 Rir (irregular) - presente do indicativo
- rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito
indicativo - ri, riste... (= sorrir) Dar

 Saudar (alternância vocálica) - pre-


 presente do indicativo: dou, dás,
sente do indicativo - saúdo, saúdas... - preté-
dá, damos, dais, dão;
rito perfeito indicativo - saudei, saudaste...
 presente do subjuntivo: dê, dês, dê,
 Suar (regular) - presente do indicativo
demos, deis, dêem;
- suo, suas, sua... - pretérito perfeito indicativo
 pretérito perfeito do indicativo: dei,
- suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habi-
deste, deu, demos, destes, deram;
tuar, individuar, recuar, situar)
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
 Valer (irregular) - presente do indica-
cativo: dera, deras, dera, déramos, déreis, de-
tivo - valho, vales, vale... - pretérito perfeito in-
ram;
dicativo - vali, valeste, valeu...

55
Apostila TJ-TO

 pretérito imperfeito do subjuntivo:  presente do subjuntivo: esteja, es-


desse, desses, desse, déssemos, désseis, tejas, esteja, estejamos, estejais, estejam;
dessem;  pretérito perfeito do indicativo: es-
 futuro do subjuntivo: der, deres, tive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes,
der, dermos, derdes, derem. estiveram;
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
Dizer
cativo: estivera, estiveras, estivera, estivéra-
mos, estivéreis, estiveram;
 presente do indicativo: digo, dizes,
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
diz, dizemos, dizeis, dizem;
estivesse, estivesses, estivesse, estivésse-
 presente do subjuntivo: diga, digas,
mos, estivésseis, estivessem;
diga, digamos, digais, digam;
 futuro do subjuntivo: estiver, estive-
 pretérito perfeito do indicativo:
res, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;
disse, disseste, disse, dissemos, dissestes,
disseram; Fazer
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
cativo: dissera, disseras, dissera, disséra-  presente do indicativo: faço, fazes,
mos, disséreis, disseram; faz, fazemos, fazeis, fazem;
 futuro do presente: direi, dirás, dirá,  presente do subjuntivo: faça, faças,
etc.; faça, façamos, façais, façam;
 futuro do pretérito: diria, dirias, diria,  pretérito perfeito do indicativo: fiz,
etc.; fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito mais-que-perfeito do indi-
dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, cativo: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizé-
dissésseis, dissessem; reis, fizeram;
 futuro do subjuntivo: disser, disse-  pretérito imperfeito do subjuntivo:
res, disser, dissermos, disserdes, disserem; fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizés-
seis, fizessem;
Seguem esse modelo os derivados bendizer,
 futuro do subjuntivo: fizer, fizeres,
condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.
fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.

Os particípios desse verbo e seus derivados


Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e sa-
são irregulares: dito, bendito, contradito, etc.
tisfazer.

Estar
Os particípios desse verbo e seus derivados
são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito,
 presente do indicativo: estou, estás,
etc.
está, estamos, estais, estão;

56
Apostila TJ-TO

Haver  presente do indicativo: posso, po-


des, pode, podemos, podeis, podem;
 presente do indicativo: hei, hás, há,
 presente do subjuntivo: possa, pos-
havemos, haveis, hão;
sas, possa, possamos, possais, possam;
 presente do subjuntivo: haja, hajas,
 pretérito perfeito do indicativo:
haja, hajamos, hajais, hajam;
pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, pu-
 pretérito perfeito do indicativo: deram;
houve, houveste, houve, houvemos, houves-
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
tes, houveram;
cativo: pudera, puderas, pudera, pudéramos,
 pretérito mais-que-perfeito do indi- pudéreis, puderam;
cativo: houvera, houveras, houvera, houvéra-
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
mos, houvéreis, houveram;
pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos,
 pretérito imperfeito do subjuntivo: pudésseis, pudessem;
houvesse, houvesses, houvesse, houvésse-
 futuro do subjuntivo: puder, pude-
mos, houvésseis, houvessem;
res, puder, pudermos, puderdes, puderem.
 futuro do subjuntivo: houver, hou-
veres, houver, houvermos, houverdes, houve- Pôr
rem.
 presente do indicativo: ponho,
Ir pões, põe, pomos, pondes, põem;
 presente do subjuntivo: ponha, po-
 presente do indicativo: vou, vais,
nhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
vai, vamos, ides, vão;
 pretérito imperfeito do indicativo:
 presente do subjuntivo: vá, vás, vá,
punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis,
vamos, vades, vão;
punham;
 pretérito imperfeito do indicativo:
 pretérito perfeito do indicativo:
ia, ias, ia, íamos, íeis, iam;
pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puse-
 pretérito perfeito do indicativo: fui, ram;
foste, foi, fomos, fostes, foram;
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
 pretérito mais-que-perfeito do indi- cativo: pusera, puseras, pusera, puséramos,
cativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; puséreis, puseram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito imperfeito do subjuntivo:
fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fos- pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos,
sem; pusésseis, pusessem;
 futuro do subjuntivo: for, fores, for,  futuro do subjuntivo: puser, puse-
formos, fordes, forem. res, puser, pusermos, puserdes, puserem.

Poder

57
Apostila TJ-TO

Todos os derivados do verbo pôr seguem exa-  pretérito imperfeito do subjuntivo:


tamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, soubesse, soubesses, soubesse, soubésse-
decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, in- mos, soubésseis, soubessem;
dispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor,  futuro do subjuntivo: souber, sou-
propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor beres, souber, soubermos, souberdes, soube-
são alguns deles. rem.

Querer Ser

 presente do indicativo: quero, que-  presente do indicativo: sou, és, é,


res, quer, queremos, quereis, querem; somos, sois, são;
 presente do subjuntivo: queira,  presente do subjuntivo: seja, sejas,
queiras, queira, queiramos, queirais, queiram; seja, sejamos, sejais, sejam;
 pretérito perfeito do indicativo:  pretérito imperfeito do indicativo:
quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, qui- era, eras, era, éramos, éreis, eram;
seram;  pretérito perfeito do indicativo: fui,
 pretérito mais-que-perfeito do indi- foste, foi, fomos, fostes, foram;
cativo: quisera, quiseras, quisera, quiséra-  pretérito mais-que-perfeito do indi-
mos, quiséreis, quiseram; cativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito imperfeito do subjuntivo:
quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fos-
quisésseis, quisessem; sem;
 futuro do subjuntivo: quiser, quise-  futuro do subjuntivo: for, fores, for,
res, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem; formos, fordes, forem.

Saber As segundas pessoas do imperativo afirmativo


são: sê (tu) e sede (vós).
 presente do indicativo: sei, sabes,
sabe, sabemos, sabeis, sabem; Ter
 presente do subjuntivo: saiba, sai-
bas, saiba, saibamos, saibais, saibam;  presente do indicativo: tenho, tens,

 pretérito perfeito do indicativo: tem, temos, tendes, têm;

soube, soubeste, soube, soubemos, soubes-  presente do subjuntivo: tenha, te-

tes, souberam; nhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;

 pretérito mais-que-perfeito do indi-  pretérito imperfeito do indicativo:

cativo: soubera, souberas, soubera, soubéra- tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;

mos, soubéreis, souberam;  pretérito perfeito do indicativo: tive,


tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;

58
Apostila TJ-TO

 pretérito mais-que-perfeito do indi-  presente do indicativo: vejo, vês,


cativo: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivé- vê, vemos, vedes, vêem;
reis, tiveram;  presente do subjuntivo: veja, vejas,
 pretérito imperfeito do subjuntivo: veja, vejamos, vejais, vejam;
tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivés-  pretérito perfeito do indicativo: vi,
seis, tivessem; viste, viu, vimos, vistes, viram;
 futuro do subjuntivo: tiver, tiveres,  pretérito mais-que-perfeito do indi-
tiver, tivermos, tiverdes, tiverem. cativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
Seguem esse modelo os verbos ater, conter,
visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;
deter, entreter, manter, reter.
 futuro do subjuntivo: vir, vires, vir,
virmos, virdes, virem.
Trazer

Seguem esse modelo os derivados antever, en-


 presente do indicativo: trago, tra-
trever, prever, rever. Prover segue o modelo acima
zes, traz, trazemos, trazeis, trazem;
apenas no presente do indicativo e seus tempos deri-
 presente do subjuntivo: traga, tra-
vados; nos demais tempos, comporta-se como um
gas, traga, tragamos, tragais, tragam;
verbo regular da segunda conjugação.
 pretérito perfeito do indicativo:
trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxes- Vir
tes, trouxeram;
 pretérito mais-que-perfeito do indi-  presente do indicativo: venho, vens,
cativo: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéra- vem, vimos, vindes, vêm;
mos, trouxéreis, trouxeram;  presente do subjuntivo: venha, ve-
 futuro do presente: trarei, trarás, nhas, venha, venhamos, venhais, venham;
trará, etc.;  pretérito imperfeito do indicativo:
 futuro do pretérito: traria, trarias, tra- vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vi-
ria, etc.; nham;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito perfeito do indicativo: vim,
trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxésse- vieste, veio, viemos, viestes, vieram;
mos, trouxésseis, trouxessem;  pretérito mais-que-perfeito do indi-
 futuro do subjuntivo: trouxer, trou- cativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis,
xeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe- vieram;
rem.  pretérito imperfeito do subjuntivo:
viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis,
Ver
viessem;
 futuro do subjuntivo: vier, vieres,
vier, viermos, vierdes, vierem;

59
Apostila TJ-TO

 particípio e gerúndio: vindo. 7- ADVÉRBIO


Compare estes exemplos:
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, O ônibus chegou.
desavir-se, intervir, provir, sobrevir. O ônibus chegou ontem.
A palavra ontem acrescentou ao verbo che-
O emprego do infinitivo não obedece a regras gou uma circunstância de tempo: ontem é um advér-
bio.
bem definidas.
Marcos jogou bem.
Marcos jogou muito bem.
O impessoal é usado em sentido genérico ou
A palavra muito intensificou o sentido do ad-
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o pes- vérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.
soal refere-se às pessoas do discurso, dependendo A criança é linda.
do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma A criança é muito linda.

pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e A palavra muito intensificou a qualidade con-
tida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um ad-
ênfase. vérbio.

Usa-se o impessoal: Advérbio é uma palavra invariável que mo-


difica o sentido do verbo, do adjetivo e do pró-
prio advérbio.
 sem referência a nenhum sujeito: É
proibido fumar na sala;
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma
 nas locuções verbais: Devemos ava-
oração inteira; nessa situação, normalmente transmi-
liar a sua situação; tem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o con-
teúdo da oração.
 quando o infinitivo exerce função de
Por exemplo:
complemento de adjetivos: É um problema fá-
As providências tomadas foram infrutí-
cil de solucionar; feras, lamentavelmente.
 quando o infinitivo possui valor de im- Quando modifica um verbo, o advérbio pode
acrescentar várias ideias, tais como:
perativo - Ele respondeu: "Marchar!"
Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Usa-se o pessoal:
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
 quando o sujeito do infinitivo é dife-
Dúvida: Talvez ele volte.
rente do sujeito da oração principal: Eu não te
culpo por saíres daqui;
 quando, por meio de flexão, se quer Observações:
realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi - Os advérbios que se relacionam
ao verbo são palavras que expres-
um erro responderes dessa maneira; sam circunstâncias do processo ver-
 quando queremos determinar o su- bal, podendo assim, ser classificados
como determinantes.
jeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): - Escutei
baterem à porta.

60
Apostila TJ-TO

Por exemplo: Por exemplo:


Ninguém manda aqui! " Isso é simplesmente futebol" - disse
o jogador.
mandar: verbo
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova
aqui: advérbio de lugar = determinante do campanha publicitária ufanista.
verbo
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio
IMPORTANTE: Toda estrutura adverbial será
acrescenta a ideia de intensidade.
uma circunstância e toda circunstância sempre será
Por exemplo: uma estrutura adverbial. As circunstâncias mais usu-
ais são:
O filme era muito bom.
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais,
têm sido frequentes os advérbios associados a subs-
tantivos:

Lugar Tempo Modo Causa Conseqüência


Condição Proporção Finalidade Negação Afirmação
Companhia Ausência Meio Matéria Comparação
Concessão Conformidade Intensidade Oposição Instrumento

61
Apostila TJ-TO
- Subordinativas - ligam duas orações depen-

Exemplos: dentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez


tipos:
Ex: Amanhã iremos de avião com nossos pais
a São Paulopara uma festa anual.
 causais: porque, visto que, já que,
 Amanhã  advérbio de tempo
uma vez que, como, desde que;
 iremos  verbo*
 de avião  locução adverbial de
meio Palavra que liga orações basicamente, estabe-
 Com nossos pais  locução adver- lecendo entre elas alguma relação (subordinação ou
bial de companhia
coordenação). As conjunções classificam-se em:
 a São Paulo  locução adverbial de
lugar (destino)
 para uma festa  locução adverbial  comparativas: como, (tal) qual, as-
de finalidade
sim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +)
 anual.  adjetivo
que;
 condicionais: se, caso, contanto
8- CONJUNÇÃO
que, desde que, salvo se, sem que (= se não),
É a palavra que liga orações basicamente, es-
a menos que;
tabelecendo entre elas alguma relação (subordinação
 consecutivas (conseqüência, resul-
ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
tado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão
etc. - indicadores de intensidade), de modo
- Coordenativas, aquelas que ligam duas ora-
que, de maneira que, de sorte que, de maneira
ções independentes (coordenadas), ou dois termos
que, sem que;
que exercem a mesma função sintática dentro da ora-
 conformativas (conformidade, ade-
ção. Apresentam cinco tipos:
quação): conforme, segundo, consoante,

 aditivas (adição): e, nem, mas tam- como;

bém, como também, bem como, mas ainda;  concessiva: embora, conquanto,

 adversativas (adversidade, oposi- posto que, por muito que, se bem que, ainda

ção): mas, porém, todavia, contudo, antes (= que, mesmo que;

pelo contrário), não obstante, apesar disso;  temporais: quando, enquanto, logo

 alternativas (alternância, exclusão, que, desde que, assim que, mal (= logo que),

escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; até que;

 conclusivas (conclusão): logo, por-  finais - a fim de que, para que, que;

tanto, pois (depois do verbo), por conseguinte,  proporcionais: à medida que, à pro-
por isso; porção que, ao passo que, quanto mais (+

 explicativas (justificação): - pois (an- tanto menos);

tes do verbo), porque, que, porquanto.  integrantes - que, se.

62
Apostila TJ-TO

As conjunções integrantes introduzem as ora- presta a ligar palavras entre si num processo de su-
bordinação denominado regência.
ções subordinadas substantivas.
Diz-se regência devido ao fato de que, na rela-
ção estabelecida pelas preposições, o primeiro ele-
Por exemplo: mento – chamado antecedente – é o termo que rege,
que impõe um regime; o segundo elemento, por sua
Espero que você volte. (Espero sua
vez – chamado consequente – é o termo regido,
volta.)
aquele que cumpre o regime estabelecido pelo ante-
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua
cedente.
volta.)
Exemplos:
1. A hora das refeições é sa-
Locução Conjuntiva
grada.
Recebem o nome de locução conjuntiva os con-
hora das refeições: elementos ligados por pre-
juntos de palavras que atuam como conjunção. Essas
posição
locuções geralmente terminam em "que". Observe os
exemplos: de + as = das: preposição
hora: termo antecedente = rege a construção
visto que "das refeições"
desde que refeições: termo consequente = é regido pela
construção "hora da"
ainda que
2. Alguém passou por aqui.
por mais que
passou por aqui: elementos ligados por prepo-
à medida que sição
à proporção que por: preposição
logo que passou: termo antecedente = rege a constru-
a fim de que ção "por aqui"
aqui: termo consequente = é regido pela cons-
9- PREPOSIÇÃO trução "passou por"

Preposição é a palavra que estabelece uma As preposições são palavras invariáveis, pois
relação entre dois ou mais termos da oração. Essa re- não sofrem flexão de gênero, número ou variação em
lação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os ele- grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo,
mentos ligados pela preposição não há sentido disso- modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em
ciado, separado, individualizado; ao contrário, o sen- diversas situações as preposições se combinam a ou-
tido da expressão é dependente da união de todos os tras palavras da língua (fenômeno da contração) e,
elementos que a preposição vincula. assim, estabelecem uma relação de concordância em
gênero e número com essas palavras às quais se li-
Exemplos: gam. Mesmo assim, não se trata de uma variação pró-
1. Os amigos de João estra- pria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela
nharam o seu modo de vestir. se funde.

amigos de João / modo de vestir: ele- Por exemplo:


mentos ligados por preposição de + o = do
de: preposição por + a = pela
2. Ela esperou com entusi- em + um = num
asmo aquele breve passeio.
esperou com entusiasmo: elementos As preposições podem introduzir:
ligados por preposição a) Complementos Verbais
com: preposição Por exemplo:
Esse tipo de relação é considerada uma cone- Eu obedeço "aos meus pais".
xão, em que os conectivos cumprem a função de ligar
elementos. A preposição é um desses conectivos e se b) Complementos Nominais
Por exemplo:

63
Apostila TJ-TO

Continuo obediente "aos meus pais". Há palavras de outras classes gramaticais que,
em determinadas situações, podem atuar como pre-
c) Locuções Adjetivas posições. São, por isso, chamadas preposições aci-
Por exemplo: dentais:
É uma pessoa "de valor".
d) Locuções Adverbiais
como (= na qualidade de), conforme (= de
Por exemplo: acordo com), segundo (= conforme), conso-
Tive de agir "com cautela". ante (= conforme), durante, salvo, fora, medi-
ante, tirante, exceto, senão, visto (=por).
e) Orações Reduzidas
Por exemplo:
"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.
Classificação das Preposições
Saiba que:
As palavras da Língua Portuguesa que
atuam exclusivamente como preposição são chama- As preposições essenciais regem
das preposições essenciais. São elas: sempre a forma oblíqua tônica dos prono-
mes pessoais:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, Por exemplo:
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre,
trás Não vá sem mim à escola.
As preposições acidentais, por sua
Observações: vez, regem a forma reta desses mesmos
pronomes:
1) A preposição após, acidentalmente, pode
ser advérbio, com a significação de atrás, depois. Por exemplo:

Por exemplo: Todos, exceto eu, prefe-


rem sorvete de chocolate.
Os noivos passaram, e os convidados
os seguiram logo após.
2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com
pouca frequência em autores modernos.
Por exemplo: Locução Prepositiva
Dês que começaste a me visitar, sinto- É o conjunto de duas ou mais palavras que têm
me melhor. o valor de uma preposição. A última palavra dessas
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções locuções é sempre uma preposição.
adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para Principais locuções prepositivas:
trás de.Como preposição simples, aparece, por
exemplo, no antigo ditado:
abaixo de acima de acerca de
Trás mim virá quem bom me fará.
4) Para, na fala popular, apresenta a forma sin-
copada pra. a fim de além de a par de

Por exemplo:
apesar de antes de depois de
Bianca, alcance aqueles li-
vros pra mim.
5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão. ao invés de diante de em fase de
Por exemplo:
Os ladrões roubaram-lhe até a roupa em vez de graças a junto a
do corpo.

64
Apostila TJ-TO

A contração da preposição a com os artigos ou


junto com junto de à custa de pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial
dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aque-
las, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se
defronte de através de em via de chama de crase - que deve ser assinalada na escrita
pelo uso do acento grave.

de encontro a em frente de em frente a Por exemplo:


a+a=à
sob pena de a respeito de ao encontro de Exemplos:
às - àquela - àquelas - àquele - àque-
les - àquilo
Combinação e Contração da Preposição Principais Relações estabelecidas pelas
Quando as preposições a, de, em e per unem- Preposições
se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa  Autoria - Esta música é de Roberto
união pode ser por: Carlos.
Combinação: ocorre quando a preposição, ao  Lugar - Estou em casa.
unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fone-
mas.  Tempo -Eu viajei durante as férias.
Por exemplo: preposição a + artigo mascu-  Modo ou conformidade - Vamos es-
lino o = ao colher por sorteio.
preposição a + artigo masculino os = aos
 Causa - Estou tremendo de frio
Contração: ocorre quando a preposição sofre
modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a  Assunto - Não gosto de falar so-
outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, bre política.
formam contrações com os artigos e com diversos  Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
pronomes. Veja:
 Instrumento - Paulo feriu- se com a
faca.
do dos da das
 Companhia - Hoje vou
sair com meus amigos.
num nuns numa numas  Meio - Voltarei a andar a cavalo.
 Matéria - Devolva-me meu
disto disso daquilo anel de prata.
 Posse - Este é o carro de João.
naque-  Oposição - O Flamengo jogou con-
naquele naquela naquelas
les tra Fluminense.
 Conteúdo - Tomei um
Observe outros exemplos: copo de (com) vinho.
em + a = na em + aquilo = naquilo  Preço - Vendemos o filhote de nosso
de + aquela = daquela de + onde = donde cachorro a (por) R$ 300,00.

Por exemplo:
per + o = pelo

Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pe- CAPÍTULO 6 –FLEXÃO NOMINAL


las resultam da contração da antiga preposi-
ção per com os artigos definidos.
 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS

Encontros Especiais

65
Apostila TJ-TO

O substantivo é uma classe variável. A palavra Por exemplo: a criança, a testemunha, a ví-
é variável quando sofre flexão (variação). A pala- tima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
vra menino, por exemplo, pode sofrer variações
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das
para indicar:
pessoas por meio do artigo.
 Plural: meninos
Por exemplo: o colega e a colega, o doente e
 Feminino: menina a doente, o artista e a artista.
 Aumentativo: meninão
 Diminutivo: menininho Saiba que: - Substantivos de origem grega ter-
 Flexão de Gênero minados em -ema ou - oma são masculinos.

Gênero é a propriedade que as palavras têm Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o
de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua sistema, o sintoma, o teorema.
portuguesa, há dois gêneros: masculino e femi- - Existem certos substantivos que, variando de
nino. gênero, variam em seu significado.
Pertencem ao gênero masculino os substanti- Por exemplo:
vos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um,
uns. Veja estes títulos de filmes: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação
emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
- O velho e o mar
- Um Natal inesquecível
Formação do Feminino dos Substantivos Bi-
- Os reis da praia formes
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
Pertencem ao gênero feminino os substanti- Por exemplo:
vos que podem vir precedidos dos artigos a, as,
uma, umas: aluno - aluna
b) Substantivos terminados em -ês: acres-
A história sem fim centa-se -a ao masculino.

Uma cidade sem passado Por exemplo:

As tartarugas ninjas freguês - freguesa


c) Substantivos terminados em -ão: fazem o fe-
minino de três formas:
 Substantivos Biformes e Substan-
tivos Uniformes - troca-se -ão por -oa.
Substantivos Biformes (= duas formas): ao in- Por exemplo:
dicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da patrão - patroa
palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo,
portanto, duas formas, uma para o masculino e outra - troca-se -ão por -ã.
para o feminino. Observe: Por exemplo:
 gato - gata campeão - campeã
 homem - mulher
 poeta - poetisa -troca-se -ão por ona.
 prefeito - prefeita Por exemplo:
Substantivos Uniformes: são aqueles que apre- solteirão - solteirona
sentam uma única forma, que serve tanto para o mas-
culino quanto para o feminino. Classificam-se em: Exceções:

Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bi- barão – baronesa


chos. ladrão- ladra
Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, sultão - sultana
o jacaré macho e o jacaré fêmea.
d) Substantivos terminados em -or:
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam
pessoas. - acrescenta-se -a ao masculino.
Por exemplo:

66
Apostila TJ-TO

doutor - doutora A cobra macho picou o marinheiro.


- troca-se -or por -triz: A cobra fêmea escondeu-se na bana-
neira.
imperador - imperatriz
Sobrecomuns:
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -
isa:
Entregue as crianças à natureza.
-esa - -essa- -isa-
A palavra crianças refere-se tanto a
seres do sexo masculino, quanto a se-
cônsul abade res do sexo feminino.
poeta
consu- aba- Nesse caso, nem o artigo nem um pos-
poetisa
lesa dessa sível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a pala-
duque conde profeta vra. Veja:

du- con- profe- A criança chorona chamava-se João.


quesa dessa tisa A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
f) Substantivos que formam o feminino tro-
cando o -e final por -a: a criatura João é uma boa criatura.
elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no Maria é uma boa criatura.
masculino e no feminino:
bode – cabra
o cônjuge O cônjuge de João faleceu.
boi - vaca
h) Substantivos que formam o feminino de ma-
neira especial, isto é, não seguem nenhuma das re- O cônjuge de Marcela faleceu.
gras anteriores:
czar – czarina Comuns de Dois Gêneros:
réu - ré Observe a manchete:

Formação do Feminino dos Substantivos Motorista tem acidente idêntico 23 anos


Uniformes depois.

Epicenos:
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma
Observe: mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notí-
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pi- cia, uma vez que a palavra motorista é um subs-
nheiros. tantivo uniforme. O restante da notícia nos informa
que se trata de um homem.
Não é possível saber o sexo do jacaré em ques- A distinção de gênero pode ser feita através
tão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem ape- da análise do artigo ou adjetivo, quando acompa-
nas uma forma para indicar o masculino e o feminino. nharem o substantivo.
Alguns nomes de animais apresentam uma só Exemplos:
forma para designar os dois sexos. Esses substanti- o colega - a colega
vos são chamados de epicenos. No caso dos epice-
nos, quando houver a necessidade de especificar o o imigrante - a imigrante
sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. um jovem - uma jovem
Por exemplo: a cobra artista famoso - artista famosa

67
Apostila TJ-TO

repórter francês - repórter francesa Note que:


1. A palavra personagem é usada indistinta-
mente nos dois gêneros.
Substantivos de Gênero Incerto
a) Entre os escritores modernos nota-se acen-
Existem numerosos substantivos de gênero in-
tuada preferência pelo masculino:
certo e flutuante, sendo usados com a mesma signifi-
cação, ora como masculinos, ora como femininos. Por exemplo: O menino descobriu nas nu-
vens os personagens dos contos de carochinha.

erro comum, superstição, b) Com referência a mulher, deve-se preferir o


a abusão feminino:
crendice
O problema está nas mulheres de mais idade,
que não aceitam a personagem.
sedimentos deixados pelas
a aluvião águas, inundação, grande Não cheguei assim, nem era minha intenção, a
numero criar uma personagem.
2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (sol-
a cólera ou cólera- dado, atalaia) são sentidos e usados na língua atual,
doença infecciosa como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a
morbo
homens.
3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a)
pessoa importante, pessoa modelo fotográfico Ana Belmonte.
a personagem
que figura numa história

intriga, conluio, maquina-


a trama
ção, cilada
Masculinos
cópia xerográfica, xerocó-
a xerox (ou xérox)
pia o tapa o clã
o eclipse o Hosana
refeição que os cristãos fa- o lança-perfume o herpes
o ágape ziam em comum, banquete
de confraternização o dó (pena) o pijama
o sanduíche o suéter
o caudal torrente, rio o clarinete o soprano
o champanha o proclama
o diabetes ou dia- o sósia o pernoite
doença
bete
o maracajá o púbis

o jângal floresta própria da Índia


o grama (peso) o epigrama
o quilograma o telefonema
mamífero ruminante da fa-
o lhama
mília dos camelídeos o plasma o estratagema
o apostema o dilema
soldado às ordens de um o diagrama o teorema
o ordenança
oficial

a dinamite a pane
o praça soldado raso
a áspide a mascote
a derme a gênese
o preá pequeno roedor

68
Apostila TJ-TO

a hélice a entorse
o guia (pessoa que a guia (documento,
a Alcione a libido guia outras) pena grande das asas
a filoxera a cal das aves)

a clâmide a faringe o grama (unidade de a grama (relva)


a omoplata a cólera (doença) peso)

a cataplasma a ubá (canoa) o caixa (funcionário da a caixa (recipiente, se-


caixa) tor de pagamentos)
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o
o lente (professor) a lente (vidro de au-
Havre.
mento)

Gênero e Significação: o moral (ânimo) a moral (honestidade,


bons costumes, ética)

Muitos substantivos têm uma significação no o nascente (lado onde a nascente (a fonte)
masculino e outra no feminino. Observe: nasce o Sol)

o maria-fumaça (trem a maria-fumaça (loco-


o baliza (soldado que, a baliza (marco, es- como locomotiva a va- motiva movida a va-
que à frente da tropa, taca; sinal que marca por) por)
indica os movimentos um limite ou proibição
que se deve realizar de trânsito)
o pala (poncho) a pala (parte anterior
em conjunto; o que vai
do boné ou quepe, an-
à frente de um bloco
teparo)
carnavalesco, mane-
jando um bastão)
o rádio (aparelho re- a rádio (estação emis-
ceptor) sora)
o cabeça (chefe) a cabeça (parte do
corpo)
o voga (remador) a voga (moda, popula-
ridade)
o cisma (separação a cisma (ato de cis-
religiosa, dissidência) mar, desconfiança)
Flexão de Número do Substantivo
o cinza (a cor cin- a cinza (resíduos de
zenta) combustão) Em português, há dois números gramaticais:
O singular, que indica um ser ou um grupo de
o capital (dinheiro) a capital (cidade) seres;

o coma (perda dos a coma (cabeleira) O plural, que indica mais de um ser ou grupo
sentidos) de seres.

o coral (pólipo, a cor a coral (cobra vene- A característica do plural é o s final.


vermelha, canto em nosa)
coro)

o crisma (óleo sa- a crisma (sacramento Plural dos Substantivos Simples


grado, usado na admi- da confirmação) a) Os substantivos terminados em vogal, di-
nistração da crisma e tongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s.
de outros sacramen-
tos) Por exemplo:
pai – pais
o cura (pároco) a cura (ato de curar)
ímã – ímãs
o estepe (pneu so- a estepe (vasta planí- hífen - hifens (sem acento, no plural).
bressalente) cie de vegetação)

69
Apostila TJ-TO

Exceção: cânon - cânones. g) Os substantivos terminados em ão fazem o


plural de três maneiras.
b) Os substantivos terminados em m fazem o
plural em ns. - substituindo o -ão por -ões:
Por exemplo: Por exemplo:
homem - homens. ação - ações
c) Os substantivos terminados em r e z fazem - substituindo o -ão por -ães:
o plural pelo acréscimo de es.
Por exemplo:
Por exemplo:
cão - cães
revólver – revólveres
- substituindo o -ão por -ãos:
raiz - raízes
Por exemplo:
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
grão - grãos
d) Os substantivos terminados
h) Os substantivos terminados em x ficam in-
em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando
variáveis.
o l por is.
Por exemplo:
Por exemplo:
o látex - os látex.
quintal - quintais
caracol – caracóis
Plural dos Substantivos Compostos
hotel - hotéis
A formação do plural dos substantivos compos-
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. tos depende da forma como são grafados, do tipo de
e) Os substantivos terminados em il fazem o palavras que formam o composto e da relação que
plural de duas maneiras: estabelecem entre si. Aqueles que são grafados
sem hífen comportam-se como os substantivos sim-
- Quando oxítonos, em is. ples:
Por exemplo: aguardente e aguardentes
canil - canis girassol e girassóis
- Quando paroxítonos, em eis. pontapé e pontapés
Por exemplo: malmequer e malmequeres
míssil - mísseis. O plural dos substantivos compostos cujos ele-
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural mentos são ligados por hífen costuma provocar mui-
de duas maneiras: tas dúvidas e discussões. Algumas orientações são
dadas a seguir:
répteis ou reptis (pouco usada).
a) Flexionam-se os dois elementos, quando
f) Os substantivos terminados em s fazem o formados de:
plural de duas maneiras:
substantivo + substantivo = couve-flor e cou-
- Quando monossilábicos ou oxítonos, medi- ves-flores
ante o acréscimo de es.
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amo-
Por exemplo: res-perfeitos
ás – ases adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-
retrós - retroses homens

- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, fi- numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-


cam invariáveis. feiras

Por exemplo: b) Flexiona-se somente o segundo elemento,


o lápis - os lápis quando formados de:

o ônibus - os ônibus. verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-


roupas

70
Apostila TJ-TO

palavra invariável + palavra variável = alto-fa-


lante e alto-falantes Plural dos Nomes Próprios Personativos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e
reco-recos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, pessoas sempre que a terminação
quando formados de: se preste à flexão.
substantivo + preposição clara + substantivo =
água-de-colônia e águas-de-colônia
Por exemplo:
substantivo + preposição oculta + substantivo =
Os Napoleões também são derrota-
cavalo-vapor e cavalos-vapor
dos.
substantivo + substantivo que funciona como As Raquéis e Esteres.
determinante do primeiro, ou seja, especifica a fun-
ção ou o tipo do termo anterior.
Exemplos:
Plural dos Substantivos Estrangeiros
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba Substantivos ainda não aportuguesados de-
homem-rã - homens-rã vem ser escritos como na língua
peixe-espada - peixes-espada original, acrescentando-se s (exceto quando termi-
nam em s ou z).
d) Permanecem invariáveis, quando formados
de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora Por exemplo:
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os os shows
saca-rolhas
os shorts
e) Casos Especiais
os jazz
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
Substantivos já aportuguesados flexionam-
o bem-me-quer e os bem-me-queres se de acordo com as regras de
nossa língua:
o joão-ninguém e os joões-ninguém.

pãe(s) + zinhos pãezinhos Por exemplo: os clubes os chopes

animai(s) + zinhos animaizinhos


os jipes os esportes
botõe(s) + zinhos botõezinhos
chapéu(s) + zinhos chapeuzinhos as toaletes os bibelôs
farói(s) + zinhos faroizinhos
os garçons os réquiens
tren(s) + zinhos trenzinhos
colhere(s) + zinhas colherezinhas
Observe o exemplo:
flore(s) + zinhas florezinhas
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

Obs.: são anômalos os plurais pastori-


nhos(as), papelinhos, florzinhas, florinhas, co-
lherzinhas e mulherzinhas, correntes na língua Plural com Mudança de Timbre
popular, e usados até por escritores
de renome.

71
Apostila TJ-TO

Por exemplo:
Certos substantivos formam o plural com
mudança de timbre da vogal tônica Aqui morreu muito negro.
(o fechado / o aberto). É um fato fonético cha- Celebraram o sacrifício divino muitas ve-
mado metafonia. zes em capelas improvisadas.
Juntou-se ali uma população de retirantes
que, entre homem, mulher e menino, ia
Singular Plural Singular Plural bem cinquenta mil."

corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó) Flexão de Grau do Substantivo
esforço esforços ovo ovos Grau é a propriedade que as palavras têm de
fogo fogos poço poços exprimir as variações de tamanho dos seres. Classi-
forno fornos porto portos fica-se em:
fosso fossos posto postos
imposto impostos rogo rogos Grau Normal - Indica um ser de tamanho con-
olho olhos tijolo tijolos siderado normal. Por exemplo: casa
Grau Aumentativo - Indica o aumento do ta-
manho do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, al- um adjetivo que indica grandeza.
moços, bolsos, esposos, estojos,
globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um su-
Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho fixo indicador de aumento.
de carne), de molho (ó), feixe (molho de lenha).
Por exemplo: casarão.
Grau Diminutivo - Indica a diminuição do ta-
Particularidades sobre o Número dos
manho do ser. Pode ser:
Substantivos
Analítico = substantivo acompanhado de um
adjetivo que indica pequenez.
a) Há substantivos que só se usam no singu-
lar: Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um su-
Por exemplo: fixo indicador de diminuição.
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. Por exemplo: casinha.

b) Outros só no plural:
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
Por exemplo:
as núpcias, os víveres, os pêsames,
as espadas/os paus (naipes de baralho), as O adjetivo varia em gênero, número e grau.
fezes.
Gênero dos Adjetivos

c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido dife- Os adjetivos concordam com o substan-
rente do singular: tivo a que se referem (masculino e feminino). De
forma semelhante aos substantivos, classificam-
se em:
Por exemplo:
Biformes - têm duas formas, sendo uma
bem (virtude) e bens (riquezas) para o masculino e outra para o feminino.
honra (probidade, bom nome) e hon- Por exemplo:
ras (homenagem, títulos)
ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele fle-
d) Usamos às vezes, os substantivos no sin-
xiona no feminino somente o último elemento.
gular mas com sentido de plural:

72
Apostila TJ-TO

Por exemplo: Adjetivo composto é aquele formado por dois


ou mais elementos. Normalmente, esses elementos
o moço norte-americano, a moça norte- são ligados por hífen. Apenas o último elemento con-
americana. corda com o substantivo a que se refere; os demais
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele-
Uniformes - têm uma só forma tanto para o mentos que formam o adjetivo composto seja um
masculino como para o feminino. substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fi-
cará invariável.
Por exemplo:
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
homem feliz e mulher feliz. um substantivo, porém, se estiver qualificando um ele-
mento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a ou-
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica
tra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
invariável no feminino.
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo com-
Por exemplo: posto inteiro ficará invariável.
conflito político-social e desavença polí-
tico-social.
Número dos Adjetivos Por exemplo:
Plural dos adjetivos simples
Camisas rosa-claro.
Os adjetivos simples flexionam-se no plu-
ral de acordo com as regras estabelecidas para
Ternos rosa-claro.
a flexão numérica dos substantivos simples.

Por exemplo: Olhos verde-claros.

mau e maus Calças azul-escuras e camisas verde-mar.

feliz e felizes Telhados marrom-café e paredes


verde-claras.
ruim e ruins

boa e boas
Obs.:
Caso o adjetivo seja uma palavra que tam- - Azul-marinho, azul-celeste, ultravio-
bém exerça função de substantivo, ficará invari- leta e qualquer adjetivo composto iniciado
ável, ou seja, se a palavra que estiver qualifi- por cor-de-... são sempre invariáveis.
cando um elemento for, originalmente, um subs- - Os adjetivos compostos surdo-mudo e
tantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exem- pele-vermelha têm os dois elementos flexi-
plo: a palavra cinza é originalmente um substan- onados.
tivo, porém, se estiver qualificando um elemento,
funcionará como adjetivo. Ficará, então invariá-
vel. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.
Grau do Adjetivo
Veja outros exemplos: Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar
a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus
Motos vinho (mas: motos verdes) do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Comparativo
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Nesse grau, comparam-se a mesma caracterís-
tica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais
Comícios monstro (mas: comícios grandio- características atribuídas ao mesmo ser. O compara-
sos). tivo pode ser de igualdade, de superioridade ou
de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
Adjetivo Composto 1) Sou tão alto como você. Comparativo De
Igualdade

73
Apostila TJ-TO

No comparativo de igualdade, o segundo termo O secretário é muito inteligente.


da comparação é introduzido pelas pala-
Sintética: a intensificação se faz por meio do
vras como, quanto ouquão.
acréscimo de sufixos.
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo
Por exemplo:
De Superioridade Analítico
O secretário é inteligentíssimo.
No comparativo de superioridade analítico, en-
tre os dois substantivos comparados, um tem quali- Observe alguns superlativos sintéticos:
dade superior. A forma é analítica porque pedimos au-
xílio a "mais...do que" ou "mais...que".
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Compara- benéfico beneficentíssimo
tivo De Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo
de superioridade, formas sintéticas, herdadas do la- bom boníssimo ou ótimo
tim. São eles:
célebre celebérrimo
bom-melhor pequeno-menor
comum comuníssimo
mau-pior alto-superior
cruel crudelíssimo
grande-
baixo-inferior
maior
difícil dificílimo

Observe que:
doce dulcíssimo
a) As formas menor e pior são comparativos
de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e
mais mau, respectivamente. fácil facílimo
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas
sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em fiel fidelíssimo
comparações feitas entre duas qualidades de
um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíti-
cas mais bom, mais mau,mais grande e mais pe- frágil fragílimo
queno.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo frio friíssimo ou frigidíssimo
- Comparação de dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - compara-
ção de duas qualidades de um mesmo elemento. humilde humílimo

4) Sou menos alto (do) que você. Compara-


tivo De Inferioridade jovem juveníssimo
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo livre libérrimo

O superlativo expressa qualidades num grau


muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo magnífico magnificentíssimo
pode serabsoluto ou relativo e apresenta as seguin-
tes modalidades:
magro macérrimo ou magríssimo
Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
dade de um ser é intensificada, sem relação com ou-
tros seres. Apresenta-se nas formas: manso mansuetíssimo
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio
de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
Por exemplo:

74
Apostila TJ-TO

Forma-se o comparativo do advérbio do


mau péssimo mesmo modo que o comparativo do adjetivo:
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)
nobre nobilíssimo Por exemplo:
Renato fala tão alto quanto João.
pequeno mínimo de inferioridade: menos + advérbio + que (do
que)
paupérrimo ou pobrís- Por exemplo:
pobre
simo
Renato fala menos alto do que João.
de superioridade:
preguiçoso pigérrimo
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Por exemplo:
próspero prospérrimo
Renato fala mais alto do que João.

sábio sapientíssimo Sintético: melhor ou pior que (do que)


Por exemplo:
sagrado sacratíssimo Renato fala melhor que João.
Grau Superlativo
Superlativo Relativo: ocorre quando a quali- O superlativo pode ser analítico ou sinté-
dade de um ser é intensificada em relação a um con- tico:
junto de seres. Essa relação pode ser:
Analítico: acompanhado de outro advérbio.
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
Por exemplo:
De Inferioridade: Clara é a menos bela da
sala.Note bem: Renato fala muito alto.

1) O superlativo absoluto analítico é expresso muito = advérbio de intensidade


por meio dos advérbios muito, alto = advérbio de modo
extremamente, excepcionalmente, etc., ante- Sintético: formado com sufixos.
postos ao adjetivo.
Por exemplo:
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta
sob duas formas : uma erudita, de origem latina, outra Renato fala altíssimo.
popular, de origem vernácula. A forma erudita é cons-
tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufi-
xos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelís-
simo, facílimo, paupérrimo. Obs.: as formas diminutivas
A forma popular é constituída do radical do ad- (cedinho, pertinho, etc.) são co-
jetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agi- muns na língua popular.
líssimo. Observe:
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, Maria mora pertinho daqui.
precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na lin- (muito perto)
guagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, ne- A criança levantou cedinho.
cessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í. (muito cedo)
Flexão do Advérbio
. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é,
não apresentam variação em gênero e número. Al-
guns advérbios, porém, admitem a variação em grau.
Observe:
Grau Comparativo

75
Apostila TJ-TO

Obs. : o agente da passiva geralmente é


CAPÍTULO 7 – VOZES VERBAIS
acompanhado da preposição por, mas pode
ocorrer a construção com a preposição de.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da
ação. São três as vozes verbais: Por exemplo:

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a A casa ficou cercada de soldados.
ação expressa pelo verbo. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não
Por exemplo: esteja explícito na frase.
Por exemplo:
Ele fez o trabalho. A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
sujeito agente ação objeto (paciente) (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
ção das frases seguintes:

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a


ação expressa pelo verbo. Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do in-
dicativo)
O trabalho foi feito por ele.

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


sujeito paciente ação agente da passiva

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)


c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo
agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
Por exemplo:
O menino feriu-se.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

Obs.: não confundir o emprego reflexivo


- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER as-
do verbo com a noção de reciprocidade.
sume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz
ativa. Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
Por exemplo: As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
Obs.: é menos frequente a construção
A voz passiva pode ser formada por dois proces- da voz passiva analítica com outros verbos
sos: analítico e sintético. que podem eventualmente funcionar como
1- Voz Passiva Analítica auxiliares.

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + parti-


cípio do verbo principal.
Por exemplo: Por exemplo:
A escola será pintada A moça ficou marcada pela doença.
O trabalho é feito por ele. 2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

76
Apostila TJ-TO

Por exemplo: conservando o mesmo tempo. Observe mais exem-


plos:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola. - Os mestres têm constante-
mente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconse-
lhados pelos mestres.

Obs.: o agente não costuma - Eu o acompanharei.


vir expresso na voz passiva sinté- Ele será acompanhado por mim.
tica.
Curiosidade
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for
A palavra passivo possui a mesma indeterminado, não haverá complemento
raiz latina de paixão (latim pas- agente na passiva.
sio, passionis) e ambas se relacio-
nam com o significado sofrimento,
Por exemplo:
padecimento. Daí vem o significado
de voz passiva como sendo a voz - Prejudicaram-me.Fui prejudicado.
que expressa a ação sofrida pelo Saiba que:
sujeito.
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos
Na voz passiva temos dois elemen- ou reflexivos, são chamados neutros.
tos que nem sempre aparecem: SU-
JEITO PACIENTE e AGENTE DA Por exemplo:
PASSIVA. O vinho é bom.
Aqui chove muito.
2) Há formas passivas com sentido ativo:
Por exemplo:
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva É chegada a hora. (= Chegou a hora.)Eu
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem al- ainda não
terar substancialmente o sentido da frase. era nascido. (= Eu ainda não tinha nas-
cido.)És um homem
Por exemplo: lido e viajado. (= que leu e viajou)
3) Inversamente, usamos formas ativas com
(Voz Ativa) sentido passivo:
Por exemplo:
Gutenberg inventou a imprensa Há coisas difíceis de entender. (= se-
rem entendidas)Mandou-o lançar na prisão.
(= ser lançado)
Sujeito da
Objeto Direto
Ativa 4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-
se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considera-
dos passivos, logo o sujeito é paciente.
(Voz Passiva)
Por exemplo:
Chamo-me Luís.
A imprensa foi inventada por Gutenberg Batizei-me na Igreja do Carmo.
Operou-se de hérnia.
Sujeito da Agente da Pas- Vacinaram-se contra a gripe.
Passiva siva

Observe que o objeto direto será o sujeito da


passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
passiva e overbo ativo assumirá a forma passiva,

77
Apostila TJ-TO
Ex.: João e eu visitamos a moça / Jessé ou
CAPÍTULO 8 –FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO José casará com ela? / Estão aqui o seu di-
nheiro e sua bolsa!
Frase - todo enunciado de sentido completo, capaz de
estabelecer comunicação. Podem ser nominais ou
Observação
verbais.

nos casos de inversão do suj. a verbos


Oração - enunciado que se estrutura em torno de um
verbo ou locução verbal. intransitivos (aparecer, chegar, correr,
restar, surgir...), pode-se confundi-lo
com objeto. Deve-se sempre examinar
Período - constitui-se de uma ou mais orações. Po- a natureza do verbo, para não se deixar
dem ser simples ou compostos. enganar - apareceu, enfim, o cortejo
real
Observação
 sujeito oculto, elíptico ou desinencial - deter-
haverá num período tantas orações quanto fo- minado, mas implícito na desinência verbal
rem os verbos, considerando locuções verbais (DNP) ou subentendido através de uma frase
e tempos compostos como um só verbo. anterior. Deve-se atentar para a 3ª pessoa do
plural, onde não há sujeito oculto eles ou elas
e sim um caso de sujeito indeterminado.
SUJEITO
Ex.: Vivemos felizes / "Antes de iniciar este li-
vro, imaginei construí-lo pela divisão do traba-
O verbo mantém relação de concordância com seu
lho" - G. Ramos / Beba esse leite, menino!
sujeito. A composição do sujeito explícito pode ser
uma única palavra ou um conjunto de palavras (onde
se deve determinar o núcleo ou núcleos), incluindo  indeterminado - quando não se pode (ou não
também as orações substantivas subjetivas. se quer) precisar que elemento é o sujeito.
Ocorre de duas maneiras: verbo na 3ª pessoa
Podem ser núcleo do sujeito: substantivo ou um equi- do plural, sem sujeito explícito ou 3ª pessoa
valente dele (pronomes substantivos, numerais subs- do singular (exceto VTD) + SE. (Nunca lhe
tantivos ou palavras substantivadas). ofereceram emprego / Precisa-se de empre-
gados)
Tipos de sujeito
Observação
Os tipos de sujeito são basicamente dois, segundo
Pasquale e Ulisses, determinado (simples, composto a oração de suj. indeterminado com a
e oculto) e indeterminado (indeterminado e oração partícula se não pode ser transformada
sem sujeito). em voz pass. analítica. Havendo essa
possibilidade, a palavra se deve ser in-
 simples - possui um núcleo. terpretada como pronome apassivador
- celebrou-se a missa - a missa foi cele-
brada
Ex.: Maria esteve aqui / Alguém me viu / Duas
vieram
 oração sem sujeito - o processo verbal en-
cerra-se em si mesmo, sem atribuição a ne-
Observação
nhum ser. Ocorre sempre com verbos impes-
soais nos seguintes casos: verbos que expri-
o pronome oblíquo átono pode funcio- mem fenômenos da natureza; verbos fazer,
nar como suj. de um verbo no infinitivo. ser, ir e estar indicando tempo cronológico ou
Isso ocorre quando se tem na 1ª oração clima (no caso do ser, também distância);
um verbo causativo (deixar, mandar, fa- verbo haver = existir ou em referência a
zer...) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir...) tempo decorrido.
- o chefe mandou-o trabalhar / não o vi-
mos entrar Ex.: Choveu demais / São três anos de soli-
dão / Há cem voluntários / Há muitos anos
 composto - possui mais de um núcleo, inde- não o vejo / Vai para dois meses de espera
pendente de sua ordem na frase.

78
Apostila TJ-TO

Observação É formado por um verbo de ligação acrescido de um


nome (substantivo, adjetivo ou pronome), dito predi-
cativo do sujeito. O núcleo deste predicado é o predi-
os verbos impessoais não apresentam
cativo, uma vez que o verbo somente estabelece liga-
sujeito e devem permanecer na 3ª pes-
ção.
soa do singular (exceto o verbo ser, que
também admite a 3ª pessoa do plural).
Quando um verbo auxiliar se junta a um Ex.: O rapaz estava apreensivo. / Ela caiu de cama. /
verbo impessoal, a impessoalidade é A mãe virou bicho naquele dia.
transmitida a ele.
Predicado verbal

PREDICADO É formado por um verbo transitivo ou intransitivo, isto


é, um verbo que não seja de ligação. Neste caso, o
Apresenta-se em três tipos: verbo será sempre significativo, constituindo o núcleo
do predicado verbal
 verbal - núcleo é um verbo significativo, noci-
onal que traz uma idéia nova ao sujeito (tran- Ex.: Os passageiros desceram. / Comprei flores. /
sitivo ou intransitivo) Comprei-lhe flores.
 nominal - núcleo do predicado é um nome
(predicativo). O verbo não é significativo, fun- Predicado verbo-nominal
cionando apenas como ligação entre o sujeito
e o predicativo Encerra em si mesmo uma união de predicados. Apre-
 verbo-nominal - contém dois núcleos: verbo senta um verbo significativo (núcleo do predicado ver-
significativo e um predicativo bal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal),
portanto dois núcleos.
Observação
Ex.: Ela entrou risonha na sala. / João abaixou os
Quando houver verbo de ligação, o predicado olhos pensativo. / Considero inexeqüível o projeto ex-
será necessariamente nominal e quando hou- posto.
ver predicativo do objeto, o predicado será
verbo-nominal sempre. A regência verbal é importante para se compreender
que os verbos devem ser classificados em função do
Para se classificar o predicado, torna-se indispensá- contexto em que se apresentam. Há casos de verbos
vel o estudo dos tipos de verbos (transitivos, intransi- que aparecem com transitividades diferentes se os
tivos e de ligação). contextos foram trocados.

Verbos Ex.: Perdoai sempre. - intransitivo / Perdoai as ofen-


sas - transitivo direto / Perdoai aos inimigos - transitivo
indireto / Perdoai as ofensas aos inimigos. - transitivo
 ligação - expressam estado permanente ou direto e indireto
transitório, mudança ou continuidade de es-
tado, aparência de estado (ser, estar, perma-
necer, ficar, continuar, parecer, andar = es-
tar). Deve-se entender que estes verbos não
serão mais de ligação se não estabelecerem
relação entre sujeito e seu predicativo. (Ando
preocupado / Andei cem metros, Fiquei triste
/ Fiquei na sala, Permaneceu suspensa / Per-
maneceu no cargo)
 intransitivo - quando a significação verbal está
inteiramente contida no verbo, não necessi-
tando de complementação.
 transitivo - pedem complementos verbais
para completarem a sua significação. Podem
ser transitivos diretos, indiretos e diretos e in-
diretos, dependendo do complemento.

Predicado nominal

79
Apostila TJ-TO
CAPÍTULO 9 –TERMOS DA ORAÇÃO E DO PERÍ- Estas serão sintaticamente classifica-
ODO das como “ADJUNTO ADNOMI-
NAL”
Introdução à Sintaxe
Ex1: Os meu dois lindos cachorros / são
Quando vamos estabelecer a comunicação, fazemos idosos.
uma frase, período ou oração. Há várias classes gra-
maticais para estabelecer a comunicação. Cada pa- Os = artigo
lavra vai exercer uma função, podendo uma ser mais Meus = pronome possessivo
importante que as outras. Na Análise Sintática um Dois = numeral
“serve”, o outro é “servido”. Lembre-se que na Análise Lindos = adjetivo
Morfológica há 4 classes gramaticais para servir ao Cachorros = substantivo  Sintaticamente:
substantivo. Não existe adjetivo sem que exista um núcleo do sujeito.
substantivo. O mesmo acontece com o artigo, nume- Sintaticamente: Os/ meus/ dois/ lindos  to-
ral e pronome. dos são adjuntos adnominais.

Sintaxe conceito: caracteriza-se por analisar a fun-


Ex2: Os dois amigos meus/ chegarão ama-
ção de um termo perante outros termos de uma
nhã.
mesma construção gramatical.
. Os = artigo
A análise sintática é fundamentada nos Termos Es- . Dois = numeral
senciais. Preste atenção na classificação de Ma- . Amigos = substantivo  sintaticamente: NÚ-
chado de Assis, são 3 termos essenciais, sem eles CLEO DO SUJEITO, porque todos os outros
não há comunicação em regra. elementos referem-se a este substantivo.
. Meus = pronome
**Sintaticamente, todos os demais elementos
serão ADJUNTOS ADNOMINAIS.
Os “TERMOS ESSENCIAS
É válido saber que as classes gramaticais
o Sujeito o Preposição
o Predicado o Conjunção
o Predicativo, que pode ser do Sujeito o Interjeição
ou do Objeto. Nunca apresentarão funções sintáti-
cas.
**OBS: locução, são 2 ou mais ter-
 SUJEITO mos. Se a preposição não tem classi-
ficação sintática, a locução preposi-
tiva também não pode ter função sin-
 OBS: é um termo essencial e sempre que tal tática.
estrutura sintática possuir mais de um termo, Isso também vale para as respectivas
deverá localizar o “Núcleo do sujeito”. locuções:
 Locução prepositiva
Ex: Cachorros / fazem bem ao emocional de  Locução conjuntiva
todos.  Locução Interjetiva
Classificação: cachorros = substantivo = su-
jeito.
OBJETO DIRETO
 OBS: Dentro daestrutura de sujeito, se antes
ou após o núcleo tivermos as classes grama-
É um complemento verbal solicitado pelo verbo não
ticais:
havendo preposição na pergunta. Para que tenhamos
o ARTIGO,
tal complemento, o verbo só poderá realizar duas pos-
o ADJETIVO,
síveis perguntas:
o NUMERAL
o PRONOME,

80
Apostila TJ-TO

 O que? – para coisa.  Algo, alguma coisa. o COM QUE?


 Quem? - para pessoa.  alguém. o PARA QUEM?
**Note: como não tem preposição na per- o EM
gunta, então não existirá na resposta. Por
isso é O.D.( objeto direto)
**Não se analisa olhando para o comple-
**antes de “Que? Quem?” usam-se as preposi-
mento. Você analisa verbo e complemento
ções (várias preposições)
olhando o verbo!
Importante: verbos que fazem qualquer uma dessas
OBS: verbos que fazem qualquer uma destas pergun-
perguntas serão sintaticamente classificados como
tas serão sintaticamente classificados como: V.T.D.
V.T.I. (verbo transitivo indireto).
(verbo transitivo direto)
VTI  OI
V.T.D.  O.D.
Estrutura sintática com mais de um termo, temos que
OBS: Toda a resposta dada à pergunta do verbo será
localizar o núcleo, porque os outros termos além do
a estrutura de O.D., logo havendo mais de um termo
núcleo terão uma função sintática. Com exceção da
na estrutura de O.D., deveremos localizar o “Núcleo
preposição. Então, na hipótese de que quando há 2
do O.D.”.
termos, e um deles não tem função sintática, não é
Ex: Adoro (o quê?) cães. necessário achar o núcleo. No O.I. há preposição,
que não tem função sintática, então, não é preciso lo-
 Adoro: verbo/ V.T.D. calizar o “núcleo”, aliás, nem existe o núcleo, porque
**Toda a resposta é sintaticamente O.D.:. só 1 elemento tem função sintática..
 Cães: substantivo/ OD
Ex: Gosto / de cães. VTI  OI
OBS: Dentro da estrutura de O.D. , se tivermos antes
ou após o núcleo as classes gramaticais:  Gosto (de que?) = VTI
 De cães = preposição + substantivos.
 Artigo **De = não tem função sintática. Como não
 Numeral há função sintática para a preposição, o
 Pronome Substantivo é OI. Se ao lado do substantivo
houver um adjetivo, ai sim teremos que dife-
Estas serão sintaticamente ADJUNTO ADNOMINAL. renciar as funções sintáticas, bem como loca-
**Note que nessa OBS, ao contrário da OBS de su- lizar o núcleo. E a preposição continua não
jeito, não tem adjetivo (este pode assumir duas fun- tendo função sintática.
ções, veremos depois)
OBS: Dentro da estrutura de O.I., se antes ou após o
Ex: (EU) /Amo / os meus cinco cães.  Sujeito Oculto/ núcleo tivermos as classes gramaticais:
Predicado V.T.D./ O.D.
o Artigo
 Amo = verbo/ (o que?) V.T.D. o Adjetivo
 Os = artigo/ adj. adnominal. o Numeral
 Meus = pronome possessivo/ adj. adnominal. o Pronome
 Cinco = numeral cardinal/ adj. adnominal.
 Cães = substantivo/ núcleo do O.D. Estas serão sintaticamente “ADJUNTO ADNOMINAL”

OBJETO INDIRETO Ex: Assistimos / a uns três ótimos filmes/ nesse fim
de semana. VTI/ OI / estrutura adverbial
É um complemento verbal solicitado pelo verbo ha-
vendo obrigatoriamente preposição na pergunta para  Assistimos (no sentido de ver/ presenciar) =
que tenhamos este complemento o verbo fará as se- VTI = exige preposição A.  assistimos a
guintes e possíveis perguntas: quê?
 O Objeto é tudo aquilo que foi perguntado
o A pelo verbo: OI = / a uns três ótimos filmes/
o DE

81
Apostila TJ-TO

 A = preposição = NÃO POSSUI FUNÇÃO Conceito: É um substantivo que invoca o interlocutor


SINTÁTICA. (com quem se fala) para a comunicação.
 Uns = artigo indefinido = adjunto adnominal
 Três = numeral = adjunto adnominal Ex: André,/ A Aline / viajou neste mês para o exterior/
 Ótimos = adjetivo = adjunto adnominal  Vocativo/ Sujeito/ Predicado
 Filmes = substantivo = núcleo do OI
 André = substantivo  VOCATIVO.
**Todos os demais elementos, que não o nú-
 Quem viajou? Aline, que é o sujeito.
cleo do OI, serão adjuntos adnominais.
**Com exceção a preposição que não possui Ex2: A Aline, André, viajou neste mês para o exterior.
função sintática.
**Regra: nunca se separa o sujeito de ser verbo com
PREDICATIVO DO SUJEITO vírgula, mesmo quando deslocado. **essas vírgulas
não pertencem a “Aline”, mas, sim, a André. Se tirar-
“Qualquer palavra que está no predicado que se re- mos o termo “ André”, as vírgulas desaparecerão .
fere ao sujeito. Assim, o substantivo pode ser Predi-
cativo do Sujeito. Quem mais? Adjetivo (em maioria),
além de pronome e numeral.”
Ex3: Aline viajou neste mês, André,para o exterior.
Ex: Aquele cara / é /o Lula./ sujeito/ VL/ predicativo
do sujeito Lembrando: Para = destino permanente/ A = destino
provisório
 Aquele = pronome demonstrativo/Adj. Adno-
minal Ex4: Aline viajou neste mês para o exterior, André.
 Cara = substantivo/ núcleo do sujeito
 Vocativo pode ser deslocado por toda a
 É = VL
sentença.
 O = artigo/ Adj. Adnominal.
 Lula = substantivo, que se refere ao Cara (que **Para dizer se o vocativo está na estrutura do su-
é o núcleo do sujeito), então Lula = predica- jeito/predicado devo analisar período por período?
tivo do sujeito. Não, pois vocativo é um termo independente, não
pertence a estrutura nem de um nem de outro.
**Núcleo é a estrutura mais importante da estrutura do
sujeito, ou seja, ele é o sujeito propriamente dito. O
 É válido saber que o vocativo é uma estrutura
mesmo ocorre no Objeto. Observe que somente fil-
que não faz parte nem da estrutura do sujeito,
mes é núcleo do O.I. . Todos os demais elementos
nem da do predicado, pois é um TERMO IN-
são adjuntos adnominais.
DEPENDENTE em qualquer estrutura. (Voca-
 A classe gramatical ARTIGO só conseguirá, tivo pode deslocar por toda a sentença).
em toda a Língua Portuguesa, desempenhar
a função sintática de ADJUNTO ADNOMI- APOSTO
NAL.
Aposto: sempre será um substantivo se referindo a
Importante: É válido lembrar que o PREDICATIVO DO outro substantivo dentro da mesma estrutura de su-
SUJEITO virá, em maioria, representado pelo adje- jeito ou de predicado.
tivo, mas podendo também vir por um substantivo,
( Os 2 substantivos têm que estar dentro do sujeito ou
numeral ou pronome.
dentro do predicado, porque se um estivesse no su-
VOCATIVO jeito e o outro no predicado, seria predicativo do su-
jeito (termo no predicado que se refere ao sujeito))
“É uma estrutura bem simples, geralmente cobra-se
uma curiosidade, “pega”: vocativo é um termo inde-  Dentro da estrutura de aposto se o núcleo for
pendente. Vocativo é um elemento que in- antecedido ou sucedido pelas classes grama-
voca/chama o interlocutor. Em documentos oficiais, ticais:
carta*..redação oficial, começa o texto pelo vocativo.  Artigo
*(não é a carta ao leitor que é dissertativo, argumen-  Adjetivo
tativo em que uma pessoa conversa com o leitor)”  Numeral

82
Apostila TJ-TO

 Pronome Estas serão sintaticamente ADJUNTO AD-


Estas serão sintaticamente AD- NOMINAL.
JUNTO ADNOMINAL.
Ex3: Fabiano, 23 anos, / formou-se em direito.
O aposto pode ser classificado de 4 formas:
 Fabiano = substantivo  núcleo do sujeito.
 APOSTO ESPECIFICATIVO (sem vírgula)  23 = numeral  adj. adnominal.
 APOSTO EXPLICATIVO (com vírgula)  Anos = substantivo  núcleo do aposto expli-
 APOSTO ENUMERATIVO (com vírgula) cativo
 APOSTO RESUMITIVO (com vírgula)  23 anos = é uma característica do Fabiano. 
 OBS: APOSTO RESUMITIVO é o APOSTO EXPLICATIVO.
único tipo de aposto que virá sendo Quem é núcleo? Toda vez que tiver mais de
representado por um pronome (todo, um termo, tenho que localizar o núcleo, que
nada, alguém, ninguém, todos) neste caso é ANOS.
**concordância verbal , o verbo con- **Numeral : quantifica substantivo. Então 23 =
cordará com o aposto resumitivo. numeral = adjunto adnominal; 23 serve a
anos, nunca a substantivo serve o numeral.
Ex: O mecânico Fábio / é o melhor da cidade.
Ex4: André, Fábio, Ronaldo, ninguém / o ajudou.
O aposto não é preso em estrutura nenhuma: pode
aparecer no sujeito, ou predicado. Para que haja o  Sujeito Composto:
aposto teremos 2 substantivos (juntos) ou no sujeito  André = subst.  núcleo 1
ou no predicado.  Fábio = subst.  núcleo 2
 Ronaldo = subst.  núcleo 3
 O = artigo  adjunto adnominal.  Ninguém = pronome APOSTO RESUMI-
 Mecânico = substantivo  núcleo do sujeito TIVO.
 Fábio = substantivo aposto especificativo.  **Ninguém = relação negativa, está no lugar
 É = verbo dos 3 substantivos (ideias) e o resume em
 O = artigo uma só palavra.
 Melhor = adjetivo  Ajudou concorda com o aposto resumitivo
 O melhor = predicativo do sujeito (ninguém)  REGRA: regência  o verbo
 Da = preposição concorda com o aposto resumitivo.
 Cidade = substantivo.  Ajudou. = verbo. Ajudou quem? VTD. Daí a
gramática manda trazer o pronome oblíquo
Quem é o núcleo do sujeito?! É uma palavra na estru-
para perto dele.
tura que não serve ninguém, ele é servida. Nesse
 O = pronome = OD; Regra: Não pode ser
caso Fábio serve a mecânico. Especificar/ apontar/
ELE, porque ele não pode ser OD.
caracterizar/ determinar. Qual mecânico é o melhor da
 Vamos colocar outro exemplo? André, Fábio,
cidade?! Fábio não explica a palavra mecânico, mas,
Ronaldo, ninguém ajudou Fernanda.
sim, específica!
 André, Fábio, Ronaldo, todos ajudaram Fer-
Ex2: Fábio, mecânico,/ é o melhor da cidade. nanda. (Regra de regência)
APOSTO EXPLICATIVO: é caracterizador, é uma
Ex5: Algazarras, festas, viagens, nada / agradou os
característica dada ao núcleo do sujeito (Fábio). Ou
turistas.
seja, explica quem é Fábio, ou seja, o que ele faz.
 Algazarras, festas, viagens = substantivos;
OBS: Dentro da estrutura (sintática) de aposto, se an-
Núcleo 1;2;3
tes ou após o núcleo tivermos as classes gramaticais
 Nada = pronome – está resumindo os outros 3
(as mesmas do sujeito)
substantivos  APOSTO RESUMITIVO
 Artigo  Agradou = verbo, concorda c/ aposto.
 Adjetivo
Ex6: Os turistas / queriam várias coisas: festas, be-
 Numeral
bedeiras e algazarras.
 Pronome
 Os = artigo = adj. adnominal.

83
Apostila TJ-TO

 Turistas = substantivo = núcleo do sujeito. ADJUNTO ADVERBIAL


 Queriam = verbo = queriam o que? VTD
 Várias coisas  OD É o termo da oração que indica uma circunstân-
cia (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finali-
 Várias = pronome = adj. adnominal.
dade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que mo-
 Coisas = substantivo = núcleo do OD difica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de
 festas, bebedeiras e algazarras. = substantivos  um advérbio. Observe as frases abaixo:
APOSTO ENUMERATIVO, está enumerando as
Eles se respeitam muito.
várias coisas. Ou seja, serve ao substantivo “coi-
sas”. Seu projeto é muito interessante.
O time jogou muito mal.
COMPLEMENTO NOMINAL
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de
intensidade. No primeiro caso, intensifica a
forma verbalrespeitam, que é núcleo do predicado
“Foi falado em Complemento Nominal como uma es- verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interes-
trutura(preposição + substantivo) referindo-se a um sante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na
outro substantivo (somente abstrato); complementa a terceira oração, muito intensifica o advérbio mal,
ideia de um nome.” que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
Conceito: É uma estrutura gramatical iniciada por pre-
posição e com um núcleo substantivo que completará Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
o sentido de um: Os termos em destaque estão indicando as seguin-
tes circunstâncias:
 Substantivo (abstrato)
 Adjetivo amanhã indica tempo;
 Advérbio de bicicleta indica meio;
àquela velha praça indica lugar.
**Então há situações que o núcleo pode ser represen-
tado por um pronome, mas este está no lugar no subs- Sabendo que a classificação do adjunto adverbial
tantivo. (Somente pronome pode substituir o substan- se relaciona com a circunstância por ele expressa,
os termos acima podem ser classificados, respectiva-
tivo – para que não haja repetição de ideias, palavras.)
mente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto ad-
verbial de meio eadjunto adverbial de lugar.
Ex1: A emoção (da garota) (pela morte) (do pai) / cho-
cou a todos. O adjunto adverbial pode ser expresso por:
1) Advérbio: O balão caiu longe.
 A = artigo – adj. adnominal.
 emoção = substantivo abstrato (sentimento) – nú- 2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
cleo do sujeito 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
 da = preposição (de + a)
Observação: nem sempre é possível apontar com
 garota = substantivo precisão a circunstância expressa por um adjunto
 Locução = da garota – serve a emoção – pratica adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibi-
ação – ADJUNTO ADNOMINAL lidades de interpretação dão origem a orações su-
 pela = preposição (por + a) gestivas.
 morte = substantivo abstrato. (estado de Por Exemplo:
vida/morte/viúves)
Entreguei-me calorosamente àquela
 Locução: pela morte – serve a emoção – recebe
causa.
ação – COMPLEMENTO NOMINAL
 do = preposição (de + o) É difícil precisar se calorosamente é um adjunto
adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade,
 pai = pai substantivo concreto
parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo
 Locução = do pai – serve morte. – como está ser- tempo as duas circunstâncias. Por isso, é funda-
vindo o substantivo abstrato, dá na mesma, pode mental levar em conta o contexto em que surgem
ser adj. adnominal ou complento nominal.; “O pai os adjuntos adverbiais.
morreu” – pratica ação, então é ADJUNTO AD-
Classificação do Adjunto Adverbial
NOMINAL.

84
Apostila TJ-TO

Listamos abaixo algumas circunstâncias que o ad- Ela vive para o amor.
junto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar Daniel estudou para o exame.
os exemplos. Trabalho para o meu sustento.
Viajei a negócio.
Acréscimo
Frequência
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Além da tristeza, sentia profundo cansaço.
Sempre aparecia por lá.
Afirmação
Havia reuniões todos os dias.
Por Exemplo:
Instrumento
Sim, realmente irei partir.
Por Exemplo:
Ele irá com certeza.
Rodrigo fez o corte com a faca.
Assunto
O artista criava seus desenhos a lápis.
Por Exemplo:
Intensidade
Falávamos sobre futebol. (ou de fute-
Por Exemplo:
bol, ou a respeito de futebol).
A atleta corria bastante.
Causa
O remédio é muito caro.
Por Exemplo:
Limite
Com o calor, o poço secou.
Por Exemplo:
Não comentamos nada por discrição.
O menor trabalha por necessidade. A menina andava correndo do quarto à
sala.
Companhia
Lugar
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Fui ao cinema com sua prima.
Com quem você saiu? Nasci em Porto Alegre.
Sempre contigo irei estar. Estou em casa.
Vive nas montanhas.
Concessão
Viajou para o litoral.
Por Exemplo: "Há, em cada canto de minh’alma, um altar
a um Deus diferente." (Álvaro de Campos)
Apesar do estado precário do gramado, o
jogo foi ótimo. Matéria
Condição Por Exemplo:
Por Exemplo: Compunha-se de substâncias estranhas.
Era feito de aço.
Sem minha autorização, você não irá.
Sem erros, não há acertos. Meio
Conformidade Por Exemplo:
Por Exemplo: Fui de avião.
Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o Viajei de trem.
combinado) Enriqueceram mediante fraude.
Dúvida Modo
Por Exemplo: Por Exemplo:
Talvez seja melhor irmos mais tarde. Foram recrutados a dedo.
Porventura, encontrariam a solução da Fiquem à vontade.
crise? Esperava tranquilamente o momento deci-
Quiçá acertemos desta vez. sivo.
Fim, finalidade Negação
Por Exemplo: Por Exemplo:

85
Apostila TJ-TO

Não há erros em seu trabalho. Por Exemplo:


Não aceitarei a proposta em hipótese al-
guma.
e busquei mi- que estava es-
Preço Fui à escola
nha irmã perando.
Por Exemplo:
Oração Co- Oração Coor- Oração Subor-
As casas estão sendo vendidas a preços
ordenada denada dinada
muito altos.
Substituição ou troca
Por Exemplo:
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada)
Abandonou suas convicções por privilégios será ao mesmo tempo principal, se houver outra que
econômicos. dela dependa.
Tempo Por Exemplo:
Por Exemplo:
O escritório permanece aberto das 8h às que esta-
Fui ao mer- e comprei os produ-
18h. vam fal-
cado tos
Beto e Mara se casarão em junho. tando.
Ontem à tarde encontrou um velho amigo.
Oração Coordenada
Oração (2) (Com relação à Oração
CAPÍTULO 10–PERÍODO COMPOSTO POR CO- Coordenada 1ª.) e Oração Princi- Subordi-
ORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO (1) pal (Com relação à nada (3)
3ª.)

6 - PERÍODO COMPOSTO
Classificação das Orações Coordenadas Sindéti-
Coordenação e Subordinação cas
Quando um período é simples, a oração de que é cons- De acordo com o tipo de conjunção que as intro-
tituído recebe o nome de oração absoluta. duz, as orações coordenadas sindéticas podem
Por Exemplo: ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusi-
vas ou explicativas.
A menina comprou chocolate.
a) Aditivas
Quando um período é composto, ele pode apresentar
os seguintes esquemas de formação: Expressam ideia de adição, acrescentamento. Nor-
malmente indicam fatos, acontecimentos ou pensa-
a) Composto por Coordenação: ocorre quando é cons- mentos dispostos em sequência. As conjunções co-
tituído apenas de orações independentes, coordenadas ordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e +
entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. não). Introduzem as orações coordenadas sindéti-
Por Exemplo: cas aditivas.

Saímos de manhã e voltamos à noite. Por Exemplo:

b) Composto por Subordinação: ocorre quando é Discutimos várias propostas e analisamos


constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, possíveis soluções.
em que uma delas (Subordinada) depende sintatica- As orações sindéticas aditivas podem também estar
mente da outra (Principal). ligadas pelas locuções não só... mas (também),
Por Exemplo: tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas cos-
tumam ser usadas quando se pretende enfatizar o
conteúdo da segunda oração. Veja:
Não fui à aula porque estava doente.
Chico Buarque não só canta, mas tam-
bém (ou como também) compõe muito
Oração Principal Oração Subordinada bem.
Não só provocaram graves proble-
c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas mas, mas (também) abandonaram os proje-
e subordinadas. tos de reestruturação social do país.

86
Apostila TJ-TO

Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da ex- Diga agora ou cale-se para sempre.
pressão "e não", condena-se na língua culta a Ora age com calma, ora trata a todos com
forma "enem" para introduzir orações aditivas. muita aspereza.
Por Exemplo: Estarei lá, quer você permita, quer você
não permita.
Não discutimos várias propostas, nem (= e
não) analisamos quaisquer soluções. Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está
coordenando entre si duas orações que, na ver-
b) Adversativas dade, expressam concessão em relação a "Esta-
rei lá". É como disséssemos: "Embora você não
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao
permita, estarei lá".
que se declara na oração coordenada anterior, esta-
belecendocontraste ou compensação. "Mas" é a d) Conclusivas
conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-
se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locu- Exprimem conclusão ou consequência referentes
ções no entanto, não obstante, nada obstante. In- à oração anterior. As conjunções típicas são: logo,
troduzem as orações coordenadas sindéticas adver- portantoe pois (posposto ao verbo). Usa-se
sativas. ainda: então, assim, por isso, por conseguinte,
de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as
Veja os exemplos: orações coordenadas sindéticas conclusivas.
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer Exemplos:
ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, po- Não tenho dinheiro, portanto não posso pa-
rém, vive em profunda miséria. gar.
Tens razão, contudo controle-se. A situação econômica é delicada; deve-
Renata gostava de cantar, todavia não agra- mos, pois, agir cuidadosamente.
dava. O time venceu, por isso está classificado.
O time jogou muito bem, entretanto não Aquela substância é toxica, logo deve ser
conseguiu a vitória. manuseada cautelosamente.
e) Explicativas
Saiba que: Indicam uma justificativa ou uma explicação refe-
- Algumas vezes, a adversidade pode ser intro- rente ao fato expresso na declaração anterior. As
duzida pela conjunção "e". Isso ocorre normal- conjunções que merecem destaque são: que, por-
mente em orações coordenadas que possuem que e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).
sujeitos diferentes. Introduzem as orações coordenadas sindéticas ex-
plicativas.
Por Exemplo:
Exemplos:
Deus cura, e o médico manda a conta.
Vou embora, que cansei de esperá-lo.
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se Vinícius devia estar cansado, porque estu-
criar um contraste. Observe que equivale a uma dou o dia inteiro.
frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o mé- Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversá-
dico quem cobra a conta!" rio.
- A conjunção "mas" pode aparecer com va-
lor aditivo. Atenção:
Por Exemplo: Cuidado para não confundir as orações coor-
denadas explicativas com as subordinadas ad-
Camila era uma menina estudi-
verbiaiscausais. Observe a diferença entre
osa, mas principalmente esperta.
elas:

c) Alternativas - Orações Coordenadas Explicativas: caracteri-


zam-se por fornecer um motivo, explicando a
Expressam ideia de alternância de fatos ou es- oração anterior.
colha. Normalmente é usada a conjun-
ção "ou". Além dela, empregam-se também os pa- Por Exemplo:
res: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. A criança devia estar doente, porque
Introduzem as orações coordenadas sindéticas al- chorava muito. (O choro da criança não
ternativas. poderia ser a causa de sua doença.)
Exemplos:

87
Apostila TJ-TO

Pode-se também modificar o período simples original


- Orações Subordinadas Adverbiais Cau-
transformando em oração o adjunto adnominal do
sais: exprimem a causa do fato.
núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe:
Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu Só depois disso percebi a "profundidade" que
emprego. (A perda do emprego é a as palavras dele continham.
causa da tristeza de Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na es- Nesse período, o adjunto adnominal de "profundi-
crita) entre a oração explicativa e a precedente dade" passa a ser a oração "que as palavras dele
e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que continham". O adjunto adnominal é uma função ad-
não acontece com a oração adverbial causal. jetiva da oração, ou seja, é função exercida por ad-
jetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor
adjetivo. É por isso que são chamadas de subordi-
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO nadas adjetivasas orações que, nos períodos com-
Classificação das Orações Subordinadas postos por subordinação, atuam como adjuntos ad-
nominais de termos das orações principais.
As orações subordinadas dividem-se em três grupos,
de acordo com a função sintática que desempenham Outra modificação que podemos fazer no período
e a classe de palavras a que equivalem. Podem simples original é a transformação do adjunto ad-
ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. Para no- verbial de tempo em uma oração. Observe:
tar as diferenças que existem entre esses três tipos
de orações, tome como base a análise do período Só quando caí em mim, percebi a profundidade
abaixo: das palavras dele.

Só depois disso percebi a profundidade das pa- Nesse período composto, "Só quando caí em
lavras dele. mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial
de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adver-
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na termina- bial é uma função adverbial da oração, ou seja, é
ção verbal da palavra "percebi". "A profundidade função exercida por advérbios e locuções adverbiais.
das palavras dele" é objeto direto da forma ver- Portanto, são chamadas de subordinadas adverbi-
bal "percebi". O núcleo do objeto direto é "profun- ais as orações que, num período composto por su-
didade".Subordinam-se ao núcleo desse objeto os bordinação, atuam como adjuntos adverbiais do
adjuntos adnominais "a" e "das palavras dele ". No verbo da oração principal.
adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é Forma das Orações Subordinadas
o substantivo "palavras", ao qual se prendem os ad-
juntos adnominais "as" e "dele". "Só depois Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
disso" é adjunto adverbial de tempo. "Eu sinto que em meu gesto existe o teu
É possível transformar a expressão "a profundi- gesto."
dade das palavras dele", objeto direto, em oração. Oração Principal Oração Subordinada
Observe:
Observe que na Oração Subordinada temos o
verbo "existe", que está conjugado na terceira pes-
Só depois disso percebi que as palavras dele soa do singular do presente do indicativo. As ora-
eram profundas. ções subordinadas que apresentam verbo em qual-
quer dos tempos finitos (tempos do modo do indica-
Nesse período composto, o complemento da forma tivo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de ora-
verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele ções desenvolvidas ouexplícitas.
eram profundas". Ocorre aqui um período com- Podemos modificar o período acima. Veja:
posto por subordinação, em que uma oração de-
sempenha a função de objeto direto do verbo da ou- Eu sinto existir em meu gesto o teu
tra oração. O objeto direto é uma função substan- gesto.
tiva da oração, ou seja, é função desempenhada por Oração Principal Oração Subordinada
substantivos e palavras de valor substantivo. É por
isso que a oração subordinada que desempenha Observe que a análise das orações continua sendo a
esse papel é chamada de oração subordinada mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo objeto
substantiva. direto é a oração subordinada "existir em meu
gesto o teu gesto". Note que a oração subordinada
apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a
conjunção que, conectivo que unia as duas orações,

88
Apostila TJ-TO

desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo


surge numa das formas nominais (infinitivo - flexio- É fundamental que você compareça à reunião.
nado ou não - , gerúndio ou particípio) chama-
mos orações reduzidas ou implícitas. Oração Princi- Oração Subordinada Substan-
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas pal tiva Subjetiva
por conjunções nem pronomes relativos. Podem
ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
Atenção:
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Observe que a oração subordinada substantiva
A oração subordinada substantiva tem valor pode ser substituída pelo pronome " isso". As-
de substantivo e vem introduzida, geralmente, por sim, temos um período simples:
conjunção integrante (que, se).
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Por Exemplo:
Dessa forma, a oração correspondente
Suponho que você foi à biblioteca hoje. a "isso" exercerá a função de sujeito.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na ora-


Oração Subordinada Substan-
ção principal:
tiva
1- Verbos de ligação + predicativo, em constru-
ções do tipo:
Você sabe se o presidente já chegou?

É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece


Oração Subordinada Substan- certo - É claro - Está evidente - Está compro-
tiva vado

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) tam- Por Exemplo:


bém introduzem as orações subordinadas substanti-
vas, bem como os advérbios interrogativos (por que, É bom que você compareça à minha festa.
quando, onde, como). Veja os exemplos: 2- Expressões na voz passiva, como:

O garoto perguntou qual era o telefone da moça. Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Co-
menta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou pro-
vado
Oração Subordinada Substan-
tiva
Por Exemplo:

Não sabemos por que a vizinha se mudou. Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:
Oração Subordinada Substantiva
convir - cumprir - constar - admirar - importar -
ocorrer - acontecer
Classificação das Orações Subordinadas Subs-
tantivas
Por Exemplo:
De acordo com a função que exerce no período, a
oração subordinada substantiva pode ser: Convém que não se atrase na entrevista.
a) Subjetiva Obs.: quando a oração subordinada substantiva
é subjetiva, o verbo da oração principal está sem-
É subjetiva quando exerce a função sintática de su- pre na 3ª. pessoa do singular.
jeito do verbo da oração principal. Observe:
b) Objetiva Direta
o seu comparecimento à reu- A oração subordinada substantiva objetiva di-
É fundamental
nião. reta exerce função de objeto direto do verbo da ora-
ção principal.
Sujeito Por Exemplo:

89
Apostila TJ-TO

Todos querem sua aprovação no vestibular. Ouvi que ele gritava.


Objeto Di-
reto Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblí-
quos foram substituídos pelas formas retas cor-
respondentes. É fácil compreender agora que se
Todos querem que você seja aprovado. (To- trata, efetivamente, dos sujeitos das formas ver-
dos querem isso) bais das orações subordinadas.
Oração Principal Oração Subordinada Subs-
tantiva Objetiva Direta c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indi-
As orações subordinadas substantivas objetivas dire- reta atua como objeto indireto do verbo da oração
tas desenvolvidas são iniciadas por: principal. Vem precedida de preposição.

1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíp- Por Exemplo:


tica) e "se": Meu pai insiste em meu estudo.
Por Exemplo: Objeto Indireto

A professora verificou se todos alunos esta- Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai
vam presentes. insiste nisso)
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, Oração Subordinada Substantiva
quanto (às vezes regidos de preposição), nas in- Objetiva Indireta
terrogações indiretas: Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar
Por Exemplo: elíptica na oração.

O pessoal queria saber quem era o dono do Por Exemplo:


carro importado. Marta não gosta (de) que a chamem de
3- Advérbios como, quando, onde, por que, senhora.
quão (às vezes regidos de preposição), nas inter- Oração Subordinada Substan-
rogações indiretas: tiva Objetiva Indireta

Por Exemplo: d) Completiva Nominal

Eu não sei por que ela fez isso. A oração subordinada substantiva completiva nomi-
nal completa um nome que pertence à oração prin-
cipal e também vem marcada por preposição.
Orações Especiais
Por Exemplo:
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados
auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perce- Sentimos orgulho de seu comportamento.
ber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um Complemento Nomi-
tipo interessante de oração subordinada subs- nal
tantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Ob-
serve: Sentimos orgulho de que você se compor-
tou. (Sentimos orgulho disso.)
Deixe-me repousar. Oração Subordinada Subs-
Mandei-os sair. tantiva Completiva Nominal

Ouvi-o gritar.
Lembre-se:
Nesses casos, as orações destacadas são to-
das objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o Observe que as orações subordinadas subs-
que é mais interessante, os pronomes oblíquos tantivas objetivas indiretas integram o sentido
atuam todos como sujeitos dos infinitivos ver- de um verbo,enquanto que orações subordina-
bais. Essa é a única situação da língua portu- das substantivas completivas nominais inte-
guesa em que um pronome oblíquo pode atuar gram o sentido de um nome.Para distinguir uma
como sujeito. Para perceber melhor o que da outra, é necessário levar em conta o termo
ocorre, convém transformar as orações reduzi- complementado. Essa é, aliás, a diferença entre
das em orações desenvolvidas: o objeto indireto e o complemento nominal: o
primeiro complementa um verbo, o segundo,
Deixe que eu repouse. um nome.
Mandei que eles saíssem.
e) Predicativa

90
Apostila TJ-TO

A oração subordinada substantiva predica- formarmos outra construção, a qual exerce exata-
tiva exerce papel de predicativo do sujeito do verbo mente o mesmo papel. Veja:
da oração principal e vem sempre depois do
Esta foi uma redação que fez su-
verbo ser.
cesso.
Por Exemplo: Oração Principal Oração Subordi-
nada Adjetiva
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito Perceba que a conexão entre a oração subordi-
nada adjetiva e o termo da oração principal que ela
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de
desejo era isso.) conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome re-
Oração Subordinada Substantiva lativo desempenha uma função sintática na oração
Predicativa subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo
termo que o antecede.
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição ex-
pletiva "de" para realce. Veja o exemplo: Obs.: para que dois períodos se unam num perí-
odo composto, altera-se o modo verbal da se-
A impressão é de que não fui bem na prova.
gunda oração.
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce Atenção:
função de aposto de algum termo da oração princi- Vale lembrar um recurso didático para reconhe-
pal. cer o pronome relativo que: ele sempre pode ser
Por Exemplo: substituído por:

Fernanda tinha um grande sonho: a chegada o qual - a qual - os quais -as quais
do dia de seu casamento. Por Exemplo:
Aposto Refiro-me ao aluno que é estudioso.
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia
do seu casamento chegasse. Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Oração Subordinada
Substantiva Apositiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo,
as orações subordinadas adjetivas são chama-
Saiba mais: das desenvolvidas. Além delas, existem as orações
Apesar de a NGB não fazer referência, podem subordinadas adjetivas reduzidas, que não são in-
ser incluídas como orações subordinadas subs- troduzidas por pronome relativo (podem ser introdu-
tantivas aquelas que funcionam como agente da zidas por preposição) e apresentam o verbo numa
passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí-
indefinido. Veja os exemplos: pio).
O presente será dado por quem o comprou. Por Exemplo:
O espetáculo foi apreciado por quantos o assis- Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
tiram . Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo
pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que pos-
no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há
sui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele
uma oraçãosubordinada adjetiva reduzida de infini-
equivale. As orações vêm introduzidas por pronome
tivo: não há pronome relativo e seu verbo está no in-
relativo e exercem a função de adjunto adnominal do
finitivo.
antecedente.Observe o exemplo:
Classificação das Orações Subordinadas Adjeti-
Esta foi uma redação bem-sucedida.
vas
Substantivo Adjetivo (Ad-
junto Adnominal) Na relação que estabelecem com o termo que carac-
terizam, as orações subordinadas adjetivas podem
Note que o substantivo redação foi caracterizado
atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas
pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível

91
Apostila TJ-TO

que restringem ou especificam o sentido do termo seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordi-
a que se referem, individualizando-o. Nessas ora- nada adjetiva restritiva.
ções não há marcação de pausa, sendo chama-
Exemplo 2:
das subordinadas adjetivasrestritivas. Existem
também orações que realçam um detalhe ou ampli- Mandei um telegrama para meu irmão, que
ficam dados sobre o antecedente, que já se encon- mora em Roma.
tra suficientemente definido, as quais denominam-
se subordinadas adjetivas explicativas. Nesse período, é possível afirmar com segurança
que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um ir-
Exemplo 1: mão, o qual mora em Roma. A informação de que o
irmão more em Roma não é uma particularidade, ou
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de
seja, não é um elemento identificador, diferenciador,
um homem que passava naquele momento.
e sim um detalhe que se quer realçar.
Oração Subordinada Adjetiva Observações:
Restritiva
As orações subordinadas adjetivas podem:
Nesse período, observe que a oração em desta-
a) Vir coordenadas entre si;
que restringe e particulariza o sentido da pala-
vra "homem": trata-se de um homem específico, Por Exemplo:
único. A oração limita o universo de homens, isto é,
não se refere a todos os homens, mas sim àquele É uma realidade que degrada e assusta a
que estava passando naquele momento. sociedade.

Exemplo 2: e = conjunção
b) Ter um pronome como antecedente.
O homem, que se considera racional, muitas vezes
age animalescamente. Por Exemplo:
Oração Subordinada Adjetiva Explica- Não sei o que vou almoçar.
tiva
o = antecedente
Nesse período, a oração em destaque não tem
sentido restritivo em relação à palavra "homem": na que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva
verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que Restritiva
já sabemos estar contida no conceito de "homem". 3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Uma oração subordinada adverbial é aquela que
Saiba que: exerce a função de adjunto adverbial do verbo da
A oração subordinada adjetiva explicativa é oração principal. Dessa forma, pode exprimir circuns-
separada da oração principal por uma pausa, tância de tempo, modo, fim, causa, condição, hi-
que, na escrita, é representada pela vírgula. É pótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida
comum, por isso, que a pontuação seja indicada por uma das conjunções subordinativas (com exclu-
como forma de diferenciar as orações explicati- são das integrantes). Classifica-se de acordo com a
vas das restritivas: de fato, as explicativas vêm conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Ob-
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, serve os exemplos abaixo:
não. Naquele momento, senti uma das maiores
emoções de minha vida.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é Adjunto Adverbial
necessário levar em conta as diferenças de signi-
ficado que as orações restritivas e as explicativas Quando vi a estátua, senti uma das maiores
implicam. Em muitos casos, a oração subordi- emoções de minha vida.
nada adjetiva será explicativa ou restritiva de Oração Subordinada Adverbial
acordo com o que se pretende dizer.
No primeiro período, "naquele momento" é
Exemplo 1: um adjunto adverbial de tempo, que modifica
a forma verbal "senti". No segundo período,
Mandei um telegrama para meu irmão que
esse papel é exercido pela oração "Quando
mora em Roma.
vi a estátua", que é, portanto, uma oração
No período acima, podemos afirmar com segurança subordinada adverbial temporal. Essa oração
que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, é desenvolvida, pois é introduzida por uma-
dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora conjunção subordinativa (quando) e apre-
em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa senta uma forma verbal do modo indicativo
ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir

92
Apostila TJ-TO

("vi", do pretérito perfeito do indicativo). Se- É feio que dói. (É tão feio que, em conse-
ria possível reduzi-la, obtendo-se: quência, causa dor.)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte
Ao ver a estátua, senti uma das
que acabou concretizando-os.
maiores emoções de minha vida.
Não consigo ver televisão sem boce-
A oração em destaque é reduzida, pois jar. (Oração Reduzida de Infinitivo)
apresenta uma das formas nominais do Sua fome era tanta que comeu com casca e
verbo ("ver" no infinitivo) e não é introduzida tudo.
por conjunção subordinativa, mas sim por
c) Condição
uma preposição ("a", combinada com o ar-
tigo "o"). Condição é aquilo que se impõe como necessário
para a realização ou não de um fato. As orações su-
Obs.: a classificação das orações subor-
bordinadas adverbiais condicionais exprimem o que
dinadas adverbiais é feita do mesmo
deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de
modo que a classificação dos adjuntos
se realizar o fato expresso na oração principal.
adverbiais. Baseia-se na circunstância ex-
pressa pela oração.
Principal conjunção subor-
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subor- dinativa condicional: SE
dinadas Adverbiais
a) Causa Outras conjunções condicionais: caso, contanto
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser
que provoca um determinado fato, ao motivo do que que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida
se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele de verbo no subjuntivo).
que determina um acontecimento". Exemplos:
Se o regulamento do campeonato for bem
Principal conjunção subordina- elaborado, certamente o melhor time será
tiva causal: PORQUE campeão.
Uma vez que todos aceitem a proposta, assi-
Outras conjunções e locuções causais: como (sem- naremos o contrato.
pre introduzido na oração anteposta à oração princi- Caso você se case, convide-me para a festa.
pal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto Não saia sem que eu permita.
que. Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os
alunos), o professor não os teria punido.
Exemplos:
(Oração Reduzida de Gerúndio)
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi d) Concessão
muito forte.
Como ninguém se interessou pelo pro- As orações subordinadas adverbiais concessi-
jeto, não houve alternativa a não ser can- vas indicam concessão às ações do verbo da ora-
celá-lo. ção principal, isto é, admitem uma contradição ou um
Já que você não vai, eu também não vou. fato inesperado. A ideia de concessão está direta-
Por ter muito conhecimento (= Por- mente ligada aocontraste, à quebra de expectativa.
que/Como tem muito conhecimento), é sem-
pre consultado. (Oração Reduzida de Infini- Principal conjunção subordinativa conces-
tivo) siva: EMBORA
b) Consequência
As orações subordinadas adverbiais consecuti- Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as lo-
vas exprimem um fato que é consequência, que é cuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se
efeito do que se declara na oração principal. São in- bem que, posto que, apesar de que.
troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de Observe este exemplo:
forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas
estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que. Só irei se ele for.
A oração acima expressa uma condição: o fato de
Principal conjunção subordinativa conse- "eu" ir só se realizará caso essa condição for satis-
cutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão, feita.
tamanho) Compare agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
Exemplos:

93
Apostila TJ-TO

A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: Outras conjunções conformativas: como, conso-
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ante e segundo (todas com o mesmo valor de con-
ida. A oração destacada é, portanto, subordinada ad- forme).
verbial concessiva.
Exemplos:
Observe outros exemplos:
Fiz o bolo conforme ensina a receita.
Embora fizesse calor, levei agasalho. Consoante reza a Constituição, todos os ci-
Conquanto a economia tenha crescido, pelo dadãos têm direitos iguais.
menos metade da população continua à mar- Segundo atesta recente relatório do Banco
gem do mercado de consumo. Mundial, o Brasil é o campeão mundial de
Foi aprovado sem estudar (= sem que estu- má distribuição de renda.
dasse / embora não estudasse). (reduzida de
g) Finalidade
infinitivo)
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a
e) Comparação
intenção, a finalidade daquilo que se declara na ora-
As orações subordinadas adverbiais comparati- ção principal.
vas estabelecem uma comparação com a ação indi-
cada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção subordinativa final: A FIM
DE QUE
Principal conjunção subordinativa compara-
tiva: COMO Outras conjunções finais: que, porque (= para que)
e a locução conjuntiva para que.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Ele dorme como um urso.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estru- amigos.
turas que formam o grau comparativo dos adjetivos e Felipe abriu a porta do carro para que sua
dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, namorada entrasse.
menos (do) que. Veja os exemplos:
h) Proporção
Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteli-
As orações subordinadas adverbiais proporcio-
gência.
nais exprimem ideia de proporção, ou seja, um fato
O orador foi mais brilhante do que profundo. simultâneo ao expresso na oração principal.

Saiba que: Principal locução conjuntiva subordinativa pro-


porcional: À PROPORÇÃO QUE
É comum a omissão do verbo nas orações su-
bordinadas adverbiais comparativas.
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à me-
Por exemplo: dida que, ao passo que. Há ainda as estrutu-
Agem como crianças. (agem) ras: quanto maior... (maior), quanto maior... (me-
Oração Subordinada Adverbial Compa- nor), quanto menor... (maior), quanto menor... (me-
rativa nor), quanto mais...(mais), quanto mais... (me-
nos), quanto menos... (mais), quanto me-
No entanto, quando se comparam ações diferen- nos... (menos).
tes, isso não ocorre.
Exemplos:
Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (compa-
ração do verbo falar e do verbo fazer). À proporção que estudávamos, acertávamos mais
questões.
f) Conformidade Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
As orações subordinadas adverbiais conformati- Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
vas indicam ideia de conformidade, ou seja, expri-
Lembre-se:
mem uma regra, um modelo adotado para a execu-
ção do que se declara na oração principal. À medida que é uma conjunção que expressa ideia
de proporção; portanto, pode ser substituída por "à
Principal conjunção subordinativa conforma- proporção que".
tiva: CONFORME Na medida em que exprime uma ideia de causa e
equivale a "tendo em vista que" e só nesse sentido
deve ser usada.

94
Apostila TJ-TO

Por Exemplo:
Na medida em que não há provas contra esse ho-
mem, ele deve ser solto.
Atenção: não use as formas “à medida em que” ou
“na medida que”.
i) Tempo
As orações subordinadas adverbiais tempo-
rais acrescentam uma ideia de tempo ao fato ex-
presso na oração principal, podendo exprimir noções
de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.

Principal conjunção subordinativa tempo-


ral: QUANDO

Outras conjunções subordinativas temporais: en-


quanto, mal e locuções conjuntivas: assim que,
logo que, todas as vezes que, antes que, depois
que, sempre que, desde que, etc.
Exemplos:
Quando você foi embora, chegaram outros
convidados.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Mal você saiu, ela chegou.
Terminada a festa, todos se retiraram.
(= Quando terminou a festa) (Oração Redu-
zida de Particípio)

95
Apostila TJ-TO
CAPÍTULO 11–REGÊNCIA VERBAL Dica: Em uma boa gramática: Pisar (em)
quer dizer que só pode ser usado com a pre-
Esquema: VERBOS posição “em”.
Ex: Não pise na grama.
Ação: Pise = VTI = (em quê?)
Na grama = OI
 VTD – Verbo Transitivo direto  pede um
complemento verbal sem preposição na per- Ex3: Todos / aguardaram/ você / durante 2 horas. 
gunta  OD (Objeto direto) Sujeito/ VTD/ OD/ Locução adverbial de tempo.
 VTI – Verbo Transitivo indireto  pede um
complemento verbal com preposição na per-  Todos = sujeito
gunta  OI (Objeto indireto)  Aguardaram = VTD
 VTDI - Verbo Transitivo direto e indireto   Você = OD
pede 2 complementos verbais  OD e OI  Durante 2 horas = Locução adverbial de
 VI – Verbo Intransitivo  não pede um com- tempo = Locução adverbial (iniciada por pre-
plemento verbal, pois possui sentido com- posição e com núcleo substantivo);
pleto. OBS: O verbo aguardar pode também ser uti-
lizado com VTI: Aguardar (Por) – só pode ser
Estado: utilizado com a preposição por – sem mu-
dança de significado:
 VL – Verbo de Ligação  só existirá se hou- Todos/ aguardaram/ por você/ durante 2 ho-
ver junto a ele “Predicativo do Sujeito”, ou ras.  Sujeito/ VTI/ OI/ Locução adverbial de
seja, VL + PRED. SUJEITO. tempo.
**não precisa encontrar o núcleo do OD, por-
**REGÊNCIA: Verbo pisar = pisar algo/ pisar em algo.
que preposição não tem função sintática.

ESTUDO DOS V.L.


ESTUDO DOS V.T.D.
São verbos que só podem ser chamados como tal
Conceito: são verbos de sentido incompleto e se junto a eles houver predicativo do sujeito. A
devido a isso pedem complemento verbal Língua Portuguesa nos oferece uma lista de ver-
sem que haja preposição a pergunta. bos que nasceram para serem VL:

 SER
**Assistir – prestar ajuda/dar assistência/ prestar so-  ESTAR
corro. – é VTD..  FICAR
 PERMANECER
Ex: A enfermeira/ assistiu / o enfermo / com paciência.  CONTINUAR
 Sujeito/ VTD/ OD/ Adj. Adverbial de modo.  PARECER
 ANDAR (sentido de “estar” Ex: eu andei
 Assistiu quem? VTD – sentido de prestar doente, andei cansado...)
ajuda.  TORNAR-SE
 O enfermo = OD  VIRAR
 com paciência. = locução adverbial de modo
= adjunto adverbial de modo. **“E se eu usar o verbo e não ter predicativo? Todo
verbo que nasceu para ser VL e não tiver predicativo
Ex2: Não pise / a grama. do sujeito é VI”

 Pise o que? – VTD – sentido de esmagar; VL + PREDICATIVO DO SUJEITO.


 A grama = OD
OBS: O verbo pisar recentemente foi regis- Importantíssimo: Todo verbo que nasceu para ser
trado como VTI (com preposição “em”). de ligação e não possui predicativo do sujeito
será, então, um verbo intransitivo.

Ex: Os alunos /permaneceram /atentos.

96
Apostila TJ-TO

 Alunos = substantivo = sujeito o Chorar


 Permaneceram = VL o Comer
 Atentos = adjetivo  é uma característica do o Beber
sujeito predicativo do sujeito.
Dica: Em caso de dúvida, utilizar (aplicar) o verbo em
Ex: Os alunos /permaneceram /em sala. questão em várias situações sem complemento e ob-
servar se isto é possível:
 Alunos = substantivo = sujeito
 Permaneceram = VI Em sala = adj. adverbial Exemplos: Pesquei muito hoje/ Comi muito./
de lugar. Estudei bem hoje.
**O verbo “permanecer” nasceu para ser VL,
mas como não há predicativo ele é VI.  Todos pescaram muito hoje.
**VI não pede complemento, mas geralmente o Pecaram = VI
pede a circunstância da ação o Muito = adjunto adverbial de intensi-
dade (a ação de pescar que foi inten-
 Devemos lembra que os VL: sificada, e não a quantidade do pro-
 Nunca pedem complemento verbal. duto da pesca, ou seja, o peixe.)
 São semanticamente nulos, ou seja, não con- o Ontem = adj. adv. de tempo
seguem atribuir ação.  Observe a diferença em:
Todos pescaram (o quê?) muitos peixes.
VERBOS INTRANSITIVOS VTD/ OD

São verbos de sentidos completos, logo não admitem  Verbos utilizados no sentido de fe-
completo verbal. nômeno da natureza, serão VI.

OBS: Sobre os V é importante saber que:


Verbos Transitivos Indiretos (VTI)

São verbos de sentido incompleto e devido a isto, pe-


 Em maioria estarão associados às circunstân-
dem complemento havendo obrigatoriamente prepo-
cias da ação (estruturas adverbiais).
sição na pergunta.

** O Artigo “pessoaliza” a opinião emitida (Com o uso


Ex: MORAR do artigo entende-se que existe uma relação mais pró-
o Lugar  “em” xima, pessoal.), por isso, Figuras bíblicas (como
o Modo  “de” “Santos”, “Deus”) e políticos, não admitem o artigo.
o Companhia  “com”
o Ausência  “sem” Exemplos:
Ex: Assisto / em Goiânia. VI/ Adj. Adverbial
de lugar.  Chamei /por Deus/ naquela hora  VTI/OI/
Adj. adv. de tempo
Cuidado: Não confundir. *Deve-se sempre o Chamei por quem?  No sentido de
buscar o referencial. invocar ou chamar = VTI
Ex: Namorei com você durante 10 anos.  VI o Naquela (em + aquela)
(Processo da ação/ “tratar a relação”) / Ad-
junto adverbial de companhia.  Assistimos/ a um péssimo filme.  VTI/ OI
Ex: Namoro /Adriana há 8 anos.  Namoro o Assistimos A que?  no sentido de
(quem?) = VTD/ Adriana = OD ver/presenciar = VTI

Há verbos intransitivos que pela necessidade


do contexto trabalham como VTD. OBS: Assistir no sentido de
Exemplos: “Verbos naturalmente intransiti-
vos”  Assistir = ver/visualizar = VTI  pede prepo-
o Estudar sição A
o Pescar

97
Apostila TJ-TO

 Assistir = ter direito = VTI  pede preposição Exemplos:


A  neste caso, o sujeito obrigatoriamente
deve vir após o verbo.  Eu/ chamei /a atenção /do teu filho.  sujeito
/ VTDI/ OD (coisa)/ OI (pessoa)  Relação
Ex: Assiste / ao trabalhador / o 13º salário.  comum (“Se fazer notado”)
(Assiste A = “ter direito”)  O brinquedo/ chamou/ a atenção/ do teu filho
VTI/ OI / Sujeito.  Sujeito/ VTDI/ OD (coisa)/ OI (pessoa)
** (AO = Preposição A + Artigo O)  Eu/ chamei/ o teu filho / à atenção  Sujeito/
VTDI/ OD (pessoa)/ OI (coisa)  Relação in-
Ex: Necessitamos /de mais algum tempo/ comum ( “repreender”)
para cumprir o acordo.  VTI/ OI/ adj. adv. de
OBS: Há VTDI que ao mudarem “a relação” não incor-
finalidade.
rerão na mudança de significados.

Ex: Ensinei/-o/ aestudar para a prova.  VTDI/ OD


Verbos Transitivos Diretos e Indiretos – (pessoa)/ OD oracional  Relação incomum.
VTDI
Ensinei/-lhe/ estudar para a prova.  VTDI/ OI (pes-
São verbos de sentido incompleto e devido a isso pe- soa)/ OD oracional
dem complemento verbal.
**Ensinei o que? A quem? Se já foi feito uma pergunta
Importante: É válido saber que VTDI é um verbo que ccom preposição, a outra pergunta deverá ser feita
“comporta” os dois tipos de complementos, mas o uso sem preposição.
destes será determinado pelo contexto.

OBS: A maioria dos VTDI utiliza a relação comum:


ACONSELHAR (TD e I)
 OD  COISA - Ideia de coisa.
 OI  PESSOA - Ideia de pessoa. Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo

Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo

DAR AGRADAR
MOSTRAR O que?  OD  coisa
ENTREGAR No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto
AGRADECER A quem?  OI  pessoa direto - não tem preposição).
FAZER
QUERER Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro.

Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.


 Ex: Mostreias fotos do meu filho a todos.
o Mostrei = VTDI
o Mostrei o quê? As fotos = OD (coisa)
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede ob-
o Mostrei a quem? a todos = OI (pes-
jeto indireto - tem preposição "a").
soa)
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca
OBS: Há verbos VTDI que admitem relação incomum:
agradam ao povo.
 OD = pessoa
AGRADECER
 OI = coisa
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre
OBS: Há verbos VTDI que ao alternarmos sua relação
será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
mudam de significado.
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes .
Lembre-se: Verbos que nasceram para ser de VL,
mas não estão acompanhados de predicativo do su- Agradeceu o presente ao seu namorado.
jeito, se tornam VI.

98
Apostila TJ-TO

ASPIRAR Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava con-


versando durante a aula.
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto -
não tem preposição) Chamei-o à atenção.

Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas. Observação

No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indi- A expressão "chamar a atenção de alguém" não sig-
reto - tem preposição "a") nifica repreender, e sim fazer se notado.

Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol EX. O cartaz chamava a atenção de todos que por
ali passavam.
ASSISTIR
CHEGAR, IR (Intrans.)
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de des-
Ex.: Assistimos a um bom filme. tino, e DE, na indicação de procedência.

Assiste ao trabalhador o descanso semanal re- Observação


munerado.
quando houver a necessidade da prep. A, seguida
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - de um substantivo feminino (que exija o artigo a),
com a prep. A) ocorrerá crase (Vou à Bahia);no emprego mais fre-
qüente, usam a preposição A e não EM
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhi-
nhos. Ex.: Cheguei tarde à escola.

Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhi- Foi ao escritório de mau humor.
nhos.
se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-
se da preposição PARA.
No sentido de morar é intransitivo, mas exige Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.
preposição EM.
quando indicam meio de transporte no qual se
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir chega ou se vai, então exigem EM.
em Brasília..
Ex.: Cheguei no ônibus da empresa.
AGUARDAR (TD ou TI)
A delegação irá no vôo 300.
Ex.: Eles aguardavam o espetáculo .
COGITAR
Eles aguardavam pelo espetáculo.
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep.
CHAMAR DE.

- TD, quando significar convocar. Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.

Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da Hei de cogitar no caso.


reunião.
O diretor cogitou de demitir-se.
- TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me
ouviu. Ex.: Compareceram na sessão de cinema.

- TDe I, com a prep. A, quando significar repreen- Compareceram à sessão de cinema.


der.
ENSINAR - TD e I

99
Apostila TJ-TO

Ex.: Ensinei-o a falar português. (Quem tem necessidade tem necessidade de al-
guma coisa)
Ensinei-lhe o idioma inglês

FALTAR, RESTAR E BASTAR


SUBSTANTIVOS
Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.
Admiração a, por;
Ex.: Muitos alunos faltaram hoje. aversão a, para, por;
atentado a, contra;
Três homens faltaram ao trabalho hoje .
bacharel em;
Resta aos vestibulandos estudar bastante. capacidade de, para;
devoção a, para com, por;
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI) doutor em;
dúvida acerca de, em, sobre;
horror a;
Com a preposição COM. Não são pronominais, por- impaciência com;
tanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar- se. medo a, de;
obediência a;
ojeriza a, por;
Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo proeminência sobre;
com o irmão dela. respeito a, com, para com, por.

SOBRESSAIR (TI)
Observação: O substantivo medo rege também a
preposição "a", mas surge mais freqüente-
Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto
mente acompanhado da preposição "de".
não existe sobressair-se.
ADJETIVOS

Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas Acessível a;


contíguo a;
as matérias.
Generoso com;
CAPÍTULO 12–REGÊNCIA NOMINAL acostumado a, com;
contrário a;
Regência Nominal é a relação existente en- grato a, por;
tre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) afável com, para com;
e os termos regidos por esse nome. A Regência curioso de, por;
Nominal determina qual é a preposição que de- hábil em;
vemos usar. Observe que não há regras especí- agradável a;
ficas, pois a regência de uma palavra é um caso descontente com;
particular. Cada palavra pede seu complemento habituado a;
e rege sua preposição. alheio a, de;
desejoso de;
Exemplos: idêntico a;
análogo a;
Ela fez referência (substantivo) a este evento
diferente de;
(complemento nominal). impróprio para;
(Quem faz referência faz referência a alguma ansioso de, para, por;
coisa)
entendido em;
Eles têm necessidade (substantivo) de di- indeciso em;
nheiro (complemento nominal). apto a, para;
equivalente a;

100
Apostila TJ-TO

insensível a; (sem preposição)


ávido de; 1ª ME NOS
escasso de; 2ª TE VOS
liberal com; 3ª O, A, SE, LHE OS, AS, SE, LHES
benéfico a;
essencial a, para; Agora é hora de posicionar corretamente esses pro-
natural de;
nomes:
capaz de, para;
Fácil de;
necessário a; 1) Próclise: colocação do pronome antes do verbo.
compatível com;
(PRF/ TÉCNICO/ CESPE) No período “Mas não o
fanático por;
nocivo a; faça sem conhecimento de causa” , o elemento “o”,
contemporâneo a, de; que estabelece coesão com os períodos anteriores,
favorável a;
marca a elipse do sintagma nominal “um carro” (R.1).
paralelo a;
parco em, de; TEXTO: Se você quiser, compre um carro; é um con-
propício a; forto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de
semelhante a; causa, a fim de evitar desilusões futuras.
passível de;
próximo a, de; Comentário: O pronome oblíquo proclítico
sensível a; “o” faz referência ao sintagma verbal “com-
preferível a;
pre um carro”; logo o item está incorreto.
relacionado com;
prejudicial a;
relativo a;
suspeito de; 2) Mesóclise: colocação do pronome no meio do
prestes a;
verbo.
vazio de;
satisfeito com, de, em, por.
(STF/ SUPERIOR/ CESPE/ 2008) A função sintática
ADVÉRBIOS:
exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim
longe de; perto de. mesmo” corresponde a me e, por essa razão, tam-
Os advérbios terminados em "-mente" ten- bém seria gramaticalmente correta a seguinte reda-
dem a seguir o regime dos adjetivos de que ção: Tratarei-me. TEXTO:Tratarei a mim mesmo
são formados:
como um objeto.
paralela a, paralelamente a;
relativa a, relativamente a.
Comentário: Neste item, houve um erro de co-
locação pronominal em “tratarei-me”; sendo
assim, a alternativa está incorreta. Visto que o
CAPÍTULO 13–COLOCAÇÃO PRONOMINAL
verbo “tratarei” está no futuro do presente, de-
A colocação pronominal está diretamente ligada à po- verá, então, ocorrer a mesóclise. A forma cor-
sição que os pronomes oblíquos átonos ocupam em reta seria “tratar-me-ei”, pois se observa o uso
relação aos verbos, podendo apresentar-se em casos do pronome oblíquo mesoclítico “me”.
de próclise, mesóclise e ênclise.

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS 3) Ênclise: colocação do pronome depois do verbo.

101
Apostila TJ-TO

(TELEBRAS/ SUPERIOR/ CESPE) Estaria mantida a ção desses nos bens e serviços produzidos e comer-
correção gramatical do texto caso fosse inserido, logo cializados pelas organizações e pela sociedade. Des-
apos a forma verbal “dizendo”, o pronome lhe ― di- tacam-se, sobretudo, a maior velocidade, a confiabi-
zendo-lhe ―, elemento que exerceria a função de lidade e o baixo custo de transmissão, armazena-
complemento indireto do verbo, retomando, por coe- mento e processamento de enormes quantidades de
são, “Marconi”. TEXTO:Em busca de mais recursos, conhecimentos codificados e de outros tipos de infor-
Marconi escreveu ao governo italiano, mas um funci- mação.
onário descartou a ideia, dizendo que era melhor Helena Maria Martins Lastres et al. Desafios e opor-
apresentá-la em um manicômio. tunidades da era do conhecimento.

Comentário: Observe-se que caberia perfeita- In: São Paulo em Perspectiva, 16(3), 2002, p. 60-1

mente o pronome “lhe” após a forma verbal “di- (com adaptações).

zendo”, retomando o termo “Marconi”; por isso


o item está correto. Note-se ainda que se tem o (SERPRO/ SUPERIOR/ CESPE) A correção gramati-

uso do pronome oblíquo enclítico. cal do texto seria mantida, caso a mesma forma de
colocação do pronome "se" no segmento "que se fa-
zer esforço" - anteposição à forma verbal - fosse em-

IMPORTANTE: Lembre-se de que o pronome pessoal pregada em "aumenta-se", "notam-se" e "Destacam-

oblíquo átono jamais poderá iniciar uma frase. se".

O novo milênio — designado como era do conheci- Comentário: No trecho “que se fazer esforço”,
mento, da informação — é marcado por mudanças de ocorre um exemplo de próclise. A alternativa
relevante importância e por impactos econômicos, po- propõe que, nos sintagmas verbais “aumenta-
líticos e sociais. Em épocas de transformações tão ra- se”, “notam-se” e “Destacam-se”, desloca-se o
dicais e abrangentes como essa, caracterizada pela pronome “se” para antes das formas verbais, co-
transição de uma era industrial para uma baseada no locando-os em função proclítica. Entretanto, não
conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e possível fazer essa inversão porque o pronome
incertezas. Há, portanto, que se fazer esforço redo- do caso oblíquo átono nunca poderá iniciar uma
brado para identificar e compreender esses novos frase. Logo, o item está incorreto.
processos — o que exige o desenvolvimento de um
novo quadro conceitual e analítico que permita captar,
mensurar e avaliar os elementos que determinam es-
sas mudanças — e para distinguir, entre as caracte-
CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA
rísticas e tendências emergentes, as que são mais du-
Será o obrigatório o uso do pronome proclítico quando
radouras das que são transitórias, ou seja, lidar com
houver um fator de atração, isto é, um vocábulo ou
a necessidade do que Milton Santos resumiu como
expressão que atraia o pronome oblíquo átono para
distinguir o modo da moda.
antes do verbo.
No novo padrão técnico-econômico, notam-se a cres-
cente inovação, intensidade e complexidade dos co-
SÃO FATORES DE PRÓCLISE (ATRAÇÃO)
nhecimentos desenvolvidos e a acelerada incorpora-
1) ADVÉRBIOS

102
Apostila TJ-TO

(TRANSPETRO / SUPERIOR/ ADAPTADA/ CES- Comentário: alternativa incorreta. O pronome


GRANRIO) Segundo a norma culta, é possível inver- pessoal do caso reto “elas” somente exercerá
ter a colocação do pronome em “se sabia” por “sabia- função sintática de sujeito ou no máximo de pre-
se”. TEXTO: Como já se sabia, o ser humano adapta- dicativo do sujeito. Como complemento do
se rapidamente a novas condições de vida. verbo, deve-se utilizar os pronomes pessoais do
Comentário: O vocábulo “já” é um advérbio de caso oblíquo; logo, a substituição ocasionaria
tempo, e exige que o pronome oblíquo “se” ve- erro gramatical na estrutura. Note-se, ainda, que
nha obrigatoriamente antecedido do verbo; o termo “nem” é uma palavra negativa e exige a
logo, o item está incorreto. próclise.

2) PALAVRAS NEGATIVAS
3) PRONOMES DEMONSTRATIVOS
A Carta de Pero Vaz de Caminha
(CORREIOS/ ANALISTA/ ADAPTADA/ CESPE) No
De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem
segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensa-
formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito
gem para explicar a mudança”, o pronome me poderia
grande, porque a estender a vista não podíamos ver
sem prejuízo gramatical ser escrito também após a
senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito
forma verbal “obrigaria”, tendo-se, portanto, a se-
longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja
guinte reescritura: isto obrigaria-me a escrever ou-
ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem
tra mensagem.
de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito
boa de ares, tão frios e temperados, como os de En- Comentário: Deve-se utilizar a próclise, pois o
tre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, as- vocábulo “isto” é um pronome demonstrativo e
sim os achávamos como os de lá. Águas são muitas atrai o pronome para antes do verbo. Dessa
e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo forma, a alternativa está incorreta.
aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas
que tem.
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educa- 4) PRONOMES RELATIVOS
ção, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com (TJ-RO/TÉCNICO/ CESPE) Seria mantida a correção
adaptações) gramatical do texto caso o trecho “que se acelerou”
(DETRAN-RN/ ANALISTA/ FGV) Uma opção correta fosse substituído por que acelerou-se. TEXTO: Os
de acordo com a norma culta seria substituir “nem as partidos de massa, vinculados às camadas populares,
vimos” por “nem vimos elas”. com matizes ideológicos mais pronunciados, surgiram
apenas em uma fase mais recente da história do país,
como consequência do processo de industrialização,
que se acelerou a partir dos anos 50 do século pas-
sado.

103
Apostila TJ-TO

Comentário: a partícula “que” é um pronome re- Comentário: mesmo que haja o fator de atração,
lativo, que exige próclise. Obrigatoriamente, o ou seja, o advérbio “não”, o verbo no infinitivo
pronome “se” deverá localizar-se antes da sempre admitirá a ênclise. Isto quer dizer que o
forma verbal “acelerou”; portanto, o item está pronome poderá se posicionar antes ou depois
incorreto. do verbo; por isso o item está correto.

5) PRONOMES INDEFINIDOS
(MINISTÉRIO DA DEFESA/ MÉDIO/ ADAPTADA/ 2 – Verbos no futuro e no particípio jamais admitirão a

VUNESP) O pronome está posicionado em conformi- ênclise.

dade com a norma-padrão da língua na expressão (PETROBRAS/ SUPERIOR/ ADAPTADA/ CES-

“ninguém recusou-se”. TEXTO: Ninguém recusou-se GRANRIO) A colocação do pronome átono destacado

a arrumar as malas no carro. está incorreta na sentença a seguir: “Disse que, por
vezes, temos equivocado-nos nesse assunto”.
Comentário: o vocábulo “ninguém” é um pro-
nome indefinido, e exige que o pronome oblíquo Comentário: a forma verbal “equivocado” está

“se” seja inserido antes da forma verbal “recu- no particípio; por isso o pronome oblíquo átono

sou”. Sendo assim a alternativa está incorreta. “nos” deverá localizar-se antes desse verbo.
Portanto, a construção correta seria: Disse que,
por vezes, temos nos equivocado.

6) CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
(TJ-SP/ MÉDIO/ ADAPTADA/ VUNESP) A colocação
3 – A expressão “em + verbo no gerúndio” exige a pró-
do pronome no trecho “quando teme-se” está de
clise.
acordo com o português padrão. TEXTO: O efeito
(BRB/ MÉDIO/ ADAPTADA/ INSTITUTO DATA RIO)
ocorre sobretudo quando teme-se uma doença ou o
Na expressão “em se tratando”, o pronome oblíquo
tratamento a ser enfrentado.
átono “se” respeita as regras de colocação dos prono-
Comentário: o termo “quando” é um conjunção
mes. TEXTO:Em se tratando de denúncias contra fun-
subordinativa adverbial temporal, que exige a
cionários do alto escalão, nada o impedia de divulgar
próclise. O pronome “se” deve se alocado antes
informações esclarecedoras.
da forma verbal “teme”; por isso o item está er-
Comentário: note-se que foi usado de forma cor-
rado.
reta o pronome oblíquo átono “se”, pois, quando

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES houver preposição “em” com verbo no gerúndio,

1 – Verbos no infinitivo sempre admitirão a ênclise. deve-se utilizar a próclise. O item, portanto, está

(STF/ MÉDIO/ CESPE) No trecho “o não importar-se


com o que ocorra”, é opcional a colocação do pro-
nome “se” antes de “importar-se”: o não se importar 4 – Frases que exprimem desejo exigem a próclise.

com o que ocorra. TEXTO: É o medo que engendra Bons ventos a levem, Marta!

a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o


não assumir-se em nada. MESÓCLISE
1) Verbos no futuro do presente.
Dar-te-ei as flores quando chegares.

104
Apostila TJ-TO

2) Verbos no futuro do pretérito.


Realizar-se-ia uma nova proposta para deixar o pro-
jeto mais claro.

APOSSÍNCLISE
Consiste na colocação do pronome oblíquo átono en-
tre duas palavras atrativas.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/
CESPE)A colocação pronominal no português do Bra-
sil é variável, por isso, em “quase se não pode extratar
nada”, estaria gramaticalmente correta qualquer uma
destas opções: quase não se pode extratar nada ou
quase não pode-se extratar nada.

Comentário: note-se que os vocábulos “quase” e


“não” são palavras atrativas; neste caso, ocorre
a chamada apossínclise por haver dois fatores
de atração. É possível fazer as seguintes cons-
truções: quase não se pode extratar nada ou
quase se não pode extratar nada. No entanto, o
item está incorreto por afirma que poderia deslo-
car o pronome para após a forma verbal “pode”.

105
Apostila TJ-TO
CAPÍTULO 14–CONCORDÂNCIA NOMINAL EX: É proibida a entrada de meninas.

1. Substantivo + Substantivo... + Adjetivo


9. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pes-
EX: Ternura e amor humano.
soa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo
EX: Amor e ternura humana. masculino

EX: Ternura e amor humanos. - Quando um adjetivo modifica um pronome de trata-


mento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai
2. Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ... para o masculino.

EX: Mau lugar e hora. Exemplos:


Sua Santidade está esperançoso.
EX: Má hora e lugar.
Referindo-se ao Governador, disse que Sua Exce-
lência era generoso.
3. Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ...

EX: Estudo as línguas inglesa e portuguesa. 10. Nós / Vós + verbo + adjetivo

EX: Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa. Quando um adjetivo modifica os pronomes "nós /
vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para sin-
EX: Os poderes temporal e espiritual. gular.

EX: O poder temporal e (o) espiritual.

4. Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo Exemplos:


Vós (= tu) estais enganado.
EX: A primeira e segunda lição.
Nós (= eu) fomos acolhido muito bem.
EX: A primeira e segunda lições. Sejamos (nós = eu) breve.

5. Substantivo + Ordinal + Ordinal + ...

EX: As cláusulas terceira, quarta e quinta. CAPÍTULO 15–CONCORDÂNCIA VERBAL

6. Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar
com seu sujeito.
EX: Um e outro aspecto. a) Sujeito Simples

EX: Nem um nem outro argumento. Regra Geral


O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo
7. Um e outro + Substantivo + Adjetivo em número e pessoa. Veja os exemplos:

EX: Um e outro aspecto obscuros. A orquestra tocou uma valsa


longa.
EX: Uma e outra causa juntas. 3ª p. Singular 3ª p. Singular

8. Substantivo + é bom / é preciso / é proibido Os pares que rodeavam a nós dançavam


bem.
EX: Maçã é bom para a saúde. 3ª p. Plural 3ª p. Plural

EX: É preciso cautela.


Casos Particulares
EX: É proibido entrada.
Há muitos casos em que o sujeito simples é constitu-
ído de formas que fazem o falante hesitar no momento
OBS: Quando há determinação do sujeito, a concor-
de estabelecer a concordância com o verbo. Às ve-
dância efetua-se normalmente:

106
Apostila TJ-TO

zes, a concordância puramente gramatical é contami- verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no
nada pelo significado de expressões que nos transmi- plural, o verbo deve ficar o plural.
tem noção de plural, apesar de terem forma de singu-
Exemplos:
lar ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cui-
dado os casos a seguir. Os Estados Unidos possuem grandes uni-
versidades.
1) Quando o sujeito é formado por uma expres-
Alagoas impressiona pela beleza das
são partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de,
praias.
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande
As Minas Gerais são inesquecíveis.
parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no
Minas Gerais produz queijo e poesia de pri-
plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
meira.
Por Exemplo: Os Sertões imortalizaram Euclides da Cu-
nha.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprova-
ram a ideia. 4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou in-
Metade dos candidatos não apresentou / definido plural (quais, quantos, alguns, poucos, mui-
apresentaram nenhuma proposta interes- tos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de
sante. vós", o verbo pode concordar com o primeiro pro-
nome (na terceira pessoa do plural) ou com o pro-
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos ca-
nome pessoal. Veja:
sos dos coletivos, quando especificados:
Quais de nós são / somos capazes?
Por Exemplo:
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Um bando de vândalos destruiu / destruí- Vários de nós propuseram / propuse-
ram o monumento. mos sugestões inovadoras.

Obs.: nesses casos, o uso do verbo no sin-


gular enfatiza a unidade do conjunto; já a Obs.: veja que a opção por uma ou
forma plural confere destaque aos elemen- outra forma indica a inclusão ou
tos que formam esse conjunto. a exclusão do emissor. Quando al-
guém diz ou escreve "Alguns de
nós sabíamos de tudo e nada fize-
mos", esta pessoa está se inclu-
2) Quando o sujeito é formado por expressão que in-
indo no grupo dos omissos. Isso
dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, me-
não ocorre quando alguém diz ou
nos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo,
escreve "Alguns de nós sabiam de
o verbo concorda com o substantivo. Observe:
tudo e nada fizeram.", frase que
Cerca de mil pessoas participaram da ma- soa como uma denúncia.
nifestação.
Perto de quinhentos alunos comparece-
ram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo re-
corde nas últimas Olimpíadas. Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti-
ver no singular, o verbo ficará no singular.
Por Exemplo:
Obs.: quando a expressão "mais de um" se as-
sociar a verbos que exprimem reciprocidade, Qual de nós é capaz?
o plural é obrigatório: Algum de vós fez isso.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que in-


dica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve
Por Exemplo: concordar com o substantivo.
Mais de um colega se ofenderam na tumul- Exemplos:
tuada discussão de ontem. (ofenderam um
ao outro) 25% do orçamento do país deve destinar-se à
Educação.
3) Quando se trata de nomes que só existem no plu- 85% dos entrevistados não aprovam a adminis-
ral, a concordância deve ser feita levando-se em tração do prefeito.
conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o

107
Apostila TJ-TO

1% do eleitorado aceita a mudança.


1% dos alunos faltaram à prova.
Quando a expressão que indica porcentagem não é se- 8) Quando o sujeito é o pronome relativo
guida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa
mero. Veja: do singular ou em concordância com o antecedente
do pronome.
25% querem a mudança.
1% conhece o assunto. Exemplos:

6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concor- Fui eu quem pagou a conta. /
dância em número e pessoa é feita com oantecedente Fui eu quem paguei a conta.
do pronome. Fomos nós quem pintou o muro. / Fo-
mos nós quem pintamos o muro.
Exemplos:
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Fui eu que paguei a conta. verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. Por Exemplo:
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na Vossa Excelência é diabético?
presença de um homem. Vossas Excelências vão renunciar?
7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir 10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se
a forma plural. dá de acordo com o numeral.
Por Exemplo: Por Exemplo:
Ademir da Guia foi um dos jogado- Deu uma hora no relógio da sala.
res que mais encantaram os poetas. Deram cinco horas no relógio da sala.
Se você é um dos que admiram o escritor, certa-
mente lerá seu novo romance.

Obs.: caso o sujeito da oração seja a


palavra relógio, sino, torre, etc., o
verbo concordará com esse sujeito.
Atenção: Por Exemplo:
A tendência, na linguagem corrente, é a O tradicional relógio da praça
concordância no singular. O que se matriz dá nove horas.
ouve efetivamente, são construções
como:
"Ele foi um dos deputa-
dos que mais lutou para a apro- 11) Verbos Impessoais: por não se referirem a ne-
vação da emenda". nhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do
singular. São verbos impessoais:
Ao compararmos com um caso em que
se use um adjetivo, temos: Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
"Ela é uma das alunas mais bri- Aqueles que indicam fenômenos da natu-
lhante da sala." reza.
A análise da construção acima torna Exemplos:
evidente que a forma no singular é
inadequada. Assim, as formas aceitá- Havia muitas garotas na festa.
veis são: Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
" Das alunas mais brilhantes da sala,
b) Sujeito Composto
ela é uma."
" Dos deputados que mais lutaram pela 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao
aprovação da emenda, ele é um". verbo, a concordância se faz no plural:
Exemplos:
Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito

108
Apostila TJ-TO

Pais e filhos devem conversar com fre- Descaso e desprezo marcam / marca seu
quência. comportamento.
Sujeito
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plu-
gramaticais diferentes, a concordância ocorre da se- ral ou concordar com o último núcleo do sujeito.
guinte maneira: a primeira pessoa do plural preva-
lece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, pre- Por Exemplo:
valece sobre a terceira. Veja: Com você, meu amor, uma hora, um minuto,
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. um segundo me satisfazem / satisfaz.
Primeira Pessoa do Plural (Nós)
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a uni-
dade de sentido que há na combinação. No se-
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. gundo caso, o verbo no singular enfatiza o último
Segunda Pessoa do Plural (Vós) elemento da série gradativa.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são uni-
Pais e filhos precisam respeitar-se. dos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plu-
Terceira Pessoa do Plural (Eles) ral se a declaração contida no predicado puder ser
atribuída a todos os núcleos.
Por Exemplo:
Drummond ou Bandeira representam a es-
sência da poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a
resposta.
Obs.: quando o sujeito é composto, for- Quando a declaração contida no predicado só puder
mado por um elemento da segunda pessoa ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se
e um da terceira, é possível empregar o osnúcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar
verbo na terceira pessoa do plural. Aceita- no singular.
se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão
a decisão." Por Exemplo:
Roma ou Buenos Aires será a sede da pró-
xima Olimpíada.
Você ou ele será escolhido. (Só será esco-
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, lhido um)
passa a existir uma nova possibilidade de concor-
dância: em vez de concordar no plural com a totali- 4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um
dade do sujeito, o verbo pode estabelecer concor- nem outro", a concordância costuma ser feita no
dância com o núcleo do sujeito mais próximo. singular, embora o plural também seja praticado.
Convém insistir que isso é uma opção, e não uma Por Exemplo:
obrigação.
Um e outro compareceu / compareceram à
Por Exemplo: festa.
Faltaram coragem e competência. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.
Faltou coragem e competência.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse
a concordância é feita obrigatoriamente no plu- caso, os núcleos recebem um mesmo grau de impor-
ral.Observe: tância e a palavra "com" tem sentido muito próximo
Abraçaram-se vencedor e vencido. ao de "e". Veja:
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traça-
ram os planos para o próximo semestre.
Casos Particulares Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular,
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar O pai com o filho montou o brinquedo.
noplural ou no singular. O governador com o secretariado traçou os
Por Exemplo: planos para o próximo semestre.

109
Apostila TJ-TO

Precisa-se de governantes interessados em


civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Obs.: com o verbo no singular,
não se pode falar em sujeito com- Quando pronome apassivador, o "se" acompanha
posto. O sujeito é simples, uma verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e
vez que as expressões "com o fi- indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sinté-
lho" e "com o secretariado" são tica. Nesse caso, o verbo deve concordar com o su-
adjuntos adverbiais de compa- jeito da oração.
nhia. Na verdade, é como se hou-
vesse uma inversão da or- Exemplos:
dem. Veja: Construiu-se um posto de saúde.
"O pai montou o brin- Construíram-se novos postos de saúde.
quedo com o filho." Não se pouparam esforços para despoluir o
"O governador traçou os rio.
planos para o próximo se- Não se devem poupar esforços para despo-
mestre com o secretari- luir o rio.
ado." 2) O Verbo "Ser"
A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e
o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa con-
cordância pode ocorrer também entre o verbo e
o predicativo do sujeito.
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
pressões correlativas como: "não O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:
só...mas ainda", "não somente"..., "não ape- a) Quando o sujeito for representado pelos prono-
nas...mas também", "tanto...quanto", o verbo con- mes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predica-
corda de preferência no plural. tivo estiver noplural.
Não só a seca, mas também o pouco Exemplos:
caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpre- Isso são lembranças inesquecíveis.
sos com a notícia. Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabe-
7) Quando os elementos de um sujeito composto são los compridos.
resumidos por um aposto recapitulativo, a concor-
dância é feita com esse termo resumidor. b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir
a coisas, e o predicativo for um substantivo no plu-
Por Exemplo: ral.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o ti- Exemplos:
rava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito Nosso piquenique foram só gulosei-
importante na vida das pessoas. mas.
Sujeito Predica-
Outros Casos tivo do Sujeito

Sua rotina eram só alegrias.


1) O Verbo e a Palavra "SE" Sujeito Predicativo do Su-
Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há jeito
duas de particular interesse para a concordância ver- Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com
bal: esse sujeito.
a) quando é índice de indeterminação do su- Por Exemplo:
jeito;
b) quando é partícula apassivadora. Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.
Quando índice de indeterminação do sujeito,
o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos
indiretose de ligação, que obrigatoriamente são con-
jugados na terceira pessoa do singular.
Exemplos:

110
Apostila TJ-TO

Obs.: admite-se a concordância no singu- CAPÍTULO 16–CRASE


lar quando se deseja fazer prevalecer um
elemento sobre o outro.
CRASE
Por Exemplo:
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão",
A vida é ilusões. "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
"junção" de duas vogais idênticas. É de grande importân-
cia a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s),
com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos
c) Quando o sujeito for pronome interroga- pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o"a" do re-
tivo que ou quem. lativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento
grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento
Por Exemplo: grave, depende da compreensão da fusão das duas vo-
Que são esses papéis? gais. É fundamental também, para o entendimento da
Quem são aquelas crianças? crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exi-
gem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto,
consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea
3) O Verbo "Parecer" de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, ad-
mite duas concordâncias: Vou a a igreja.
Vou à igreja.
a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexi-
ona o infinitivo. No exemplo acima, temos a ocorrência da preposi-
ção "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocor-
Por Exemplo: rência do artigo "a" que está determinando o substantivo
Alguns colegas pareciam chorar naquele feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas
momento. vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo
acento grave. Observe os outros exemplos:
b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infini-
tivo sofre flexão. Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
Por Exemplo:
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
Alguns colegas parecia chorarem naquele algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não
momento. pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo
indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposi-
ção "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou
Obs.: a primeira construção é um dos pronomes já especificados.
considerada corrente, en- Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo
quanto a segunda, literária. feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a"
Atenção: (s) após uma preposição "a":

Com orações desenvolvidas, o 1- Colocar um termo masculino no lugar do termo


verbo parecer fica no singular. feminino que se está em dúvida. Se surgir a for-
maao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Por Exemplo:
Veja os exemplos:
As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
que as paredes têm ou- Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
vidos.) 2- Trocar o termo regente acompanhado da pre-
posição a por outro acompanhado de uma prepo-
sição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se
essas preposições não se contraírem com o ar-
tigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na
(s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:

111
Apostila TJ-TO

- Penso na aluna. Ele fez referência a Vossa Excelên-


- Apaixonei-me pela aluna. cia no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde
alguns minutos.
- Começou a brigar. - Cansou de brigar.
Mostrarei a vocês nossas propostas
- Insiste em brigar.
- Foi punido por bri- de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o
gar.
que está acontecendo.
- Optou por brigar.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos
Atenção: lembre-se sempre de que não pronomes podem ser identificados pelo método
basta provar a existência da preposi- explicado anteriormente. Troque a palavra femi-
nina por uma masculina, caso na nova constru-
ção "a" ou do artigo "a", é preciso provar
ção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exem-
que existem os dois. plo:
Evidentemente, se o termo regido não Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-
admitir a anteposição do artigo feminino me ao mesmo indivíduo.)
"a" (s), não haverá crase. Veja os princi- Informei o ocorrido à senhora. (Informei o
ocorrido ao senhor.)
pais casos em que a crase NÃO ocorre:
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo.
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais
cedo.)
- Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeo-
nato.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
- Diante de substantivos masculinos:
- Diante de palavras femininas:
Andamos a cavalo.
Fomos a pé. Amanhã iremos à festa de aniversá-
Passou a camisa a ferro. rio de minha colega.
Fazer o exercício a lápis. Sempre vamos à praia no verão.
Compramos os móveis a prazo. Ela disse à irmã o que havia escu-
Assisitimos a espetáculos magnífi- tado pelos corredores.
cos. Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
- Diante de verbos no infinitivo: Este aparelho é posterior à invenção
A criança começou a falar. do telefone.
Ela não tem nada a dizer. - Diante da palavra "moda", com o sentido
Estavam a correr pelo parque. de "à moda de" (mesmo que a expres-
Estou disposto a ajudar. são moda de fique subentendida):
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu. O jogador fez um gol à (moda de)
Pelé.
Obs.: como os verbos não admitem arti- Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
gos, constatamos que o "a" dos exem- O menino resolveu vestir-se à (moda
plos acima é apenas preposição, logo não de) Fidel Castro.
ocorrerá crase.
- Na indicação de horas:
- Diante da maioria dos pronomes e das
expressões de tratamento, com exceção Acordei às sete horas da manhã.
das formassenhora, senhorita e dona: Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Diga a ela que não estarei em casa Ele saiu às duas horas.
amanhã.
Entreguei a todos os documentos Obs.: com a preposição "até", a
necessários. crase será facultativa.

112
Apostila TJ-TO

Por exemplo: Dormiram até as/às A ocorrência da crase com o pronome demonstra-
14 horas. tivo "a" também pode ser detectada pela substitui-
ção do termo regente feminino por um termo regido
masculino. Veja:
- Em locuções adverbiais, prepositivas e
Minha revolta é ligada à do meu país.
conjuntivas de que participam palavras
Meu luto é ligado ao do meu país.
femininas. Por exemplo:
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
à medida Aquela rua é transversal à que vai dar na mi-
à tarde às ocultas às pressas
que nha casa.
Aquele beco é transversal ao que vai dar na
às escondi- minha casa.
à noite às claras à força Suas perguntas são superiores às dele.
das
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
à vontade à beça à larga à escuta Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

à exceção à imitação
às avessas à revelia A Palavra Distância
de de
Se a palavra distância estiver especificada, determi-
à esquerda às turras às vezes à chave nada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros
à direita à procura à deriva à toa daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros
do palco. (A palavra está especificada.)
à sombra à proporção
à luz à frente de Se a palavra distância não estiver especificada, a
de que
crase não pode ocorrer. Por exemplo:
à semelhança Os militares ficaram a distância.
às ordens à beira de
de Gostava de fotografar a distância.
Ensinou a distância.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Dizem que aquele médico cura a distância.
Quais Reconheci o menino a distância.

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a Observação: por motivo de clareza, para evitar
qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá Gostava de fotografar à distância.
crase. É possível detectar a ocorrência da crase nes- Ensinou à distância.
ses casos, utilizando a substituição do termo regido Dizem que aquele médico cura à distân-
feminino por um termo regido masculino. Por exem- cia.
plo:
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTA-
A igreja à qual me refiro fica no centro da ci- TIVA
dade.
O monumento ao qual me refiro fica no cen- - Diante de nomes próprios femininos:
tro da cidade. Observação: é facultativo o uso da crase diante
Caso surja a forma ao com a troca do termo, de nomes próprios femininos porque é faculta-
ocorrerá a crase. tivo o uso do artigo. Observe:
Veja outros exemplos:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
São normas às quais todos os alunos de-
vem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. A Paula é muito bo- A Laura é minha
Várias alunas às quais ele fez perguntas nita. amiga.
não souberam responder nenhuma das
questões. Como podemos constatar, é facultativo o uso do
A sessão à qual assisti estava vazia. artigo feminino diante de nomes próprios femini-
nos, então podemos escrever as frases abaixo
Crase com o Pronome Demonstrativo "a" das seguintes formas:

113
Apostila TJ-TO

Entreguei o car- Entreguei o cartão a Ro- A palestra vai A palestra vai


tão a Paula. berto. até as cinco horas ou até às cinco horas
da tarde. da tarde.
Entreguei o car- Entreguei o car-
tão à Paula. tão ao Roberto.

Contei a Laura o que Contei a Pedro o que


havia ocorrido na noite havia ocorrido na noite
passada. passada.

Contei à Laura o que Contei ao Pedro o que


CAPÍTULO 17–PONTUAÇÃO
havia ocorrido na noite havia ocorrido na noite
passada. passada.
1- PONTO ( . )
- Diante de pronome possessivo feminino:
a) indica o final de uma frase declarativa.
Observação: é facultativo o uso da crase diante Ex.: Estou muito feliz.
de pronomes possessivos femininos porque é fa-
cultativo o uso do artigo. Observe: b) separa períodos entre si.
Ex.: Estou muito feliz. Nada é capaz de tirar minha
Minha avó tem se- Minha irmã está es- paz de espírito.
tenta anos. perando por você.
c) nas abreviaturas
A minha irmã está Ex.: Sr. / Av. / V. Ex.ª
A minha avó tem
esperando por
setenta anos.
você. 2-DOIS-PONTOS ( : )

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante a) inicia a fala dos personagens.
de pronomes possessivos femininos, então po- Pedro foi lacônico:— Não sei!
demos escrever as frases abaixo das seguintes
formas:
b) antes de enumeração.
Os meus poetas preferidos são poucos: Bandeira,
Cedi o lugar a minha Cedi o lugar a meu
Quintana e Castro Alves.
avó. avô.

c) antes de citação.
Cedi o lugar à minha Cedi o lugar ao meu
avó. avô. Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas.”

3-RETICÊNCIAS ( ... )
Diga a sua irmã que Diga a seu irmão que As reticências indicam dúvidas ou hesitação de
estou esperando por estou esperando por
quem fala. Indicam também supressão de palavra (s)
ela. ele.
numa frase transcrita, interrupção de uma frase dei-
xada gramaticalmente incompleta e servem de re-
Diga à sua irmã que Diga ao seu irmão
estou esperando por que estou esperando curso quando se quer deixar o sentido da frase sus-
ela. por ele. penso.

- Depois da preposição até: — Sabe...eu queria te dizer que...esquece.


“Quando penso em você (...) menos a felicidade.”
Fui até a praia. ou Fui até à praia. — Não é que eu queira eximir-me às minhas obriga-
ções, mas...
Acompanhe-o Acompanhe-o — Ele acabou de sair. Quem sabe se você ligar
ou mais tarde..
até a porta. até à porta.

Nota: As reticências usadas no começo ou no fim de


uma frase, podem servir para indicar que o trecho

114
Apostila TJ-TO

transcrito pertence ao corpo de uma frase que não


se transcreveu desde o início ou que não se termi- d) complemento nominal de nome;
nou. e) oração principal da subordinada substantiva
(desde que esta não seja apositiva nem apareça na
4-PARÊNTESES ( ( ) ) ordem inversa)
a) usamos parênteses para isolar palavras, frases in-
tercaladas de caráter explicativo e datas. A vírgula no interior da oração
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita É utilizada nas seguintes situações:
gente. a) separar o vocativo.
Certa noite lá em Angra (Verinha lembrava-se como Maria, traga-me uma xícara de café.
se fora na véspera), encontrei um tal de Genésio. A educação, meus amigos, é fundamental para o
progresso do país.
Dica: Os parênteses também podem substituir a vír-
gula ou o travessão.
b) separar alguns apostos.
5- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
a) Após vocativo Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui on-
Parte, Anita! tem.

b) Após imperativo C) separar o adjunto adverbial antecipado ou interca-


Cale-se! lado.

c) Após interjeição Quando chegar de viagem, procurarei por você.


Ex.: Ufa! Ai! Ui! As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) Após palavras ou frases que denotem caráter D) separar elementos de uma enumeração.
emocional
Ex.: Que pena! Precisa-se de pedreiros, serventes, carpinteiros e
pintores.
6- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
a) Em perguntas diretas E) isolar expressões de caráter explicativo ou corre-
Ex.: Como você se chama? tivo.

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos
Ex.: - Quem ganhou na loteria? nos encontrar para acertar a viagem.
- Você.
- Eu?! f) separar conjunções intercaladas.

7-VÍRGULA ( , ) Não havia, porém, motivo para tanta raiva.


É usada para marcar uma pausa do enunciado com
a finalidade de nos indicar que os termos por ela se- g) separar o complemento pleonástico antecipado.
parados, apesar de participarem da mesma frase ou A mim, nada me importa.
oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Adelanta, esposa de João, foi a ganhadora h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
única da Loteria. Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
Podemos concluir que, quando há uma relação sintá-
tica entre termos da oração, não se pode separá-los i) separar termos coordenados assindéticos.
por meio de vírgula.
"Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto con-
Assim, não se separam por vírgula: tigo compactua..." (Caetano Veloso)
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo; j) marcar a omissão de um termo (normalmente o
c) adjunto adnominal de nome; verbo).

115
Apostila TJ-TO

c) separar orações subordinadas adverbiais (desen-


Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do volvidas ou reduzidas),
verbo preferir) principalmente se estiverem antepostas à oração
principal.
Termos coordenados ligados pelas conjunções e,
ou, nem dispensam o uso da vírgula. "No momento em que o tigre se lançava, curvou-
se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
Conversaram sobre futebol, religião e política. gancho."( O selvagem - José de Alencar)
Não se falavam nem se olhavam.
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. d) separar as orações intercaladas.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repeti- "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contenta-
das, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula mentos em a estar plantando..."
passa a ser obrigatório.
e) separar as orações substantivas antepostas à prin-
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à cipal.
missa de sétimo dia.
Quanto custa viver, realmente não sei.
A vírgula entre orações
8- PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas expli- a) usa-se ponto-e-vírgula para separar os itens de
cativas. uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma se-
Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, qüência, etc.
mora no Rio de Janeiro.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
b) separar as orações coordenadas sindéticas e as- I- advertência;
sindéticas (exceto as iniciadas pela II- suspensão;
conjunção e ). III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibili-
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o dade;
trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no V- destituição de cargo em comissão;
exame. VI- destituição de função comissionada.

Há três casos em que se usa a vírgula antes da con- b) separar orações coordenadas muito extensas ou
junção e: orações coordenadas nas quais já tenham tido utili-
zado a vírgula.
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos
diferentes. Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressi-
vas, numa quietude apática, era pronunciadamente
Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida,
cada vez mais pobres. quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma car-
2) quando a conjunção e vier repetida com a finali- díaca; os
dade de dar ênfase (polissíndeto). lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O vis-
conde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
9- TRAVESSÃO ( - )
3) quando a conjunção e assumir valores distintos
que não seja da adição (adversidade, conseqüência, a) dá início à fala de um personagem
por exemplo)
Ex.: O filho perguntou:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi apro- — Pai, quando começarão as aulas?
vada.

116
Apostila TJ-TO

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas
flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
— Doutor, o que tenho é grave? Exemplos:
— Não se preocupe, é uma simples infecção. É
Estes são os direitos por que esta-
só tomar um antibiótico e estará bom
mos lutando.
c) unir grupos de palavras que indicam itinerário O túnel por que passamos existe há
muitos anos.
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo es- POR QUÊ
tado.
Caso surja no final de uma frase, imediata-
mente antes de um ponto (final, de interroga-
Também pode ser usado em substituição à virgula ção, de exclamação) ou de reticências, a se-
em expressões ou frases explicativas quência deve ser grafada por quê, pois, de-
vido à posição na frase, o monossí-
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe. labo "que" passa a ser tônico.
Exemplos:
10- ASPAS ( “ ” )
Estudei bastante ontem à noite.
Sabe por quê?
a)isolar palavras ou expressões que fogem à norma
culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neolo- Será deselegante se você perguntar
gismos, arcaísmos e expressões populares. novamente por quê!
PORQUE
Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu
A forma porque é uma conjunção, equiva-
admirador. lendo a pois, já que, uma vez que,
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”. como. Costuma ser utilizado em respostas,
Conversando com meu superior, dei a ele um “feed- para explicação ou causa.
back” do serviço a mim requerido. Exemplos:

b) indicar uma citação textual Vou ao supermercado porque não


temos mais frutas.
Você veio até aqui porque não con-
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pres- seguiu telefonar?
sas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e
PORQUÊ
refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)
A forma porquê representa um substantivo.
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se Significa "causa", "razão", "motivo" e normal-
fizer necessário a utilização de novas aspas, estas mente surge acompanhada de palavra deter-
minante (artigo, por exemplo).
serão simples. ( ' ' )
Exemplos:
CAPÍTULO 18–USO DOS PORQUÊS Não consigo entender o porquê de
sua ausência.
Existem muitos porquês para justifi-
car esta atitude.
POR QUE Você não vai à festa? Diga-me ao
A forma por que é a sequência de uma pre- menos um porquê.
posição (por) e um pronome interroga- Veja abaixo o quadro-resumo:
tivo (que). Equivale a "por qual razão", "por
qual motivo":
Forma Emprego Exemplos
Exemplos:
Desejo saber por que você voltou Em frases inter-
tão tarde para casa. Por que ele chorou? (in-
rogativas (dire-
terrogativa direta)
Por que você comprou este casaco? Por que tas e indiretas)

Há casos em que por que representa a se- Em substituição


Digam-me por que ele
quência preposição + pronome relativo, à expressão

117
Apostila TJ-TO

"pelo qual" (e chorou. (interrogativa (perseguir animais) (tornar sem efeito)


suas variações) indireta)
cegar Segar
Os bairros por (deixar cego) (cortar, ceifar)
que passamos eram
sujos.(por que = pelos sela
quais) Cela
(forma do verbo selar; ar-
(pequeno quarto)
reio)
Eles estão revolta-
dos por quê?
Por quê No final de frases Censo senso
Ele não veio não sei por (recenseamento) (entendimento, juízo)
quê.
Céptico séptico
Em frases afir- (descrente) (que causa infecção)
Não fui à festa por-
Porque mativas e em
que choveu.
respostas
Cerração Serração
Como substan- Todos sabem o por- (nevoeiro) (ato de serrar)
Porquê
tivo quê de seu medo.
Cerrar serrar
(fechar) (cortar)

CAPÍTULO 19 - SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS


Cervo Servo
Homônimos (veado) (criado)
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algu-
mas vezes, a mesma grafia), mas significados diferen- xá
chá (bebida)
tes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo: (antigo soberano do Irã)

acender Ascender Cheque


xeque
(colocar fogo) (subir) (ordem de paga-
(lance no jogo de xadrez)
mento)
acento assento
(sinal gráfico) (local onde se senta) Círio sírio
(vela) (natural da Síria)
acerto asserto
(ato de acertar) (afirmação) Cito
sito
(forma do verbo ci-
(situado)
apreçar apressar tar)
(ajustar o preço) (tornar rápido)
Concertar consertar
bucheiro Buxeiro (ajustar, combinar) (reparar, corrigir)
(tripeiro) (pequeno arbusto)
concerto Conserto
bucho Buxo (sessão musical) (reparo)
(estômago) (arbusto)
Coser Cozer
Caçar cassar (costurar) (cozinhar)

118
Apostila TJ-TO

esotérico Exotérico tachar (atribuir de-


taxar (fixar taxa)
feito a)
(secreto) (que se expõe em público)

Homônimos Perfeitos
Expectador
espectador
Possuem a mesma grafia e o mesmo som.
(aquele que tem espe-
(aquele que assiste)
rança, que espera) Por Exemplo:
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)
Esperto Experto
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de
(perspicaz) (experiente, perito) tempo)

Espiar Expiar
(observar) (pagar pena)
Atenção:
Espirar expirar Existem algumas palavras que pos-
(soprar, exalar) (terminar) suem a mesma escrita (grafia), mas a
pronúncia e o significado são sempre
diferentes. Essas palavras são cha-
Estático extático madas de homógrafas e são uma
(imóvel) (admirado) subclasse dos homônimos.Observe
os exemplos:
Esterno Externo almoço (substantivo, nome da refeição)
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª
(osso do peito) (exterior) pessoa do sing. do tempo presente do
modo indicativo)
estrato Extrato
gosto (substantivo)
(camada) (o que se extrai de algo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª
pessoa do sing. do tempo presente do
Estremar Extremar modo indicativo)
(demarcar) (exaltar, sublimar)

incerto
Inserto
(não certo, impre-
(inserido, introduzido)
ciso)
Parônimos
incipiente insipiente É a relação que se estabelece entre palavras que pos-
suem significados diferentes, mas são muito pareci-
(principiante) (ignorante) das na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos
no quadro abaixo.
Laço Lasso
absolver absorver
(nó) (frouxo) (perdoar, inocentar) (aspirar, sorver)
apóstrofe apóstrofo
Ruço (figura de linguagem) (sinal gráfico)
Russo
(pardacento, grisa- Aprender Apreender
(natural da Rússia)
lho) (tomar conhecimento) (capturar, assimilar)
arrear arriar
tacha Taxa (pôr arreios) (descer, cair)
(prego pequeno) (imposto, tributo) ascensão assunção
(subida) (elevação a um cargo)
bebedor Bebedouro

119
Apostila TJ-TO

(aquele que bebe) (local onde se bebe) ratificar retificar


cavaleiro cavalheiro (confirmar) (corrigir)
(que cavalga) (homem gentil) recrear recriar
comprimento Cumprimento (divertir) (criar novamente)
(extensão) (saudação) Soar Suar
deferir Diferir (produzir som) (transpirar)
(atender) (distinguir-se, divergir) Sortir Surtir
delatar dilatar (abastecer, misturar) (produzir efeito)
(denunciar) (alargar) Sustar Suster
descrição Discrição (suspender) (sustentar)
(ato de descrever) (reserva, prudência) tráfego Tráfico
Descriminar discriminar (trânsito) (comércio ilegal)
(tirar a culpa) (distinguir)
despensa
Dispensa
(local onde se guar-
(ato de dispensar)
dam mantimentos)
Docente
discente
(relativo a professo-
(relativo a alunos)
res)
emigrar Imigrar
(deixar um país) (entrar num país)
Iminência
eminência
(qualidade do que está
(elevado)
iminente)
Eminente iminente
(elevado) (prestes a ocorrer)
esbaforido espavorido
(ofegante, apressado) (apavorado)
estada Estadia
(permanência em um (permanência temporá-
lugar) ria em um lugar)
flagrante fragrante
(evidente) (perfumado)
Fluir fruir
(transcorrer, decorrer) (desfrutar)
fusível Fuzil
(aquilo que funde) (arma de fogo)
imergir emergir
(afundar) (vir à tona)
inflação infração
(alta dos preços) (violação)
Infligir Infringir
(aplicar pena) (violar, desrespeitar)
Mandado Mandato
(ordem judicial) (procuração)
peão
Pião
(aquele que anda a pé,
(tipo de brinquedo)
domador de cavalos)
Procedente
precedente
(proveniente; que tem
(que vem antes)
fundamento)

120
Apostila TJ-TO

Interpretação de texto
Prova 1

121
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122
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Prova 2

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124
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Prova 3

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Prova 4

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130
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Prova 5

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132
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133
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134
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Prova 6

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Prova 7

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Apostila TJ-TO

Prova 8

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143
Apostila TJ-TO

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Apostila TJ-TO

146
Apostila TJ-TO

GABARITO PROVA 1

GABARITO PROVA 8
GABARITO PROVA 2

GABARITO PROVA 3

GABARITO PROVA 4

GABARITO PROVA 5

GABARITO PROVA 6

GABARITO PROVA 7

147
Apostila TJ-TO

Como Fazer um Texto Dissertativo Argu- 2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas
não posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos
mentativo no cenário público do Brasil. Toda essa movimentação
em torno dos casos de corrupção que assolam a nação
O texto dissertativo argumentativo tem como principais me fez pensar sobre a importância da ética nas relações
características a apresentação de um raciocínio, a defesa sociais em todos os níveis. Não quero me convencer de
de um ponto de vista ou o questionamento de uma deter- que um valor moral tão importante esteja sendo banido
minada realidade. O autor se vale de argumentos, de fa- da sociedade, substituído pelo direito de garantia de pri-
tos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as vilégios pessoais a qualquer custo.”
ideias que ele irá desenvolver. As três características bá-
sicas de um texto dissertativo são: Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira
e da primeira pessoa.
 Apresentação do ponto de vista
 Discussão dos argumentos Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá ori-
 Análise crítica do texto gem a frases do tipo:

A diferença desse modelo para um texto narrativo, por – “Precisamos estar conscientes da importância do cui-
exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história, dado ao meio ambiente”
contendo alguns elementos importantes como persona-
gens, local, tempo (intervalo no qual ocorreram os fatos), – “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças”
enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto disserta-
tivo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto – “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem
de vista usando argumentos. esse privilégio”.

Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do
na terceira pessoa do plural (objetiva) ou na primeira plural ficariam:
pessoa do singular (subjetiva), veremos a seguir exem-
plos de cada uma delas:
– “É preciso estar consciente da importância do cuidado
ao meio ambiente”
Dissertação Objetiva
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças”
Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o
leitor, já que os argumentos são expostos de forma im-
– “Alguns estudantes têm bons professores, mas nem to-
pessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar de imparciali-
dos têm esse privilégio”.
dade, embora se saiba que é a visão do autor que está
sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor aceitar
mais facilmente as ideias expostas no texto. Repare que quando você escreve na terceira pessoa do
plural, nunca utiliza os verbos conjugados pessoalmente
(utilizando o “eu” ou o “nós”). As frases sempre ficam im-
Dissertação Subjetiva
pessoais.
No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por
Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é
meio do uso da primeira pessoa do singular (eu), eviden-
muito importante que você escolha e mantenha o
ciando que os argumentos são resultados da opinião pes-
mesmo estilo do início ao fim! Se você escolheu a es-
soal de quem escreve (não que no texto objetivo também
crita objetiva, não utilize a subjetiva e vice-versa. É muito
não o sejam, afinal, a influência das ideias do autor estão
comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos
presentes também neste último caso).
candidatos mistura esses dois estilos ao longo do texto e
são penalizados na nota por isso. Fique atento a esse
Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase,
um texto objetivo e o segundo é um trecho de um texto lembre-se de qual estilo você escolheu e seja fiel a ele
subjetivo. Repare na diferença que existe entre os dois: até o fim!

1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre O mais recomendado é que você escolha a terceira pes-
resultado de uma demolição ou desconstrução de edifi- soa do plural, pois essa forma de escrever é mais infor-
cações. Existe um primeiro tipo que simboliza um tempo mal e mais fácil de ser seguida com fidelidade. O texto
passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às mu- objetivo também tem a vantagem de dar um aspecto de
danças dos gostos e da riqueza dos donos.” “autoridade” aos argumentos. Quando se opta pelo texto

148
Apostila TJ-TO

subjetivo, tem-se uma impressão de que tudo está so- que cultivava bactérias, por acaso percebeu que os fun-
mente de acordo com a opinião do autor, enquanto que gos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali es-
no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de to- tavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à pe-
dos. Isso é o que fortalece o caráter objetivo. nicilina”. Observe que, nesse caso, o argumento que va-
lidou a afirmação “O acaso pode dar origem a grandes
Recomendamos também que você pratique suas reda- descobertas” foi a documentação da experiência de
ções utilizando sempre o mesmo estilo para se acostu- Flemming.
mar. Isso vai ajudar você a não misturar as coisas depois.
Então comece a praticar desde já o texto objetivo para – A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse
chegar no dia da prova afiado e não colocar traços sub- caso se baseia em operações de raciocínio lógico, tais
jetivos misturados. como as implicações de causa e efeito, consequência e
causa, etc. Por exemplo: “Ao se admitir que a vida hu-
A Argumentação do Texto Dissertativo mana é o bem mais precioso do homem, não se pode
aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a
possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria irre-
Um texto argumentativo, como já comentamos, é aquele
parável”. Note que a ideia que o leitor tentou passar era:
em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista,
Não se pode aceitar a pena de morte. Para isso, foi men-
procurando fazer com que o leitor acredite nele. Para
cionado o caso de falha humana na sentença, o que per-
conseguir esse objetivo, utilizamos os argumentos.
mitiu que se chegasse a tal conclusão.
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem
do latim ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar. Qualquer um desses tipos de argumentos citados é vá-
lido na construção de um texto argumentativo.
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta
A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e
que se identifique a tese (ideia principal), para então fazer
a pergunta “por quê”? Por exemplo: o autor é contra a concursos utilizam o nome “texto dissertativo”, “texto ar-
pena de morte (tese). Porque… (argumentos). gumentativo” ou ainda “texto dissertativo argumentativo”,
mas todos se referem a esse mesmo padrão de texto que
mencionamos nesse artigo.
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente
em uma boa argumentação (por isso o nome: disserta-
tivo argumentativo). Para que isso ocorra, é preciso que
se organizem as ideias que serão expostas. Mostraremos
abaixo os tipos mais comuns de argumentos que podem
ser utilizados em uma redação:

Tipos de argumentos

– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no


conhecimento de um especialista da área. É um modo de
trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade
citada. Por exemplo: “Conforme afirma Bertrand Russel,
não é a posse de bens materiais o que mais seduz os
homens, mas o prestígio decorrente dela”.

– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exi-


gem a demonstração de um especialista para que se
prove o conteúdo argumentado. Nesse caso, não preci-
samos citar uma fonte de confiança. Por exemplo: “O in-
vestimento na Educação é indispensável para o desen-
volvimento econômico do país”. Repare que essa afirma-
ção não precisa de embasamento teórico, pois é um con-
senso global.

– A Comprovação pela Experiência ou Observação:


Esse tipo de argumentação é fundamentada na docu-
mentação com dados que comprovam ou confirmam sua
veracidade. Por exemplo: “O acaso pode dar origem a
grandes descobertas científicas. Alexander Flemming,

149
Apostila TJ-TO

Redação Enem 2017 nota 1000: Marcus Vinícius Afinal, dados estatísticos mostram que o número de
Monteiro Oliveira (Ceará) brasileiros com deficiência auditiva vem dimi-
nuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues -,
No Brasil, o início do processo de educação de sur- como em exclusivas, a exemplo daquela criada no
dos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relaci-
ato não se configurou como inclusivo, já que se ca- onada à inexistência ou à incipiência de professo-
racterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” res que dominem a Libras e à carência de aulas
educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria
público, segregando-o dos que seriam considerados ser atenuado por meio de uma maior gerência do
“normais” pela população. Estado nesse âmbito escolar.

Assim, notam-se desafios ligados à formação edu- Diante do exposto, cabe às instituições de ensino
cacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja com proatividade o papel de deliberar acerca dessa
por estereotipação da sociedade civil, seja por pas- limitação em palestras elucidativas por meio de
sividade governamental. Portanto, haja vista que a exemplos em obras literárias, dados estatísticos e
educação é fundamental para o desenvolvimento depoimentos de pessoas envolvidas com o tema,
econômico do referido público e, logo, da nação, para que a sociedade civil, em especial os pais de
ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes ade- surdos, não seja complacente com a cultura de es-
quados, a partir da resolução dos entraves vincula- tereótipos e preconceitos difundidos socialmente.
dos a ela.
Outrossim, o próprio público deficiente deve aler-
Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho tar a outra parte da população sobre seus direitos e
à implementação desse direito, reconhecido por suas possibilidades no Estado civil a partir da rea-
mecanismos legais, a discriminação enraizada em lização de dias de conscientização na urbe e da di-
parte da sociedade, inclusive dos próprios respon- vulgação de textos proativos em páginas virtuais,
sáveis por essas pessoas com limitação. Isso por como “Quebrando o Tabu”.
ser explicado segundo o sociólogo Talcott Parsons,
o qual diz que a família é uma máquina que produz Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões
personalidades humanas, o que legitima a ideia de no Ministério ou na Secretaria de Educação, pres-
que o preconceito por parte de muitos pais dificulta sionando os demiurgos indiferentes à problemática
o acesso à educação pelos surdos. abordada, com o fito de incentivá-los a profissiona-
lizarem adequadamente os professores – para que
Tal estereótipo está associado a uma possível inva- todos saibam, no mínimo, o básico de Libras – e a
lidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais,
infelizmente, desde o Período Clássico grego, em por meio da disponibilização de verbas e da cria-
que deficientes eram deixados para morrer por se- ção de políticas públicas convenientes, contrari-
rem tratados como insignificantes, o que dificulta, ando a teórica inclusão da primeira escola de sur-
ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua auto- dos brasileira.
nomia.

Além do mais, ressalte-se que o Poder Público in-


crementou o acesso do público abordado ao sis-
tema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma
língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo,
à grade curricular pública. Contudo, devido à falta
de fiscalização e de políticas públicas ostensivas
por parte de algumas gestões, isso não é bem efeti-
vado.

150
Apostila TJ-TO

Redação Enem 2017 nota 1000. Candidata Isa- de qualidade) para a manutenção da igualdade en-
bella Barros Castelo Branco (Piauí) tre os membros da sociedade, o que expõe os sur-
dos a uma condição de ainda maior exclusão e des-
Na obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, o respeito.
realista Machado de Assis expõe, por meio da re-
pulsa do personagem principal em relação à defici- Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário
ência física (ela era “coxa), a maneira como a soci- que a Escola promova a formação de cidadãos que
edade brasileira trata os deficientes. respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por
intermédio de palestras, debates e trabalhos em
Atualmente, mesmo após avanços nos direitos des- grupo, que envolvam a família, a respeito desse
ses cidadãos, a situação de exclusão e preconceito tema, visando a ampliar o contato entre a comuni-
permanece e se reflete na precária condição da dade escolar e as várias formas de deficiência.
educação ofertada aos surdos no País, a qual é res-
ponsável pela dificuldade de inserção social desse Além disso, é imprescindível que o Poder Público
grupo, especialmente no ramo laboral. destine maiores investimentos à capacitação de
profissionais da educação especializados no ensino
Convém ressaltar, a princípio, que a má formação inclusivo e às melhorias estruturais nas escolas,
socioeducacional do brasileiro é um fator determi- com o objetivo de oferecer aos surdos uma forma-
nante para a permanência da precariedade da edu- ção mais eficaz.
cação para deficientes auditivos no País, uma vez
que os governantes respondem aos anseios sociais Ademais, cabe também ao Estado incentivar a con-
e grande parte da população não exige uma educa- tratação de deficientes por empresas privadas, por
ção inclusiva por não necessitar dela. meio de subsídios e Parcerias Público-Privadas,
objetivando a ampliar a participação desse grupo
Isso, consoante ao pensamento de A. Schopenhauer social no mercado de trabalho. Dessa forma, será
de que os limites do campo da visão de uma pessoa possível reverter um passado de preconceito e ex-
determinam seu entendimento a respeito do mundo clusão, narrado por Machado de Assis e ofertar
que a cerca, ocorre porque a educação básica é de- condições de educação mais justas a esses cida-
ficitária e pouco prepara cidadãos no que tange dãos.
aos respeito às diferenças.
Fonte: https://g1.globo.com/educacao/noticia/leia-
Tal fato se reflete nos ínfimos investimentos gover- redacoes-nota-mil-do-enem-2017.ghtml
namentais em capacitação profissional e em melhor
estrutura física, medidas que tornariam o ambiente
escolar mais inclusivo para os surdos.

Em consequência disso, os deficientes auditivos en-


contram inúmeras dificuldades em variados âmbi-
tos de suas vidas. Um exemplo disso é a difícil in-
serção dos surdos no mercado de trabalho, devido
à precária educação recebida por eles e ao precon-
ceito intrínseco à sociedade brasileira.

Essa conjuntura, de acordo com as ideias do con-


tratrualista Johm Locke, configura-se uma violação
do “contrato social”, já que o Estado não cumpre
sua função de garantir que tais cidadãos gozem de
direitos imprescindíveis (como direito à educação

151
Apostila TJ-TO

Ex. q: A porta está aberta.


RACIOCÍNIO LÓGICO
¬q:
I . PROPOSIÇÃO ~q:
 Conjunto de palavras ou símbolos que expri-
mem um pensamento de sentido completo.
 São: declarativas, afirmativas ou negativas:
 Não são: interrogativas, exclamativas ou impe- Ex. r: 8 é ímpar.
rativas:
 Assumi obrigatoriamente, um único valor-ló- ¬r:
gico ou valor-verdade que é ou Verdadeiro (V)
ou Falso (F). ~r:
 As proposições são representadas por letras
do alfabeto: a, b, c, ..., p, q, r, s,...

Ex. A: 8 + 3 = 10
Ex.Indique as proposições(P) e as expressões(E):
~A:
a) O gato é um animal anfíbio. ( )
b) 3 + 3. ( )
c) 2 + 3x5 = 25 ( )
d) Bom dia!( ) Ex. B: 5 + 3 < 10
e) O avião não é um meio de transporte.( )
f) A idade do professor Augusto.( ) ~B:
g) Ele é formado em Física quântica.( )
h) O que significa STF?( )
i) Estude e será aprovado no concurso.( ) III. CONECTIVOS LÓGICOS
j) O valor de A + B é negativo.( )
k) A expressão x – y e positiva para x = 3 e y = 10.(  Conjunção:  ( e ) “p e q”, ou “p  q”
)  Disjunção:  ( ou ) “p ou q”, ou “p  q”
l) Prado é engenheiro.( )  Condicional simples:  ( se... então ) “Se p
m) Sou inocente, sou inocente! Gritava o mensaleiro
Dirceu. ( ) então q”, ou “p  q”.
n) Quem descobriu o Brasil? Foi Américo Vespúcio.(  Bicondicional:  ( se, e somente se ) “p se, e
) somente se q”, ou “p  q”.
o) Existe vida após a morte. ( )  Disjunção exclusiva:  ( ou... ou...) “ou p, ou q”,
ou “p  q”.

II. O MODIFICADOR LÓGICO(ou negação)


Na negação de uma proposição p, iremos usar Obs.:
o sinal de til (~) ou (¬) antes da letra que representa a
proposição original. Ou seja:

p ~p ou ¬p
V
F

Ex. p: João é médico.

¬p:

~p:

~p:

152
Apostila TJ-TO

d) Ana é alta e 4 é ímpar, consequentemente Diná é


médica.
ESCREVENDO NA FORMA SIMBÓLICA

e) Se Ana é alta, então ou Beto é gordo ou 4 é par.

Considere as proposições simples:


f) Ana não é alta e Beto é gordo, se Diná não é mé-
dico.
p:Ricardo é rico.

q: Pedro é pobre.
g) Ana não é alta só, e só, se 4 é par.
Escrevendo as proposições compostas na forma sim-
bólica. h) Tanto 4 é ímpar como Diná é médica, logo Ana é
alta.
 Ricardo é ricoouPedro é pobre.
Forma simbólica: p  q
i) Tanto não é verdade que 4 é impar como não é falso
 SeRicardo é rico,entãoPedro não é pobre. que Ana é alta, se Beto não é gordo.
Forma simbólica: p  ¬q

SeRicardo é rico, entãoRicardo é ricoePedro é pobre.

Forma simbólica: p  (p  q) (CESPE)Supondo que A simboliza a proposição “Alice


perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposi-
 Ricardo é ricoouPedro é pobrese, e somente se,Ri- ção “O Coelho Branco olhou o relógio”, julgue os itens
cardo é pobreePedro é rico.
a seguir.
Forma simbólica: (p  q)  (¬p  ¬q)
02. A proposição “Se o Coelho Branco não olhou o re-
Nem Ricardo é rico nem Pedro é pobre, conseqüente- lógio, então Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode
mente Pedro é pobre. ser simbolizada por (¬B)(¬A).

Forma simbólica: (¬p  ¬q)  q


(CESPE)Com relação à lógica formal, e considerando
a proposição P: “Mário pratica natação e judô”, julgue
os itens seguintes.
E X ER CÍ CIO S
03. Simbolizando a proposição P por AB, então a pro-
01. Considere as proposições simples: posição Q: “Mário pratica natação mas não pratica judô”
A:Ana é alta. é corretamente simbolizada por A(¬B).

B: Beto é gordo. 04. A proposição “Tanto João não é norte-americano


como Lucas não é brasileiro, se Alberto é francês” po-
C:4 é par. deria ser representada por uma expressão do tipo
P[(¬Q)  (¬R)].
D: Diná é médica.

05. Se A for a proposição Joaquim é agricultor, e B,


a proposição Marieta é empresária, então a sentença
Escreva cada uma das proposições abaixo na verbal correspondente à proposição B(¬A) será Mari-
forma simbólica. eta é empresária e Joaquim não é agricultor.

a) Ana é alta, então 4 não é par.


06. A sentença “O Departamento Cultural do Itamaraty
realiza eventos culturais e o Departamento de Promo-
b) Beto é gordo se, e somente se Diná é médica. ção Comercial não estimula o fluxo de turistas para o
Brasil” é uma proposição que pode ser simbolizada na
forma A(¬B).
c) Ana não é alta mas Beto é gordo.

153
Apostila TJ-TO

07. Considere que letras maiúsculas do alfabeto sim- Tendo como referência as quatro frases acima, julgue
bolizam proposições e que os símbolos ¬, , , → re- o itens seguintes.
presentam, respectivamente, os conectores não, e, ou,
se...então. Nessa situação, assinale a opção corres- 15. A primeira frase é composta por duas proposições
pondente à expressão que representa simbolicamente lógicas simples unidas pelo conectivo de conjunção.
a proposição: “O corpo técnico da CG não auxiliou o 16. A segunda frase é uma proposição lógica simples.
Ministério Público Estadual e gerou quatro relatórios” 17. A terceira frase é uma proposição lógica composta.
A) (¬A) → B 18. A quarta frase é uma proposição lógica em que
B) (¬A)  B aparecem dois conectivos lógicos.
C) ¬(A → B)
D) (¬A)  B
E) ¬(A  B) 19. Na lista de frases apresentadas a seguir há exata-
mente três proposições.
“A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
Considerando que cada proposição lógica simples
seja representada por uma letra maiúscula e utilizando A expressão X + Y é positiva.
os símbolos usuais para os conectivos lógicos, julgue
os itens seguintes. O valor de 4 + 3 = 7.

08. A sentença “Maria é mais bonita que Sílvia, pois Pelé marcou dez gols para a seleção brasi-
Maria é Miss Universo e Sílvia é Miss Brasil” é repre- leira.
sentada corretamentepela expressão simbólica (P  Q)
 R. O que é isto?
09. A sentença “Homens e mulheres, ou melhor, todos
da raça humana são imprevisíveis” é representada cor- 20. Considere as seguintes sentenças:
retamente pela expressão simbólica (P  Q)  R. I. O Acre é um estado da Região Nordeste.
10. A sentença “Trabalhar no TRT é o sonho de muitas II. Você viu o cometa Halley?
pessoas e, quanto mais elas estudam, mais chances III. Há vida no planeta Marte.
elas têm de alcançar esse objetivo” é representada cor- IV. Se x < 2, então x + 3 > 1.
retamente pela expressão simbólica S  T. Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas
duas são proposições.

(CESPE)Com relação à lógica formal, julgue os itens 21. Considere a seguinte lista de sentenças:
subsequentes. I. Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério
das Relações Exteriores?
11. A proposição “O SEBRAE facilita e orienta o II. O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela cons-
acesso a serviços financeiros” é uma proposição sim- trução do século XIX.
ples. III. As quantidades de embaixadas e consulados ge-
12. A frase “Pedro e Paulo são analistas do SEBRAE” rais que o Itamaraty possui são, respectivamente,
é uma proposição simples. x e y.
13. A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a proposição IV. O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.
“2 + 5 = 7”. Nessa situação, é correto afirmar que entre as senten-
14. A proposição “João viajou para Paris e Roberto vi- ças acima, apenas uma delas não é uma proposição.
ajou para Roma” é um exemplo de proposição formada
por duas proposições simples relacionadas por um co- 22. Há duas proposições no seguinte conjunto de sen-
nectivo de conjunção. tenças:
I. O BB foi criado em 1980.
II. Faça seu trabalho corretamente.
(CESPE) III. Manuela tem mais de 40 anos de idade.

Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para


meu conselho. A resposta branda acalma o cora- Em cada um dos itens abaixo são apresentadas frases
ção irado. O orgulho e a vaidade são as portas de que deverão ser julgadas como CERTO, se caracteri-
entrada da ruína do homem. Se o filho é honesto zarem uma proposição, e como ERRADA, em caso
então o pai é exemplo de integridade. contrário.

23. Se lançarmos o produto até a próxima semana, te-


remos vantagem na disputa do mercado com a concor-
rência.

154
Apostila TJ-TO

24. Traga o relatório contábil para a reunião dessa


sexta para subsidiar nossa decisão.
25. Quando será realizado o curso sobre avaliação de  CONJUNÇÃO: ( e )
investimentos?

A B AB
Com relação às proposições lógicas, julgue os próxi-
V V
mos itens.
V F
F V
26. A expressão “Viva Mandela, viva Mandela! gritava
F F
a multidão entusiasmada” estará corretamente repre-
sentada na forma PQ, em que P e Q sejam proposi-
ções lógicas adequadamente escolhidas.
27. A frase “A religião produz um cerceamento da li- AB AB
berdade individual e a falta de religião torna a socie-
dade consumista e degradada” estará representada, de
maneira logicamente correta, na forma PQ, em que P
e Q sejam proposições convenientemente escolhidas.
28. A frase “O perdão e a generosidade são provas de
um coração amoroso” estará corretamente represen-
tada na forma PQ, em que P e Q sejam proposições
lógicas convenientemente escolhidas.
29. A frase “Todo ato de violência tem como conse-
quência outro ato de violência” estará simbolicamente
representada, de maneira correta, na forma P→Q, em
que P e Q sejam proposições lógicas conveniente-
mente escolhidas.

Ex.
IV. TABELAS VERDADES E DIAGRAMAS
“4 é número par e 8 é número primo.” ( )

Importante: para determinar o números de linha de


uma tabela verdade ou numero de valorações, é 2 n ,
onde n é o numero de proposições simples. “4 é número par e 7 é número primo.” ( )

Ex.: O numero de linhas da tabela verdade de:

a) A  B “2 é número ímpar e 3 é número par.” ( )


b) A (B  C)
c) (A  B) (C  D)
d) A (~A B) “2 + 2 = 5 e 2 x 2 = 4.”( )
e) João viajou para Paris ou Roberto viajou para Roma.

f) Mais seis meses e logo virá o verão.

155
Apostila TJ-TO

 DISGUNÇÃO:  ( ou )

 CONDICIONAL SIMPLES:  ( se... então )


A B AB
V V
V F A B AB
F V V V
F F V F
F V
F F
AB AB

AB A B

Ex.

Ex. “Se 4 é número par então 7 é número primo.” ( )

“4 é número par ou 8 é número primo.” ( )

“Se 4 é número par então 8 é número primo.” ( )

“4 é número par ou 7 é número primo.” ( )

“Se 2 é número ímpar então 3 é número par.” ( )

“2 é número ímpar ou 3 é número par.” ( )

“Se 2 + 2 = 5 então 2 x 2 = 4.”( )

“2 + 2 = 5 ou2 x 2 = 4.”( )

156
Apostila TJ-TO

Obs.: A é condição suficiente para B. 


 DISJUNÇÃO EXCLUSIVA: (ou... ou...)
B é condição necessária para A.

A B A B
V V
V F
F V
 BICONDICIONAL:  (se, e somente se) F F

p q pq A  B  (A – B)  (B – A)
V V
V F
F V
F F
A  B A = B

Ex.

“Ou 4 é número par, ou 8 é número primo.” ( )

Ex.
“Ora 4 é número par, ora 7 é número primo.” ( )
“4 é n° par se, e somente se 7 é n° primo.” ( )

“Ou 2 é número ímpar, ou 3 é número par.” ( )


“4 é n° par se, e somente se 8 é n° primo.” ( )

“Ou 2 + 2 = 5, ou 2 x 2 = 4.”( )
“2 é n° ímpar se, e somente se 3 é n° par.” ( )

“2 + 2 = 5 se, e somente se2 x 2 = 4.”( )

Obs.: A é condição necessária e suficiente para B.


157
Apostila TJ-TO

E X ER CÍ CIO S ( ) Se 3 é primo então qualquer inteiro é ímpar

Marque a sequência correta, de cima para baixo:

Considerando que R e T são proposições lógicas sim- A) F, F, F B) F, V, F


ples, julgue os itens a seguir, acerca da construção de
C) V, F, F D) V, V, F
tabelas-verdade.

30. Se a expressão lógica envolvendo R e T for (R 


T)  R, a tabela-verdade correspondente será a se- 35. Assinale a alternativa que apresenta uma proposi-
guinte. ção composta cujo valor lógico é verdadeiro.
R T (R  T)  R (A) 42 = 24 (−3)2 = −9
V V V
V F F (B) 2 + 3 = 6  21 é primo
F V V
F F F (C) 7 ≤ 7  −1 < −2
31. Se a expressão lógica envolvendo R e T for (R  T)
 (¬ R), a tabela-verdade correspondente será a se- (D) 32 = 8  1 < 2
guinte.
R T (R  T)  ( R) (E) 3 − 2 = 1  4 ≤ 3
V V V
V F F
F V V
F F V 36. Todas as proposições abaixo envolvem implica-
ções lógicas. A única que representa uma proposição
VERDADEIRA é:
32. Sejam as proposições a: 2q é par, sendo q  Z e A) (42 – 1 = 15) → (50 + 1 = 62 + 4);
b: √2> 5, determine os valores lógicos (V – verdadeiro
e F – falso) das proposições: B) (52 + 1 = 26) → (2 + 3 . 5 = 25);
( ) a b ( )ab ( )a
b C) (70 – 1 = 0)→ (110= 10);

Marque a alternativa que tem a seqüência, respectiva, D) (52 + 1 = 11) → (2 + 3 . 5 = 25);


correta:
E) (2 + 3 . 5 = 17)→ (12 + 1 = 3).
A) V, V, F B) F, V, F

C) F, V, V D) V, F, V
37. Paloma fez as seguintes declarações:
− “Sou inteligente e não trabalho.”

− “Se não tiro férias, então trabalho.”


33. Marque a alternativa que contenha o valor lógico
INCORRETO:
Supondo que as duas declarações sejam verdadeiras,
B) P1: 2 + 2 = 4 ⟶ 2 + 3 = 6
C) P2: Todo número multiplicado por 2 gera um número é FALSO concluir que Paloma
par.
C) P3: As diagonais de um quadro são iguais. (A) é inteligente.

D) P4: 3 + 1 = 4 ⟶ 1 + 1 = 2 (B) tira férias.

(C) trabalha.

34. Determine o valor lógico de cada uma das proposi- (D) não trabalha e tira férias.
ções abaixo, marcado (V) para verdadeiro e (F) para
falso: (E) trabalha ou é inteligente.
( ) 1 + 2 = 3 e (10%)2 = 100%

( ) √25% = 50% ou 32 é ímpar

158
Apostila TJ-TO

38. Certo dia, três bibliotecárias foram incumbidas de lembrando que “” é o conector condicional se então
catalogar os livros de um lote recebido. Ao final do tra- e “” é o conector condicional se, somente se. É cor-
balho, duas delas fizeram as seguintes declarações:
reto afirmar que
Aline: Bia catalogou livros do lote, mas Cacilda não os
catalogou. A) todas as sentenças são falsas.
Bia: Se Aline não catalogou livros do lote, então Ca- B) nenhuma sentença é falsa.
cilda os catalogou.
C) apenas I é verdadeira.
Considerando que as duas declarações são verdadei-
ras, então os livros desse lote foram catalogados: D) apenas II e III são falsas.

(A) pelas três bibliotecárias. E) apenas I e IV são falsas.

(B) por uma única bibliotecária. 45. Certo dia, cinco Técnicosde um mesmo setor do
Ministério Publico do Estado de São Paulo - Amarilis,
(C) apenas por Bia e Cacilda. Benivaldo, Corifeu, Divino e Esmeralda - foram convo-
cados para uma reunião em que se discutiria a implan-
(D) apenas por Aline e Cacilda. tação de um novo serviço de telefonia. Após a realiza-
ção dessa reunião, alguns funcionários do setor fizeram
(E) apenas por Aline e Bia. os seguintes comentários:
- "Se Divino participou da reunião, então Esmeralda
Com relação à lógica formal, julgue os itens subse- também participou";
quentes. - "Se Divino não participou da reunião, então Corifeu
participou";
39. Considerando-se que A e B sejam proposições - "Se Benivaldo ou Corifeu participaram, então Amari-
ambas V ou sejam ambas F, então a proposição
lis não participou";
¬((¬A)B) será F.
40. Considerando que as proposições “Seu chefe lhe - "Esmeralda não participou da reunião".
passa uma ordem” e “Você não aceita a ordem sem Considerando que as afirmações contidas nos quatro
questioná-la” sejam V, a proposição “Se seu chefe lhe comentários eram verdadeiras, pode-se concluir com
passa uma ordem, então você aceita a ordem sem certeza que, além de Esmeralda, não participaram de
questioná-la” é julgada como F. tal reunião
41. O número de valorações possíveis para (Q  ¬R) (A) Amarilis e Benivaldo.
 P é inferior a 9. (B) Amarilis e Divino.
42. A proposição “Se 3 + 3 = 9, então Pelé foi o pior
(C) Benivaldo e Corifeu.
jogador de futebol de todos os tempos” é valorada
como F. (D) Benivaldo e Divino.
(E) Corifeu e Divino.

43. No final de semana, Chiquita não foi ao parque. 46. Considere as seguintes proposições:
Ora, sabe-se que sempre que Didi estuda, Didi é apro- A 3 + 4 = 7 ou 7 – 4 = 3
vado. Sabe-se, também, que, nos finais de semana, ou
Dadá vai à missa ou vai visitar tia Célia. Sempre que B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8
Dadá vai visitar tia Célia, Chiquita vai ao parque, e sem-
pre que Dadá vai à missa, Didi estuda. Então, no final C 32 = – 1ou 32 = 9
de semana,
a) Dadá foi à missa e Didi foi aprovado. D 32 = – 1 ou 32 = 1
b) Didi não foi aprovado e Dadá não foi visitar tia Cé-
lia. Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas
c) Didi não estudou e Didi foi aprovado. duas são V.
d) Didi estudou e Chiquita foi ao parque.
e) Dadá não foi à missa e Didi não foi aprovado. 47. Considere as seguintes proposições:
A: 6 – 1 = 7 ou 6 + 1 > 2
44. Dadas as sentenças, B: 6 + 3 > 8 e 6 – 3 = 4
I. 1 = 2  2 = 3.
II. 1 = 2 ou 2 = 3. C: 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45
III. 1 = 2 e 2 = 3.
IV. 1 = 2  2 = 3. D: 5 + 2 é um número primo e todo número primo
é ímpar.
159
Apostila TJ-TO

Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas e) O Duque não saiu do castelo e o rei não foi à caça.
duas são F.

48. Considere as proposições. 53. A proposição “Se as reservas internacionais em


A: 4 > 1; B: 3 < 6; moeda forte aumentam, então o país fica protegido de
ataques especulativos” pode também ser corretamente
C: 5 > 9; D: 8 > 11; expressa por “O país ficar protegido de ataques espe-
culativos é condição necessária para que as reservas
E: AB; F: AC; internacionais aumentem”.
54. Considerando que A e B simbolizem, respectiva-
G: AD; H: CD; mente, as proposições a “a Amazônia é rica” e “o Brasil
é soberano”, então a proposição A→B é uma simboli-
zação correta para a proposição “Uma condição sufici-
I: CB.
ente para o Brasil ser soberano é que a Amazônia é
rica”.
Nesse caso, é correto afirmar que, nessa lista de
55. A proposição “Ser médico é condição suficiente
9 proposições, 4 são V. para ser rico” é corretamente simbolizada na forma
A→B, em que A representa “ser rico” e B representa
49. Considere que as proposições B e A(¬B) sejam “ser médico”.
V. Nesse caso, o único valor lógico possível para A é V. 56. A proposição “Ser cantor é condição necessária
para um artista ser famoso” é corretamente simboliza
na forma P→Q, em que P representa “um artista ser
50. Se Frederico é francês, então Alberto não é ale- famoso” e Q represente “ser cantor”.
mão. Nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana.Se
Pedro não é português, então Frederico é francês.Ora
Albertoé alemão, ora Egídio é espanhol. Logo: 57. Em uma reunião de um grupo de colegas que es-
a) Pedro é português e Frederico é francês tudam matemática, Paulo, após uma leitura apurada
sobre um problema que esse grupo procura resolver faz
b) Pedro é português e Alberto é alemão as três seguintes afirmações: “ A >B e C <D ” ; “ A >D e
B >D , se e somente se D >C ” ; “ E ≠ B , se e somente
c) Pedro não é português e Alberto é alemão se D = A ”. Após uma breve discussão o grupo passa a
considerar as afirmações de Paulo como verdadeiras e
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês conclui corretamente que
A) A >D >B >C
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês
B) A >E >D >C
51. Sabe-se que Beto beber é condição necessária
para Carmem cantar e condição suficiente para Denise C) C <D <A <E
dançar. Sabe-se, também, que Denise dançar é condi-
ção necessária e suficiente para Ana chorar. Assim, D) A >B >C >E
quando Carmem canta,
a) Beto não bebe ou Ana não chora. E) B <A <C <D
b) Denise dança e Beto não bebe.
c) Denise não dança ou Ana não chora. 58. Considere as seguintes premissas:
d) nem Beto bebe nem Denise dança. p : Trabalhar é saudável
e) Beto bebe e Ana chora.
q : O cigarro mata.
52. O Rei ir à caça é condição necessária para o Du- A afirmação “Trabalhar não é saudável ou o cigarro
que sair do castelo, e é condição suficiente para a Du-
mata” é FALSA se
quesa ir ao jardim. Por outro lado, o Conde encontrar a
Princesa é condição necessária e suficiente para o Ba-
(A) p é falsa e ~q é falsa.
rão sorrir e é condição necessária para a Duquesa ir ao
jardim. A Duquesa não vai ao jardim. Logo:
(B) p é falsa e q é falsa.
a) O Barão não sorrir ou o Conde não encontrou a Prin-
cesa.
(C) p e q são verdadeiras.
b) Se o Duque não saiu do castelo, então o Conde en-
controu a Princesa.
(D) p é verdadeira e q é falsa.
c) O Rei não foi à caça e o Conde não encontrou a
Princesa.
d) O Rei foi à caça e a Duquesa foi ao jardim. (E) ~p é verdadeira e q é falsa.

160
Apostila TJ-TO

59. Se Marcos não estuda, João não passeia. Logo: b) se Alda é alta, Bino é baixo, e se Bino é baixo, Ciro
a) Marcos estudar é condição necessária para João é calvo.
não passear. c) se Alda é alta, Bino é baixo, e se Bino não é baixo,
b) Marcos estudar é condição suficiente para João pas- Ciro não é calvo.
sear. d) se Bino não é baixo, Alda é alta, e se Bino é baixo,
c) Marcos não estudar é condição necessária para Ciro é calvo.
João não passear. e) se Alda não é alta, Bino não é baixo, e se Ciro é
d) Marcos não estudar é condição suficiente para João calvo, Bino não é baixo.
passear.
e) Marcos estudar é condição necessária para João
passear. 63. André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é
inocente, então Caio é culpado. Caio é inocente se e
somente se Dênis é culpado. Ora, Dênis é culpado.
60. Considere a afirmação P:“A ou B” Logo:
Onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirma- a) Caio e Beto são inocentes
ções:
b) André e Caio são inocentes
A: “Carlos é dentista”
c) André e Beto são inocentes
B: “Se Enio é economista, então Juca é arquiteto”.
d) Caio e Dênis são culpados
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:
e) André e Dênis são culpados
a) Carlos não é dentista; Enio não é economista; Juca
não é arquiteto. 64. Se M = 2x + 3y, então M = 4p + 3r. Se M = 4p + 3r,
b) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca não então M = 2w – 3r. Por outro lado, M = 2x + 3y, ou M =
é arquiteto. 0. Se M = 0, então M+H = 1. Ora, M+H ≠ 1. Logo,
c) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca é ar- a) 2w – 3r = 0
quiteto.
d) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca não b) 4p + 3r ≠ 2w – 3r
é arquiteto.
e) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não é ar- c) M ≠ 2x + 3y
quiteto.
d) 2x + 3y ≠ 2w – 3r

61. Considere as seguintes premissas: e) M = 2w – 3r


p: Estudar é fundamental para crescer
profissionalmente. 65. Três pessoas estão sendo acusados por um erro
técnico: Arnaldo, Ernaldo e Irnaldo. O erro pode ter sido
q: O trabalho enobrece. cometido por um deles ou por mais de um deles. Co-
nhecendo as seguintes afirmações,
A afirmação "Se o trabalho não enobrece, então I. Se Irnaldo é inocente, então Ernaldo é culpado;
estudar não é fundamental para crescer II. Ou Arnaldo é culpado ou Ernaldo é culpado;
III. Arnaldo cometeu um erro técnico.
profissionalmente" é, com certeza, FALSA quando:
Podemos concluir que
(A) p é falsa e q é falsa.
A) somente Irnaldo não cometeu erro.
(B) p é verdadeira e q é verdadeira.
B) o único que errou foi Ernaldo.
(C) p é falsa e q é verdadeira.
C) somente Arnaldo cometeu erro.
(D) p é verdadeira e q é falsa.
D) tanto Arnaldo como Ernaldo cometeram erros.
(E) p é falsa ou q é falsa.
E) Arnaldo e Irnaldo cometeram erro.
62. A afirmação “Alda é alta, ou Bino não é baixo, ou
Ciro é calvo” é falsa. Segue-se, pois, que é verdade
que:
66. Considere falsa a proposição "Se X dirige em alta
a) se Bino é baixo, Alda é alta, e se Bino não é baixo,
velocidade e avança o sinal vermelho, então é multado"
Ciro não é calvo.
e analise as afirmações

161
Apostila TJ-TO

I. X dirige em alta velocidade, avança o sinal vermelho 70. Para a simbolização apresentada acima e seus
e não é multado. correspondentes valores lógicos, a proposição BC é
II. Se X dirige em alta velocidade e não é multado, en- V.
tão avança o sinal vermelho. 71. De acordo com a notação apresentada acima, é
III. X é multado se, e somente se, dirige em alta veloci- correto afirmar que a proposição (A) (C) tem valor
dade ou avança o sinal vermelho. lógico F.
Dessa análise, pode-se concluir que é verdadeira a al-
ternativa

A) apenas I.
V. TAUTOLOGIA
B) apenas II.

C) apenas III.
São proposições compostas que são sempre
D) apenas I e II. verdadeira, independente dos valores lógicos das pro-
posições simples que as compõem.
E) I, II e III.

Ex.: a proposição (p  q)  (~p  q)


67. Se a proposição A for F e a proposição (A) B
for V, então, obrigatoriamente, a proposição B é V. p ~p q pq ~pq (p  q)  (~p  q)
68. Considere as proposições A, B e C a seguir. V F V
A: Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, V F F
então Jane foi aprovada em concurso público. F V V
F V F
B: Janefoi aprovada em concurso público.

C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça.


Ex.: Verifiquese as proposições abaixo são Tautolo-
Nesse caso, se A e B forem V, então C também será gias.
V.
a) (p  q)( p q)
69. Uma proposição simbolizada por P(P  Q) pos-
sui um único valor lógico F para todos os possíveis va- b) ¬(p  q)(¬p¬q)
lores lógicos atribuídos às proposições P e Q.
E X ER CÍ CIO S

Considere as proposições simples e compostas apre- (CESPE)Considere a proposição: Se meu cliente


sentadas abaixo, denotadas por A, B e C, que podem fosse culpado, então a arma do crime estaria no carro.
ou não estar de acordo com o artigo 5.º da Constitui- Simbolizando por P o trecho meu cliente fosse cul-
ção Federal. pado e simbolizando por Q o trecho a arma estaria no
carro, obtém-se uma proposição implicativa, ou sim-
A: A prática do racismo é crime afiançável. plesmente uma implicação, que é lida: Se P então Q,
e simbolizada por P  Q. Uma tautologia é uma pro-
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo
posição que é sempre V (verdadeira). Uma proposição
Estado.
que tenha a forma P  Q é V sempre que P for F
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime polí- (falsa) e sempre que P e Q forem V. Com base nessas
tico em território brasileiro será extraditado. informações e na simbolização sugerida, julgue os
itens subsequentes.
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corre-
tamente às proposições A, B e C, a partir da Constitui- 72. A proposição “Se meu cliente fosse culpado, então
ção Federal, julgue os itens a seguir. a arma do crime estaria no carro. Portanto, se a arma
do crime não estava no carro, então meu cliente não é
culpado.” É uma tautologia.

162
Apostila TJ-TO

73. A proposição “Se meu cliente fosse culpado, então 81. Na tabela abaixo, a proposição
a arma do crime estaria no carro. Portanto, ou meu cli- [AB][(¬B)(¬A)] é uma tautologia.
ente não é culpado ou a arma do crime estaria no   A (B)(A [AB][(B)(A
A B
carro.” não é uma tautologia. A B B ) )]
V V
V F
74. Considerando que P e Q sejam proposições e que F V
 ,  ,  e  sejam os conectores lógicos que repre- F F
sentam, respectivamente, “e”, “ou”, “negação” e o “co-
nectivo condicional”, assinale a opção que não apre-
senta uma tautologia. 82. Se A e B são proposições, completando a tabela
a) P  (P  Q) abaixo, se necessário, conclui-se que a proposição (A
b) (P  Q)  (P  Q)  B)  (A B) é uma tautologia.
c) (¬ P  ¬ Q)  (¬ P) A B A   (A A (AB)(A
d) (P  Q)  Q
B A B B) B B)
V V
V F
F F
75. Um exemplo de Tautologia é:
a) Se João é alto, então João é alto e Guilherme é F V
gordo.
b) Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é
gordo. 83. A sentença “No Palácio Itamaraty há quadros de
c) Se João é alto ou Guilherme é gordo, então Gui- Portinari ou no Palácio Itamaraty não há quadros de
lherme é gordo. Portinari” é uma proposição sempre verdadeira.
d) Se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é
alto e Guilherme é gordo. 84. Abaixo são apresentadas 3 proposições compos-
e) Se João é alto ou não é alto, então Guilherme é tas.
gordo. I. p p

II. p p
76. Dizemos que uma sentença composta é uma tau-
tologia se seu valor lógico é sempre verdadeiro. Consi- III. p  p
dere que P e Q sejam proposições e que "", "", "" e
"" sejam os conectores lógicos que representam, res- É(São) tautologia(s) APENAS
pectivamente, "e", "ou", "negação" e o "conector condi-
cional". Qual das sentenças compostas abaixo não é (A) I.
uma tautologia?
A) P (P). (B) II.

B)  (P (P)). (C) I e II.

C) (P Q) (P Q). (D) I e III.

D) (P Q) (P Q). (E)) II e III.

E) (P Q)  (P Q).

77. A proposição (AB)  (¬A  B) é uma tautologia.


78. Considerando as proposições P e Q e os símbolos
lógicos: (negação);  (ou);  (e);  (se, ... então), é
correto afirmar que a proposição ( P) Q  (P) Q
é uma tautologia.

79. A proposição [(PQ)(QR)](PR) é uma tau-


tologia.
80. A proposição simbólica (AB)(¬(A(¬B))) é
sempre julgada como V, independentemente de A e B
serem V ou F.

163
Apostila TJ-TO

(D) p  q

VI.CONTRADIÇÃO (E) p  p

São proposições compostas que são falsas in-


88. Considere a seguinte proposição: "na eleição para
dependentemente dos valores lógicos das proposi-
a prefeitura, o candidato A será eleito ou não será
ções simples que as compõem. eleito”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da propo-
sição caracteriza:
Ex.: a proposição (p  q)  (~p  q) (A) um silogismo.

p ~p q pq ~pq (p  q)  (~p  q) (B) uma tautologia.


V F V
(C) uma equivalência.
V F F
F V V (D) uma contingência.
F V F
Ex.: Verifiquese a proposição abaixo e Contradição. (E) uma contradição.

a) ¬p  (p  ¬q)

89. Considerando as seguintes afirmações:


 p: Chove e não chove;
 q: x é par, para x número inteiro;
 r: x + 1 é ímpar, para x número inteiro;
E X ER CÍ CIO S  s: Se 5 >3 , então 3 < 5 .
Então, é correto afirmar que
85. Em relação às proposições A:√16 = 4 e B: 9 é par,
a proposição composta AB é uma contradição. (A) p é uma tautologia e s é uma contradição.
(B) q e r são proposições e s é uma contradição
(C) q e r são proposições, uma a negação da outra.
86. Considerando todos os possíveis valores lógicos V (D) q e r são sentenças abertas, p é uma contradição e
ou F atribuídos às proposições A e B, assinale a opção s é uma tautologia.
correspondente à proposição composta que tem sem- (E) q e r são sentenças abertas, p é uma tautologia e s
pre valor lógico F. é uma contradição.
A) [A(¬B)](AB)

B) [A(¬B)]A

C) A[(¬B)A]

D) [A(¬B)][(¬A)B]

E) (AB)[(¬A)(¬B)]

87. Denomina-se contradição a proposição composta


VII. PROPOSIÇÕES EQUIVALENTES
que é SEMPRE FALSA, independendo do valor lógico
de cada uma das proposições simples que compõem a
tal proposição composta. Sejam p e q duas proposições Duas ou mais proposições são equivalentes
simples e p e q, respectivamente, suas negações. quando formadas pelas mesmas proposições simples
Assinale a alternativa que apresenta uma contradição. resultam tabelas-verdades idênticas.
(A) p  q
Ex.: As proposição (p  q)e (~p  q) são
(B) q p equivalentes, pois:

(C) p q

164
Apostila TJ-TO

p ~p q pq ~pq Se Bertrand não entende de lógica, então


V F V V V George é culpado.
V F F F F
F V V V V
F V F V V É equivalente afirmar que:

Se George não é culpado, então Bertrand


Tabelas idênticas entende de lógica.

Importante:

Equivalências
E X ER CÍ CIO S
ASSOCIATIVA
90. A sentença “penso, logo existo” é logicamente
equivalente a:
(p q)  rp(q r) a) Penso e existo.
b) Nem penso, nem existo.
(p q)  rp(q r) c) Não penso ou existo.
d) Penso ou não existo.
e) Existo, logo penso.

DISTRIBUTIVA
91. Considere verdadeira a seguinte proposição com-
p (qr)  (pq)  (pr) posta: “Se Mariana chegar, então Antônio dormirá.” É
correto concluir que
p (qr)  (pq)  (pr) (A) se Mariana não chegar, então Antônio dormirá.

(B) se Mariana não chegar, então Antônio não dor-


mirá.
DUPLA NEGAÇÃO
(C) se Antônio dormir, então Mariana chegou.
~(~p) p
(D) se Antônio não dormir, então Mariana chegou.

(E) se Antônio não dormir, então Mariana não chegou.


CONDICIONAL

pq ~pq 92. Uma afirmação equivalente à afirmação “Se bebo,


então não dirijo” é
pq ~pq ou pq ~ qp (A) Se não bebo, então não dirijo.

(B) Se não dirijo, então não bebo.

(C) Se não dirijo, então bebo.

0BS: Um teorema muito importante para as provas de (D) Se não bebo, então dirijo.
concurso é o teorema contra-recíproco, ou seja:
(E) Se dirijo, então não bebo.

pq ~q  ~p
93. Se Alceu tira férias, então Brenda fica trabalhando.
Se Brenda fica trabalhando, então Clóvis chega mais
tarde ao trabalho. Se Clóvis chega mais tarde ao traba-
Ex.: Afirmar que: lho, então Dalva falta ao trabalho. Sabendo-se que
Dalva não faltou ao trabalho, é correto concluir que

165
Apostila TJ-TO

(A) Alceu não tira férias e Clóvis chega mais tarde ao a) Se Y  7, então X > 4.
trabalho.
(B) Brenda não fica trabalhando e Clóvis chega mais b) Se Y > 7, então X ≥ 4.
tarde ao trabalho.
(C) Clóvis não chega mais tarde ao trabalho e Alceu não c) Se X ≥ 4, então Y < 7.
tira férias.
(D) Brenda fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde d) Se Y < 7, então X ≥ 4.
ao trabalho.
(E) Alceu tira férias e Brenda fica trabalhando. e) Se X  4, então Y ≥ 7.

94. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é pau- 100. Considere verdadeira a seguinte proposição: “Se x
lista” é do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: = 3, então x é primo”. Pode-se concluir que
a) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista; (A) se x é primo, então x = 3
b) Se Paulo não é paulista, então Pedro não é pedreiro;
c) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista; (B) se x não é primo, então x ≠ 3
d) Pedro é pedreiro e Paulo não é paulista;
e) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista. (C) se x não é primo, então x = 3

(D) se x ≠ 3, então x é primo


95. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é en-
genheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(E) se x ≠ 3, então x não é primo
a) André é artista se e somente se Bernardo não é en-
genheiro;
b) Se André é artista, então Bernardo não é enge-
nheiro; 101. Se Lauro sair cedo do trabalho, então jantará com
c) Se André não é artista, então Bernardo é enge- Lúcia. Se Lúcia janta com Lauro, então não come na
nheiro; manhã seguinte. Sabendo-se que, essa manhã, Lúcia
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista; comeu, conclui-se que
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro. (A) Lúcia jantou na noite anterior.

(B) Lúcia jantará esta noite.


96. As tabelas-verdade das proposições “Se Maria não
vier de vestido branco, então ela não é casada” e “Se (C) Lauro jantou na noite anterior.
Maria é casada, então ela virá de vestido branco” são
iguais. (D) Lauro não saiu cedo do trabalho.

(E) Lauro saiu cedo do trabalho.


97. Qual, dentre as proposições abaixo, é uma propo-
sição logicamente equivalente a p q ?
(A) p  q
Duas proposições são equivalentes quando têm a
(B) p q mesma tabela verdade. Com base nessas informa-
ções, julgue os itens a seguir.
(C) q p
102. A proposição AB é equivalente à proposição
(D) q  p ¬B¬A.
103. A coluna da tabela-verdade da proposição com-
(E) q p posta (AB)((¬B)(¬A)) conterá somente valores
lógicos V, independentemente dos valores lógicos de A
e B.

98. A proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio,


então Alice não perseguiu o Coelho Branco” é equiva- 104. Considerando que os números naturais x e y sejam
lente à proposição “O Coelho Branco não olhou o reló- tais que “se x é ímpar, então y é divisível por 3”, é cor-
gio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”. reto afirmar que,
A)se x é par, então y não é divisível por 3.

99. X e Y são números tais que: Se X  4, então Y > 7. B)se y é divisível por 3, então x é ímpar.
Sendo assim:

166
Apostila TJ-TO

C)se y = 9, então x é par. E) o cachorro é bravo ou o gato não é gordo.

D) se y = 10, então x é par.


110. Assinale a alternativa que apresenta uma proposi-
ção logicamente equivalente a p  q.
(A) p  q
105. As proposições compostas A(¬B) e B(¬A) têm
exatamente os mesmos valores lógicos, independente- (B) p q
mente das atribuições V ou F dadas às proposições
simples A e B. (C) q p
106. Se o valor lógico da proposição “Se as operações
de crédito no país aumentam, então os bancos ganham
(D) q  p
muito dinheiro” é V, então é correto concluir que o valor
lógico da proposição “Se os bancos não ganham muito
dinheiro, então as operações de crédito no país não au- (E) q p
mentam” é também V.

107. Se Adriana foi ao teatro, Isabelle e Jeane nãoforam 111. Considere a seguinte proposição:
ao teatro. Se Jeane não foi ao teatro, Samuel foi ao te- "Se uma pessoa não faz cursos de aperfeiçoa-
atro. Se Samuel foi ao teatro, há uma mulher linda na mento na sua área de trabalho, então ela não melhora
sala. Ora, não há uma mulher linda nesta sala; logo, o seu desempenho profissional."
A) Jeane e Samuel não foram ao teatro.
Uma proposição logicamente equivalente à proposição
B) Jeane não foi ao teatro ou Samuel foi ao teatro. dada é:

C) Jeane e Isabelle não foram ao teatro. (A) É falso que, uma pessoa não melhora o seu desem-
penho profissional ou faz cursos de aperfeiçoa-
D) Adriana e Isabelle foram ao teatro. mento na sua área de trabalho.
(B) Não é verdade que, uma pessoa não faz cursos de
E) Adriana e Samuel não foram ao teatro. aperfeiçoamento profissional e não melhora o seu
desempenho profissional.
(C) Se uma pessoa não melhora seu desempenho pro-
fissional, então ela não faz cursos de aperfeiçoa-
108. Se Marcos não viaja com Selma, então Selma vai mento na sua área de trabalho.
ao culto. Se Selma vai ao culto, então Morgana fica em (D) Uma pessoa melhora o seu desempenho profissio-
casa. Se Morgana fica em casa, então Júnior beija Mor- nal ou não faz cursos de aperfeiçoamento na sua
gana. Ora, Junior não beija Morgana; logo, área de trabalho.
A) Morgana não fica em casa e Selma vai ao culto. (E) Uma pessoa não melhora seu desempenho profissi-
onal ou faz cursos de aperfeiçoamento na sua área
B) Selma vai ao culto e Marcos viaja com Selma. de trabalho.

C) Selma não vai ao culto e Marcos viaja com Selma.


112. Dizer que “X é azul ou Y não é vermelho” é logica-
D) Morgana não fica em casa e Marcos não viaja com mente equivalente a dizer que
Selma. A) se X é azul, então Y não é vermelho.

E) Morgana fica em casa e Selma vai ao culto. B) X é azul se e somente se Y não é vermelho.

C) se X não é azul, então Y é vermelho.

109. Uma sequência lógica equivalente a "Se o ca- D) se Y é vermelho, então X é azul.
chorro é bravo, então o gato é gordo" é:
A) se o gato é gordo, o cachorro é bravo. E) X não é azul e Y é vermelho.

B) se o cachorro não é bravo, então o gato é gordo. 113. A proposição "um número inteiro é par se e so-
mente se o seu quadrado for par" equivale logicamente
C) se o gato não é gordo, então o cachorro não é à proposição:
bravo. a) se um número inteiro for par, então o seu quadrado
é par, e se um número inteiro não for par, então o
D) o cachorro é bravo ou o gato é gordo. seu quadrado não é par.

167
Apostila TJ-TO

b) se um número inteiro for ímpar, então o seu qua- Ex. Se eu comprar sorvete, então eu caso.
drado é ímpar.
c) se o quadrado de um número inteiro for ímpar, então Negação: Eu compro sorvete e não caso.
o número é ímpar.
d) se um número inteiro for par, então o seu quadrado
não é par, e se o quadrado de um número inteiro for
par, então o número não é par.  Bicondicional:  ( se, e somente se )
e) se um número inteiro for par, então o seu quadrado
é par.
Proposição Negação
114. As proposições "Se o delegado não prender o
p se, e somente se q p e não q ou q e não p
chefe da quadrilha, então a operação agarra não será
bem-sucedida" e "Se o delegado prender o chefe da p q (p ¬q)  (q ¬p)
quadrilha, então a operação agarra será bem-sucedida"
são equivalentes.
Ex.: Vou viajar se, e somente se eu estiver de férias.

Negação: Estou viajando e não estou de férias ou es-


tou de férias e não viajo.

VIII. COMO NEGAR PROPOSIÇÕES


 Disjunção exclusiva:  ( ou... ou... )

 Conjunção: ( e )
proposição negação
Ou p ou q p se, e somente se q
proposição negação p  q p q
peq não p ou não q
pq ¬p¬q
Ex.: Ou compro um sorvete ou me caso.

Ex.: Pedro é pobre e Ricardo é rico. Negação: Compro um sorvete se, e somente se eu ca-
sar.
Negação: Pedro não é pobre ou Ricardo não é rico.

 Disjunção: ( ou )

proposição negação E X ER CÍ CIO S


p ou q não p e não q
pq ¬p¬q 115. Se A é a proposição “O soldado Vítor fará a ronda
noturna e o soldado Vicente verificará os cadeados das
celas”, então a proposição ¬A estará corretamente es-
Ex. O Réu é culpado ou a testemunha mente. crita como: “O soldado Vítor não fará a ronda noturna
nem o soldado Vicente verificará os cadeados das ce-
Negação: O Réu não é culpado e a testemunha não las”.
mente.
116. A negação da afirmativa condicional ”Se estiver
frio, eu levo o casaco” é:
A) não está frio e eu levo o casaco.
 Condicional simples: ( se.. então..)
B) não está frio e eu não levo o casaco.

C) se estiver frio, eu não levo o casaco.


proposição negação
Se p, entãoq p e não q D) está frio e eu não levo o casaco.
pq p  ¬q
E) se não estiver frio, eu levo o casaco.

168
Apostila TJ-TO

(E) não for ao cinema no sábado e nem for ao cinema


117. Analise as seguintes afirmativas: no domingo.
I. A negação de “Você é linda ou é rica” é “Você não
é linda e não é rica”.
II. A negação de “Se eu como muito pão, então eu 122. Considere as proposições:
sou gordo” é “Eu como muito pão e não sou A: O cachorro mordeu a bola;
gordo”.
III. A negação de “Eu gosto de ervilhas e gosto de B: O prédio do MCT fica na Esplanada.
pizza” é “Eu não gosto de ervilhas ou gosto de
pizza”. Nesse caso, um enunciado correto da proposição
Podemos afirmar corretamente que: ¬(AB) é: O cachorro não mordeu a bola nem o
prédio do MCT fica na Esplanada.
A) Todas as afirmativas estão corretas.

B) Todas as afirmativas estão incorretas.


123. Considere como V as seguintes proposições.
C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, ¬(AB) é a proposição C: “Se Jorge


118. A negação da proposição “O juiz determinou a li- não briga com sua namorada Sílvia, então Sílvia
bertação de um estelionatário e de um ladrão” é ex-
não vai ao teatro”.
pressa na forma “O juiz não determinou a libertação
de um estelionatário nem de um ladrão”.
124. Considere as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
119. A negação de "x > y e z = w" é
(A) x = y e z > w. B: Sílvia vai ao teatro.
(B) x < y e z ≠ w.
(C) x < y e z ≠ w. Nesse caso, independentemente das valorações
(D) x < y ou z ≠ w. V ou F para A e B, a expressão ¬(AB) corres-
(E) x ≤ y ou z ≠ w. pondente à proposição C: “Jorge não briga com
sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”.
120. A negação da proposição “Se o candidato estuda,
então não passa no concurso” é
(A) o candidato não estuda e passa no concurso.
125. Se A e B são proposições, então ¬(AB) tem as
(B) o candidato estuda e passa no concurso. mesmas valorações que [(¬A)(¬B)][(¬B)(¬A)].

(C) se o candidato estuda, então não passa no con-


curso. 126. Com base nas informações do texto I, é correto
afirmar que, para todos os possíveis valores lógicos, V
(D) se o candidato não estuda, então passa no con- ou F, que podem ser atribuídos a P e a Q, uma propo-
curso. sição simbolizada por ¬[P(¬Q)] possui os mesmos
valores lógicos que a proposição simbolizada por
(E) se o candidato não estuda, então não passa no A) (¬P)Q.
concurso.
B) (¬Q)P.

121. Marcos declarou: C) ¬[(¬P)(¬Q)].


Sábado vou ao teatro ou domingo vou ao cinema.
D) ¬[¬(PQ)].
Conclui-se que ele mentiu se ele
E) PQ.
(A) for ao teatro no sábado e não for ao cinema no do-
mingo.
(B) for ao cinema no sábado e for ao teatro no domingo.
(C) for ao teatro no sábado e também no domingo. 127. A negação da proposição “Mário é brasileiro ou
(D) não for ao teatro no sábado e não for ao cinema no Maria não é boliviana” é
domingo. (A) Mário não é brasileiro e Maria é boliviana.

169
Apostila TJ-TO

(B) Mário não é brasileiro ou Maria é boliviana. Considerando as regras da lógica sentencial, julgue os
itens a seguir, a partir da proposição contida na deter-
(C) Mário não é brasileiro e Maria não é boliviana. minação do chefe citado na situação apresentada
acima.
(D) Mário é brasileiro e Maria não é boliviana.
131. A negação da proposição “estes papéis são rascu-
(E) Mário é brasileiro ou Maria é boliviana. nhos ou não têm mais serventia para o desenvolvi-
mento dos trabalhos” é equivalente a “estes papéis não
são rascunhos e têm serventia para o desenvolvimento
dos trabalhos”.
128. Considerando todos os possíveis valores lógicos, 132. A proposição “um papel é rascunho ou não tem
V ou F, atribuídos às proposições simples A e B, é cor- mais serventia para o desenvolvimento dos trabalhos”
reto afirmar que a proposição composta ¬[(¬A)(¬B)] é equivalente a “se um papel tem serventia para o de-
possui exatamente dois valores lógicos V. senvolvimento dos trabalhos, então é um rascunho”.

129. Dizer que não é verdade que“Pedro é pobre e Al- 133. A negação da afirmativa “Me caso e não compro
berto é alto”, é logicamente equivalente a dizer que é sorvete” é:
verdade que: a) me caso e não compro sorvete;
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. b) não me caso ou não compro sorvete;
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto. c) não me caso e não compro sorvete;
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto. d) não me caso ou compro sorvete;
d) Se Pedro é pobre, então Alberto não é alto. e) se me casar, não compro sorvete.
e) Se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.

134. A negação de “Marcelo gosta de pizza ou Luana


130. A única das proposições abaixo que pode ser con- gosta de hambúrguer” é
siderada uma negação de “se fico exposto ao sol, então (A) “Marcelo gosta de pizza e Luana não gosta de ham-
fico vermelho” é: búrguer”.
A) não fico exposto ao sol ou fico vermelho; (B) “Marcelo não gosta de pizza e Luana gosta de ham-
búrguer”.
B) fico exposto ao sol e não fico vermelho; (C) “Marcelo não gosta de pizza ou Luana gosta de
hambúrguer”.
C) se não fico exposto ao sol, então não fico verme- (D) “Marcelo gosta de pizza ou Luana não gosta de
lho; hambúrguer”.
(E) “Marcelo não gosta de pizza e Luana não gosta de
D) não fico exposto ao sol e fico vermelho; hambúrguer”.

E) fico exposto ao sol e fico vermelho.


135. A afirmação “Não é verdade que, se Pedro está em
Roma, então Paulo está em Paris” é logicamente equi-
valente à afirmação:
Para cumprir as determinações do parágrafo único do a) É verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo está
artigo 3.º do Decreto n.º 4.553/2002 — que estabelece em Paris’.
que toda autoridade responsável pelo trato de dados b) Não é verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo
ou informações sigilosos, no âmbito da administração não está em Paris’.
c) Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou
pública federal, deve providenciar para que o pessoal
Paulo não está em Paris’.
sob suas ordens conheça integralmente as medidas d) Não é verdade que “Pedro não está em Roma ou
de segurança estabelecidas, zelando pelo seu fiel Paulo está em Paris’.
cumprimento —, o chefe de uma repartição que traba- e) É verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo está
lha com material sigiloso fixou no mural de avisos a em Paris’.
seguinte determinação: “no fim do expediente, cada
servidor deve triturar todos os papéis usados como 136. A proposição: “Não é verdade que a Seleção Bra-
sileira de Futebol é hexacampeã ou o Brasil é o país do
rascunho ou que não tenham mais serventia para o
futebol”. É logicamente igual a:
desenvolvimento dos trabalhos que esteja realizando A) A Seleção Brasileira de Futebol não é hexacampeã
ou que tenha realizado”. e o Brasil não é o país do futebol.
B) A Seleção Brasileira de Futebol é hexacampeã e o
Brasil é o país do futebol.

170
Apostila TJ-TO

C) A Seleção Brasileira de Futebol é hexacampeã ou o 141. A negação de p q é


Brasil é o país do futebol. (A) p  q
D) A Seleção Brasileira de Futebol não é hexacampeã
e o Brasil é o país do futebol. (B) p  q

(C) p  q
137. A proposição: “Não é verdade que João é alto e
Pedro é médico.”. É logicamente igual a: (D) p q
A) João é alto ou Pedro não é médico.
(E) p  q
B) João não é alto e Pedro é médico.

C) João não é alto ou Pedro não é médico.


A noção de equivalência de proposições refere-se à
D) João é alto ou Pedro é médico.
possibilidade de expressar de diferentes formas uma
mesma afirmação. Do ponto de vista formal, diz-se
138. Uma proposição equivalente a "Se alimento e va- que duas proposições são logicamente equivalentes
cino as crianças, então reduzo a mortalidade infantil" é quando possuem tabelas de valorações idênticas.
A) Alimento e vacino as crianças ou não reduzo a mor-
talidade infantil. A respeito desse assunto, julgue os itens que se se-
B) Se não reduzo a mortalidade infantil, então alimento guem.
ou vacino as crianças.
C) Não alimento ou não vacino as crianças e não re- 142. A negação da proposição "Não dirija após ingerir
duzo a mortalidade infantil. bebidas alcoólicas ou você pode causar um acidente de
D) Alimento e vacino as crianças e não reduzo a mor- trânsito" é, do ponto de vista lógico, equivalente à afir-
talidade infantil. mação "Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e você
E) Se não reduzo a mortalidade infantil, então não ali- não causará um acidente de trânsito".
mento ou não vacino as crianças. 143. A afirmação "Não dirija após ingerir bebidas alcoó-
licas ou você pode causar um acidente de trânsito" é,
139. Observe as seguintes proposições: do ponto de vista lógico, equivalente à proposição "Se
r: O Brasil é um país em desenvolvimento. você dirige após ingerir bebidas alcoólicas, então você
pode causar um acidente de trânsito".
q: O cidadão brasileiro é feliz.

Marque a alternativa que corresponde a: [(r q)] 144. A negação da proposição "Pedro não sofreu aci-
dente de trabalho ou Pedro está aposentado" é "Pedro
A) O Brasil não é um país em desenvolvimento ou o sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposen-
cidadão brasileiro é feliz. tado".
B) O Brasil é um país em desenvolvimento ou o cida- 145. Considere que a proposição "O Ministério da Sa-
dão brasileiro é feliz. úde cuida das políticas públicas de saúde do Brasil e a
C) O Brasil é um país em desenvolvimento e o cidadão educação fica a cargo do Ministério da Educação" seja
brasileiro é feliz. escrita simbolicamente na forma P  Q. Nesse caso, a
D) O Brasil é um país em desenvolvimento e o cidadão negação da referida proposição é simbolizada correta-
brasileiro não é feliz. mente na forma P Q, ou seja: "O Ministério da Sa-
úde não cuida das políticas públicas de saúde do Brasil
nem a educação fica a cargo do Ministério da Educa-
140. A negação da proposição “x é positivo e y é ímpar” ção".
é
(A) x é negativo e y é par.
Julgue os itens seguintes.
(B) x é negativo ou y é par.
146. As proposições "Não precisa mais capturar nem di-
(C) x é negativo ou y não é ímpar. gitar o código de barras" e "Não precisa mais capturar
ou digitar o código de barras" são equivalentes.
(D) x não é positivo e y é par. 147. considerando todas as possibilidade de julgamento
V ou F das proposições simples que formam a proposi-
(E) x não é positivo ou y é par. ção "Se Pedro for aprovado no concurso, então ele
comprará uma bicicleta", é correto afirmar que há ape-
nas uma possibilidade de essa proposição ser verda-
deira.

171
Apostila TJ-TO

148. considerando todas as possibilidades de julga-


mento V ou F das proposições simples que formam a
proposição "O SERPRO processará as folhas de paga-
mentos se e somente se seus servidores estiverem trei-
nados para isso", é correto afirmar que há apenas uma  Algum A não é B.
possibilidade de essa proposição ser julgada como V.
A B
149. Uma proposição logicamente equivalente à nega- B–A
AeB
ção da proposição “se o cão mia, então o gato não late”
A–B
é a proposição
(A) o cão mia e o gato late.

(B) o cão mia ou o gato late. ~Ae ~B

(C) o cão não mia ou o gato late.

(D) o cão não mia e o gato late. Importante: Os diagramas acima um é negação do
outro, ou seja:
(E) o cão não mia ou o gato não late.
proposição negação
Todo A é B Algum A não é B
Algum A não é B Todo A é B
150. A negação da proposição “O presidente é o mem-
bro mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-pre-
sidente” é “O presidente é o membro mais novo do tri-
Representando em símbolos teremos:
bunal e o corregedor não é o vice-presidente”.
proposição negação
151. Considere a seguinte proposição: "Se chove ou (xA)(P(x)) (xA)(~P(x))
neva, então o chão fica molhado". Sendo assim, pode- (xA)(~P(x)) (xA)(P(x))
se afirmar que:
a) Se o chão está molhado, então choveu ou nevou.
 Algum A é B
b) Se o chão está molhado, então choveu e nevou.

c) Se o chão está seco, então choveu ou nevou.

A–B AeB B–A


d) Se o chão está seco, então não choveu ou não ne-
vou.

e) Se o chão está seco, então não choveu e não ne- ~Ae ~B


vou.

 Nenhum A é B
IX. QUANTIFICADORES
  ( Todo ) B
 ~  ( Nenhum )
  ( Algum, Existe, Existe pelo menos um, Existe um
) A
DIAGRAMAS LÓGICOS E NEGAÇÕES

 odo A é B. ~Ae ~B
B
A Importante: Os diagramas acima um é negação do
AeB outro, ou seja:
B–A

~Ae ~B

172
Apostila TJ-TO

proposição negação c) Todo soldado não é covarde.


Algum A é B Nenhum A é B d) Alguns soldados não são heróis.
Nenhum A é B Algum A é B e) Nenhum soldado é herói.

Representando em símbolos teremos: 156. Se é verdade que "Alguns gansos são brancos e
que nenhum pato é branco", então é necessariamente
proposição negação verdadeiro que
A) algum pato é branco.
(xA)(P(x)) (xA) (P(x))
(xA) (P(x)) (xA)(P(x)) B) nenhum pato é branco.

C) algum ganso não é pato.

D) algum ganso é pato.


E X ER CÍ CIO S
E) nenhum ganso é pato

152. Se todo B é C e nenhum C é D, é possível concluir 157. Se não é verdade que “Alguma professora univer-
corretamente que: sitária não dá aulas interessantes”, então é verdade
A) Nenhum C é B que:
a) Todas as professoras universitárias dão aulas inte-
B) Nenhum B é D ressantes.
b) Nenhuma professora universitária dá aulas interes-
C) Todo B é D santes.
c) Nenhuma aula interessante é dada por alguma pro-
D) Todo D é C fessora universitária.
d) Nem todas as professoras universitárias dão aulas
interessantes.
e) Todas as aulas interessantes são dadas por profes-
153. Se é verdade que "Alguns A são R" e que "Nenhum soras universitárias.
G é R", então é necessariamente verdadeiro que
a) algum A não é G
158. Considere verdadeira a premissa: “se viajo, então
b) algum A é G estou de férias”.
Analise as afirmativas a seguir.
c) nenhum A é G
I. Se não viajo, então não estou de férias.
d) algum G é A II. Se estou de férias, viajo.
III. Estou de férias, logo não viajo.
e) nenhum G é A Com base na premissa,

A) é correto concluir I, apenas.


B) é correto concluir II, apenas.
154. Existe pelo menos um X que é Y. Todo Y é Z. Se- C) é correto concluir III, apenas.
gue-se, portanto, necessariamente, que: D) é correto concluir I, II e III.
A) Algum X é Z. E) não é correto concluir qualquer das três afirmativas.

B) Todo Z é Y.
Tendo como base o texto, julgue os itens seguintes, a
C) Todo Z é X. respeito de lógica.

D) Nada que não seja Z é X. 159. Considere que as proposições “Alguns flamenguis-
tas são vascaínos” e “Nenhum botafoguense é vasca-
íno” sejam valoradas como V. Nesse caso, também
será valorada como V a seguinte proposição: “Algum
155. Se é verdade que “Alguns soldados são covardes” flamenguista não é botafoguense”.
e que “Nenhum herói é covarde”, então, também é ne-
cessariamente verdade que:
a) Nenhum herói é soldado.
b) Alguns heróissão covardes.
173
Apostila TJ-TO

De acordo com essas definições, julgue os itens a se- "Todos os professores de matemática gostam de ló-
guir. gica."

160. Independentemente da valoração V ou F atribuída "Existem mulheres que gostam de lógica."


às proposições A e B, é correto concluir que a proposi-
ção (A  B)  (A  B) é sempre V. Com base nas declarações, pode-se concluir que
161. Se a afirmativa "todos os beija-flores voam rapida-
mente" for considerada falsa, então a afirmativa "algum (A) há mulheres que são professoras de matemática.
beija-flor não voa rapidamente" tem de ser considerada (B) se uma pessoa gosta de lógica, então essa pessoa
verdadeira. é um professor de matemática.
(C) se uma pessoa é mulher, então essa mulher gosta
de lógica.
Com referência ao texto I, julgue os itens a seguir. (D) se uma mulher é professora de matemática, então
essa mulher gosta de lógica.
162. Considerando-se como premissas as proposições (E) há mulheres que não gostam de lógica.
“Nenhum pirata é bondoso” e “Existem piratas que são
velhos”, se a conclusão for “Existem velhos que não são
bondosos”, então essas três proposições constituem 168. A negação de “Todos viajaram e retornaram todos
um raciocínio válido. na terça-feira” é
163. Considere como premissas as proposições “Todos (A) Ninguém viajou, portanto não retornaram todos na
os hobits são baixinhos” e “Todos os habitantes da Co- terça -feira.
lina são hobits”, e, como conclusão, a proposição “To- (B) Ninguém viajou ou ninguém retornou na terça-feira.
dos os baixinhos são habitantes da Colina”. Nesse (C) Pelo menos um não viajou ou alguém não retornou
caso, essas três proposições constituem um raciocínio na terça-feira.
válido. (D) Pelo menos um não viajou e alguém não retornou
na terça-feira.
164. A negação de “Todos os elementos do conjunto A (E) Pelo menos um não viajou ou ninguém retornou na
são números positivos” é: terça-feira.
(A) Todos os elementos do conjunto A são números
negativos.
(B) Todos os elementos do conjunto A não são núme- Considere a seguinte proposição: “Ninguém será con-
ros positivos. siderado culpado ou condenado sem julgamento.” Jul-
(C) Pelo menos um dos elementos do conjunto A é um gue os itens que se seguem, acerca dessa proposi-
número negativo. ção.
(D) Pelo menos um dos elementos do conjunto A não
é um número positivo. 169. A proposição “Existe alguém que será considerado
(E) Pelo menos um dos elementos do conjunto A é o culpado ou condenado sem julgamento” é uma propo-
zero. sição logicamente equivalente à negação da proposi-
ção acima.
165. Se todo X é Y e se existe algum X que também é
Z, então, é certo que 170. Considerando que P seja a proposição “Todo joga-
(A) existe algum Y que também é Z. dor de futebol será craque algum dia”, então a proposi-
ção ¬P é corretamente enunciada como “Nenhum joga-
(B) existe algum Y que não é X. dor de futebol será craque sempre”.

(C) existe algum Z que não é Y.


171. Considere as seguintes afirmações: Se “alguns fe-
(D) existe algum Z que não é X. linos são leões” e “Todos os leões são ferozes”, en-
tão,necessariamente,
(E) existe algum X que não é Y. A) algum felino é um animal feroz.

B) nenhum animal feroz é felino.

166. A negação da proposição “Ninguém aqui é brasili- C) nenhum felino não é feroz.
ense” é a proposição “Todos aqui são brasilienses”.
D) todo animal feroz é um leão.

167. Considere verdadeiras as seguintes declarações: E) todo leão é felino.

174
Apostila TJ-TO

(A) todos os elementos do conjunto S gozam da propri-


edade p.
172. A negação da proposição “Existe banco brasileiro (B) existem elementos do conjunto S que não gozam da
que fica com mais de 32 dólares de cada 100 dólares propriedade p.
investidos” pode ser assim redigida: “Nenhum banco (C) pelo menos um elemento do conjunto S goza da pro-
brasileiro fica com mais de 32 dólares de cada 100 dó- priedade p.
lares investidos.” (D) todos os elementos que gozam da propriedade p
são elementos de R.
(E) qualquer elemento de S não goza da propriedade p.
173. Considere a proposição: “Todo brasileiro é religi- 30
oso”. Admitindo que ela seja verdadeira, pode-se inferir
que:
A) se André é religioso, então é brasileiro; 178. “Todo abacaxi é azedo”, cuja negação é
B) se Beto não é religioso, então pode ser brasileiro; (A) nem todo abacaxi é azedo.
C) se Carlos não é religioso, então não pode ser brasi-
leiro; (B) nem todo abacaxi é doce.
D) pode existir brasileiro que não seja religioso;
E) se Ivan não é brasileiro, então não pode ser religi- (C) nenhum abacaxi é doce.
oso.
(D) nenhum abacaxi é azedo.

174. Se não é verdade que “Algum ator de televisão não (E) todo abacaxi é doce.
dá entrevistas inteligentes”, então é verdade que
A) todas as entrevistas inteligentes são dadas por ato-
res de televisão.
B) todos os atores de televisão dão entrevistas inteli- 179. Considerando as afirmações: "Nenhum Presidente
gentes. é bonito" e "Alguns homens são bonitos", pode-se cor-
C) nenhum ator de televisão dá entrevistas inteligentes. retamente concluir que
D) nenhuma entrevista inteligente é dada por algum A) alguns homens não são presidentes.
ator de televisão.
E) nem todos os atores de televisão dão entrevistas in- B) nenhum homem é presidente.
teligentes.
C) alguns presidentes são homens.

175. Assinale a frase que contradiz a seguinte sen- D) alguns homens são presidentes.
tença: Nenhum juiz é corrupto.
A) Algum corrupto não é juiz. E) nenhum presidente é homem.

B) Algum juiz não é corrupto.

C) Algum juiz é corrupto. 180. Se é verdade que “nenhum médico é artista”, en-
tão também será verdade que:
D) Nenhum corrupto é juiz A) todos não médicos são não artistas.

E) Todo juiz não é corrupto B) nenhum artista é não médico.

C) nenhum médico é não artista.

176. Se é verdade que “Alguns escritores são poetas” e D) pelo menos um não artista é médico.
que “Nenhum músico é poeta”, então, também é neces-
sariamente verdade que: E) nenhum não artista é médico.
a) Nenhum músico e escritor.
b) Algum escritor é músico.
c) Algum músico é escritor.
d) Algum escritor não é músico. 181. Qual é a negação da proposição “Alguma lâm-
e) Nenhum escritor é músico. pada está acesa e todas as portas estão fechadas”?
A) Todas as lâmpadas estão apagadas e alguma porta
está aberta.
177. Todos os elementos do conjunto R são elementos B) Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma
do conjunto S e todos os elementos do conjunto R go- porta está aberta.
zam da propriedade p. Sabendo que R não é um con- C) Alguma lâmpada está apagada e nenhuma porta
junto vazio, conclui-se que está aberta.
175
Apostila TJ-TO

D) Alguma lâmpada está apagada ou nenhuma porta


está aberta.
E) Alguma lâmpada está apagada e todas as portas es-
tão abertas.
(A) (B)

182. Dizer que a afirmação “todos os economistas são


médicos” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a
dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) pelo menos um economista não é médico

b) nenhum economista é médico

c) nenhum médico é economista


(C) (D)
d) pelo menos um médico não é economista

e) todos os não médicos são não economistas

183. Numa determinada escola de idiomas, todos os


alunos estudam alemão ou italiano. Sabe-se que aque-
les que estudam inglês estudam espanhol e os que es-
tudam alemão não estudam nem inglês nem espanhol, (E)
conforme indicado no diagrama a seguir.
Direito
Direito

Juízes Mara Juízes


Jonas

Pode-se concluir que: Nos diagramas acima, estão representados dois con-
juntos de pessoas que possuem o diploma do curso
A) Todos os alunos que estudam espanhol estudam in- superior de direito, dois conjuntos de juízes e dois ele-
glês. mentos desses conjuntos: Mara e Jonas. Julgue os
B) Todos os alunos que estudam italiano estudam in- itens subsequentes tendo como referência esses dia-
glês. gramas e o texto.
C) Alguns alunos que estudam espanhol não estudam
italiano. 185. A proposição “Mara é formada em direito e é ju-
D) Alguns alunos que estudam italiano não estudam in- íza” é verdadeira.
glês. 186. A proposição “Se Jonas não é um juiz, então
E) Alguns alunos que estudam alemão estudam itali- Mara e Jonas são formados em direito” é falsa.
ano.

187. Uma pesquisa foi feita em uma sala de aula para


184. Admita as frases seguintes como verdadeiras. saber qual a utilização do jornal impresso e da TV na
I. Existem futebolistas (F) que surfam (S) e alguns obtenção de notícias. Na figura abaixo, o retângulo re-
desses futebolistas também são tenistas (T). presenta a sala. O círculo da esquerda representa as
II. Alguns tenistas e futebolistas também jogam vôlei pessoas dessa sala que se informam através do jornal
(V). impresso. O círculo da direita representa as pessoas
III. Nenhum jogador de vôlei surfa. dessa sala que se informam através da TV.

A representação que admite a veracidade das frases


é:

176
Apostila TJ-TO

190. Se a proposição "Mário não é o responsável pelo


escoamento das águas pluviais que atingirem o ter-
reno" for também V, então a proposição "Mário não é o
proprietário do terreno" é também V.
191. A sequência de proposições que tem como premis-
sas a proposição D e a proposição "João não pode
comprar bebidas alcoólicas", e tem como conclusão a
proposição "João não tem mais de 18 anos", constitui
Nesse contexto, analise as afirmativas abaixo sobre um raciocínio lógico correto.
192. Considere que as proposições "Nenhum proprietá-
as regiões assinaladas na figura. rio de terreno está isento de mantê-lo limpo" e "Todo
proprietário de terreno paga imposto territorial pela sua
I. A região P corresponde às pessoas dessa sala propriedade" sejam as premissas de um argumento.
que, para se informar, utilizam o jornal impresso, Neste caso, se uma conclusão for a proposição "Ne-
mas não utilizam a TV. nhuma pessoa que paga imposto territorial pela propri-
II. A região Q corresponde às pessoas dessa sala edade de terreno está isenta de mantê-lo limpo", então
que, para se informar, utilizam o jornal impresso e essa sequência de proposições não constitui um racio-
a TV. cínio lógico correto.
III. A região R corresponde às pessoas dessa sala
que, para se informar, utilizam ou a TV ou o jornal
impresso.
Está correto APENAS o que se afirma em X. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
AR G UM ENT O
(A) I.

(B) II.
É um conjunto de proposições(premissas do
(C) III. argumento, p 1 , p 2 , p 3 ,..., p n ) que tem como conse-
(D) I e II. qüência outra proposição(conclusão do argumento q)

(E) II e III. Podemos representar por: p1

Considere como premissas as proposições abaixo, p2


que foram construídas a partir de alguns artigos do
Código Municipal de Posturas da Prefeitura Municipal p3
de Teresina:

A: Todos os estabelecimentos comerciais devem dis-
por de lixeira para uso público.
pn
B: Todo proprietário de estabelecimento comercial é
responsável pela manutenção da ordem no estabe-
lecimento. q
C: Se Mário é o proprietário do terreno, então Mário é
o responsável pelo escoamento das águas pluviais Exemplo:
que atingirem o terreno.
D: João tem mais de 18 anos ou João não pode com- p 1 : Se eu comprarsorvete, então irei casar.
prar bebidas alcoólicas.
Considerando como V as proposições A, B, C e D e,
com base nas definições acima, julgue os itens subse- p 2 :Comprei sorvete.
quentes.
 q : Irei casar
188. Considerando-se também como premissa, além da
proposição B, a proposição "Jorge é responsável pela p 1 : Todos os brasileiros tem memória curta.
manutenção da ordem no estabelecimento", então,
está correto colocar como conclusão a proposição p 2 : Todos os baianos são brasileiro.
"Jorge é proprietário de estabelecimento comercial".
189. A negação da proposição A é "Existem estabeleci-  q : Todos os baianos tem memória curta.
mentos comerciais que não dispõem de lixeira para uso
público".

177
Apostila TJ-TO

V AL I D AD E D E UM AR G UM ENT O p 1 : Todos os G são C

p 2 : Todos os C têm P

Conforme estudamos anteriormente, uma pro-  q : Todos os G têm P


posição pode ser ou verdadeira(V) ou falsa(F). No
caso de um argumento, ele pode ser válido ou não-
válido.
Exemplo(3):
A validade de um argumento depende da
forma(estrutura) lógica que as premissas se relaciona p 1 : Todos os gatos são cobras.
com a conclusão e não com o valor lógico das pre-
missas e da conclusão(ou seja, pouco importa o p 2 : Todos as cobras são cães.
conteúdo delas).
 q : Todos os gatos são cães.

C K
Exemplo(1):
G
p 1 : Todas as quitinetes são pequenas.

p 2 :Todas as quitinetes são residências.


Estrutura:
 q : Algumas residências são pequenas.
p 1 : Todos os G são C

p 2 : Todos os C são K
R P
Q
 q : Todos os G são K

Estrutura:
Exemplo(4):
p 1 : Todos os Q são P
p 1 : Se lógica é fácil, então Sócrates foi mico de circo.
p 2 : Todos os Q são R
p 2 :Lógica é fácil.
 q : Alguns R são P
 q : Sócrates foi mico de circo.

S
Exemplo(2): L

p 1 : Todos os gatos são cobras.

p 2 : Todos as cobras têm patas.


Estrutura:
 q : Todos os gatos têm patas.
p 1 : L S

p2 : L
C P
G  q :S

Dica: L S é o mesmo que todo L é S, logo se ocorre


Estrutura: L obrigatoriamente ocorre S.

178
Apostila TJ-TO

Todos os argumentos acima são válidos, pois p 2 : Sócrates foi mico de circo.
se suas premissas fossem verdadeiras, então as con-
clusões também as seriam.  q : Lógica é fácil

Observe que em cada exemplo foi montado a


estrutura e substituído o conteúdo pelas letras C, G,
K, L, P e S. Logo, o que é importante é a forma do ar- S
L
gumento e não o conhecimento(no mundo real) de C,
G, K, L, P e S.

Exemplo(5): Estrutura:

p 1 : Todos os mamíferos são mortais. p 1 : L S

p 2 : Todos os gatos são mortais. p2 : S

 q : Todos os gatos são mamíferos.  q :L

Estrutura:

p 1 : Todos os Ma são Mo Dica: L S é o mesmo que todo L é S, e saber que


nem todo S é L, logo se ocorre em p 2 :S necessaria-
p 2 : Todos os Ga são Mo mente  q : L, pode ser ou não, logo as premissas
não sustentam a conclusão, e o argumento não-válido.
 q : Todos os Ga são Ma

Ga Mo Ma Mo
Exemplo(7):
Ma Ga
p 1 : Se eu passar no concurso, então serei feliz.

p 2 : Não passei no concurso.

 q : Não serei feliz.


Mo Mo
Ma Ga Ma Ga

F
C

Estrutura:

Logo, esse argumento é não-válido ou falácias, pois p 1 : C F


as premissas não sustentam a conclusão.
p2 : C

q :  F
Exemplo(6):

p 1 : Se lógica é fácil, então Sócrates foi mico de circo.

179
Apostila TJ-TO

Dica: Se C(passaram no concurso) e F(feliz), e que 196. A seguinte argumentação é válida.


todo C é F, e nem todo F é C, logo nem todos que são Premissa 1: Toda pessoa honesta paga os impostos
Felizes passaram no concurso. Com isso o argumento devidos.
não-válido, as premissas não sustentam a conclusão.
Premissa 2: Carlos paga os impostos devidos.

Conclusão:Carlos é uma pessoa honesta.


E X ER CÍ CIO S
A seguinte forma de argumentação é conside-
Uma proposição é uma frase afirmativa que pode ser rada válida. Para cada x, se P(x) é verdade, então
julgada como verdadeira ou falsa, mas não ambos. Q(x) é verdade e, para x = c, se P(c) é verdade, então
Uma dedução lógica é uma sequência de proposições, se conclui que Q(c) é verdade. Com base nessas in-
e é considerada correta quando, partindo-se de propo- formações, julgue os itens a seguir.
sições verdadeiras, denominadas premissas,
197. Considere o argumento seguinte.
Toda prestação de contas submetida ao TCU
obtêm-se proposições sempre verdadeiras, sendo a
que expresse, de forma clara e objetiva, a exatidão
última delas denominada conclusão. Considerando es-
dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimi-
sas informações, julgue os itens a seguir, a respeito
dade e a economicidade dos atos de gestão do res-
de proposições.
ponsável é julgada regular. A prestação de contas da
193. Considere verdadeiras as duas premissas abaixo: Presidência da República expressou, de forma clara e
O raciocínio de Pedro está correto, ou o julga- objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a
mento de Paulo foi injusto. legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos
O raciocínio de Pedro não está correto. de gestão do responsável. Conclui-se que a prestação
Portanto, se a conclusão for a proposição, O jul- de contas da Presidência da República foi julgada re-
gamento de Paulo foi injusto, tem-se uma de- gular.
dução lógica correta.
194. Considere a seguinte sequência de proposições: Nesse caso, o argumento não é válido.
(1) Se o crime foi perfeito, então o criminoso não
198. Considere o seguinte argumento.
foi preso.
Cada prestação de contas submetida ao TCU
(2) O criminoso não foi preso. que apresentar ato antieconômico é considerada irre-
gular. A prestação de contas da prefeitura de uma ci-
(3) Portanto, o crime foi perfeito. dade foi considerada irregular. Conclui-se que a pres-
tação de contas da prefeitura dessa cidade apresen-
Se (1) e (2) são premissas verdadeiras, então a tou ato antieconômico.
proposição (3), a conclusão, é verdadeira, e a se-
quência é uma dedução lógica correta. Nessa situação, esse argumento é válido.

A forma de uma argumentação lógica consiste 199. Assinale a alternativa que apresenta o argumento
de uma sequência finita de premissas seguidas por válido.
(A) Todo leite é branco. Toda neve é branca. Portanto,
uma conclusão. Há formas de argumentação lógica
todo leite é neve.
consideradas válidas e há formas consideradas inváli- (B) Eu vou passar no concurso ou vou parar de estudar.
das. A respeito dessa classificação, julgue os itens se- Eu vou parar de estudar. Logo, eu não vou passar
guintes. no concurso.
(C) Toda mulher é sentimental. Existem homens que
195. A seguinte argumentação é inválida. são sentimentais. Logo, existem homens que são
Premissa 1: Todo funcionário que sabe lidar com mulheres.
orçamento conhece contabilidade. (D) Todo fusca é amarelo. Tudo que é amarelo é caro.
Tudo que é caro é raro. Portanto, todo fusca é raro.
Premissa 2: João é funcionário e não conhece conta- (E) Todo matemático fala alemão. Todo filósofo fala ale-
bilidade. mão. Conclui-se que todo matemático é filósofo.

Conclusão: João não sabe lidar com orçamento.


200. Observe a construção de um argumentoA:
P1: Todos os cachorros têm asas.

180
Apostila TJ-TO

P2: Todos os animais de asas são aquáticos. Se Célia tiver um bom currículo, então ela con-
seguirá um emprego.
P3: Existem gatos que são cachorros.
Ela conseguiu um emprego.
Q : Existem gatos que são aquáticos.
Portanto, Célia tem um bom currículo.
Sobre o argumento A, as premissas P e a conclusão
Q, é correto dizer que: Os itens a seguir apresentam argumentos formados
por duas premissas seguidas por uma conclusão. Jul-
(A) A não é válido, P é falso e Q é verdadeiro. gue se a conclusão apresentada em cada item é ne-
cessariamente verdadeira, sempre que as premissas
(B) A não é válido, P e Q são falsos.
forem verdadeiras.
(C) A é válido, P e Q são falsos.
207. Sempre que como feijoada passo mal. Hoje come-
rei feijoada. Logo, passarei mal.
(D) A é válido, P ou Q são verdadeiros.
208. Quando faço prova sem estudar tiro nota baixa. Na
última prova tirei nota baixa. Logo, não estudei.
(E) A é válido se P é verdadeiro e Q é falso.
209. Todo planeta é verde. A Terra é conhecida como
planeta azul. Logo, o planeta azul é verde.
Uma noção básica da lógica é a de que um argumento
é composto de um conjunto de sentenças denomina-
das premissas e de uma sentença denominada con- O sustentáculo da democracia é que todos têm o di-
clusão. Um argumento é válido se a conclusão é ne- reito de votar e de apresentar a sua candidatura. Mas,
cessariamente verdadeira sempre que as premissas enganoso é o coração do homem. Falhas administrati-
forem verdadeiras. Com base nessas informações, jul- vas e maior tempo no poder andam de mãos dadas.
gue os itens que se seguem. Por isso, todos precisam ser fiscalizados. E a alternân-
cia no poder é imprescindível. Considerando o argu-
201. Toda premissa de um argumento válido é verda-
mento citado, julgue os itens subsequentes.
deira.
202. Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
210. A afirmação “E a alternância no poder é imprescin-
203. Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
dível” é uma premissa desse argumento.
204. É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é
211. Esse é um argumento válido.
verde, e tudo que é verde é vegetal, logo todo cachorro
212. A sentença “Falhas administrativas e maior tempo
é vegetal.
no poder andam de mãos dadas” é uma premissa
desse argumento.
Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma
frase que pode ser julgada como verdadeira(V) ou Um entrevistador obteve de um suspeito a seguinte
falsa(F), mas não como ambas. Assim, frases como declaração: “Ora, se eu fosse um espião, então eu
“Como está o tempo hoje” e “Esta frase é falsa” não não amaria o meu país, pois eu amo o meu país, ou
são proposições porque a primeira é pergunta e a se- sou um traidor da pátria, já que não é possível aconte-
gunda não pode ser nem V nem F. As proposições cer as duas coisas ao mesmo tempo. Agora, se eu
são representadas simbolicamente por letras maiúscu- não fosse um traidor da pátria, então eu amaria o meu
las do alfabeto – A, B, C etc. Considerando as infor- país. Logo, eu não sou um espião e amo o meu país.”
mações contidas no texto acima, julgue os itens sub-
sequentes. Considerando a lógica sentencial apresentada, julgue
os itens subsequentes.
205. É correto o raciocínio lógico dado pela sequência
de proposições seguintes: 213. O argumento do suspeito é um argumento válido.
Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então 214. A negação da conclusão do argumento utilizado
José será aprovado no concurso. pelo suspeito é equivalente à seguinte proposição: “eu
sou um espião ou não amo o meu país”.
Maria é alta.

Portanto, José será aprovado no concurso. 215. Considere a seguinte sentença: “Mônica viajará à
Europa, pois ela é rica e pessoas ricas viajam à Eu-
206. É correto o raciocínio lógico dado pela sequência ropa”. Podemosconcluir pelo argumento expresso por
de proposições seguintes: esta sentença que
A) Mônica é rica ou existem pessoas ricas.

181
Apostila TJ-TO

B) Mônica é rica. podemos concluir que

C) existem pessoas ricas. A) todos os trabalhadores são ciumentos.

D) Mônica viajará à Europa. B) Pedro é ciumento.

E) pessoas ricas viajam à Europa. C) não existe ciumento trabalhador.

216. Considere a seguinte afirmação: “Se Romildo D) existe ciumento trabalhador.


gosta de viajar, então ele é namorador”. Portanto, po-
demos dizer que E) Stefany é trabalhador.
A) se Romildo não gosta de viajar, então ele não é na-
morador. 220. André é mais alto que Sinval. Péricles é mais alto
B) se Romildo gosta de viajar, então ele não é namora- que Mateus. Sinval é mais alto que Péricles. Conside-
dor. rando as quatro pessoas, é correto afirmar que:
C) se Romildo não é namorador, então ele não gosta A) Sinval é o mais alto.
de viajar.
D) se Romildo é namorador, então ele gosta de viajar. B) Péricles é o mais baixo.
E) se Romildo é namorador, então ele não gosta de vi-
ajar. C) Mateus é mais alto que Sinval.

D) André é mais alto que Péricles.


217. Considere as seguintes premissas: “Quem não
bebe fala a verdade.” “Nenhum padre bebe.” Então po- 221. Se Abdias toca flauta, então Ricardo acorda cedo
demos concluirque e Valúcia não consegue estudar. Mas Valúcia conse-
A)quem fala a verdade é padre. gue estudar. Segue-se logicamente que:
A) Ricardo acorda cedo.
B)todo padre fala a verdade.
B) Ricardo não acorda cedo.
C) nenhum padre fala a verdade.
C) Abdias toca flauta.
D) quem bebe não fala a verdade.
D) Abdias não toca flauta.
E) algum padre não fala a verdade.
222. Considere verdadeira a seguinte afirmação:
218. Se amanhã for domingo, então hoje Mário irá ao “Todas as mulheres casadas gostam de viajar.”
cinema. Ora, amanhã não será domingo. É correto afir-
mar que Com base na afirmação acima, conclui-se que
A) Mário somente vai ao cinema em véspera de Do-
mingo. (A) Alice gosta de viajar.

B) Mário nunca vai ao cinema no domingo. (B) se uma mulher é solteira, então gosta de viajar.

C) Mário não irá ao cinema hoje. (C) Maria, que é solteira, não gosta de viajar.

D) Mário irá ao cinema hoje. (D) Murilo não gosta de viajar.

E) é possível que Mário vá ao cinema hoje. (E) a esposa de Murilo gosta de viajar.

219. Considerando as seguintes premissas, 223. Considere a declaração “Todos os alunos estuda-
• Todo marido é ciumento. rão”. Para que essa declaração seja FALSA, é neces-
sário que
• Todo marido é trabalhador. (A) mais da metade dos alunos não estude.

• Stefany é ciumento. (B) alguns alunos não estudem.

• Pedro é trabalhador. (C) dois alunos não estudem.

182
Apostila TJ-TO

(D) um único aluno não estude. 228. A sentença "o radar não está danificado ou desli-
gado" é logicamente equivalente à sentença "o radar
(E) nenhum aluno estude. não está danificado e também não está desligado".
229. A afirmação do enunciado é logicamente equiva-
224. Admitindo a validade da sentença: “Todo historia- lente à sentença "se um motorista passar em excesso
dor viaja muito. Ricardo nunca viajou”. Podemos afir- de velocidade por um radar e este não estiver danifi-
mar que cado ou desligado, então o motorista levará uma
A)Ricardo é historiador. multa".
230. Se forem verdadeiras a afirmação do enunciado e
B) nenhum historiador conhece Ricardo. a sentença "um motorista levou uma multa", então, do
ponto de vista lógico, é correto concluir que tal motorista
C) existe um historiador que nunca viajou. passou em excesso de velocidade por um radar, que o
radar não está danificado e também que o radar não
D) Ricardo ainda não é um historiador. está desligado.

E) Ricardo nunca será um historiador.


No ambiente de trabalho, é comum se ouvir o seguinte
225. Em certo planeta, todos os Aleves são Bleves, to- dito popular: "Quem trabalha pouco erra pouco. Quem
dos os Cleves são Bleves, todos os Dleves são Aleves, não trabalha não erra. Quem não erra é promovido.
e todos os Cleves são Dleves. Sobre os habitantes Logo, quem não trabalha é promovido." Com relação
desse planeta, é correto afirmar que
ao argumento desse dito popular, julgue os itens que
(A) Todos os Dleves são Bleves e são Cleves.
(B) Todos os Bleves são Cleves e são Dleves. se seguem.
(C) Todos os Aleves são Cleves e são Dleves.
(D) Todos os Cleves são Aleves e são Bleves. 231. Do ponto de vista lógico, o argumento apresentado
(E) Todos os Aleves são Dleves e alguns Aleves po- no dito popular é válido.
dem não ser Cleves. 232. Admitindo-se que a negação da sentença "aquela
pessoa trabalha pouco" possa ser expressa por "aquela
pessoa trabalha muito", das premissas do argumento
226. Num grupo de cinco mulheres, quatro são magras do referido dito popular é correto concluir que "quem
e uma é gorda. Além disso, dessas cinco mulheres três trabalha muito erra muito".
são casadas e duas são solteiras. Três dessas cinco
mulheres são infelizes. Duas são felizes. A mulher
gorda é casada e feliz. Uma das mulheres magras é 233. Sempre que faz sol, Isabel passeia no parque.
feliz. Das mulheres magras, duas são casadas. Das Com base nessa informação, é possível concluir que,
mulheres magras e solteiras, apenas uma é infeliz. Po- se
demos concluir que
A) as duas magras solteiras são felizes. (A) Isabel passeia no parque, então é um dia de sol.

B) das mulheres magras duas são felizes. (B) Isabel passeia no parque, então não é um dia de
sol.
C) as mulheres magras casadas são infelizes.
(C) Isabel não passeia no parque, então não está fa-
D) das mulheres magras duas são infelizes. zendo sol.

E) as mulheres magras casadas são felizes. (D) não está fazendo sol, Isabel passeia no parque.

(E) não está fazendo sol, Isabel não está passeando


no parque.
Considerando a sentença "sempre que um motorista
passar em excesso de velocidade por um radar, se o Julgue os itens os itens subsequentes.
radar não estiver danificado ou desligado, o motorista
levará uma multa", julgue os itens subsecutivos. 234. Considere que um delegado, quando foi interrogar
Carlos e José, já sabia que, na quadrilha à qual estes
227. Se forem falsas as afirmações "o radar estava des- pertenciam, os comparsas ou falavam sempre a ver-
ligado" e "o motorista levou uma multa", então a sen- dade ou sempre mentiam. Considere, ainda, que, no in-
tença "se um motorista passou em excesso de veloci- terrogatório, Carlos disse: José só fala a verdade, e
dade por um radar e este não estava danificado ou des- José disse: Carlos e eu somos de tipos opostos. Nesse
ligado, então o motorista levou uma multa" será verda- caso, com base nessas declarações e na regra da con-
deira, independentemente dos valores lógicos das ou- tradição, seria correto o delegado concluir que Carlos e
tras proposições simples que a compõem. José mentiram.

183
Apostila TJ-TO

235. Se A for a proposição "Todos os policiais são ho-


nestos", então a proposição A estará enunciada corre-
tamente por "Nenhum policial é honesto".
236. A sequência de proposições a seguir constitui uma
dedução correta.
Se Carlos não estudou, então ele fracassou na
prova de Física.
Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou.
Carlos não fracassou na prova de Física.
Carlos não jogou futebol.

237. Considere as afirmações:


I. Todo peixe é animal que voa.

II. Nem todo animal que voa é ave.

III. Zitriz é uma ave.

Com base nessas afirmações, assinale a alternativa


correta.

(A) Zitriz voa.

(B) Se Zitriz não voa, então Zitriz não é peixe.

(C) Se Zitriz é peixe, então Zitriz não voa.

(D) Zitriz é um peixe.

(E) Zitriz não voa.

184
Apostila TJ-TO
25. E 62. C 99. A
GABARITO
26. E 63. B 100. B
01.
27. C 64. E 101. D
a) A →(¬C)
28. E 65. E 102. C
b) B ↔ D
29. E 66. D 103. C
c) ¬A ᴧ B 30. E 67. C 104. D
d) [A ᴧ (¬C)]→ D 31. C 68. E 105. C
e) A →(B  C) 32. D 69. E 106. C
f) ¬D→(¬A ᴧ B) 33. D 70. E 107. E
g) ¬A ↔ C 34. B 71. E 108. C

h) (¬C ᴧ D) → A 35. D 72. C 109. C

i) ¬B → (C ᴧ A) 36. D 73. E 110. ANULADA


37. C 74. B 111. E
38. E 75. B 112. D
02. C
39. E 76. D 113. A
03. E
40. C 77. C 114. E
04. C
41. C 78. C 115. E
05. E
42. E 79. C 116. D
06. C
43. A 80. E 117. C
07. D
44. D 81. C 118. E
08. C
45. B 82. C 119. E
09. E
46. E 83. C 120. B
10. E
47. C 84. E 121. D
11. E
48. C 85. E 122. C
12. C
49. E 86. D 123. E
13. E
50. B 87. E 124. C
14. C
51. E 88. B 125. E
15. E
52. E 89. D 126. E
16. C
53. C 90. C 127. A
17. E
54. C 91. E 128. E
18. E
55. E 92. E 129. A
19. E
56. C 93. C 130. B
20. E
57. B 94. B 131. C
21. E
58. D 95. D 132. C
22. C
59. E 96. C 133. D
23. C
60. B 97. D 134. E
24. E
61. D 98. C 135. D
http://ead.gpscursos.com.br
185
Apostila TJ-TO

136. A 171. A 206. E


137. C 172. C 207. C
138. E 173. C 208. E
139. C 174. B 209. C
140. E 175. C 210. E
141. E 176. D 211. C
142. C 177. C 212. C
143. C 178. A 213. E
144. E 179. A 214. C
145. E 180. D 215. D
146. E 181. B 216. C
147. E 182. A 217. B
148. E 183. D 218. E
149. A 184. E 219. D
150. E 185. E 220. D
151. E 186. C 221. D
152. B 187. D 222. E
153. A 188. E 223. D
154. A 189. C 224. D
155. D 190. C 225. D
156. C 191. E 226. C
157. A 192. E 227. E
158. E 193. C 228. C
159. C 194. E 229. C
160. C 195. E 230. E
161. C 196. E 231. C
162. C 197. E 232. E
163. E 198. E 233. C
164. D 199. D 234. C
165. A 200. C 235. E
166. E 201. E 236. C
167. D 202. E 237. B
168. C 203. E
169. C 204. C
170. E 205. C

186
Apostila TJ-TO

INFORMÁTICA

Assista Canal prof. Augusto Moura

https://www.youtube.com/channel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA

HARDWARE E SOFTWARE

Divisão:

Hardware: todo o equipamento, suas peças, isto é, tudo o que "pode ser tocado", denomina-se hardware. Alguns
equipamentos: monitor, teclado e mouse são também chamados de periféricos. Outros exemplos de hardware: me-
mórias, processadores, gabinetes, disco rígido, etc.
Software: consiste na parte que "não se pode tocar", ou seja, toda a parte virtual, onde estão incluídos os drivers, os
programas e o sistema operacional.
Nota:

Peopleware: são pessoas que trabalham diretamente, ou indiretamente, como área de processamento de dados, ou
mesmo com Sistema de Informação. O peopleware é a parte humana que se utiliza das diversas funcionalidades dos
sistemas computacionais, seja este usuário um Analista de sistema ou, até mesmo, um simples cliente que faz uma
consulta em um caixa eletrônico da Rede Bancária, como também uma atendente de um Supermercado.

Computadores podem ser classificados de acordo com a função que exercem ou pelas suas dimensões (capacidade
de processamento)..

Classificação:

Quanto à Capacidade de Processamento

 Microcomputador - Também chamado Computador pessoal ouainda Computador doméstico.


 Mainframe - Um computador maior em tamanho e mais poderoso.
 Supercomputador - Muito maior em dimensões, pesando algumas toneladas e capaz de, em alguns casos, efetuar
cálculos que levariam 100 anos para serem calculados em um microcomputador.

Quanto às suas Funções

 Console ou videogame - Como dito não são computadores propriamente ditos, mas atualmente conseguem reali-
zar muitas, senão quase todas, as funções dos computadores pessoais.
 Servidor (server) - Um computador que serve uma rede de computadores. São de diversos tipos. Tanto microcom-
putadores quanto mainframes são usados como servidores.
 Estação de trabalho (Workstation) - Serve um único usuário e tende a possuir hardware e software não encon-
tráveis em computadores pessoais, embora externamente se pareçam muito com os computadores pessoais. Tanto
microcomputadores quanto mainframes são usados como estações de trabalho.
 Sistema embarcado, computador dedicado ou computador integrado (embedded computer) - De menores pro-
porções, é parte integrante de uma máquina ou dispositivo. Por exemplo, uma unidade de comando da injeção
eletrônica de um automóvel, que é específica para atuar no gerenciamento eletrônico do sistema de injeção de
combustível e ignição. Eles são chamados de dedicados, pois executam apenas a tarefa para a qual foram progra-
mados. Tendem a ter baixa capacidade de processamento, às vezes inferior aos microcomputadores.

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Apostila TJ-TO

Um mainframe é um computador de grande porte, dedicado normalmente ao processamento de um volume grande


de informações. Os mainframes são capazes de oferecer serviços de processamento a milhares de usuários através
de milhares de terminais conectados diretamente ou através de uma rede.
Embora venham perdendo espaço para os servidores de arquitetura PC e servidores Unix, de custo bem menor,
ainda são muito usados em ambientes comerciais e grandes empresas (bancos, empresas de aviação, universidades,
etc.).
Quase todos os mainframes têm a capacidade de executar múltiplos sistemas operacionais, e assim não operar
como um único computador, mas como um número de máquinas virtuais. Neste papel, um único mainframe pode
substituir dezenas ou mesmo centenas de servidores menores. Os mainframes surgiram com a necessidade das em-
presas em executar tarefas, que levavam dias para serem concluídas. Era preciso então criar um supercomputador
capaz de executar estas tarefas em menos tempo e com mais precisão.

Mainframe IBM.

Estação de trabalho ( Workstation) era o nome genérico dado a computadores situados, em termos de potência
de cálculo, entre o computador pessoal e o computador de grande porte, ou mainframe. Algumas destas máquinas
eram vocacionadas para aplicações com requisitos gráficos acima da média, podendo então ser referidas como Esta-
ção gráfica ou Estação gráfica de trabalho (Graphical Workstation).
No início da década de 1980, os pioneiros nesta área foram Apollo Computer e Sun Microsystems, que criaram
estações de trabalho rodando UNIX em plataformas baseadas no microprocessador 68000 da Motorola.
Hoje, devido ao poder de processamento muito maior dos PCs comuns, o termo às vezes é usado como sinônimo
de computador pessoal.

Bit e byte.

Bit (simplificação para dígito binário, "BInary digiT" em inglês) é a menor unidade de informação que pode ser ar-
mazenada ou transmitida. Usada na Computação e na Teoria da Informação. Um bit pode assumir somente 2 valores,
por exemplo: 0 ou 1, verdadeiro ou falso.
Embora os computadores tenham instruções (ou comandos) que possam testar e manipular bits, geralmente são
idealizados para armazenar instruções em múltiplos de bits, chamados bytes. No princípio, byte tinha tamanho variável,

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Apostila TJ-TO

mas atualmente tem oito bits. Bytes de oito bits também são chamados de octetos. Existem também termos para
referir-se a múltiplos de bits usando padrões prefixados, como quilobit (Kb), megabit (Mb), gigabit (Gb) e Terabit (Tb).
De notar que a notação para bit utiliza um "b" minúsculo, em oposição à notação para byte que utiliza um "B" maiús-
culo (kB, MB, GB, TB).

Gabinete

O gabinete é uma caixa metálica (e/ou com elementos de plástico) vertical ou horizontal, que guarda todos os
componentes do computador (placas, HD, processador, etc).
No gabinete, fica localizada também a fonte de alimentação, que serve para converter corrente alternada em cor-
rente contínua para alimentar os componentes do computador. Assim, a placa-mãe, os drives, o HD e o cooler, devem
ser ligados à fonte. As placas conectadas nos slots da placa-mãe recebem energia por esta, de modo que dificilmente
precisam de um alimentador exclusivo. Gabinetes, fontes e placas-mãe precisam ser de um mesmo padrão, do con-
trário, acaba sendo praticamente impossível conectá-los. O padrão em uso atualmente é o ATX.
As baias são aquelas "gavetinhas", no português vulgar, localizadas na parte frontal do gabinete. Nos espaços das
baias é que drives de DVD e outros são encaixados.

Placa-mãe

Este componente também pode ser interpretado como a "espinha dorsal" do computador, afinal, é ele que interliga
todos os dispositivos do equipamento. Para isso, a placa-mãe (ou, em inglês, motherboard) possui vários tipos de
conectores. O processador é instalado em seu socket, o HD é ligado nas portas IDE ou SATA, a placa de vídeo pode
ser conectada nos slots AGP 8x ou PCI-Express 16x e as outras placas (placa de som, placa de rede, etc) pode se-
rencaixada nos slots PCI ou, mais recentemente, em entradas PCI Express (essa tecnologia não serve apenas para
conectar placas de vídeo). Ainda há o conector da fonte, os encaixes das memórias, enfim.
Todas as placas-mãe possuem BIOS (Basic Input Output System). Trata-se de um pequeno software de controle
armazenado em um chip de memória ROM que guarda configurações do hardware e informações referentes à data e
hora. Para manter as configurações do BIOS, em geral, uma bateria de níquel-cádmio ou lítio é utilizada. Dessa forma,
mesmo com o computador desligado, é possível manter o relógio do sistema ativo, assim como as configurações de
hardware.
A imagem abaixo mostra um exemplo de placa-mãe. Em A ficam os conectores para o mouse, para o teclado, para
o áudio, etc. Em B, o slot onde o processador deve ser encaixado. Em C ficam os slots onde os pentes de memória
são inseridos. D mostra um conector IDE. Em E é possível ser os conectores SATA. Por fim, F mostra os slots de
expansão (onde se pode adicionar placas de som, placas de rede, entre outros), com destaque para o slot PCI Ex-
press 16xpara o encaixe da placa de vídeo.

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Apostila TJ-TO

Processador

Este é o grande pivô da história. O processador, basicamente, é o "cérebro" do computador. Praticamente tudo
passa por ele, já que é o processador o responsável por executar todas as instruções necessárias. Quanto mais "po-
deroso" for o processador, mais rapidamente suas tarefas serão executadas.
Todo processador deve ter um cooler (ou algum outro sistema de controle de temperatura). Essa peça (um tipo
de ventilador) é a responsável por manter a temperatura do processador em níveis aceitáveis. Quanto menor for a
temperatura, maior será a vida útil do chip.
Vale ressaltar que cada processador tem um número de pinos ou contatos. Por exemplo, o antigo Athlon XP tem
462 pinos (essa combinação é chamada Socket A) e, logo, é necessário fazer uso de uma placa-mãe que aceite esse
modelo (esse socket). Assim sendo, na montagem de um computador, a primeira decisão a se tomar é qual processa-
dor comprar, pois a partir daí é que se escolhe a placa-mãe e, em seguida, o restante das peças.
O mercado de processadores é dominado, essencialmente, por duas empresas: Intel e AMD. Eis alguns exemplos
de seus processadores: Intel Core 2 Duo, Intel Core i7, Intel Atom (para dispositivos portáteis), AMD Athlon X2, AMD
Phenom II e AMD Turion X2 (também para dispositivos portáteis). Abaixo, a foto de um processador.

Barramentos

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Apostila TJ-TO

De maneira geral, os barramentos são responsáveis pela interligação e comunicação dos dispositivos em um com-
putador. Note que, para o processador se comunicar com a memória e o conjunto de dispositivos de entrada e saída,
há três setas, isto é, barramentos: um se chama barramento de endereços (address bus); outro barramento de
dados (data bus); o terceiro, barramento de controle (control bus).
O barramento de endereços, basicamente, indica de onde os dados a serem processados devem ser retirados ou
para onde devem ser enviados. A comunicação por este meio é unidirecional, razão pela qual só há seta em uma das
extremidades da linha no gráfico que representa a sua comunicação.
Como o nome deixa claro, é pelo barramento de dados que as informações transitam. Por sua vez, o barramento
de controle faz a sincronização das referidas atividades, habilitando ou desabilitando o fluxo de dados, por exemplo.

Para você compreender melhor, imagine que o processador necessita de um dado presente na memória. Pelo
barramento de endereços, a CPU obtém a localização deste dado dentro da memória. Como precisa apenas acessar
o dado, o processador indica pelo barramento de controle que esta é uma operação de leitura. O dado é então locali-
zado e inserido no barramento de dados, por onde o processador, finalmente, o lê.

Clock interno

Em um computador, todas as atividades necessitam de sincronização. O clock interno (ou apenas clock) serve
justamente a este fim, ou seja, basicamente, atua como um sinal para sincronismo. Quando os dispositivos do compu-
tador recebem o sinal de executar suas atividades, dá-se a esse acontecimento o nome de "pulso de clock". Em cada
pulso, os dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock.
A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade padrão de medidas de frequência, que indica o número de
oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no caso, segundos. Assim, se um pro-
cessador trabalha à 800 Hz, por exemplo, significa que ele é capaz de lidar com 800 operações de ciclos de clock por
segundo.
Repare que, para fins práticos, a palavra kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim como o termo me-
gahertz (MHz) é usado para referenciar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, gigahertz (GHz) é a
denominação usada quando se tem 1000 MHz e assim por diante. Com isso, se um processador conta com, por exem-
plo, uma frequência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com 800 milhões de ciclos por segundo.
Neste ponto, você provavelmente deve ter entendido que é daqui que vêm expressões como "processador Intel
Core i5 de 2,8 GHz", por exemplo.

FSB (Front Side Bus)

Você já sabe: as frequências com as quais os processadores trabalham são conhecidas como clock interno. Mas,
os processadores também contam com o que chamamos de clock externo ou Front Side Bus (FSB) ou, ainda, bar-
ramento frontal.
O FSB existe porque, devido a limitações físicas, os processadores não podem se comunicar com o chipset e com
a memória RAM - mais precisamente, com o controlador da memória, que pode estar na ponte norte ( northbridge)

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Apostila TJ-TO

do chipset - utilizando a mesma velocidade do clock interno. Assim, quando esta comunicação é feita, o clock externo,
de frequência mais baixa, é que entra em ação.

Note que, para obter o clock interno, o processador faz uso de


um procedimento de multiplicação do clock externo. Para entender melhor, suponha que um determinado processador
tenha clock externo de 100 MHz. Como o seu fabricante indica que este chip trabalha à 1,6 GHz (ou seja, tem clock
interno de 1,6 GHz), seu clock externo é multiplicado por 16: 100 x 16 = 1600 MHz ou 1,6 GHz.

Quickpath Interconnect (QPI) e Hypertransport

Dependendo do processador, outra tecnologia pode ser utilizada no lugar do FSB. Um exemplo é oQuickPath
Interconnect (QPI), utilizado nos chips mais recentes da Intel, e o Hypertransport, aplicado nas CPUs da AMD.
Uma dessas mudanças diz respeito ao já mencionado controlador de memória, circuito responsável por "interme-
diar" o uso da memória RAM pelo processador. Nas CPUs mais atuais da Intel e da AMD, o controlador está integrado
ao próprio chip e não mais ao chipset localizado na placa-mãe.
Com esta integração, os processadores passam a ter um barramento direto à memória. O QPI e o Hypertransport
acabam então ficando livres para fazer a comunicação com os recursos que ainda são intermediados pelo chipset,
como dispositivos de entrada e saída.
O interessante é que tanto o Quickpath quanto o Hypertransport trabalham com duas vias de comunicação, de
forma que o processador possa transmitir e receber dados ao mesmo tempo, já que cada atividade é direcionada a
uma via, beneficiando o aspecto do desempenho. No FSB isso não acontece, porque há apenas uma única via para a
comunicação.

Cache

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Apostila TJ-TO

De nada adianta ter um processador rápido se este tem o seu desempenho comprometido por causa da "lentidão"
da memória.
Uma solução para este problema seria equipar os computadores com um tipo de memória mais sofisticado, como
a SRAM (Static RAM). Esta se diferencia das memórias convencionais DRAM ( Dynamic RAM) por serem muito
rápidas. Por outro lado, são muito mais caras e não contam com o mesmo nível de miniaturização, sendo, portanto,
inviáveis. Apesar disso, a ideia não foi totalmente descartada, pois foi adaptada para o que conhecemos como memó-
ria cache.
A memória cache consiste em uma pequena quantidade de memória SRAM embutida no processador. Quando este
precisa ler dados na memória RAM, um circuito especial chamado "controlador de cache" transfere blocos de dados
muito utilizados da RAM para a memória cache. Assim, no próximo acesso do processador, este consultará a memória
cache, que é bem mais rápida, permitindo o processamento de dados de maneira mais eficiente.
Se o dado estiver na memória cache, o processador a utiliza, do contrário, irá buscá-lo na memória RAM. Perceba
que, com isso, a memória cache atua como um intermediário, isto é, faz com que o processador nem sempre necessite
chegar à memória RAM para acessar os dados dos quais necessita. O trabalho da memória cache é tão importante
que, sem ela, o desempenho de um processador pode ser seriamente comprometido.
Os processadores trabalham, basicamente, com dois tipos de cache: cache L1 (Level 1 - Nível 1) e cache
L2 (Level 2 - Nível 2). Este último é, geralmente mais simples, costuma ser ligeiramente maior em termos de capaci-
dade, mas também um pouco mais lento. O cache L2 passou a ser utilizado quando o cache L1 se mostrou insuficiente.
Vale ressaltar que, dependendo da arquitetura do processador, é possível encontrar modelos que contam com um
terceiro nível de cache (L3). O processador Intel Core i7 3770, por exemplo, possui caches L1 e L2 relativamente
pequenos para cada núcleo: 64 KB e 256 KB, respectivamente. No entanto, o cache L3 é expressivamente maior - 8
MB - e, ao mesmo tempo, compartilhado por todos os seus quatros núcleos.

Núcleos

Quando um determinado valor de clock é alcançado, torna-se mais difícil desenvolver outro chip com clock maior.
Limitações físicas e tecnológicas são os principais motivos para isso. Uma delas é a questão da temperatura: teorica-
mente, quanto mais megahertz um processador tiver, mais calor o dispositivo gerará.
Uma das formas encontradas pelos fabricantes para lidar com esta limitação consiste em fabricar e disponibilizar
processadores com dois núcleos (dual core), quatro núcleos (quad core) ou mais (multi core).
Nota:
núcleo core, nucleus, kernel, center, heart

Um exemplo disso é a tecnologia Turbo Boost, da Intel: se um processador quad core, por exemplo, tiver dois
núcleos ociosos, os demais podem entrar automaticamente em um modo "turbo" para que suas frequências sejam
aumentadas, acelerando a execução do processo em que trabalham.
A imagem abaixo exibe uma montagem que ilustra o interior de um processador Intel Core 2 Extreme Quad Core.:

Chipset

O chipset é um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe, dividindo-se entre "ponte norte" (northbridge,
controlador de memória, alta velocidade) e "ponte sul" (southbridge, controlador de periféricos, baixa velocidade). A
ponte norte faz a comunicação do processador com asmemórias, e em alguns casos com os barramentos de alta
velocidade AGP e PCI Express. Já a ponte sul, abriga os controladores de HDs (ATA/IDE eSATA),portas USB, para-
lela, PS/2, serial, os barramentos PCI e ISA, que já não é usado mais em placas-mãe modernas.

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Apostila TJ-TO

Memória principal:

Memória ROM

As memórias ROM (Read-Only Memory - Memória Somente de Leitura) recebem esse nome porque os dados
são gravados nelas apenas uma vez. Depois disso, essas informações não podem ser apagadas ou alteradas, apenas
lidas pelo computador, exceto por meio de procedimentos especiais. Outra característica das memórias ROM é que
elas são do tipo não volátil, isto é, os dados gravados não são perdidos na ausência de energia elétrica ao dispositivo.
Eis os principais tipos de memória ROM:
- PROM (Programmable Read-Only Memory): esse é um dos primeiros tipos de memória ROM. A gravação de
dados neste tipo é realizada por meio de aparelhos que trabalham através de uma reação física com elementos elétri-
cos. Uma vez que isso ocorre, os dados gravados na memória PROM não podem ser apagados ou alterados;
- EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory): as memórias EPROM têm como principal caracte-
rística a capacidade de permitir que dados sejam regravados no dispositivo. Isso é feito com o auxílio de um compo-
nente que emite luz ultravioleta. Nesse processo, os dados gravados precisam ser apagados por completo. Somente
depois disso é que uma nova gravação pode ser feita;
- EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory): este tipo de memória ROM também
permite a regravação de dados, no entanto, ao contrário do que acontece com as memórias EPROM, os processos
para apagar e gravar dados são feitos eletricamente, fazendo com que não seja necessário mover o dispositivo de seu
lugar para um aparelho especial para que a regravação ocorra;
- EAROM (Electrically-Alterable Programmable Read-Only Memory): as memórias EAROM podem ser vis-
tas como um tipo de EEPROM. Sua principal característica é o fato de que os dados gravados podem ser alterados
aos poucos, razão pela qual esse tipo é geralmente utilizado em aplicações que exigem apenas reescrita parcial de
informações;
- Flash: as memórias Flash também podem ser vistas como um tipo de EEPROM, no entanto, o processo de gravação
(e regravação) é muito mais rápido. Além disso, memórias Flash são mais duráveis e podem guardar um volume ele-
vado de dados.
- CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria de discos ópticos onde os dados são gravados apenas uma vez,
seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou com dados próprios do usuário, quando o próprio efetua a gravação. Há
também uma categoria que pode ser comparada ao tipo EEPROM, pois permite a regravação de dados: CD-RW e
DVD-RW e afins.

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Apostila TJ-TO

Memória RAM

As memórias RAM (Random-Access Memory - Memória de Acesso Aleatório) constituem uma das partes
mais importantes dos computadores, pois são nelas que o processador armazena os dados com os quais está lidando.
Esse tipo de memória tem um processo de gravação de dados extremamente rápido, se comparado aos vários tipos
de memória ROM. No entanto, as informações gravadas se perdem quando não há mais energia elétrica, isto é, quando
o computador é desligado, sendo, portanto, um tipo de memória volátil.
Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que são muitos utilizados: estático e dinâmico, isto é, SRAM e DRAM,
respectivamente. Há também um tipo mais recente chamado de MRAM. Eis uma breve explicação de cada tipo:
- SRAM (Static Random-Access Memory - RAM Estática): esse tipo é muito mais rápido que as memórias
DRAM, porém armazena menos dado e possui preço elevado se considerar o custo por megabyte. Memórias SRAM
costumam ser utilizadas como cache (saiba mais sobre cache neste artigo sobre processadores);
- DRAM (Dynamic Random-Access Memory - RAM Dinâmica): memórias desse tipo possuem capacidade alta,
isto é, podem comportar grandes quantidades de dados. No entanto, o acesso a essas informações costuma ser mais
lento que o acesso às memórias estáticas. Esse tipo também costuma ter preço bem menor quando comparado ao tipo
estático;
- MRAM (Magnetoresistive Random-Access Memory - RAM Magneto-resistiva): a memória MRAM vem sendo
estudada há tempos, mas somente nos últimos anos é que as primeiras unidades surgiram. Trata-se de um tipo de
memória até certo ponto semelhante à DRAM, mas que utiliza células magnéticas. Graças a isso, essas memórias
consomem menor quantidade de energia, são mais rápidas e armazenam dados por um longo tempo, mesmo na au-
sência de energia elétrica. O problema das memórias MRAM é que elas armazenam pouca quantidade de dados e são
muito caras, portanto, pouco provavelmente serão adotadas em larga escala.

Memórias secundárias, auxiliares ou de massa.

Disco rígido

Disco rígido ou disco duro, popularmente chamado também de HD (derivação de HDD do inglêshard disk drive)
ou winchester (termo em desuso), "memória de massa" ou ainda de "memória secundária" é a parte do computa-
dor onde são armazenados os dados. O disco rígido é uma memória não-volátil, ou seja, as informações não são
perdidas quando o computador é desligado, sendo considerado o principal meio de armazenamento de dados em
massa. Por ser uma memória não-volátil, é um sistema necessário para se ter um meio de executar novamente pro-
gramas e carregar arquivos contendo os dados inseridos anteriormente quando ligamos o computador. Nos sistemas
operativos mais recentes, ele é também utilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de memória virtual.
Existem vários tipos de interfaces para discos rígidos diferentes: IDE/ATA, Serial ATA, SCSI, Fibre channel, SAS.

Discos

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Apostila TJ-TO

Placa lógica do HD

Solid-State Drive (SSD)

Em aparelhos SSD, o armazenamento é feito em um ou mais chips de memória, dispensando totalmente o uso de
sistemas mecânicos para o seu funcionamento. Como consequência dessa característica, unidades do tipo acabam
sendo mais econômicas no consumo de energia, afinal, não precisam alimentar motores ou componentes semelhantes
(note, no entanto, que há outras condições que podem elevar o consumo de energia, dependendo do produto). Essa
característica também faz com que "discos" SSD (não se trata de um disco, portanto, o uso dessa denominação não é
correto, mas é um termo muito utilizado) utilizem menos espaço físico, já que os dados são armazenados em chips
especiais, de tamanho reduzido. Graças a isso, a tecnologia SSD começou a ser empregada de forma ampla em
dispositivos portáteis, tais como netbooks, notebooks ultrafinos e tocadores de áudio (MP3-player).

As mídias de CD

Existem dois tipos distintos de CD's (mídias) com os quais é possível gravar dados e música: CD-R (CompactDisc
Recordable) e CD-RW (Compact Disc Recordable Rewritable). O primeiro permite que dados sejam gravados num CD
somente uma única vez, não sendo possível alterar ou apagar informações. O segundo permite gravar e regravar um
CD, apagando e acrescentando dados novamente. O que causa a diferença entre estes tipos de CD's é o material
usado por eles. O CD-R usa um tipo material que quando queimado pelo laser do gravador de CD sofre uma transfor-
mação que não permite mais alterá-lo, deixando a mídia como um CD-ROM comum. Já o CD-RW usa um material do

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Apostila TJ-TO

tipo phase-change (mudança de fase), que consiste numa espécie de partícula que sofre ação do laser do gravador
para armazenar dados e depois pode sofrer outra ação para voltar ao estado original e permitir que informações sejam
gravadas novamente. Abaixo, veja como são montados os CD-R's e os CD-RW's.

Digital Versatile Disc ou Digital VideoDisc

O DVD (Digital Versatile Disc ou Digital VideoDisc) tirou o lugar das tradicionais fitas VHS em aplicações de vídeo.
:: DVD-ROM
O DVD-ROM é o tipo mais comum, pois é usado, por exemplo, para armazenar filmes. Já vem com seu conteúdo
gravado de fábrica. Não é possível apagar ou regravar dados nesse tipo de DVD.
:: DVD-RAM
Este é um tipo de DVD gravável e regravável. Sua principal vantagem em relação aos outros padrões é sua vida útil:
um DVD-RAM suporta mais de 100 mil gravações, sendo muito útil para backups (cópias de segurança) periódicos.
Além disso, esse tipo de DVD geralmente pode ser usado sem um programa de gravação, como se fosse um HD.
:: DVD-R
Este tipo é um dos que tem maior aceitação nos mais diversos aparelhos. É a melhor opção para a gravação de filmes,
pois é aceito por praticamente todos os DVD-players, com exceção para alguns dos primeiros modelos. O DVD-R,
assim como o seu antecessor CD-R, só aceita gravação uma única vez e, após isso, seus dados não podem ser
apagados. Sua capacidade de armazenamento padrão é de 4,7 GB.
:: DVD+R
Este tipo é equivalente ao DVD-R, inclusive na capacidade de armazenamento, que é de 4,7 GB. O DVD+R também
só pode ser gravado uma única vez e não permite a eliminação de seus dados. O que o DVD-R tem de diferente do
DVD+R, então? Pouca coisa, sendo a principal diferença o fato dos dados gravados em um DVD+R serem mais rapi-
damente acessados do que em um DVD-R,
:: DVD-RW
O DVD-RW é equivalente ao CD-RW, pois permite a gravação e a regravação de dados.
:: DVD+RW
Este formato tem quase as mesmas características do seu rival DVD-RW, inclusive na capacidade de armazenamento,
cujo padrão também é de 4,7 GB. No DVD+RW também é necessário fechar a mídia para a execução de filmes em
DVD-players. Na prática, sua diferença em relação ao DVD-RW está na velocidade de gravação ligeiramente maior e
na possibilidade de uso de tecnologias como "Lossless linking" e "Mount Rainier" que permitem, respectivamente,
interromper uma gravação sem causar erros e alterar dados de apenas um setor sem necessidade de formatar o disco.

Tecnologia Blu-ray

O Blu-ray é um padrão de disco óptico criado para aplicações de vídeos e de armazenamento de dados em geral,
assim como o é DVD. No entanto, possui características mais avançadas que as deste último, razão pela qual é con-
siderado o seu substituto. A principal diferença está na capacidade de armazenamento: em sua versão mais simples,
com uma camada, pode guardar até 25 GB de dados, contra 4,7 GB do DVD. Há também uma versão com dupla
camada capaz de armazenar 50 GB de dados. Fabricantes ainda podem criar versões com capacidades diferentes
destas, para fins específicos. Em abril de 2010, por exemplo, a indústria apresentou discos Blu-ray que podem chegar
a 128 GB de capacidade.

Memória Flash

Os cartões de memória são, essencialmente, baseados na tecnologia Flash, um tipo de memória EPROM (Elec-
trically-Erasable Programmable Read Only Memory) desenvolvido pela Toshiba nos anos 1980. Os chips
Flash são ligeiramente parecidos com a memória RAM (Random Access Memory) usada nos computadores, po-
rém suas propriedades fazem com que os dados não sejam perdidos quando não há fornecimento de energia (por
exemplo, quando a bateria acaba ou o dispositivo é desligado). Fazendo uma comparação grosseira, o conceito de
gravação de dados em um chip Flash é semelhante ao processo de gravação de dados em mídias CD-RW: de acordo
com a intensidade de energia aplicada (no caso do CD-RW, laser), há gravação ou eliminação de informações.
A memória Flash consome pouca energia, ocupa pouquíssimo espaço físico (daí ser ideal aos dispositivos portáteis)
e costuma ser resistente, ou seja, bastante durável. O grande problema da memória Flash é o seu preço elevado.
Felizmente, a popularização desta tecnologia está fazendo com que os seus custos diminuam com o passar do tempo.

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Apostila TJ-TO

A tecnologia Flash faz uso de chips de estado sólido (solid state) e que não possuem peças móveis, o que evita
problemas de causa mecânica. Juntando esse fator a recursos de proteção, como ECC ( Error Correction Code), a
memória Flash se mostra bastante confiável.

Os diversos tipos de cartões de memória

Embora sejam baseados na mesma tecnologia, contamos atualmente com cerca de uma dezena de tipos de cartões
de memória. Qual o motivo para tamanha quantidade? Ao contrário do que houve com outras tecnologias, como
o USB e o CD, os fabricantes de memória não entraram em um acordo para trabalhar em um padrão único de cartão.
Como consequência, o mercado encontra hoje uma variedade de tipos deste dispositivo. Os mais comuns são aborda-
dos a seguir.

Memória virtual

Memória virtual é uma técnica que usa a memória secundária como uma cache para armazenamento secundário.
Houve duas motivações principais: permitir o compartilhamento seguro e eficiente da memória entre vários programas
e remover os transtornos de programação de uma quantidade pequena e limitada na memória principal.
A memória virtual consiste em recursos de hardware e software com três funções básicas:
 (i) realocação (ou recolocação), para assegurar que cada processo (aplicação) tenha o seu próprio espaço de en-
dereçamento, começando em zero;
 (ii) proteção, para impedir que um processo utilize um endereço de memória que não lhe pertença;
 (iii) paginação (paging) ou troca (swapping), que possibilita a uma aplicação utilizar mais memória do que a fisica-
mente existente (essa é a função mais conhecida).

Simplificadamente, um usuário ou programador vê um espaço de endereçamento virtual, que pode ser igual, maior
ou menor que a memória física (normalmente chamada memória DRAM - Dynamic Random Access Memory).

Memória buffer

Em ciência da computação, buffer (retentor) é uma região de memória temporária utilizada para escrita e leitura
de dados. Os dados podem ser originados de dispositivos (ou processos) externos ou internos ao sistema. Os buf-
fers podem ser implementados em software (mais usado) ouhardware. Normalmente são utilizados quando existe uma
diferença entre a taxa em que os dados são recebidos e a taxa em que eles podem ser processados, ou no caso em
que essas taxas são variáveis.
Os buffers são mecanismos muito utilizados em aplicações multimídia, em especial nas aplicações de streaming.
Streaming (fluxo) é uma forma de distribuir informação multimídia numarede através de pacotes. Ela é freqüente-
mente utilizada para distribuir conteúdo multimídia através da Internet.

Periféricos

Periféricos são aparelhos ou placas que enviam ou recebem informações do computador. Na informática, o termo
"periférico" aplica-se a qualquer equipamento acessório que seja ligado à CPU (unidade central de processamento),

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Apostila TJ-TO

ou, num sentido mais amplo, ao computador. Os exemplosdeperiféricos: impressoras,digitalizadores, leitores e ou gra-
vadores de CDs e DVDs, leitores decartões e disquetes,mouses,teclados,câmeras de vídeo, entre outros.
Cada periférico tem a sua função definida, desempenhada ao enviar tarefas ao computador, de acordo com sua
função periférica.
Existem vários tipos de periféricos:
 De entrada: basicamente enviam informação para o computador (teclado, mouse, joystick, digitalizador);
 De saída: transmitem informação do computador para o utilizador (monitor, impressora, caixa de som);
 De processamento: processam a informação que a CPU (unidade central de processamento) enviou;
 De entrada e saída (ou mistos): enviam/recebem informação para/do computador (monitor touchscreen, drive de
DVD, modem). Muitos destes periféricos dependem de uma placa específica: no caso das caixas de som, a placa
de som.
 De armazenamento: armazenam informações do computador e para o mesmo (pen drive, disco rígido, cartão de
memória, etc).

 Externos: equipamentos que são adicionados a um computador, equipamentos a parte que enviam e/ou rece-
bem dados, acessórios que se conectam ao computador.

Barramentos

Barramentos (ou, em inglês, bus) são, em poucas palavras, padrões de comunicação utilizados em computadores
para a interconexão dos mais variados dispositivos. Exemplo: ISA, AGP, PCI, PCI Express e AMR.

O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, sendo encontrado apenas em computadores antigos. Seu
aparecimento se deu na época do IBM PC e essa primeira versão trabalha com transferência de 8 bits por vez e clock
de 8,33 MHz (na verdade, antes do surgimento do IBM PC-XT, essa valor era de 4,77 MHz).
O barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Suas principais características são a capacidade
de transferir dados a 32 bits e clock de 33 MHz, especificações estas que tornaram o padrão capaz de transmitir dados
a uma taxa de até 132 MB por segundo. Os slots PCI são menores que os slots ISA, assim como os seus dispositivos,
obviamente.
O PCI-X nada mais é do que uma evolução do PCI de 64 bits, sendo compatível com as especificações anteriores. A
versão PCI-X 1.0 é capaz de operar nas frequências de 100 MHz e 133 MHz. Nesta última, o padrão pode atingir a
taxa de transferência de dados de 1.064 MB por segundo. O PCI-X 2.0, por sua vez, pode trabalhar também com as
freqüências de 266 MHz e 533 MHz.
Para lidar com o volume crescente de dados gerados pelos processadores gráficos, a Intel anunciou em meados
de 1996 o padrão AGP, cujo slot serve exclusivamente às placas de vídeo. O AGP também permite que a placa de
vídeo faça uso de parte da memória RAM do computador como um incremento de sua própria memória, um recurso
chamadoDirect Memory Execute. Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP 2.0,
O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-EX) foi concebido pela Intel em 2004 e se destaca por substituir,
ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. O PCI Express 16x, por exemplo, é capaz de trabalhar com taxa de
transferência de cerca de 4 GB por segundo, característica que o faz ser utilizado por placas de vídeo, um dos dispo-
sitivos que mais geram dados em um computador. Com o lançamento do PCI Express 2.0, que aconteceu no início de
2007, as taxas de transferência da tecnologia praticamente dobraram.
Os padrões AMR (Audio Modem Riser), CNR (Communications and Network Riser) e ACR (Advanced
Communications Riser) são diferentes entre si, mas compartilham da ideia de permitir a conexão à placa-mãe de
dispositivos Host Signal Processing (HSP), isto é, dispositivos cujo controle é feito pelo processador do computa-
dor. Para isso, o chipset da placa-mãe precisa ser compatível. Em geral, esses slots são usados por placas que exigem
pouco processamento, como placas de som, placas de rede ou placas de modem simples.
O slot AMR foi desenvolvido para ser usado especialmente para funções de modem e áudio. Seu projeto foi liderado
pela Intel.

ATA

199
Apostila TJ-TO

Um acrónimo para a expressão inglesa Advanced Technology Attachment, é um padrão para interligar disposi-
tivos de armazenamento, como discos rígidos e drives de CD-ROMs, no interior de computadores pessoais.

Serial ATA, SATA ou S-ATA


(acrônimo para Serial AT Attachment) é uma tecnologia de transferência de dados entre um computador e disposi-
tivos de armazenamento em massa (mass storage devices) como unidades de disco rígido e drives ópticos.
É o sucessor da tecnologia ATA (acrônimo de AT Attachment, introduzido em 1984 pela IBM em seu computador
AT. ATA, também conhecido como IDE ou Integrated Drive Electronics) que foi renomeada para PATA (Parallel ATA)
para se diferenciar de SATA.
Diferentemente dos discos rígidos IDE, que transmitem os dados através de cabos de quarenta ou oitenta fios
paralelos, o que resulta num cabo enorme, os discos rígidos SATA transferem os dados em série. Os cabos Serial ATA
são formados por dois pares de fios (um par para transmissão e outro par para recepção) usando transmissão diferen-
cial, e mais três fios terra, totalizando 7 fios, o que permite usar cabos com menor diâmetro que não interferem na
ventilação do gabinete.

SCSI
SCSI (pronuncia-se "scãzi"), sigla de Small Computer System Interface, é uma tecnologia que permite ao usuário
conectar uma larga gama de periféricos, tais como discos rígidos, unidades CD-ROM, impressoras e scanners.

200
Apostila TJ-TO

Tecnologia USB
Barramento serial universal (USB)
Barramento externo que dá suporte à instalação Plug and Play. Com o USB, você pode conectar e desconectar
dispositivos sem desligar ou reiniciar o computador. É possível usar uma única porta USB para conectar até 127 dis-
positivos periféricos, incluindo alto-falantes, telefones, unidades de CD-ROM, joysticks, unidades de fita, teclados,
scanners e câmeras. Uma porta USB localiza-se normalmente na parte traseira do computador, próximo da porta serial
ou da porta paralela.

Plug and Play


Conjunto de especificações desenvolvidas pela Intel para permitir que um computador detecte e configure automa-
ticamente um dispositivo e instale os drivers de dispositivos apropriados.
A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, foi passando por várias revisões. As mais populares são
as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de
transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s. USB 3.0
permite velocidade de até 4,8 Gb/s, que corresponde a cerca de 600 megabytes por segundo, dez vezes mais que a
velocidade do USB 2.0

O que é Thunderbolt?
Tendo a Intel como principal nome por trás de seu desenvolvimento, mas contando também com o apoio de com-
panhias como Canon, Western Digital e Apple, o Thunderbolt é um novo padrão de comunicação entre dispositivos
que, em parte, aproveita recursos tecnológicos já existentes.
O Thunderbolt faz uso de protocolos de dois padrões conhecidos pelo mercado: PCI Express e DisplayPort. O
primeiro é um barramento já bastante utilizado para a conexão interna de dispositivos ao computador, como placas de
vídeo ou placas Ethernet, por exemplo. O segundo, por sua vez, é muito utilizado pela Apple e é tido como um concor-
rente do HDMI, sendo uma tecnologia para a conexão de dispositivos de áudio e vídeo (como um monitor).
O Thunderbolt pode atingir uma taxa de transferência de dados de até 10 Gb/s (gigabits por segundo), que equivale
a 1,25 gigabytes por segundo, aproximadamente. Para efeitos comparativos, o USB 3.0 pode atingir até 4,8 Gb/s, que
corresponde a 600 megabytes por segundo, ou seja, metade, praticamente.
O tráfego de dados pode ocorrer de maneira bidirecional, ou seja, é possível enviar e receber informações ao
mesmo tempo, já que há um canal de 10 Gb/s para cada "sentido".
Uma única porta Thunderbolt permite a transmissão de dados, de informações de áudio e vídeo e até mesmo de
energia para alimentação dos dispositivos conectados, dispensando, muitas vezes, uma fonte de eletricidade exclusiva.

Acesso direto à memória

O DMA é uma característica essencial dos computadores modernos. Normalmente o único componente que acessa
a memória RAM da máquina é o processador. O recurso DMA permite que outros componentes também acessem a
memória RAM diretamente, como discos rígidos, o que aumenta o desempenho na transferência de grande quantidade
de dados. De outra maneira, a CPU teria que copiar todos os dados da fonte até o destino. Isto é tipicamente mais
lento do que copiar blocos de dados dentro da memória, já que o acesso a dispositivo de I/O através de barramentos
periféricos é mais lento que a RAM. Durante a cópia dos dados a CPU ficaria indisponível para outras tarefas.
Uma transferência por DMA essencialmente copia um bloco de memória de um dispositivo para outro. A CPU inicia
a transferência, mas não executa a transferência. Para os chamados third party DMA, como é utilizado normalmente
nos barramentos ISA, a transferência é realizada pelos controladores DMA que são tipicamente parte do chipset da

201
Apostila TJ-TO

placa mãe. Projetos mais avançados de barramento, como o PCI, tipicamente utilizam bus-mastering DMA, onde o
dispositivo toma o controle do barramento e realiza a transferência de forma independente.
Um uso típico do DMA ocorre na cópia de blocos de memória da RAM do sistema para um buffer de dispositivo.
Estas operações não bloqueiam o processador que fica livre para realizar outras tarefas. Existem 8 portas de DMA Os
8 canais DMA são numerados de 0 a 7, sendo nos canais de 0 a3 a transferência de dados feita a 8 bits e nos demais
a 16 bits. O uso de palavras binárias de 8 bits pelos primeiros 4 canais de DMA visa manter compatibilidade com
periféricos mais antigos.
Justamente por serem muito lentos, os canais de DMA são utilizados apenas por periféricos lentos, como drives de
disquete, placas de som e portas paralelas padrão ECP. Periféricos mais rápidos, como discos rígidos, utilizam o Bus
Mastering, uma espécie de DMA melhorado. O Canal 2 de DMA é nativamente usado pela controladora de disquetes.
Uma placa de som geralmente precisa de dois canais de DMA, um de 8 e outro de 16 bits, usando geralmente o DMA
1 e 5. O DMA 4 é reservado à placa mãe. Ficamos então com os canais 3, 6 e 7 livres. Caso a porta paralela do micro
seja configurada no Setup para operar em modo ECP, precisará também de um DMA, podemos então configurá-la
para usar o canal 3,

Pedido de interrupção

Um pedido de interrupção (abreviação IRQ (em inglês)) é a forma pela qual componentes de hardware requisitam
tempo computacional da CPU. Um IRQ é a sinalização de um pedido de interrupção de hardware. Os computadores
modernos compatíveis com o IBM PC possuem 16 designações de IRQ (0-15), cada uma delas representando uma
peça física (ou virtual) de hardware. Por exemplo, o IRQ0 é reservado para o temporizador do sistema, enquanto o
IRQ1 é reservada para o teclado. Quanto menor for o número do IRQ, mais prioridade ela terá para ser processada.

Conexão de periféricos

Sobre o PS / 2

Nomeado em honra do IBM PS / 2 estas tomadas hoje são amplamente utilizados como interfaces padrão para o
teclado e o mouse. Para a ligação do teclado utiliza-se tomada de cor violeta. Para a ligação do mouse utiliza-se
tomada de cor verde.

A interface serial ou porta serial, também conhecida como RS-232 é uma porta decomunicação utilizada para
conectar pendrives ,modems, mouses (ratos), algumasimpressoras, scanners e outros equipamentos de hardware. Na
interface serial, os bits sãotransferidos em fila, ou seja, um bit de dados de cada vez.

Video Graphics Array (VGA) é um padrão de gráficos de computadores introduzido em 1987 pela IBM, sendo
também usado vulgarmente para designar o conector associado ao padrão.

202
Apostila TJ-TO

A porta paralela éuma interfacede comunicação entre um computador e um periférico. Quando a IBM criou seu
primeiro PC("Personal Computer" ou "Computador Pessoal"), a idéia era conectar a essa porta a uma impressora, mas
atualmente, são vários os periféricos que se podem utilizar desta conexão para enviar e receber dados para o compu-
tador (exemplos:scanners, câmeras de vídeo, unidade de disco removível entre outros).

Porta USB
Entre os mais conhecidos dispositivos que utilizam-se da interface USB estão:
 Webcam
 Teclado
 Mouse
 Unidades de armazenamento (HD, Pendrive, CD-ROM)
 Joystick
 Gamepad
 PDA
 Câmera digital
 Impressora
 Placa-de-Som
 Modem
 MP3 Player
 Celular (em Geral)

Símbolo do USB.

SOFTWARE

Software é uma seqüência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento
ou modificação de um dado/informação ou acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento exibido
por essa seqüência de instruções quando executada em um computador ou máquina semelhante além de um produto

203
Apostila TJ-TO

desenvolvido pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas também
manuais e especificações.
Quando um software está representado como instruções que podem ser executadas diretamente por um processa-
dor dizemos que está escrito em linguagem de máquina. A execução de um software também pode ser intermediada
por um programa interpretador, responsável por interpretar e executar cada uma de suas instruções. Uma categoria
especial e notável de interpretadores são as máquinas virtuais, como amáquina virtual Java (JVM), que simulam
um computador inteiro, real ou imaginado.
O dispositivo mais conhecido que dispõe de um processador é o computador. Atualmente, com o barateamento
dos microprocessadores, existem outras máquinas programáveis, como telefone celular, máquinas de automação in-
dustrial, calculadora etc
Eles podem ser classificados em duas grandes categorias:[8]
1. Software de sistema que incluiu o firmware ( O BIOS dos computadores pessoais, por exemplo), drivers de dis-
positivos, o sistema operacional e tipicamente uma interface gráfica que, em conjunto, permitem ao usuário intera-
gir com o computador e seus periféricos.
2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais tarefas específicas. Aplicativos podem ter uma
abrangência de uso de larga escala, muitas vezes em AM––bito mundial; nestes casos, os programas tendem a ser
mais robustos e mais padronizados. Programas escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização
menor.

Ainda é possível usar a categoria Software embutido ou software embarcado, indicando software destinado
a funcionar dentro de uma máquina que não é um computador de uso geral e normalmente com um destino muito
específico.

Sistema operacional
É um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa
recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), fornecendo uma interface en-
tre o computador e o usuário. Embora possa ser executado imediatamente após a máquina ser ligada, a maioria dos
computadores pessoais de hoje o executa através de outro programa armazenado em uma memória não-volá-
til ROM chamado BIOS num processo chamado "bootstrapping", conceito em inglês usado para designar processos
auto-sustentáveis, ou seja, capazes de prosseguirem sem ajuda externa. Após executar testes e iniciar os componen-
tes da máquina (monitores, discos, etc), o BIOS procura pelo sistema operacional em alguma unidade de armazena-
mento, geralmente o Disco Rígido, e a partir daí, o sistema operacional "toma" o controle da máquina. O sistema
operacional reveza sua execução com a de outros programas, como se estivesse vigiando, controlando e orquestrando
todo o processo computacional.

Principais sistemas operacionais:


O Windows XP é uma família de sistemas operacionais de 32 e 64-bits produzido pela Microsoft, para uso
em computadores pessoais, incluindo computadores residenciais e de escritórios,notebooks e media centers. O nome
"XP" deriva de eXPerience, Windows 7 é a mais recente versão do Microsoft Windows, uma série de sistemas opera-
tivos produzidos pela Microsoft para uso em computadores pessoais, incluindo computadores domésticos e empresa-
riais, laptops e PC's de centros de mídia, entre outros. Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de
2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns às 00:00 horas do dia 22 de outubro de 2009, menos
de 3 anos depois do lançamento de seu predecessor, Windows Vista.

O Windows 8 é um sistema operativo / operacional da Microsoft para computadores pessoais, portáteis, netbo-
oks e tablets. É o sucessor do Windows 7. A Microsoft lançou o Windows 8 Developer Preview, primeiro a beta para o
público, no dia13 de setembro de 2011, sendo seguida pela versão Consumer Preview no dia 29 de feve-
reiro de 2012. No dia 31 de maio de 2012, foi liberada para download a versão Windows 8 Release Preview. A versão
final foi lançada mundialmente em 26 de outubro de 2012.

O Windows 8.1 (cujo codinome é Windows Blue ) é um sistema operacional posterior ao Windows 8 (da série Win-
dows, desenvolvida pela empresa americana Microsoft), que foi anunciado no dia 14 de maio de 2013. A sua versão
final foi lançada e disponibilizada para consumidores e para o público em geral em 17 de outubro de 2013.

204
Apostila TJ-TO

A versão mobile do Windows 8.1 (Windows Phone 8.1) está disponível para smartphones Nokia Lumia, Sam-
sung, HTC, Blu e etc. O Windows Phone 8.1 utiliza um kernel semelhante ao do Windows 8.1. Alguns aplicativos da
loja são universais, rodando na versão 8.1 de PCs e smartphones. A atualização é gratuita para dispositivos com Win-
dows Phone 8.

Linux é um termo popularmente utilizado para se referirsistemas operacionais que utilizem o núcleo Linux. O nú-
cleo Linux foi desenvolvido pelo programador finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código
fonte está disponível sob a licença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o possa utilizar, estudar, modificar e
distribuir livremente de acordo com os termos da licença.

Drivers
São pequenos programas que fazem a comunicação entre o Sistema Operacional de sua máquina e o Hardware.
Temos como exemplos de Hardware (impressora, mouse, placas de vídeo e rede,som, monitor, pen-drives, etc...) e
exemplos de Sistemas Operacionais (Windows, Linux, MS-DOS, Unix, FreeBSD, OSX, etc...). O Sistema Operacional
na sua máquina recebe as instruções contidas no driver, processa-as e, a partir daí, sabe como fazer para se comunicar
com o Hardware. Tendo como exemplo a impressora, ao instalar o Driver (etapa em que vemos em outro artigo), seu
Sistema Operacional passa a saber em que porta ela se localiza, se ela está ou não ligada, se possui papel, de que
forma os dados a serem impressos chegarão até ela, se a impressão é em preto ou colorida, entre outras coisas. Então,
podemos afirmar que sem o Driver, nenhum Hardware poderá funcionar, pois sem ele não haveria comunicação entre
os equipamentos.
BIOS, em computaçãoBasic Input/Output System (Sistema Básico de Entrada/Saída). O BIOS é um programa de
computador pré-gravado em memória permanente (firmware) executado por um computador quando ligado. Ele é res-
ponsável pelo suporte básico de acesso ao hardware, bem como por iniciar a carga do sistema operacional.
Ao ligar o computador, o primeiro software que você vê a ser lido é o do BIOS. Durante a seqüência de inicialização
(boot), o BIOS faz uma grande quantidade de operações para deixar o computador pronto a ser usado. Depois de
verificar a configuração na CMOS e carregar os manipuladores de interrupção, o BIOS determina se a placa gráfica
está operacional. Em seguida, o BIOS verifica se trata de uma primeira inicialização(cold boot) ou de uma reinicialização
(reboot). Esta verifica as portas PS/2 ou portas USB à procura de um teclado ou um rato (mouse). Procura igualmente
por um barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) e, caso encontre algum, verifica todas as placas PCI
instaladas. Se o BIOS encontrar algum erro durante o início (POST), haverá uma notificação ao utilizador em forma de
bipes e mensagens.
Após tudo isto são apresentados detalhes sobre o sistema:
 Processador
 Unidades (drives) de disco flexível e disco rígido
 Memória
 Versão e data do BIOS
Software Aplicativo (normalmente referido como apenas Software) é um software que permite ao usuario realizar
uma tarefa especifica. Podemos citar vários exemplos como o Microsoft Office,Internet Explorer, Adobe Photoshop e
etc.

Licenças e tipos de distribuição de software

 Freeware: Freewares são softwares gratuitos, geralmente para pessoas físicas, havendo uma versão paga para
uso corporativo. Geralmente propagandas ou patrocinadores mantém o projeto vivo.
 Shareware: São softwares que apenas funcionam por um determinado período de tempo (chamado período de
avaliação) e depois o usuário deve decidir se adquire ou não o produto.
 Demo e Trial: Versões demo e trials são versões limitadas. As versões demo são relacionadas a jogos e geralmente
são versões incompletas, mais curtas do jogo para que o jogador veja se gosta do jogo, do seu universo e jogabili-
dade. Versões trial funcionam quase da mesma maneira, os programas funcionam mas não de maneira completa,
geralmente não salvando ou exportando os trabalhos realizados por completo, para utilizar todo o seu potencial o
usuário deve comprar o software completo ou apenas a sua licença.
 Beta: Versões ainda em desenvolvimento ou em desenvolvimento constante (como o Gmail e outras aplicações
do Google). Após a versão beta é lançada uma versão RC (Release Candidate) que é a última versão antes do
lançamento oficial do software.

205
Apostila TJ-TO

 Adware: São programas que vem junto com outros programas, como banners e barras de pesquisa. O adware pode
ser uma limitação de um programa shareware, exibindo propagandas e outros tipos de anúncio para sustentar o
projeto. O banner é removido depois de comprada a licença
 Opensource, GPL e GNU: É uma distribuição livre, de código-fonte aberto e disponível gratuitamente para down-
load. O usuário tem total liberdade para fazer suas próprias alterações e posteriormente os desenvolvedores pode-
rão utilizar esse código no projeto seguindo o mesmo padrão GPL (GNU Public License) que é o formato padrão
Open-source.
 Malware: Do inglês, Malicious Software. O termo é utilizado para designar programas que tem como objetivo invadir
e danificar sistemas como vírs e cavalos-de-tróia.
 Spyware: Software que tem como objetivo monitorar as atividades do usuário e coletar suas informações.
.

Aplicativos
LIBREOFFICE é uma suíte de aplicativos livre multiplataforma paraescritório disponível para Win-
dows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X. O LIBREOFFICE surgiu a partir da versão 3.3 trazendo todas as caracte-
rísticas presentes no OpenOffice.org 3.3, além de outras tantas exclusivas do projeto LIBREOFFICE.

É composto dos seguintes aplicativos:


 Writer - Editor de Texto
 Calc - Planilha
 Impress - Editor de apresentação
 Draw - Editor de Desenho
 Math - Editor de Fórmulas
 Base - Banco de Dados

BROFFICE era o nome adotado no Brasil da suíte para escritório gratuita e de código abertoLibreOffice.
A Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para escritório que contém programas como processador de texto,
planilha de cálculo, banco de dados (Também conhecido como DB "Data Base"), apresentação gráfica e gerenciador
de tarefas, de e-mails e contatos.
Em 2002, constatou-se que a suíte era líder de mercado, com pouco mais de 90% de market share(Krazit, 2002).
Microsoft Office 2010 é a mais recente versão do sistema Microsoft Office. Foi lançada em fase beta em 2006, e
em 2007 foi disponibilizada para alguns clientes, ao exemplo do que aconteceu com o Windows Vista.
O Office 2007 inclui uma série de novas funcionalidades, a mais notável é a interface gráfica de usuário, completa-
mente nova, chamada de Fluent User Interface, (inicialmente designada a Ribbon UI). O Office 2007 requer o Windows
XP com Service Pack 2 ou superior, Windows Server 2003 com Service Pack 1 ou superior, Windows Vista, ou Li-
nux com a camada de compatibilidade CrossOverinstalada.
O Office 2007 também inclui novas aplicações e ferramentas do lado do servidor. Entre estas está Groove, uma
suite de colaboração e comunicação para pequenas empresas, que foi originalmente desenvolvido pela Groove
Networks antes de ser adquirida pela Microsoft em 2005. Também é incluído Office SharePoint Server 2007, uma
importante revisão para a plataforma de servidor de aplicativos do Office, que suporta "Excel Services", uma arquitetura
cliente-servidor para apoiar Excel que são compartilhados em tempo real entre várias máquinas, e também são visíveis
e editáveis através de uma página web

206
Apostila TJ-TO

INTERNET E INTRANET
Introdução

A Internet é o maior conglomerado de redes de comunicações em escala mundiale dispõe milhões de computado-
resinterligados pelo protocolo de comunicação TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência
de dados.
A Internet distribui, através de seus servidores, uma grande variedade de documentos, entre os quais estão os que
formam a arquitetura World Wide Web. Trata-se de uma infinita quantidade de documentos hipermídia (hipertexto e
multimídia) que qualquer usuário da rede pode acessar para consulta e que, normalmente, tem ligação com outros
serviços da Internet. Estes documentos são os que têm facilitado a utilização em larga escala da Internet em todo
mundo, visto que por meio deles qualquer usuário com um mínimo de conhecimento de informática, pode acessar à
rede.
Para poder navegar na Internet ou "surfar", como é moda atualmente, é necessário dispor de um navegador
(browser). Existem diversos programas deste tipo, sendo os mais conhecidos na atualidade, o Microsoft Internet Ex-
plorer, Mozilla Firefox, Google Chrome, dentre outros. Os navegadores permitem, portanto, que os usuários da rede
acessem páginas WEB de qualquer parte do mundo e que enviem ou recebam mensagens do correio eletrônico. Exis-
tem também na rede dispositivos especiais de localização de informações indispensáveis atualmente, devido à magni-
tude que a rede alcançou. Os mais conhecidos são o Google, Yahoo! e Ask.com. Há também outros serviços disponí-
veis na rede, como transferência de arquivos entre usuários (download), teleconferência múltipla em tempo real (vide-
oconferência), etc.

No Brasil existe o Comitê Gestor da Internet e um órgão para o registro de domínios (FAPESP - Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).[10] No Brasil há cerca de 20 mil domínios registrados.[11] No final de
1997, o Comitê Gestor liberou novos domínios de primeiro nível, ou seja[12]:
1. .art - artes, música, pintura, folclore. etc.
2. .esp - esportes em geral;
3. .ind - provedores de informações;
4. .psi - provedores de serviços Internet;
5. .rec - atividades de entretenimento, diversão, jogos, etc;
6. .etc - atividades não enquadráveis nas demais categorias;
7. .tmp - eventos de duração limitada ou temporária.

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Apostila TJ-TO

Antes desses só tínhamos dois domínios:


8. .com - uso geral;
9. .org - para instituições governamentais.

De forma resumida, uma pessoa que possui um micro computador com um aparelho chamado "modem", utiliza a
linha telefônica para conectar-se a um Provedor de Acesso (Oi, GVT, Net, dentre outros), que possui um "link" de alta
velocidade com as companhias telefônicas. Estas companhias se comunicam via satélite ou outro meio. Desta forma,
se dá a conexão entre dois usuários ou mais, que podem ser empresas, instituições ou particulares.

Protocolos
Para o funcionamento da Internet existem três camadas de protocolos. Na camada mais baixa está o Protocolo de
Internet (Internet Protocol), que define datagramas ou pacotes que carregam blocos de dados de um nó da rede para
outro. A maior parte da Internet atual utiliza a IPv4, quarta versão do protocolo, apesar de o IPv6 já estar padronizado,
sendo usado em algumas redes específicas somente. Independentemente da arquitetura de computador usada, dois
computadores podem se comunicar entre si na Internet, desde que compreendam o protocolo de Internet. Isso permite
que diferentes tipos de máquinas e sistemas possam conectar-se à grande rede, seja um PDA conectando-se a um
servidor WWW ou um computador pessoal executando Microsoft Windows conectando-se a outro computador pessoal
executando Linux.
Na camada média está o TCP, UDP e ICMP. Esses são protocolos no qual os dados são transmitidos. O TCP é
capaz de realizar uma conexão virtual, fornecendo certo grau de garantia na comunicação de dados.
Na camada mais alta estão os protocolos de aplicação, que definem mensagens específicas e formatos digitais
comunicados por aplicações. Alguns dos protocolos de aplicação mais usados incluem DNS (informações sobre do-
mínio), POP3 (recebimento de e-mail), IMAP (acesso de e-mail), SMTP (envio de e-mail), HTTP (documentos da
WWW) e FTP (transferência de dados). Todos os serviços da Internet fazem uso dos protocolos de aplicação, sendo
o correio eletrônico e a World Wide Web os mais conhecidos. A partir desses protocolos é possível criar aplicações
como listas de discussão ou blogs.

Conexão:
Os meios de acesso direto à Internet são a conexão dial-up, a banda larga (em cabos coaxiais, fibras ópticas ou
cabos metálicos), Wi-Fi, satélites e telefones celulares com tecnologia 3G.

Backbone
No contexto de redes de computadores, o backbone (backbone traduzindo para português, espinha dorsal, embora
no contexto de redes, backbone signifique rede de transporte) designa o esquema de ligações centrais de um sistema
mais amplo, tipicamente de elevado desempenho.
Por exemplo, os operadores de telecomunicações mantêm sistemas internos de elevadíssimo desempenho
para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados (voz, imagem, texto, etc). Na Internet, numa rede de escala plane-
tária, podem-se encontrar hierarquicamente divididos, vários backbones: os de ligação intercontinental, que derivam
nos backbones internacionais, que por sua vez derivam nos backbones nacionais. Neste nível encontram-se, tipica-
mente, várias empresas que exploram o acesso à telecomunicação — são, portanto, consideradas a periferia do back-
bone nacional.
Dos protocolos tipicamente utilizados destacaram-se o ATM e Frame Relay, e em termos de hardware, a fibra óp-
tica e a comunicação sem fios, como transferências por microondas ou laser.

Modem
A palavra Modem vem da junção das palavras modulador e demodulador. É um dispositivo eletrônico que modula
um sinal digital numa onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefónica, e que demodula o sinal analógico e
reconverte-o para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet
Os modems para acesso discado geralmente são instalados internamente no computador (em slots PCI) ou ligados
em uma porta serial, enquanto os modems para acesso em banda larga podem ser USB, Wi-Fi ou Ethernet. Os mo-
dems ADSL diferem dos modems para acesso discado porque não precisam converter o sinal de digital para analógico
e de analógico para digital porque o sinal é sempre digital (ADSL - Asymmetric DigitalSubscriber Line).

Intranet

208
Apostila TJ-TO

A intranet é uma rede de computadores privada que assenta sobre a suite de protocolos da Internet, porém, de uso
exclusivo de um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada por seus
usuários internos.

GATEWAY
Dispositivo conectado a várias redes TCP/IP físicas capaz de efetuar roteamento ou remessa de pacotes IP entre
elas. Um gateway faz conversões entre protocolos de transporte ou formatos de dados diferentes (por exemplo, IPX e
IP) e geralmente é adicionado a uma rede principalmente por sua capacidade de conversão.

Extranet
Apesar de ser considerada uma rede interna, a intranet, permite que microcomputadores localizados em uma filial,
se conectados à internet, acessem conteúdos que estejam em sua matriz, o que caracteriza a formação de uma rede
extranet. Ela cria um canal de comunicação direto entre a empresa e seus funcionários, tendo um ganho significativo
em termos de segurança.

Diferenças entre termos comuns

LAN: É uma rede local onde dois ou mais computadores se conectam ou até mesmo dividem o mesmo acesso à
internet. Neste tipo de rede, os host's se comunicam entre si e com o resto do mundo sem "nenhum" tipo de restrição.

Internet: É um conglomerado de redes locais, interconectadas e espalhadas pelo mundo inteiro, através doprotocolo
de internet. Sem dúvidas ela é uma das melhores formas de pesquisa encontradas até hoje, pois facilita o fluxo de
informações espalhadas por todo o globo terrestre.

Intranet: É uma rede interna, frequentemente utilizada por empresas. Neste tipo de conexão, o acesso ao conteúdo é
geralmente restrito, assim, somente é possível acessá-lo localmente (ex.: sistemas de bancos, supermercados, etc). A
intranet é uma versão particular da internet, podendo ou não estar conectada à ela.

Extranet: É uma abrangência da intranet, ou seja, ela é estendida à usuários externos, como representantes ou clientes
de uma empresa. Outro uso comum do termo extranet ocorre na designação da "parte privada" de um site, onde apenas
os usuários registrados (previamente autenticados por seu login e senha) podem navegar. Diferentemente da intranet,
a extranet precisa de conexão com a internet para existir.

Rede de computadores

Uma rede de computadores consiste em 2 ou mais computadores e outros dispositivos interligados entre si de modo
a poderem compartilhar recursos físicos e lógicos, estes podem ser do tipo: dados, impressoras, mensagens (e-
mails),entre outros.
Num primeiro momento, os computadores eram interconectados nos departamentos da empresa. Sendo assim, a
distância entre os computadores era pequena, limitada a um mesmo local. Por esse motivo as redes passaram a ser
conhecidas como redes locais.

LAN
Em computação, rede de área local (ou LAN, acrônimo de local area network) é uma rede de computador utilizada
na interconexão de computadores, equipamentos processadores com a finalidade de troca de dados. Tais redes são
denominadas locais por cobrirem apenas uma área limitada (10 Km no máximo, quando passam a ser denominadas
MANs), visto que, fisicamente, quanto maior a distância de um nó da rede ao outro, maior a taxa de erros que ocorrerão
devido à degradação do sinal.
As LANs são utilizadas para conectar estações, servidores, periféricos e outros dispositivos que possuam capaci-
dade de processamento em uma casa, escritório, escola e edifícios próximos.

MAN
Os MAN (Metropolitan Area Network, redes metropolitanas) interligam vários LAN geograficamente próximos (no
máximo, a algumas dezenas de quilômetros) com débitos importantes. Assim, um MAN permite a dois nós distantes
comunicar como se fizessem parte de uma mesma rede local.

209
Apostila TJ-TO

WAN
A Wide Area Network (WAN), Rede de área alargada ou Rede de longa distância, também conhecida como Rede
geograficamente distribuída, é uma rede de computadores que abrange uma grande área geográfica, com freqüência
um país ou continente.

WLAN
Wireless LAN ou WLAN (Wireless Local Area Network) é uma rede local que usa ondas de rádio para fazer uma
conexão Internet ou entre uma rede, ao contrário da rede fixa ADSL ou conexão-TV, que geralmente usa cabos.

WMAN
É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WLAN, isto é, cobre cidades inteiras ou grandes regiões metro-
politanas e centros urbanos. A WMAN é uma rede sem fio que tem um alcance de dezenas de quilômetros. Podendo
interligar, por exemplo, diversos escritórios regionais, ou diversos setores de um campus universitário, sem a necessi-
dade de uma estrutura baseada em fibra óptica que elevaria o custo da rede.

WWAN
É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WAN, isto é, pode cobrir diversos países atingindo milhares de
quilômetros de distancia. Para que isso seja possível existe a necessidade de utilização de antenas potentes para
retransmissão do sinal.
Um exemplo de WWAN se refere a rede de celulares que cobre as diversas regiões do globo. A distância alcançada
é limitada apenas pela tecnologia de transmissão utilizada, uma vez que o nível do sinal vai depender dos equipamen-
tos de transmissão e recepção.

SAN
Uma SAN (Storage Area Network) é uma rede destinada exclusivamente a armazenar dados.

PAN
Uma PAN (Personal Area Network) é uma rede doméstica que liga recursos diversos ao longo de uma residência.
Através da tecnologia Bluetooth obtém-se uma rede PAN.

GAN
Uma GAN (Global Area Network), é uma coleção de redes de longa distância ao longo do globo.

CAN
Uma CAN (Campus Area Network), é uma ligação entre vários computadores de vários edifícios numa determinada
área (EX. Universidades, Escolas, …);

Os tipos de rede podem-se classificar como:


Peer-to-Peer: Neste tipo de arquitetura os computadores não necessitam de qualquer tipo de sistema operativo, e
os computadores não necessitam de ter grande capacidade quer de memória como de processamento;
Client/Server: Neste tipo de arquitetura existem computadores dedicados, ou seja, têm recursos a que os outros
computadores (manejados pelos clientes) vão aceder, estes tipos de computadores, são quase como super computa-
dores, ou seja, computadores com muita memória e de grande quantidade de processamento, e usam sistemas ope-
rativos de rede (EX. Windows 2000 server).

Endereço de acesso a internet

Uniform Resource Locator


Um URL (de Uniform Resource Locator), em português Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço de um re-
curso (um arquivo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet, ou uma rede corporativa, uma intra-
net. Uma URL tem a seguinte estrutura:

http://www.facebook.com.br

210
Apostila TJ-TO

protocolo://serviço.sub-domínio.domínio.país

augustojams1@gmail.com

caixa postal @ servidor . domínio

nota:
http://www.youtube.com/
(quando não exibe país trata-se de Estados Unidos da América)

http://www.unb.br/
(quando não exibe domínio trata-se de área educacional)

Obs.: nem todo endereço inicia com http.


ftp://ftp.datasus.gov.br/cnes/

Endereço IP
Para que o seu computador seja encontrado e possa fazer parte da rede mundial de computadores, necessita ter
um endereço único.
O endereço IP é uma sequência de números composta de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por
números que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da rede os dois primeiros octetos de um endereço IP
podem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo: em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
octetos são usados na identificação de computadores.
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes locais quanto para utilização na internet, contamos com
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In-
ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três classes principais
e mais duas complementares. São elas:
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;

Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;

Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;

Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;

Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reservado.

As três primeiras classes são assim divididas para atender às seguintes necessidades:
- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador da rede e os demais servem como
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à
quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
restantes para identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identificar a rede e o último é utilizado para
identificar as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
especiais para a comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está reservada para aplicações futuras
ou experimentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
começa com 127, geralmente indica uma rede "falsa", isto é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço

211
Apostila TJ-TO

127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado
de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede
de maneira simultânea.

Endereços IP privados
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, estes:
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255
- Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255
- Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.

Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para
estas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet.
O que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equi-
pamento de rede - como um roteador - que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial de
computadores.

Máscara de sub-rede

As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também representar desperdício.
Uma solução bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte dos
números que um octeto destinado a identificar dispositivos conectados (hosts) é "trocado" para aumentar a capacidade
da rede.

Identifica-
Identifica- Máscara
Clas Endereço dor
dor de sub-
se IP do com-
da rede rede
putador
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
B 172.31.101. 172.31 101.25 255.255.0.
25 0
C 192.168.0.1 192.168.0 10 255.255.25
0 5.0

IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
exceto se tal ação for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL
onde o provedor atribui um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo
IP.

O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um computador quando este se conecta à rede, mas que
muda toda vez que há conexão.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).
O DHCP, Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de host), é um protocolo de
serviço TCP/IP que oferece configuração dinâmica de terminais, com concessão de endereços IP de host, Máscara de
sub-rede, Default Gateway (Gateway Padrão), Número IP de um ou mais servidores DNS, Número IP de um ou mais
servidores WINS e Sufixos de pesquisa do DNS.

DNS
O DNS (Domain Name System - Sistema de Nomes de Domínios) é um sistema de gerenciamento de nomes hie-
rárquico e distribuído operando segundo duas definições:
10. Examinar e atualizar seu banco de dados.
11. Resolver nomes de domínios em endereços de rede (IPs).

212
Apostila TJ-TO

Existem 13 servidores DNS raiz no mundo todo e sem eles a Internet não funcionaria. Destes, dez estão localizados
nos Estados Unidos da América, um na Ásia e dois na Europa. Para Aumentar a base instalada destes servidores,
foram criadas réplicas localizadas por todo o mundo, inclusive no Brasil desde 2003.
Ou seja, os servidores de diretórios responsáveis por prover informações como nomes e endereços das máquinas
são normalmente chamados servidores de nomes. Na Internet, os serviços de nomes usado é o DNS, que apresenta
uma arquitetura cliente/servidor, podendo envolver vários servidores DNS na resposta a uma consulta.
IPv6
A primeira diferença que se nota entre o IPv4 e o IPv6 é o seu formato: o primeiro é constituído por 32 bits, como já
informado, enquanto que o segundo é formado por 128 bits. Com isso, teoricamente, a quantidade de endereços dis-
poníveis pode chegar a:
340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456,
O IPv6 utiliza oito sequências de até quatro caracteres separado por ':' (sinal de dois pontos) mas considerando
o sistema hexadecimal, exemplo:
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

Protocolos

O TCP/IP é um conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede (também chamado de pilha
de protocolos TCP/IP). Seu nome vem de dois protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol - Protocolo de Con-
trolo de Transmissão) e o IP (Internet Protocol - Protocolo de Interconexão). O conjunto de protocolos pode ser visto
como um modelo de camadas, onde cada camada é responsável por um grupo de tarefas, fornecendo um conjunto de
serviços bem definidos para o protocolo da camada superior.

Camada Exemplo

HTTP, HTTPS, FTP,


4 - Aplicação
DNS, SMTP, POP, IMAP ...

3 - Transporte TCP, UDP

2 - Internet ou Inter - Rede IP

1 - Interface com a Rede Ethernet, Wi-Fi,Modem, etc.

Ethernet é uma tecnologia de interconexão para redes locais - Rede de Área Local (LAN) - baseada no envio de
pacotes. Ela define cabeamento e sinais elétricos para a camada física, e formato de pacotes e protocolos para a
camada de controle de acesso ao meio (Media Access Control -MAC)
Wi-Fi dispositivos de rede local sem fios.

TCP

12. Protocolo de controle de transmissão.


13. Divide a informação em pacotes.
14. Verifica erro de transmissão.
15. Garante o envio da informação.
16. TCP aguarda mensagem de recebimento de cada pacote para disponibilizar o próximo pacote para o protocolo da
camada de aplicação.
UDP

Complemento do TCP que oferece um serviço de datagrama sem conexão que não garante nem a entrega nem a
seqüência correta de pacotes entregues (muito semelhante ao IP).
É um protocolo de comunicação que oferece uma quantidade limitada de serviço quando as mensagens são troca-
das ente computadores em uma rede que usa Internet Protocol ( IP ).
UDP é uma alternativa para o Transmission Control Protocol ( TCP ) e, com o IP, ás vezes é referido como UDP /
IP.

213
Apostila TJ-TO

Assim como o TCP, o UDP usa o Internet Protocol para realmente levar uma unidade de dados ( chamada de
datagrama ( datagram ) ) de um computador para outro.
Diferentimente do TCP, o UDP não fornece o serviço de dividir uma mensagem em pacotes ( datagramas ) e re-
montá – la na outra extremidade.

Protocolo de transferência de hipertexto (HTTP)

O protocolo utilizado para transferir informações na World Wide Web. Um endereço HTTP (um tipo de localizador
de recursos uniforme [URL]) tem a forma: http://www.microsoft.com.

Secure Hipertext Transfer Protocol (HTTPS)

Utiliza protocolo de segurança SSL ou TLS que utiliza criptografia para transmissão de dados e assinatura digital.

Segurança da camada de transporte (TLS)

Protocolo padrão usado para fornecer comunicações seguras pela Web na Internet ou em intranets. Permite que
clientes autentiquem servidores ou, opcionalmente, que servidores autentiquem clientes. Além disso, fornece um canal
seguro ao criptografar as comunicações. A TLS é a versão mais recente e segura do protocolo SSL.

Camada de soquetes de segurança (SSL)

Padrão aberto proposto para o estabelecimento de um canal de comunicações seguro para impedir a interceptação
de informações críticas, como números de cartão de crédito. Basicamente, permite transações eletrônicas financeiras
seguras na World Wide Web, embora tenha sido desenvolvido para funcionar também em outros serviços da Internet.

Protocolo de transferência de arquivo (FTP)

Membro do conjunto de protocolos TCP/IP, usado para copiar arquivos entre dois computadores na Internet. Os
dois computadores devem dar suporte às suas respectivas funções FTP: um deles deve ser um cliente FTP e o outro
deve ser um servidor FTP.

Protocolo de gerenciamento de rede simples (SNMP)

Protocolo de rede usado para gerenciar redes TCP/IP. No Windows, o serviço SNMP é utilizado para fornecer
informações de status sobre um host em uma rede TCP/IP.

Protocolo de transferência de correio simples (SMTP)

Participante do conjunto de protocolos TCP/IP que governa a troca de email entre agentes de transferência de
mensagens.

Post Office protocol 3 (POP3)

POP3 lida com o recebimento de e-mails. É um protocolo cliente / servidor no qual o e-mail é recebido e guardado
para você no servidor.

214
Apostila TJ-TO

Protocolo de Acesso a Mensagem na Internet (IMAP)

Com o IMAP você vê a mensagem no servidor como se estivesse no seu computador. Uma mensagem apagada
localmente ainda fica no provedor. O e-mail pode ser mantido e lido no servidor.

Telnet

Protocolo de emulação de terminal muito utilizado na Internet para logon em computadores de rede. Telnet também
indica o aplicativo que usa o protocolo Telnet para os usuários que fazem logon de locais remotos.

OUTROS:

ARP (Protocolo de resolução de endereços).


RARP (Protocolo de resolução inversa de endereços).
DNS (Serviço de nome de domínio).
FINGER (Procura o usuário local /remoto).
ICMP (Protocolo de mensagens de controle da internet).
LPD (Daemon de impressora de linha).
NFS (Sistema de arquivo de rede).
NIS (Serviços de informações de rede).
NTP (Protocolo de hora da rede).
RDISC (Protocolo de descoberta de roteador).
REXEC (Serviço de execução remota).
RIP (Protocolo de informações de roteamento).
RLOGIN (Serviço de login remoto).
RPC (Chamada de procedimento remoto).
RSH (Serviço de shell remoto).
RWHO (Monitoramento remoto de usuários).
RWALL (Transmissão de mensagem remota).
RADIO (Transmissor / receptor de rádio).
SSH (Serviços shell seguros).
TALK (Fala com o usuário remoto / local).
TFTP (Protocolo de transferência de arquivo trivial).
WHOIS (Serviço de procura remota).

SERVIÇOS DISPONÍVEIS NA WEB

WWW
A World Wide Web (que em português se traduz literalmente por teia mundial), também conhecida
como Web e WWW, é um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet.
Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informação, pode-se
usar um programa de computador chamado navegador para descarregar informações (chamadas "documentos" ou
"páginas") de servidores web (ou "sítios") e mostrá-los na tela do usuário. O usuário pode então seguir as hiperliga-
ções na página para outros documentos ou mesmo enviar informações de volta para o servidor para interagir com ele.
O ato de seguir hiperligações é, comumente, chamado de "navegar" ou "surfar" na Web.
Visualizar uma página web ou outro recurso disponibilizado normalmente inicia ou ao digitar uma URL no navegador
ou seguindo (acessando) uma hiperligação. Primeiramente, a parte da URL referente ao servidor web é separada e
transformada em um endereço IP, por um banco de dados da Internet chamado Domain name system (DNS). O na-
vegador estabelece então uma conexão TCP-IP com o servidor web localizado no endereço IP retornado.

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Apostila TJ-TO

O próximo passo é o navegador enviar uma requisição HTTP ao servidor para obter o recurso indicado pela parte
restante da URL (retirando-se a parte do servidor). No caso de uma página web típica, o texto HTML é recebido e in-
terpretado pelo navegador, que realiza então requisições adicionais para figuras, arquivos de formatação, arquivos
de script e outros recursos que fazem parte da página.
O navegador então renderiza a página na tela do usuário, assim como descrita pelos arquivos que a compõe.
Renderização é o processo pelo qual pode-se obter o produto final de um processamento digital qualquer.

WEBMAIL
Webmail é uma interface da World Wide Web que permite ao utilizador ler e escrever e-mail usando um navegador.
A maior vantagem do webmail é o facto de não ser necessário possuir um programa específico para a leitura ou
envio de mensagens de correio electrónico, qualquer computador ligado à internet com um navegador é suficiente. Isto
também significa que ao contrário de outros protocolos de comunicação na web, como o POP3 não é necessário utilizar
sempre o mesmo computador.
No entanto existe o inconveniente de ter as mensagens de correio electrónico armazenadas no servidor do ISP
(Internet Service Provider- fornecedor de acesso à Internet, o que pode limitar o número de mensagens que podemos
armazenar.
Com o crescimento do webmail surgiram várias empresas que fornecem este serviço, gratuitamente ou não. Exem-
plo: Yahoo, hotmail, Google (gmail), etc.

CORREIO ELETRÔNICO
Um correio eletrônico ou e-mail ou correio-e é um método que permite compor, enviar e receber mensagens atra-
vés de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet e
são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de men-
sagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários.
O envio e recebimento de uma mensagem de e-mail é realizada através de um sistema de correio eletrônico. Um
sistema de correio eletrônico é composto de programas de computador que suportam a funcionalidade de cliente de e-
mail e de um ou mais servidores de e-mail que, através de um endereço de correio eletrônico, conseguem transferir
uma mensagem de um usuário para outro. Estes sistemas utilizam protocolos de Internet que permitem o tráfego de
mensagens de um remetente para um ou mais destinatários que possuem computadores conectados à Internet.
Cliente de e-mail é um programa de computador que permite enviar, receber e personalizar mensagens de e-
mail. Microsoft Outlook Express , o Mozilla Thunderbird, Apple Mail (sistema Macintosh) , Kmail (LINUX)
Vantagens

17. Ler e escrever e-mail offline;


18. Armazenar o e-mail no disco rígido;
19. Utilizar múltiplas contas de correio electrónico ao mesmo tempo;
20. Criar uma lista de contactos detalhada;
21. Enviar e receber mensagens encriptadas;
22. Travar o SPAM;
23. Configurar newsgroups facilmente;
24. Enviar e-mail em formato HTML (que permite criar mensagens mais práticas e visualmente aprazíveis)

Acesso remoto

O acesso remoto é um novo recurso com o qual você pode se conectar ao seu computador via Internet, não importa
onde você esteja. Para usar esse recurso, o computador deve estar ligado, e o acesso remoto deve ser instalado e
habilitado. Nesse caso, e se você tiver configurado o acesso remoto corretamente, será possível acessar e trabalhar
no seu computador usando qualquer outro computador via Internet. Não é necessário ter um acesso remoto instalado
no computador a partir do qual você está acessando o seu computador. O acesso pode ser feito a partir de qualquer
computador que possua uma conexão com a Internet, de preferência via banda larga.
Além de permitir o uso remoto do seu computador, o acesso remoto também oferece outros úteis recursos, inclu-
indo:
25. Transferência de arquivos: Permite copiar arquivos ou pastas do computador remoto para o seu próprio computador
e vice-versa.

216
Apostila TJ-TO

26. Compartilhamento de arquivos: Permite que você envie arquivos que, devido a características ou tamanhos espe-
cíficos, poderiam ser difíceis de enviar por e-mail. O acesso remoto gera um link seguro que você pode enviar a
outros usuários para que eles façam o download de arquivos diretamente do seu computador.
27. Convite para visitante: Útil para permitir que um colega acesse o seu computador remotamente, por exemplo, para
ajudá-lo a resolver um problema. Ele poderá ver a sua área de trabalho, controlar o mouse e o teclado, transferir
arquivos...
As comunicações entre ambos os computadores com acesso remoto são corretamente criptografadas e incluem
uma assinatura digital para não serem interceptadas por terceiros.

TELNET
O protocolo Telnet é um protocolo standard de Internet que permite a interface de terminais e de aplicações através
da Internet. Este protocolo fornece as regras básicas para permitir ligar um cliente (sistema composto de uma afixação
e um teclado) a um intérprete de comando (do lado do servidor).O protocolo baseia-se numa conexão TCP para enviar
dados em formato ASCII codificado em 8 bits entre os quais se intercalam sequências de controle para o Telnet. For-
nece assim um sistema orientado para a comunicação, bidireccional (half-duplex), codificado em 8 bits fácil de aplicar.
Com essa conexão é possível o acesso remoto para qualquer máquina ou equipamento que esteja sendo executado
em modo servidor. O protocolo Telnet é um protocolo de transferência de dados não seguro, o que quer dizer que os
dados que veicula circulam às claras na rede (de maneira não codificada).

SSH
Em informática o SSH (Secure Shell) é, ao mesmo tempo, um programa de computador e um protocolo de rede que
permitem a conexão com outro computador na rede de forma a permitir execução de comandos de uma unidade re-
mota. Ele possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da criptografada na conexão entre o cliente
e o servidor.

VNC
Virtual Network Computing é um protocolodesenhado para possibilitar interfaces gráficas remotas. Através deste
protocolo um usuário pode conectar-se a um computador remotamente, e utilizar as suas funcionalidades visuais como
se estivesse sentado em frente do computador.
Algumas das aplicações práticas incluem a 'assistência remota' ao usuário remoto.
Uma das grandes vantagens é poder fazer a conexão de diferentes ambientes unix(linux e outros) em winnt (win-
dows X)

CONCEITOS SOBRE SEGURANÇA.


Os problemas de segurança e crimes por computador são de especial importância para os projetistas e usuários de
sistemas de informação. Com relação à segurança da informação;
Confidencialidade garantia de que as informações não poderão ser acessadas por pessoas não autorizadas.

𝐂𝐨𝐧𝐟𝐢𝐝𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 ⟺ CRIPTOGRAFIA

Autenticidade é a capacidade de conhecer as identidades das partes na comunicação.

Integridade é a garantia de que as informações armazenadas ou transmitidas não sejam alteradas.

Não repúdio: propriedade de evitar a negativa de autoria de transações por parte do usuário, garantindo ao destinatário
o dado sobre a autoria da informação recebida.

𝐀𝐮𝐭𝐞𝐧𝐭𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐈𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 } ⟺ 𝑨𝑺𝑺𝑰𝑵𝑨𝑻𝑼𝑹𝑨 𝑫𝑰𝑮𝑰𝑻𝑨𝑳
𝐍ã𝐨 𝐫𝐞𝐩ú𝐝𝐢𝐨

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Apostila TJ-TO

Disponibilidade é a garantia de que os sistemas estarão disponíveis quando necessários. Propriedade que garante o
acesso às informações através dos sistemas oferecidos.

Confiabilidade: é a garantia de que os sistemas desempenharão seu papel com eficácia em um nível de qualidade
aceitável. Garantia de que o sistema se comporta como esperado, em geral após atualizações e retificações de erro.

Privacidade: é a capacidade de controlar quem vê as informações e sob quais condições.

Auditoria: análise e responsabilização de erros de usuários autorizados do sistema.

Virtual Private Network

Rede Privada Virtual é uma rede de comunicações privada normalmente utilizada por uma empresa ou um conjunto
de empresas e/ou instituições, construída em cima de uma rede de comunicações pública (como por exemplo, a Inter-
net).
VPNs seguras usam protocolos de criptografia por tunelamento que fornecem a confidencialidade, autenticação e
integridade necessárias para garantir a privacidade das comunicações requeridas. Quando adequadamente implemen-
tados, estes protocolos podem assegurar comunicações seguras através de redes inseguras.
DeMilitarized Zone ou "zona desmilitarizada

DMZ, em segurança da informação, é a sigla para de DeMilitarized Zone ou "zona desmilitarizada", em português.
Também conhecida como Rede de Perímetro, a DMZ é uma pequena rede situada entre uma rede confiável e uma
não confiável, geralmente entre a rede local e a Internet.
A função de uma DMZ é manter todos os serviços que possuem acesso externo (tais como servidores HTTP, FTP,
de correio eletrônico, etc) separados da rede local, limitando assim o potencial dano em caso de comprometimento de

218
Apostila TJ-TO

algum destes serviços por um invasor. Para atingir este objetivo os computadores presentes em uma DMZ não devem
conter nenhuma forma de acesso à rede local.
A configuração é realizada através do uso de equipamentos de Firewall, que vão realizar o controle de acesso entre
a rede local, a internet e a DMZ (ou, em um modelo genérico, entre as duas redes a serem separadas e a DMZ). Os
equipamentos na DMZ podem estar em um switch dedicado ou compartilhar um switch da rede, porém neste último
caso devem ser configuradas Redes Virtuais distintas dentro do equipamento, também chamadas de VLANs(Ou seja,
redes diferentes que não se "enxergam" dentro de uma mesma rede - LAN).
O termo possui uma origem militar, significando a área existente para separar dois territórios inimigos em uma região
de conflito. Isto é utilizado, por exemplo, para separar as Coréias do Norte e do Sul.

Arquiteturas de DMZ
Three-Pronged Firewall – Designa-se assim derivado da utilização de uma firewall com 3 pontos de rede, um para
a rede privada, outro para a rede pública e outro ainda para a DMZ. Esta arquitetura caracteriza-se por ser simples de
implementar e de baixo custo, no entanto, é mais vulnerável e tem uma performance mais reduzida em comparação à
DMZ com 2 firewalls.
Multiple Firewall DMZ – São utilizados diversas firewalls para controlar as comunicações entre as redes externa
pública e interna (privada). Com esta arquitetura temos uma segurança mais efetiva podemos balancear a carga de
tráfego de dados e podemos proteger várias DMZ's para além da nossa rede interna.
De um modo geral podemos dizer que as regras de segurança aplicadas a uma DMZ são:
28. A rede interna pode iniciar conexões a qualquer uma das outras redes mas nenhuma das outras redes pode iniciar
conexões nesta.
29. A rede pública (internet) não pode iniciar conexões na rede interna mas pode na DMZ.
30. A DMZ não pode fazer conexões à rede interna mas pode na rede pública.

FIREWALL

Parede de fogo (em inglês: Firewall) é um dispositivo de uma rede de computadores que tem por objetivo aplicar
uma política de segurança a um determinado ponto da rede. O firewall pode ser do tipo filtros de pacotes, proxy de
aplicações, etc. Os firewalls são geralmente associados a redes TCP/IP.
Este dispositivo de segurança existe na forma de software e de hardware, a combinação de ambos normalmente é
chamado de "appliance". A complexidade de instalação depende do tamanho da rede, da política de segurança, da
quantidade de regras que controlam o fluxo de entrada e saída de informações e do grau de segurança desejado.

Filtros de Pacotes

Estes sistemas analisam individualmente os pacotes à medida que estes são transmitidos. As regras podem ser
formadas indicando os endereços de rede (de origem e/ou destino) e as portas TCP/IP envolvidas na conexão. A prin-
cipal desvantagem desse tipo de tecnologia para a segurança reside na falta de controle de estado do pacote, o que
permite que agentes maliciosos possam produzir pacotes simulados (com endereço IP falsificado, técnica conhecida
como IP Spoofing), fora de contexto ou ainda para serem injetados em uma sessão válida.

Proxy Firewall ou Gateways de Aplicação

O firewall de proxy trabalha recebendo o fluxo de conexão, tratando as requisições como se fossem uma aplicação
e originando um novo pedido sob a responsabilidade do mesmo firewall para o servidor de destino. A resposta para o
pedido é recebida pelo firewall e analisada antes de ser entregue para o solicitante original.
Os gateways de aplicações conectam as redes corporativas à Internet através de estações seguras (chamadas
de bastion hosts) rodando aplicativos especializados para tratar e filtrar os dados (os proxy firewalls). Estes gateways,
ao receberem as requisições de acesso dos usuários e realizarem uma segunda conexão externa para receber estes
dados, acabam por esconder a identidade dos usuários nestas requisições externas, oferecendo uma proteção adicio-
nal contra a ação dos crackers.

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Apostila TJ-TO

Stateful Firewall (ou Firewall de Estado de Sessão)

O firewall guardava o estado de todas as últimas transações efetuadas e inspecionava o tráfego para evitar pacotes
ilegítimos.
Esta tecnologia permite que o firewall decodifique o pacote, interpretando o tráfego sob a perspectiva do cliente/ser-
vidor, ou seja, do protocolo propriamente dito e inclui técnicas específicas de identificação de ataques.
Com a tecnologia SMLI/Deep Packet Inspection, o firewall utiliza mecanismos otimizados de verificação de tráfego
para analisá-los sob a perspectiva da tabela de estado de conexões legítimas. Simultaneamente, os pacotes também
vão sendo comparados a padrões legítimos de tráfego para identificar possíveis ataques ou anomalias. A combinação
permite que novos padrões de tráfegos sejam entendidos como serviços e possam ser adicionados às regras válidas
em poucos minutos.

Firewall de Aplicação

Com a explosão do comércio eletrônico, percebeu-se que mesmo a última tecnologia em filtragem de pacotes
para TCP/IP poderia não ser tão efetiva quanto se esperava. Com todos os investimentos dispendidos em tecnologia
de stateful firewalls, os ataques continuavam a prosperar de forma avassaladora. Somente a filtragem dos pacotes de
rede não era mais suficiente. Os ataques passaram a se concentrar nas características (e vulnerabilidades) específicas
de cada aplicação. Percebeu-se que havia a necessidade de desenvolver um novo método que pudesse analisar as
particularidades de cada protocolo e tomar decisões que pudessem evitar ataques maliciosos contra uma rede.

PROXY

Proxy é um servidor intermediário que atende a requisições repassando os dados do cliente à frente: um usuário
(cliente) conecta-se a um servidor proxy, requisitando algum serviço, como um arquivo, conexão, página web, ou outro
recurso disponível no outro servidor.
Um servidor proxy pode, opcionalmente, alterar a requisição do cliente ou a resposta do servidor e, algumas vezes,
pode disponibilizar este recurso mesmo sem se conectar ao servidor especificado. Pode também atuar como um ser-
vidor que armazena dados em forma de cache em redes de computadores. São instalados em máquinas com ligações
tipicamente superiores às dos clientes e com poder de armazenamento elevado.
Esses servidores têm uma série de usos, como filtrar conteúdo, providenciar anonimato, entre outros.
Um proxy de cache HTTP ou, em inglês, caching proxy, permite por exemplo que o cliente requisite um documento
na World Wide Web e o proxy procura pelo documento na sua caixa

Sistema de detecção de intrusos

Sistema de detecção de intrusos ou simplesmente IDS (em inglês: Intrusion detection system) refere-se a meios
técnicos de descobrir em uma rede quando esta está tendo acessos não autorizados que podem indicar a acção de
um cracker ou até mesmo funcionários mal intencionados.
Com o acentuado crescimento das tecnologias de infra-estrutura tanto nos serviços quanto nos protocolos de rede
torna-se cada vez mais difícil a implantação de sistema de detecção de intrusos. Esse fato está intimamente ligado não
somente a velocidade com que as tecnologias avançam, mas principalmente com a complexidade dos meios que são
utilizados para aumentar a segurança nas transmissões de dados.
Uma solução bastante discutida é a utilização de host-based IDS que analisam o tráfego de forma individual em
uma rede. No host-based o IDS é instalado em um servidor para alertar e identificar ataques e tentativas de acessos
indevidos à própria máquina.
Honeypot

Um honeypot é um recurso computacional de segurança dedicado a ser sondado, atacado ou comprometido.


Existem dois tipos de honeypots: os de baixa interatividade e os de alta interatividade.

220
Apostila TJ-TO

1.1. Honeypots de baixa interatividade


Em um honeypot de baixa interatividade são instaladas ferramentas para emular sistemas operacionais e serviços
com os quais os atacantes irão interagir. Desta forma, o sistema operacional real deste tipo de honeypot deve ser
instalado e configurado de modo seguro, para minimizar o risco de comprometimento.

1.2. Honeypots de alta interatividade

Nos honeypots de alta interatividade os atacantes interagem com sistemas operacionais, aplicações e serviços re-
ais.

Honeynet

Definição 1: uma Honeynet é uma ferramenta de pesquisa, que consiste de uma rede projetada especificamente para
ser comprometida, e que contém mecanismos de controle para prevenir que seja utilizada como base de ataques contra
outras redes.
Definição 2: uma Honeynet nada mais é do que um tipo de honeypot. Especificamente, é um honeypot de alta intera-
tividade, projetado para pesquisa e obtenção de informações dos invasores. É conhecido também como "honeypot de
pesquisa"
Uma vez comprometida, a honeynet é utilizada para observar o comportamento dos invasores, possibilitando aná-
lises detalhadas das ferramentas utilizadas, de suas motivações e das vulnerabilidades exploradas.

CRIPTOGRAFIA

Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", e gráphein, "escrita") é o estudo dos princípios e técnicas pelas quais
a informação pode ser transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida
apenas por seu destinatário (detentor da "chave secreta"), o que a torna difícil de ser lida por alguém não autorizado.
Assim sendo, só o receptor da mensagem pode ler a informação com facilidade.
. Há dois tipos de chaves criptográficas: chaves simétricas e chaves assimétrica. Uma informação não-cifrada
que é enviada de uma pessoa (ou organização) para outra é chamada de "texto claro" (plaintext). Cifragem é o processo
de conversão de um texto claro para um código cifrado e decifragem é o processo contrário, de recuperar o texto
original a partir de um texto cifrado.
RSA é um algoritmo de criptografia de dados, que deve o seu nome a três professores do Instituto MIT (fundadores
da actual empresa RSA Data Security, Inc.), Ronald Rivest, Adi Shamir e Leonard Adleman, que inventaram este
algoritmo — até a data (2008), a mais bem sucedida implementação de sistemas de chaves assimétricas, e funda-
menta-se em teorias clássicas dos números. É considerado dos mais seguros, já que mandou por terra todas as ten-
tativas de quebrá-lo. Foi também o primeiro algoritmo a possibilitarcriptografia e assinatura digital, e uma das grandes
inovações em criptografia de chave pública.
O RSA envolve um par de chaves, uma chave pública que pode ser conhecida por todos e uma chave privada que
deve ser mantida em sigilo. Toda mensagem cifrada usando uma chave pública só pode ser decifrada usando a res-
pectiva chave privada. A criptografia RSA atua diretamente na internet, por exemplo, em mensagens de emails, em
compras on-line e o que você imaginar; tudo isso é codificado e recodificado pela criptografia RSA.
Em traços gerais, são gerados dois pares de números – as chaves – de tal forma que uma mensagem criptografada
com o primeiro par possa ser apenas decriptada com o segundo par; mas, o segundo número não pode ser derivado
do primeiro. Esta propriedade assegura que o primeiro número possa ser divulgado a alguém que pretenda enviar uma
mensagem criptografada ao detentor do segundo número, já que apenas essa pessoa pode decriptar a mensagem. O
primeiro par é designado como chave pública, e o segundo como chave secreta.

ASSINATURA DIGITAL

Assinatura ou firma digital é um método de autenticação de informação digital tipicamente tratada como análoga
à assinatura física em papel. Embora existam analogias, existem diferenças importantes. O termo assinatura eletrônica,
221
Apostila TJ-TO

por vezes confundido, tem um significado diferente: refere-se a qualquer mecanismo, não necessariamente criptográ-
fico, para identificar o remetente de uma mensagem eletrônica. A legislação pode validar tais assinaturas eletrônicas
como endereços Telex e cabo, bem como a transmissão por fax de assinaturas manuscritas em papel.
A utilização da assinatura ou firma digital providencia a prova inegável de que uma mensagem veio do emissor.
Para verificar este requisito, uma assinatura digital deve ter as seguintes propriedades:
31. autenticidade - o receptor deve poder confirmar que a assinatura foi feita pelo emissor;
32. integridade - qualquer alteração da mensagem faz com que a assinatura não corresponda mais ao documento;
33. não repúdio ou irretratabilidade - o emissor não pode negar a autenticidade da mensagem.

AUTORIDADE DE CERTIFICAÇÃO

Autoridade de Certificação é o terceiro confiável que emite um certificado.


Existem Autoridades de Certificação de dois tipos:
Autoridades de Certificação de Raiz (ou Autoridades de Certificação Superiores ou ainda Autoridades de Certifica-
ção de Maior Nível), que emitem diretamente os certificados, e as Autoridades de Certificação Intermediárias (ou
Autoridades de Certificação Inferiores ou ainda Autoridades de Certificação de Menor Nível), cujos certificados são
emitidos indiretamente pelas Autoridades de Certificação de Raiz. Podemos pensar no caminho entre as Autoridades
de Certificação de Raiz e o Cliente como uma ramificação, já que existem as Autoridades de Certificação de Raiz, que
emitem os certificados para as Autoridades de Certificação Intermediárias, se existirem, até ao Cliente (ou utilizador
final) que aplica o certificado.
Caso o certificado não seja emitido por uma Autoridade de Certificação, este é auto-assinado, ou seja, o proprietário
ocupa os lugares de Autoridade de Certificação, Autoridade de Registo e Cliente.
Exemplos de Autoridades de Certificação de Raiz são a americana VeriSign, o brasileiro Instituto de Tecnologia da
Informação (órgão oficial do governo) ou a britânica Equifax. Exemplos de Autoridades de Certificação Intermediá-
rias são a portuguesa Saphety, a também portuguesa Multicert e as Brasileiras Serasa Experian e a Certisign.

CERTIFICADO DIGITAL

Um certificado digital é um arquivo de computador que contém um conjunto de informações referentes a entidade
para o qual o certificado foi emitido (seja uma empresa, pessoa física ou computador) mais a chave pública referente
a chave privada que acredita-se ser de posse unicamente da entidade especificada no certificado.
Um certificado digital normalmente é usado para ligar uma entidade a uma chave pública. Para garantir digitalmente,
no caso de uma Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP), o certificado é assinado pela Autoridade Certificadora (AC)
que o emitiu e no caso de um modelo de Teia de Confiança (Web of trust) como o PGP, o certificado é assinado pela
própria entidade e assinado por outros que dizem confiar naquela entidade. Em ambos os casos as assinaturas conti-
das em um certificado são atestamentos feitos por uma entidade que diz confiar nos dados contidos naquele certificado.
Um certificado normalmente inclui:

34.Informações refentes a entidade para o qual o certificado foi emitido (nome, email, CPF/CNPJ, PIS etc.)
35. A chave pública referente a chave privada de posse da entidade especificada no certificado
36. O período de validade
37. A localização do "centro de revogação”.
38. A(s) assinatura(s) da(s) AC/entidade(s) que afirma que a chave pública contida naquele certificado confere com as
informações contidas no mesmo

Criando um certificado digital

222
Apostila TJ-TO

39. A entidade que deseja emitir o certificado gera um par de chaves criptográficas (uma chave pública e uma chave
privada).
40. Em seguida a entidade gera um arquivo chamado Certificate Signing Request (CSR) composto pela chave pública
da entidade e mais algumas informações que a AC requer sobre a entidade e é assinado digitalmente pela chave
privada da própria entidade e envia o CSR cifrado pela chave pública da AC.
41. Então é necessário o comparecimento físico de um indivíduo responsável por aquela identidade em uma Autoridade
de Registro (AR) (em alguns casos a AR vai até o cliente) para confirmação dos dados contidos no CSR e se
necessário o acréscimo de mais algum dado do responsável pelo certificado e emissão do certificado.
42. Finalmente o CSR é "transformado" em um certificado digital assinado pela AC e devolvido ao cliente.
43. Então o browser/aplicativo de gerência de certificados combina o certificado + a chave privada criando o conceito
de "Identidade digital", normalmente salvando a chave privada em um cofre protegido por uma frase senha que será
necessária para o posterior acesso a chave privada.

BACKUP
Em informática, cópia de segurança (em inglês: backup) é a cópia de dados de um dispositivo de armazena-
mento a outro para que possam ser restaurados em caso da perda dos dados originais, o que pode envolver apaga-
mentos acidentais ou corrupção de dados.
Meios difundidos de cópias de segurança incluem CD-ROM, DVD, disco rígido, disco rígido externo (compatíveis
comUSB), fitas magnéticas e a cópia de segurança externa (online). Esta transporta os dados por uma rede como
a Internetpara outro ambiente, geralmente para equipamentos mais sofisticados, de grande porte e alta segurança.
Outra forma pouco difundida de cópia de segurança é feita via rede. Na própria rede local de computadores, o admi-
nistrador ou o responsável pela cópia de segurança grava os dados em um formato de arquivo, processa e distribui as
partes constituintes da cópia nos computadores da rede, de forma segura (arquivos são protegidos), criptografada
(para não haver extração ou acesso aos dados na forma original) e oculta (na maioria das vezes o arquivo é ocultado)
Backup normal
Backup que copia todos os arquivos selecionados e marca cada arquivo como tendo sofrido backup (em outras
palavras, o atributo de arquivamento é desmarcado). Com backups normais, você só precisa da cópia mais recente do
arquivo ou da fita de backup para restaurar todos os arquivos. Geralmente, o backup normal é executado quando você
cria um conjunto de backup pela primeira vez.
Backup incremental
Backup que copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. Os
arquivos que sofreram backup são marcados como tal (ou seja, o atributo de arquivamento é desmarcado). Se você
utilizar uma combinação de backups normais ou incrementais para restaurar os seus dados, será preciso ter o último
backup normal e todos os conjuntos de backups incrementais.
Backup diferencial
Backup que copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. Os arquivos que
sofreram backup não são marcados como tal (ou seja, o atributo de arquivamento não é desmarcado). Se você estiver
executando uma combinação de backups normal e diferencial, a restauração de arquivos e pastas exigirá que você
tenha o último backup normal e o último backup diferencial.
Backup diário
Backup que copia todos os arquivos selecionados que forem alterados no dia de execução do backup diário. Os
arquivos que sofreram backup não são marcados como tal (ou seja, o atributo de arquivamento não é desmarcado).
Backup de cópia
Backup que copia todos os arquivos selecionados, mas não marca cada arquivo como tendo sofrido backup (em
outras palavras, o atributo de arquivamento não é desmarcado). A cópia é útil caso você queira fazer backup de arqui-
vos entre os backups normal e incremental, pois ela não afeta essas outras operações de backup.

Vírus de computador e outros malwares:

223
Apostila TJ-TO

o que são e como agem

Introdução

Vírus de computador são pequenos programas capazes de causar grandes transtornos a indivíduos, empresas e
outras instituições, afinal, podem apagar dados, capturar informações, alterar ou impedir o funcionamento do sistema
operacional e assim por diante. Como se não bastasse, há ainda outros softwares parecidos, como cavalos de troia,
worms, hijackers, spywares e outros.

Malware

Uma combinação das palavras malicious e software que significa "programa malicioso".
Portanto, malware nada mais é do que um nome criado para quando necessitamos fazer alusão a um programa
malicioso, seja ele um vírus, um worm, um spyware, etc.

Vírus de computador.

Como você já sabe, um vírus é um programa com fins maliciosos, capaz de causar transtornos com os mais diver-
sos tipos de ações: há vírus que apagam ou alteram arquivos dos usuários, que prejudicam o funcionamento do sistema
operacional danificando ou alterando suas funcionalidades, que causam excesso de tráfego em redes, entre outros.
Os vírus, tal como qualquer outro tipo de malware, podem ser criados de várias formas. Os primeiros foram desen-
volvidos em linguagens de programação como C e Assembly. Hoje, é possível encontrar inclusive ferramentas que
auxiliam na sua criação.

Como os vírus agem?

Os vírus recebem esse nome porque possuem características de propagação que lembram os vírus reais, isto é,
biológicos: quando um vírus contamina um computador, além de executar a ação para o qual foi programado, tenta
também se espalhar para outras máquinas, tal como fazem os vírus biológicos nos organismos que invadem.
Antigamente, os vírus tinham um raio de ação muito limitado: se propagavam, por exemplo, toda vez que um dis-
quete contaminado era lido no computador. Com o surgimento da internet, no entanto, essa situação mudou drastica-
mente, para pior.
Isso acontece porque, com a internet, os vírus podem se espalhar de maneira muito mais rápida e contaminar um
número muito mais expressivo de computadores. Para isso, podem explorar vários meios, entre eles:
44. Falhas de segurança (bugs): sistemas operacionais e outros programas não são softwares perfeitos e podem conter
falhas. Estas, quando descobertas por pessoas com fins maliciosos, podem ser exploradas por vírus, permitindo a
contaminação do sistema, muitas vezes sem o usuário perceber;
45. E-mails: essa é uma das práticas mais exploradas. O usuário recebe mensagens que tentam convencê-lo a execu-
tar um arquivo anexado ou presente em um link. Se o usuário o fizer sem perceber que está sendo enganado,
certamente terá seu computador contaminado;
46. Downloads: o usuário pode baixar um arquivo de um determinado site sem perceber que este pode estar infectado.
Os vírus também podem se propagar através de uma combinação de meios. Por exemplo, uma pessoa em um
escritório pode executar o anexo de um e-mail e, com isso, contaminar o seu computador. Em seguida, este mesmo
vírus pode tentar explorar falhas de segurança de outros computadores da rede para infectá-los.

Outros tipos de malwares

A definição do que a praga é ou não é depende, essencialmente, de suas ações e formas de propagação. Eis os
tipos mais comuns:

Cavalo de troia (trojan)

224
Apostila TJ-TO

Cavalos de troia (ou trojans) são um tipo de malware que permitem alguma maneira de acesso remoto ao com-
putador após a infecção. Esse tipo de praga pode ter outras funcionalidades, como capturar de dados do usuário para
transmití-los a outra máquina.
Para conseguir ingressar no computador, o cavalo de troia geralmente se passa por outro programa ou arquivo. O
usuário pode, por exemplo, fazer um download pensando se tratar de uma ferramenta para um determinado fim quando,
na verdade, se trata de um trojan.
Esse tipo de malware não é desenvolvido para se replicar. Quando isso acontece, geralmente trata-se de uma ação
conjunta com um vírus.
Worm (verme)

Os worms (ou vermes, nome pouco usado) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que
os demais. A principal diferença está na forma de propagação: os worms podem se esplhar rapidamente para outros
computadores - seja pela internet, seja por meio de uma rede local - de maneira automática.
Explica-se: para agir, o vírus precisa contar com o "apoio" do usuário. Isso ocorre, por exemplo, quando uma pessoa
baixa um anexo contaminado de um e-mail e o executa. Os worms, por sua vez, podem infectar o computador de
maneira totalmente discreta, explorando falhas em aplicativos ou no próprio sistema operacional. É claro que um worm
também pode contar com a ação de um usuário para se propagar, pois geralmente esse tipo de malware é criado para
contaminar o máximo de computadores possível, fazendo com que qualquer meio que permita isso seja aceitável.

Spyware

Spywares são programas que "espionam" as atividades dos usuários ou capturam informações sobre eles. Para
contaminar um computador, os spywares geralmente são "embutidos" em softwares de procedência duvidosa, quase
sempre oferecidos como freeware ou shareware.
Os dados capturados são posteriormente transmitidos pela internet. Estas informações podem ser desde hábitos
de navegação do usuário até senhas.

Keylogger

Keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares de procedência
duvidosa. Sua função é a de capturar tudo o que é digitado pelo usuário. É uma das formas utilizadas para a captura
de senhas.

Hijacker

Hijackers são programas ou scripts que "sequestram" navegadores de internet. As principais vítimas eram as ver-
sões mais antigas do Internet Explorer. Um hijacker pode, por exemplo, alterar a página inicial do browser e impedir o
usuário de mudá-la, exibir propagandas em janelas novas, instalar barras de ferramentas e impedir o acesso a deter-
minados sites (páginas de empresas de antivírus, por exemplo). Felizmente, os navegadores atuais contam com mais
recursos de segurança, limitando consideravelmente a ação desse tipo de praga digital.

Rootkit

Esse é um dos tipos de malwares mais perigosos. Podem ser utilizados para várias finalidades, como capturar
dados do usuário. Até aí, nenhuma novidade. O que torna os rootkits tão ameaçadores é a capacidade que possuem
para dificultar a sua detecção por antivírus ou outros softwares de segurança. Em outras palavras, os rootkits conse-
guem se "camuflar" no sistema. Para isso, desenvolvedores de rootkits podem fazer uso de várias técnicas avançadas,
como infiltrar o malware em processos ativos na memória, por exemplo.
Além de difícil detecção, os rootkits também são de difícil remoção. Felizmente, sua complexidade de desenvolvi-
mento faz com que não sejam muito numerosos.

Antivírus

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Apostila TJ-TO

O mercado conta com antivírus pagos e gratuitos (estes, geralmente com menos recursos). Alguns programas, na
verdade, consistem em pacotes de segurança, já que incluem firewall e outras ferramentas que complementam a pro-
teção oferecida pelo antivírus. Eis uma lista com as soluções mais conhecidas:
47. AVG: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas também possui edições paga com mais recursos -
www.avg.com;
48. Avast: conta com versões pagas e gratuitas - www.avast.com;
49. Microsoft Security Essentials: gratuito para usuários domésticos de licenças legítimas do Windows -www.micro-
soft.com/security_essentials;
50. Norton: popular antivírus da Symantec. Possui versões de testes, mas não gratuitas - www.norton.com;
51. Panda: possui versões de testes, mas não gratuitas - Erro! A referência de hiperlink não é válida.
52. Kaspersky: possui versões de testes, mas não gratuitas - www.kaspersky.com;
53. Avira AntiVir: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas também possui edições pagas com mais recursos
- www.avira.com;
54. NOD32: possui versões de testes, mas não gratuitas - www.eset.com;
55. McAfee: uma das soluções mais tradicionais do mercado. Possui versões de testes, mas não gratuitas -www.mca-
fee.com;
56. F-Secure: pouco conhecida no Brasil, mas bastante utilizada em outros países. Possui versões de testes, mas não
gratuitas - www.f-secure.com;
57. BitDefender: conta com versões pagas e gratuitas - www.bitdefender.com.

Microsoft Security Essentials

Essa lista foi elaborada com base em soluções oferecidas para os sistemas operacionais Windows, da Microsoft,
no entanto, praticamente todas os desenvolvedores destes softwares oferecem soluções para outras plataformas, in-
clusive móveis. Muitas deles também oferecem ferramentas de verificação que funcionam a partir da internet.

Ataque de negação de serviço

Em um ataque distribuído de negação de serviço (também conhecido comoDDoS, um acrônimoem inglêspara Dis-
tributed Denial of Service), um computador mestre (denominado "Master") pode ter sob seu comando até milhares de
computadores ("Zombies" - zumbis). Neste caso, as tarefas de ataque de negação de serviço são distribuídas a um
"exército" de máquinas escravizadas.
O ataque consiste em fazer com que os Zumbis (máquinas infectadas e sob comando do Mestre) se preparem para
acessar um determinado recurso em um determinado servidor em uma mesma hora de uma mesma data. Passada
essa fase, na determinada hora, todos os zumbis (ligados e conectados à rede) acessarão ao mesmo recurso do
mesmo servidor. Como servidores web possuem um número limitado de usuários que pode atender simultaneamente
("slots"), o grande e repentino número de requisições de acesso esgota esse número de slot, fazendo com que o
servidor não seja capaz de atender a mais nenhum pedido.
Dependendo do recurso atacado, o servidor pode chegar a reiniciar ou até mesmo ficar travado.

Multimídia

O termo multimídia refere-sE a tecnologias com suporte digital para criar, manipular, armazenar e pesquisar conte-
údos. Os conteúdos multimédia estão associados normalmente a um computador pessoal que inclui suportes para
grandes volumes de dados, os discos ópticos como os CDs(CD-ROM,MINI-CD,CD-CARD) e DVDs, abrange também
nas ferramentas de informática a utilização de arquivos/ficheiros digitais para a criação de apresentações empresariais,
catálogos de produtos,exposição de eventos e para catálogos eletrônicos com mais facilidade e economia. Privilegi-
ando o uso dos diversos sentidos visão, audição e tacto este tipo de tecnologia abrange diversas áreas de informática.

IMAGEM

Com o aperfeiçoamento constante de recursos gráficos, tanto de hardware quanto de software, formas e cores
variadas passaram a fazer parte da rotina de quem utiliza essas máquinas, situação que, aos poucos, resultou no

226
Apostila TJ-TO

surgimento de formatos variados de imagens. Muito destes se popularizaram com a internet. É o caso dos padrões
JPEG, GIF e PNG.
Formato GIF
Sigla para Graphics Interchange Format, o GIF é outro formato bastante popular na internet. Foi criado pela Com-
puServe em 1987 e, assim como o JPEG, gera arquivos de tamanho reduzido, no entanto, seu uso não é muito comum
em fotografias, já que é capaz de trabalhar com apenas 256 cores (8 bits). Assim, sua utilização é muito comum em
ícones, ilustrações ou qualquer tipo de imagem que não necessita de muitas cores.

Formato JPEG (JPG)


O formato JPEG, cuja sigla significa Joint Pictures Expert Group, teve sua primeira especificação disponibilizada
em 1983 por um grupo que leva o mesmo nome. É um dos padrões mais populares da internetpor aliar duas caracte-
rísticas importantes: oferece níveis razoáveis de qualidade de imagem e gera arquivos de tamanho pequeno quando
comparado a outros formatos, facilitando o seu armazenamento e a sua distribuição.
O JPEG possibilita isso porque é um formato que utiliza compressão de imagens. Mas, o que é isso? Em poucas
palavras, compressão consiste na eliminação de dados redundantes nos arquivos. No caso de imagens, é possível
fazer a compressão de forma que a retirada de informações não prejudique a qualidade (lossless - sem perda), assim
como é possível utilizar níveis maiores de compressão que causam perdas visíveis (lossy - com perda).
Este último é o que acontece no JPEG: neste formato, quanto maior o nível de compressão, menor será o tamanho
do arquivo, porém pior será a qualidade da imagem. O nível de compressão pode ser determinado em programas de
tratamentos de imagens. Cada vez que uma mesma imagem JPEG é salva, costuma-se perder qualidade, já que,
geralmente, o software utilizado para tratá-la aplica compressão, mesmo que mínima, toda vez que esta ação é reali-
zada.

Formato PNG
O formato PNG, sigla para Portable Network Graphics, é um dos padrões mais recentes, com a sua primeira espe-
cificação surgindo em 1996. Seu desenvolvimento foi motivado, em parte, pela restrição de patente existente no formato
GIF, conforme explica o tópico anterior.
O PNG reúne, portanto, as características que tornaram o GIF tão bem aceito: animação, fundo transparente e
compressão sem perda de qualidade, mesmo com salvamentos constantes do arquivo. Porém, conta com um grande
diferencial: suporta milhões de cores, não apenas 256, sendo, com isso, uma ótima opção para fotos.

Formato Bitmap
O Bitmap é um dos formatos de imagens mais antigos e também um dos mais simples. Bastante utilizado nos
sistemas operacionais Microsoft Windows, as imagens neste formato podem suportar milhões de cores e preservam
os detalhes.
No entanto, os arquivos neste padrão costumam ser muitos grandes, já que não utilizam compressão. Isso até é
possível em imagens com 256 cores ou menos, mas não é comum.
Arquivos em Bitmap podem ter extensão .dib (Device Independent Bitmap) ou BMP (este último, padrão do Win-
dows) e não suportam “fundo transparente”.

Formato TIFF
Sigla para Tagged Image File Format, o TIFF consiste em um formato muito utilizado em aplicações profissionais,
como imagens para finalidades médicas ou industriais. Criado em 1986 pela Aldus, companhia posteriormente adqui-
rida pela Adobe, também é muito utilizado em atividades de digitalização, como scanner e fax, o que, na verdade,
motivou o seu desenvolvimento.
O formato TIFF oferece grande quantidade de cores e excelente qualidade de imagem, o que aumenta considera-
velmente o tamanho dos seus arquivos, embora seja possível amenizar este aspecto com compressão sem perda de
informações.
Um detalhe interessante é que o formato TIFF suporta o uso de camadas, isto é, pode-se utilizar versões diferenci-
adas da imagem a ser trabalhada em um único arquivo.
Imagens em TIFF geralmente utilizam extensão .tif ou .tiff e suportam "fundo transparente"

Formato RAW
O formato RAW (traduzindo, algo como "cru") é um pouco diferente dos demais. Trata-se de um padrão que guarda
todos os dados de uma foto, tal como esta foi gerada na câmera digital, sem aplicação de efeitos ou ajustes. Por causa

227
Apostila TJ-TO

disso, oferece alta qualidade de imagem e maior profundidade de cores. É claro que quando uma foto RAW é compri-
mida pode haver perda de qualidade, mesmo que ligeira. Apesar disso, essa opção muitas vezes é considerada, já que
imagens neste padrão costumam resultar em arquivos grandes.
Arquivos no formato RAW admitem várias extensões. Isso porque cada fabricante de câmera digital trabalha com
as suas próprias especificações.

Formato SVG
SVG é a sigla para Scalable Vector Graphics e, tal como o nome indica, trabalha com imagens vetoriais. Trata-se
de um formato aberto, desenvolvido pela W3C e que surgiu oficialmente em 2001. Em vez de ser baseado em pixels,
isto é, os “pontinhos” que formam as imagens, tal como nos padrões mostrados anteriormente, o SVG utiliza a lingua-
gem XML para descrever como o arquivo deve ser.
Graças a isso, o SVG consegue trabalhar bem tanto com figuras estáticas quanto com imagens animadas. Além
disso, por ser um padrão vetorial, imagens no formato podem ser ampliadas ou reduzidas sem causar perda de quali-
dade.

E o formato WebP?
Talvez você ouça falar muito do WebP. Ou não. Trata-se de um formato de imagens apresentado pelo Google em
outubro de 2010 que tem a proposta de permitir a geração de arquivos com tamanho reduzido e, ao mesmo, boa
qualidade de imagem.
Para isso, o padrão utiliza um esquema de compressão que faz com que a perda de qualidade seja a menor possível
aos olhos humanos. De acordo com o Google, esse método é capaz de gerar arquivos quase 40% menores que ima-
gens em JPEG.
O Google decidiu desenvolver o WebP porque, de acordo com suas pesquisas, cerca de 65% dos dados que circu-
lam na internet correspondem a imagens, sendo que, destas, 90% estão no padrão JPEG.

MP3
MP3 é um formato eletrônico que permite ouvir músicas em computadores, com ótima qualidade.A questão chave
para entender todo o sucesso do MP3 se baseia no fato de que, antes dele ser desenvolvido, uma música no compu-
tador era armazenada no formato WAV, que é o formato padrão para arquivo de som em PCs, chegando a ocupar
dezenas de megabytes em disco. Na média, um minuto de música corresponde a 10 MB para uma gravação de som
de 16 bits estéreo com 44.1 KHz, o que resulta numa grande complicação a distribuição de músicas por computadores,
principalmente pela internet. Com o surgimento do MP3 essa história mudou, pois o formato permite armazenar músi-
cas no computador sem ocupar muito espaço e sem tirar a qualidade sonora das canções. Geralmente, 1 minuto de
música, corresponde a cerca de 1 MB em MP3.

AVI
Audio Video Interleave (sigla: AVI) é um formatoencapsulador de áudioe vídeocriado pela Microsoftcuja extensão
oficial é avi. É um dos formatos mais populares no mundo, nativamente reconhecido pela maioria das versões do Win-
dows e por todos os leitores de DVD que são compatíveis com o codec DivX.
AVI é uma forma de associação de entrelace de áudio e vídeo, cada um deles em suas respectivas proporções e
particularidades. É um espaço em que se guarda informação. O AVI pode conter uma faixa de vídeo codificada em
um codec qualquer e na mesma faixa é possível associar um áudio em MP3.

WAV
WAV (ou WAVE), forma curta deWAVEform audio format, é um formato-padrão de arquivo de áudio da Microsofte
IBMpara armazenamento de áudio em PCs.

WINDOWS 7

228
Apostila TJ-TO

Operações com janelas, menus, barra de tarefas, área de trabalho; Trabalho com pastas e arquivos: localização de
arquivos e pastas; movimentação e cópia de arquivos e pastas; tipos de arquivos e extensões; criação, renomeação e
exclusão de arquivos e pastas; Ferramentas de sistema: limpeza de disco, desfragmentador de disco, firewall do Win-
dows, agendador de tarefas, pontos de restauração; instalação de programas; Configurações Básicas do Windows:
resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano, protetor de tela; Windows Explorer.
O Windows 7 é uma versão do Microsoft Windows, sistema operativos produzido pela Microsoft para uso em com-
putadores pessoais, incluindo computadores domésticos e empresariais, laptops e PC's de centros de mídia, entre
outros. Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para
usuários comuns às 00:00 horas do dia 22 de outubro de 2009, menos de 3 anos depois do lançamento de seu prede-
cessor, Windows Vista.
Em 2012, o Windows 7 alcançou 46,7% dos usuários mundiais, continuando como o Sistema Operacional mais
usado do mundo.
Operações com janelas:

Elementos de uma janela:

Para organizar janelas lado a lado


1. Arraste a barra de título de uma janela para a esquerda ou a direita da tela até ser exibido um contorno da janela
expandida.
2. Libere o mouse para expandir a janela.
3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para organizar as janelas lado a lado.
Para retornar a janela ao tamanho original, arraste a barra de título da janela em direção oposta à parte superior da
área de trabalho e, em seguida, solte.
Dica
 Para ajustar uma janela ativa para o lado da área de trabalho usando o teclado, pressione a tecla de logotipo do
Windows +Seta para a Esquerda ou a tecla de logotipo do Windows +Seta para a Direita.
Movendo uma janela

Para mover uma janela, aponte para sua barra de título com o ponteiro do mouse . Em seguida, arraste a janela
para o local desejado. (Arrastar significa apontar para um item, manter pressionado o botão do mouse, mover o item
com o ponteiro e depois soltar o botão do mouse.)
Alterando o tamanho de uma janela
 Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em seu botão Maximizar ou clique duas vezes na barra de
título da janela.

229
Apostila TJ-TO

 Para retornar uma janela maximizada ao tamanho anterior, clique em seu botão Restaurar (ele é exibido no
lugar do botão Maximizar). ou clique duas vezes na barra de título da janela.
 Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou maior), aponte para qualquer borda ou canto da janela. Quando
o ponteiro do mouse mudar para uma seta de duas pontas (veja a figura abaixo), arraste a borda ou o canto para
encolher ou alargar a janela.
Ocultando uma janela
Minimizar uma janela é o mesmo que ocultá-la. Se você deseja tirar uma janela temporariamente do caminho sem
fechá-la, minimize-a.
Para minimizar uma janela, clique em seu botão Minimizar . A janela desaparecerá da área de trabalho e
ficará visível somente como um botão na barra de tarefas, aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela.
Fechando uma janela
O fechamento de uma janela a remove da área de trabalho e da barra de tarefas. Se você tiver terminado de
trabalhar com um programa ou documento e não precisar retornar a ele imediatamente, feche-o.
Para fechar uma janela, clique em seu botão Fechar .
Alternando entre janelas
Se você abrir mais de um programa ou documento, a área de trabalho poderá ficar congestionada rapidamente.
Manter o controle de quais janelas você já abriu nem sempre é fácil, porque algumas podem encobrir, total ou parcial-
mente, as outras.
Usando a barra de tarefas. A barra de tarefas fornece uma maneira de organizar todas as janelas. Cada janela tem
um botão correspondente na barra de tarefas. Para alternar para outra janela, basta clicar no respectivo botão da barra
de tarefas. A janela aparecerá na frente de todas as outras, tornando-se a janela ativa, ou seja, aquela na qual você
está trabalhando no momento. Para mais informações sobre botões da barra de tarefas, consulte A barra de tarefas
(visão geral).
Para identificar com facilidade uma janela, aponte para seu botão da barra de tarefas. Quando você aponta para
um botão na barra de tarefas, aparece uma visualização em miniatura dessa janela, seja o conteúdo um documento,
uma foto ou até mesmo um vídeo em execução. Esta visualização é útil principalmente quando você não consegue
identificar uma janela somente pelo título.
Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer todas as janelas
abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a tecla Alt e pressionando repetidamente a tecla Tab. Solte Alt
para mostrar a janela selecionada.
Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as janelas em uma pilha tridimensional para permitir que você as
percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D:
1. Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Windows e pressione Tab para abrir o Flip 3D.
2. Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo do Windows, pressione Tab repetidamente ou gire a roda do
mouse para percorrer as janelas abertas. Você também pode pressionar Seta para a Direita ou Seta para Baixo
para avançar uma janela, ou pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para Cima para retroceder uma janela.
3. Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a primeira janela da pilha ou clique em qualquer parte da janela
na pilha para exibir essa janela.
Dica
 O Flip 3D faz parte da experiência de área de trabalho do Aero. Se o computador não oferecer suporte para o Aero,
você poderá exibir os programas e janelas abertos no computador pressionando Alt+Tab. Para percorrer as janelas
abertas, pressione a tecla Tab, pressione as teclas de direção ou use o mouse
A experiência de área de trabalho do Aero apresenta um design de vidro translúcido com animações sutis e novas
cores de janelas
As seguintes edições do Windows 7 incluem o Aero:
 Windows 7 Enterprise
 Windows 7 Home Premium
 Windows 7 Professional
 Windows 7 Ultimate
Organizando janelas automaticamente

230
Apostila TJ-TO

Agora que você sabe como mover e redimensionar janelas, pode organizá-las da maneira que quiser na área de
trabalho. Também pode fazer com que o Windows as organize automaticamente em uma destas três formas: em
cascata, lado a lado e empilhadas verticalmente.

Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na área de trabalho, clique com o botão direito do mouse
em uma área vazia da barra de tarefas e clique em Janelas em cascata, Mostrar janelas empilhadas ou Mostrar
janelas lado a lado.
Organizar janelas usando Ajustar
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta na borda da tela.
Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas verticalmente ou maximizar uma janela.
Para organizar janelas lado a lado
1. Arraste a barra de título de uma janela para a esquerda ou a direita da tela até ser exibido um contorno da janela
expandida.
2. Libere o mouse para expandir a janela.
3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para organizar as janelas lado a lado.
Arraste uma janela para o lado da área de trabalho para expandi-la até metade da tela.
Para expandir uma janela verticalmente
1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela aberta até o ponteiro mudar para uma seta de duas pontas .
2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela na altura total da área de
trabalho. A largura da janela não é alterada.
Arraste a parte superior ou inferior da janela para expandi-la verticalmente
Para maximizar uma janela
1. Arraste a barra de título da janela para a parte superior da tela. O contorno da janela se expande para preencher a
tela.
2. Libere a janela para expandi-la e preencher toda a área de trabalho.
Arraste uma janela para a parte superior da área de trabalho para expandi-la totalmente
Caixas de diálogo
Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações ou permite que você
selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo com frequência quando um programa ou o
Windows precisar de uma resposta sua antes de continuar.

Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho.
Ao contrário das janelas comuns, a maioria das caixas de diálogo não podem ser maximizadas, minimizadas ou
redimensionadas, mas podem ser movidas.
Menu Iniciar

231
Apostila TJ-TO

Use o menu Iniciar para fazer as seguintes atividades comuns:


 Iniciar programas
 Abrir pastas usadas com frequência
 Pesquisar arquivos, pastas e programas
 Ajustar configurações do computador
 Obter ajuda com o sistema operacionalWindows
 Desligar o computador
 Fazer logoff do Windows ou alternar para outra conta de usuário
Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla de
logotipo do Windows no teclado.
O menu Iniciar tem três partes básicas:
 O painel esquerdo grande mostra uma lista breve de programas no computador. Pode haver variações na aparência
dessa lista porque o fabricante do computador tem autonomia para personalizá-la. Clique em Todos os Programas
para exibir uma lista completa de programas (mais informações adiante).
 Na parte inferior do painel esquerdo está a caixa de pesquisa, que permite que você procure programas e arquivos
no computador digitando os termos de pesquisa.
 O painel direito dá acesso a pastas, arquivos, configurações e recursos mais usados. Nele também é possível fazer
logoff do Windows ou desligar o computador.
Abrindo programas a partir do menu Iniciar
Um dos usos mais comuns do menu Iniciar é abrir programas instalados no computador. Para abrir um programa
mostrado no painel esquerdo do menu Iniciar, clique nele. Isso abrirá o programa e fechará o menu Iniciar.
Se você não vir o programa que deseja, clique em Todos os Programas na parte inferior do painel esquerdo. O
painel exibirá uma longa lista de programas, em ordem alfabética, seguida por uma lista de pastas.
Se você clicar em um dos ícones de programa, ele será inicializado e o menu Iniciar será fechado. O que há dentro
das pastas? Mais programas. Clique em Acessórios, por exemplo, e uma lista de programas armazenados nessa
pasta aparecerá. Clique em qualquer programa para abri-lo. Para voltar aos programas que você viu quando abriu o
menu Iniciar pela primeira vez, clique em Voltar perto da parte inferior do menu.

232
Apostila TJ-TO

Se você não tiver certeza do que um programa faz, mova o ponteiro sobre o respectivo ícone ou nome. Aparecerá
uma caixa com uma descrição do programa. Por exemplo, a ação de apontar para a Calculadora exibe esta mensagem:
"Executa tarefas aritméticas básicas com uma calculadora na tela". Isso funciona também para itens no painel direito
do menu Iniciar.
Você notará que, com o tempo, as listas de programas no menu Iniciar vão sendo alteradas. Isso acontece por dois
motivos. Em primeiro lugar, quando você instala novos programas, eles são adicionados à lista Todos os Programas.
Em segundo lugar, o menu Iniciar detecta quais programas você usa mais e os substitui no painel esquerdo para
acesso rápido.
A caixa de pesquisa
A caixa de pesquisa fará uma busca rápida nos programas e em todas as pastas da sua pasta pessoal (que inclui
Documentos, Imagens, Música, Área de Trabalho entre outras localizações comuns). Ela também pesquisará em men-
sagens de email, mensagens instantâneas salvas, compromissos e contatos.

Para usar a caixa de pesquisa, abra o menu Iniciar e comece a digitar. Não é necessário clicar dentro da caixa
primeiro. À medida que você digita, os resultados da pesquisa são exibidos acima da caixa de pesquisa, no painel
esquerdo do menu Iniciar.
Será exibido um programa, um arquivo ou uma pasta como resultado da pesquisa se:
 Alguma palavra no título corresponder ao termo pesquisado ou começar com ele.
 Algum texto no conteúdo do arquivo (como o texto de um documento de processamento de texto) corresponder ao
termo pesquisado ou começar com ele.
 Alguma palavra em uma propriedade do arquivo, como o autor, corresponder ao temo pesquisado ou começar com
ele.

Clique em qualquer resultado da pesquisa para abri-lo Ou clique no botão Apagar para apagar os resultados da
pesquisa e retornar à lista de programas principais. Você também pode clicar em Ver mais resultados para pesquisar
todo o computador.
Além de pesquisar programas, arquivos, pastas e comunicações, a caixa de pesquisa também examina seus favo-
ritos da Internet e o histórico de sites visitados. Se alguma dessas páginas da Web incluir o termo de pesquisa, ela
aparecerá em um cabeçalho chamado "Arquivos".
Painel direito.
O painel direito do menu Iniciar contém links para partes do Windows que você provavelmente usará com mais
frequência. Aqui estão elas, de cima para baixo:
 Pasta pessoal. Abre a pasta pessoal, que recebe o nome de quem está conectado no momento ao Windows. Por
exemplo, se o usuário atual for Luciana Ramos, a pasta se chamará Luciana Ramos. Esta pasta, por sua vez,
contém arquivos específicos do usuário, como as pastas Meus Documentos, Minhas Músicas, Minhas Imagens e
Meus Vídeos.
 Documentos. Abre a biblioteca Documentos, na qual é possível acessar e abrir arquivos de texto, planilhas, apre-
sentações e outros tipos de documentos.
 Imagens. Abre a biblioteca Imagens, na qual é possível acessar e exibir imagens digitais e arquivos gráficos.
 Música. Abre a biblioteca Músicas, na qual é possível acessar e tocar música e outros arquivos de áudio.
 Jogos.Abre a pasta Jogos, na qual é possível acessar todos os jogos no computador.
 Computador.Abre uma janela na qual é possível acessar unidades de disco, câmeras, impressoras, scanners e
outros hardwares conectados ao computador.
 Painel de Controle.Abre o Painel de Controle, no qual é possível personalizar a aparência e a funcionalidade do
computador, instalar ou desinstalar programas, configurar conexões de rede e gerenciar contas de usuário.
 Dispositivos e Impressoras. Abre uma janela onde é possível exibir informações sobre a impressora, o mouse e
outros dispositivos instalados no seu computador.
 Programas Padrão. Abre uma janela onde é possível selecionar qual programa você deseja que o Windows use
para determinada atividade, como navegação na Web.
233
Apostila TJ-TO

 Ajuda e Suporte. Abre a Ajuda e Suporte do Windows onde você pode procurar e pesquisar tópicos da Ajuda sobre
como usar o Windows e o computador.
Na parte inferior do painel direito está o botão de Desligar. Clique no botão Desligar para desligar o computador.
O clique na seta ao lado do botão Desligar exibe um menu com opções adicionais para alternar usuários, fazer
logoff, reiniciar ou desligar.

Clique no botão Desligar para desligar o computador ou clique na seta para verificar outras opções.
Personalizar o menu Iniciar
Você pode controlar quais itens aparecerão no menu Iniciar. Por exemplo, você pode adicionar ícones de seus
programas favoritos ao menu Iniciar para acesso rápido ou remover programas da lista. Você também pode ocultar ou
mostrar certos itens no painel direito.
A barra de tarefas

A barra de tarefas é aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente da área de trabalho, que
pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de tarefas está quase sempre visível. Ela possui três
seções principais:

 O botão Iniciar , que abre o menu Iniciar.


 A seção intermediária, que mostra quais programas e arquivos estão abertos e permite que você alterne rapida-
mente entre eles.
 A área de notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam o status de determinados
programas e das configurações do computador.
Manter o controle das janelas
Sempre que você abre um programa, uma pasta ou um arquivo, o Windows cria um botão na barra de tarefas
correspondente a esse item. Esse botão exibe um ícone que representa o programa aberto.

Cada programa possui seu próprio botão na barra de tarefas Observe que o botão na barra de tarefas para o Campo
Minado está realçado. Isso indica que o Campo Minado é a janela ativa, ou seja, que está na frente das demais janelas
abertas e que você pode interagir imediatamente com ele.
Para alternar para outra janela, clique no botão da barra de tarefas. Neste exemplo, se você clicar no botão da barra
de tarefas referente à Calculadora, sua janela será trazida para a frente.

234
Apostila TJ-TO

Clique em um botão da barra de tarefas para alternar para a janela correspondente

Minimizar e restaurar janelas


Quando uma janela está ativa (seu botão da barra de tarefas aparece realçado), o clique no botão correspondente
minimiza a janela. Isso significa que a janela desaparece da área de trabalho. Minimizar uma janela não a fecha, nem
exclui seu conteúdo. Simplesmente a remove da área de trabalho temporariamente.
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, mas não fechada. Você sabe que ela ainda está em execução
porque existe um botão na barra de tarefas.

A ação de minimizar a Calculadora deixa visível somente seu botão da barra de tarefas
Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior direito da janela.

Botão Minimizar (à esquerda)


Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na área de trabalho), clique no respectivo
botão da barra de tarefas.

Ver visualizações das janelas abertas


Quando você move o ponteiro do mouse para um botão da barra de tarefas, uma pequena imagem aparece mos-
trando uma versão em miniatura da janela correspondente. Essa visualização, também chamada de miniatura, é
muito útil. Além disso, se uma das janelas tiver execução de vídeo ou animação, você verá na visualização.
Observação
 Você poderá visualizar as miniaturas apenas se o Aero puder ser executado no seu computador e você estiver
executando um tema do Windows 7.
A área de notificação

235
Apostila TJ-TO

A área de notificação, na extrema direita da barra de tarefas, inclui um relógio e um grupo de ícones. Ela tem a
seguinte aparência:

A área de notificação no lado direito da barra de tarefas


Esses ícones comunicam o status de algum item no computador ou fornecem acesso a determinadas configurações.
O conjunto de ícones que você verá varia em função dos programas ou serviços instalados e de como o fabricante
configurou seu computador.
Quando você mover o ponteiro para um determinado ícone, verá o nome desse ícone e o status de uma configura-
ção. Por exemplo, apontar para o ícone de volume mostrará o nível de volume atual do computador. Apontar para o
ícone de rede informará se você está conectado a uma rede, qual a velocidade da conexão e a intensidade do sinal.
Em geral, o clique duplo em um ícone na área de notificação abre o programa ou a configuração associada a ele.
Por exemplo, a ação de clicar duas vezes no ícone de volume abre os controles de volume. O clique duplo no ícone
de rede abre a Central de Rede e Compartilhamento.
De vez em quando, um ícone na área de notificação exibirá uma pequena janela pop-up (denominada notificação)
para informá-lo sobre algo. Por exemplo, depois de adicionar um novo dispositivo de hardware ao seu computador, é
provável que você veja o seguinte:

A área de notificação exibe uma mensagem depois que o novo hardware é instalado
Clique no botão Fechar no canto superior direito da notificação para descartá-la. Se você não fizer nada, a
notificação desaparecerá após alguns segundos.
Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na área de notificação quando você fica um tempo sem usá-los.
Se os ícones estiverem ocultos, clique no botão Mostrar ícones ocultos para exibi-los temporariamente.

Clique no botão Mostrar ícones ocultos para exibir todos os ícones na área de notificação
Personalizar a barra de tarefas
Existem muitas formas de personalizar a barra de tarefas de acordo com as suas preferências. Por exemplo, você
pode mover a barra de tarefas inteira para a esquerda, para a direita ou para a borda superior da tela. Também pode
alargar a barra de tarefas, fazer com que o Windows a oculte automaticamente quando não estiver em uso e adicionar
barras de ferramentas a ela.
A área de trabalho

A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon no Windows.
Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa real. Quando você abre programas
ou pastas, eles são exibidos na área de trabalho. Nela, também é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e
organizá-los como quiser.
A área de trabalho é definida às vezes de forma mais abrangente para incluir a barra de tarefas. A barra de
tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em execução e permite que você alterne entre
eles. Ela também contém o botão Iniciar , que pode ser usado para acessar programas, pastas e configurações do
computador.
Trabalhando com ícones da área de trabalho
Ícones são imagens pequenas que representam arquivos, pastas, programas e outros itens. Ao iniciar o Windows
pela primeira vez, você verá pelo menos um ícone na área de trabalho: a Lixeira (mais detalhes adiante). O fabricante

236
Apostila TJ-TO

do computador pode ter adicionado outros ícones à área de trabalho. Veja a seguir alguns exemplos de ícones da área
de trabalho.

Exemplos de ícones da área de trabalho


Se você clicar duas vezes em um ícone da área de trabalho, o item que ele representa será iniciado ou aberto.
Adicionando e removendo ícones da área de trabalho
Você pode escolher os ícones que serão exibidos na área de trabalho, adicionando ou removendo um ícone a
qualquer momento. Algumas pessoas preferem uma área de trabalho limpa, organizada, com poucos ícones (ou ne-
nhum). Outras preferem colocar dezenas de ícones na área de trabalho para ter acesso rápido a programas, pastas e
arquivos usados com frequência.
Se quiser obter acesso fácil da área de trabalho a seus programas ou arquivos favoritos, crie atalhos para eles. Um
atalho é um ícone que representa um link para um item, em vez do item em si. Quando você clica em um atalho, o item
é aberto. Se você excluir um atalho, somente ele será removido, e não o item original. É possível identificar atalhos
pela seta no ícone correspondente.

Um ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de atalho (à direita)


 ExcluirMovendo ícones
O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da área de trabalho, mas você não precisa se prender
a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo local na área de trabalho.
Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com o botão direito do
mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em Exibir e em Organizar ícones automaticamente. O Win-
dows empilha os ícones no canto superior esquerdo e os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar
a movê-los novamente, clique outra vez em Organizar ícones automaticamente, apagando a marca de seleção ao
lado desta opção.
Observação
 Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os ícones mais perto
ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de
trabalho, aponte para Exibir e clique em Alinhar ícones à grade para apagar a marca de seleção. Repita essas
etapas para reativar a grade.
Selecionando vários ícones
Para mover ou excluir um grupo de ícones de uma só vez, primeiro é necessário selecionar todos eles. Clique em
uma parte vazia da área de trabalho e arraste o mouse. Contorne os ícones que deseja selecionar com o retângulo
que aparecerá. Em seguida, solte o botão do mouse. Agora você pode arrastar os ícones como um grupo ou excluí-
los.

Selecione vários ícones da área de trabalho arrastando um retângulo em torno deles


Ocultando ícones da área de trabalho

237
Apostila TJ-TO

Para ocultar temporariamente todos os ícones da área de trabalho sem realmente removê-los, clique com o botão
direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em Exibir e em Mostrar Ícones da Área de Trabalho
para apagar a marca de seleção dessa opção. Agora, nenhum ícone aparece na área de trabalho. Para vê-los nova-
mente, clique outra vez em Mostrar Ícones da Área de Trabalho.
A Lixeira
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles na verdade não são excluídos imediatamente; eles vão para a Lixeira.
Isso é bom porque, se você mudar de ideia e precisar de um arquivo excluído, poderá obtê-lo de volta.

A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita)


Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira.
Ao fazer isso, excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles
ocupados.
Para recuperar arquivos da Lixeira
1. Siga um destes procedimentos:
o Para restaurar um arquivo, clique nele e, na barra de ferramentas, clique em Restaurar este item.
o Para restaurar todos os arquivos, verifique se nenhum arquivo está selecionado e, na barra de ferramentas,
clique em Restaurar todos os itens.

Os arquivos serão restaurados para seus locais originais no computador.

Recuperando um item da Lixeira


Observações
 Se você excluir um arquivo de um local que não seja seu computador (como uma pasta da rede), o arquivo poderá
ser permanentemente excluído, em vez de armazenado na Lixeira.
Excluir arquivos permanentemente da Lixeira
Ao excluir um arquivo, geralmente ele é movido para a Lixeira, de forma que você possa restaurá-lo posteriormente,
se necessário
Para remover arquivos permanentemente do computador e recuperar o espaço que eles estavam ocupando no
disco rígido, é necessário excluí-los da Lixeira. Você pode excluir arquivos específicos da Lixeira ou esvaziá-la total-
mente de uma só vez.
1. Siga um destes procedimentos:
o Para excluir permanentemente um arquivo, clique nele, pressione Excluir e clique em Sim.
o Para excluir todos os arquivos, na barra de ferramentas, clique em Esvaziar Lixeira e em Sim.

Dicas
o Você pode esvaziar a Lixeira, sem abri-la, clicando com o botão direito do mouse em Lixeira e depois em Esvaziar
Lixeira.
o Você pode excluir permanentemente um arquivo do computador sem enviá-lo para a Lixeira, clicando no arquivo e
pressionado as teclas Shift+Delete.

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PRO-


GRAMAS.

238
Apostila TJ-TO

Todo e qualquer software ou informação gravada em nosso computador será guardada em uma unidade de disco,
(HD, cartão de memória, pen drive, CD, DVD, etc..). Essas informações só podem ser gravadas de uma forma: elas
são transformadas em arquivos.
Arquivo é apenas a nomenclatura que usamos para definir Informação Gravada. Quando digitamos um texto ou
quando desenhamos uma figura no computador, o programa (software) responsável pela operação nos dá a opção de
gravar a informação com a qual estamos trabalhando e, após a gravação, ela é transformada em um arquivo e colo-
cada em algum lugar em uma unidade de disco. Essa é a operação que chamamos de salvar um arquivo.
No momento da gravação, duas informações são necessárias para prosseguir com o salvamento: O nome do ar-
quivo e a pasta (diretório) onde ele será salvo.
Uma pasta pode conter arquivos e outras pastas. As pastas são comumente chamadas de Diretórios, nome que
possuíam antes. Os arquivos e as pastas devem ter um nome. O nome é dado no momento da criação. A Regra para
nomenclatura de arquivos e pastas varia para cada Sistema Operacional. No Windows, os nomes podem conter até
256 caracteres (letras, números, espaço em branco, símbolos), com exceção destes / \ | >< * ? : “ que são reservados
pelo Windows.
Os arquivos são gravados nas unidades de disco, e ficam lá até que sejam apagados. Quando solicitamos trabalhar
com um arquivo anteriormente gravado (esse processo chama-se abrir o arquivo), o arquivo permanece no disco e
uma cópia de suas informações é copiada na memória RAM para que possamos editá-lo. Ao abrir um arquivo, pode-
se alterá-lo indiscriminadamente, mas as alterações só terão efeito definitivo se o salvarmos novamente.

Windows Explorer (literalmente do inglês "Explorador do Windows", nome pelo qual é encontrado na versão por-
tuguesa de todas as versões do Windows) é um gerenciador de arquivos e pastas do sistema Windows. Ou seja, é
utilizado para a cópia, exclusão, organização, movimentação e todas as atividades de gerenciamento de arquivos,
podendo também ser utilizado para a instalação de programas.

Excluir um arquivo enviando para LIXEIRA:

 Menu arquivo / opção excluir.


 Tecla delete.
 Botão excluir.
 Clique com botão direito / opção excluir
 Clique e arraste para a lixeira com botão esquerdo.
 Clique e arraste para a lixeira com botão direito .
NÃO VAI PARA LIXEIRA

 Clique as teclas: shift + del


 Clique e arraste para lixeira com shift pressionada.
Obs: mesmo arquivos com senha de proteção podem ser excluidos
Criar pasta:

 Selecionar unidade ou pasta , menu arquivo / novo / pasta .


 Seleciona unidade ou pasta , clicar no botão pastas / criar nova pasta.
 Clique com botão direito do mouse na área de trabalho / novo / pasta.
 Selecione unidade ou pasta , clique com botão direito em uma área livre / novo / pasta.
Renomear pasta ou arquivo.

 Selecionar o arquivo ou pasta / menu arquivo / opção renomear.


 Clique com botão direito do mouse sobre o arquivo ou pasta / opção renomear.
 Após selecionar o arquivo ou pasta / clique novamente sobre o arquivo.
 Tecle F2
Copiar arquivos e pastas :

 Selecionar o arquivo ou pasta / menu editar / copiar e colar


 Selecionar arquivo ou pasta / barra de ferramentas / botão “copiar para...”
 Clique com botão direito sobre o arquivo ou pasta / copiar e colar .
 Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pressione e mantenha pressionado botão esquerdo do mouse / arraste
para a outra pasta ou unidade mantendo a tecla CTRL pressionado.

239
Apostila TJ-TO

 Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pressione e mantenha pressionado botão direito do mouse / arraste
para a outra pasta ou unidade / opção “copiar aqui”.

EDITORES DE TEXTO
Formatos de arquivos de texto
O Microsoft Wordpermite salvar um documento em vários formatos:
Menu Arquivo> Salvar como > Salvar como tipo.

.doc Documento do Word 97-2003


.docx Documento do Word 2007-2010
.odt Documento de texto LibreOffice Writer
.rtf RichTextFormat.
.html Página web.
.dot Salva na pasta modelo
.xml Formato de compartilhamento.
.txt Texto sem formatação.

Nota:
XML PaperSpecification (XPS) é um formato de arquivo eletrônico de layout fixo que preserva a formatação do
documento e possibilita o compartilhamento de arquivo. O formato XPS garante que, quando o arquivo é exibido on-
line ou é impresso, ele mantém exatamente o formato pretendido e os dados no arquivo não podem ser facilmente
alterados. Para exibir um arquivo no formato XPS, você precisará de um visualizador.

Barra de status

Os botões da barra de status são acionador por duplo clique.

Gravar macro (menuFerramentas)

Alterações controladas (menuFerramentas)

Estender seleção (Shift)

Sobrescrever (Insert)

Idioma do corretor ortográfico

240
Apostila TJ-TO

Status do corretor ortográfico

Seleção de texto

palavra Duplo clique na palavra


parágrafo Triplo clique sobre qualquer palavra do parágrafo.
período Pressione e mantenha Shift pressionado, clique sobre qualquer palavra do período.
Caractere à direita Shift + seta à direita
Caractere à esquerda Shift + seta à esquerda
Linha acima Shift + seta acima
Linha abaixo Shift + seta abaixo
Até fim de linha Shift + End
Até início de linha Shift + Home
Palavra à direita Ctrl+ Shift + seta à direita
Palavra à esquerda Ctrl + Shift + seta à esquerda
Parágrafo acima Ctrl + Shift + seta acima
Parágrafo abaixo Ctrl + Shift + seta abaixo
Até fim do documento Ctrl + Shift + End
Até início do documento Ctrl + Shift + Home

Teclas de atalho

Menu Arquivo

Ctrl +O Novo docu-


mento
Ctrl +A Abrir docu-
mento
Ctrl +B Salvar do-
cumento
Ctrl +P Imprimir
documento

Menu Editar

Ctrl +Z Desfazer a última


ação
Ctrl +R Refazer a última ação
Ctrl +T Selecionar tudo
Ctrl +X Recortar texto
Ctrl +C Copiar texto
Ctrl +V Colar texto
Ctrl +L Localizar palavra
Ctrl +U Substituir palavra
Ctrl +Y Ir para

241
Apostila TJ-TO

242
Apostila TJ-TO

Formatação

Ctrl +N Negrito
Ctrl +S Sublinhado
Ctrl +I Itálico
Ctrl +J Justificado
Ctrl +E Centralizado
Ctrl +G Alinhar à direita
F11 Alinhar à esquerda
Letras maiúsculas
Shift + F3 Letras minúsculas
Primeira letra maiúscula
Ctrl+> aumenta tamanho de fonte
Ctrl+< diminui tamanho de fonte
F7 Corretor ortográfico e gramatical

Deslocando-se o mouse para a esquerda até assumir forma de seta para direita.

Um clique seleciona linha.

Dois cliques seleciona parágrafo.

Três cliques seleciona todo o documento.

Recuo no Word
Permite organizar parágrafos clicando com o recuo e mantendo pressionado arrastar.
1- Recuo de primeira linha.
2- Recuo deslocado.
3- Recuo à esquerda.

4- Recuo à direita.

Tabulação
Permite construir tabelas no Word.
À direita

Centralizada

À esquerda

Decimal

Barra

243
Apostila TJ-TO

Seleciona objeto de procura (Word)


Permite a localização de palavras, gráficos, seção, etc.

Botões da barra de ferramentas padrão

Word Atalho Funcionalidade

Ctrl + O Cria um novo documento em branco.

Abre caixa de diálogo que permite abrir um documento que já está gravado em
Ctrl + A
alguma unidade de disco.
Salva as alterações feitas em um arquivo (conserva o nome, o local e o formato
Ctrl + B
atual).
(Destinatário da mensagem) permite enviar o conteúdo do documento como o
-
corpo da mensagem de correio eletrônico.
Envia documento ativo para a fila de impressão, não abre janela para definir op-
-
ções de imprimir.

- Abre a janela Visualizar impressão.

F7 Inicia o processo de verificação ortográfica.

Ctrl + X Recortar (move o que estiver selecionado para a área de transferência).

Ctrl + C Copiar (duplica o que estiver selecionado na área de transferência).

- Colar (insere o conteúdo da área de transferência no local onde estiver o cursor).

Pincel (copia formatos) - para usar o pincel podemos seguir o seguinte procedi-
- mento: 1) selecionar a palavra ou o bloco de texto que já está formatado; 2) clicar
no pincel; e 3) selecionar a palavra ou o bloco de texto que receberá a formatação.
Desfaz a ação realizada mais recentemente. Nem todas as ações podem ser des-
-
feitas.
- Permite refazer uma ação desfeita.

Insere um hyperlink.

- Insere uma tabela.

- Exibe ou oculta a barra de ferramentas “desenho”.

244
Apostila TJ-TO

Exibe ou oculta caracteres nãoimprimíveis, tais como: marca de parágrafo, carac-


-
teres de tabulação, espaço, quebras (página, coluna, seção) e texto oculto.
- Permissões – abre assistente que permite configurar permissão de acesso aos
arquivos.
- Pesquisa em dicionário de sinônimos.

- Exibe ou oculta a barra de ferramentas “tabelas e bordas”.

- Insere uma planilha do Excel.

- Permite dividir o texto ou o bloco de texto selecionado em colunas.

- Ativa ou desativa a “estrutura do documento”, um painel vertical na extremidade


esquerda da janela do documento que dispõe em tópicos a estrutura do docu-
mento.
- Modifica o zoom - determina o tamanho da visualização do documento na tela -
(não altera o tamanho da fonte).
- Ativa o Assistente do Office.

- Modo de exibição de leitura.

Botões da barra de ferramentas formatação

Aplicar estilo.

Altera o tipo da fonte.

Altera o tamanho da fonte.

-
Estilo e formatação.

Ctlr + N
Aplica negrito.

Ctrl + I
Aplica itálico.

Ctrl+ S
Aplica sublinhado simples.

Ctrl + G
Aplica o alinhamento à esquerda.

Ctrl + E
Aplica o alinhamento centralizado.

Ctrl + Q
Aplica o alinhamento à direita.

Ctrl + J
Aplica o alinhamento justificado.

245
Apostila TJ-TO

-
Adiciona ou remove números de parágrafos selecionados.

-
Adiciona ou remove marcadores de parágrafos selecionados.

-
Diminui o recuo esquerdo.

- Aumenta o recuo esquerdo.

-
Permite modificar a cor da fonte.

-
Aplica realce ao que estiver selecionado.

Aplica sombreamento (plano de fundo) em parágrafo ou texto


- selecionado.

- Altera espaçamento entre caracteres.

- Aplica bordas.

246
Apostila TJ-TO

Janela do Word 2007

Janela do Word 2010

247
Apostila TJ-TO

Descrição dos botões e barras

1 Botão de controle. Atalho de teclado ALT + Espaço.


2 Barra de ferramentas de acesso rápido.
3 Barra de títulos – duplo clique alterna entre maximizar e restaurar.
4 Guias – abas –tabs.
5 Botão que exibe ou oculta faixa de opções.
6 Faixa de opções.
7 Tabulação: à direita, centralizada, à esquerda, decimal e barra.
8 Botão régua – exibe ou oculta a régua.
9 Recuo: de primeira linha, deslocado, à direita e à esquerda.
10 Margem: superior esquerda, margem superior direita, inferior direita e inferior esquerda.
11 Régua horizontale régua vertical.
12 Barra de rolagem horizontal.
13 Seleciona objeto de procura.
14 Barra de status.
15 Botões do modo de exibição.
16 Zoom.

Botão Office

1. Clique no Botão Microsoft Office e, em seguida, clique em Novo.


2. Em Modelos, você vê as opções que pode usar para criar:
 umdocumento em branco, uma pasta de trabalho ou uma apresentação;
 umdocumento, uma pasta de trabalho ou uma apresentação a partir de um
modelo;
 umnovo documento, pasta de trabalho ou apresentação a partir de um arquivo
existente.
3. Se estiver conectado à internet, também poderá ver modelos disponíveis pelo Mi-
crosoft Office On-line.
Abre a caixa de diálogo Abrir no Windows XP.
Abre o Windows Explorer no Windows 7 na pasta biblioteca.

Abre a caixa de diálogo Salvar Como no Windows XP.


Abre o Windows Explorer no Windows 7 na pasta biblioteca.

248
Apostila TJ-TO

249
Apostila TJ-TO

Fecha o aplicativo.

Configurações do Word.

Faixa de Opções
A Faixa de Opções foi criada para ajudar a localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa.
Os comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de ativi-
dade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas so-
mente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem é
selecionada.
Não é possível excluir ou substituir a Faixa de Opções pelas barras de ferramentas e menus das versões anteriores do
Microsoft Office. No entanto, você pode minimizar a Faixa de Opções para disponibilizar mais espaço na sua tela.
Para minimizar rapidamente a Faixa de Opções, clique duas vezes no nome da guia ativa. Clique duas vezes na guia
novamente para restaurar a Faixa de Opções.
Atalho do teclado:para minimizar ou restaurar a Faixa de Opções, pressione Ctrl+F1.

Faixa de opções: guia Início

250
Apostila TJ-TO

Área de transferência do Microsoft Office


A área de transferência do Microsoft Office
permite que você copie diversos itens de
texto e gráfico dos documentos do Office
ou de outros programas e os cole em outro
documento do Office. Por exemplo, é pos-
sível copiar o texto de um e-mail, dados de
uma pasta de trabalho ou planilha e um
gráfico de uma apresentação e colá-los to-
dos em um documento. Ao usar a Área de
transferência do Office, é possível organi-
zar os itens copiados na maneira que de-
seja no documento.

251
Apostila TJ-TO

Aplicar estilo e formatação:

252
Apostila TJ-TO

Para localizar e substituir texto:

Localizar (Ctrl + L)- Localizar texto no documento.


Substituir (Ctrl + U)- Substituir um texto no documento.
Selecionar tudo (Ctrl + T) - Selecionar texto ou objetos no documento.

Use Selecionar Objeto para permitir a seleção dos objetos posicionados atrás do texto.

Faixa de opções: guia Inserir

253
Apostila TJ-TO

Indicador - Criar um indicador para atribuir um nome a um ponto específico em um documento.


Você pode criar hiperlinks que saltam diretamente para um local indicado.
Inserir hiperlink (Ctrl + K) - Criar um link para uma página da Web, uma imagem, um endereço de e-mail ou um
programa.
Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada
como “Consulte a Tabela 6 abaixo” ou “Vá para a página 8”.
As referências cruzadas serão atualizadas automaticamente se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão,
elas são inseridas como hiperlinks.

Cabeçalho - Editar o cabeçalho do documento. O conteúdo do cabeçalho será exibido no alto de cada página impressa.
Rodapé - Editar o rodapé do documento. O conteúdo do rodapé será exibido na parte inferior de cada página impressa.

254
Apostila TJ-TO

Partes Rápidas - Inserir trechos de conteúdo reutilizável, incluindo campos, propriedades de documento como título e
autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-formatado, criados por você.
Letra Capitular - Criar uma letra maiúscula grande no início de um parágrafo.
Linha de Assinatura - Inserir uma linha de assinatura que especifique a pessoa que deve assinar. A inserção de uma
assinatura digital requer uma identificação digital, como a de um parceiro certificado da Microsoft.
Caixa de Texto - Inserir caixas de texto pré-formatadas.
WordArt- Inserir um texto decorativo no documento.
Data e Hora - Inserir a data ou hora atuais no documento atual.
Inserir objeto - Inserir um objeto incorporado.

Permite inserir equações e símbolos:

Faixa de opções: guia Layout de Página

Temas - Alterar o design geral do documento inteiro, incluindo cores, fontes e efeitos.
Cores do Tema - Alterar as cores do tema atual.
Fontes do Tema- Alterar as fontes do tema atual.
Efeitos do Tema- Alterar os efeitos do tema atual.

Configurar página- Margens - Selecionar os tamanhos de margem do documento inteiro ou da seção atual.
Orientação da página- Alternar as páginas entre os layouts Retrato e Paisagem.
Tamanho da página - Escolher um tamanho de papel para a seção atual. Para aplicar específico a todas as seções
do documento, clique em Mais Tamanhos de Papel.
Números de linha- Adicionar números de linha à margem lateral de cada linha do documento.
Colunas - Dividir o texto em duas ou mais colunas.
Inserir Página e quebra de seção- Adicionar página, seção ou quebras de coluna ao documento.
Hifenização - Ativar a hifenização, que permite ao Word quebrar linhas entre as sílabas das palavras. Os livros e as
revistas hifenizam o texto para proporcionar um espaçamento mais uniforme entre as palavras.

Faixa de opções: guia Referências

255
Apostila TJ-TO

Sumário - Adicionar um sumário ao documento. Depois que você adicionar um sumário, clique no botão Adicionar
texto para adicionar entradas à tabela.
Adicionar Texto - Adicionar o parágrafo atual como uma entrada do sumário.
Atualizar Sumário - Atualizar o sumário de modo que todas as entradasindiquem o número de página correto.
Mostrar Notas - Rolar o documento para mostrar o local em que as notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas.
Inserir Nota de Rodapé (Alt+Ctrl+F) - Adicionar uma nota de rodapé ao documento. As notas de rodapé serão renu-
meradas automaticamente no documento.
Inserir Nota de Fim (Alt+Ctrl+D) - Adicionar uma nota de fim ao documento. As notas de fim são inseridas no final do
documento.
Próxima Nota de Rodapé - Navegador até a próxima nota de rodapé do documento. Clique na seta para navegar até
a nota de rodapé anterior ou navegue até a nota de fim anterior ou seguinte.
Mostrar Notas - Rolar o documento para mostrar o local em que as notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas.

Bibliografia - Adicionar uma bibliografia, que lista todas as fontes citadas no documento.
Inserir citação- Citar um livro, artigo de jornal ou outro periódico como fonte das informações do documento. Escolha
uma opção da lista de fontes que você criou ou especifique informações sobre uma nova fonte. O Word formatará a
citação de acordo com o estilo selecionado.
Bibliografia - Adicionar uma bibliografia, que lista todas as fontes citadas no documento.
Gerenciar fontes bibliográficas- Exibir a lista de todas as fontes citadas no documento.
Estilo de bibliografia- Escolher o estilo da citação a ser utilizado no documento.As opções mais conhecidas são Estilo
APA, Estilo Chicago e Estilo MLA.
Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada
como “Consulte a Tabela 6 abaixo” ou “Vá para a página 8”. As referências cruzadas serão atualizadas automatica-
mente se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão elas são inseridas como hiperlinks.
Atualizar índice de ilustrações- Atualizar o Índice de Ilustrações de modo a incluir todas as entradas do documento.
Inserir índice de ilustrações- Inserir um índice de ilustrações no documento. Um índice de ilustrações inclui uma lista
com todas as ilustrações, tabelas ou equações do documento.
Inserir legenda - Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo de um objeto para descrevê-lo. Por exemplo:
“Figura 7: Padrões Meteorológicos Comuns”.

256
Apostila TJ-TO

Atualizar índice - Atualizar o índice de modo que todas as entradas indiquem o número de página correto.
Inserir índice- Inserir um índice no documento. Um índice é uma lista de palavras-chave encontradas no documento,
juntamente com os números das páginas em que as palavras aparecem.
Marcar entrada (Alt+Shift+X) - Incluir o texto selecionado no índice do documento.
Marcar Citação (Alt+Shift+I) - Adicionar o texto selecionado como uma entrada no índice de autoridades.
Inserir Índice de Autoridades - Inserir um índice de autoridades no documento. Um índice de autoridades relaciona
os casos, estatutos e outras autoridades citadas no documento.
Atualizar Índice de Autoridades - Atualizar o Índice de Autoridades de modo a incluir todas as citações do documento.

Faixa de opções: guia Revisão

Contar palavras - Saber o número de palavras, caracteres, parágrafos e linhas no documento.


Dicionário de sinônimos(Shift + F7) - Sugere outras palavras com significado semelhante ao da palavra selecionada.
Traduzir - Traduzir o texto selecionado em outro idioma.
Novo comentário - Adicionar um comentário sobre a seleção.
Excluir comentário - Excluir o comentário selecionado.
Próximo comentário - Navegar para o próximo comentário no documento.

Controlar alterações(Ctrl+ Shift + E) - Controlar todas as alterações feitas no documento, incluindo inserções, exclu-
sões e alterações de formatação.
Exibir para revisão - Escolher a forma de exibir as alterações propostas no documento. Final mostra o documento
com todas as alterações propostas incluídas; Original mostra o documento antes da implementação das alterações. As
marcações mostram as alterações que foram propostas.
Painel de revisão - Mostrar as revisões em uma janela separada.
Mostrar marcações - Escolher o tipo de marcação a ser exibido no documento. Você pode ocultar ou mostrar comen-
tários, inserções e exclusões, alterações de formatação e outros tipos de marcação.

257
Apostila TJ-TO

Aceitar e passar para a próxima-Clique aqui para acessar outras opções como, por exemplo, aceitar todas as altera-
ções do documento.
Rejeitar e passar para a próxima- Rejeitar a alteração atual e passar para a próxima alteração proposta. Clique na
seta para rejeitar várias alterações de uma vez.
Próxima alteração - Navegar até a próxima revisão do documento, a fim de que você possa aceitá-la ou rejeitá-la.
Alteração anterior - Navegar até a revisão anterior do documento, a fim de que você possa aceitá-la ou rejeitá-la.

Comparar - Compare duas versões de um documento (gere documentos com alterações).


Combinar - Combine revisões de vários autores em um único documento.
Proteger documento- Restringir o modo como as pessoas podem acessar o documento.

Faixa de opções: guia Exibição

Layout de impressão- Exibir o documento do modo como ficará na página impressa.


Layout da web- Exibir o documento do modo como ficará como uma página da Web.
Modo de estrutura de tópicos - Exibir o documento como uma estrutura de tópicos e mostrar as ferramentas corres-
pondentes.
Leitura em tela inteira- Exibir o documento no Modo de Exibição de Leitura de tela inteira, a fim de maximizar o espaço
disponível para a leitura do documento ou para escrever comentários.
Rascunho - Exibir o documento como um rascunho para uma edição rápida do texto.
Certos elementos do documento, como cabeçalhos e rodapés, não ficarão visíveis neste modo de exibição.
Régua - Exibir as réguas, usadas para medir e alinhar objetos no documento.
Mapa do documento - Abrir o Mapa do Documento, que permite navegar por uma visão estrutural do documento.
Linhas de grade- Ativar linhas de grade que podem ser usadas para alinhar os objetos do documento.
Barra de mensagens- Abrir a Barra de Mensagens para executar quaisquer ações necessárias no documento.
Miniaturas - Abrir o painel Miniaturas, que pode ser usado para navegar por um documento longo através de pequenas
imagens de cada página.

258
Apostila TJ-TO

Zoom - Abrir a caixa de diálogo Zoom para especificar o nível de zoom do documento. Na maioria dos casos, você
também pode usar os controles de zoom na barra de status, na parte inferior da janela, para alterar o zoom do docu-
mento rapidamente.
Uma página- Alterar o zoom do documento de modo que a página inteira caiba na janela.
Duas páginas- Alterar o zoom do documento de modo que duas páginas caibam na janela.
Largura da página- Alterar o zoom do documento de modo que a largura da página corresponda à largura da janela.
100% - Alterar o zoom do documento para 100% do tamanho normal.
Nova janela - Abrir uma nova janela com uma exibição do documento atual.
Organizar tudo- Colocar todas asjanelas abertas no programa lado a lado na tela.
Exibir lado a lado- Exibir dois documentos lado a lado para poder comparar os respectivos conteúdos.
Rolagem sincronizada - Sincronizar a rolagem de dois documentos, de modo que rolem juntos na tela. Para habilitar
este recurso, ative “Exibir Lado a Lado”.
Dividir - Dividir a janela atual em duas partes, de modo que seções diferentes do documento possam ser vistas ao
mesmo tempo.
Redefinir posição da janela- Redefinir a posição da janela dos documentos que estão sendo comparados lado a lado
de modo que dividam a tela igualmente. Para habilitar este recurso, ative “Exibir Lado a Lado”.

Exibir Macros (Alt+F8) - Exibir a lista de macros, na qual você pode executar, criar ou excluir uma macro.

259
Apostila TJ-TO

Régua – Recuo – Margens – Barra de Rolagem

Barra de rolagem - Barra de status

260
Apostila TJ-TO

LibreOffice Writer

1 Botão de controle: Atalho de teclado ALT + Espaço.


2 Barra de títulos: Duplo clique alterna entre maximizar e restaurar.

261
Apostila TJ-TO

3 Barra de menus: ALT + teclar a letra sublinhada em cada menu exibe submenus.
4 Barra de ferramentas padrão: Botão novo, abrir, salvar, etc.
5 Barra de ferramentas formatação: Botão estilo e formatação, aplicar estilo, tipo de fonte,
etc.
6 Tabulação: à direita, centralizada, à esquerda, decimal e barra.
7 Margem: superior esquerda, margem superior direita, inferior direita e inferior esquerda.
8 Recuo: Da primeira linha, à direita e à esquerda.
9 Régua horizontal.
10 Régua vertical.
11 Barra de rolagem vertical.
12 Barra de rolagem horizontal.
13 Barrade ferramentas de desenho.
14 Barra de status.

262
Apostila TJ-TO

Botões da barra de ferramentas padrão

Funcionalidade Atalho Writer

Cria um novo documento em branco. Ctrl + N

Abre caixa de diálogo que permite abrir um documento que já


Ctrl + O
está gravado em alguma unidade de disco.

Salva as alterações feitas em um arquivo (conserva o nome, o lo-


Ctrl + S
cal e o formato atual).

(Destinatário da mensagem) permite enviar o documento anexo


-
em mensagem de correio eletrônico.

Envia documento ativo para a fila de impressão, não abre janela


para definir opções de imprimir. -

Abre a janela visualizar impressão. -

Inicia o processo de verificação ortográfica.

Recortar (move o que estiver selecionado para a área de transfe-


Ctrl + X
rência).

Copiar (duplica o que estiver selecionado na área de transferên-


Ctrl + C
cia).

Colar (insere o conteúdo da área de transferência no local onde


Ctrl + V
estiver o cursor).
Pincel (copia formatos) - para usar o pincel podemos seguir o se-
guinte procedimento: (1) selecionar a palavra ou o bloco de texto
-
que já está formatado; (2) clicar no pincel; e (3) selecionar a pala-
vra ou o bloco de texto que receberá a formatação

Desfaz a ação realizada mais recentemente. Nem todas as ações


Ctrl + Z
podem ser desfeitas.

Permite refazer uma ação desfeita. Ctrl + Y

Insere um hyperlink. -

Insere uma tabela. -

263
Apostila TJ-TO

Botões da barra
Exibe ou oculta a barra de ferramentas “desenho”. - de ferramentas
formatação

Exibe ou oculta caracteres nãoimprimíveis, tais como: marca de


parágrafo, caracteres de tabulação, espaço, quebras (página, co- -
luna, seção) e texto oculto.

Botão editar arquivo: quando desativado exibe texto no modo so-


-
mente leitura, quando ativo permite edição do documento.

Botão exportar diretamente como PDF. Permite salvar o arquivo


-
no formato PDF. O editor de texto não abre este arquivo.

Botão autoverificação ortográfica. Exibe ou oculta linhas ondula-


-
das vermelhas abaixo dos erros de grafia.

Botão navegador: permite localizar objetos, figuras , tabelas, se-


F5
ção, hiperlinks, notas , etc., no documento.

Botão galeria: permite inserir figuras e planos de fundo na pá-


-
gina.

Fonte de dados: permite acesso a banco de dados do LibreOf-


-
fice.

264
Aplica estilo.

Apostila TJ-TO Altera o tipo da fonte.

Altera o tamanho da fonte.

Funcionalidade Atalho Writer

Estilo e formatação.

Aplica negrito. CRTL + B

Aplica itálico. Ctrl + I

Aplica sublinhado simples. Ctrl + U

Aplica o alinhamento à esquerda. Ctrl + L

Aplica o alinhamento centralizado. Ctrl + C

Aplica o alinhamento à direita. Ctrl + R

Aplica o alinhamento justificado. Ctrl + J

Adiciona ou remove números de parágrafos selecionados. -

Adiciona ou remove marcadores de parágrafos selecionados. -

Diminui o recuo esquerdo. -

Aumenta o recuo esquerdo. -

Permite modificar a cor da fonte. -

Aplica realce ao que estiver selecionado -

265
Apostila TJ-TO

Aplica sombreamento (plano de fundo) em parágrafo ou texto se-


-
lecionado.

266
Apostila TJ-TO

NAVEGADORES – WEB BROWSER – mecanismo de busca A9. Os buscadores se mostraram


imprescindíveis para o fluxo de acesso e a conquista no-
BROWSER vos visitantes.
Afunilando suas pesquisas
Um navegador, também conhecido pelos termos in-
“Aspas” – Colocando sua pesquisa entre aspas o Goo-
gleses web browser ou simplesmente browser, é
um programa de computador que habilita seus usuários gle somente irá exibir sites que possuam em seu conte-
a interagirem com documentos virtuais da Internet, tam- údo exatamente a frase em questão. Ex: Se você pesqui-
bém conhecidos como páginas da web, que podem ser sar por “Adriano Mineirinho” seu resultado não será polu-
escritas em linguagens como HTML, ASP, PHP, com ou ído com os inúmeros Adrianos que existem no mundo
sem linguagens como o CSS e que estão hospedadas nem com os inúmeros Mineirinhos que existem no Espí-
num servidor Web.
rito Santo, rs.
INTERNET EXPLORER
Sinais de +(mais) ou –(menos) – Esse recurso é inte-
O Internet Explorer é um componente integrado desde
o Microsoft Windows 98. Está disponível como um pro- ressante pois o Google pesquisa baseado no “ou”, ou
duto gratuito separado para as versões mais antigas do seja, a busca por Adriano Mineirinho lhe trará resultados
sistema operacional. Acompanha o Windows desde sobre as duas palavras ou a primeira ou a segunda. Le-
a versão 95 OSR2. A partir da versão 6 inclusa no XP em vando em consideração que Mineirinho pode ser o super-
2002, uma grande atualização do navegador foi oferecida campeão do Skate ou o nosso maior representante do
aos usuários do Windows XP junto ao Service Pack 2 Surf na atualidade, poderemos utilizar o –skate ou
(embora sempre tenha havido um ciclo mensal de corre-
ções para o navegador). A versão 7 do Internet Explorer, o +surf para filtrar nossa busca. O menos traz os resul-
lançada em Outubro de 2006, chegou aos usuários dis- tados desejados que não possuam em seu texto a pa-
ponível para o Windows XP SP2 e Windows Server 2003 lavra excluída e o mais obriga que o resultado apre-
(com status de atualização crítica), além de estar pré-ins- sente em seu conteúdo a mesma.
talada no Windows Vista e no Windows 7 (a versão 8 Inurl: ou site: - Com esses comandos você pode pesqui-
Beta) (onde possui algumas funções a mais). A versão 8,
sar por um conteúdo exclusivamente dentro de um site
lançada em 19 de março de 2009, é disponível para Win-
dows XP, Windows Server 2003, Windows Vista e Win- que possua tal palavra no endereço ou dentro de um do-
dows Server 2008. mínio específico. Por exemplo, você leu sobre uma notí-
O Windows Internet Explorer 9 possui uma aparência cia sobre nosso Rubinho Barrichello no site da
simplificada e muitos recursos novos que aceleram a sua Globo.com, mas ela não se encontra mais na página ini-
experiência de navegação na Web. cial. Vá ao Google e digite site:www.globo.com Barri-
Mozilla Firefox é um navegador livre e multi-plata- chello e o resultado será filtrado apenas por conteúdo re-
forma desenvolvido pela Mozilla Foundation (em portu- lacionado no site da Globo.
guês: Fundação Mozilla) com ajuda de centenas de cola-
boradores.[7]A intenção da fundação é desenvolver um Asterisco *- Esse é muito legal. O asterisco funciona
navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível. como coringa, ou seja, se você pretende saber quais são
Baseado no componente de navegação da Mozilla as coisas mais rápidas do mundo pesquise por “ * mais
Suite , o Firefox tornou-se o objetivo principal da Mozilla rápido mundo”
Foundation. Anteriormente o navegador juntamente com
o Mozilla Thunderbird, outro produto da Mozilla Founda- Til ~ - Procura por palavras parecidas com a sua solicita-
tion eram os destaques da mesma. Cerca de 40% do có- ção. Exemplo se pesquisar por ~compras provavelmente
digo do programa foi totalmente escrito por voluntários o Google lhe mostrará resultados para Lojas, Shopping,
BUSCA Comprar, etc e você ainda pode pesquisar por ~computa-
Um motor de busca, motor de pesquisa ou má- dor –computador e descobrir os sinônimos de computa-
quina de busca é um sistema de software projetado para dor. Bacana né?
encontrar informações armazenadas em um sistema
Além dessas opções mais relevantes temos também
computacional a partir de palavras-chave indicadas pelo
utilizador, reduzindo o tempo necessário para encontrar outras como:
informações. filetype: - filtra o tipo de arquivo desejado, exemplo:
Os motores de busca surgiram logo após o apareci- PDF, TXT, EXL...
mento da Internet, com a intenção de prestar um serviço intitle: - Pesquisa a palavra chave apenas nos títulos
extremamente importante: a busca de qualquer informa-
dos artigos.
ção na rede, apresentando os resultados de uma forma
organizada, e também com a proposta de fazer isto de Intext: - Pesquisa a palavra chave no corpo do texto.
uma maneira rápida e eficiente. A partir deste preceito
básico, diversas empresas se desenvolveram, chegando
algumas a valer milhões de dólares. Entre as maiores
empresas encontram-se o Google, o Yahoo, o Lycos,
o Cadê e, mais recentemente, a Amazon.com com o seu

267
Apostila TJ-TO

MOZILLA FIREFOX

Tela Inicial

Principais Recursos
(fonte: http://pt-br.www.mozilla.com)

A - Pessoal

Biblioteca

Seu histórico de navegação (todos os sites que você visitou) e seus favoritos (todos os sites que você salvou) são
catalogados na Biblioteca, onde podem ser facilmente encontrados e organizados. Você também pode salvar suas buscas
frequentes em pastas inteligentes que se atualizam automaticamente à medida que sua lista de favoritos e histórico de
sites crescem.

Marcadores (Tags)

Classifique sites com nomes ou categorias que têm significado para você. Por exemplo, você pode marcar o site eco-
nomia.uol.com.br com o marcador "notícias" e também o marcador "economia", assim como poderia marcar
www.g1.com.br com "notícias". Quando você digitar "notícias" no campo de endereço, ambos os sites aparecerão nos
resultados.

268
Apostila TJ-TO

Campo de Endereço Inteligente

O novo Campo de Endereços aprende à medida que você o utiliza —Com o tempo, ele se adapta às suas preferências
e oferece resultados mais precisos. Escreva um termo e perceba que ele completa automaticamente com possíveis sites
relacionados com seu histórico de navegação, assim como com os sites armazenados nos favoritos ou associados a
marcadores

Favoritos em Um Clique

Organize pouco ou muito os seus favoritos. Um clique no ícone da estrela no final do campo de endereços lhe permite
adicionar o site aos favoritos. Dois cliques e você poderá escolher onde salvar e associar um marcador. Arquive sites nos
favoritos em pastas de acesso fácil e organize-os de acordo com tópicos (como "empregos" ou "compras favoritas"). En-
contre os sites arquivados instantaneamente simplesmente digitando o marcador (tags), página ou título dos favoritos no
campo de endereço. Quanto mais você utilizar marcadores e nomes de favoritos no campo de endereços, mais o sistema
irá se adaptar às suas preferências.

Pastas de Favoritos Inteligentes

Essas pastas dinâmicas permitem acesso fácil aos seus sites favoritos e podem ser colocadas no menu dos Favoritos
ou na Barra de Favoritos.

B - Segurança & Privacidade

Identidade em um clique

Quer ter uma certeza extra sobre a legitimidade de um site antes de efetuar uma compra? Clique no ícone do site para
ter uma visão geral da sua identidade.

Proteção antiataques

O Firefox o protege contra diversos tipos de vírus, cavalos de tróia e programas espiões. Se você acessar acidental-
mente um site foco de ataques, você receberá uma mensagem de aviso do tamanho da janela do navegador. Uma lista
constantemente atualizada de sites foco de ataque nos informa quando devemos interromper a sua navegação, assim
você não precisa se preocupar com atualizações.

269
Apostila TJ-TO

Proteção anti-phishing

O Firefox recebe uma atualização de sites falsos 48 vezes por dia. Se você tentar visitar um site fraudulento que finge
ser um site em que você confia (como o seu banco), uma janela do navegador — realmente grande — irá alertá-lo.

Controle dos Pais

Sincronize o controle de acesso para crianças que você configurou no Windows Vista com o Firefox 3 — bloqueie
downloads indesejados e mais. O design intuitivo do Firefox evita que você tenha que pensar duas vezes na hora das
configurações.

Integração com AntiVírus

O Firefox 3 integra-se elegantemente com o seu programa antivírus. Quando você faz download de um arquivo, seu
programa antivírus automaticamente faz a verificação para proteger você de vírus e outros tipos de programas maliciosos
que poderiam atacar o seu computador. [disponível somente em Windows]

Complementos

O Firefox 3 procura conexões seguras antes de instalar ou atualizar complementos e software de terceiros.

Gerenciador de Senhas

Nós integramos esse recurso em harmonia com a sua experiência de navegação. Você pode escolher "memorizar"
senhas de sites sem janelas popup intrusivas. Agora você verá a notificação de "memorizar senha" integrada ao seu campo
de visão no topo da página visualizada.

Limpar dados pessoais

Limpe seus dados pessoais automaticamente — com somente um clique ou um atalho no teclado. Suas informações
pessoais serão apagadas definitivamente — no seu próprio computador ou naquele da biblioteca.

270
Apostila TJ-TO

Configurações de segurança personalizadas

Controle o nível de recursos que você deseja que o Firefox dê aos sites e adicione exceções — sites que não precisam
de controle. Personalize configurações para senhas, cookies, carregamento de imagens e instalação de complementos
para uma experiência Web totalmente controlada.

Atualizações automáticas

Nossa estratégia de segurança de código aberto nos permite encontrar — e corrigir — problemas de segurança em
tempo recorde, tornando o Firefox a maneira mais segura de navegar. Instale as atualizações quando você receber as
notificações automáticas ou aguarde até que você possa instalá-las.

Bloqueador de popups

Elimine popups (e popunders) da sua experiência de navegação de uma vez por todas. Ou encontre um meio-termo —
escolha desbloquear popups ou crie uma lista "Permitir" com os sites dos quais você aceita popups.

C - Personalização

Gerenciador de Complementos

Você pode encontrar e instalar complementos diretamente do seu navegador. Não é mais necessário que você visite o
site de complementos; simplesmente abra o Gerenciador de Complementos. Não tem certeza sobre qual complemento é
melhor para você? Avaliações, recomendações, descrições e imagens dos complementos irão ajudá-lo na sua escolha.
Completamente integrado, o Gerenciador de Complementos permite que você visualize, gerencie e desative complemen-
tos de terceiros em poucos cliques.

271
Apostila TJ-TO

D - Produtividade

Aparência integrada ao Sistema

O novo Firefox traz uma aparência familiar. Pense nele como um Firefox que é muito bom em fazer amizades. Seja
você usuário do Windows Vista, XP, Linux ou Mac, o navegador suavemente adapta-se ao ambiente do seu computador.
Uma aparência familiar com o seu sistema representa uma interface sem falhas e que você entende na hora.

Leitor de RSS

Você pode ler RSS utilizando serviços online na Web, uma aplicação local ou simplesmente criando pastas de Favoritos
RSS. Assim, não existe necessidade de escavar a Web atrás das últimas notícias e atualizações. Veja as últimas notícias
na barra ou em um menu e vá direto para o artigo de seu interesse.

Gerenciador de Downloads

O novo gerenciador permite que você possa fazer downloads facilmente, e com maior segurança. Com o recurso de
pausa não é mais necessário esperar o download terminar antes de desconectar-se. Assim, se você está no meio de um
download do álbum do White Stripes e chegou a hora de pegar o ônibus, você pode pausar e continuar o download quando
você chegar em casa. A opção Continuar também funciona se o seu sistema falhar ou se for forçado a reiniciar. O geren-
ciador mostra o progresso do download e deixa você procurar seus arquivos por nome ou o endereço da Web de onde
seu download iniciou.

Verificador Ortográfico

272
Apostila TJ-TO

Um verificador ortográfico integrado permite que você digite seu texto em qualquer página na Web — como notas de
blog ou sites de Webmail —, sem a necessidade de se preocupar com erros de sintaxe ou digitação. Funciona diretamente
nas páginas e economiza o seu tempo.

Restauração de Sessão

Se o Firefox fechar sem aviso, você não precisa gastar tempo recuperando dados ou relembrando seus passos na
Web. Se você estiver no meio da digitação de um email, você poderá continuar exatamente onde havia deixado, até a
última palavra que havia digitado. A Restauração de Sessões traz instantaneamente suas janelas e abas, recuperando o
conteúdo que você digitou e qualquer download que estava em andamento. Reinicie seu navegador sem se perder após
a instalação um Complemento ou atualização de software.

Zoom Completo

Visite sua página favorita de notícias e leia as legendas das imagens — ou visualize as próprias imagens — no tamanho
que desejar. O novo zoom é suave e permite que você possa controlar as escalas nas páginas Web.

Carregamento de Imagens

Se você quer ganhar tempo e economizar banda, visualize uma página sem suas imagens. O Firefox memorizará suas
preferências sempre que você navegar na página.

E - Busca

Palavras-chave Inteligentes

Busque na Web em tempo recorde com palavras-chave inteligentes. Com alguns cliques você pode associar palavras-
chave a serviços de busca e depois, facilmente, entrar com a palavra-chave e os termos da busca no campo de endereços.
Com este recurso, ao digitar "livro arquitetura", você poderá gerar uma busca na Amazon.com, que vai lhe trazer direta-
mente a página de resultados de livros de arquitetura, sem a necessidade de você visitar a página principal.

Sugestões na Busca

Simplesmente digite no campo de buscas e opções serão apresentadas com sugestões e termos relevantes. Também
se pode utilizar o campo de buscas como calculadora, conversor de medidas, e mais.

Pesquisa Integrada

Procurar na Web ficou fácil com o campo de pesquisa integrado, localizado à direita do campo de endereços. Use o
mecanismo de pesquisa de sua preferência digitando diretamente no campo. A largura do campo é ajustável para que
você possa aumentá-lo se precisar de mais espaço.

273
Apostila TJ-TO

Centenas de Ferramentas de Pesquisa

Escolha seu site de busca favorito rapidamente utilizando o campo de buscas. Você pode utilizar um novo serviço de
buscas para cada procura, ou permanecer com uma opção favorita. Escolha a partir de opções pré-selecionadas ou sele-
cione "Organizar Pesquisas" para escolher outras opções de mecanismos de pesquisa disponíveis como complementos

Localizar

O recurso Localizar é rápido como um clique. Procure por palavras ou frases em páginas Web abertas. Se você pré-
selecionar um texto antes de utilizar este recurso, o localizador irá abrir com a seleção colocada no campo de pesquisa.
Você poderá ver todas as ocorrências da sua procura de uma vez, ou correr para frente ou para trás, através das ocorrên-
cias da palavra selecionada na página.

F - Abas

Salvar ao sair

Agora, quando você abre o Firefox, suas abas e janelas aparecem exatamente como elas estavam quando você o
fechou. Não existe necessidade de reabrir todas as suas janelas cada vez que você inicia uma sessão.

Abas

À primeira vista, elas parecem pequenas etiquetas que vivem em cima do site que você está visitando. Mas elas são
uma forma brilhante de navegar em vários sites ao mesmo tempo. Simples e fácil, você pode imaginá-las como sendo
uma versão eletrônica de um arquivo de pastas, com as abas como divisores e os sites como o conteúdo das pastas. Cada
novo site aparece como uma nova aba (e não uma nova janela) e o acesso pode ser feito com um clique.

Reabrindo abas fechadas

274
Apostila TJ-TO

Se você acidentalmente fechar uma aba, você poderá reabri-la com um clique. Simplesmente acesse a opção Reabrir
abas no menu Histórico e selecione a aba que você deseja reabrir.

Arraste e reordene as Abas

Coloque ordem nos seus sites. Simplesmente arrume a ordem das suas abas arrastando-as com um movimento fácil
do mouse.

Rolagem suave

Gosta de ter aquelas 20 páginas abertas ao mesmo tempo? Um novo e elegante recurso permite que você navegue
através das abas, podendo ver todas elas e, com rapidez e facilidade, entrar naquela que você quer.

275
Apostila TJ-TO

Correio Eletrônico. mensagens sem estar conectado na rede e posterior-


mente enviá-las. Para isso você deverá abrir o correio
O correio eletrônico (e-mail) é o serviço básico de co- eletrônico e configurar para trabalhar em off-line, ou de-
municação na rede. Ele é muito rápido, envia e recebe sabilitar a opção Imediate Send ou equivalente.
mensagens em questão de minutos. Enviar dados via
correio eletrônico é muito fácil. Tudo o que você precisa
é ter acesso a rede, dispor de um programa de correio Como preencher o endereço
eletrônico e conhecer o endereço da pessoa com quem
deseja se comunicar. To - endereço de e-mail do destinatário
Cc - significa Carbon Copy ( cópia carbonada ). Aqui
você deverá colocar o endereço de e-mail da pessoa que
Programas de Correio Eletrônico você quer enviar uma cópia. Este ítem poderá ficar em
branco caso você não queira enviar cópia. Bcc - significa
Os programas de correio eletrônico devem ser com- Blind Carbon Copy (cópia cega). É usada sempre que
patíveis com seu computador. Uma característica comum quisermos enviar uma cópia da mensagem para alguém
dos programas de correio eletrônico é que eles permitem , sem que os destinatários saibam disto.
que você componha envie, receba mensagens e depois Subject - neste local você vai colocar o assunto que
organize-as. Existem diversos programas de corrreio que se refere a sua correspondência. É opcional, mas quando
você pode utilizar. Estes programas podem ser de em- preenchido é muito bom pois o destinatário já sabe do
presas diferentes mas conseguem se comunicar. Os prin- que se trata e poderá dar prioridade na resposta.
cipais programas são: OUTLOOK EXPRESS, MICRO-
SOFT OUTLOOK e MOZILLA THUNDERBIRD.
Como receber mensagens

Endereços de Correio Eletrônico Os comandos que você irá utilizar vai variar de acordo
com o programa de correio eletrônico que você utilizar.
Um endereço de correio eletrônico, como num ende-
reço postal, possui todos os dados de identificação ne- Algumas dicas:
cessários para enviar uma mensagem a alguém. Ele é 65. Para ler uma mensagem deve-se dar um duplo clique
composto de uma parte relacionada ao destinatário da na mesma ou clicar uma vez e dar enter.
mensagem ( o que vem antes do caractere @ e de uma
66. Depois das mensagens serem lidas deve ser organi-
parte relacionada com a localização do destinatário, o
zada sua caixa . As mensagens que você quer guar-
que vem após o caractere @.
dar crie pastas com o nome do assunto, as que você
não precisa coloque no lixo (delete).
67. Para remover uma mensagem, selecione a mesma e
Formação de um endereço eletrônico
presione o botão Excluir ou Delete.
nome do usuário@nome do domínio 68. Você sabia que seu programa de correio eletrônico
pode ser configurado para lhe avisar quando houver
mensagens novas?
O que pode ser feito através do correio eletrônico ? 69. Os programas de correio eletrônico permitem que se
redirecione uma mensgem recebida para outra pes-
58. Solicitar arquivos soa.
59. Solicitar informações 70. Você pode responder uma mensagem utilizando o co-
mando Reply ou em alguns correios o comando é res-
60. Fazer pesquisas ponder. Desta forma, o campo onde você deveria pre-
61. Enviar comandos a computadores remotos que reali- encher o endereço do destinatário (To) será preen-
zam tarefas para você chido automaticamente
62. Enviar mensagens
63. Ler mensagens
Lista de discussão, também denominado grupo de
64. Imprimir mensagens discussão é uma ferramenta gerenciável pela Inter-
net que permite a um grupo de pessoas a troca de men-
sagens via e-mail entre todos os membros do grupo.
Como enviar mensagens O processo de uso consiste no cadastramento da
lista, por exemplo no Yahoo, um dos sítios que oferecem
A forma de enviar uma mensagem vai depender do o serviço gratuitamente, e após, no cadastramento de
programa que está sendo utilizado no seu computador. membros. Uma mensagem escrita por membro e envi-
Para obter maiores detalhes você deverá ler a documen- ada para a lista, replica automaticamente na caixa postal
tação específica do produto. Você poderá escrever as de cada um dos cadastrados.

276
Apostila TJ-TO

Há também a opção de estar-se cadastrado e fazer a no fórum os assuntos vêm e vão e no newsgroup eles
leitura em modo Web, ou seja, sem receber os e-mails da são permanentes.
lista no e-mail. Newsgroups.
Listas de discussão são ferramentas de comunicação Um meio fornecido por um serviço online para que os
assíncronas, ou seja, para o recebimento e envio de usuários dêem continuidade a discussões sobre um de-
mensagens não é necessário que os participantes este- terminado assunto enviando artigos e respondendo a
jam conectados ao mesmo tempo. Mas, essas possibili- mensagens.
tam também uma comunicação síncrona através da fer-
ramenta de bate-papo existente na lista, exigindo que os
SPAM
participantes da discussão estejam conectados simulta-
neamente para que o processo de comunicação seja efe- Simultaneamente ao desenvolvimento e populariza-
tuado. ção da Internet, ocorreu o crescimento de um fenômeno
É uma lista de discussão gerenciável pela Internet, uti- que, desde seu surgimento, se tornou um dos principais
lizada para troca de informações (dos mais variados as- problemas da comunicação eletrônica em geral: O envio
suntos) entre um grupo de pessoas que se interessam em massa de mensagens não-solicitadas. Esse fenô-
por assuntos comuns. Essa troca de informações é feita meno ficou conhecido como spamming, as mensagens
via e-mail. Toda vez que alguém do grupo participa com em si como spam e seus autores como spammers.
algum comentário o seu e-mail é enviado para a caixa de
correio de todos o participantes. A inscrição também é O termo Spam, abreviação em inglês de spiced
feita por e-mail e deve ser encaminhada para o adminis- ham (presunto condimentado), é uma mensagem eletrô-
trador da lista de discussões. Em seguida, você recebe a nica não-solicitada enviada em massa.
confirmação ou não da sua inscrição, juntamente com Na sua forma mais popular, um spam consiste numa
instruções de como participar e de como se desligar mensagem de correio eletrônico com fins publicitários. O
termospam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens
enviadas por outros meios e em outras situações até mo-
destas. Geralmente os spams têm caráter apelativo e na
WIKIS maioria das vezes são incômodos e inconvenientes.
As wikis nasceram no ano de 1993-1994, O termo HOAX
"Wiki wiki" significa "extremamente rápido" no idioma ha-
vaiano. Podemos entender o hoax como um tipo de SPAM -
Este software colaborativo permite a edição colectiva em poucas palavras, mensagens não solicitadas envia-
dos documentos usando um sistema que não necessita das a várias pessoas. O conteúdo de um SPAM pode ter
que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publi- várias finalidades. No caso do hoax, como você já sabe,
cação. é o de propagar boatos pela internet de forma que a in-
O que faz o "wiki" tão diferente das outras páginas formação distorcida chegue ao maior número possível de
da Internet é certamente o fato de poder ser editado pe- indivíduos.
los usuários que por ele navegam. Por exemplo, esta
parte do artigo foi adicionada anos após a criação do pró-
prio, e, com certeza, não será a última edição; ela será
modificada por usuários e visitantes ao longo do tempo.
É possível corrigir erros, complementar ideias e inserir
novas informações. Assim, o conteúdo de um artigo se
atualiza graças à coletividade. Os problemas que se po-
dem encontrar em wikis são artigos feitos por pessoas
que nem sempre são especialistas no assunto, ou
até vandalismo, substituindo o conteúdo do artigo. Po-
rém, o intuito é, justamente, que a página acabe por ser
editada por alguém com mais conhecimentos.

FORUM
É um espaço de discussão pública:
No fórum geralmente é colocada uma questão, uma
ponderação ou uma opinião que pode ser comentada por
quem se interessar. Quem quiser pode ler as opiniões e
pode acrescentar algo, se desejar.
Uma sala virtual para debates:
A pessoa entra e dá os seus palpites, democratica-
mente. A palavra veio sem modificações do latim. O fó-
rum romano era o local onde os políticos se reuniam para
fazer politicagem, e o nome vem de fores, porta que dá
para a rua. A diferença entre fórum e newsgroup é que

277
Apostila TJ-TO

CORREIO ELETRÔNICO:

PROGRAMAS COMERCIAIS DE CORREIO:

CORREIO ELETRÔNICO – THUNDERBIRD

TELA INICIAL

JANELA NOVA MENSAGEM

278
O primeiro serviço na Internet a oferecer um ambiente
operacional para os usuários — antigamente, disponí-
vel no endereço www.webos.org — foi criado por um
CLOUD COMPUTING estudante sueco, Fredrik Malmer, utilizando as lingua-
gensXHTML e Javascript. Atualmente, o termo AJAX é
O conceito de computação em nuvem (em in- adotado para definir a utilização dessas duas lingua-
glês, cloud computing) refere-se à utilização da memó- gens na criação de serviços na Internet.
ria e das capacidades de armazenamento e cálculo
Em 1999, foi criada nos EUA a empresa WebOS Inc.,
de computadores e servidores compartilhados e interli-
que comprou os direitos do sistema de Fredrik e licen-
gados por meio da Internet, seguindo o princípio da
ciou uma série de tecnologias desenvolvidas nas uni-
computação em grade. 1
versidades do Texas, Califórnia e Duke. O objetivo ini-
O armazenamento de dados é feito em serviços que cial era criar um ambiente operacional completo, inclu-
poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a sive com API para o desenvolvimento de outros aplica-
qualquer hora, não havendo necessidade de instalação tivos.
de programas ou de armazenar dados. O acesso a pro- Tipologia
gramas, serviços e arquivos é remoto, através da Inter-
net - daí a alusão à nuvem.2 O uso desse modelo (am- Atualmente, a computação em nuvem é dividida em
biente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.3 seis tipos:
Num sistema operacional disponível na Internet, a partir
de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se  IaaS - Infrastructure as a Service ou Infraestru-
ter acesso a informações, arquivos e programas num tura como Serviço (em português): quando se uti-
sistema único, independente de plataforma. O requisito liza uma percentagem de um servidor, geralmente
mínimo é um computador compatível com os recursos com configuração que se adeque à sua necessi-
disponíveis na Internet. O PC torna-se apenas dade.
um chipligado à Internet — a "grande nuvem" de com-  PaaS - Plataform as a Service ou Plataforma
putadores — sendo necessários somente os dispositi- como Serviço (em português): utilizando-se ape-
vos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor). nas uma plataforma como um banco de dados, um
web-service, etc. (p.ex.: Windows Azure).
 DevaaS - Development as a Service ou Desen-
volvimento como Serviço (em português): as
ferramentas de desenvolvimento tomam forma
no cloud computing como ferramentas comparti-
lhadas, ferramentas de desenvolvimento web-ba-
sed e serviços baseados em mashup.
 SaaS - Software as a Service ou Software como
Serviço (em português): uso de um software em
regime de utilização web (p.ex.: Google Docs , Mi-
crosoft SharePoint Online).
 CaaS - Communication as a Service ou Comuni-
cação como Serviço (em português): uso de uma
solução de Comunicação Unificada hospedada em
Data Center do provedor ou fabricante (p.ex.:Mi-
crosoft Lync).
 EaaS - Everything as a Service ou Tudo como
Corrida pela tecnologia Serviço (em português): quando se utiliza tudo, in-
fraestrurura, plataformas, software, suporte, enfim,
Empresas como Amazon, Google, IBM e Microsoft fo-
o que envolve T.I.C. (Tecnologia da Informação e
ram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa
Comunicação) como um Serviço.
"nuvem de informação" (information cloud), que especi-
 DBaas - Data Base as a Service ou Banco de da-
alistas consideram uma "nova fronteira da era digital".
dos como Serviço (em português): quando utiliza
Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utili-
a parte de servidores de banco de dados como ser-
zada apenas em laboratórios para ingressar nas em-
viço.
presas e, em breve, em computadores domésticos.
Apostila TJ-TO

Serviços oferecidos  Comunidade - A infra-instrutora de nuvem é com-


partilhada por diversas organizações e suporta
Os seguintes serviços atualmente são oferecidos por
uma comunidade específica que partilha as preo-
empresas:
cupações (por exemplo, a missão, os requisitos de
segurança, política e considerações sobre o cum-
 Servidor Cloud
primento). Pode ser administrado por organizações
 Hospedagem de Sites em Cloud
ou por um terceiro e pode existir localmente ou re-
 Load Balancer em Cloud
motamente.
 Email em Cloud
 Híbrido - Nas nuvens híbridas temos uma compo-
Característica de computação em nuvem
sição dos modelos de nuvens públicas e privadas.
Elas permitem que uma nuvem privada possa ter
 Provisionamento dinâmico de recursos sob de-
seus recursos ampliados a partir de uma reserva
manda, com mínimo de esforço;
de recursos em uma nuvem pública. Essa caracte-
 Escalabilidade;
rística possui a vantagem de manter os níveis de
 Uso de "utilility computing", onde a cobrança é ba-
serviço mesmo que haja flutuações rápidas na ne-
seada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa;
cessidade dos recursos. A conexão entre as nu-
 Visão única do sistema;
vens pública e privada pode ser usada até mesmo
 Distribuição geográfica dos recursos de forma
em tarefas periódicas que são mais facilmente im-
transparente ao usuário.
plementadas nas nuvens públicas, por exemplo. O
Modelo de implantação
termo computação em ondas é, em geral, utilizado
No modelo de implantação,4 dependemos das necessi- quando se refere às nuvens híbridas..
Vantagens
dades das aplicações que serão implementadas. A res-
trição ou abertura de acesso depende do processo de
A maior vantagem da computação em nuvem é a pos-
negócios, do tipo de informação e do nível de visão de-
sibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam
sejado. Percebemos que certas organizações não de-
instalados no computador. Mas há outras vantagens:5
sejam que todos os usuários possam acessar e utilizar
determinados recursos no seu ambiente de computa-
 na maioria das vezes o usuário não precisa se pre-
ção em nuvem. Segue abaixo a divisão dos diferentes
ocupar com o sistema operacio-
tipos de implantação:
nal e hardware que está usando em seu compu-
tador pessoal, podendo acessar seus dados na
 Privado - As nuvens privadas são aquelas constru-
"nuvem computacional" independentemente disso;
ídas exclusivamente para um único usuário (uma
 as atualizações dos softwares são feitas de forma
empresa, por exemplo). Diferentemente de
automática, sem necessidade de intervenção do
um data center privado virtual, a infraestrutura utili-
usuário;
zada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui
 o trabalho corporativo e o compartilhamento de ar-
total controle sobre como as aplicações são imple-
quivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas
mentadas na nuvem. Uma nuvem privada é, em
as informações se encontram no mesmo "lugar", ou
geral, construída sobre um data center privado.
seja, na "nuvem computacional";
 Público - As nuvens públicas são aquelas que são
 os softwares e os dados podem ser acessados em
executadas por terceiros. As aplicações de diver-
qualquer lugar, bastando que haja acesso à Inter-
sos usuários ficam misturadas nos sistemas de ar-
net, não estando mais restritos ao ambiente local
mazenamento, o que pode parecer ineficiente a
de computação, nem dependendo da sincroniza-
princípio. Porém, se a implementação de uma nu-
ção de mídias removíveis.
vem pública considera questões fundamentais,
 o usuário tem um melhor controle de gastos ao
como desempenho e segurança, a existência de
usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de
outras aplicações sendo executadas na mesma nu-
computação em nuvem fornece aplicações gratui-
vem permanece transparente tanto para os presta-
tamente e, quando não gratuitas, são pagas so-
dores de serviços como para os usuários.
mente pelo tempo de utilização dos recursos. Não

280
Apostila TJ-TO

é necessário pagar por uma licença integral de uso onde as informações estão guardadas. O fornece-
desoftware; dor deve estar disposto a se comprometer a arma-
 diminui a necessidade de manutenção da infraes- zenar e a processar dados em jurisdições específi-
trutura física de redes locais cliente/servidor, bem cas, assumindo um compromisso em contrato de
como da instalação dos softwares nos computado- obedecer os requerimentos de privacidade que o
res corporativos, pois esta fica a cargo do provedor país de origem da empresa pede.
do software em nuvem, bastando que os computa-  Segregação dos dados - Geralmente uma em-
dores clientes tenham acesso à Internet; presa divide um ambiente com dados de diversos
 a infraestrutura necessária para uma solução clientes. Procure entender o que é feito para a se-
de cloud computing é bem mais enxuta do que paração de dados, que tipo de criptografia é segura
uma solução tradicional de hosting ou collocation, o suficiente para o funcionamento correto da apli-
consumindo menos energia, refrigeração e espaço cação.
físico e consequentemente contribuindo para pre-  Recuperação dos dados - O fornecedor em cloud
servação e uso racional dos recursos naturais. deve saber onde estão os dados da empresa e o
Desvantagens que acontece para recuperação de dados em caso
de catástrofe. Qualquer aplicação que não replica
A maior desvantagem da computação em nuvem, vem os dados e a infra-estrutura em diversas localida-
fora do propósito desta, que é o acesso a internet. Caso des está vulnerável a falha completa. Importante
você perca o acesso, comprometerá todos os sistemas ter um plano de recuperação completa e um tempo
embarcados. estimado para tal.
 Apoio à investigação - A auditabilidade de ativi-
 velocidade de processamento: caso seja necessá- dades ilegais pode se tornar impossível em cloud
rio uma grande taxa de transferência, se a internet computing uma vez que há uma variação de servi-
não tiver uma boa banda, o sistema pode ser com- dores conforme o tempo ondes estão localizados
prometido. Um exemplo típico é com mídias digitais os acessos e os dados dos usuários. Importante
ou jogos; obter um compromisso contratual com a empresa
 assim como todo tipo de serviço, ele é custeado. fornecedora do serviço e uma evidência de su-
 maior risco de comprometimento da privacidade do cesso no passado para esse tipo de investigação.
que em armazenamento off-line.  Viabilidade em longo prazo - No mundo ideal, o
Gerenciamento da segurança da informação na nu-
seu fornecedor de cloud computing jamais vai falir
vem
ou ser adquirido por uma empresa maior. A em-
Sete princípios de segurança em uma rede em nuvem:6 presa precisa garantir que os seus dados estarão
disponíveis caso o fornecedor de cloud computing
 Acesso privilegiado de usuários - A sensibili- deixe de existir ou seja migrado para uma empresa
dade de informações confidenciais nas empresas maior. Importante haver um plano de recuperação
obriga um controle de acesso dos usuários e infor- de dados e o formato para que possa ser utilizado
mação bem específica de quem terá privilégio de em uma aplicação substituta.
Dúvidas
administrador, para então esse administrador con-
trole os acessos
Arquitetura em nuvem é muito mais que apenas um
 Compliance com regulamentação - As empresas
conjunto (embora massivo) de servidores interligados.
são responsáveis pela segurança, integridade e a
Requer uma infraestrutura de gerenciamento desse
confidencialidade de seus próprios dados. Os for-
grande fluxo de dados que, incluindo funções para
necedores de cloud computing devem estar prepa-
aprovisionamento e compartilhamento de recursos
rados para auditorias externas e certificações de
computacionais, equilíbrio dinâmico do workload e mo-
segurança.
nitoração do desempenho.
 Localização dos dados - A empresa que usa
cloud provavelmente não sabe exatamente onde Embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é
os dados estão armazenados, talvez nem o país cedo para dizer se dará certo ou não. Os arquivos são
guardados na web e os programas colocados na nu-
vem computacional - e não nos computadores em si -
281
Apostila TJ-TO

são gratuitos e acessíveis de qualquer lugar. Mas a desenvolvimento de novos aplicativos. Fechado
ideia de que 'tudo é de todos e ninguém é de ninguém' para desenvolvedores;
nem sempre é algo bem visto.  G.ho.st: Esta sigla significa “Global Hosted Opera-
ting SysTem” (Sistema Operacional Disponível
O fator mais crítico é a segurança, considerando que os
Globalmente), tem como diferencial em relação
dados ficam “online” o tempo todo.
aos outros a possibilidade de integração com ou-
Sistemas atuais
tros serviços como: Google Docs, Meebo, Think-
Free, entre outros, além de oferecer suporte a vá-
Os sistemas operacionais para Internet mais utilizados
rios idiomas;
são:
 eyeOS: Este sistema está sendo desenvolvido por
uma comunidade denominada EyeOS Team e pos-
 Google Chrome OS: Desenvolvido pela Google, já
sui o código fonte aberto ao público. O objetivo dos
incorporado nos Chromebooks, disponíveis desde
desenvolvedores é criar um ambiente com maior
15 de junho de 2011. Trabalha com uma interface
compatibilidade com os aplicativos atuais, MS-Of-
diferente, semelhante ao do Google Chrome, em
fice e OpenOffice. Possui um abrangente conjunto
que todas as aplicações ou arquivos são salvos na
de aplicativos, e o seu desenvolvimento é feito prin-
nuvem e sincronizados com sua conta do Google,
cipalmente com o uso da linguagem PHP.
sem necessidade de salvá-los no computador, já
 iCloud: Sistema lançado pela Apple em 2011, é ca-
que o HD dos dois modelos de Chromebo-
paz de armazenar até 5 GB de fotos, músicas, do-
oks anunciados contam com apenas 16gb de HD. 7
cumentos, livros e contatos gratuitamente, com a
 Joli Os: desenvolvido por Tariq Krim, o ambiente de
possibilidade de adquirir mais espaço em disco
trabalho chamado jolicloud usa tanto aplicativos
(pago).
em nuvem quanto aplicativos offline, baseado no
 Ubuntu One: Ubuntu One é o nome da suíte que a
ubuntu notebook remix, já tem suporte a vários na-
Canonical (Mantenedora da distribuição Linux
vegadores como google chrome, safari, firefox, e
Ubuntu) usa para seus serviços online. Atualmente
está sendo desenvolvido para funcionar no an-
com o Ubuntu One é possível fazer backups, arma-
droid.
zenamento, sincronização e compartilhamento de
 YouOS: desenvolvido pela empresa WebShaka,
arquivos e vários outros serviços que a Canonical
cria um ambiente de trabalho inspirado nos siste-
adiciona para oferecer mais opções e conforto para
mas operacionais modernos e utiliza a linguagem
os usuários.
Javascript para executar as operações. Ele possui
 IBM Smart Business: Sistema da IBM que engloba
um recurso semelhante à hibernação no MS-Win-
um conjunto de serviços e produtos integrados em
dows XP, em que o usuário pode salvar a área de
nuvem voltados para a empresa. O portfólio incor-
trabalho com a configuração corrente, sair do sis-
pora sofisticada tecnologia de automação e autos-
tema e recuperar a mesma configuração posterior-
serviço para tarefas tão diversas como desenvolvi-
mente. Esse sistema também permite o comparti-
mento e teste de software, gerenciamento de com-
lhamento de arquivos entre os usuários. Além
putadores e dispositivos, e colaboração. Inclui o
disso, possui uma API para o desenvolvimento de
Servidor IBM Cloud Burst server (US) com armaze-
novos aplicativos, sendo que já existe uma lista de
namento, virtualização, redes integradas e siste-
mais de 700 programas disponíveis. Fechado pe-
mas de gerenciamento de serviço embutidos.
los desenvolvedores em 30 de julho de 2008;
No Brasil
 DesktopTwo: desenvolvido pela empresa Sapotek,
tem como pré-requisito a presença do utilitário No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é
Flash Player para ser utilizado. O sistema foi de- muito recente, mas está se tornando madura muito ra-
senvolvido para prover todos os serviços necessá- pidamente. Empresas de médio, pequeno e grande
rios aos usuários, tornando a Internet o principal porte estão adotando a tecnologia gradativamente. O
ambiente de trabalho. Utiliza a linguagem PHP serviço começou a ser oferecido comercialmente em
como base para os aplicativos disponíveis e tam- 2008 e em 2012 está ocorrendo uma grande adoção.
bém possui uma API, chamada Sapodesk, para o

282
Apostila TJ-TO

A empresa Katri8 foi a primeira a desenvolver a tecno-


logia no Brasil, em 2002, batizando-a IUGU. Aplicada
inicialmente no site de busca de pessoas físicas e jurí-
dicas Fonelista. Durante o período em que esteve no
ar, de 2002 a 2008, os usuários do site puderam com-
provar a grande diferença de velocidade nas pesquisas
proporcionada pelo processamento paralelo.

Em 2009, a tecnologia evoluiu muito, e sistemas funci-


onais desenvolvidos no início da década já passam de
sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utili-
zando de tecnologias como "índices invertidos" (inver-
ted index).

No ambiente acadêmico o Laboratório de Redes e Ge-


rência da UFSC foi um dos pioneiros a desenvolver
pesquisas em Computação em Nuvem publicando arti-
gos sobre segurança, IDS (Intrusion Detection Sys-
tems) e SLA (Service Level Agreement) para computa-
ção em nuvem. Além de implantar e gerenciar uma nu-
vem privada e computação em nuvem verde.
Nuvens públicas

Existem pouco menos de 10 empresas ofertantes do


serviço em nuvens públicas (que podem ser contrata-
das pela internet em estrutura não privativa e com pre-
ços e condições abertas no site) com servidores dentro
do Brasil e com baixa latência. A maioria utiliza tecno-
logia baseada em Xen, KVM, VMWare, Microsoft
Hypervisor

283
HISTÓRIA DO TOCANTINS * Ludoviquismo - CONORTE (1980)

Aspectos históricos, sociais e culturais da História * Marcha para o Oeste - CF/1988 – Criação do
do Tocantins Tocantins
- 1941-CANG (Ber-
nardo Sayão) - Fundação de Palmas
(1989)
MACETE PARA QUESTÕES DE HISTÓRIA DE - Estrada Transbrasili-
GOIÁS/TOCANTINS ana

SÉCULO XVI (1501-1600)

Povoamento do litoral Introdução à História do Tocantins

Primeiras entradas e bandeiras No período minerador (século XVIII) o norte de


Goiás era sinônimo de riqueza, segundo o historiador
SÉCULO XVII (1601-1700) Luís Palacín. Mas, com a decadência da mineração e o
advento da pecuária, o sul do estado, por se encontrar
O século das entradas e bandeiras por excelência mais próximo da desenvolvida região sudeste, depois
de um longo período de estagnação, passou a prospe-
SECULO XVIII (1701-1800)
rar, ao contrário do norte do estado que mergulhou
Primeira metade (1701- Segunda metade (1751- numa profunda estagnação econômica e a situação se
1750) 1800) inverteu. O norte passou a ser sinônimo de abandono,
miséria e pobreza.
- Auge da mineração (sé- - Declínio da mineração
culo do ouro) (1778) O norte ficou praticamente esquecido pelas autori-
dades que governavam o estado a partir da distante ca-
- Povoamento de GO/TO - Transição para pecuá- pital Vila Boa de Goiás.
(1726) ria em Goiás e Tocantins
Isso gerava um descontentamento gigantesco nas
SÉCULO XIX (1801-1900) elites econômicas e políticas daquela vasta e abando-
nada região.
Primeira metade (1801- Segunda metade (1851-
1850) 1900) Os primeiros sinais de descontentamento dos futu-
ros tocantinenses começaram a se manifestar ainda no
- 1809 – Criação da Co- - Intensa ruralização período da mineração, quando a carga tributária co-
marca do Norte brada do norte passou a ser maior que a do sul da ca-
- A decadência é maior
pitania, segundo as autoridades de Vila Boa, por haver
- 1815 – Vila de S. João no Norte de Goiás (hoje
mais abundância de ouro no norte.
da Palma Tocantins)
Os mineiros ameaçaram se rebelar contra o governo
- Movimento Separatista - Consolidação da pecu-
sulista e se unir à capitania do Maranhão.
do Norte (1821/1823) ária
Já durante as lutas de independência do Brasil,
SÉCULO XX (1901-2000)
parte da elite goiana, com interesse nas áreas mais ao
norte da província, procura estabelecer um governo au-
Primeira metade (1901- Segunda metade (1951-
tônomo na região do atual estado do Tocantins. Foi o
1950) 2000)
Movimento Separatista do Norte, capitaneado por Joa-
- Coronelismo - JK e a Belém-Brasília quim Teotônio Segurado. Era uma forma de protestar
(1956) contra o abandono por parte das autoridades de Vila
*Domínio dos Bulhões Boa.
e dos Caiado (1889- - Proclamação Autono-
1930) mista de Porto Nacional No final do período imperial, o Deputado do Império
(1956) Visconde de Taunay chegou a propor, sem sucesso,
* Chegada da ferrovia por duas vezes, em 1873 e 1879, a criação da Província
no Sul (1913) - CENOG (1960) de Boa Vista do Tocantins.

* 1919–Chacina dos 9 - Guerrilha do Araguaia Em 1880, o deputado da Província do Pará João


(1970) Cardoso de Meneses e Sousa, apresentou um projeto
- Revolução de 1930 ao Parlamento do Império que propunha a criação da
Apostila TJ-TO

Província do Norte, anexando partes do Pará, Mara- Em 1492, o genovês Cristóvão Colombo, a serviço
nhão e Goiás. O projeto foi rejeitado por pressão das dos reis da Espanha, descobriu o continente ameri-
três províncias, que não aceitaram ceder seus territó- cano.
rios.
Em 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas de-
Desequilíbrio Regional terminando que as terras localizadas 370 léguas a
Oeste de Cabo Verde pertenceriam à Espanha e ao
Comprovando os desequilíbrios regionais, os dados leste a Portugal. Dessa forma, as terras do litoral brasi-
referentes à população municipal (1920) revelam que leiro, mesmo antes de serem descobertas já perten-
entre 10 municípios de maior população, apenas três ciam a Portugal.
eram situados na porção setentrional (norte), corres-
pondendo a 11,4 por cento do total.

Em1943, já em plena Era Vargas, foi feita uma nova


tentativa de dividir Goiás entre o norte e o sul. Desta
vez a iniciativa partiu do Brigadeiro Lysias Rodrigues,
profundo conhecedor da realidade do esquecido norte
de Goiás, que propôs a criação do Território Federal do
Tocantins, sem sucesso.

Em 1956, o Movimento Autonomista de Porto Naci-


onal, liderado pelo Juiz de Direito Feliciano Machado
Braga, deflagrou uma ampla campanha popular pela
criação do Estado do Tocantins, mas o movimento ter-
minou se desarticulando com a manobra do Governa-
dor de Goiás Mauro Borges Teixeira, que, em 1961,
transferiu o juiz Feliciano para a cidade de Anápolis, NOTA: repare bem no mapa e verá que a maior
próxima a Goiânia. parte das terras hoje pertencentes ao estado do Tocan-
tins, não faziam parte do Brasil; ainda. A linha de Tor-
No entanto, somente nas décadas de 70 e 80 do sé-
desilhas passava na ilha de Marajó (PA) e saía em La-
culo XX o movimento pela emancipação do norte goi-
guna (SC). O processo de colonização de Goiás/Tocan-
ano começa a ganhar força no Congresso Nacional. O
tins só irá se iniciar no século XVIII com a descoberta
apoio decorre, em boa parte, do consenso sobre a ne-
de ricas jazidas de ouro na região.
cessidade de acelerar a ocupação da região conhecida
como Bico do Papagaio, depois do confronto entre a
guerrilha do Araguaia e o governo militar nos anos 70.
Mercantilismo
Em 5 de outubro de 1988, por determinação da nova
Constituição Federal, em seu artigo 13 das Disposições Sistema econômico em voga na época da expan-
Transitórias, é criado, com o desmembramento do são marítima europeia
norte de Goiás, à altura do paralelo 13, o estado do To-
cantins. Principais características:

Foi uma luta secular, mas enfim o povo pôde, nas • Monopólio
ruas, saborear a vitória e o gosto da liberdade. O movi- • Dirigismo estatal
• Protecionismo alfandegário
mento de emancipação do Tocantins começou pelas
• Balança comercial favorável
mãos da elite e com o tempo foi se popularizando e, ao • Metalismo
final, valeu a pena. O estado do Tocantins estava livre - Os países mercantilistas, casos de Portugal e Es-
e era a mais nova unidade federativa do Brasil. panha, acreditavam que a principal maneira de assegu-
rar riqueza era através do acúmulo de metais (ouro e
Vamos voltar no tempo para ver como ocorreu esse
prata) e pedras preciosas.
longo processo de emancipação.
• Colonialismo e pacto colonial

Período Pré-Colonial Período da Colônia (1500-1822)

285
Apostila TJ-TO

No início de 1530, Portugal foi obrigado a mudar


sua política no que se refere ao Brasil devido aos se-
guintes fatores:

* Muito embora os lucros do comércio do Oriente


ainda continuassem elevados, Portugal passou a so-
frer a concorrência de outros países. O Brasil passou
a representar uma alternativa de lucro para a Coroa e
a burguesia lusa.

* A pressão estrangeira sobre o litoral do Brasil se


intensificou. A Coroa constatou que as expedições
guarda-costas eram insuficientes para proteger a nova
conquista

* A ambição pelo ouro aumentou quando os espa-


nhóis conquistaram o Peru (Império Inca) e passaram
a explorar as riquezas da região.

O governo português alimentava esperanças de


que houvesse ouro no Brasil. Em face desses fatores,
Portugal decidiu colonizar o Brasil, ou seja, transformar
o Brasil em uma colônia. Para tanto foi organizada a
primeira expedição colonizadora sob o comando de
Martim Afonso de Souza. Essa expedição deixou Por-
tugal em dezembro de 1531. As principais ações da
expedição de Martim Afonso de Souza foram: combate
a contrabandistas de pau-brasil no Nordeste, explora- O sistema de capitanias foi regulamentado por dois
ção do território e suas potencialidades econômicas, instrumentos jurídicos.
sobretudo no que se refere à agricultura, fundação da
primeira vila do Brasil (São Vicente-SP) em 1532, fun- A Carta de Doação dava ao donatário a “posse” da
dação de outra vila, em direção ao planalto paulista capitania, mas não a propriedade, para explorá-la como
(Santo André da Borda do Campo), construção do pri- quisesse, podendo deixar os direitos de herança aos
meiro engenho de açúcar, exploração do interior. Colo-
seus filhos. Mas a terra continuaria pertencendo à co-
nizar o Brasil implicava em gastos elevados para a Co-
roa portuguesa.Para implementar a colonização o rei roa.
D. João III decidiu recorrer ao capital privado. Foi en-
tão criado o sistema de capitanias em 1534. de acordo O Foral que fixava os direitos e deveres do donatá-
com o sistema, o rei, dono das terras, criou 14 capita- rio e estabelecia que ele deveria colonizar a capitania,
nias que foram doadas para 12 donatários. fundando arraiais e vilas, bem como policiar as terras,
protegendo os colonos contra ataques de índios e es-
trangeiros. Deveria ainda fazer cumprir o monopólio
real do pau-brasil e do comércio colonial e, no caso de
As Capitanias Hereditárias (1530-1759) encontrados metais preciosos, um quinto do valor ob-
tido seria pago à Coroa. Além disso, o donatário deveria
expandir a fé católica.

As Sesmarias

Era permitida aos donatários a doação de sesmarias


(lotes de terras) às pessoas de qualquer nacionalidade,
desde que professassem a religião católica e adminis-
trassem a justiça em nome do rei e desde que o candi-
dato a proprietário tivesse cabedal (recursos financei-
ros) para desenvolver uma atividade econômica na
terra.

286
Apostila TJ-TO

Deveriam promover a catequização dos índios pací- Dispõe sobre as terras devolutas no Império...
ficos, mas também podiam escravizar os índios (caso
fossem agressivos era permitido pela “lei da guerra D. Pedro II, por Graça de Deus e Unanime Acclama-
justa”), montar engenhos, cobrar impostos e exercer a ção dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor
justiça em seus domínios. Foi o início do latifúndio no Perpetuo do Brasil: Fazemos saber a todos os Nossos
Brasil, situação que perdura até hoje. Subditos, que a Assembléa Geral Decretou, e Nós que-
remos a Lei seguinte:
LEITURA COMPLEMENTAR
Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras de-
volutas por outro titulo que não seja o de compra.
O massacre de Bom Jesus do Pontal
Exceptuam-se as terras situadas nos limites do Im-
O Arraial de Bom Jesus do Pontal foi um dos primei-
perio com paizes estrangeiros em uma zona de 10 le-
ros povoados a serem estabelecidos no estado do To-
guas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente.
cantins, tendo sido fundado por Antônio Sanches em
1738, na margem esquerda do Rio Tocantins.
Art. 2º Os que se apossarem de terras devolutas ou
de alheias, e nellas derribarem mattos ou lhes puzerem
Por volta do ano de 1810, um grupo de habitantes
fogo, serão obrigados a despejo, com perda de bemfei-
do arraial foi atacado pelos índios Xerente, ao garimpa-
torias, e de mais soffrerão a pena de dous a seis mezes
rem no Ribeirão Matança, que fica próximo ao local.
Quase todos os moradores foram mortos. Sobrevive- do prisão e multa de 100$, além da satisfação do da-
ram alguns que conseguiram atravessar a nado o Rio mno causado...
Tocantins e se mudar para o outro lado, fugindo em se- Dada no Palacio do Rio de Janeiro aos 18 dias do
guida para o incipiente povoado de Porto Real mez do Setembro de 1850, 29º da Independencia e do
(atual Porto Nacional), com medo de novos ataques por
Imperio.
parte dos índios.
IMPERADOR com a rubrica e guarda.
Depois disso, restaram-se apenas algumas ruínas,
incluindo a antiga Igreja de Santo Antônio e Santa Ana.
As ruínas ficam localizadas no município de Porto Na-
cional (TO), a apenas 3 km da TO-255 e a 40 km da A Lei de Terras e seus efeitos
sede do município, no sopé da Serra do Pontal.
Essa nova lei surgiu em um momento oportuno – foi
Naquela ocasião foi declarada guerra justa aos Xe- feita de caso pensado - quando o tráfico negreiro pas-
rente que passaram a ser perseguidos e exterminados sou a ser proibido em terras brasileiras, pela Lei Eusé-
durante mais de um século, até os últimos sobreviven- bio de Queiroz, de 1850. A atividade, que representava
tes serem aldeados onde hoje é o município de Tocan- uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída
tínia. por uma economia onde o potencial produtivo agrícola
deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela
também responde ao projeto de incentivo à imigração
que deveria ser financiado com a dinamização da eco-
A distribuição de terras através da doação por ses- nomia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente
marias perdurou até 1850 quando o Congresso do Im-
aos novos campesinos assalariados.
pério aprovou a Lei 601/1850, denominada Lei de Ter-
ras. Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam
que enfrentar enormes restrições para possivelmente
OBS.: As Capitanias Hereditárias foram extintas em
galgarem a condição de pequeno e médio proprietário.
1759, pelo 1º. Ministro de Portugal, Marquês de Pom-
Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia
bal, mas a forma de aquisição de terras continuou
ser concedida a um proprietário de terras ou seria reco-
sendo por meio da doação de sesmarias até a edição
nhecida a propriedade por meio da ocupação das ter-
da Lei de Terras, em 1850.
ras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham
dono e não estavam sobre os cuidados do Estado, po-
deriam ser obtidas somente por meio da compra junto
LEITURA COMPLEMENTAR ao governo.

A partir de então, uma série de documentos forjados


Lei 601, de 18 de setembro de 1850
começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse
287
Apostila TJ-TO

de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele O bandeirantismo foi o conjunto de ações empreen-
que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condi- didas pelos habitantes da Capitania de São Vicente
ção de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias (hoje São Paulo) rumo ao interior. Os bandeirantes
para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras eram habitantes da Vila de São Paulo de Piratininga,
transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo capital de São Vicente (hoje São Paulo), de onde par-
em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifun- tiam as expedições. Essa região era, desde os inícios
diários. da colonização, uma região pobre, afastada das rela-
ções mercantilistas que uniam a Metrópole e a colônia.
Esta lei foi feita para perpetuar o latifúndio. Situação Os habitantes da Capitania de São Vicente (hoje São
que perdura até os dias atuais. Paulo) foram os responsáveis pela exploração do inte-
rior do Brasil e contribuíram de forma decisiva para o
crescimento territorial do Brasil.
A Ocupação do Interior do Brasil
A primeira bandeira que, partindo de São Paulo,
Durante os séculos XVI e XVII, a grande lavoura li- possivelmente chegou aos sertões de Goiás/Tocantins,
torânea foi a base da economia nacional, determinando no atual leste do Tocantins foi a de Antônio Macedo e
a mais tardia ocupação das regiões interiores. No final Domingos Luís Grau (1590-1593).
do século XVI, em decorrência da atividade da caça ao
índio (procurado como mão-de-obra), surgiram algu-
mas penetrações esparsas, que não fixaram o homem Diferença entre entrada e bandeira
ao solo. A região sofria assim um pequeno processo de
transformação. A principal diferença entre entrada e bandeira é que
as primeiras tinham financiamento público, eram orga-
Tais penetrações não representaram fase de fixa- nizadas pelo governo, geralmente procuravam respei-
ção e colonização, constituindo-se em incursões de re- tar os limites de Tordesilhas e a maioria das expedições
conhecimento das possibilidades econômicas da re- realizadas partiam da capital do Brasil na época, Salva-
gião, através da coleta de amostragens de ouro e de dor, na Bahia ou até mesmo de Pernambuco.
apresamento de silvícolas.
Bandeiras, eram expedições particulares e não res-
peitavam os limites de Tordesilhas, geralmente come-
çavam a partir da Vila de São Paulo de Piratininga, na
Expansão territorial
Capitania de São Vicente (hoje São Paulo). Mas ambas
No período de dominação espanhola a linha de Tor- tinham objetivos semelhantes. As entradas se preocu-
desilhas perdeu o seu sentido, embora o tratado não pavam mais com a prospecção do território e de metais
tenha sido revogado. Os bandeirantes avançaram para preciosos, já as bandeiras, além disso, se dedicavam
muito além da linha e o Brasil triplicou de tamanho. A também ao apresamento de índios para escravização.
expansão da pecuária e as missões jesuíticas foram fa-
tores que contribuíram para essa expansão.
Quadro comparativo:

SEMELHANÇAS
Entradas e Bandeiras
Eram expedições que iam para o interior do país
Durante o século XVII os limites territoriais estabe-
em busca de fazer o reconhecimento do território e
lecidos pelo Tratado de Tordesilhas deixaram de fazer
na tentativa de encontrar metais e pedras preciosas.
sentido. O território português, limitado ao litoral e ao
sertão nordestino, foi ampliado graças a diversos fato- DIFERENÇAS
res. Veremos abaixo os principais aspectos da expan-
são territorial. ENTRADAS BANDEIRAS

 Organizadas pelo go-  Iniciativa privada


verno  Visavam lucro ime-
Bandeirantismo  Não visavam lucro diato
imediato

288
Apostila TJ-TO

 Partiam das Capita-  Partiam de São e prosseguiram até meados do século XVII. Os indíge-
nias de Salvador (BA) Paulo de Piratininga nas capturados eram vendidos para as regiões açuca-
e de Olinda (PE) (SP) reiras mas eram sobretudo empregados nas plantações
 Apenas prospecção  Prospecção e apre- dos colonos paulistas.
 Respeitavam os limi- samento
tes de Tordesilhas  Não respeitavam os O sertanismo de contrato
limites de Tordesi-
lhas
Em razão de sua experiência nas viagens pelo ser-
tão e na habilidade par atacar e escravizar os indíge-
Tivemos diferentes fases no sistema de bandeiran- nas, as autoridades de São Paulo, para combater tribos
tismo, que foram fundamentais para a definição do es- indígenas hostis e quilombos de escravos, contratou
paço territorial brasileiro, vejamos: bandeirantes. Essas expedições receberam o nome de
sertanismo de contrato. Os principais bandeirantes que
fizeram contratos foram Domingos Jorge Velho, que
destruiu Palmares, Matias Cardoso de Almeida e Este-
vão Ribeiro Baião Parente. Os bandeirantes paulistas
atuaram principalmente no nordeste e foram responsá-
veis pela destruição de diversas tribos indígenas.

Um famoso bandeirante de contrato que atuou no


Tocantins foi Wenceslao Gomes da Silva, que dizimou
grande parte dos índios das etnias Acroá e Xacriabá
que viviam onde hoje estão os municípios de Arraias,
São Domingos e Natividade.

Descidas

As descidas eram expedições realizadas pelos jesu-


ítas ao interior do Brasil com o objetivo de convencer os
indígenas dessa região a migrarem para regiões próxi-
Estátua do Anhanguera Filho – Goiânia (GO) mas das suas missões ou reduções visando facilitar o
trabalho de catequização. As principais missões jesuí-
ticas ficavam no norte e no sul do país.
O bandeirantismo prospector.
Como já foi salientado, os principais objetivos das
Essas expedições eram realizadas para a busca de bandeiras eram os metais preciosos e a captura dos in-
metais e pedras preciosas. A busca de ouro era uma dígenas. Os paulistas dependiam do trabalho dos ín-
preocupação constante da Coroa portuguesa. Os go- dios para sustentar sua economia, desvinculada do co-
vernadores da metrópole organizaram diversas expedi- mércio com a Metrópole. Sem recursos para empregar
ções que foram chamadas de Entradas. Dentre as vá- a mão-de-obra africana, os habitantes de São Paulo
rias expedições realizadas em busca de ouro desta- passaram a utilizar sistematicamente o trabalho es-
cam-se as realizadas por Fernão Dias Paes, Borba cravo do índio em todo tipo de atividade.
Gato, Garcia Rodrigues Paes e Bartolomeu Bueno da
Os indígenas foram “empurrados” para o interior, o
Silva, o Anhangüera; essas bandeiras penetraram o in-
que obrigava os bandeirantes a penetrar cada vez mais
terior da região central do Brasil (Minas Gerais, Goiás,
no território que hoje é o da região sul. Quando perce-
Mato Grosso).
beram que as missões jesuíticas poderiam ser uma
O bandeirantismo apresador. fonte inesgotável de escravos, passaram a atacá-las
sem piedade. Esses ataques tornaram-se freqüentes a
Esse mecanismo foi empreendido para aprisionar partir de 1628. A região do Guairá, foi invadida e diver-
(alguns autores usam expressões como aprear, apre- sas missões foram destruídas.
sar ou mesmo cativar) os indígenas. Estes já habitavam
ou fugiram das regiões litorâneas dominadas pelos por- No que se refere ao ouro, as buscas eram antigas,
tugueses. Essas bandeiras atacavam as aldeias ou as mas apenas no final do século XVII foram bem sucedias
missões (reduções) jesuítas para escravizar os índios.
As bandeiras iniciaram-se ainda no final do século XVI

289
Apostila TJ-TO

como a descoberta do minério na região de Minas Ge-


rais. A exploração prosseguiu até a descoberta de ouro
na região centro-oeste (Goiás e Mato Grosso).

Fazendas de Gado

A expansão para o interior também se fez através


da expansão das fazendas de gado.

O gado bovino ou vacum foi introduzido no Brasil, a


partir de 1530, pelos capitães donatários que trouxeram
para cá os primeiros exemplares dessa espécie.

O gado deveria ser utilizado nos engenhos como


força de tração para mover moendas, puxar carros de
boi, fornecimento de leite e carne para o consumo local.

Os portugueses não tinham intenção de desenvol-


ver grandes fazendas de gado com o objetivo de expor-
tar a carne para a Europa. Mas, o gado se multiplica
naturalmente. Por volta de 1600 o rebanho bovino no Durante muito tempo os historiadores consideraram
litoral havia crescido a ponto de estar causando preju- os bandeirantes como heróis, responsáveis pela expan-
ízo, invadindo e devorando os canaviais. A disputa en- são territorial do Brasil. De fato a ação dos bandeirantes
tre a cana e o espaço para pastagem acabou empur- foi decisiva para a ultrapassagem dos limites fixados
rando o gado para o interior. pela linha de Tordesilhas. Quando, no século XVIII, fo-
ram discutidas as fronteiras entre a América Espanhola
A partir de 1600 decretos reais proibiram a criação
e a América Portuguesa, a ação dos paulistas foi fun-
de gado no litoral. O primeiro deles ordenava que o
damental para a expansão do território português. Além
gado deveria ser afastado pelo menos 10 léguas do li-
disso, os paulistas descobriram ouro em Minas Gerais
toral. Foi o começo da interiorização das fazendas de
e em Mato Grosso, além de chegar ao Amazonas.
gado. Nos 150 anos seguintes (1600-1750), com o
crescimento contínuo do rebanho o gado foi se afas- Todavia, não se pode deixar de mostrar que essa
tando cada vez mais do litoral, a ponto de alguns fazen- visão heróica encobre as atrocidades sem fim realiza-
deiros estabelecerem suas propriedades depois dos li- das pelos bandeirantes. As tribos indígenas e as mis-
mites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, a sões jesuíticas foram vítimas de ataques cruéis que não
mais de 1.500 km do litoral. poupavam mulheres, crianças e velhos. Milhares de in-
dígenas foram mortos e escravizados pelos bandeiran-
tes de São Paulo.
Bandeirantes: heróis ou vilões?
Veja abaixo o retrato do bandeirante Domingo Jorge
Velho, feito, pelo bispo de Pernambuco em 1697. Jorge
Velho foi o responsável pela destruição do Quilombo de
Palmares e pela morte de Zumbi.

“Esse homem é um dos maiores selvagens com que


tenho topado (...) nem se diferencia do mais bárbaro ta-
puio, mas que em dizer que é cristão, e não obstante o
haver-se casado de pouco, lhe assistem sete índias cu-
ncubinas (...) sendo sua vida, desde que teve uso da
razão se é que a teve (...) até o momento, andar metido
pelos matos, à caça de índios, e de índias, estas para
o exercício das suas torpezas, e aqueles para o gran-
jeio de seus interesses”.

290
Apostila TJ-TO

A moderna historiografia considera que os bandei- bendo que os índios estavam usando adornos que pos-
rantes não foram nem heróis e nem vilões. Eles apenas suíam pequenos pedaços de ouro, teria ateado fogo a
agiram como era de costume numa época em que não uma bateia cheia de aguardente para forçar os índios a
existia a noção de direitos humanos e as condições de lhe mostrar onde eles haviam encontrado o precioso
sobrevivência eram extremamente difíceis. Foram “ho- mineral. Diante da cena inusitada e com medo de terem
mens do seu tempo”. os seus rios incendiados, os índios teriam começado a
gritar: Anhanguera! Anhanguera!, que no idioma tupi
O Tratado de Madri (1750) significa “Diabo Velho”, dando origem ao apelido do
Bandeirante.

Na ocasião ele estava acompanhado de seu filho de


14 anos, Bartolomeu Bueno da Silva Filho, que além de
possuir o seu nome também herdaria, mais tarde, o seu
apelido.

Anhanguera Pai voltou a São Paulo com planos de


formar uma nova bandeira e retornar à região onde ti-
nha encontrado vestígios de ouro para melhor inves-
tigá-la, mas morreu antes de conseguir seu intento. A
partir da morte do pai, Anhanguera Filho assumiu con-
sigo mesmo a promessa um dia voltar à terra do Goya-
zes, isso só iria acontecer em 1722, quando já tinha 54
anos de idade.
Após a restauração da independência de Portugal
(1640), liderada por D. João IV, Duque de Bragança, os
espanhóis exigiram que Portugal voltasse a respeitar os
A bandeira do Anhangüera Filho
limites impostos por Tordesilhas, mas Portugal se recu-
sou. Guerras e negociações diplomáticas se alternaram É costume dizer que o descobridor de Goiás/Tocan-
ao longo dos 110 anos seguintes entre os dois países tins foi o Anhanguera Filho. Isso não significa que ele
ibéricos, até ser encontrada uma solução negociada. foi o primeiro a vir a Goiás, e ao hoje estado do Tocan-
tins, mas sim que ele foi o primeiro a vir à região com
Em 1750 as partes entraram em acordo e firmaram o
intenção de se fixar aqui. Sabe-se que pelo menos 14
Tratado de Madri, que viria a substituir o Tratado de
bandeiras estiveram por aqui antes dele. Isso se deu
Tordesilhas (1494). O negociador brasileiro, diplomata
dentro de uma conjuntura do descobrimento do ouro no
e advogado Alexandre de Gusmão, alegou em defesa
Brasil.
do Brasil o princípio latino de uti possidetis (usucapião).
Significa que quem de fato ocupou e colonizou um de- Em 03/07/1722 Anhangüera Filho partiu de São
terminado território deve ser o dono dele. Paulo, com 500 homens, 39 cavalos, 152 armas e 2 re-
ligiosos. A bandeira durou 3 anos, 2 meses e 18 dias.
Assim, todas as terras localizadas além dos limites de
Tordesilhas (incluindo cerca de 80% do território tocan- A bandeira enfrentou muitas dificuldades pelo cami-
tinense), que hoje pertencem ao Brasil. nho: fome, confrontos com índios, desentendimentos
entre os sócios, doenças e mortes. Mas o Anhanguera
Filho era um homem insistente; afirmava que preferia
A bandeira do Anhangüera Pai morrer aqui a voltar a São Paulo sem o ouro que veio
procurar. Quando finalmente chegou à terra dos Goya-
Em 1682, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhan- zes estava acompanhado de apenas 80 homens. A
güera Pai, esteve em território do sul de Goiás, onde maioria havia morrido, desertado da bandeira ou lan-
encontrou vestígios de ouro na região do Rio Vermelho, çado roças e ficado para traz à espera de um resgate
aos pés da Serra Dourada, onde hoje está situada a que esperavam vir de São Paulo. Mas a insistência foi
cidade de Goiás. recompensada; ricas minas foram encontradas e o
Anhanguera Filho retornou a São Paulo levando uma
A região era habitada pelos índios da etnia Goya ou arroba (15kg) de ouro para provar a descoberta.
Goyazes. Na ocasião o experiente bandeirante, perce-

291
Apostila TJ-TO

Veja abaixo trechos do documento histórico denomi-


nado “Relato do Alferes Braga”. O Alferes, posto militar Superintendente
equivalente a sargento, era um dos participantes da das Minas
bandeira e desertou, descendo os rios Araguaia e To-
cantins até chegar a Belém (PA).
Capitão-mor
Ouvidor-Mor Provedor-mor
ou Guarda-mor
LEITURA COMPLEMENTAR (Justiça) (Finanças)
(Defesa)

Relato do Alferes Braga

...Aqui nos começou a gente a desfalecer de todo:


morreram-nos quarenta e tantas pessoas entre brancos
e negros, ao desamparo, e o eu ficar com vida o devo
ao meu cavalo, que para me montar nele, pela fraqueza
nímia em que me achava, me era preciso o lançar-me
primeiro nele de braços levantados sobre o primeiro cu-
pim que encontrava...

... Retirado o dito Francisco de Carvalho, o acha- Em 1739, o Arraial de Santana foi elevado à condi-
mos com a boca, nariz, e feridas cheias de bichos, mas ção de Vila. Vila Boa de Goiás.
vendo que lhe palpitava ainda o coração, e que tinha
outros mais sinais de vida, o recolhemos na rancharia, A partir de momento em que um arraial atingia o sta-
curando-lhe as feridas com urina e fumo, e sangrando- tus de vila, passava a ter autonomia e o direito a uma
o com a ponta de uma faca, por não termos melhor lan- espécie de prefeito, o Intendente, um Senado da Câ-
ceta: aproveitou tanto a cura, que o Carvalho pela noite mara, formado por vereadores, escolhidos entre os “ho-
tornou em si, abriu os olhos, mas não pôde falar, senão mens bons” da vila. Ser um “homem bom” era sinônimo
no dia seguinte... de ser rico, católico e branco. A vila também tinha di-
reito a ter um juiz e a um pelourinho, local onde se ad-
...Daqui rodamos rio abaixo e demos em um je- ministrava a justiça. O pelourinho tinha, necessaria-
nipapeiro, com cuja fruta nos regalamos dois dias, e no mente, uma cadeia, uma forca, para executar as penas
fim destes como a fome era muita entramos pelas se- de morte, muito comuns à época e um tronco, onde os
mentes das ditas frutas; mas estas nos puseram em tal escravos eram castigados.
estado, e impediram de tal sorte o curso, que nos con-
sideramos mortos. Valemo-nos duns pequenos paus, e Goiás/Tocantins permaneceu ligado à Capitania de
com eles em lugar de cristel obrigamos a natureza a São Paulo até 1749, embora, por alvará de 08 de no-
alguma evacuação. vembro de 1744, de D. Luís de Mascarenhas, governa-
dor da capitania de São Paulo tivesse oficializado a se-
Em 21/10/1725, Anhangüera Filho volta a São paração de Goiás e de Mato Grosso daquela capitania.
Paulo e anuncia o achado das preciosas minas no Rio Porém, o primeiro governador de Goiás, D. Marcos de
Vermelho, terra dos índios Goyazes. Noronha, o Conde dos Arcos, só chegou a Goiás em
1749 e, portanto, somente aí Goiás/Tocantins passou a
ser, de fato, uma Capitania independente.

O início do povoamento Organograma do poder em uma capitania inde-


pendente
Em 1726, D. Rodrigo César de Menezes, governa-
dor da Capitania de São Paulo, manda o Anhanguera
Filho de volta a Goiás/Tocantins, com o título de Supe-
rintendente das Minas, para iniciar o povoamento, Governador ou
Capitão-General
quando foi fundado o Arraial de Santana. Logo depois
surgiriam novas povoações no entorno como Anta, Fer-
reiro e Ouro Fino. Capitão-mor
Ouvidor-Mor Provedor-mor
ou Guarda-mor
(Justiça) (Finanças)
Organograma do poder em uma região minera- (Defesa)
dora

292
Apostila TJ-TO

Félix, Arraias (TO), Natividade (TO), Chapada (TO) e


Muquém.

Na década de 1740 a porção mais povoada de


Goiás era o Sul, mas a expansão rumo ao norte pros-
seguia com a implantação dos arraiais do Carmo (TO),
Almas (TO), Conceição (TO), São Domingos, São
José do Duro (TO), Amaro Leite, Cavalcante, e Pilar
de Goiás e Porto Real (TO), atual Porto Nacional, a po-
voação mais setentrional de Goiás/Tocantins.

A Ocupação Mineratória – Mineração

Enquanto o século XVII representou etapa de inves- O sistema de datas


tigação das possibilidades econômicas das regiões goi-
anas/tocantinenses, durante a qual o seu território tor- De acordo com Raimundo Faoro, em sua clássica
nou-se conhecido, o século XVIII, em função da expan- obra Os Donos do Poder, era através do sistema de da-
são da marcha do ouro, foi ele devassado em todos os tas que se organizava a exploração do ouro, conforme
sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupação o ordenamento jurídico da época.
através da mineração.
Assim que um veio de ouro era descoberto em uma
região mineradora, imediatamente, o Superintendente
das Minas ordenava que a região fosse medida e divi-
dida em lotes para poder ter início o processo de mine-
ração. Cada lote, tinha a medida de 30 x 30 braças
(uma braça tem 2,20m), ou seja, aproximadamente 66
x 66m.

Estes lotes recebiam a denominação de datas e,


cada data, por sua vez, era equivalente a uma lavra de
mineração.

A primeira região ocupada em Goiás foi a região do


Rio Vermelho. Entre 1727 e 1732 surgiram diversos ar-
raiais, além de Santana (posteriormente Vila Boa de
Goiás), em conseqüência das explorações auríferas ou
Minera- Minera-
da localização na rota de Minas para Goiás. Em 1736 Rei
dor dor
já havia nas minas de Goiás 10.236 escravos. Nas pro-
ximidades de Santana surgiram os arraiais de Anta e
Ouro Fino; mais para o Norte, Santa Rita, Guarinos e
Água Quente. Na porção Sudeste, Nossa Senhora do
Rosário da Meia Ponte (atual Pirenópolis) e Santa Cruz.

Outras povoações surgidas na primeira metade do


século XVIII foram: Jaraguá, Corumbá e o Arraial dos
Couros (atual Formosa), na rota de ligações de San-
tana e Pirenópolis a Minas Gerais. As datas eram distribuídas da seguinte maneira:

Ao longo dos caminhos que demandavam a Bahia, O minerador responsável pelo achado escolhia a
mais ao Norte, na bacia do Tocantins, localizaram-se primeira data para si. Um funcionário da Real Fazenda
diversos núcleos populacionais, como São José do To- (o ministério responsável pela mineração na época) es-
cantins (Niquelândia), Traíras, Cachoeira, Flores, São colhia a segunda data para o rei. O responsável pelo
achado tinha o direito de escolher mais uma.
293
Apostila TJ-TO

O rei não tinha interesse em explorar diretamente a Tome cuidado, porém, com uma coisa. A mobilidade
sua data e ordenava que ela fosse leiloada entre os mi- social era pequena, não foi suficiente para desenvolver
neradores interessados em explorá-la. Quem pagasse uma classe média. Classe social pressupõe uma
mais ficaria com ela. O dinheiro do leilão era enviado a grande quantidade de pessoas, e o número daquelas
Portugal, como renda pessoal do rei. que conseguiam ascender não era suficiente para isso.
Só se pode falar em classe média no Brasil, a partir da
As demais datas eram distribuídas por sorteio aos industrialização.
mineradores que possuíssem um mínino de doze es-
cravos para poder explorá-las. Cada minerador tinha di-
reito a uma data por vez. Repare que a atividade mine-
radora era extremamente intensiva em utilização de Povoamento irregular
mão-de-obra. Doze homens trabalhavam junto em um
O povoamento determinado pela mineração do ouro
espaço de apenas uma lavra.
é um povoamento muito irregular e mais instável; sem
nenhum planejamento, sem nenhuma ordem. Onde
aparece ouro, ali surge uma povoação; quando o ouro
O início da mobilidade social se esgota, os mineiros mudam-se para outro lugar e a
povoação definha e desaparece, isso porque o ouro en-
Diferentemente da economia canavieira (cana-de- contrado em Goiás/Tocantins era o ouro de aluvião, em
açúcar) que tinha uma sociedade estamental (no es- pequenas partículas, que ficavam depositadas no leito
tado em que você nasceu permanece), a sociedade mi- de rios e córregos ou no sopé das montanhas, geral-
neradora não era estática. Havia a possibilidade, mente. Sua extração era rápida e logo as jazidas se es-
mesmo que pequena, de mudança de classe social. Foi gotavam forçando os mineiros a se mudarem em busca
o início da mobilidade social no Brasil. de novas áreas para mineração.

Existiam dois tipos de mineradores, o grande, era o Veja o gráfico a seguir:


minerador de lavra, e o pequeno, o de faiscamento.

O minerador de lavra era aquele, dono de pelo me-


nos 12 escravos, que participava do sorteio das datas
e tinha o direito de explorar os veios de ouro em pri-
meiro lugar. Quando uma lavra começava a demonstrar
esgotamento e a produtividade caía geralmente ela era
abandonada e, a partir deste momento, o faiscador po-
deria ficar com o que sobrou dela.

O faiscador era o minerador com pequena quanti-


dade de escravos, insuficientes para participar dos sor-
teios, ou mesmo o trabalhador individual, que só tinha
a sua bateia para tentar a sorte nas lavras abandona-
A produção de ouro em Goiás/Tocantins foi maior
das. Alguns conseguiram ir juntando ouro suficiente
que a de Mato Grosso, porém muito menor que em Mi-
para adquirir mais escravos e, posteriormente, passa-
nas Gerais. O declínio da produção foi rápido.
ram a ser grandes mineradores. Alguns até fizeram for-
tuna. O pico de foi em 1753, mas 30 anos depois a produ-
ção já era insignificante.
Há registro de alguns proprietários de escravos que
os deixavam faiscar nos seus poucos momentos de Luís Palacín afirma que esses são os dados oficiais
descanso e alguns até conseguiram comprar a sua disponíveis, porém, o volume de ouro extraído deve ter
carta de alforria, documento que garantia a liberdade sido muito maior. De acordo com esse historiador, a
ao escravo. maior parte do ouro retirada era sonegada para fugir
dos pesados impostos e, portanto, não sabemos ao
Tropeiros que abasteciam as regiões mineradoras
certo quanto ouro foi retirado de fato das terras goianas
também conseguiram enriquecer.
e tocantinenses.

294
Apostila TJ-TO

Os Impostos considera as diferenças de rendimento de cada es-


cravo, em função da maior ou menor riqueza das várias
A Real Fazenda preocupava-se enormemente com minas e datas.
a tributação, os impostos eram arrecadados através da
cobrança do quinto. Para aprimorar a arrecadação e O imposto de capitação faz nascer o desejo se-
evitar a sonegação, em 1720 foram instituídas as casas cessão
de fundição juntamente com uma lei que proibia a cir-
culação de ouro em pó, além da delação premiada. Esse imposto causou profundo descontentamento
Essa medida gerou descontentamento entre os minera- nos mineradores do norte de Goiás, haja vista que o
dores que se rebelaram, em Vila Rica (MG), sob a lide- valor estipulado para a região era mais alto que o co-
rança de Filipe dos Santos. O desfecho foi sangrento. brado dos mineradores do sul de Goiás. As autoridades
Filipe dos Santos foi enforcado e esquartejado. da Real Fazenda alegavam que a minas do norte eram
mais ricas.
À medida que a arrecadação caía, devido ao esgo-
tamento das jazidas, a fiscalização arrochava sobre os Descontentes, os mineradores do norte ameaçaram
mineradores e então foi criada a “capitação”. Um im- se rebelar contra a autoridade do Superintendente das
posto que era cobrado por cabeça de escravo que o minas de Goiás para se subordinarem ao Maranhão ou
minerador possuísse. A Real Fazenda não admitia que mesmo criarem uma nova capitania.
o ciclo do ouro estava se esgotando. Quando a arreca-
Nascia assim o desejo de secessão (de seccionar,
dação caía alegava que era sonegação e implementava
separar) o norte do sul de Goiás. Pode-se considerar
novas medidas fiscais.
esse ato como o fundador do desejo de separatismo.
A cobrança dos impostos em Goiás/Tocantins
A volta das casas de fundição
O Imposto típico da mineração era o quinto (20%),
Por fim, em 1751, retornou-se ao sistema de co-
previsto já nas Ordenações Filipinas, instituídas em
brança do quinto nas Casas de Fundição. Dessa vez,
1603.
porém, houve a instalação, Pelo governador D. Marcos
O quinto nada mais era do que um imposto cobrado de Noronha, da primeira Casa de Fundição em Vila
pela coroa portuguesa e correspondia a 20% ou 1/5 de Boa, no ano de 1752. Em 1754, ao norte da Capitania,
todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era co- em São Félix, foi instalada uma segunda Casa de Fun-
brado nas Casas de Fundição, para onde todo o ouro dição, transferida para Cavalcante, em 1796, e, extinta,
extraído deveria ser levado, derretido e colocado em em 1807.
formas denominadas quinteiros. No fundo da forma ha-
Outros impostos
via uma espécie de brasão real que ficava impresso na
barrinha de ouro depois de solidificada. O ouro quintado Ainda havia a cobrança dos impostos de entrada
era devolvido depois de descontada a parte devida à (estradas) ou passagem (rios), cobrado nos registros
Real Fazenda. sobre mercadorias; o dízimo real, sobre a produção
agrícola, era cobrado por contratadores (particulares) e
Nas minas de Goiás/Tocantins, variou ao longo do
servia para custear as despesas administrativas. Havia
tempo o seu sistema de cobrança.
ainda a siza, que incidia sobre a venda de escravos; o
Entre 1726-1736, o quinto era cobrado na Casa de foro, espécie de IPTU, Havia também o subsídio literá-
Fundição, instalada em São Paulo, o que facilitava a rio (1774), implantado pelo Marquês de Pombal, para
prática da sonegação e reduzia os ganhos da Fazenda custear escolas, dentre outros. A carga tributária era
Real. Era quase impossível fiscalizar devido às grandes escorchante, o que gerava constante descontenta-
distâncias. mento e revolta por parte dos mineiros.

Para combater a sonegação e partindo da idéia que OBS.: Não houve em Goiás/Tocantins a cobrança
era mais difícil ao minerador esconder o escravo que o da finta (imposto aplicado apenas nas Minas Gerais an-
ouro extraído, de 1736 até 1751 partiu-se para o sis- tes da instalação das primeiras casas de fundição na-
tema de capitação, em que o imposto era cobrado na quela região mineradora) e nem tampouco da derrama,
forma de um valor fixo por cabeça de escravo. A injus- que nunca chegou a sair do papel e ser aplicada, nem
tiça dessa forma de cobrança reside no fato de ela des- mesmo nas Minas Gerais.

295
Apostila TJ-TO

Declínio da Mineração Ser mineiro era profissão mais honrosa, significava


o mais alto status social. Todos queriam ser mineiros, e
A partir da segunda metade do século XVIII, Portu- ninguém queria ser chamado de roceiro, profissão des-
gal começou a entrar em fase de decadência progres- prezada. Mesmo após muitos anos da decadência da
siva, que coincidiu com o decréscimo da produtividade mineração, esta continuava sendo a forma de pensar
e do volume médio da produção das minas do Brasil. do povo de Goiás/Tocantins. Isto explica que, além da
Então desde 1778, a produção bruta das minas de mineração, não se desenvolvessem outras formas im-
Goiás/Tocantins começou a declinar progressiva- portantes de economia durante o século XVIII, e que só
mente, em conseqüência da escassez dos metais das fossem ocupadas as áreas auríferas.
minas conhecidas, da ausência de novas descobertas
e do decréscimo progressivo do rendimento por es-
cravo. O último grande achado mineratório em Goiás
deu-se na cidade de Anicuns, em 1809, no sul da capi- O Final da Mineração
tania.
Tentativa de navegação no Araguaia e Tocantins

A partir de 1775, com a mineração em franco declí-


A atividade agropecuária nas regiões minerado- nio, o Primeiro Ministro de Portugal, Marquês de Pom-
ras bal, toma diversas medidas para diversificar a econo-
mia no Brasil, sendo que várias delas vão afetar direta-
Por ordem da Real Fazenda, Ministério responsável mente a capitania de Goiás/Tocantins.
pela administração das Minas, era praticamente inexis-
tente o cultivo e a pecuária em regiões mineiras. Nave- A primeira, como tentativa de estimular a produção,
gar os rios dessas regiões também era proibido nos 50 foi isentar de impostos por um período de 10 anos os
primeiros anos da mineração (medo da sonegação), o lavradores que fundassem estabelecimentos agrícolas
que praticamente impedia o escoamento de produção, às margens dos rios. Dentre os produtos beneficiados
caso fosse permitida. estavam o algodão, a cana-de-açúcar e o gado.

Assim que foram descobertas grandes jazidas de A segunda medida foi a criação, em 1775 da Com-
ouro no Brasil logo se organizou uma hierarquia da pro- panhia de Comércio do Grão Pará e Maranhão, para
dução: os territórios de minas deveriam dedicar-se explorar a navegação e o comércio nos rios amazôni-
quase exclusivamente à produção de ouro, sem desviar cos, incluindo os rios Araguaia e Tocantins.
esforços na produção de outros bens, que poderiam ser
O Marquês de Pombal também ordenou a criação
importados.
dos chamados aldeamentos indígenas. Todas essas
Isto era resquício da mentalidade Mercantilista, em medidas fracassaram.
voga na época, que, durante muito tempo, identificou a
A relação entre os colonizadores e os índios
riqueza com a posse dos metais preciosos.
Na época da descoberta, eram numerosas as tribos
Os alimentos e todas as outras coisas necessárias
indígenas que viviam em Goiás/Tocantins, cobrindo
para a vida vinham das capitanias da costa. As minas
todo o seu território. Silva e Souza enumera, em 1809,
eram assim, uma espécie de colônia dentro da colônia,
vinte povos vivendo no território e afirma que certa-
no dizer do historiador Luís Palacín.
mente deveriam haver outros isolados.
Isso nos explica o pouco desenvolvimento da la-
Dentre os povos que habitaram Goiás/Tocantins po-
voura e da pecuária em Goiás/Tocantins, durante os
demos citar: Goyá, Caiapós, Xavantes, Crixás, Araés,
cinqüenta primeiros anos. Tal sistema não se devia ex-
Canoeiros, Apinagés, Capepuxis, Coroá-mirim, Temim-
clusivamente aos desejos e à política dos dirigentes;
bós, Xerentes, Tapirapés, Carajás, Graduais, Tesse-
era também decorrente da mentalidade do povo.
medus, Amadus, Guassu, Acroá, Xacriabá, dentre ou-
Mineiro naquele tempo não significava, como hoje, tros. Muitos desses povos foram completamente extin-
quem trabalha na mina, mas o proprietário de lavras e tos ou fugiram para as mais remotas regiões da floresta
escravos que as trabalhassem, assim como o roceiro amazônica.
não significava quem trabalhava na roça, mas o propri-
etário de terras e de escravos dedicados à lavoura.

296
Apostila TJ-TO

Em Goiás/Tocantins, a descoberta do ouro levou a “Aldear os índios consistia em reuni-los em povoa-


disputas territoriais. Tais disputas decorreram, sobre- ções fixas, chamadas aldeias, onde, sob supervisão de
tudo, da expulsão e também da fuga de tribos indígenas uma autoridade leiga ou religiosa, deviam cultivar o solo
do litoral, no século XVII, quando buscaram refúgio no e aprender a religião cristã. Em 1754, deu D. Marcos de
interior do país, em estados como Mato Grosso/Mato Noronha regimento a estas aldeias, submetendo aos
Grosso do Sul e Goiás/Tocantins. Quanto mais avança- índios a um rigoroso regime militar, que gerou os prio-
vam os bandeirantes paulistas, mais provocavam mi- res resultados,” no dizer de Luís Palacín.
grações em massa de tribos indígenas, levando-as a
disputas pela terra e pela sobrevivência. Gastaram-se enormes somas na construção e na
manutenção das aldeias, mais de 200 contos, quando
A política das autoridades com os índios é total- o orçamento da capitania não passava de 50. Mas se
mente oposta a esta guerra de extermínio. As instru- as intenções foram boas, os resultados foram pífios. As
ções vindas de Lisboa aos governadores ordenavam dificuldades eram enormes. Não havia pessoal especi-
“tentem primeiro todos os meios de suavidade e persu- alizado, a população não cooperava, via o índio como
asão para reduzir os índios bravos a viver civilizados, e um inimigo ou mesmo um “bicho do mato”, e os próprios
não se procurem domar por armas... a Divina Providên- índios acostumados a viver em liberdade, não resistiam
cia não permitiu estender o poder desta Monarquia nes- à nova vida em confinamento e muitas vezes se rebe-
sas vastas regiões para destruir ou reduzir à escravidão lavam. Sem contar as doenças transmitidas pelos bran-
os naturais habitantes dela, mas para trazer o conheci- cos que dizimaram grande parte dos silvícolas.
mento da religião, e para mudar seus bárbaros costu-
mes em outros humanos, e mais úteis para sua própria No Tocantins, assim como no restante do País,
conservação”. foram os índios os seus primeiros habitantes, sendo de
assinalar que, após o descobrimento, houve um
Ao invés de uma política pacífica, como recomen- genocídio dos povos indígenas.
dava as ordens reais vindas de Portugal. O que preva-
lecia era o genocídio sistemático dos nativos. Atualmente temos 9 etnias no Estado do Tocantins
(7 devidamente reconhecidas) e a Pankararu e Avá-
Aldeamentos indígenas Canoeiros aguardando reconhecimento definitivo)

Durante a época da mineração, as relações entre ín- Povos indígenas


dios e mineiros foram eminentemente guerreiras e
quase sempre de mútuo extermínio. No dizer de Pala-
cín “Ao mineiro, sempre apressado e inquieto, faltavam
o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma
política pacífica. À invasão dos seus territórios e as per-
seguições de capitães-do-mato, respondiam os índios
com contínuas represálias.”

No sul, os Caiapós moveram guerra contínua du-


rante 50 anos, chegando muitas vezes às portas de Vila
Boa. Os que não foram exterminados pelos sertanistas
de contrato Antônio Pires de Campos e Antônio Godoy
acabaram aldeados em São José de Mossâmedes,
hoje município de Mossâmedes.

No norte, a trajetória dos Acroás foi semelhante. Ha-


bitavam a região de Arraias, São Domingos e Nativi-
dade. Combatidos pelo sertanista de contrato Wences- Índio da etnia Karajá/Xambioá (povo Iny)
lao Gomes da Silva, foram posteriormente aldeados em
Todas as etnias já devidamente reconhecidos
São José do Duro, hoje Dianópolis.
tiveram suas terras demarcadas pela União,
Mas ao norte, com a decadência da mineração, a perfazendo um total de mais de 7% de todo o território
atividade hostil dos índios recrudesceu, exterminando do Tocantins, perfazendo um total de aproximadamente
fazendas e até arraiais florescentes. Especialmente na 2 milhões de hectares, área equivalente ao estado de
região dos grandes rios, onde os índios se refugiaram, Sergipe.
as hostilidades continuariam durante muitos anos.

297
Apostila TJ-TO

Os Pankararu, por enquanto, estão vivendo na zona Em 1806, apesar do domínio continental estar apa-
urbana de Gurupi e esperam a demarcação de sua terra rentemente assegurados, a Inglaterra resistiu a Napo-
no vizinho município de Figueirópolis. leão, favorecida pela sua posição insular (Ilha) e sua
supremacia naval, sobretudo depois da batalha naval
1) Apinayé ou Apinagé (Timbiras Ocidentais) – de Trafalgar (1805), quando a marinha francesa foi der-
Cachoeirinha/ Maurilândia/S. Bento/ Tocantinópolis
rotada e quase inteiramente destruída.
2) Krahô (Timbiras Orientais) – Goiatins/Itacajá
3) Xerente – Tocantínia
Impossibilitado e voltar a atacar a Inglaterra, Napo-
4) Xambioá – Santa Fé (povo iny)
5) Karajá – Ilha do Bananal (povo iny) leão decretou o Bloqueio Continental (1806), que con-
6) Javaé – Ilha do Bananal (povo iny) sistia na proibição a todos os países europeus de faze-
7) Krahô-Kanela – Lagoa da Confusão rem comércio com os ingleses, sob pena de ter seus
8) Pankararu – Aguardando demarcação de países invadidos pela imbatível tropa terrestre napoleô-
terras no município de Figueirópolis. nica.
9) Avá-Canoeiros – Aguardando demarcação de
terras no município de Formoso do Araguaia. Para Napoleão tratava-se, pois, de derrotar a Ingla-
terra através de sua supremacia continental. O bloqueio
continental era uma guerra indireta para desorganizar a
Avá-Canoeiros terão terra demarcada no estado
economia inglesa.
do Tocantins
Outro problema que Napoleão teve de enfrentar foi
O presidente da FUNAI (Fundação Nacional do ín-
Portugal – tradicional aliado da Inglaterra – que relutava
dio), Márcio Meira, deu o primeiro passo necessário
em aderir ao bloqueio. Para pôr fim às hesitações, Na-
para o reconhecimento da terra do povo indígena Avá-
poleão ordenou que Portugal rompesse com a Ingla-
Canoeiro.
terra e prendesse os súditos ingleses, confiscando-lhes
No dia 19 de abril de 2012, dia do índio, foi publicada os bens. Caso contrário, a invasão francesa seria inevi-
no Diário Oficial da União, a autorização dos estudos tável. Sem poder responder negativa ou positivamente
de identificação das terras indígenas Taego Âwaque ao ultimato francês, a situação de Portugal refletia com
(Mata Azul). As terras, que compreendem 29.000 hec- toda a clareza a impossibilidade de manter o status quo.
tares, ficam no município de Formoso do Araguaia, re- Pressionada por Napoleão, mas incapaz de lhe opor
gião sudoeste do estado do Tocantins, às margens da qualquer resistência, e também sem poder prescindir
Ilha do Bananal, ao lado do Rio Javaés. A área atual- da aliança britânica, a Corte portuguesa estava hesi-
mente é ocupada por fazendeiros, uma das fazendas, tante. Qualquer opção significante causaria, no mínimo,
inclusive, pertence à Fundação Bradesco. o desmoronamento do sistema colonial ou do que dele
ainda restava. A própria soberania de Portugal encon-
O Coordenador do Serviço de Gestão Ambiental e trava-se ameaçada, sem que fosse possível vislumbrar
Territorial da FUNAI no Tocantins, João Mitia, destacou qualquer solução plausível.
que a decisão gera o reconhecimento do povo Avá-Ca-
noeiro que nos últimos dois séculos foi expulso de suas Nesse contexto, destacou-se o papel desempe-
terras de forma extremamente violenta. nhado por Lord Strangford, que, segundo Oliveira Lima,
foi “um desses diplomatas, que a Inglaterra costuma ex-
Atualmente o povo Avá-Canoeiro, no estado do To- portar para certos países; que têm mais de protetores
cantins, se resume a 16 pessoas que estão espalhadas do que de negociadores, e que impõem, com mais bru-
em três aldeias: Santa Isabel, do povo Karajá e Coao- talidade do que persuasão, o reconhecimento egoísta
anã e Boto Velho, do povo Javaé. dos interesses dos seus concidadãos e de sua nação”.
Como representante inglês, Strangford soube impor,
sem vacilação, o ponto de vista da Coroa Britânica.
A vinda da família real para o Brasil (1808)

As guerras napoleônicas (1805-1815) apresentaram As imposições britânicas


dois aspectos importantes: de um lado as lutas contra
as nações absolutistas do continente europeu, que Para a Corte de Lisboa colocou-se a seguinte alter-
viam na Revolução Francesa um grande perigo; de ou- nativa: permanecer em Portugal, e sucumbir ao domí-
tro, as lutas contra a Inglaterra, por força das disputas nio napoleônico, ou retirar-se para o Brasil. Esta última
econômicas entre esses dois países burgueses. era a solução definida pela Inglaterra. Para Nelson

298
Apostila TJ-TO

Werneck Sodré, “a ação de Strangford não se resumia, Na primeira metade do século XIX, era desolador o
entretanto, em defender a solução da retirada para o estado da capitania de Goiás/Tocantins. Com a deca-
Brasil, que permitia à Inglaterra subtrair a frota portu- dência a população não só diminuiu como se dispersou
guesa ao aprisionamento pela forças francesas (...)”. pelos sertões, os arraiais desapareciam ou se arruina-
Por outro lado, era “preciso fazer pagar a ajuda, pressi- vam e a agropecuária estava circunscrita à produção
onar no sentido de extrair o máximo de concessões da- de subsistência.
quele governo transido (apavorado), afetado de todos
os lados, sem saída, sem possibilidade de resolver so- Como medidas salvadoras, o príncipe regente D.
zinho a situação”. João VI, assim que chegou ao Brasil, em 1808, passou
a incentivar a agricultura, a pecuária, o comércio e a
Como a invasão do país era iminente, só restava a navegação dos rios. Várias medidas foram anunciadas,
D. João e a Corte portuguesa fugir para o Brasil sob mas a maioria nunca saiu do papel.
proteção britânica.
1)Foi concedida a isenção de impostos pelo período de
O momento era de pânico. As tropas napoleônicas 10 anos aos lavradores que, nas margens dos rios
comandadas por Junot já invadiam Portugal. O Tesouro Tocantins, Araguaia e Maranhão fundassem estabe-
lecimentos agrícolas.
Nacional era saqueado por membros do governo e no-
2)Ênfase à catequese do índio para aculturá-lo e apro-
bres que fugiam para o Brasil. O povo estava sendo veitá-lo como mão-de-obra na agricultura.
abandonado e a revolta pelas ruas acelerava a fuga. D. 3)Criação de presídios às margens dos rios, com os se-
João fugiu disfarçado para se esconder da fúria popu- guintes objetivos: proteger o comércio, auxiliar a na-
lar. No desespero, muita gente morreu afogada ten- vegação e aproveitar o trabalho dos nativos para o
tando nadar até os navios que zarpavam. cultivo da terra.
Presídios eram colônias militares de povoamento, de-
Segundo Nelson Werneck Sodré, “foi um salve-se fesa e especialização agrícola. Em Goiás/Tocantins,
quem puder trágico, amargo, característico do nível de os mais importantes foram Santa Maria (atual Ara-
desagregação a que chegará o Reino de Portugal sob guacema-TO), Jurupense, Leopoldina (atual Aruanã-
o governo bragantino e de uma classe feudal inepta e GO), São José dos Martírios. Na verdade, deram
corrupta. O espetáculo teve cores dantescas”. poucos resultados, por causa do isolamento e da
inaptidão dos soldados no cultivo da terra. A maioria
No meio da parafernália uma frase coerente foi dita desses presídios desapareceu com o tempo.
pela louca rainha D. Maria I aos que a conduziam cor-
rendo num coche: “Não corram tanto, vão pensar que 4)D. João VI, atendendo a uma antiga demanda de vá-
estamos fugindo”. rios capitães-generais (governadores) de Goiás que
reclamavam do tamanho gigantesco da área geográ-
fica de Goiás, dividiu o território goiano em duas co-
marcas: a do sul, compreendendo os julgados de
Conseqüências administrativas da vinda da fa- Goiás (cabeça ou sede), de Meia Ponte, de Santa
mília real para o Brasil Cruz, de Santa Luzia, de Pilar, de Crixás e de Desem-
boque; a do norte ou Comarca de São João das Duas
Barras, compreendendo os julgados de Vila de São
Para organizar a administração da nova sede do
João da Palma (cabeça ou sede), de Conceição, de
reino português foram necessárias várias providências. Natividade, de Porto Real, de São Félix, de Caval-
cante e de Traíras.
 Criação dos Ministérios da Fazenda e Interior, Ma- Foi nessa época que surgiram através da navega-
rinha, Guerra e Estrangeiros.
ção/pecuária: Araguacema, Tocantinópolis, Pedro
 Fundação do Banco do Brasil,
Afonso, Araguatins e Tocantínia e pela expansão da cri-
 Instalação da Junta Geral do Comércio.
 Criação das primeiras faculdades no Brasil (de Me- ação de gado, Lizarda e Taguatinga.
dicina, na Bahia e de Direito, no Recife.
 Instalação da Casa de Suplicação (Supremo Tribu-
nal), etc.
A divisão de Goiás em duas comarcas
 Elevação do Brasil a categoria de Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves, em 1815.
A divisão de Goiás em duas comarcas foi a semente
que deu origem ao atual estado do Tocantins, pois ficou
Novas tentativas de reativação da Economia determinado que a divisa das duas comarcas fosse
mais ou menos à altura do paralelo 13º., atual fronteira
entre os dois estados.

299
Apostila TJ-TO

Outro fato importante foi a nomeação de Joaquim D. João VI transferiu a região de São João das Duas
Teotônio Segurado como Ouvidor da Comarca do Barras para a jurisdição da Capitania de Goiás.
Norte, que acabou liderando o primeiro movimento se-
paratista. “..ficando pertencendo à Capitania de Goiás esta
povoação, não obstante continuar a ser provido o des-
Localização da Comarca do Norte tacamento militar que nela existe pela Capitania do
Pará, até que pelo aumento da povoação, do comércio
Por determinação de D. João VI a sede da Comarca e da riqueza, que se deve esperar da navegação desse
do Norte, criada por Alvará de 18 de março de 1809, dois rios e de seus afluentes, possa ser provido pela
deveria ser construída em um local denominado São sua respectiva Capitania de Goiás.”
João das Duas Barras (hoje São João do Araguaia, no
Pará, perto de Marabá), localizado a mais de 100 km Quem não gostou nada do local escolhido para a
abaixo do Bico do Papagaio. O local teria esse nome sede foi Teotônio Segurado, nomeado, em 21 de julho
por ficar localizado na barra (foz) do Rio Tocantins com de 1809, Ouvidor da recém-criada Comarca. A escolha
o Rio Itacaiúnas. também não agradou aos pecuaristas, a elite econô-
mica dominante na região.
Segundo o militar e memorialista Cel. Cunha Matos,
ao escolher a barra dos dois rios, D. João VI pretendia Usando seu prestígio político, Segurado passou a
incentivar a navegação, usando os rios Araguaia, To- lutar para tentar convencer o Príncipe Regente, D. João
cantins e o próprio Itacaiúnas, que corta grande parte VI, a mudar a localização da sede para uma região mais
do estado do Pará. próxima dos centros povoados. A cidade mais ao norte
da capitania era Porto Nacional, e ficava a quase 1000
Outro objetivo era proteger o território de uma pos- km de distância, rio Tocantins abaixo, até o local esco-
sível invasão de franceses e holandeses, via navega- lhido para sede.
ção do Rio Tocantins, a partir de sua foz com o Rio
Amazonas, pois nessa época a França já havia ocu- Foram 6 (seis) anos de luta, desde a criação da Co-
pado a região amazônica onde hoje se localiza a Gui- marca até o convencimento de D. João VI, que acabou
ana Francesa. Já, os holandeses, por sua vez, haviam autorizando a mudança de local.
se apropriado da região que hoje corresponde ao Suri-
name. Um Alvará Real de 25 de fevereiro de 1814 determi-
nou que o novo local escolhido para sediar a comarca
seria a barra (foz) dos rios Palma e Paranã, local esco-
lhido pelo próprio Teotônio Segurado e pelo Governa-
dor da Capitania de Goiás, na ocasião, Capital-General
Francisco de Assis Mascarenhas, que posteriormente
recebeu o título nobiliárquico de Marquês de São João
da Palma.

No local escolhido foi fundada, em 26 de janeiro de


1815, a Vila de São João da Palma, hoje município de
Paranã (TO).

A região de São João das Duas Barras só voltou a


ser reintegrada ao Pará em 1920.

O avanço da Pecuária

Com a decadência da mineração a pecuária tornou-


se uma opção natural, por vários motivos:
Enquanto a sede original não fosse construída, Na-
1)O isolamento provocado pela falta de estradas e da
tividade seria a sede provisória da Comarca, por deter-
precária navegação impediam o desenvolvimento de
minação de Sua Real Majestade. uma agricultura comercial.

300
Apostila TJ-TO

2)O gado não necessita de estradas, autolocomove-se econômico e de povoamento representado pela pecuá-
por trilhas e campos até o local de comercialização ria, estabelecida através de duas grandes vias de pe-
e/ou abate. netração: a do Nordeste, representada por criadores e
3)Existência de pastagem natural abundante. Especial-
rebanhos nordestinos, que pelo São Francisco se es-
mente nos chamados cerrados de campo limpo.
4)O investimento era pequeno e o rebanho se se multi- palharam pelo Oeste da Bahia, penetrando nas zonas
plica naturalmente. adjacentes de Goiás. O Arraial dos Couros (Formosa)
5)Não necessita de uso de mão-de-obra intensiva, foi o grande centro dessa via. A de São Paulo e Minas
como na mineração. Aliás, dispensa mão-de-obra es- Gerais, que através dos antigos caminhos da minera-
crava. ção, penetrou no território goiano, estabilizando-se no
6)Não era preciso pagar salário aos vaqueiros, que Sudoeste da capitania.
eram homens livres e que trabalhavam por produtivi-
dade. Recebiam um percentual dos bezerros que Assim, extensas áreas do território goiano foram
nasciam nas fazendas (regime de sorte).
ocupadas em função da pecuária, dela derivando a ex-
pansão do povoamento e o surgimento de cidades
como Itaberaí, inicialmente uma fazenda de criação, e
Anápolis, local de passagem de muitos fazendeiros de
gado que iam em demanda à região das minas e que,
impressionados com seus campos, aí se instalaram.

Pecuária se desenvolve melhor no Sul

Este povoamento oriundo da pecuária, entretanto,


apresentou numerosos problemas. Não foi, por exem-
plo, um povoamento uniforme: caracterizou-se pela má
distribuição e pela heterogeneidade do seu cresci-
mento. Prosperou mais no sul, que ficava mais perto do
mercado consumidor do sudeste e do litoral.
Boi Curraleiro
Enquanto algumas áreas permaneceram estacioná-
O povoamento com a pecuária rias – principalmente no norte, outras decaíram (os an-
tigos centros mineradores), e outras ainda, localizadas
Um novo tipo de povoamento se estabeleceu a partir
principalmente na região Centro-Sul, surgiram e se de-
do final do século XVIII, sobretudo no Sul da capitania,
senvolveram, em decorrência sobretudo do surto mi-
onde campos de pastagens naturais se transformaram
gratório de paulistas, mineiros e nordestinos.
em centros de criatório.
Durante o século XIX a população de Goiás aumen-
A necessidade de tomar dos silvícolas (índios) áreas
tou continuamente, não só pelo crescimento vegetativo,
sob seu domínio, que estrangulavam a marcha do po-
como pelas migrações dos Estados vizinhos. Os índios
voamento rumo às porções setentrionais (norte), propi-
diminuíram quantitativamente e a contribuição estran-
ciou também a expansão da ocupação neste período.
geira foi inexistente.
Veja o trecho da canção Saudade Brejeira:
A pecuária tornou-se o setor mais importante da
Que saudade do meu alazão economia.

Do berrante imitando o trovão O incremento da pecuária trouxe como conseqüên-


cia o crescimento da população. Correntes migratórias
Da boiada debaixo do sol chegavam a Goiás oriundas do Pará, do Maranhão, da
Bahia e de Minas, povoando os inóspitos sertões
Nos caminhos gerais do sertão.
Povoações surgidas no período: no Sul de Goiás:
Esta música e outras como Chico Mineiro ou Ber- arraial do Bonfim (Silvânia), à margem do rio Vermelho,
rante de Madalena, refletem um momento muito espe- fundado por mineradores que haviam abandonado as
cial da ocupação de Goiás/Tocantins, quando no Sul e minas de Santa Luzia, em fase de esgotamento.
no Norte de Goiás, no início do século XIX, a mineração Campo Alegre, originada de um pouso de tropeiros; pri-
era de pequena monta, fazendo surgir um novo surto mitivamente, chamou-se Arraial do Calaça. Ipameri,
301
Apostila TJ-TO

fundada por criadores e lavradores procedentes de Mi- Auguste de Saint-Hilaire, viajou pelo Brasil entre
nas Gerais. Santo Antônio do Morro do Chapéu (Monte 1816 e 1822, naturalista francês - em sua obra “Viagem
Alegre de Goiás), na zona Centro-Oriental, na rota do às Nascentes do Rio São Francisco e pela Província de
sertão baiano. Posse, surgida no início do século XIX, Goiás”, deixa em seus relatos do início do século XIX,
em conseqüência da fixação de criadores de gado de uma visão de indolência (preguiça) e inanição (fome)
origem nordestina. muito marcante da gente goiana. Assim, o século XIX
fica conhecido como um momento de “decadência”.
Nas porções norte do estado, ligadas à política de
povoamento dos vales dos rios Araguaia e Tocantins, Veja seguir um relato de S. Hilaire acerca da situa-
com objetivos ligados à implantação do comércio flu- ção de Goiás:
vial, surgiram as seguintes povoações: Porto Real
(Porto Nacional), no final do século XVIII. São Pedro de LEITURA COMPLEMENTAR
Alcântara (Pedro Afonso) e Araguacema, na região do
Araguaia. “Já não há em Santa Luzia senão pequeníssimo nú-
mero de lojas muito mal sortidas; tudo se compra a cré-
dito. Os jornaleiros – trabalhadores por jornada - têm
maior dificuldade em se fazer pagar, se bem que o seu
A Ruralização
salário não vá a mais de 600 por semana; e negros cre-
oulos me diziam que preferiam recolher no córrego de
As características do tipo de pecuária exercido na
Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se
época - basicamente extensiva - por outro lado, não
porem a serviço dos cultivadores por 4 vinténs, uma vez
propiciavam a criação de núcleos urbanos expressivos.
que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes é im-
A economia tendeu a uma ruralização cada vez mais possível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal
marcante e o tipo de atividade econômica gerou grande miséria que ficam meses inteiros sem poder salgar os
dispersão e da população. Os antigos centros minera- alimentos (falta de sal), e quando o pároco faz a sua
dores decadentes não foram substituídos por povoa- excursão para a confissão pascal, sucede freqüente-
ções dinâmicas. mente que todas as mulheres da mesma família se
apresentam uma pós outra com o mesmo vestido.”
No norte de Goiás, atual Tocantins, a expansão da
criação do gado cada vez mais para o norte fez surgir S. Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Fran-
novas povoações, como Taguatinga, Ponte Alta do cisco e pela Província de Goiás.
Bom Jesus, Brejinho de Nazaré, Pedro Afonso, Aragua-
ína, Tocantinópolis, Itaguatins e Araguatins; o gado se A visão de decadência é, contudo uma visão et-
espraiará por todo o estado até a região do bico do pa- nocêntrica e eurocêntrica.
pagaio. Posteriormente surgiram outras cidades como,
 Passou por Goiás/Tocantins um grupo de europeus
Miracema do Norte, Goiatins e Babaçulândia.
intelectuais, século XIX, chamados de viajantes;
 Um dos viajantes mais famosos é Auguste de Saint-
Hilaire, ele afirma que o povo goiano/tocantinense é
preguiçoso, indolente e miserável. E diz que
A Visão do Viajante
Goiás/Tocantins, é a região mais atrasada, isolada
e decadente que ele viu no Brasil;
 Saint-Hilaire compara Goiás/Tocantins com a Eu-
ropa, tem uma visão européia de desenvolvimento;
 Saint-Hilaire não leva em consideração o contexto
histórico para retratar a região e o povo goiano/to-
cantinense, não vê que essa é uma região minera-
dora em decadência e não vê que não é culpa do
povo, que é preguiçoso, mas é um povo que só pro-
duz para comer (subsistência), é isolado, não co-
mercializa e a região é miserável.
 Outro viajante importante foi o austríaco, Joahan
Emanuel Phol que viajou pelo interior do Brasil entre
1817 e 1821, com o intuito de desvendar as nossas
riquezas. Em seu livro Viagem ao Interior do Brasil,
Phol relata sua passagem pelo vale do Tocantins,

302
Apostila TJ-TO

quando passou pelos arraiais de São José do Duro com antigas práticas do Mercantilismo. Por exemplo,
(Dianópolis) e Carmo (Monte do Carmo), descre- queriam recolonizar o Brasil e revogar o Estatuto de
vendo o estado de miserabilidade e penúria que vi- Reino Unido, transformando o Brasil de volta em colô-
via a população ribeirinha. Para ele, o declínio da
nia de exploração, para solucionar suas dificuldades
mineração do ouro foi irreversível, em especial no
norte da Capitania de Goiás, onde a crise foi mais econômicas, medidas que, obviamente, seriam comba-
profunda, em função da região ser isolada, tanto ge- tidas pelas elites econômicas e políticas brasileiras.
ograficamente, quanto propositalmente, pois a re-
gião sofreu medidas que frearam o seu desenvolvi- Ordens vindas de Lisboa promoveram a transferên-
mento entre as quais, ele cita: o fato de a coroa não cia de várias repartições governamentais e exigiram o
ter incentivado a produção agropecuária nas regiões imediato regresso de D. Pedro a Portugal sob o pretexto
auríferas, o que tornava abusivo o preço de gêneros de completar sua formação cultural. Os brasileiros per-
de consumo e favorecia a especulação; a carência ceberam as intenções das Cortes e passaram a apoiar
de transportes, a falta de estradas e o risco fre-
uma ruptura com Portugal.
qüente de ataques indígenas que dificultavam o co-
mércio, além da cobrança de pesados tributos que
Os protestos se avolumavam. A radicalização das
contribuíram para a drenagem do ouro para fora da
região. Cortes unia, no Brasil, aqueles que achavam que o país
poderia continuar ligado a Portugal, desde que manti-
vesse sua autonomia e seu status de Reino Unido, e
PERÍODO DO IMPÉRIO (1822-1889) aqueles que defendiam o rompimento total, absoluto e
definitivo.
A Revolução do Porto (1820)
As abastadas camadas sociais urbanas e rurais pro-
Em 1820 um movimento revolucionário liberal explo- curaram envolver D. Pedro, para que ele aceitasse a
diu em Portugal e depôs o governo local que era chefi- idéia de realizar a emancipação definitiva sem trauma,
ado pelo comandante militar inglês, Lord Beresford. isto é, sem conflitos armados que envolvessem a parti-
cipação das camadas populares.
Os rebeldes do Porto decidiram convocar as Cortes,
Assembléia encarregada de elaborar uma Constituição Em 09 de janeiro de 1822, foi levado ao príncipe re-
para Portugal pondo fim ao regime absolutista. gente um abaixo-assinado com 8.000 assinaturas de
aristocratas e representantes do comércio. O docu-
Dentre as principais determinações dos rebeldes es-
mento pedia sua permanência no Brasil e lhe oferecia
tavam as seguintes:
a possibilidade de reinar sobre um império na América.
- a volta imediata de D. João VI para Portugal; Esse episódio passou à história com o nome de Dia do
Fico, pois D. Pedro teria dito: “Como é para o bom de
- que ele aceitasse previamente a Constituição, todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao
pondo fim ao absolutismo monárquico; povo que eu fico”.

- que a sede das Cortes (Assembléia Legislativa) A decisão de ficar no Brasil, contrariando decisões
fosse em Lisboa. das Cortes, provocou a reação das tropas portuguesas
comandadas pelo tenente-coronel Jorge de Avilez. Na
Temendo perder o trono de Portugal, D. João VI mobilização do povo contra as tropas de Avilez desta-
acatou as determinações. Partiu de volta a Lisboa em cou-se o Clube de Resistência, recém-criado no Rio de
abril de 1821 deixando no trono seu filho D. Pedro, Janeiro, Jorge de Avilez e seus comandados foram ex-
como príncipe regente do Brasil. pulsos do Brasil em fevereiro de 1822.
Esse retorno de D. João VI a Portugal ativou o mo- Como reação ao Fico, os ministros portugueses no
vimento de independência do Brasil e provocou agita- Brasil pediram demissão. D. Pedro formou então um
ções políticas em quase todas as capitanias do país, novo ministério, no qual se destacou José Bonifácio
inclusive em Goiás/Tocantins, onde o houve o movi- pela sua ação em prol da independência.
mento separatista do Norte.
O novo ministério simbolizava a liderança da aristo-
cracia. Dele saíram algumas determinações que enca-
minhavam o Brasil para a firmação de sua independên-
A Independência do Brasil
cia. Em maio de 1822 foi decretado que nenhuma lei
O objetivo das Cortes de Lisboa era manter um go- vinda de Portugal seria aceita no Brasil sem o Cumpra-
verno liberal e constitucional em Portugal conjugado

303
Apostila TJ-TO

se do príncipe regente. No mesmo mês D. Pedro rece- e três religiosos e foram todos expulsos da capital. A
beu da maçonaria a Câmara do Rio de Janeiro o título ação repressora do capitão-general Manuel Inácio de
de Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil. Sampaio conseguiu desarticular o movimento que, em-
bora frustrado, revela-nos a difusão das idéias liberais
Em Junho, acatando a iniciativa dos liberais radicais na Capitania e a tentativa consciente de elementos da
liderados por Gonçalves Ledo, D. Pedro assinou a con- elite local de enfeixar em suas mãos o controle da re-
vocação de uma Assembléia Constituinte. José Bonifá- gião, afastando o domínio português.
cio, que era contra a convocação, terminou por aceitá-
la, mas insistiu na idéia de que a eleição fosse pelo voto Enquanto ocupou o poder em Goiás/Tocantins, o
censitário, o que tiraria do povo o direito de eleger re- capitão Sampaio convocou eleições, em virtude do de-
presentantes. senrolar dos acontecimentos políticos no Rio de Janeiro
e na metrópole. O pleito destinava-se a eleger os repre-
Em agosto, foi assinado um decreto que conside- sentantes goianos/tocantinenses nas Cortes de Lisboa,
rava inimigas todas as tropas portuguesas que desem- sendo eleitos o Ouvidor Joaquim Teotônio Segurado,
barcassem no Brasil. pela Comarca do Norte e o Padre Silva e Sousa, pela
Comarca do Sul.

O grito de Independência
O movimento separatista do norte de Goiás
Restava apenas oficialização da emancipação defi-
(1821-23)
nitiva, e isso aconteceu no dia 7 de setembro de 1822,
quando D. Pedro, encontrando-se em São Paulo, rece- Em 1821, houve a primeira tentativa oficial de cria-
beu cartas das Cortes insistindo em seu regresso a Por- ção do que hoje é o estado do Tocantins. O movimento
tugal e ameaçando o Brasil com o envio de tropas. Ao iniciou-se na cidade de Cavalcante. O mais proemi-
ler as cartas o príncipe decidiu-se pelo rompimento de- nente líder do movimento separatista foi o ouvidor Joa-
finitivo. Estava finalmente oficializada a independência quim Teotônio Segurado, que já manifestara preocupa-
política do Brasil. O Estado Brasileiro, criado em 1822, ção com o desenvolvimento do norte goiano antes
foi montado sobre a velha estrutura conservadora, mesmo de se instalar na região. Teotônio Segurado,
agroexportadora, escravista e dependente dos merca- entre 1804 e 1809, fora ouvidor de toda a Capitania de
dos e do capital internacionais. Era um império escra- Goiás e, quando em 1809, o território goiano foi dividido
vista, bem ao seu gosto da aristocracia. em duas comarcas, por D. João VI, ele tornou-se ouvi-
dor da comarca do norte. Teotônio declarou a Comarca
do Norte (o que corresponde ao atual estado do Tocan-
Reflexos da Independência em Goiás/Tocantins tins) independente da comarca do sul (atual estado de
Goiás).
Em Goiás as incertezas que antecederam a inde-
pendência, aliadas ao contexto político-econômico lo- Joaquim Teotônio Segurado (Moura, 1775 — Vila
cal, permitiram o desenvolvimento de dois importantes de Palma, 14 de outubro de 1831) foi um importante
movimentos, um na capital, Vila Boa, e o outro no norte personagem da história de Goiás e do Tocantins. Seu
da Capitania. desejo de criação do Tocantins não virou realidade mas
mesmo assim fez história e, em homenagem ao
Em Vila Boa, centro político-administrativo da Capi- personagem, a principal avenida de Palmas (a capital
tania, um grupo bastante restrito, mas historicamente do estado) leva seu nome.
significativo, ligado ao clero e às forças militares, inten-
tou a derrubada do governador, capitão-general Manuel Joaquim Segurado chegou ao Brasil em 1800 e, em
Ignácio de Sampaio, português que governou 1803, foi nomeado ouvidor-geral da Capitania de Goiás
Goiás/Tocantins entre 1820 e 1822. O “grupo de radi- pelo príncipe regente Dom João VI. Foi promovido ao
cais” era liderado pelo Padre Luís Bartolomeu Marques cargo de desembargador da relação do Rio de Janeiro
e pelo Capitão Felipe Antônio Cardoso. em 1805, e desembargador da relação da Bahia em
1808.
O golpe eclodiria em 14 de agosto de 1821, mas fra-
cassou em função da prisão dos principais líderes. O No dia 21 de junho de 1809 foi nomeado
grupo contava com seis membros, sendo três militares desembargador da recém-criada comarca de São João

304
Apostila TJ-TO

das Duas Barras (atual São João do Araguaia, no Pará) Descoberta a conspiração, Manuel Inácio Sampaio
. A criação da comarca tinha como objetivo facilitar a mandou prender todos os líderes. O Capitão Felipe An-
administração do imenso território. Em 1815 foi fundada tônio foi aprisionado em Arraias, o Padre Luiz Bartolo-
a vila de São João da Palma, tendo Joaquim Teotônio meu Marques foi banido de Vila Boa e ficou proibido de
Segurado se tornado o seu primeiro ouvidor. se aproximar de uma distância de 50 léguas (300 km)
da capital.
No ano de 1821 proclamou a emancipação do norte
de Goiás. Em 7 de agosto do mesmo ano foi eleito No município de Cavalcante, o Padre Francisco Jo-
deputado junto às Cortes Portuguesas, pela Província aquim Coelho de Matos assumiu a liderança do movi-
de Goiás, ainda sob a administração do príncipe mento independentista (do Brasil) e refugiou-se no in-
regente Dom Pedro I. Em janeiro de 1822 viajou para terior da capitania. O Pe. Francisco Joaquim soube ca-
Portugal, como deputado goiano junto à constituinte talisar o sentimento de abandono da população local e
extraordinária das Cortes Reunidas de Brasil, Portugal procurou apoio da elite pecuarista da região.
e Algarves, tomando posse no dia 8 de abril de 1822,
aos 47 anos de idade. O movimento rebelde começou em Cavalcante, no
dia 14 de setembro de 1821. Nesse dia, depois de uma
Em 23 de junho de 1823, por ordem do imperador tensa reunião, que durou horas e prosseguiu noite
Dom Pedro I, através do padre pirenopolino Luís adentro, foi escolhido o Ouvidor da Comarca do Norte,
Gonzaga de Camargo Fleury, foi destituído de todos os Joaquim Teotônio Segurado, para presidente da junta
seus títulos honoríficos e alguns bens materiais. de governo provisório.

Em 1831, com 56 anos de idade, Joaquim Teotônio


Segurado foi assassinado em sua fazenda em Vila de
Palma, localidade por ele fundada. Segurado foi um dos A instalação da Província da Palma
incentivadores para a emancipaçao do estado.
No dia seguinte, 15 de setembro de 1821, foi insta-
lada a Província da Palma. Na ocasião, os revolucioná-
rios divulgaram um manifesto que continha a clara indi-
É importante destacar que Teotônio Segurado não cação que um dos objetivos do movimento era separar
era propriamente um defensor da causa da indepen- a região norte da região sul de Goiás.
dência brasileira, diferenciando-se, portanto do “grupo
O manifesto destacava os motivos do desejo sepa-
de radicais”, liderados pelo Padre Luíz Bartolomeu Mar-
ratista alegando que a região vivia abandonada admi-
ques, originário de Vila Boa (leia o manifesto reprodu-
nistrativamente, sem representatividade política e sem
zido abaixo). O ouvidor defendia a manutenção do vín-
nenhum tipo de assistência do governo do sul.
culo com as Cortes de Lisboa, sendo inclusive, eleito
representante goiano para aquela assembléia, cuja fun- Ainda, o manifesto defendia a isenção de vários im-
ção seria elaborar uma Constituição comum para todos postos, o que agradou a elite pecuarista que apoiava o
os territórios ligados à Coroa Portuguesa. movimento.

Veja abaixo o Manifesto de Criação da Província da


Palma:
O passo a passo da rebelião

O movimento separatista do norte representou uma Habitantes da Comarca de Palma! É tempo de sa-
continuidade da fracassada tentativa de derrubada do cudir o jugo de um governo despótico; todas as provín-
Governador de Goiás, o português capitão-general Ma- cias do Brasil têm nos dado esse exemplo; os nossos
nuel Inácio de Sampaio ocorrida na capital, Vila Boa de irmãos de Goiás fizeram um esforço infrutífero, ou por
Goiás. mal delineado, ou por ser rebatido por força superior,
eles continuam na escravidão, e até um dos habitantes
Esse movimento foi liderado pelo Padre Luiz Barto- dessa comarca ficou em ferros.
lomeu Marques e pelo Capitão Felipe Antônio Cardoso,
dois entusiastas defensores da independência do Bra- Palmenses, sejamos livres, e tenhamos segurança
sil. Ambos lideraram em 14 de agosto de 1821 movi- pessoal; unamo-nos e principiemos a gozar as vanta-
mento golpista que pretendia derrubar o capitão-gene- gens que nos promete a constituição!
ral.
Abulam-se esses tributos que nos vexam, ou por
sermos os únicos que os pagamos, ou por não serem
305
Apostila TJ-TO

conformes às antigas leis adaptáveis a esta pobre co- O afastamento de Teotônio Segurado
marca. Saídas de gado, décima, banco, papel selado,
entrada de sal, ferro, aço e ferramentas ficam abolidas. Três meses após o início do movimento e da criação
Todos os homens livres têm direitos aos maiores em- da Província da Palma, Segurado deixou a presidência
pregos, à virtude e à ciência, eis os empenhos para os da junta provisória e embarcou para Lisboa, ele havia
cargos públicos. sido eleito como deputado constituinte para participar
da elaboração da Constituinte convocada pelos rebel-
Todas as cabeças de julgado darão um deputado des do Porto, que puseram fim a monarquia absolutista
para o Governo Provisório. Os arraiais de São José, em Portugal.
São Domingos, Chapada e Carmo ficam gozando da
mesma prerrogativa. Esses deputados devem ser elei- A saída de Teotônio gerou o fortalecimento do grupo
tos e dirigirem-se imediatamente a Cavalcante, onde dos brasileiros natos, liderados pelo Pe. Luiz Bartolo-
reside interinamente o Governo Provisório. Depois de meu e o Cap. Felipe Antônio, o que desagradou bas-
reunidos todos os deputados, se decidirão qual deve tante D. Pedro I, e seu Ministro Plenipotenciário José
ser a capital, e nela residirá o governo. Os soldados que Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Indepen-
quiserem sentar praça de infantaria vencerão cinco oi- dência.
tavas por mês e, na cavalaria, seis e meia.

Palmenses, ânimo e união! O governo cuidará de


Duplo governo
vossa felicidade. Viva a nossa santa religião, viva o Sr.
D. João VI, viva o Príncipe Regente e toda a casa de Com a saída de Segurado o movimento se dividiu
Bragança, viva a Constituição que se fizer nas cortes ainda mais.
reunidas em Lisboa.
Em Cavalcante, Febrônio José Vieira Sodré gover-
Cavalcante, 15 de setembro de 1821. nava como sucessor de Teotônio Segurado.

Em Natividade o tenente-coronel Pio Pinto Cer-


queira passou a governar com o apoio de vários milita-
Desunião leva ao fracasso do movimento res, inclusive do Cap. Felipe Antônio.
Desde o seu início o movimento separatista mos- Observa-se que o governo independente instalou-se
trou-se dividido: primeiramente em Cavalcante, passando por Arraias e,
depois, por Natividade/Cavalcante, com a duplicidade
PORTUGUESES BRASILEIROS
de governadores. Tal fato revela graves divergências
De um lado o Ouvidor De outro, o grupo do Pe. entre as lideranças dos arraiais que encamparam a
Teotônio Segurado e Luiz Bartolomeu e do causa separatista, todos disputando a hegemonia polí-
seus correligionários, a Cap. Felipe Antônio, for- tica na região. As divisões internas facilitaram sobrema-
maioria portugueses mado por brasileiros natos, neira a ação repressora do governo do sul de Goiás.
de nascimento, que que além de advogarem a
defendiam um governo divisão da capitania de
independente para a Goiás, defendiam a inde- A independência do Brasil e o fim do movimento
comarca do norte mas pendência do Brasil em re-
queriam manter o Bra- lação a Portugal. Em 07 de setembro de 1822, D. Pedro I declarou a
sil unido a Portugal. independência do Brasil. O cap. Felipe Antônio e o Ten.
Coronel Pio Pinto Cerqueira ficaram eufóricos e acredi-
Em outubro de 1821, atendendo à maioria das lide- taram que o movimento separatista seria fortalecido.
ranças regionais, Teotônio transferiu o novo governo Chegaram a enviar à capital o deputado provincial goi-
para Arraias, fazendo surgir forte oposição dos repre- ano Tenente Bernardino de Sena, para tentar oficializar
sentantes de Cavalcante. Teotônio permaneceu à a separação de Goiás e a criação da Província da
frente da Junta de Governo independente do Norte en- Palma (com a independência as capitanias passaram a
tre 14 de setembro de 1821 e janeiro de 1822, quando se chamar províncias), mas, o capitão-general Manuel
rumou para Portugal, representando Goiás nas Cortes. Inácio Sampaio, governador de Goiás, fez valer o seu
prestígio político junto a José Bonifácio de Andrada e

306
Apostila TJ-TO

Silva, Ministro e principal conselheiro de D. Pedro I, No final do período imperial, o Deputado do Império
para impedir que a separação se concretizasse. Visconde de Taunay chegou a propor, sem sucesso,
por duas vezes, em 1873 e 1879, a criação da Província
D. Pedro I, acatando pedido de seu ministro e con- de Boa Vista do Tocantins.
selheiro José Bonifácio, desaprovou o movimento se-
paratista e ordenou a reunificação. Em 1880, o deputado da Província do Pará João
Cardoso de Meneses e Sousa, apresentou um projeto
O Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury, repre- ao Parlamento do Império que propunha a criação da
sentante do governo do sul, foi enviado à região com o Província do Norte, anexando partes do Pará, Mara-
propósito de promover a reunificação da província. Ca- nhão e Goiás. O projeto foi rejeitado por pressão das
margo Fleury conseguiu, pois, em 24 de abril de 1823, três províncias, que não aceitaram ceder seus territó-
dissolver o governo de Natividade, o que lhe valeu o rios.
título de “pacificador do norte”.

Um ofício de José Bonifácio, em nome do imperador


D. Pedro I, datado de 23 de junho de 1823, sepultou PERÍODO REPUBLICANO (1889...)
definitivamente o movimento ao condenar a instalação
de um governo ao norte, uma vez que considerava “a A luta continua no período republicano
dita instalação contrária às Leis que proíbem multiplici-
No período republicano, a causa separatista do
dade de governos em uma só província”. O mesmo ofí-
norte de Goiás voltou a se manifestar. O crescimento
cio recomendava o restabelecimento da unidade pro-
econômico das regiões sul e do sudoeste goiano, inten-
vincial, no que foi atendido.
sificado a partir da chegada dos trilhos ao estado – a
Encerrava-se, naquele momento, o movimento se- estrada de ferro chegou ao sul de Goiás (Catalão), em
paratista do norte de Goiás, valendo citar, porém, a li- 1913 – refletiu-se no aumento das diferenças regionais.
ção de Maria do Espírito Santo Rosa Cavalcante que, Enquanto o sul de Goiás integrava-se à economia naci-
no seu livro O Discurso Autonomista do Tocantins, diz: onal, o problema do isolamento mantinha-se no norte,
perpetuando a estagnação econômica da região.
“Muito embora o Governo Independente do Norte te-
nha arrefecido em meio às querelas políticas de inte- A administração, por sua vez, continuava concen-
resse conflitantes das lideranças do Norte e do Centro- trando os recursos e investimentos do estado na região
sul de Goiás, o projeto de autonomia política do Tocan- sul, dotada de melhores estradas e infra-estrutura.
tins foi retomado por outras gerações em dois momen- Essa realidade manteve-se ao longo do século XX,
tos politicamente significativos: de 1956 a 1960 e nos acentuando-se com a construção de Goiânia, a Marcha
anos 1980, não excluindo falas isoladas que se mani- para o Oeste e a Construção de Brasília. O que gerava
festaram por meio da imprensa local.” revolta da população do norte do estado.

Portanto, apesar de vencido nos primeiros tempos


do Brasil independente, a causa separatista permane-
A Chacina dos Nove (1917-1919)
ceu no espírito do povo tocantinense, revelando-se du-
radoura e persistente, o que resultou na Criação do es- Durante a República Velha (1889-1930), basica-
tado do Tocantins, pela Constituição promulgada em mente duas famílias mandaram em Goiás/Tocantins.
1988. De 1889-1912 foi o domínio dos Bulhões e de 1912-
1930, domínio dos Caiado.
A precária situação do Norte
No ano de 1918, os coronéis da oligarquia Caiado,
Em 1823, o Cel. Cunha Matos, militar enviado ao
cujo principal chefe era o Senador Antônio de Ramos
Norte para reconduzi-lo a união com o Sul, documenta
Caiado, mais conhecido pelos apelidos de Totó Caiado
em seus inscritos a indolência do povo e decadência
ou Totó Brabeza, protagonizaram uma chacina que
dos arraiais sublevados: “Cavalcante é quase
marcou a história da então pacata São José do Duro,
nada,.....aqui falta tudo, a fome é terrível.....dizem que
atual Dianópolis, quando 9 pessoas tomadas como re-
nas Arraias, Conceição, Flores e Natividade, ainda é
féns e mantidas amarradas a troncos de madeira foram
pior....”.
covardemente assassinadas em plena praça pública
por uma força policial enviada da capital, Goiás Velho.

Tentativas legais de criação do Tocantins


307
Apostila TJ-TO

Tudo começou por causa de uma disputa de poder João Alves de Castro, Presidente do Estado (como
local entre o Juiz Manoel de Almeida, aliado dos Caiado era chamado Governador à época) decide enviar uma
e os coronéis Joaquim Ayres Cavalcante Wolney e seu força-tarefa, chefiada pelo juiz Celso Calmon Nogueira
filho Abílio Wolney, ambos ex-aliados da oligarquia Cai- da Gama e uma guarnição militar comandada pelo Te-
ado e agora desafetos políticos de Totó. nente Antônio Seixo de Brito. O objetivo era restaurar a
ordem e pacificar a região.
O episódio é bastante conhecido nacionalmente e já
deu origem a vários livros e até mesmo a um filme (fic- Os Wolney fortificam a Fazenda Buracão. O Bura-
ção com pano de fundo histórico), o Tronco. cão vira uma praça de guerra. Ali se acoitam os mais
famosos jagunços regionais. Cangaceiros armados até
O Tronco é um filme de 1999 dirgido por João os dentes aguardam a chegada de tropas vindas da ca-
Batista de Andrade baseado no romance homônimo do pital a qualquer momento. Olheiros dos Wolney davam
escritor goiano Bernardo Élis. É estrelado por Ângelo notícia de uma tropa com 60 soldados ou mais.
Antônio, Letícia Sabatella, Chico Diaz, Rolando Boldrin
e Antônio Fagundes e narra, com personagens fictícios, O juiz Celso Calmon, ao chegar à cidade decide ir
a história da chacina que marcou para sempre a vida até a Fazenda Buracão – em missão de paz, segundo
dos dianopolinos e tocantinenses. ele - tentar negociar uma saída para o problema e foi
diplomaticamente recebido pelos Wolney. Muito calmo
e seguro de si, o dr. Calmon diz aos Wolney a que veio.
Veio para pacificar, tranqüilizar o Duro e as famílias,
O Inventário de Vicente Pedro Belém
reintegrar as autoridades coagidas pela violência dos
O estopim da crise foi o inventário de Vicente Pedro coronéis e pede aos Wolney a restituição do inventário
Belém, um amigo do coronel Abílio Wolney, que mo- de Vicente Belém, retirado do cartório e levado para o
rava distante de São José do Duro cerca de seis quilô- Buracão. O juiz afirma que a paz voltará a reinar com a
metros. Belém foi assassinado no dia 29/12/1917, pelo devolução do inventário. Mas Abílio desconfia.
próprio cunhado.
O Cel. Joaquim Wolney devolve o inventário, contra-
Durante o desenrolar do inventário, Sebastião de riando o filho Abílio.
Brito Guimarães, coletor estadual, concunhado do Cel.
A chacina
Abílio, resolve impugnar o inventário de Vicente Belém
alegando sonegação. O juiz Manoel de Almeida aprova Nada do que ficou acertado foi cumprido. De volta
a impugnação. Em janeiro de 1918 a questão se arrasta ao Duro, o juiz Celso Calmon Nogueira da Gama faz
e a posição de Sebastião é contestada pelos parentes justamente o contrário do que, dizem, prometera aos
de Vicente Belém, que protestaram. Wolney no Buracão. Decreta a prisão do pai e filho, Jo-
aquim e Abílio e expede o mandado de prisão.
Abílio decide resolver o assunto do inventário à
força. A tropa comandada pelo Tenente Antonio Seixo de
Brito, marcha sobre a Fazenda dos Wolney - o Buracão.
Juntamente com o pai, o Cel. Joaquim, Abílio Wol-
Acercam-se da casa-grande, onde os moradores ainda
ney e alguns jagunços partem da propriedade da famí-
estavam adormecidos e foram pegos de surpresa. No
lia, a Fazenda Buracão, para São José do Duro, inva-
cerco, o Cel. Joaquim foi brutalmente assassinado a ti-
dem o cartório, desacatam o juiz municipal, gritam que
ros, facadas e coronhadas. Abílio escapou por pouco
querem solução rápida para o inventário, batem com o
ao esconder-se dentro de uma tulha de farinha - arca
coice da carabina na mesa do magistrado, ameaçam,
de madeira onde se guardam cereais. Vários outros
discutem, exigem - e o juiz, intimidado pelos dois coro-
membros da família e jagunços foram mortos.
néis, pai e filho, e mais os jagunços, cede. Resolve
atender e despachar o inventário no mesmo dia, nos Sem conseguir capturar ou matar o Cel. Abílio Wol-
termos da exigência dos coronéis. Despacha o inventá- ney e temendo vingança por parte do Coronel, os mili-
rio, porém decide denunciar os coronéis ao governo do tares prendem nove pessoas, dentre elas, amigos e pa-
estado, o que faz, juntamente com o coletor Sebastião rentes de Abílio. Os presos foram mantidos amarrados
de Brito Guimarães. A denúncia segue para Goiás Ve- a um tronco de madeira para serem usados como es-
lho. E, com receio de represálias de Joaquim e Abílio, cudo humano caso Abílio resolvesse revidar.
os dois retiram-se do Duro. Na expectativa da decisão
do governo do Estado, a quem apoiavam.

308
Apostila TJ-TO

O Cel. Abílio Wolney, revoltado com a situação e se- Esses jovens, devido a I Guerra Mundial, sofreram
dento de vingança, arregimentou dezenas de jagunços, influências nacionalistas e industrialistas. Eles queriam
na região de Barreiras (BA), cidade com a qual a família moralizar a vida pública, acabar com a corrupção. Pre-
tinha muita ligação. O confronto era inevitável e a bata- gavam o voto secreto e a reforma do ensino, mas acha-
lha foi sangrenta. vam que o povo “despreparado e ignorante” devia ser
dirigido pelos “mais capazes”. Eram ferrenhamente
Abílio e seus jagunços travaram um combate que contrários as às oligarquias estaduais que mantinham
teve várias batalhas. No meio do tiroteio, a polícia ma- de pé a chamada política dos governadores.
tou os nove reféns que estavam presos ao tronco.

A pedido de seus familiares o Cel. Abílio Wolney re-


tirou-se para o Piauí, onde ficou refugiado durante LEITURA COMPLEMENTAR
quase 8 anos, até ser anistiado, em 1927, por decreto
do Presidente Arthur Bernardes, para combater a Co- A Política dos Governadores e o Coronelismo
luna Prestes, que naquela ocasião, na sua longa mar-
cha pelo pais, atravessava o norte de Goiás, hoje To- O sistema coronelístico era a base da política dos
cantins, tendo passado pela cidade de São José do governadores. Os coronéis eram grandes latifundiários
Duro. que exerciam o poder local nos municípios brasileiros e
controlavam a população local através do “curral eleito-
ral” e pelo “voto de cabresto”.

No local onde foram sepultadas as vítimas da cha-


cina foi erguida uma capelinha, em homenagem aos
que pereceram. O local passou a ser conhecido como
a Praça dos Nove.

Na República Velha, o resultado das eleições não


representava a vontade popular – era a democracia
sem povo – pois a população dos municípios votava em
Capelinha dos 9 – Dianópolis (TO) quem o coronel mandasse e não raramente eram con-
vencidos a isso através da violência.
A capelinha é considerada até hoje um dos maiores
patrimônios histórico e sentimental do povo dianopo- As eleições geralmente eram fraudadas e os votos
lino. direcionados sempre garantiam a eleição ao candidato
governista, que chegava a receber mais de 90% do vo-
tos, dependendo da influência do coronel que o apoi-
ava.
O Movimento Tenentista
O coronel trocava favores com as oligarquias esta-
Os tenentes, na verdade, o jovem oficialato, protes-
duais, que, por sua vez, dirigiam os votos para o presi-
tavam contra o abandono em que se encontrava o exér-
dente, completando, dessa forma, a política dos gover-
cito, desaparelhado e sem recursos. O governo só lhes
nadores. Assim, as famílias se perpetuavam no poder.
atribuía missões humilhantes como depor oligarquias
contrárias ao poder central. Eram os jagunços do go-
verno, no dizer deles.

309
Apostila TJ-TO

O objetivo declarado pelos tenentes para o seu mo- Luís Carlos Prestes, formando a famosa Coluna Pres-
vimento rebelde era percorrer o interior do país consci- tes.
entizando as pessoas da necessidade de acabar com
esse pacto oligárquico. Para eles o pior entrave ao de-
senvolvimento nacional era o coronelismo, a base de
3ª. Revolta Tenentista – A Coluna Prestes
sustentação da Política dos Governadores. Portanto,
eram ferrenhamente contrários ao coronelismo. Mas as pessoas possuíam um misto de admiração
e temor pelos tenentes. Isso se dava em função dos
boatos espalhados pelos coronéis da oligarquia Cai-
As revoltas tenentistas (1922-1927) ado, que governavam Goiás/Tocantins na época, que
diziam serem os tenentes revoltosos cruéis, que não
• 05/07/1922 – 1ª. Revolta Tenentista – Os 18 do respeitavam mulheres nem solteiras nem casadas; que
Forte eram ateus e comunistas, que queimavam igrejas, etc,
• 05/07/1924 – 2ª. Revolta Tenentista – Levante etc... O que não era verdade. A prova disso é que
de São Paulo
quando a Coluna Prestes passou por Porto Nacional os
• 1924-1927 – 3ª. Revolta Tenentista – Coluna
Prestes rebeldes ficaram hospedados no convento das freiras
dominicanas, onde até chegaram a imprimir um jornal,
“O Libertador”, que na verdade continha um resumo do
1ª. Revolta Tenentista – Os 18 do Forte ou Re- manifesto da idéias tenentistas.
volta do Forte de Copacabana

A passagem da Coluna Prestes pelo Tocantins

A Coluna Prestes, considerada a terceira revolta te-


nentista, começou a se formar em Santo Ângelo (RS)
mas oficialmente nasceu em Alegrete (RS) onde se jun-
tou com a Coluna Paulista, de onde partiu para percor-
rer mais de 25.000 km, atravessando 11 estados brasi-
leiros, depois de um ligeiro desvio pelo território para-
guaio

 O objetivo era derrubar o Presidente Epitácio


Pessoa Nessas andanças a coluna atravessou o estado do
 A revolta foi brutalmente reprimida Tocantins, entre setembro e outubro de 1925, pas-
 Apenas dois tenentes sobreviveram: Eduardo sando pelas cidades de Arraias, Natividade, Porto
Gomes e Siqueira Campos Nacional, Tocantínia e Pedro Afonso, desviando em
seguida para o Maranhão. No retorno da coluna do nor-
2ª. Revolta Tenentista – Levante de São Paulo deste em direção ao centro-oeste ainda passaram pelo
município de Dianópolis.
Em 05/07/1924, aniversário de 2 anos da primeira
revolta, novamente os tenentes pegaram em armas
para derrubar o governo, sob o comando do general Isi-
doro Dias Lopes, com o apoio de Antônio Siqueira Cam-
pos e Juarez Távora e conseguiram controlar a capital
paulista por 23 dias.

Conseguiram o apoio de outros 5 estados: PE, RS,


PA, AM e SE.

Mais uma vez as tropas federais bombardearam os


quartéis e os revoltosos paulistas fugiram para o Sul,
onde se juntaram ao grupo comandado pelo capitão

310
Apostila TJ-TO

Memorial da Coluna Prestes – Palmas (TO)

Marcha Para o Oeste

Um dos principais projetos de governo de Getúlio


Vargas, após a vitoriosa Revolução de 1930, foi o da
Formada por um núcleo fixo de 300 militares, co- interiorização do desenvolvimento, que se faria operar
mandados pelo capitão Luís Carlos Prestes, o Cava- através da Marcha para Oeste.
leiro da Esperança, em alguns momentos a coluna che-
gou a agregar em suas fileiras mais de 1.500 homens. Goiás teve papel central nesse momento histórico já
Travou mais de 100 combates com as tropas federais, que o primeiro passo da Marcha para o Oeste foi a
que solicitaram até a ajuda do cangaceiro Lampião, Construção de Goiânia, uma cidade totalmente plane-
mas não foi derrotada. jada, no mais moderno estilo arquitetônico da época, o
art decò, que havia sido consagrado na recém-lançada
Também não conseguiu vencer as tropas governa- Carta de Atenas, manifesto urbanístico resultante do IV
mentais. Dispersou depois de dois anos e meio de lu- Congresso Internacional de Arquitetura Moderna
tas, já durante o governo de Washington Luís. (CIAM), realizado em 1933, na Grécia, onde a grande
estrela foi o arquitelo francês Le Corbusier.
Esse foi o maior esforço militar empreendido até en-
tão no Brasil para a derrubada de um governo. Goiânia era um símbolo do novo em contraposição
ao velho (a oligarquia e o coronelismo típico da era do
Os tenentes conseguiram parcialmente seu objetivo;
café-com-leite).
sensibilizar a população para a mudança. O movimento
tenentista preparou as bases para a revolução de 1930, Era o Brasil deixando de ser rural e oligárquico para
que acabaria com a República do Café-com-leite, se inserir no contexto urbano-industrial.
dando início à Era Vargas no Brasil.
A Marcha para o Oeste definiu-se assim como uma
das faces da política econômica de Vargas, necessária
para a consolidação global dos planos presidenciais.
Governo do Tocantins homenageia Prestes
Em 1940 Vargas definiu o sentido da interiorização:
Na Praça dos Girassóis, em Palmas, fica um dos
mais belos memoriais da Coluna Prestes já erguidos no "Torna-se imperioso localizar no centro geográfico
Brasil (existem vários outros por onde a coluna pas- do País, poderosas forças capazes de irradiar e garantir
sou). O projeto arquitetônico é do recém-falecido arqui- a nossa expansão futura. Do alto dos nossos chapa-
teto Oscar Niemayer, um dos maiores amigos e admi- dões infindáveis, onde estarão, amanhã, grandes celei-
radores do revolucionário Luís Carlos Prestes. ros do País, deverá descer a onda civilizadora para as
planícies do Oeste e do Nordeste", declarou.

311
Apostila TJ-TO

Goiânia não representou apenas uma cidade a mais e Araguaína conheceram significativo crescimento, so-
no Brasil. Foi o ponto de partida de um ciclo de expan- mando-se a outros centros urbanos representativos da
são do Oeste, fator de desenvolvimento nacional, fator região, como Porto Nacional, Pedro Afonso e Tocanti-
de unificação política. Goiânia seria uma nova forma de nópolis, às margens do Rio Tocantins.
bandeirantismo.

Principais objetivos da Marcha para o Oeste

 Interiorização do desenvolvimento
 Suporte para a ocupação da Amazônia
 Incentivo a migração
 Reforma agrária
 Criação de Colônias Agrícolas (Eng. Bernardo
Sayão)
- 1941 - CANG – Colônia Agrícola Nacional de
Goiás (Ceres)

 Incentivo a agropecuária
 Construção de estradas
 Rota aérea para o norte
 Retomada da mineração no Brasil Central Esclarecimento do DNIT sobre a Belém-Brasília

Em maio de 2012 entrou em vigor a Lei de Acesso


Políticas Públicas: à Informação (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011) com o objetivo de garantir aos cidadãos brasilei-
 Fundação Brasil Central (futura SUDECO)
ros acesso aos dados oficiais do Executivo, Legislativo
 SPVEA – Superintendência para a Valorização
Econômica da Amazônia (futura SUDAM) e Judiciário. Cada órgão público terá um Serviço de In-
formação ao Cidadão (SIC) para garantir a transparên-
cia dos dados públicos.
A ocupação do Vale do Araguaia
Valendo-me da nova Lei que permite a qualquer ci-
A partir da década de 1930, a região do Médio Ara- dadão solicitar informações a qualquer órgão público
guaia passou por um intenso processo de povoação ad- dos três poderes questionei ao Departamento Nacional
vindo da descoberta de cristal de rocha (quartzito) em de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão subordi-
grande quantidade nessa região. Garimpeiros oriundos nado ao Ministério dos Transportes, sobre as diversas
do nordeste e também do Pará foram os principais res- denominações da Rodovia Belém-Brasília e obtive o
ponsáveis por esse processo de povoamento. seguinte esclarecimento:

Foi nessa época que surgiram os municípios de


Xambioá, Cristalândia, Pium, Formoso do Araguaia e
Dueré. Transformaram-se em municípios prósperos, ti- LEITURA COMPLEMENTAR
rando do isolamento e do abandono o Vale do Ara-
guaia. Prezado Senhor,

Informa-se que não existe um documento formal ou


legal que tenha definido a rodovia Belém-Brasília. Esta
A chegada da BR-153 (Belém-Brasília) é, portanto, uma denominação popular. No início
de 1958, a partir da decisão do Presidente Juscelino
O problema dos transportes começa a se resolver Kubitschek de transferir a capital federal para o Planalto
com a construção da rodovia Transbrasiliana, a partir Central, surgiu também a idéia de construir uma rodovia
de 1951, (que teve trechos posteriormente incorpora- que ligasse a nova capital ao Meio-Norte brasileiro.
dos pela Belém-Brasília) e que ligava Anápolis a Tocan- Neste primeiro momento, a definição do traçado foi de-
tínia. As cidades às margens da rodovia, como Gurupi terminada pelas passagens e trilhas já abertas e pelas

312
Apostila TJ-TO

cidades existentes ao longo do caminho. Em sua inau-


guração, no ano de 1960, este traçado constituía a
única rota de ligação entre as referidas cidades. Ainda
em 1960, o Plano Nacional de Viação sofreu uma refor-
mulação na qual foi introduzida a classificação das ro-
dovias como:

Rodovias Radiais: são as rodovias que partem da


Capital Federal em direção aos extremos do país. No-
menclatura: BR-0XX; Rodovias Longitudinais: são as
rodovias que cortam o país na direção Norte-Sul. No-
menclatura: BR-1XX; Rodovias Transversais: são as
rodovias que cortam o país na direção Leste-Oeste. No-
menclatura: BR-2XX;Rodovias Diagonais: estas rodo-
vias podem apresentar dois modos de orientação: No-
roeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste. Nomenclatura:
BR-3XX; Rodovias de Ligação: estas rodovias apre-
sentam-se em qualquer direção, geralmente ligando ro-
dovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a
cidades ou pontos importantes ou ainda a nossas fron-
teiras internacionais. Nomenclatura: BR -4XX.

Nesta nova conceituação, que se mantém até hoje, Novas tentativas de emancipação
entendeu-se que a rodovia inicial da ligação Belém-Bra-
sília, por se estender até o sul do país, não se enqua- Em1943, já em plena Era Vargas, foi feita uma nova
drava como rodovia radial. Assim, esta foi classificada tentativa de dividir Goiás entre o norte e o sul. Desta
como rodovia longitudinal e foi denominada BR-153. vez a iniciativa partiu do Brigadeiro Lysias Rodrigues,
Deste modo, para fazer a ligação entre a capital federal profundo conhecedor da realidade do esquecido norte
e a capital paraense, foi criada a rodovia radial BR-010 de Goiás, que propôs a criação do Território Federal do
que, de acordo com os novos critérios do Plano de Via- Tocantins, sem sucesso.
ção de Viação, passou a ser a atual diretriz entre Bra-
sília e Belém. Em 1956, o Movimento Autonomista de Porto Naci-
onal, liderado pelo Juiz de Direito Feliciano Machado
Contudo, como a BR-010 ainda possui 575,1 Braga, deflagrou uma ampla campanha popular pela
km não pavimentados, o traçado que é efetivamente criação do Estado do Tocantins, mas o movimento ter-
utilizado, ligando Brasília a Belém, passa pelas seguin- minou se desarticulando com a manobra do Governa-
tes rodovias e trechos: dor de Goiás Mauro Borges Teixeira, que, em 1961,
transferiu o juiz Feliciano para a cidade de Anápolis,
BR 080/DF/GO: Brasília – Entroncamento BR- próxima a Goiânia.
153/GO (tradicionalmente o trecho inicial era a BR-
060/DF/GO);

BR-153/GO/TO: Entr. BR-080/GO – Entr. BR- A Proclamação Autonomista de Porto Nacional


226/TO;
As elites regionais voltam a reivindicar a autonomia
BR-226/TO/MA: Entr. BR-153/TO – Estreito (BR- da região, destacando-se, em 1956, a “Proclamação
010/MA) autonomista de Porto Nacional”, liderada pelo juiz da
comarca de Porto Nacional, Feliciano Machado Braga.
BR-010/MA/PA: Estreito (BR-010/MA) – Belém/PA Foi lançado o movimento Pró-Criação do Estado do To-
cantins, que ganha notoriedade e apoio de várias auto-
Atenciosamente e à disposição, SIC.
ridades da região norte e sul de Goiás.

Dentre outros engajados no movimento emancipa-


tório, podemos citar: Fabrício Cesar Freire, e Oswaldo
Aires da Silva, além do Bispo de Porto Nacional Dom

313
Apostila TJ-TO

Alano Marie Du Noday e de Trajano Coelho, empresá- A bandeira da Proclamação Autonomista


rio e Prefeito de Pium.

A bandeira possuía em seu desenho treze listras ho-


rizontais, alternadas em verdes e branco, com a mesma
Catedral Nossa Senhora das Mercês significação das cores da Bandeira Nacional. O numero
treze se refere ao dia do lançamento do manifesto, 13
O movimento, que começa em 13 de maio de 1956 de maio, dia da Libertação da escravatura e simbolica-
(a data foi escolhida por 13 de maio ser o dia da liber- mente o dia da libertação do povo tocantinense, sobre-
tação dos escravos, simbolizando a libertação do povo posta às listras horizontais uma faixa diagonal vermelha
tocantinense), realiza uma grande passeata em 20 de do canto esquerdo para a direita, “exprimindo o ardor,
maio, inaugurando, no aeroporto da cidade, uma placa o calor do povo tocantinense e ao centro desta faixa a
com os dizeres “Viva o estado do Tocantins”. palavra “VELO” em letras brancas simbolizando que o
novo Estado velaria pelos interesses brasileiros na en-
Em sinal de sua dedicação à causa o juiz Feliciano trada da bacia amazônica.
Machado Braga passou a despachar documentos
oficiais como: "Porto Nacional, Estado do Tocantins". Há também uma versão dizendo que as treze listas
são uma alusão ao paralelo 13º. onde hoje é a divisa
O movimento emancipacionista defende a ruptura entre os estado de Goiás e Tocantins.
com o governo do sul alegando o estado de abandono
da região, precariamente assistida pelos serviços públi-
cos. O norte não se sentia satisfatoriamente represen-
tado, posto que, dos 32 deputados estaduais, apenas Oposição e governo tentam desarticular movi-
02 eram originários da região. A criação do novo estado mento
é defendida também como uma forma de consolidar a
Os oposicionistas, por sua vez, suscitam a inviabili-
Marcha para o Oeste, servindo o Tocantins de porta de
dade do novo estado, pela precariedade das finanças
entrada para a região Amazônica.
da região.
O movimento criou um hino e uma bandeira; um jor-
Em uma manobra do governador goiano Mauro Bor-
nal – Ecos do Tocantins – e o Divino Espírito Santo foi
ges Teixeira, o juiz Feliciano Machado Braga, líder do
designado como padroeiro do novo estado que iria sur-
movimento, é transferido para a comarca de Anápolis,
gir.
em 1961, e a campanha pró-Tocantins ameaça se de-
sarticular.

A CENOG – Casa do Estudante do Norte Goiano,


movimento formado pelos estudantes nortistas que iam
fazer faculdade em Goiânia, tenta manter a luta de pé.
Durante o período de férias, os estudantes agitavam as
cidades do norte de Goiás organizando passeatas e
eventos reivindicando a autonomia do esquecido norte
do estado.

314
Apostila TJ-TO

Nesta mesma época, início da década de 1960, todos os municípios que cortam esta estrada, em nome
chega ao Tocantins, em Colinas, José Wilson Siqueira de ruas, bairros ou colégio.
Campos que se engaja na luta emancipatória e viria a
se tornar a principal liderança do movimento separatista Também ficou conhecido como “o bandeirante
daí em diante. moderno”.

-------------------------------------------------------------------------
LEITURA COMPLEMENTAR
----------------------
Desbravadores do Tocantins Lysias Augusto Rodrigues (Rio de Janeiro, de
Bernardo Sayão Carvalho Araújo (Rio de 1896-1957)
Janeiro, (1901-1959) Foi um piloto militar e escritor brasileiro.
Foi um político brasileiro. Formado em 1923 na
Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária
de Belo Horizonte, teve como principal projeto o
desenvolvimento da região central do Brasil.

Em 1954, foi eleito vice-governador de Goiás,


chegando a governar o estado interinamente por três
meses, de 31 de janeiro a 12 de março de 1955.

Em setembro de 1956, tornou-se um dos diretores


da NOVACAP, sendo Israel Pinheiro o presidente, além
de Ernesto Silva e Íris Meinberg. Nesta condição
contribuiu significativamente, com sua liderança e
carisma, para a credibilidade e início das obras de
construção de Brasília.

Lysias Augusto Rodrigues assentou praça em 25 de


março de 1916, na Escola Militar do Realengo, tendo
sido declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Artilharia
em 17 de dezembro de 1918. Em 1927 concluiu como
capitão o curso de piloto oferecido pela Escola de
Aviação Militar, conquistando o brevê de aviador.

Exerceu notável influência para a criação do


Ministério da Aeronáutica, publicando vários artigos
sobre o tema na imprensa do Rio de Janeiro, então
capital da República. O ministério foi por fim criado em
20 de janeiro de 1941.

Foi transferido para a reserva remunerada em 13 de


Em 1958, Juscelino Kubitschek lhe encarrega a abril de 1945, no posto de major-brigadeiro. Morreu
construção do trecho norte da Transbrasiliana (a com 61 anos de idade.
Belém-Brasília). Acompanhando pessoalmente as
obras, no início de janeiro de 1959, nos trabalhos de Foi um dos pioneiros da aviação brasileira e
abertura da mata uma árvore é derrubada de forma responsável pela implantação de vários campos de
equivocada e atinge o barracão em que encontrava pouso nas principais cidades do hoje estado do
Sayão, que morre no mesmo dia. Tocantins.

Bernardo Sayão e o Tocantins Lysias Rodrigues e o Tocantins

Considerado um dos heróis da construção da Preocupado com a integração do norte do então


Belém-Brasília e grande incentivador no povoamento estado de Goiás, inaugurou a rota aérea Rio-Belém, e
do norte tocantinense, seu nome é lembrado em quase lutou pela construção da Rodovia Transbrasiliana, que

315
Apostila TJ-TO

veio a se transformar parcialmente na BR-153 (Belém-


Brasília).

No dia 5 de outubro de 2001, o governador do


Estado do Tocantins, na presença do Presidente da
República, inaugurou o aeroporto da capital, Palmas,
que através do Projeto de Lei nº 233/2001, de 6 de
março de 2001, foi batizado com o nome de Brigadeiro
Lysias Rodrigues, em homenagem à memória do
heróico desbravador.

Guerrilha do Araguaia

A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista


Na época em que Emílio Garrastazu Médici era
do Brasil (PCdoB), na ilegalidade, entre 1966 e 1974.
presidente do Brasil, as operações militares foram
Por meio de uma guerra popular prolongada, os inte-
executadas de maneira sigilosa e era proibida a
grantes do PCdoB pretendiam implantar o comunismo
divulgação da existência de um movimento guerrilheiro
no Brasil, iniciando o movimento pelo campo, à seme-
no interior do país. Portanto, devido à censura, nunca
lhança do que já ocorrera na China (1949) e em Cuba
foi autorizada a publicação de detalhes sobre a
(1959). O palco de operações se deu onde os estados
guerrilha e sempre se afirmou que os documentos da
de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira. O nome
operação haviam sido destruídos. No entanto, durante
foi dado à operação por se localizar às margens do rio
as polêmicas ocasionadas no governo Lula em relação
Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo e Ma-
à abertura de arquivos do período militar, foi descoberto
rabá, no Pará, e de Xambioá, no norte de Goiás (região
que boa parte dos materiais foi preservada.
onde atualmente é o norte do Estado de Tocantins,
também denominada como Bico do Papagaio). Estima- Ernesto Geisel, após assumir o comando do
se que participaram em torno de setenta a oitenta guer- governo do Brasil, também não autorizou a divulgação
rilheiros sendo que, destes, a maior parte se dirigiu da existência de tal guerrilha, ficando desta forma a
àquela região em torno de 1970. Entre eles, o ex-presi- população brasileira alheia ao conhecimento dessa
dente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Geno- movimentação. Por isso, a única menção feita por
íno, que foi detido pelo Exército em 1972. Geisel a respeito da existência de um movimento
guerrilheiro no interior do Brasil se deu em 1975.
Na época as Forças Armadas iniciaram um estudo
para efetuar as operações antiguerrilha. Estas foram Táticas da Guerrilha
envolvidas de um planejamento executado em sigilo e
que durou em torno de dois anos. Segundo os militares, Por uma questão de segurança do grupo, os
era indesejável a eclosão de outros movimentos guerrilheiros não tinham identificações. Seus nomes
semelhantes em outras regiões do Brasil, pois isto nunca eram revelados, usando desta forma nomes e
ocasionaria uma eclosão de violência na região rural, o identificações falsas. Sabe-se porém, que muitos eram
que poderia vir a gerar uma desestabilização do poder estudantes e profissionais liberais que haviam
imposto. participado de manifestações (passeatas) contra o
regime na década de 1960. Sabe-se por relatos dos
poucos que sobreviveram que muitos tinham sido
torturados e presos anteriormente pelo regime por não
concordar com uma ditadura comandando o Brasil.

Um dado importante é que a grande maioria dos


guerrilheiros, em torno de 70%, eram oriundos da
classe média, que tinham profissões liberais como
médicos, dentistas, advogados e engenheiros. Havia
também bancários e comerciários.

316
Apostila TJ-TO

Sabe-se que menos de 20% eram camponeses, e Sabe-se que, após 1975, foi realizada na região uma
que estes eram recrutados na região do Araguaia. A espécie de operação limpeza, que durou até meados
quantidade de operários que participavam do de 1978, com a finalidade de eliminar focos de
movimento guerrilheiro mal chegava aos 10% do total. militantes remanescentes na região. Os militares, para
Em média, a idade predominante era em torno de trinta evitar a disseminação do movimento e mantê-lo
anos. encerrado em limites específicos, se utilizaram das
chamadas táticas de combate à guerra revolucionária.
Na medida em que iam chegando à região, Um dos métodos utilizados era o espalhamento de
adquiriam a confiança dos moradores agindo como cartazes em diversos pontos das cidades, tais como
agricultores, farmacêuticos, curandeiros, pequenos bancos, aeroportos, terminais rodoviários etc. Os
comerciantes, donos de pequenas vendas de beira de cartazes eram formados com retratos de opositores do
estrada, além de outros tipos de ocupações comuns no regime procurados e com mensagens que incitavam a
interior do Brasil. população a delatá-los. Normalmente, os cartazes
possuiam fotografias dos procurados que eram
A princípio, nunca conversavam entre si, e nunca
integrantes dos grupos de ação armada.
moravam próximos uns dos outros. Integravam-se às
comunidades onde agiam, participando de todos os Dentre os muitos nomes envolvidos na Guerrilha do
eventos, sendo desta maneira absorvidos por estas. Araguaia, pelo lado dos guerrilheiros, destaca-se o de
Não atuavam e não influiam nas políticas locais, não se Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, militante do
envolviam em discussões políticas para evitar o PCdoB que chegou à região em 1966 com a missão de
despertar de desconfianças. Suas atividades principais organizar a guerrilha rural.
se baseavam no ensino do trabalho comunitário,
voluntariado e assistencialismo. Quando podiam, Em um encontro repentino, Osvaldão matou um
ajudavam os moradores com medicina, odontologia, soldado na mata e participou da execução de um
ajudavam nas escolas, davam aulas, ensinavam a morador.
população como organizar e realizar mutirões. Agindo
da forma descrita, aos poucos o grupo foi ganhando Em 4 de fevereiro de 1974, enquanto abria uma
respeito e admiração da população local. trilha no mato, Osvaldão deparou-se repentinamente
com uma patrulha do Exército, pela qual foi alvejado no
Somente numa segunda etapa iniciariam o processo peito, no momento exato em que abria os braços para
de doutrinação. Mas, os guerrilheiros foram afastar o mato da sua frente. Em seguida, o corpo foi
descobertos pelos serviços de inteligência do governo, arrastado pela mata e içado de cabeça para baixo por
antes de chegarem a essa fase. uma corda presa a um helicóptero.

Dizem alguns que, para ter certeza de que "o morto


estaria realmente morto", ao chegar a grande altura,
A destruição da guerrilha teriam soltado e arremessado o corpo de Osvaldão ao
solo, sendo em seguida apanhado, amarrado
O Exército Brasileiro descobriu a localização do
novamente à aeronave e levado para ser exibido aos
núcleo guerrilheiro em 1971 e fez três investidas contra
camponeses como um troféu.
os rebeldes. As operações de guerrilha iniciaram-se
efetivamente em 1972, tendo oferecido resistência até Outro nome também de destaque, este pelo lado
março de 1974. dos militares é do, à época, Major Sebastião Curió, que
foi um dos principais responsáveis pela destruição da
Em janeiro de 1975 as operações foram
guerrilha. Curió, afirma que o governo deu ordens para
consideradas oficialmente encerradas com a morte ou
que não fossem feitas prisões. O objetivo era eliminar
detenção da maioria dos guerrilheiros.
os insurgentes.
Pelo lado do exército, estima-se que pereceram
História inacabada
dezesseis soldados. O balanço oficial à época, indicava
sete guerrilheiros mortos. Em 2004, o Ministério da Um processo foi instaurado contra a União, em
Justiça brasileiro contabilizava sessenta e um 1982, por vinte e dois parentes de vítimas, que por meio
desaparecidos. dele pediram à Justiça que o Exército brasileiro
apresentasse documentos para que pudessem obter
Segundo o PCdoB, 75 corpos tombaram no
atestados de óbito.
Araguaia – 58 guerrilheiros e 17 camponeses.

317
Apostila TJ-TO

Em 22 de Julho de 2003, o Diário da Justiça publicou mantidos pelo 1º. Tenente da reserva José Vargas
a decisão da juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal Jiménez. O documento “Plano de captura e destruição”,
do Distrito Federal, ordenando a quebra de sigilo das deixa claro, ás ordem era para exterminar os
informações militares sobre a Guerrilha do Araguaia, guerrilheiros. De acordo com Jiménez “Fomos para
dando um prazo de 120 dias à União para que fosse matar e matamos. Se alguém sobreviveu foi por que
informado onde se encontram sepultados os restos colaborou com a gente e hoje vive com outra
mortais dos familiares dos autores do processo, assim identidade”, afirma o militar.
como rigorosa investigação no âmbito das Forças
Armadas brasileiras. A Comissão Nacional da Verdade

Em 27 de Agosto de 2003, a Advocacia-Geral da A Comissão Nacional da Verdade foi criada pela Lei
União apelou da sentença que determinou de abertura 12.528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012.
dos arquivos, embora reconhecesse o direito dos
A Comissão Nacional da Verdade foi instalada em
autores de tentar localizar os restos mortais de seus
16 de março de 2012. Ela terá prazo de dois anos para
familiares desaparecidos. Baseado em argumentos
apurar violações aos direitos humanos ocorridas no pe-
puramente processuais, especialmente questionando o
ríodo entre 1946 e 1988, que inclui a ditadura (1964-
curto prazo imposto na sentença para a apresentação
1985).
de resultados, o recurso da AGU foi severamente
criticado por organizações de defesa dos direitos Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, a
humanos, familiares dos desaparecidos e por presidenta Dilma Rousseff deu posse aos sete inte-
integrantes da Comissão Especial de Mortos e grantes da comissão: Cláudio Fonteles, Gilson Dipp,
Desaparecidos. José Carlos Dias, João Paulo Cavalcanti Filho, Maria
Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Maria Cardoso
Pressionado e sensibilizado, o governo Lula criou
da Cunha. Na ocasião, Dilma ressaltou que eles foram
em 3 de Outubro de 2003 uma comissão interministerial
escolhidos pela competência e pela capacidade de en-
para localizar restos mortais. Esta comissão solicitou os
tender a dimensão do trabalho que vão executar.
documentos, sendo informada de que os mesmos não
existiam. Devido ao curto espaço de tempo para realizar o seu
trabalho – 2 anos apenas – a Comissão pretende se
Atualmente, o processo se encontra no Superior
dedicar com mais afinco em esclarecer as mortes e de-
Tribunal de Justiça, em fase de recurso especial, não
saparecimentos ocorridos durante o período do Golpe
tendo sido cumprida até hoje a decisão da juíza de
Militar (1964-1985), em especial aos desaparecidos na
primeiro grau.
Guerrilha do Araguaia. Para isso a comissão possui um
A Revista ISTOÉ, em sua edição número 1830 (3 de grupo permanente de trabalho na região onde ocorreu
Novembro de 2004), contraria o ponto comum nas o conflito. É o GTA – Grupo de Trabalho do Araguaia.
versões dos ex-combatentes da guerrilha, dos que a
perseguiram e do governo. Segundo eles, nenhum
documento da guerrilha teria sobrevivido. No entanto, A batalha final pela criação do Tocantins
são publicados, com exclusividade, trechos de
documentos que comprovam a guerrilha. Fichas de A ocorrência de intensos conflitos agrários na região
guerrilheiros e listas de nomes dos envolvidos, dentre do "Bico do Papagaio" na divisa entre o norte de Goiás,
outros materiais, vieram a público, trazendo à tona um o Pará e o Maranhão a partir de 1960 soergueu a causa
assunto de que advogados das vítimas torturadas e dos que defendiam a emancipação da região ao longo
pesquisadores do período já possuíam amplo das décadas seguintes.
conhecimento, apesar de nunca terem provas. Boa
parte dos arquivos da ditadura militar sobreviveu, bem Em 1977, o Mato Grosso do Sul consegue consoli-
mais do que o admitido pelo Governo. Tantos que, dar suas pretensões separatistas, quando o governo
passados mais alguns meses, possibilitaram a Geisel cria o novo estado da Federação. O sucesso dos
publicação do livro Operação Araguaia: os Arquivos sul-mato-grossenses serve de estímulo ao povo tocan-
Secretos da Guerrilha. tinense, que volta a se organizar pela criação do es-
tado.
Na Edição 2036, de novembro de 2008, a Revista
Istoé voltou a publicar documentos relativos à guerrilha

318
Apostila TJ-TO

Em 1982 circulou um rumor segundo o qual o José Wilson Siqueira Campos (Crato, Ceará,
governo federal estaria disposto a criar o "Território 01/08/1928)
Federal do Tocantins" de modo a contrabalançar a
influência do PMDB na região norte do país visto que a José Wilson Siqueira Campos nasceu no sertão do
legenda oposicionista conquistou os governos do Ceará, na cidade do Crato, em 1928, filho de mestre
Amazonas, Pará e Acre restando ao PDS o controle, Pacífico Siqueira Campos - que tinha a profissão de
por nomeação presidencial, do estado de Rondônia e sapateiro - e de dona Regina Siqueira Campos.
dos territórios federais do Amapá e Roraima. Tal alarido
Ficou órfão de mãe aos 12 anos, falecida em
logo foi desmentido, entretanto o movimento
trabalho de parto, e viajou pelo país por quase 10 anos,
autonomista já havia se articulado e em 1985 o
em busca de oportunidade, até chegar à cidade de
deputado federal José Wilson Siqueira Campos (PDS-
Colinas, no então Norte de Goiás. Antes, passou pelos
GO) apresentou ao Congresso Nacional um projeto de
estados do Amazonas (onde foi seringueiro), Minas
lei criando o estado do Tocantins.
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Colinas,
Siqueira começou a trabalhar na área rural, o que
despertou nele a vocação política: Siqueira fundou a
Os vetos de Sarney Cooperativa Goiana de Agricultores.

Com sua liderança reconhecida, foi eleito o vereador


Aprovado pelos parlamentares em março, foi de Colinas com maior votação (1965) e escolhido
encaminhado ao presidente José Sarney que o vetou Presidente da Câmara (1966), quando, por ocasião de
em 3 de abril de 1985. Alguns meses depois o mesmo sua posse, assumiu o compromisso de lutar pela
projeto de lei foi apresentando novamente, desta vez criação do Tocantins.
no senado, pelo Senador Benedito Ferreira (PDS-GO),
Desmembramento
e foi novamente aprovado sem nenhuma emenda.
Sarney vetou novamente. O presidente alegou que o No início do Regime Miltar Siqueira chegou a ficar
novo estado não tinha condições financeiras de se preso por motivo político, sendo libertado 21 dias
autossustentar e a União, naquele momento também depois.
não tinha recursos disponíveis para implantar o novo
estado. Sarney disse nas duas ocasiões que o local Após o episódio Siqueira foi eleito deputado federal,
apropriado para decidir sobre a criação do novo estado reeleito por mais quatro mandatos, permanecendo no
era na Assembléia Nacional Constituinte. cargo entre 1971 e 1988, enquanto representante do
Norte goiano. Chegou a fazer uma greve de fome de 98
Uma nova tratativa de emancipação teve lugar horas em favor da causa separatista. Siqueira foi,
durante a Assembléia Nacional Constituinte que inclusive, deputado federal Constituinte e relator da
estabeleceu no Artigo 13 do "Ato das Disposições Subcomissão dos Estados da Assembleia Nacional
Constitucionais Transitórias" as condições para a Constituinte, tendo redigido e entregado ao presidente
criação do novo estado no bojo de uma reforma que da Assembleia (deputado Ulisses Guimarães) a fusão
extinguiu os territórios federais existentes e concedeu de emendas (conhecida como Emenda Siqueira
plena autonomia política ao Distrito Federal. Campos) que, aprovada, deu origem ao Estado do
Tocantins, com a promulgação da Constituição Federal
LEITURA COMPLEMENTAR de 1988.

319
Apostila TJ-TO

A criação do Tocantins, pelos deputados membros perseguidor, de ter apego excessivo ao poder e de ser
Assembéia Constituinte, finalizou uma luta de quase um dos políticos mais corruptos do país.
200 anos dos moradores do então Norte de Goiás em
prol da redivisão do Estado, trazendo a perspectiva de Talvez ele seja mesmo uma mescla dessas duas
desenvolvimento para uma região que viveu séculos de visões.O que é certo é que, para o bem ou para o mal,
relativo isolamento. Com o Tocantins finalmente criado, seu nome está indelevelmente atrelado à história do
Siqueira Campos se elegeu o primeiro governador, estado do Tocantins.
para mandato de dois anos (de 1º de janeiro de 1989 a
15 de março de 1991). Foi tambem responsável pela
construção da capital Palmas que é em tese a última
A participação popular na criação do Tocantins
cidade brasileira planejada do século 20.
A historigorafia tocantinense, via de regra, costuma
Governos
atribuir a criação do Tocantins quase que
Siqueira Campos voltou a ocupar o cargo exclusivamente a Siqueira Campos. O deputado José
governador por mais dois mandatos consecutivos Freire, por exemplo, que lutou o tempo inteiro ao lado
(1995 a 1998 / 1999 a 2003), tendo somado, no total, 9 de Siqueira e também representava o norte de Goiás
anos e 5 meses à frente do Executivo estadual. Foi um raramente é citado.
período em que o Estado saiu da total precariedade até
A sociedade civil organizada e mesmo o povão que
chegar ao início de sua industrialização. Siqueira dotou
participou de passeatas, apoiou com abaixo-assinado a
o Tocantins de asfalto, pontes, rede elétrica e de toda a
criação do estado, sequer costuma ser citada na
infraestrutura básica.
maioria dos textos sobre a emancipação do estado.
Paralelo a tudo isso, Siqueira Campos correu o Mas a criação do Tocantins não foi uma batalha de um
mundo, apresentando as potencialidades do Estado e homem só.
buscando a instalação das primeiras indústrias. Em seu
roteiro, passou pelos Estados Unidos, Japão, Coréia,
Hong Kong, China, Taiwan, Inglaterra, França, CENOG – Casa do Estudante do Norte Goiano
Espanha, Portugal, Argentina e Uruguai, entre outros
países. A Casa do Estudante no Norte Goiano (CENOG) foi
criada no início da década de 60 e além de viabilizar os
Derrota de 2006 e vitória de 2010 estudos dos tocantinenses na capital de Goiás,
mobilizou os estudantes na luta pela criação do estado
Nas eleições de 2006 foi derrotado pelo então
do Tocantins, tornando-se uma grande arena de
governador e candidato a reeleição Marcelo Miranda.
atuação política em prol da luta separatista.
Contudo, nas eleições de 2010 derrotou Carlos
Henrique Gaguim, na disputa para o Governo do Segundo José Carlos Leitão “Com suas
Estado por uma margem apertada de votos (menos de reivindicações, a estudantada conseguiu, junto aos
um por cento de diferença). poderes públicos estadual e federal, num trabalho
paralelo ao dos parlamentares, benefícios e serviços
Líder polêmico
jamais implantados na região por livre e espontânea
Siqueira Campos é um político do tipo “ame-o ou vontade do governo estadual. Surgiram assim escolas,
deixe-o”. Para os que são seus admiradores ele é uma ginásios, postos de saúde, agências bancárias e
espécie de mito, de herói, “Pai do Tocantins”, grande hidrelétricas no antigo norte goiano.
tocador de obras e um vencedor que realizou um
A CENOG também forjaria lideranças políticas que
sonho. O de transformar o antigo e abandonado norte
ajudariam a criar, na década de 1980, a Comissão de
de Goiás em um estado promissor e que tem tudo para,
Estudo dos Problemas do Norte (CONORTE).
no médio e longo prazos, estar entre os mais
desenvolvidos do país.

Seus adversários, no entanto, enxergam em CONORTE – Comissão de Estudo dos


Siqueira o protótipo perfeito do coronel político. Problemas do Norte
Acusam-no de ser um político truculento, vingativo,

320
Apostila TJ-TO

Fundada em 1981, a Comissão de Estudo dos dias após a promulgação da Constituição, mas não an-
Problemas do Norte (CONORTE), organização não- tes de 15 de novembro de 1988, a critério do Tribunal
governamental, apartidária e ecumênica reunia Superior Eleitoral, obedecidas, entre outras, as seguin-
lideranças políticas de todos os partidos, lideranças tes normas:
religiosas de vários credos, empresários, profissionais
liberais, sindicalistas, estudantes, donas de casa, I - o prazo de filiação partidária dos candidatos será
enfim, todos os tocantinenses dispostos a cerrar fileiras encerrado setenta e cinco dias antes da data das elei-
pela emancipação do norte do estado. ções;

A CONORTE, numa brilhante estratégia de II - as datas das convenções regionais partidárias


comunicação levou o debate, antes restrito ao norte de destinadas a deliberar sobre coligações e escolha de
Goiás para a esfera nacional e conseguiu dar candidatos, de apresentação de requerimento de regis-
visibilidade à causa separatista. tro dos candidatos escolhidos e dos demais procedi-
mentos legais serão fixadas, em calendário especial,
A CONORTE tornou-se peça fundamental na pela Justiça Eleitoral;
criação do estado do Tocantins.
III - são inelegíveis os ocupantes de cargos estadu-
ais ou municipais que não se tenham deles afastado,
em caráter definitivo, setenta e cinco dias antes da data
A Constituição de 1988 e a Criação do Tocantins das eleições previstas neste parágrafo;

Como o fim do regime militar e a democratização do IV - ficam mantidos os atuais diretórios regionais dos
país, o movimento consegue se articular no seio da As- partidos políticos do Estado de Goiás, cabendo às co-
sembléia Nacional Constituinte, que elabora a Carta missões executivas nacionais designar comissões pro-
Constitucional de 1988. Liderada pelo Deputado José visórias no Estado do Tocantins, nos termos e para os
Wilson Siqueira Campos, a campanha toma caráter su- fins previstos na lei.
prapartidário, conquistando o apoio dos deputados
constituintes e da opinião pública nacional. O artigo 13, § 4º - Os mandatos do Governador, do Vice-Gover-
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da nador, dos Deputados Federais e Estaduais eleitos na
Constituição de 05 de outubro de 1988, criava, final- forma do parágrafo anterior extinguir-se-ão concomi-
mente, o estado do Tocantins, consolidando a vitória de tantemente aos das demais unidades da Federação; o
séculos de reivindicação separatista no norte de Goiás. mandato do Senador eleito menos votado extinguir-se-
á nessa mesma oportunidade, e os dos outros dois, jun-
Art. 13 - É criado o Estado do Tocantins, pelo des- tamente com os dos Senadores eleitos em 1986 nos
membramento da área descrita neste artigo, dando-se demais Estados.
sua instalação no quadragésimo sexto dia após a elei-
ção prevista no § 3º, mas não antes de 1º de janeiro de § 5º - A Assembléia Estadual Constituinte será ins-
1989. talada no quadragésimo sexto dia da eleição de seus
integrantes, mas não antes de 1º de janeiro de 1989,
§ 1º - O Estado do Tocantins integra a Região Norte sob a presidência do Presidente do Tribunal Regional
e limita-se com o Estado de Goiás pelas divisas norte Eleitoral do Estado de Goiás, e dará posse, na mesma
dos Municípios de São Miguel do Araguaia, Porangatu, data, ao Governador e ao Vice-Governador eleitos.
Formoso, Minaçu, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás
e Campos Belos, conservando a leste, norte e oeste as § 6º - Aplicam-se à criação e instalação do Estado
divisas atuais de Goiás com os Estados da Bahia, Pi- do Tocantins, no que couber, as normas legais discipli-
auí, Maranhão, Pará e Mato Grosso. nadoras da divisão do Estado de Mato Grosso, obser-
vado o disposto no Art. 234 da Constituição.
§ 2º - O Poder Executivo designará uma das cidades
do Estado para sua Capital provisória até a aprovação § 7º - Fica o Estado de Goiás liberado dos débitos e
da sede definitiva do governo pela Assembléia Consti- encargos decorrentes de empreendimentos no território
tuinte. do novo Estado, e autorizada a União, a seu critério, a
assumir os referidos débitos.
§ 3º - O Governador, o Vice-Governador, os Sena-
dores, os Deputados Federais e os Deputados Estadu-
ais serão eleitos, em um único turno, até setenta e cinco
PALMAS

321
Apostila TJ-TO

Palmas é um município brasileiro, capital e maior ci-


dade do estado do Tocantins, na Região Norte do Bra-
sil. Localiza-se a 10º12'46" de latitude sul e 48º21'37"
de longitude oeste, à margem direita do Rio Tocantins
e a uma altitude média de 230 metros. De acordo com
o CENSO de 2010 do IBGE, sua população é de
223.817 habitantes. É a mais nova das cidades plane-
jadas no Brasil para serem capitais de estado. Foi fun-
dada em 20 de maio de 1989, porém, foi apenas no dia
1º de janeiro de 1990 (pouco mais de um ano após a
criação do Tocantins, que ocorreu em 5 de outubro de
1988 com a entrada em vigor da atual Constituição do
Brasil), que Palmas se tornou a capital do estado do
Tocantins. Já que na época de sua fundação, não havia
instalações para abrigar as repartições do Governo do Palácio Araguaia – Sede do governo do Tocan-
Tocantins. tins

Demograficamente é a menor capital do Brasil, com Crescimento acelerado


223.817 habitantes (IBGE/2010). Segundo o IPEA, é a
segunda capital mais segura do Brasil (perdendo ape- Palmas possui as mais importantes taxas de cresci-
nas para Natal). mento demográfico do Brasil nos últimos dez anos, re-
cebendo pessoas de praticamente todos os estados
brasileiros. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o município atingiu
História de Palmas um crescimento populacional de mais de 110% em
2008 comparando com a população residente em 1996,
O seu nome foi escolhido em homenagem a Co-
saindo dos 86.116 habitantes para uma estimativa de
marca de São João da Palma, sede do primeiro movi-
184.010 habitantes e já contava com mais de 220 mil
mento separatista da região, instalada em 1809 na
habitantes em 2010 segundo o Censo do IBGE/2010.
barra do Rio Palma com o Rio Paranã. Outro fator que
influenciou o nome foi a grande quantidade de palmei- Nos últimos anos, o desenvolvimento econômico
ras existentes ao longo de todo o estado. pelo qual tem passado o município de Palmas de certa
forma tem contribuído para a atração de um contin-
Resultante do desmembramento do estado de
gente populacional proveniente de diversas partes do
Goiás pela Constituição de 1988, foi fundada em 20 de
país. Esta corrente migratória se deve à expectativa ge-
maio de 1989, com a construção da cidade planejada e
rada com o surgimento de oportunidades de negócios
instalada como capital em 1º de janeiro de 1990 quando
e empregos em função da implantação do estado e da
os poderes constituídos foram transferidos da capital
capital.
provisória, Miracema do Tocantins, pois não havia
ainda prédios públicos para ocupar.

Após quase vinte anos sua população ultrapassou Economia


os 200 mil habitantes. Setenta por cento das quadras
habitadas já estão pavimentadas. O mesmo ocorrendo Por ter sido concebida com o fim de ser um centro
com saneamento básico e água tratada que chega a administrativo, Palmas possui uma economia com um
98% da população atendida. setor de serviços mais desenvolvido comparado aos
outros setores da economia. A participação da
De um modo geral a cidade é caracterizada pelo seu agropecuária na economia palmense é
planejamento, pois foi criada quase na mesma forma desconsiderada.
de Brasília, com a preservação de áreas ambientais,
boas praças, hospitais e escolas. A economia é predominantemente formal, formada
principalmente por sociedades limitadas e firmas
individuais. A empresa mais comum no município é
micro, sendo elas que compõem mais de 80% das 4394
empresas palmenses.

322
Apostila TJ-TO

Palmas,, possui quatro distritos industriais, sendo (E) O sertanista de contrato Antônio Pires de Campos
eles o Distrito Industrial de Palmas, o Distrito Industrial exterminou quase todos os indígenas das etnias
Tocantins I, o Distrito Industrial Tocantins II e o Distrito Acroá e Xacriabá, que habitam o sudeste do estado
Industrial de Taquaralto. Todos eles ficam localizados do Tocantins no século XVIII. Os sobreviventes fo-
às margens das rodovias TO-050 e TO-010. ram aldeados em São José do Duro.

HISTÓRIA – QUESTÕES DE PROVA DE CON- 03- Sobre as duas comarcas da Capitania de Goiás,
CURSO E VESTIBULAR marque a opção correta.

(A) D. Pedro I foi o responsável pela criação das Co-


marcas.
LISTA 01
(B) A Comarca do Norte teve sede provisória em São
01- Sobre o período do Brasil Colônia, marque a op- João de Duas Barras.
ção correta.
(C) O primeiro cargo que Joaquim Teotônio Segurado
(A) O atual território do estado do Tocantins, fazia parte exerceu na Capitania de Goiás foi o de Ouvidor da
da Capitania da Bahia de Todos os Santos. Comarca do Norte.

(B) As minas do norte da Capitania de Goiás eram mais (D) Teotônio Segurado criou a Província de Palma, em
pobres que as minas do sul. 1821, e também foi um grande apoiador da indepen-
dência do Brasil.
(C) As minas do norte eram mais ricas que as minas do
sul de Goiás, o que permitiu a exploração em larga (E) As únicas atuais cidades do estado do Tocantins
escala do ouro em veio de rocha. que foram cabeça de julgado da Comarca do Norte
são: Porto Nacional, Natividade e Conceição.
(D) O ouro de aluvião é aquele em pequenas partículas,
que ficavam depositadas no leito de rios e córregos
ou no sopé das montanhas, geralmente.
04- Sobre a pecuária no Tocantins, marque a opção
(E) As técnicas apuradas de exploração aurífera no correta:
norte permitiram uma longevidade maior do período
(A) Os primeiros rebanhos a adentrarem o estado do
de exploração do ouro em relação ao sul de Goiás.
Tocantins, ainda no século XVIII, eram oriundos do
Mato Grosso e chegaram à região da Ilha do Bana-
nal
02- Sobre os povos indígenas da Capitania de
Goiás, marque a opção correta: (B) Uma das primeiras raças bovinas criadas em larga
escala no Tocantins foi a do gado nelore.
(A) A destruição do Arraial de Bom Jesus do Pontal é
atribuída aos índios Xerente, que atualmente têm re- (C) A pecuária leiteira e a fabricação de queijo era im-
serva demarcada em Tocantínia. portante fonte de renda no norte de Goiás, após o
término do período minerador.
(B) Os indígenas da etnia Xambioá se consideram pa-
rentes dos Karajá e Javaé da Ilha do Bananal. Sua (D) Taguatinga e Lizarda são exemplos de municípios
reserva fica no município de Xambioá. que surgiram em função da pecuária.

(C) Mais de vinte etnias indígenas ocupavam o norte de (E) A partir da segunda metade do século XIX a região
Goiás no século VII, no início do povoamento. do Bico do Papagaio torna-se a mais importante re-
gião de criação de gado no antigo norte de Goiás.
(D) Os Avá-Canoeiros são a mais nova etnia reconhe-
cida pelo Governo Federal no estado do Tocantins. 05- Sobre o movimento Tenentista, marque a cor-
Sua reserva, denominada Mata Azul, foi demarcada reta.
no município de Formoso do Araguaia.

323
Apostila TJ-TO

(A) Era um movimento de jovens oficiais das forças ar- (B) A região foi palco da Guerrilha do Araguaia, movi-
madas que se uniu à oligarquia cafeeira para tentar mento organizado pelo PCB (Partido Comunista
implantar uma ditadura no Brasil. Brasileiro), que queria implantar o comunismo no
Brasil.
(B) O monumento à Coluna Prestes, na Praça dos Gi-
rassóis, é a única obra de Oscar Niemayer existente (C) O principal líder da Guerrilha do Araguaia era o mi-
na cidade de Palmas. neiro Osvaldão. Um dos poucos guerrilheiros cujo
corpo já foi oficialmente identificado
(C) O objetivo dos tenentes era implantar o comunismo
no Brasil. (D) Sebastião Curió, foi o militar responsável pela ope-
ração que pôs fim à Guerrilha do Araguaia. Curió
(D) Antônio Siqueira Campos foi um importante líder te- responde atualmente a vários processos na justiça
nentista que morreu em combate com as Forças Ar- ainda em função dos crimes a ele atribuídos no com-
madas, no município de Natividade, quando passou bate aos guerrilheiros.
pelo Tocantins junto com os rebeldes da coluna
Prestes. (E) A Comissão da Verdade, instituída no governo
Dilma Rousseff já conseguiu identificar vários dos
(E) O Governo dos Caiado apoiava a causa tenentista guerrilheiros desaparecidos na Guerrilha do Ara-
e festejou a passagem dos rebeldes em território guaia.
goiano.

08- Sobre a luta pela criação do Tocantins a partir


06- Sobre a Proclamação Autonomista de Porto Na- dos anos 60, marque a incorreta:
cional, marque a incorreta:
(A) A chegada de José Wilson Siqueira Campos a Co-
(A) Feliciano Machado Braga foi o principal líder do mo- linas, nos anos 60, deu novo ânimo à luta separa-
vimento. tista.

(B) O movimento foi deflagrado no dia 13 de maio de (B) O Deputado José Freire, do MDB, também defendia
1956, dia da libertação dos escravos para simbolizar no Congresso a criação do Estado do Tocantins.
a libertação do povo tocantinense.
(C) O presidente José Sarney vetou, por três vezes con-
(C) A Bandeira do movimento trazia ao centro a palavra secutivas, em 1988, a criação do estado do Tocan-
VELO, simbolizando a promessa de velar pela en- tins
trada da bacia amazônica.
(D) Siqueira Campos chegou a fazer uma greve de
(D) O movimento separatista foi o primeiro a contar com fome às vésperas da votação da emenda que criou
forte apoio popular. o estado do Tocantins para sensibilizar os consti-
tuintes para a criação do novo estado
(E) Dom Alano Marie du Noday, o bispo conservador
de Porto Nacional foi um dos grandes adversários (E) A CONORTE foi uma importante organização não
do movimento por considerá-lo de caráter subver- governamental que, a partir dos anos 80, mobilizou
sivo. a população tocantinense e apoiou os parlamenta-
res divisionistas na luta pela criação do estado do
Tocantins.
07- Sobre o bico do Papagaio nas décadas de 70/80,
marque a correta:
O século XVII representou a etapa de investigação
(A) O Padre Josimo Tavares, foi morto em 1986 na re-
das possibilidades econômicas das regiões goianas/to-
gião do Bico do Papagaio por defender os posseiros
cantinenses, durante a qual o seu território tornou-se
da região. A morte do padre teve repercussões mun-
conhecido. No século seguinte, em função da expansão
diais.
da marcha do ouro, ele foi devassado em todos os sen-
tidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupação através
da mineração.

324
Apostila TJ-TO

09- (Agehab/2010/Sousândrade-Adaptada) - Nesse FLORES, Kátia Maria. Caminhos que andam: o rio
sentido, pode-se afirmar que a economia goiana no Tocantins e a navegação fluvial nos sertões do Brasil.
final do século XVIII se caracteriza: Goiânia: UCG, 2009. p. 35. (Adaptado)

a) Pelo aumento da arrecadação fiscal e da imigração 11- (COPESE/2013/Prof. Nível II, Pref. Palmas) É
para a região. CORRETO afirmar sobre a questão do povoamento,
que os diversos tipos étnicos que habitavam a re-
b) Como um período de desenvolvimento através do gião da Bacia Tocantins-Araguaia eram compostos
processo de industrialização urbana. por

c) Pelo declínio da mineração e empobrecimento da ca- (A) africanos fugitivos, índios, bandeirantes paulistas,
pitania que se volta para as atividades agropecuárias. holandeses que ocuparam o sul do território e espa-
nhóis que se instalaram na região oeste da Bacia do
d) Como o período áureo, grande circulação de riqueza,
Araguaia.
intenso povoamento, apogeu da mineração.
(B) índios, portugueses envolvidos na exploração mine-
e) Pelo crescimento comercial e desenvolvimento ur-
ral, espanhóis que se instalaram na região oeste da Ba-
bano.
cia do Araguaia, africanos e bandeirantes paulistas.

(C) portugueses de herança jesuítica, índios e africanos


10- (SECAD-TO) Com o processo de Independência na porção sul da Bacia do Tocantins, bandeirantes pau-
do Brasil em 1822, a estrutura política não sofre mu- listas e os mestiços de diversos cruzamentos étnicos.
danças marcantes em Goiás/Tocantins. Essas mu-
(D) índios, africanos fugitivos ou envolvidos na explora-
danças ocorrem de maneira gradual e com disputas
ção mineral, bandeirantes paulistas, franceses que ocu-
internas pelo poder entre os grupos locais. Nesse
param o norte do território e mestiços de diversos cru-
contexto destaca-se:
zamentos étnicos.
a) o atrito dos grandes proprietários de terra com o go-
verno central, pois eles eram totalmente contra a sepa-
ração de Portugal. 12- (SSP/2009/Sousândrade-Adaptada) No centro
de Goiânia, no cruzamento das duas principais ave-
b) o movimento separatista do norte de Goiás, provo-
nidas, percebe-se o monumento do bandeirante
cado por interesses econômicos e políticos dos gran-
Anhanguera, uma doação dos estudantes de direito
des proprietários de terra descontentes com a falta de
de São Paulo para a nova capital, expressando:
benefícios do governo.
I. O culto ao passado de homens e expedições que per-
c) o elevado índice de imigrantes estrangeiros, que se
correram o sertão goiano/tocantinense.
tornaram responsáveis pelo desenvolvimento da pecu-
ária no Estado. II. O desejo dos paulistas de reverenciar sua presença
na construção da memória histórica de Goiás/Tocan-
d) a recuperação da economia mineradora com a des-
tins.
coberta de novas jazidas na região norte do Estado.
III. A identidade da cultura goiana/tocantinense com a
e) a consolidação da separação do norte, aprovada em
paulista.
1823 pelo governo imperial.
IV. O esquecimento da ação bandeirante contra os ín-
dios que habitavam a região.
"A presença dos Tupis na área da Bacia Tocantins-
Analise se as assertivas acima estão certas (C) ou er-
Araguaia, ao que parece, é mais recente, tendo se ori-
radas (E) e, em seguida, indique a sequência:
ginado pela determinada presença portuguesa no perí-
odo colonial, quando ocorreu um deslocamento de di- CORRETA.
versas populações para o interior, resultando em lon-
gos e multifacetados processos de disputa." a) C, E, E, E b) C, E, C, E

c) E, C, C, C d) C, C, E, C

325
Apostila TJ-TO

e) C, C, C, C na história do sistema geral de colonização européia


moderna que devemos procurar o esquema de deter-
13- (SES/20-10/Funcab-Adaptada) Com relação ao minações dentro do qual se processou a organização
período da mineração do século XVIII no estado de da vida econômica e social do Brasil na primeira fase
Goiás/Tocantins, é correto afirmar que: de sua história.”

A) a mineração foi um fracasso, pois não conseguiu (Novais, Fernando A.)


competir com as jazidas auríferas do Rio de Janeiro.
01- A respeito da organização do Brasil colônia, jul-
B) até 1750 a mineração foi lucrativa, já de 1751 a 1770 gue os itens a seguir, assinalando a única opção in-
se tornou arriscada e após 1770 ruinosa. correta.

C) a mineração foi muito lucrativa durante todo o século a) A empresa colonial foi montada dentro dos princí-
XVIII. pios mercantilistas da época moderna e privilegiava
a produção de gêneros agrícolas de exportação e
D) a mineração não se desenvolveu devido à escassez a atividade extrativa.
de mão de obra qualificada. b) A colonização, por meio do desenvolvimento in-
terno da colônia, aparece como a solução através
E) jagunços e coronéis entravaram a mineração do es- da qual se tornou possível valorizar economica-
tado de Goiás/Tocantins. mente as terras descobertas, e dessa forma garan-
tir a sua posse.
c) As invasões holandesas e os choques daí decor-
rentes, ao lado da disputa entre a lavoura e a terra
“Na dinâmica da economia de mineração, primeira me- para pastos, ocasionaram, em meados do século
tade do século XVIII, assinala-se a manifestação inicial XVII, um amplo movimento de penetração para o
interior.
de oposição do Norte ao Centro-Sul de Goiás.”
d) Em Goiás/Tocantins, a exploração do ouro deu ori-
gem a uma sociedade rural, dominada pelo senhor
CAVALCANTE, Maria do Espírito Santo Rosa. O dis- de engenho.
curso autonomista do Tocantins. Goiânia: Ed. da UCG, e) A crise do sistema colonial se traduz, no Brasil, em
2003. p. 21. movimentos de contestação em que se faz pre-
sente o ideal separatista.
14- (COPESE/2013/Prof. Nível II, Pref. Palmas) Con-
siderando o processo histórico que culminou na
criação do estado do Tocantins, é CORRETO afir- 02- A expansão da colonização portuguesa na Amé-
mar que a manifestação mencionada no texto re- rica, a partir da segunda metade do século XVII, foi
fere-se à: marcada por um conjunto de medidas, dentre as
quais podemos citar:
(A) baixa produtividade das minas do Norte em relação
às do Centro-Sul. a) o esforço para ampliar o comércio colonial, supri-
mindo-se as práticas mercantilistas.
(B) proibição da exploração do ouro nas minas do Norte b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras
da Capitania de Goiás. sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por
Portugal.
(C) criação de um imposto de capitação de ouro mais c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das mis-
sões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras
elevado para as minas do Norte de Goiás.
do planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, in-
(D) transferência do porto de escoamento da produção
centivada pela alta dos preços no mercado interna-
do ouro do Norte para o Sul de Goiás. cional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colo-
nial aos ingleses, para conter o expansionismo es-
panhol.
LISTA 02

(UFG-GO-Adaptada) “A história da expansão ultra- A descoberta do ouro ativou um intenso processo de


marina e da exploração colonial portuguesa se desen- imigração que quase desertificou algumas regiões de
rola no amplo quadro da competição entre as várias po- Portugal. A população do Brasil, em 1700, era de 300
tências, em busca do equilíbrio europeu; desta forma, é

326
Apostila TJ-TO

mil pessoas, e, em 1800, já somava 3 milhões e 300 mil (D. João V, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
pessoas.
05- No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-
03- Podemos afirmar sobre o período da mineração se à impropriedade de os mulatos continuarem a
no Brasil que: exercer o cargo de:

a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventurei- a) governador, magistrado escolhido entre os “ho-
ros de toda espécie, que inviabilizaram a minera- mens bons” da colônia para administrarem a capi-
ção. tania.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefí- b) intendente das minas, ministro incumbido de con-
cios para Portugal. trolar o fluxo de alimentos e do comércio.
c) a mineração deu origem a uma classe média ur- c) ouvidor, funcionário responsável pela administra-
bana que teve papel decisivo na independência do ção das finanças e dos bens eclesiásticos.
Brasil. d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarre-
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou gado de cuidar da administração local.
sua exploração. e) provedor-mor, autoridade encarregada da segu-
e) a mineração contribuiu para interligar as várias re- rança da região mineradora.
giões do Brasil e foi fator de diferenciação da soci-
edade.
O povoamento da região do atual estado do Tocan-
tins foi tardio em relação a grande parte do Brasil e,
04- (AL-2005) O atual estado do Tocantins, até 1988, ainda hoje, sua população representa apenas 0,7% da
foi parte integrante do estado de Goiás, que por sua população brasileira.
vez fazia parte da Capitania de São Vicente (São
Paulo). A Capitania de Goiás foi criada com a finali- 06- (SECAD-TO) O início do efetivo povoamento do
dade de: território se deveu:

a) Combater os invasores holandeses que, partindo da a) À atividade mineradora que se intensificou com a
Guiana e atravessando a Amazônia, haviam se insta- descoberta de ouro no sul do estado, promovendo o
lado na região. crescimento dos primeiros núcleos coloniais.

b) Aldear os índios dispersos pelo interior através de b) À ação dos jesuítas que, ao se dedicarem ao traba-
mecanismos efetivos de intervenção como a FUNAI. lho missionário, deram origem às principais cidades do
Tocantins atual: Palmas, Natividade e Xambioá.
c) Delimitar fazendas de criação de gado, redistribuindo
lotes entre fazendeiros mais prósperos. c) À colonização do interior das terras brasileiras graças
às investidas dos bandeirantes para aprisionamento
d) Estimular a produção de cana-de-açúcar, em cresci- dos negros quilombolas, para servirem de mão de obra
mento na capitania, graças ao solo de massapé. nas lavouras açucareiras de São Paulo.
e) Controlar áreas mineradoras ampliadas com a des- d) Ao uso intensivo das vias fluviais que cortam a re-
coberta de novas jazidas no século XVIII. gião, graças à instalação das charqueadas que incre-
mentaram o aparecimento de núcleos populacionais.

e) Aos bandeirantes portugueses que, ao vasculharem


Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas
a região para prear índios, mantinham povoamentos
Gerais no século XVIII.
nas aldeias destruídas.
“... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa
Capitania tão numerosas como se acham, e que sendo
uma grande parte das famílias dos seus moradores de O Tocantins é um dos estados brasileiros com maior
limpo nascimento, era justo que somente as pessoas tradição na criação de bovinos de corte, contando, atu-
que tiverem esta qualidade andassem na governança almente, com um rebanho de 7,5 milhões de animais,
delas, porque se a falta de pessoas capazes fez a prin- distribuídos em todas as regiões do estado. Até 2011,
cípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos as projeções apontam um crescimento para 8 milhões
exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta de bovinos.
razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por
pessoas em que haja semelhante defeito...” 07- No Brasil colônia, a pecuária teve um papel de-
cisivo na:
327
Apostila TJ-TO

a) ocupação das áreas litorâneas. d) Às oligarquias que governavam o norte do Brasil e


b) expulsão do assalariado do campo. foram derrotadas pela ação do povo do Tocantins.
c) formação e exploração dos minifúndios.
d) fixação do escravo na agricultura. e) Aos sonhos e ideais de libertação do povo goiano,
e) expansão para o interior. aspiração que surgiu a partir da Campanha das Diretas-
já de 1984.
08- Entre as cidades tocantinenses mais antigas e
historicamente mais importantes, pois surgiram na
época do ouro, destacam-se: 10- (SECAD-TO) (SECAD-TO-Adaptada) A capital do
estado do Tocantins, Palmas, recebeu este nome
a) Araguaína, Paranã e Natividade
em homenagem à comarca de São João da Palma.
b) Natividade, Arraias e Gurupi A Província da Palma foi criada por um movimento
separatista de grande repercussão, ocorrido entre
c) Dianópolis, Porto Nacional e Guaraí 1821 e 1823. O fracasso deste movimento pode ser
explicado, entre outros fatores pela(s):
d) Natividade, Arraias e Dianópolis
a) Impossibilidade de instalar um governo indepen-
e) NDA dente em relação à Coroa Espanhola, sem recursos fi-
nanceiros e econômicos que o sustentasse.

b) Imediata reação do governo português, enviando à


“De Segurado a Siqueira o ideal a seguir
região tropas que mantiveram a província unificada.
Contra tudo e contra todos firme e forte
c) Localização geográfica da região, distante do poder
Contra a tirania central brasileiro, sediado no Rio de Janeiro.

Da oligarquia d) Morte do principal líder, Manoel Sampaio, deixando


sem rumo os revolucionários emancipacionistas.
O povo queria
e) Divergências internas quanto à abrangência da
Libertar o Norte” emancipação.

(Hino do Tocantins).

11- (Cabo-PM-TO) A Vila Barra da Palma, construída


por Teotônio Segurado é hoje a cidade de:
09- (SECAD-TO) Este trecho do Hino estadual está
diretamente relacionado à história do Tocantins a) Natividade
quando se refere:
b) Paranã
a) A Teotônio Segurado e Siqueira Campos, os princi-
pais líderes da Revolta da Palma, que manteve o To- d) Arraias
cantins separado do restante do Brasil entre 1821 e
e) Dianópolis
1824.

b) A Teotônio Segurado e Siqueira Campos, importan-


tes líderes políticos e defensores da autonomia do To- 12- Os movimentos de rebelião colonial, como o
cantins em momentos históricos diferentes. Movimento separatista do Norte, ocorrido em Goiás
entre 1821 e 1823, e o processo de emancipação po-
c) À organização suprapartidária constituída com o ob-
lítica do Brasil estão ligados às transformações do
jetivo de conscientizar a população para criar uma mundo ocidental no final do século XVIII. Assim,
Emenda Popular que instituísse um novo estado na fe- está correto afirmar que:
deração.
a) o desenvolvimento industrial reforçou o pacto colo-
nial, como instrumento de reserva de mercado.

328
Apostila TJ-TO

b) o Iluminismo promoveu expressiva modernização Goiás, isto ainda no século XIX. De 1822 a 1823 foi a
econômica da colônia e o reforço da religiosidade Vila capital da sonhadora Província da Palma.
expressa no Barroco.
c) a emancipação política, no caso brasileiro, marcou d) Arraias – cidade que surgiu no século XVI com a ex-
a definitiva separação entre portugueses, agentes tração do minério de ouro, portanto, a presença da co-
da metrópole e colonos brasileiros.
lonização é tão marcante na vida da cidade que os tra-
d) as reações contra o domínio metropolitano foram
movimentos autóctones das elites coloniais, não se ços europeus são fortes na própria população.
ligando ao processo geral da crise do Antigo Re-
gime. e) Paranã – município criado em 05 de outubro de 1857.
e) as rebeliões coloniais foram influenciadas pelo pen- Sua história se confunde com a história do estado do
samento liberal, apesar das diferenças entre as Tocantins. Foi Comarca da Palma; hoje a capital do To-
áreas coloniais e a Europa. cantins foi batizada de Palmas.

13- (Agente Penitenciário-TO) Nas décadas de 1730


e 1740 ocorrem as descobertas auríferas do norte Logo no início da década de 1920 se espalharam
de Goiás e, em função delas, a formação dos pri- pelos quartéis os ideais do Movimento Tenentista. Car-
meiros arraiais no território onde hoje se situa o es- regando a bandeira da democracia, o grupo que era for-
tado do Tocantins. Marque a alternativa que aponta mado basicamente por militares de baixa e média pa-
o surgimento nos anos 1730, dos primeiros arraiais tentes colocava em questão as principais marcas da
formados com a descoberta do ouro. Política do café-com-leite.

a) Arraias e Xambioá 15- Segundo alguns autores, o tenentismo repre-


sentou uma tentativa de ruptura da organização po-
b) Cristalândia e Taguatinga lítica vigente na República brasileira por que:

c) Natividade e Almas a) os tenentes se identificaram com um programa ra-


dical de transformações sociais.
d) Paranã e Porto Nacional b) a aliança partidária entre os militares e as camadas
médias urbanas propunha a reforma da Constitui-
e) Silvanópolis e Pedro Afonso ção.
c) movimento visava à derrubada do governo e ao es-
tabelecimento da austeridade político-administra-
tiva.
14- (Agente Penitenciário-TO) Assinale a alternativa d) os tenentes propunham o estabelecimento do re-
INCORRETA cujas informações não correspondem gime parlamentarista dirigido pelos elementos mais
aos aspectos históricos e culturais das referidas ci- esclarecidos da nação.
dades do estado do Tocantins. e) os militares eram portadores de uma ideologia in-
dustrializante claramente definida em seu pro-
a) Araguaína – em 14 de novembro de 1958 foi criado grama de governo.
este município e sua integração ao território nacional
deu-se com a construção da Rodovia Belém-Brasília, Segunda Guerra Mundial - um minério estratégico
que proporcionou à cidade um vertiginoso processo de iria sacudir a vida sócio-econômica da época no norte
crescimento populacional. de Goiás. Popularmente conhecido como cristal de ro-
cha. Preciosíssima matéria-prima na indústria bélica. A
b) Gurupi – é desconhecido o motivo de batizar a cidade
exemplo do ciclo da mineração (século XVIII), o ciclo
com este nome, que na língua dos índios Xerente quer
econômico desse minério transformou lugares ermos
dizer “diamante puro”. O povoado do córrego mutuca
em prósperas povoações de população flutuante no es-
foi elevado a distrito de Porto Nacional no ano de 1956,
tado do Tocantins.
início da construção da Rodovia Belém-Brasília. Sua
emancipação político-administrativa viria através da Lei 16- (PM_TO) Assinale a alternativa CORRETA que
Estadual no. 2.140, de 14 de novembro de 1958. corresponde ao minério que se refere o texto, en-
contrado nos municípios de Pium, Cristalândia,
c) Natividade – município criado em 1º. de julho de
Arapoema e Xambioá, no estado do Tocantins.
1831. Foi sede provisória da Comarca do Norte de
Goiás, no período de 1809 a 1815, e um dos berços das a) Ouro
primeiras manifestações para a separação do Norte de
b) Urânio
329
Apostila TJ-TO

c) Ferro 19- (AL-TO) Sobre as transformações ocorridas


nessa região, pode-se afirmar que:
d) Quartzo
I- A rodovia veio promover uma rearticulação do comér-
cio inter-regional antes quase inexistente.
Nos anos 20, 30 e 40 do século XX, a ocupação eco- II- Como a maioria das obras da ditadura militar, a ro-
nômica do extremo norte e do médio Tocantins foi sus- dovia, hoje, é praticamente inexistente, tendo servido
tentada pelo extrativismo mineral e vegetal: o babaçu, apenas para divulgar o ufanismo do “Brasil Grande”.
o caucho e o cristal. Nas décadas de 1940 e 1959, essa
atividade continuou movimentando a economia regio- III – Apesar da possibilidade de integração espacial, al-
nal e trouxe o surto de prosperidade para algumas po- gumas cidades continuaram isoladas, dificultando
voações. O extrativismo, como fonte de renda, fez parte ainda mais o desenvolvimento da economia local.
de uma época áurea na história de alguns municípios.
IV- Apesar da tentativa de diminuir a distância entre o
17- (Agente Penitenciário-TO) Assinale a alternativa norte e o sul de Goiás, através de um sistema de trans-
que apresenta os municípios que aqueceram o co- porte mais eficaz, a navegação fluvial continua a fazer
mércio da região com a exploração do quartzo (cris- parte do cotidiano de algumas cidades.
tal de rocha) que ganhou mercado com a segunda
Guerra Mundial. Estão corretas as afirmativas:

a) Araguatins, Pedro Afonso e Araguacema a) I e II apenas

b) Ponte Alta do Bom Jesus, Silvanópolis e Taguatinga b) II e III apenas

c) Lizarda, Tocantinópolis e Paraíso do Tocantins c) III e IV apenas

d) Guaraí, Colinas, Miranorte, e Araguatins d) I, II e III apenas

e) Pium, Cristalândia, Arapoema e Xambioá e) I, III e IV apenas

18- (PM-TO) Nascida entre os rios Andorinha e Lon- Criado pela Constituição de 1988, o Tocantins é o
tra, afluentes do Araguaia, o antigo povoado de mais novo estado brasileiro. Sua emancipação resulta
Lontra teve sua ocupação iniciada por volta de de luta histórica que, iniciada no contexto da indepen-
1876, mas a criação do município só veio em 1958, dência do Brasil, nas décadas iniciais do século XIX,
com a implantação da BR-153. É atualmente deno- renasceu por volta de 1920, expandiu-se na segunda
minada “Capital do Boi Gordo”. O texto refere-se à metade da década de 50 e consolidou-se nos anos 80.
cidade de: Na base do discurso autonomista ao longo da história,
sustentando-o, prevaleceu a tese da situação de aban-
a) Araguatins dono político-administrativo do então norte de Goiás
por parte do governo central, seja imperial ou republi-
b) Guaraí cano.

c) Araguaína 20- (TRE-CESPE) Relativamente ao processo de


emancipação do estado do Tocantins, assinale a
d) Colinas do Tocantins
opção correta.
e) Araguaçu
a) Diferentemente do ocorrido em outras regiões brasi-
leiras, o discurso autonomista tocantinense não logrou
ultrapassar o âmbito das elites locais.
A abertura da rodovia BR-153 (Belém-Brasília) que
possibilitou um forte fluxo migratório em direção ao b) A ausência do apoio popular à causa emancipacio-
norte de Goiás, hoje Tocantins, se propôs a colocar um nista ajuda a explicar a longa e demorada batalha para
fim ao isolamento da região. alcançar seu objetivo.

330
Apostila TJ-TO

c) A situação de abandono da qual se ressentia o norte b) Joaquim Ayres da Silva


goiano é uma exceção no quadro geral da ocupação e
da organização político-administrativa do território bra- c) Osvaldo Ayres da Silva
sileiro, processo que, da colônia ao século XX, foi tradi-
d) Benjamim Rodrigues
cionalmente marcado pelo equilíbrio de poder e pela
ausência de hegemonias regionais. e) Dom Alano Marie du Noday
d) “Estou goiano, mas sou tocantinense”, slogan utili-
zado em determinado momento da campanha emanci-
pacionista, reflete a partidarização política assumida 23- (SECAD-TO) Sobre as atividades agrárias e a es-
pelo movimento, o que só fez ampliar a força dos que, trutura fundiária do espaço brasileiro, considere as
sobretudo em Goiás, combatiam a criação do novo es- afirmativas abaixo:
tado.
I – A recente mecanização da agricultura reduziu a
e) Na década de 80, enquanto o centro-sul goiano apro- oferta de trabalho no campo, contribuindo, assim, para
fundava sua integração econômica com o mercado do a formação de um contingente de trabalhadores de-
Sudeste do país, acentuava-se o descompasso interno sempregados e/ou temporários e posseiros.
entre norte e sul do estado. Por isso, tornou-se o mo-
mento certo para o adensamento do espírito autono- II – A expansão acelerada das fronteiras agrícolas e a
mista, assentado no discurso do abandono administra- estrutura fundiária concentrada geram permanentes
tivo e da desvantagem econômica. conflitos pela posse da terra, resultando quase sempre
na expropriação por parte de grileiros.

III – A força histórica da aristocracia rural, reforçada


21- (FECIPAR-TO) Foi a partir da necessidade de pela lei de Terras de 1850, gerou um modelo concen-
descentralização da administração pública do sul trador cujas tentativas de desarticulação tem se mos-
em vista dos interesses do norte, que se iniciaram trado, muitas vezes, inócuas.
os movimentos separatistas para criação do estado
do Tocantins. Essa luta teve como principal repre- IV – As dificuldades de cultivo no atual estado do To-
sentante: cantins remontam ao século XVI, quando a região ainda
pertencia à Espanha, que esgotou o solo do território
a) Antônio Pedroso de Alvarenga com a atividade mineradora.

b) Sebastião Paes de Barros Marque a alternativa correta:

c) Joaquim Teotônio Segurado a) I e II apenas.

d) Bartolomeu Bueno da Silva b) II e III apenas.

e) NDA c) III e IV apenas.

d) I e II e III apenas.

Entregou-se de corpo e alma na luta pela emanci- e) I e III e IV apenas.


pação política do norte goiano. Juiz de Direito, com uma
expressiva simpatia da população, engajou-se na luta
pela criação do estado do Tocantins, colocando em
A partir da década de 70 do século XX, o modelo de
risco sua própria carreira de magistrado. Ministrou pa-
desenvolvimento adotado pelo Brasil para a integração
lestras, organizou carreatas e manifestos, com desta-
regional chega, também, ao norte de Goiás, que passa
que para o Manifesto Tocantinense – escrito em 13 de
a se tornar alvo de investimentos governamentais com
maio de 1956.
o objetivo de incorporar a região ao mercado nacional.
22- (Agente Penitenciário-TO) O texto fala de um
24- (SECAD-TO) Sobre esse processo é correto afir-
grande lutador pela criação do estado do Tocantins,
mar que:
que é:

a) Feliciano Machado Braga

331
Apostila TJ-TO

a) Apesar do acentuado desequilíbrio regional exis- sileira de 1988. O projeto de criação de mais um es-
tente, o modelo econômico adotado para a região faci- tado da federação, apresentado e aprovado pelo Se-
litou a integração dos sistemas de transporte, tornando nado Federal, foi rejeitado duas vezes pelo então
viável a emancipação política do norte de Goiás. Presidente José Sarney que alegava a:

b) Apesar dos esforços do governo federal na tentativa a) Necessidade de garantir a permanência do PMDB no
de dinamizar a economia do centro-oeste, a facilidade poder, através da manutenção da unidade territorial
de importação de bens de consumo favorecia a desati- brasileira.
vação das indústrias locais.
b) Desestabilização do governo do estado de Goiás
c) A opção do governo pelos investimentos no centro- que, desde o início da ditadura militar, insistia em eleger
oeste se explica pela tranqüilidade da região numa representantes de partidos do governo tanto a nível es-
época de ditadura política quando todas as demais re- tadual quanto federal.
giões brasileiras viviam a realidade da guerrilha e da
luta armada. c) Inviabilidade econômica do novo estado que não dis-
punha de recursos suficientes para sua sustentação.
d) Uma das conseqüências da reestruturação espacial
nesta área foi a presença de conflitos pela posse da d) Impossibilidade de descentralizar a rede urbana in-
terra, tornando a área conhecida como Bico do Papa- dustrial brasileira, ao transferir para o novo estado gran-
gaio um foco de grilagem e violência no campo. des empresas de capital internacional.

e) Os investimentos na região foram conseqüência di- e) Impossibilidade de implantar, em um curto espaço de


reta da decadência da nova capital federal, Brasília, tempo, um modelo de desenvolvimento baseado na
que em dez anos de vida iniciava um processo de invo- agropecuária de exportação.
lução urbana.

27- O presidente da república que por duas vezes


Ao longo do tempo, muitas foram as lideranças que vetou a criação do estado do Tocantins foi:
se destacaram na luta pela emancipação do Tocantins.
a) Emílio Garrastazú Médici
Nos anos 80, um parlamentar ficou nacionalmente co-
nhecido não apenas por apresentar reiteradamente b) Itamar Franco
suas propostas para a criação do Tocantins, mas por
ter chegado, inclusive, a fazer greve de fome para sen- c) João Baptista Figueiredo
sibilizar o Congresso Nacional para a causa que defen-
dia. Conquistado o objetivo, elegeu-se pelo voto direto d) José Sarney
governador do Tocantins.
e) Fernando Collor
25- (TRE-TO) Trata-se de:

a) Marcelo Miranda
28- O estado do Tocantins foi criado no ano de
b) Henrique Santillo ........... a partir da divisão do estado de ........... . Com-
plete as lacunas da frase acima.
c) Carlos Patrocínio
a) 1972 – Piauí
d) João Ribeiro
b) 1985 – Pará
e) Siqueira Campos
c) 1988 – Goiás

d) 1989 – Mato Grosso


26- (SECAD-TO) A criação do estado do Tocantins
foi marcada por uma persistência política datada do e) 1990 - Maranhão
século XIX e só concretizada pela Constituição Bra-

332
Apostila TJ-TO

29- (TJ-TO) Em que língua está escrita a expressão 05- b 06- e 07- a
“Esta terra é nossa” no Brasão do estado do Tocan- 08- c
tins:
09- c 10- b 11- c
a) Latim 12- d

b) Krahô 13- b 14- c

c) Tupi-guarani

d) Grego GABARITO LISTA 02

e) Xerente 01- d 11- b 21- c

02- c 12- e 22- a

30- (PM-TO) Assinale as seguintes questões, sobre 03- e 13- c 23- d


a capital do Tocantins:
04- e 14- d 24- d
I- Quando a pedra fundamental de Palmas foi lançada,
no dia 20 de maio de 1989, o estado do Tocantins já 05- d 15- c 25- e
existia.
06- a 16- d 26- c
II- Palmas está localizada no centro geográfico do es-
07- e 17- e 27- d
tado do Tocantins, à margem direita do rio Tocantins.
08- d 18- c 28- c
III- O nome Palmas foi escolhido em homenagem à Co-
marca de São João da Palma, sede do movimento se- 09- b 19- e 29- c
paratista da região de Goiás, instalada na barra do Rio
Palmas com o Rio Paranã. 10- e 20- e 30- d

IV- A escolha de sediar a capital do Tocantins à mar-


gem direita do Rio Tocantins foi visando incentivar o
progresso desta região, já que na outra margem existe, PARA REFLETIR
desde os anos 60, a rodovia Belém-Brasília, primeiro
eixo de integração e desenvolvimento entre o norte e o Investir em educação é um empréstimo feito ao
sul do país. futuro. Que será pago com usura. Cujos juros crescerão
em proporção indefinida.
V- O clima de Palmas é o tropical com duas estações
definidas durante o ano: entre maio e setembro é tem- Rui Barbosa.
porada de sol; de outubro a abril é o período de chuvas.

Conforme as alternativas acima, assinale a res-


posta verdadeira. Kanduka Oliveira

a) Todas as alternativas estão incorretas. Bacharel e Licenciado em História pela UFG

b) Somente a alternativa V é incorreta. Especialista em História Econômica do Brasil

c) Somente as alternativas III, IV e V estão incorretas.

d) Todas as alternativas estão corretas. REDES SOCIAIS:

kandukatual@uol.com.br

GABARITO LISTA 01 kanduka.oliveira@facebook.com

01- d 02- a 03- e Instagram: @professorkanduka


04- d
Periscope: @professorkanduka
333
Apostila TJ-TO

Periscope: @amo_direito

334
Apostila TJ-TO

beleza e simetria, além de colocá-la em um contexto his-


tórico e cultural. A rosa dos ventos da Praça dos Giras-
sóis possui em sua estrutura de formação toda a riqueza
bana 21,2% Rural de detalhes artísticos da cultura tocantinense.
- 1.515.126 Na maior parte, o território do Tocantins é formado por
planícies e ou áreas suavemente onduladas, estendendo-
BA, GO, MT e PA se por imensos planaltos e chapadões, o que constitui
pouca variação altimétrica se comparado com a maioria
– (2015) IBGE/SEPLAN-TO dos outros estados. Assim, o ponto mais elevado do To-
cantins é a Serra das Traíras, com altitude máxima de
1.340 metros.
– Médio: 0,699 (2013) (14º.) Em termos de vegetação, o Tocantins é um dos nove es-
(18ª.) tados que formam a região Amazônica. Sua vegetação de
cerrado (87% do território) divide espaço, sobretudo, com
(14º.) a floresta de transição amazônica.
Amazônia Legal
A Amazônia Legal Brasileira é formada pelos estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, To-
cantins e grande parte dos estados do Maranhão e Mato
Grosso.

Metade do PIB do Tocantins está em 20 municípios


Fonte: IBGE/2015
INTRODUÇÃO À GEOGRAFIA DO TOCANTINS
Criado em 05/10/1988 pela Assembléia Nacional Consti-
tuinte (promulgação da Constituição Federal – artigo 13
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), o
Tocantins é o mais novo dos 26 estados do Brasil. Loca-
liza-se na região Norte (faz parte da Amazônia Legal),
exatamente no centro geográfico do país, condição que
lhe possibilita fazer limite com estados do Nordeste, Cen-
tro-Oeste e do próprio Norte. Mais da metade do território do Tocantins (50,25%) são
áreas de preservação, unidades de conservação e bacias
hídricas, onde se incluem santuários naturais como a Ilha
do Bananal (a maior ilha fluvial do mundo) e os parques
estaduais do Cantão, do Jalapão, do Lajeado e o Monu-
mento Nacional das Árvores Fossilizadas, entre outros.
No Cantão, três importantes ecossistemas chegam a en-
contrar-se: o amazônico, o pantaneiro e o cerrado.
Só em reservas indígenas, totalizam-se mais de 2 mi-
lhões de hectares protegidos, onde uma população de
aproximadamente 14 mil indígenas preservam suas tradi-
ções, seus costumes e crenças.
Atualmente o estado do Tocantins conta com nove etnias
reconhecidas. Sete delas devidamente reconhecidas
(pois já tiveram suas terras demarcadas) e mais duas,
Pankararu e Avá-canoeiros, que já são reconhecidas,
mas ainda não devidamente, pois as suas terras ainda
Marco do Centro Geodésico do Brasil não foram demarcadas.
O marco do centro geodésico do Brasil está situado na Todas as etnias já devidamente reconhecidas tiveram
ala norte do Palácio Araguaia, simbolizado no centro da suas terras demarcadas pela União, perfazendo um total
rosa dos ventos. O símbolo foi acrescido de referências de mais de 7% de todo o território do Tocantins e encon-
das etnias indígenas do Tocantins que enriqueceu sua tram-se distribuídas em 82 aldeias.
335
Apostila TJ-TO

Os Pankararu, por enquanto, estão vivendo na zona ur- Resultante do desmembramento do estado de Goiás pela
bana de Gurupi e esperam a demarcação de sua terra no Constituição de 1988, foi fundada em 20 de maio de 1989,
vizinho município de Figueirópolis e os Avá-canoeiros vi- com a construção da cidade planejada e instalada como
vem de favor entre os Javaés e os Karajás, na Ilha do Ba-
capital em 1º de janeiro de 1990 quando os poderes
nanal, esperando a demarcação de suas terras em For-
moso do Araguaia. constituídos foram transferidos da capital provisória,
Miracema, a capital provisória Miracema do Tocantins, pois não havia ainda prédios
Assim que o estado do Tocantins foi instalado, em públicos para ocupar.
01/01/1989, conforme determinação da Constituição Fede-
ral de 1988, o poder executivo deveria escolher uma cidade Após vinte e sete anos sua população ultrapassou os 280
para ser a capital provisória. A escolha recaiu sobre a ci- mil habitantes. Setenta por cento das quadras habitadas já
dade de Miracema do Norte, atual Miracema do Tocantins, estão pavimentadas. O mesmo ocorrendo com
até que fosse escolhido um local definitivo para a constru- saneamento básico e água tratada que chega a 98% da
ção da capital. população atendida.

PALMAS De um modo geral a cidade é caracterizada pelo seu


planejamento, pois foi criada quase na mesma forma de
Palmas é um município brasileiro, capital e maior cidade Brasília, com a preservação de áreas ambientais, boas
do estado do Tocantins, na Região Norte do Brasil. praças, hospitais e escolas.
Localiza-se a 10º12'46" de latitude sul e 48º21'37" de
longitude oeste, à margem direita do Rio Tocantins e a uma
altitude média de 230 metros. De acordo com o censo de
2010 do IBGE, sua população é de 228.332 habitantes. É
a mais nova das cidades planejadas no Brasil para serem
capitais de estado. Foi fundada em 20 de maio de 1989,
porém, foi apenas no dia 1º de janeiro de 1990 (pouco mais
de um ano após a criação do Tocantins, que ocorreu em 5
de outubro de 1988 com a entrada em vigor da atual
Constituição do Brasil), que Palmas se tornou a capital do
estado do Tocantins. Já que na época de sua fundação,
não havia instalações para abrigar as repartições do
Governo do Tocantins.

Demograficamente é a menor capital do Brasil, com Crescimento acelerado


228.332 habitantes (IBGE/2010).
Palmas possui as mais importantes taxas de crescimento
A estimativa do IBGE/2016 é de 280.000 habitantes. demográfico do Brasil nos últimos dez anos, recebendo
pessoas de praticamente todos os estados brasileiros.
Segundo o IPEA, em 2010, Palmas era a segunda capital Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e
mais segura do Brasil (perdendo apenas para Natal). Estatística (IBGE), o município atingiu um crescimento
Porém, nos últimos anos os indicadores de violência têm populacional de mais de 110% em 2008 comparando com
crescido assustadoramente na cidade. Um dos motivos a população residente em 1996, saindo dos 86.116
apontados é falta de efetivos militares, daí a realização de habitantes para uma estimativa de 184.010 habitantes e já
concurso para prover um aumento do quadro de pessoal contava com quase 230 mil habitantes em 2010 segundo
da Polícia Militar do Tocantins. estimativa do mesmo instituto.

História de Palmas Nos últimos anos, o desenvolvimento econômico pelo qual


tem passado o município de Palmas de certa forma tem
O seu nome foi escolhido em homenagem à Comarca de contribuído para a atração de um contingente populacional
São João da Palma, instalada em 1809 (provisoriamente proveniente de diversas partes do país. Esta corrente
em Natividade) e depois, em 1815, na sua sede definitiva migratória se deve à expectativa gerada com o surgimento
na Vila de São João da Palma, na barra do Rio Palma com de oportunidades de negócios e empregos em função da
o Rio Paranã. Outro fator que influenciou o nome foi a implantação do estado e da capital.
grande quantidade de palmeiras existentes ao longo de
todo o estado.

336
Apostila TJ-TO

A estimativa do IBGE/2016 para Palmas é de 280.000 Por ter sido concebida com o fim de ser um centro
habitantes. administrativo, Palmas possui uma economia com um
setor de serviços mais desenvolvido comparado aos outros
Geografia de Palmas setores da economia. A participação da agropecuária na
economia palmense é desconsiderada.
Clima e pluviosidade
A economia é predominantemente formal, formada
Clima quente todo o ano. Apesar de ter algumas variações,
principalmente por sociedades limitadas e firmas
são poucas, pois a diferença entre o mês mais quente
individuais. A empresa mais comum no município é micro,
(setembro) e o mais frio (julho) é de apenas 3 °C. A média
sendo elas que compõem mais de 80% das 4394
das máximas em setembro é de 36°C, e a das mínimas é
empresas palmenses.
de 22°C, em julho, a média das temperaturas máximas
atinge 33°C, enquanto a das mínimas cai para 15°C. Palmas,, possui quatro distritos industriais, sendo eles o
Assim, a temperatura média anual é de 26°C. Apesar de Distrito Industrial de Palmas, o Distrito Industrial Tocantins
setembro ser o mês mais quente, as temperaturas mínimas I, o Distrito Industrial Tocantins II e o Distrito Industrial de
maiores acontecem em março, com 24°C. O mesmo Taquaralto. Todos eles ficam localizados às margens das
acontece com julho (mês mais frio), onde a menor rodovias TO-050 e TO-010.
temperatura máxima acontece em março e fevereiro.

A distribuição sazonal das precipitações pluviais está bem


caracterizada acusando, no ano, dois períodos bem
definidos: a estação chuvosa de outubro a abril com
temperatura média que varia entre 22ºC e 28ºC, com
ventos fracos e moderados e a estação seca nos meses
de maio a setembro com temperatura média que varia
entre 27ºC e 32ºC e tem como temperatura máxima 41°C.
O mês mais chuvoso é Janeiro, quando chove 241 mm,
enquanto o mês mais seco é julho, quando chove apenas
5 mm.

Estrutura viária

Palmas encontra-se localizada próxima à rodovia BR-153


(Belém-Brasília).

O acesso terrestre pela TO-O50 e TO-060 que bifurcam


com a BR-153. Dela partem várias ramificações de
rodovias estaduais, interligando Palmas ao restante do
Tocantins. O sol
amarelo, do qual se vê apenas a metade despontando no
Pela Belém-Brasília, o município tem acesso às principais horizonte contra o azul do firmamento, é a imagem
cidades do Tocantins e regiões do País, especialmente idealizada ainda nos primórdios da história do novo
Belém, Goiânia e Brasília. Estado, quando sua emancipação mais parecia um sonho
inatingível. Simboliza o Estado nascente.
Relevo
A asna (barras em ângulo com o vértice para a parte
O relevo está caracterizado pelas Serras do Carmo e do
superior) em azul, cor do elemento água, representa a
Lajeado, que constituem um relevo basicamente
confluência dos rios Araguaia e Tocantins, fonte perene de
escarposo, sendo que a cidade se mantêm em uma
riquezas e recursos hidroenergéticos.
'planície' entre a Serra e o lago represado.
Os campos em amarelo e branco lembram,
Hidrografia
respectivamente, o rico solo tocantinense e a paz desejada
Dentre os principais rios e ribeirões de Palmas, destacam- para o Estado.
se o rio Tocantins (principal), e ribeirões São João, das
Em timbre, a estrela em amarelo representa a condição do
Pedras, Taquaruçu, Córrego Macaco e Taquaruçu Grande.
Estado do Tocantins como uma das unidades da
Economia Federação Brasileira.
337
Apostila TJ-TO

Como suporte, a coroa de louros que era colocada na


fronte dos heróis vitoriosos, em verde, como justa
homenagem e reconhecimento ao valor dos tocantinenses
cujo esforço transformaram o sonho tão longínquo de
emancipação na mais viva realidade.

Na
bandeira do Tocantins:

- A faixa azul representa os rios;

- A faixa amarela, as riquezas do estado.

- O sol, sobre a faixa branca, significa que ele nasce para


todos os cidadãos tocantinenses.

O
estado do Tocantins tem o formato latitudinal (comprido).

No sentido norte-sul tem: 899,5 km (o extremo norte do


estado está localizado na Ilha do Braz, em São Sebastião
do Tocantins (5º.S) e o extremo sul na Serra das Traíras
ou das Palmas (13º.S), em Paranã).

No sentido oeste-leste tem: 515,4 km (o extremo oeste do


estado está localizado no Parque Nacional do Araguaia

338
Apostila TJ-TO

(51º.W), na Ilha do Bananal e o extremo leste, na Serra da 2) Araguaína, 3) Miracema, 4) Rio Formoso, 5) Gurupi 6)
Tabatinga (46º.W), em Porto Nacional (a capital, Palmas, localiza-se nessa
microrregião), 7) Jalapão e 8) Dianópolis; e 18 (dezoito)
Mateiros) Regiões Administrativas: 1) Araguatins, 2) Augustinópolis,
3), Tocantinópolis, 4) Xambioá, 5) Araguaína, 6) Colinas do
Altitude
Tocantins, 7) Goiatins, 8) Guaraí, 9) Região Metropolitana
O ponto culminante (mais alto) do estado fica localizado no de Palmas, 10) Pedro Afonso, 11) Paraíso do Tocantins,
extremo sul, na nascente do Rio Claro, em Paranã, numa 12) Novo Acordo, 13) Natividade, 14) Gurupi, 15)
serra conhecida como Serra Traíras (ou das Palmas). O Dianópolis, 16) Paranã, 17) Arraias e 18) Taguatinga.
local possui uma altitude aproximada de 1.340 m, segundo
o IBGE, estando a apenas 2,5 km da divisa com o estado
de Goiás.

O ponto mais baixo, por sua vez, está localizado na parte


oeste da Ilha dos Bois, em Esperantina, no extremo norte
do estado, e possui 90 m de altitude. Esta ilha encontra-se
localizada logo após a confluência entre os rios Tocantins
e Araguaia, na divisa com os estados do Maranhão e do
Pará. Isto explica o fato de toda a bacia hidrográfica do
estado (Bacia do Tocantins-Araguaia) convergir
justamente para este ponto.

REGIONALIZAÇÃO

O espaço geográfico regional do Tocantins é composto de:


2 (duas) mesorregiões: (Ocidental do Tocantins e Oriental
do Tocantins); 8 (oito) microrregiões: 1) Bico do Papagaio,
339
Apostila TJ-TO

Curiosidade: - Indústria (incluindo a construção civil)

* Quando foi dividido o estado de Goiás, a parte que virou * Terciário (serviços)
Tocantins tinha apenas 60 municípios, em 1990 passou a
contar com 79, em 1993 passou a 123 e, a partir de 1997, - Administração pública, comércio, bancos e prestadores
aos atuais 139. de serviços

* Maior município do Tocantins em extensão territorial: Participação percentual por setor (PIB IBGE/2015)
Formoso do Araguaia com 13.423 km2.
17,8% - Setor Primário
* Menor município do Tocantins em extensão territorial:
24,1% - Setor Secundário
Axixá do Tocantins com 104,89 km2.
58,1% - Setor Terciário
* O 4º. Município com menor PIB absoluto do Brasil é São
Félix do Tocantins (R$ 6,9 milhões – IBGE/2010). COMÉRCIO EXTERIOR

As exportações do Tocantins despencaram quase 30%


entre 2015 e 2016. Os dados são do Ministério da Indústria
e Comércio Exterior. O resultado foi puxado pela queda na
produção dos dois principais produtos de exportação do
estado, a soja, que caiu 34% e a carne bovina congelada,
que caiu 22%. O milho também teve uma redução
significativa, de mais de 70%, no mesmo período.

A última vez que o estado tinha registrado queda no


volume de exportação foi entre 2008 e 2009, em meio à
crise econômica mundial que afetou os mercados naquela
época. O resultado de 2016 é o mais baixo desde 2011,
quando o Tocantins exportou apenas US$ 486 milhões.

Expectativa de melhora

A diretora de políticas para a pecuária da Secretaria de


Agricultura do Tocantins, Erika Jardim, explicou que a
queda nos principais produtos se deveu a condições
climáticas, a desvalorização do real e a inflação. Em 2017
as exportações devem voltar a crescer. O Complexo grãos
responde por mais de 70% das exportações.

Municípios que mais exportaram em 2016 (SEFAZ/TO)

Campos Lindos, Guaraí, Araguaína, Gurupi, Pedro Afonso,


Porto Nacional.

Maiores importadores em 2016 (SEFAZ/TO)

China, Holanda, Espanha, Hong Kong, Rússia e Egito.


ECONOMIA

Setores da Economia

* Primário (extrativismo)

- Mineração, Agricultura e Pecuária

* Secundário (transformação)

340
Apostila TJ-TO

caracterização territorial dos quadros natural, agrário,


agrícola e socioeconômico.

Segundo o estudo, são cerca de 73 milhões de hectares


distribuídos em 31 microrregiões e 337 municípios.

Por que essa região é considerada a última fronteira


O que é Matopiba?
agrícola brasileira?
O termo denomina a região formada pelo estado do To-
A atividade agrícola tem se ampliado de maneira veloz
cantins e partes dos estados do Maranhão, Piauí e Ba-
no Matopiba. Nos últimos quatro anos, somente o es-
hia.
tado do Tocantins expandiu sua área plantada ao ritmo
Características morfológicas da região? de 25% ao ano, segundo dados da Companhia Nacio-
nal de Abastecimento (Conab). Até 2022, segundo pro-
A topografia plana, os solos profundos e o clima favorá- jeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
vel ao cultivo das principais culturas de grãos e fibras cimento (Mapa), o Brasil plantará cerca de 70 milhões
possibilitaram o crescimento vertiginoso da região, que de hectares de lavouras e a expansão da agricultura
até o final da década de 1980 se baseava fortemente continuará ocorrendo no bioma Cerrado. Somente a re-
na pecuária extensiva. gião que compreende os estados do Maranhão, Tocan-
tins, Piauí e Bahia terá, nesse mesmo período, o total
Porém a área também é considerada complexa o que de 10 milhões de hectares, o que representará 16,4%
torna ainda mais audacioso o desafio de garantir uma da área plantada e deverá produzir entre 18 a 24 mi-
agricultura moderna e sustentável. Tamanha prosperi- lhões de toneladas de grãos, um aumento médio de
dade levou à oficialização da delimitação do território 27,8%.
por meio da assinatura de decreto pela presidenta
Dilma Rousseff, em 2014, e ao lançamento da Agência Que outras ações estão sendo desenvolvidas na re-
de Desenvolvimento Regional do Matopiba pelo Minis- gião?
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos qua-
tro estados que fazem parte da região. A Embrapa está elaborando um plano estratégico de
atuação no Matopiba com a finalidade de fortalecer o
Tamanha prosperidade levou à oficialização da delimi- desenvolvimento tecnológico e inovação para a região.
tação do território por meio da assinatura de decreto Nesse trabalho estão previstas análises de risco climá-
pela presidenta Dilma tico, caracterização da região do ponto de vista socioe-
conômico, identificação de problemas e oportunidades,
Rousseff e ao lançamento da Agência de Desenvolvi- dentre outros.
mento Regional do Matopiba pelo Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento nos quatro estados que Mas apesar da delimitação territorial ser recente, pes-
fazem parte da região. quisadores já estudam a região há algum tempo para
encontrar as melhores alternativas sustentáveis. Na
A delimitação territorial do Matopiba foi baseada em Embrapa está em andamento um arranjo de projetos,
quais critérios? liderado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, localizada
em Palmas (TO). O objetivo é traçar estratégias para o
A delimitação foi realizada pelo Grupo de Inteligência aumento da produtividade, competitividade e sustenta-
Territorial Estratégica da Embrapa (GITE) que utilizou bilidade de sistemas de produção agropecuária do Ma-
como primeiro grande critério as áreas de cerrados topiba.
existentes nos Estados. Foi baseada em informações
numéricas, cartográficas e iconográficas, resultando na
341
Apostila TJ-TO

Foi lançada recentemente a Agência de Desenvolvi- O processo de industrialização no Tocantins ainda é


mento Regional do Matopiba. A ideia é promover o de- bastante incipiente, embasado na agroindústria, desta-
senvolvimento da região visando à elevação da quali- cando-se principalmente cinco distritos industriais loca-
dade de vida da população. Por ser considerada a úl- lizados estrategicamente ao longo da rodovia Belém-
tima fronteira agrícola do país a região é estratégica Brasília (BR-153), em municípios que possuem as mai-
para a ascensão social dos pequenos produtores locais ores populações.
e para o incremento da produção e da exportação agro-
pecuária do país, por isso a necessidade de investir em Esses municípios se desenvolvem dentro de suas po-
tecnologia e assistência técnica. tencialidades, alguns com expressivo mercado consu-
midor. É o caso de Araguaína e Gurupi. Outros em me-
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS DO TO- nor escala; Paraíso do Tocantins e Porto Nacional.
CANTINS
Palmas, a capital, possui quatro distritos industriais,
PECUÁRIA sendo eles o Distrito Industrial de Palmas, o Distrito In-
dustrial Tocantins I, o Distrito Industrial Tocantins II e o
O Tocantins é um dos estados brasileiros com maior Distrito Industrial de Taquaralto. Todos eles ficam loca-
tradição na criação de bovinos de corte, contando, atu- lizados às margens das rodovias TO-050 e TO-010.
almente, com um rebanho de 8,1 milhões de animais
(ADAPEC/2013), distribuídos em todas as regiões do Industrialização da carne
estado.
Atualmente, o Tocantins conta com 13 frigoríficos em
O rebanho do Tocantins destaca-se não apenas pela atividade. Entre as unidades que estão produzindo, seis
quantidade, mas também pela qualidade dos animais e contam com certificação do Serviço de Inspeção Esta-
da carne produzida. dual (SIE) e sete com o Serviço de Inspeção Federal
(SIF).

Desde 1997, o Tocantins é reconhecido internacional-


mente como área livre de febre aftosa com vacinação,
superando a marca dos 99% do rebanho imunizado a
cada campanha. Além disso, o Estado produz o cha- AGRICULTURA
mado “boi verde”, que são animais alimentados no
pasto, livres das rações de origem animal, o que vai ao Por saber aproveitar sua vocação econômica, o Tocan-
encontro das preferências dos mercados consumidores tins desponta atualmente como o “novo pólo agrícola do
mais exigentes. Brasil”. Com isso, promove suas exportações com base
na produção rural e desenvolve seu processo de indus-
Por isso, a carne e os derivados do boi tocantinense trialização a partir das agroindústrias.
chegam a todas as regiões brasileiras e são exportados
a mais de 20 países, especialmente à Europa e à Ásia. Isso porque metade do território do estado possui po-
tencial para a agricultura. São terras férteis, de valor
INDÚSTRIA competitivo no mercado e de topografia plana, o que fa-
vorece o processo de mecanização agrícola.

342
Apostila TJ-TO

Além disso, o tempo maior de luz solar (se comparado Foi com o abacaxi que o Tocantins se tornou um Estado
a outros estados brasileiros) contribui com a alta na pro- exportador, alcançando os mercados da Europa e o Sul
dutividade. Já para o processo de irrigação das lavou- e Sudeste brasileiro. A melancia segue o mesmo cami-
ras, o Tocantins conta com muita água disponível. nho, superado suas próprias safras a cada ano e che-
gado, hoje, a 19 estados brasileiros.
Por isso, hoje o Tocantins se destaca como o maior pro-
dutor de grãos da região Norte do Brasil, sobretudo de A produção de banana também vem crescendo, com a
soja, arroz, milho, mandioca e feijão. Também está em vantagem de ter alcançado a recente certificação de
crescimento no estado o cultivo de frutas tropicais, em área livre da Sigatoka Negra, a principal praga do fruto.
especial a melancia, o abacaxi, a banana e o caju.
Principais cultivadas no Tocantins

Melancia, abacaxi, banana, coco da bahia, manga, la-


ranja e melão.

Biocombustíveis

O Tocantins está pronto para oferecer biocombustíveis


ao mundo, sem derrubar nenhuma árvore para plantar
matéria-prima e sem desvirtuar as terras que hoje são
utilizadas na produção de alimentos.

Para isso, a cana-de-açúcar que serve de matéria-


prima ao etanol e as oleaginosas dos biocombustíveis
são plantadas em áreas de pastagens degradadas. São
5 milhões de hectares de pastagens, que já começam
a receber investidores, que promovem a recuperação
do seu solo e o plantio das novas culturas.
Área com potencial agrícola: 13.825.070 hectares
(50,25% do território do Estado). A ocupação destas terras está prevista no estudo “Rota
do Álcool”, elaborado pelo Governo do Tocantins. A pro-
O Tocantins possui a maior área contínua de várzea tro-
jeção para os próximos 10 anos é de instalar 24 usinas
pical do Brasil (1,2 milhão de hectares), no Vale do Ja-
de etanol (600 mil hectares) e 20 usinas de biodiesel
vaés, um solo de alta fertilidade e capacidade de irriga-
(200 mil hectares) nestas áreas.
ção, que abre oportunidade para até três safras por ano.
As várzeas são excelentes para o cultivo de frutas, de
soja, arroz, feijão e milho, além de produzirem semen-
tes naturalmente sadias (com destaque para a própria
soja).

O Estado conta com 13.825.070 milhões de hectares de


solos agricultáveis dos quais 5.654.467 hectares
(20,31%) ainda estão por serem explorados.

Principais produtos cultivados no Tocantins

Soja, mandioca, arroz, cana-de-açúcar, milho, melan-


cia, abacaxi, banana, sorgo e feijão.

Frutas

Nos solos do Tocantins, as frutas podem ser cultivadas Granol (antiga Brasil Ecodiesel) – Porto Nacional
praticamente o ano todo. Por isso a produção tem cres-
Atualmente, o Tocantins conta com duas usinas de bio-
cido sempre, com destaque para o abacaxi, banana,
diesel em funcionamento: Granol (Porto Nacional) e Bi-
melancia, caju, melão, coco e manga, resultado das
otins Energia (Paraíso) e três em instalação, utilizando
condições climáticas favoráveis encontradas no estado,
o pinhão-manso e a mamona como matéria-prima.
que proporcionam à produção uma qualidade incompa-
rável.
343
Apostila TJ-TO

O Tocantins já alcançou uma das maiores áreas contí-


nuas do Brasil dedicadas ao cultivo de pinhão-manso.
Chegou a cultivar 2.500 hectares no município de Ca-
seara. Mas, nos últimos anos, tem substituído a área
plantada por essa cultura pela soja.

Outras opções de oleaginosas que se destacam para a


produção do chamado “combustível limpo” são a soja,
o girassol, o amendoim e o algodão.

Produção atual – Etanol

Na área de etanol, o Tocantins possui duas usinas de


cana-de-açúcar em atividade (Arraias e Gurupi) e pro-
Futuro
duz também conhecimento, possuindo estudos inéditos
que apontam grandes vantagens para o etanol fabri- Com os biocombustíveis, o Tocantins está oferecendo
cado da batata-doce. ao mundo uma alternativa para substituir os combustí-
veis fósseis, mais poluentes e produzidos de matérias-
A transnacional Bunge inaugurou, em julho de 2011,
primas não renováveis. Mas o estado tem condições
com a presença do então Ministro das Minas e Energia,
para contribuir com muito mais. No Tocantins, o sol bri-
Edson Lobão, a maior e mais moderna usina de açúcar
lha por mais tempo, considerando a média nacional.
e álcool do norte e nordeste na cidade de Pedro Afonso.
São 2.400 horas/luz ao ano, suficientes para a produ-
Granol (antiga Brasil Ecodiesel) – Porto Nacional
ção de energia solar em larga escala.
Atualmente, o Tocantins conta com duas usinas de bio-
diesel em funcionamento: Granol (Porto Nacional) e Bi-
otins Energia (Paraíso) e três em instalação, utilizando
o pinhão-manso e a mamona como matéria-prima.

O Tocantins já alcançou uma das maiores áreas contí-


nuas do Brasil dedicadas ao cultivo de pinhão-manso.
Chegou a cultivar 2.500 hectares no município de Ca-
seara. Mas, nos últimos anos, tem substituído a área
plantada por essa cultura pela soja.

Outras opções de oleaginosas que se destacam para a


produção do chamado “combustível limpo” são a soja,
o girassol, o amendoim e o algodão. As atividades de mineração estão presentes em prati-
camente todos os municípios do Tocantins, seja na ex-
Produção atual – Etanol
tração de material para a construção civil (com predo-
Na área de etanol, o Tocantins possui duas usinas de minância das indústrias de cerâmica e água mineral,
cana-de-açúcar em atividade (Arraias e Gurupi) e pro- seja pela riqueza de minérios como grafita, talco, cobre,
duz também conhecimento, possuindo estudos inéditos ouro, calcário, zirconita, gesso, granito (verde, vinho,
que apontam grandes vantagens para o etanol fabri- preto e movimentado), entre outros.
cado da batata-doce.
Atualmente, inclusive, as pedras-semipreciosas (gra-
A transnacional Bunge inaugurou, em julho de 2011, nada) já estão na pauta de exportações do Tocantins,
com a presença do então Ministro das Minas e Energia, tendo a Hong Kong como principal comprador.
Edson Lobão, a maior e mais moderna usina de açúcar
LEITURA COMPLEMENTAR
e álcool do norte e nordeste na cidade de Pedro Afonso.
Descoberta de jazida de minério de ferro na Serra do
Carmo gera expectativa

O Estado do Maranhão, 01/09/2008

344
Apostila TJ-TO

A descoberta de uma jazida de minério de ferro de mais O relatório com as informações sobre as fazendas deve
de 150 bilhões de toneladas na Serra do Carmo, muni- ser divulgado em 30 dias, inclusive com sugestões de
cípio de Palmas, no estado do Tocantins, começa a recuperação, caso os 22 mil hectares do local estejam
criar expectativas no setor econômico dos estados do em condições irregulares de preservação. Pelo menos
Maranhão, Pará e Goiás. mais três projetos semelhantes aguardam a liberação
para a execução nos quatro estados de influência da
A informação é do biólogo formado pela Universidade exploração da nova jazida de minério na Serra do
Estadual de Londrina (PR) e professor universitário em Carmo.
Imperatriz, Ulisses Brigatto Albino. De acordo com ele,
a capacidade de exploração da nova jazida pode supe- Para o biólogo, o projeto será o primeiro exemplo de
rar em 10 vezes a capacidade de operação da reserva sustentabilidade na produção de matéria-prima de um
de Carajás, no sul do estado do Pará, considerada a modo legalizado e dentro das conformidades da legis-
maior do país. lação ambiental. “Nós estamos saindo da fronteira do
Maranhão, entrando no Tocantins e com a possibilidade
A paisagem e o modo de produção econômica dos qua- de trabalhar no Pará também”, comentou ele.
tro estados devem ser alterados em função das deman-
das e necessidades de operacionalização do que será “Para o aluno que trabalhará na empreitada, significará
a maior área de exploração de minério de ferro do experiência profissional, responsabilidade técnica e no-
mundo. De acordo com o professor, o gado e o pasto vas informações no currículo”, afirmou o biólogo, acres-
devem dar lugar a projetos de reflorestamento susten- centando ainda que outro destaque é a valorização do
tável na região. profissional de biologia, uma das profissões que apre-
senta grande potencial de inserção no mercado de tra-
Mudanças balho.

A mudança da tradicional pecuária de corte para o de- Principais projetos de desenvolvimento do Estado
senvolvimento de projetos ambientais já está sendo
avaliada, inclusive pelos grandes produtores dos esta- Belém-Brasília - Anos 60 – A implantação da rodovia
dos do Maranhão, Pará, Tocantins e Goiás. A empresa Belém-Brasília, comandada pelo engenheiro Bernardo
Visão Ambiental, sediada em Goiânia, iniciou o Estudo Sayão, no governo do presidente Juscelino Kubits-
de Impactos Ambientais (EIA) e o Relatório de Impacto check, dinamiza a economia do antigo norte de Goiás
sobre o Meio Ambiente (Rima) num complexo de fazen- (atual Tocantins) ao longo de todo o seu percurso. Foi
das localizado a 90 km da sede do município de Ara- nesse período que surgiram ou se desenvolveram vá-
guaína, em Tocantins. rias cidades hoje importantes para a economia do To-
cantins como: Gurupi, Guaraí, Paraíso, Miranorte e Ara-
Segundo Ulisses Brigatto, uma parceria entre o curso guaína.
de Ciências Biológicas com ênfase em Ciências Ambi-
entais da Unidade de Ensino Superior do Sul do Mara- Projeto RADAM – década de 1960 - Dentro do projeto
nhão (Unisulma) e a empresa Visão Ambiental permitirá de segurança nacional de ocupação da Amazônia “In-
a avaliação da fauna nos 22 mil hectares das fazendas. tegrar para não entregar”, implantado na época da dita-
dura militar no Brasil, o RADAM (Radar da Amazônia) –
“Nós catalogaremos as espécies que existem na região implantado entre 1970 e 1985 – constituiu um extenso
com a ajuda dos acadêmicos de Ciências Biológicas. O levantamento de recursos naturais e geológicos brasi-
trabalho é para comprovar que a fauna e a vegetação leiros que abrangeu toda a Amazônia Legal, incluindo o
nativa estão saudáveis. Em seguida, será criada uma norte de Goiás (Tocantins) e posteriormente foi esten-
reserva de referência na preservação ambiental”, des- dido a todo o território nacional.
tacou o biólogo.
Projetos POLOCENTRO e PRODECER III – década de
Reserva 1970 - Visava o desenvolvimento agrícola, e contava
com capital externo japonês. Instalado em Pedro
Ulisses Brigatto acrescenta que na parte usada para a
Afonso, numa área de 40.000 ha. Produz principal-
criação de gado e formação de pasto serão plantados
mente soja e arroz.
eucalipto, paricá e teca para o reflorestamento da área.
“As espécies serão usadas de forma sustentável para a Ponte do Rio Tocantins – final da década de 1970 – A
produção do carvão vegetal, que será usado no benefi- construção da ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto
ciamento do ferro extraído da jazida no Tocantins”, Nacional, pelo governador goiano Irapuan Costa Júnior,
complementou o professor. foi uma tentativa de dinamizar a economia das cidades
345
Apostila TJ-TO

da margem direita do Rio Tocantins que tinham ficado Formoso do Araguaia. Tem também o abacaxi,
estagnadas depois da construção da Belém-Brasília e cultivado em vários municípios como Miracema,
tornou-se importante via de escoamento da produção. Miranorte, Dois Irmãos, Barrolândia e Rio dos Bois.
Arrais produz caju e Paranã, Maracujá.
Projeto Javaés e Rio Formoso – virada dos anos 70 e
80 – Maior projeto de irrigação por inundação do Projeto São João – Em implantação entre Palmas e
mundo, à época; contou com financiamento do BIRD Porto Nacional, em uma área de mais de 5.000ha para
(Banco Mundial). Foi implantado pelo governador goi- produção irrigada de banana, manga, goiaba, coco,
ano Ary Valadão, que foi um dos que mais trabalhou limão, inhame, alho e abóbora.
pelo desenvolvimento do norte goiano (Tocantins) em
toda história de Goiás. Tanto que quando foi criado o Programa de desenvolvimento da região do Bico do
estado do Tocantins conseguiu eleger-se deputado fe- Papagaio – Municípios de Sampaio, Augustinópolis e
deral pelo recém-criado estado. Carrasco Bonito.

O gigantesco projeto, que se instalou numa área agri- Abrangendo quase 20.000ha, objetiva produzir arroz,
cultável de 1.200.000ha abrange os municípios de For- feijão milho e frutas tropicais.
moso do Araguaia, Dueré, Pium, Lagoa da Confusão e
Projeto Gurita – Itapiratins. 1200ha. Produção irrigada
Cristalândia. Destaca-se no cultivo de arroz irrigado, mi-
de frutas tropicais. Abacaxi, mamão e maracujá.
lho, soja, feijão melão e melancia.
Projeto Manuel Alves – Recentemente inaugurado pelo
Projeto de produção de grãos e fruticultura em Campos
presidente Lula, localiza-se nos municípios de
Lindos – 1998 - Implantado na região nordeste do es-
Dianópolis e Porto Alegre, pretende beneficiar outros 20
tado, considerada a mais miserável do estado do To-
municípios da região totalizando mais de 46.000km².
cantins – Campos Lindos chegou a ser considerado
Fruticultura irrigada. Abacaxi, maracujá, mamão,
pelo IBGE como o município mais pobre do Brasil – mu-
banana e coco.
dou a realidade econômica da região. Produz, numa
área de 105.000ha desapropriada pelo governo, soja,
arroz e milho e também frutas tropicais como coco e
melancia.

Projeto Tamborá: piscicultura em Almas. 400


toneladas/mês de pescado. Maior projeto de
A maioria dos projetos mais recentes de piscicultura em água doce do Brasil.
desenvolvimento do Tocantins tem tentado consolidar o
estado como um dos grandes produtores de frutas do Diversos municípios do estado estão investindo no
país. setor que já movimenta cerca de R$ 150 milhões de
reais por ano.
É uma tentativa de diversificar a produção e uma opção
alternativa à pecuária extensiva e ao cultivo de grãos,
sem se descuidar, porém, da ampliação das culturas
tradicionais, especialmente as de exportação.

O Tocantins tem se tornado um dos maiores produtores


de melancia do país. O principal município produtor é

346
Apostila TJ-TO

aeroporto, garantindo isenção de impostos e ampliando


as possibilidades de exportação.

Hidroviária

O Rio Tocantins já tem trecho navegável em torno de


400 km de Miracema do Tocantins a Aguiarnópolis
(TO). Estudo técnico realizado pela Autologística
Eurolatina Serviços Ltda. comprova viabilidade de
navegação até Belém (PA), interligando o Estado aos
portos de Vila do Conde e Espardarte.

A construção da eclusa de Tucuruí, que vai permitir


essa navegabilidade ficou pronta no final de 2010. A
obra dará ao Tocantins a condição de centro distribuidor
TO-010 – Rodovia do estado do Tocantins de produtos para o país e para o mercado externo.

Malha viária: Cerca de 5 mil km de estradas


pavimentadas e 1.478 km em implantação, devendo
chegar a 7 mil km pavimentados.

Recentemente (2017) a Polícia Federal deflagrou a


Operação Ápia, que apura o desvio de mais de R$ 200
milhões de reais em obras de infraestrutura no
Tocantins.

Com base nos estudos realizados, o governo do Tocan-


tins articula a construção de uma plataforma logística
(porto fluvial) no município de Praia Norte, como entre-
posto da Zona Franca de Manaus.

A tão sonhada Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem en-


contrado dificuldades na sua implantação, principal-
mente em função de licenciamento ambiental.

De acordo com a revista Istoé, Ed. 2177, 03/08/2011,


coluna do Ricardo Boechat “O tsunami no Ministério dos
Palmas possui um moderno complexo aeroportuário. O Transportes levou o Planalto a uma decisão nesta se-
Aeroporto Lysias Rodrigues tem o maior sítio mana: não haverá mais investimentos na hidrovia do rio
aeroportuário do País com 2.374 hectares ou 23 Tocantins. Com isso, o R$ 1,6 bilhão gasto na constru-
milhões de m². As instalações somam área construída ção da eclusa de Tucuruí vai por água abaixo”.
de 12,3 milhões de m² e capacidade para atender até
370 mil passageiros por ano, enquanto a pista tem
extensão de 1.800 metros.

O Governo do Estado e a Infraero realizam negociações


para a implantação do Aeroporto Industrial de Palmas,
entreposto aduaneiro para conexão com os outros
modais de transporte (rodoviário, ferroviário e
hidroviário. Com a aduana, as empresas poderão
manter unidades de montagem final dentro do
347
Apostila TJ-TO

- Reduzir os custos de transportes

- Reduzir a emissão de poluentes

- Reduzir o número de acidentes em estradas

- Melhorar o desempenho econômico de toda a malha


ferroviária;

- Aumentar a competitividade dos produtos brasileiros


no exterior;

- Incentivar os investimentos, a modernização e a pro-


dução agrícola;

- Melhorar a renda e a distribuição da riqueza nacional.

Fonte: VALEC S/A.

Logística competitiva

A integração ferroviária das regiões brasileiras será o


A Ferrovia Norte-Sul foi projetada para promover a inte-
grande agente uniformizador do crescimento auto-sus-
gração nacional, minimizando custos de transporte de
tentável do país, na medida em que possibilitará a ocu-
longa distância e interligando as regiões Norte e Nor-
pação econômica e social do cerrado brasileiro - com
deste às Sul e Sudeste, através das suas conexões
uma área de aproximadamente 1,8 milhão de km², cor-
com 5 mil quilômetros de ferrovias privadas.
respondendo a 21,84% da área territorial do país, onde
Foi inaugurada entre Açailândia e Anápolis, após 27 vivem 15,51% da população brasileira - ao oferecer
anos de construção e suspeitas de desvios de mais de uma logística adequada à concretização do potencial
R$ 1 bilhão. O trecho Palmas-Anápolis está parado. de desenvolvimento dessa região, fortalecendo a infra-
estrutura de transporte necessária ao escoamento da
OBJETIVOS sua produção agropecuária e agro-industrial.

- Estabelecer alternativas mais econômicas para os flu- Inúmeros benefícios sociais estão surgindo com a Fer-
xos de carga para o mercado consumidor; rovia Norte-Sul. A articulação de diferentes ramos de
negócios proporcionada por sua implantação está con-
- Induzir a ocupação econômica do cerrado brasileiro; tribuindo para o aumento da renda interna e para o
aproveitamento e melhor distribuição da riqueza nacio-
- Favorecer a multimodalidade;
nal, a geração de divisas e abertura de novas frentes de
- Conectar a malha ferroviária brasileira; trabalho, permitindo a diminuição de desequilíbrios
econômicos entre regiões e pessoas, resultando na me-
- Promover uma logística exportadora competitiva, de lhoria significativa da qualidade de vida da população
modo a possibilitar o acesso a portos de grande capa- da região.
cidade;
Desenvolvimento regional
- Incentivar investimentos, que irão incrementar a pro-
dução, induzir processos produtivos modernos e pro- Projeto-âncora no eixo Araguaia-Tocantins que atende
mover a industrialização. o mercado interno e aumenta a integração com diversas
regiões do País, a Ferrovia Norte-Sul vai contribuir para
. o crescimento dos projetos agropecuários e agroindus-
triais nesse eixo. A região de influência da FNS possui
BENEFÍCIOS excelentes condições para a expansão das fronteiras
agrícolas e para projetos de silvicultura, visando à pro-
- Reduzir os custos de comercialização no mercado in-
dução de celulose, bioenergia e madeira, sem necessi-
terno
dade de desmatamentos.

348
Apostila TJ-TO

Pátios Modais

Os pátios modais serão espaços com instalações para


as operações de carga, transbordo, armazéns gerais,
armazéns para grãos, galpões. Eles deverão fomentar
a instalação de distritos industriais e mesmo centros ur-
banos. Estão localizados em Aguiarnópolis, Araguaína,
Guaraí, Colinas, Porto Nacional/Palmas e Gurupi.

A Ferrovia Norte- Sul é a maior obra ferroviária em


construção no País com trajeto projetado de 3.100 km,
de Açailândia/MA a Estrela D'Oeste/SP e interliga o sis- A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) interligará
tema ferroviário brasileiro de Norte a Sul do País e com as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Serão aproxima-
a Estrada-de-Ferro Carajás, que vai até o Porto de Ita- damente 1500 quilômetros de Figueirópolis, em Tocan-
qui (MA). tins, até Ilhéus, no litoral baiano. A construção da ferro-
via visa a atender, principalmente, a produção de grãos
Escândalo de corrupção paralisa Ferrovia Norte-Sul do Oeste da Bahia e a exploração de minério de ferro,
típica da região de Caetité, na área central do estado. A
Os estados de Tocantins e de Goiás são os principais ferrovia deverá, em breve, substituir parte do transporte
prejudicados com o escândalo de corrupção que derru- de carga realizado hoje através das rodovias. A FIOL
bou o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento e a foi subdividida em trechos, conhecidos como lotes de
cúpula do DNIT e da VALEC, estatal encarregada da construção. Os lotes 1 a 4, de Ilhéus a Caetité, come-
construção da ferrovia Norte-Sul; órgãos subordinados çaram a ser construídos em 2011. Três anos depois,
ao respectivo ministério. teve início a construção dos lotes 5 a 7, de Caetité a
São Desiderio. O restante da ferrovia está em fase de
Operação trem pagador
planejamento.
Deflagrada em julho de 2012 pelo MPF/GO e pela Polí-
OBJETIVOS - FIOL
cia Federal, a Operação Trem Pagador investiga o em-
presário José Francisco das Neves, conhecido como - Estabelecer alternativas mais econômicas para os flu-
“Juquinha”, ex-presidente da empresa pública Valec, a xos de carga de
mulher dele, Marivone Ferreira das Neves, e os filhos
Jader, - longa distância;

Jales e Karen. - Favorecer a multimodalidade;

O ex-presidente da VALEC, juntamente com a esposa - Interligar a malha ferroviária brasileira;


e filhos, tiveram os bens bloqueados pela justiça. Juqui-
nha chegou a ser preso, mas já foi solto e agora res- - Propor nova alternativa logística para o escoamento
ponde ao processo em liberdade. Juquinha é suspeito da produção agrícola e de mineração por meio do ter-
de usar os familiares como “laranjas” para ocultar patri- minal portuário de Ilhéus/BA; e
mônio possivelmente obtido com o produto dos crimes
- Incentivar investimentos, que irão incrementar a pro-
de peculato e de licitação fraudulenta praticados no
dução e induzir a processos produtivos modernos
exercício da presidência da Valec, entre 2003 e 2010.
Em março de 2013, eles tiveram recurso negado pelo BENEFÍCIOS
TRF da 1ª Região que pedia o desbloqueio de todos os
imóveis/móveis, benfeitorias e semoventes existentes - Reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e mi-
em nome dos investigados. nérios destinados aos mercados internos e externos;

Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL)


349
Apostila TJ-TO

- Aumentar a produção agroindustrial da região, moti- Plano a suavemente ondulado em 82% do território
vada por melhores condições de acesso aos mercados Altitude: média: 300 a 600m acima do nível do mar
nacional e internacional;
Características principais do relevo no Tocantins
- Interligar os estados de Tocantins, Maranhão, Goiás e O relevo do estado do Tocantins pertence ao Planalto Cen-
tral Brasileiro. É considerado plano a levemente ondulado,
Bahia aos portos de Ilhéus/BA e Itaqui/MA, o que pro-
estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões, com
porcionará melhor desempenho econômico de toda a pouca variação altimétrica, se comparado com outros es-
malha ferroviária; tados. Suas altitudes ficam entre 300 e 600 metros acima
do nível do mar. As maiores estão situadas na chapada do
- Incentivar os investimentos, a modernização e a pro- São Francisco, sendo que a parte mais elevada está na
dução; Serra das Traíras, divisa com Goiás, com 1340m e a parte
mais baixa em Esperantina, na foz do Araguaia com o To-
- Melhorar a renda e a distribuição da riqueza nacional; cantins, com 90m.

- Reduzir a emissão de poluentes; Principais unidades do relevo tocantinense

- Reduzir o número de acidentes em rodovias.


Planaltos residuais do interflúvio Araguaia-Tocan-
Fonte: VALEC S/A. tins: são considerados a principal unidade de relevo,
pois representam o conjunto de diversas elevações re-
O Traçado da FIOL siduais, de altitude média entre 360 a 600 metros. Inclui
nessa classificação as serras do Estrondo, do Lajeado
BAHIA e do Carmo, todas localizadas ao longo dos rios Tocan-
tins e Araguaia.
- Passará por 33 municípios da Bahia, inclusive Barrei-
Depressão do Araguaia-Tocantins: Uma extensa su-
ras e Luís Eduardo Magalhães.
perfície com altitude média entre 200 e 300 metros, que
se estende ao longo dos rios Araguaia e Tocantins, cir-
- O trecho Ilhéus-Barreiras encontra-se em construção.
cundada por um extenso conjunto serrano, com chapa-
das e serras, entre as quais estão a Chapada das Man-
TOCANTINS
gabeiras, perto do município de Goiatins, e da Serra das
Traíras, na divisa com Goiás.
- Passará por 15 municípios.

- Alvorada, Arraias, Aurora do Tocantins, Combinado, Chapada da Bacia do São Francisco: É uma estreira
Conceição do Tocantins, Figueirópolis, Gurupi, Lavan- e alongada faixa de terra disposta no sentido norte-sul,
deira, Novo Alegre, Paranã, Peixe, Ponte Alta do Bom representada pela Serra Geral (também conhecida
Jesus, Sucupira, Taguatinga e Taipas do Tocantins, como Espigão Mestre), composta por vasto chapadão
além de Campos Belos (GO). arenítico que acompanha quase toda a fronteira leste,
na região limítrofe com a Bahia.
DADOS GEOMORFOLÓGICOS
Na Serra Geral estão os principais afluentes das bacias
do São Francisco e Tocantins, servindo de divisor de
RELEVO
águas dessas duas bacias hidrográficas, entre os quais
estão as nascentes dos rios do Sono, Manoel Alves e
Paranã (afluentes do Tocantins) e rios Preto, Branco e
Grande (afluentes do São Francisco).

Outra característica marcante desse relevo é a alta alti-


tude, em torno de 900m. Nessa região encontram-se a
Chapada do Ouro, situada em Dianópolis e as serras do
Meio, do Espírito Santo e da Lapinha.

Planície do Bananal: Ampla faixa longitudinal de terra


que abrange o Rio Araguaia e seu braço, o Rio Javaés
e afluentes, numa região conhecida como Ilha do Bana-
nal. Caracteriza-se por apresentar áreas periodica-
mente inundáveis, com pontos de maior retenção de
água nas áreas baixas, formando uma drenagem com
lagos circulares ou semicirculares.

350
Apostila TJ-TO

A planície está coberta por pastagens naturais, que sus- Estações bem definidas
tentam a pecuária extensiva local. As características to- - Seca: maio a setembro (MTC)
pográficas, aliadas à dinâmica fluvial e pluvial, formam - Chuva: outubro a abril (MEC)
- Luminosidade: cerca de 2.400 horas/ano
uma das regiões do Brasil mais aptas para a irrigação
- Ventos: predominância de calmaria
por gravidade. São aproximadamente 1.200.000ha à
margem direita do Rio Javaés, braço menor do Rio Ara-
guaia, com condições favoráveis à irrigação. É nessa
região que está localizado o Projeto Javaés-Rio For-
moso.

VEGETAÇÃO
Predominância de Cerrado (87%)
Solos: ácido e pouco fértil com predominância de latosso-
los
A vegetação do Tocantins é bastante variada; apresenta
desde o campo cerrado, cerradão, campos limpos ou ru-
pestres a floresta equatorial de transição, sob forma de
"mata de galeria", extremamente variada e florestra tropi-
cal mais ao norte.
A vegetação é o espelho do clima. Em área, o cerrado
ocupa o primeiro lugar no estado do Tocantins. As ár-
PRINCIPAIS FORMAÇÕES GEOLÓGICAS
vores do cerrado estão adaptadas à escassez de água
- em Wanderlândia
durante uma estação do ano. Caracterizam-se por uma
- em Babaçulândia
- em Piraquê vegetação campestre, com árvores e arbustos espar-
- em Piraquê sos, útil à criação extensiva do gado vacum, por ser
- em Palmas uma vegetação de campos naturais, em espécie vege-
- em Paraíso do Tocantins tal dos diferentes tipos de Cerrado.
- em Paranã
Cerrado (bioma hotspot)
- em Mateiros
- 2º maior bioma do Brasil (23,9% do território nacional (2
- em São Félix do Tocantins
milhões de km2)
- em Araguaína - mais rica floresta de savana do mundo (44% de espé-
– Ponte Alta do Tocantins cies vegetais endêmicas – pelo menos 300 de uso medi-
cinal)
Possui + de:
- 10.000 tipos de vegetais
Clima predominante - 195 mamíferos
- Tropical semi-úmido (Koppen) - 605 aves
- Tropical continental (Stähler) - 225 répteis
- Temperatura média: 25° a 29°C - 250 anfíbios
Pluviosidade: Principais paisagens fisionômicas do cerrado
- Sul para o norte: de 1500 a 1750 mm/ano O cerrado apresenta expressiva diversidiade fisionômica,
- Leste para oeste: de 1000 a 1800 mm/ano veja as principais a seguir:
351
Apostila TJ-TO

Cerradão ou Mata tropical do cerrado

O revestimento do solo é feito em quase sua totalidade


por gramíneas que podem ultrapassar a altura de 1 me-
Vegetação exuberante, cada vez mais rara, tipicamente ar-
bórea, é fechada e, geralmente, de altura irregular, varia tro. Nesse tipo de vegetação são comuns que formas
de 7 até 15m com árvores individuais podendo chegar a 20 lenhosas constituam agrupamento, dando ao ambiente
metros. uma aparência de “ilhas” de vegetação, os chamados
Cerrado ou cerrado típico (Stricto sensu.) campos de murundus.

É o tipo de cerrado mais comum. Árvores de pequeno


porte, poucas folhagens, raízes longas adequadas à pro- Caracteriza-se por se constituir uma formação tipicamente
cura de água no sub-solo, folhas pequenas duras e gros- herbácea, com feição de estepes, quando isoladas; se em
sas, caindo grande parte na Estação seca. As espécies na- tubas deixam parcelas de terrenos descobertas, sob a
tivas mais comuns são: pau-terra, pau-santo, barbatimão, forma de praiarias; quando é contínua, reveste densa-
pequi, araticum e murici mente o terreno. Está ligada à topografia e hidrografia, no-
Campo sujo tando-se uma associação nos divisores de água, nas en-
Uma divisão do cerrado, que apresenta árvores bastante costas das elevações onde o lençol freático aflora, e, tam-
espaçadas uma das outras e, às vezes, em formação com- bém, nas várzeas dos rios. Ex: Ilha do Bananal – onde se
pacta. Ex: lixeira, gramínea etc. dá criação extensiva do gado no estado.
No campo sujo, os arbustos e subarbustos, que se des- Os campos limpos são usados regionalmente como pasta-
tacam da camada graminosa, tem caules relativamente gens naturais, pois seus recursos forrageiros são abundan-
tes, principalmente após a passagem do fogo, quando os
finos. Geralmente morrem a cada ano, sendo continua-
capins emitem folhas tenras que apetecem ao gado. Algu-
mente renovados a partir de brotações da base le- mas leguminosas ricas em proteínas ocorrem junto com a
nhosa. massa gramínea, ajudando a elevar o valor forrageiro dos
campos.
Mata ciliar, de galeria ou mata ripária:

352
Apostila TJ-TO

Também conhecida como Floresta tropical, a mata ciliar ou LEITURA COMPLEMENTAR


de galeria ou ripária ocorre ao longo dos rios, córregos e A Floresta Amazônica
outros cursos d’água. Pode ser subdividida em duas: a Cobre perto de 3 milhões de Km2 de terras brasileiras, 1/3
mata ciliar úmida ou inundada e a mata ciliar seca. dos 9 milhões de Km2 de florestas tropicais remanescen-
Esta fisionomia é comumente associada a solos hidro- tes no mundo. É banhada por 8% de toda a água doce dis-
mórficos (com excesso de umidade na maior parte do ponível no planeta e abriga um complexo de ecossistemas
ano) devido ao lençol freático superficial e grande quan- (terra firme, várzea, igapó). O nº de espécies vegetais
ainda é uma incógnita, mas as 30 mil já conhecidas pela
tidade de material orgânico acumulado, o que a torna
ciência somam 10% do total mundial. As espécies animais
uma mata rica em madeira de lei e árvores de alto porte. são estimadas em 30 milhões de insetos, 2.500 peixes, 900
de aves, 324 de mamíferos (58 de primatas, 22 deles clas-
sificados nos anos 90). Isso constitui a maior concentração
de vida do planeta. Tanta pujança, porém, depende de um
complexo e delicado equilíbrio entre solo, clima, flora e
fauna. Rompido o equilíbrio em 3 a 6 anos a terra mal pro-
duz capim.
A presença humana da Amazônia até hoje é rarefeita e
problemática. A selva já derrotou grandes projetos de ocu-
pação, do marajoara, há 2.500 anos à Fordlândia em 1926.
O surto da borracha não durou duas gerações.
Vivem ali comunidades indígenas e caboclas, donas de
uma cultura de adaptação sofisticada a seu modo, mas
de base tecnológica primitiva, muitas vezes miseráveis
e sem perspectiva de expansão.

Veredas, buritizais ou brejos:


Popularmente conhecidas como brejo. São ambientes
bastantes peculiares, onde o solo apresenta uma cons-
tante saturação d’água, formando verdadeiros pânta-
nos. Ocorrem geralmente em solos rasos, mas apare-
cem também em encostas de morros e afloramento ro-
chosos.

Igarapé na Floresta Amazônica


A fronteira agrícola, a partir dos anos 70, ataca as bordas
da floresta com uma atividade predatória, devastadora, à
base da exploração madereira-queimadas-pecuária exten-
siva ou da garimpagem e mineração. A cada ano o desflo-
restamento avança 15 mil Km². A civilização ainda não pro-
duziu um modelo de ocupação e desenvolvimento susten-
tado para a maior floresta tropical do mundo
Floresta Amazônica (Equatorial) – Aparece de modo
contínuo no norte do estado,no Bico do Papagaio, à mar-
gem direita do Rio Araguaia, ocupando 10% do estado,
próximo ao paralelo 5º. Essa formação em área de tempe-
ratura quente e pluviosidade elevada, propicia o apareci-
As veredas, em geral, são longas, com dezenas de metros mento de uma forma densa bastante estratificada, com-
de largura. As plantas típicas desses ambientes são o bu- posta de espécies variadas. São ricas em angico, araribá,
riti, nas áreas mais úmidas, e babaçu e carnaúba, nas angelim, ipê-amarelo e babaçu.
áreas mais secas. Floresta Tropical – Características de regiões cuja tem-
As veredas são muito importantes ecologicamente, pois peratura é permanentemente quente com chuvas superio-
na época da seca constituem-se em verdadeiros oásis res a um total de 1500 mm anual. Apresenta muitas espé-
para certos animais que nelas vão buscar água e ali- cies vegetais de grande valor econômico como as madei-
mento, além de servirem de filtro contra erosão e a con- ras-de- lei, destacando-se o Mogno e o Pau-Brasil, Aroeira
etc. As bordas litorâneas do vale do Tocantins, no norte do
taminação de nascentes.

353
Apostila TJ-TO

estado, notadamente Tocantinópolis e Babaçulândia, ofe- Periquito tá roendo o coco da guariroba Chuvinha de no-
recem uma grande riqueza vegetal – o babaçu. O estado vembro amadurece a gabiroba Passarinho voa aos bandos
ocupa o 3º lugar, no Brasil, em relação à sua produção. em cima do pé de manga No cerrado é só sair e encher as
Floresta Estacional Semidecidual: Ocorre em 2% ape- mãos de pitanga Tem guapeva lá no mato No brejinho tem
nas do território, na Serra Geral e na Ilha do Bananal, e é ingá No campo tem curriola, murici e araçá Tem uns pés
também conhecida como semicaducifólia, entre 20% e de marmelada Depois que passa a pinguela Subindo pro
50% das folhas caem no período seco; já no período chu- cerradinho, mangaba e mama-cadela Cajuzinho quem qui-
voso as árvores são sempre verdes. ser é só ir buscar na serra E não tem nada mais doce que
Floresta Estacional Decidual: Floresta que perde araçá dessa terra Manga, mangaba, jatobá, bacupari Gra-
50% ou mais de suas folhas durante o período seco. vatá e araticum, olha o tempo do pequi Tem guapeva lá no
Ocorre na zona de transição entre o cerrado e a floresta mato No brejinho tem ingá No campo tem curriola, murici e
araçá Tem uns pés de marmelada Depois que passa a pin-
equatorial.
guela Subindo pro cerradinho, mangaba e mama-cadela
Composição: Marcelo Barra
O cerrado é considerado o mais rico bioma de savana do
mundo, rivalizando em biodiversidade com os biomas flo-
resta amzônica e mata atlântica. 40% das espécies de
plantas e animais que ocorrem no cerrado são endêmicos,
só existem nesse bioma. Daí a necessidade preservá-lo.
Os recursos naturais de origem vegetal que merecem
maior destaque no Tocantins são: o coco babaçu, o pe-
qui e o buriti e o cajuzinho, além das madeiras de lei.

Resumo
Resultantes da interação entre altitudes, latitudes, relevo,
solo, hidrografia e o clima, o estado pode ser dividido em O babaçu é rico em celulose e óleo, que, ao lado do
três regiões que são: pequi é aproveitado nos pratos típicos da região. O coco
1. Região Norte: de influência Amazônica, caracterizada babaçu tem grande valor industrial, pois serve para a
pelas florestas equatorias, também conhecidas como (lati- fabricação de gorduras, sabões e sabonetes. A casca
foliadas, por terem folhas largas, pluviais, pelo alto índice do coco serve como combustível e a palha do babaçu
de pluviosidade e ainda como ombrófilas, em função da
presta-se para o fabrico de redes, cordas, cobertura de
elevada umidade).
2. Região do Médio Araguaia: constituída, principal- casas etc.
mente, pelo complexo do Bananal – onde se encontram os
cerrados associados às matas de Galeria e à Floresta Es-
tacional Semidecidual.
3. Região Centro-Sul e Leste: onde predomina o cerrado
com algumas variações de Floresta Estacional Decidual
nas fronteiras de Bahia- Goiás.

De maneira geral podemos afirmar que a cobertura vegetal


predominante no Tocantins é o cerrado, perfazendo um
percentual superior a 80%. O restante é composto por flo-
restas esparsas que podem ser identificadas, sobretudo,
nas Bacias hídricas Tocantins-Araguaia – Paranã e seus
afluentes. Do buriti inúmeros produtos úteis são aproveitados pe-
A riqueza da flora do Tocantins las populações ribeirinhas, tanto na sua alimentação
Veja a seguir a letra da famosa canção de Marcelo Barra,
como nas necessidade diárias: bebida natural ou fer-
que exalta com muita poesia a riqueza da flora do cerrado.
Frutos da Terra

354
Apostila TJ-TO

mentada, sabão caseiro, material para casa, óleo e do- de quilômetros quadrados. A área dos cerrados inclui pra-
ces dos frutos. Do tronco e folha se fabricam móveis, ticamente a totalidade dos Estados de Goiás e Tocantins,
redes, esteiras, chapéus e até roupas. Sua palha serve, Oeste de Minas Gerais e Bahia, Leste e Sul de Mato
Grosso, quase a totalidade do Estado do Mato Grosso do
ainda, como cobertura para residências.
Sul e Sul dos Estados do Maranhão e Piauí.
O que se procura definir com o termo cerrado não é
apenas um tipo de vegetação, mas um conjunto de tipos
fisionomicamente distribuídos dentro de um gradiente
que tem como limites, de um lado o campo limpo e de
outro lado o cerradão. Nesse contexto, podem ser agre-
gadas as ilhas de matas e matas galerias, integrantes
decisivas desse bioma.

O cajuzinho é muito usado no fabrico de doces artesanais.


Madeira de Lei
Outra riqueza vegetal largamente explorada é a produção
da madeira-de-lei, como os diversos tipos de ipê, o angico,
a aroeira e o angelim.
Espécies comestíveis e medicinais
Algumas espécie vegetais presentes no cerrado: araticum,
cagaita, ingá jatobá, jenipapo, mangaba, murici etc. (todos
comestíveis) barbatimão, macela, quina, sucupira etc (me-
dicinal).
A riqueza da fauna do Tocantins
O cerrado possui uma biodiversidade imensa no que
tange a sua fauna, mas, nos últimos anos a ação antró- Os Solos do Cerrado e a Ação Antrópica
pica (humana) tem colocado em risco de extinção mui- O cerrado é hoje o 2º bioma mais ameaçado do Brasil; O
tas dessas espécies. Segundo o IBAMA espécies como primeiro é a Mata Atlântica, da qual restam apenas 7% e,
tamanduá-bandeira, anta, lobo-guará, pato-mergulhão, apenas em áreas de preservação. Teme-se que o futuro
tatu-bola, tatu-canastra, cervo, cachorro-vinagre, arira- do cerrado seja o mesmo da Mata Atlântica, já que 80%
nha, lontra, onça-pintada, arara azul, dentre outras, es- desse bioma já foi ocupado pelas atividades humanas,
principalmente por pastagem (para a pecuária extensiva) e
tão seriamente ameaçadas de extinção.
soja (para exportação).
Com a chegada em massa da cana-de-açúcar aos solos
do cerrado – só ao longo da Ferrovia Norte-Sul há a expec-
tativa de instalação de cerca de 40 Usinas de Açúcar e Ál-
cool -, especialistas estimam que, até 2030, todo o cerrado
esteja extinto, restando apenas as regiões que estejam sob
preservação.
Hoje os solos do Cerrado são antropicamente férteis, pois
nos anos setenta, cientistas brasileiros criaram a técnica
de correção dos solos ácidos chamada de calagem.
Calagem
É a adição de calcário ao solo para correção de sua acidez.
Solos são ácidos apresentam grande concentração de íons
hidrogênio e/ou alumínio no solo.
A acidez dos solos promove o aparecimento de elementos
tóxicos para as plantas (Al) além de causar a diminuição
da presença de nutrientes para as mesmas. As conse-
qüências são os prejuízos causados pelo baixo rendimento
Outros animais do cerrado: Siriema, Jaburu, Tucano, Socó, produtivo das culturas. Portanto, a correção é considerada
Jacutinga, Quero-Quero, Martim-Pescador, Biguá, Garça como uma das práticas que mais contribui para o aumento
Branca, Gavião, Periquitos, Araras, Ema, Jacaré, Macaco, da eficiência dos adubos e conseqüentemente, da produti-
Veado, Cutia, Tatu, Sucuri, Anta, Tamanduá, Lobo-Guará, vidade e da rentabilidade agropecuária.
Capivara, Jaguatirica e Porco do Mato etc. A correção adequada do pH do solo é uma das práticas
Impactos da Modernização da Agricultura no Cerrado que mais benefícios traz ao agricultor, sendo uma combi-
O Sistema Biogeográfico dos Cerrados abrange área de nação favorável de vários efeitos dentre os quais se men-
uma grandeza espacial, que recobre quase dois milhões

355
Apostila TJ-TO

cionam os seguintes: eleva o pH; fornece Cálcio e Magné- É bom lembrar que o impacto positivo dessas queimadas
sio como nutrientes; diminui ou elimina os efeitos tóxicos depende exclusivamente da freqüência com que são reali-
do Alumínio, Manganês e Ferro; diminui a "fixação" de fós- zadas. As pesquisas indicam que os incêndios descontro-
foro; aumenta a disponibilidade do NPK, cálcio, magnésio, lados realizados pelos fazendeiros da região podem au-
enxofre e Molibdênio no solo; aumenta a eficiência dos fer- mentar a deficiência nutricional dos solos, alterar significa-
tilizantes; aumenta a atividade microbiana e a liberação de tivamente a composição das espécies, além de represen-
nutrientes. tais como nitrogênio, fósforo e boro, pela de- tar uma ameaça à fauna.
composição da matéria orgânica; aumenta a produtividade HIDROGRAFIA
das culturas como resultado de um ou mais dos efeitos an- A Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia
teriormente citados. O estado do Tocantins é um dos cinco estados mais ricos
O Cerrado e o Fogo em recursos hídricos do país banhado pela maior bacia hi-
Não se pode levar adiante qualquer estudo sobre os cerra- drográfica totalmente brasileira. A Bacia Hidrográfica To-
dos se não se tomar em consideração o fogo, elemento cantins-Araguaia, que abriga a maior ilha fluvial do mundo;
intimamente associado a esta paisagem. Apesar de sua a Ilha do Bananal.
importância para o entendimento da ecologia desse ambi- A bacia Tocantins-Araguaia abrange 11% do território na-
ente enquanto conjunto biogeográfico, a ação do fogo nos cional e tem 967 mil km2.
cerrados é ainda mal conhecida e geralmente marcada por Praticamente quase todos os rios existentes no estado
questões mais ideológicas que científicas. do Tocantins são classificados como perenes (têm água
O estudo do fogo como agente será mais completo se tam- o ano inteiro).
bém se observar a comunidade faunística e os hábitos que
certos animais desenvolveram e que estão intimamente Possui um regime hidrológico bem definido, sendo que
associados à sua ação, cuja assimilação, sem dúvida, ne-
no Rio Tocantins, a época de cheia estende-se de ou-
cessita de arranjos evolutivos caracterizados por tempo re-
lativamente longo. tubro a abril e o pico em fevereiro. No Rio Araguaia, as
De algumas observações constata-se, por exemplo, que a cheias são maiores, um mês atrasadas em decorrência
perdiz só faz seu ninho em macegas, tufos de gramíneas do extravasamento da Planície do Bananal.
queimadas no ano anterior.
Da visita a várias áreas de cerrado imediatamente após
grande queimada, tem-se constatado que apesar da ca-
racterística das árvores e arbustos enegrecidos super-
ficialmente, estes continuam com vida, ostentando
ainda entre a casca enegrecida e o tronco, intensa mi-
crofauna. Fenômeno semelhante acontece com o es-
trato gramíneo; poucos dias após a queimada, mostra
sinais de rebrota, que constitui elemento fundamental
para concentração de certas espécies animais. O fogo,
portanto, é um elemento extremamente comum no cer-
rado, e de tal forma antigo, que a maioria das plantas
parece estar adaptada a ele.

Rios principais: Tocantins, Araguaia, Javaés, Sono, Bal-


sas, Palmas, Paranã, Manuel Alves, Formoso, Pium, Coco
dentre outros.
A hidrografia do estado do Tocantins é delimitada a Oeste
pelo Rio Araguaia, a leste pelo Rio Tocantins. Ambos cor-
rem de sul para norte e se unem no extremo norte do es-
tado banhando boa parte do território tocantinense.
LEITURA COMPLEMENTAR
O Rio Tocantins, nasce na Lagoa Formosa em Goiás a
mais de 1.000m de altitude. Ele forma-se depois de rece-
ber as águas dos rios das Almas e Maranhão. Sendo um

356
Apostila TJ-TO

rio de planalto, lança suas águas barrentas em plena baía 25m de altura, no Rio do Sono, e a Cachoeira do Re-
de Guajará no Pará, depois de percorrer 2.400km. gistro, em Taguatinga, com 42m de queda, no Rio So-
O Rio Araguaia (rio das araras vermelhas em tupi) nasce brado.
nas vertentes da Serra do Caiapó, próximo ao Parque Na-
cional das Emas, em Goiás, na divisa com o Mato Grosso
e corre de sul para norte, formando a maior ilha fluvial do
mundo, a ilha do Bananal e lança suas águas no Tocantins
depois de percorrer 2.115km engrossado por seus afluen-
tes.
O PRODIAT, Projeto de Desenvolvimento Integrado da Ba-
cia do Araguaia/Tocantins, dividiu a hidrografia do estado
em duas sub-bacias a saber:
1. Sub-bacia do Rio Araguaia: formada pelo Rio Araguaia
e seus afluentes, tendo um terço de seu volume no estado.
2. Sub-bacia do Rio Tocantins: formada pelo Rio Tocan-
tins e seus afluentes, ocupando dois terços de seu volume
aproximadamente no Estado.

Lagos e lagoas
O sistema hidrográfico do estado também é composto
por inúmeros lagos, entre os quais: a Lagoa da Confu- Em função de sua rica hidrografia o estado do Tocantins
são, com 4,5 km e diâmetro e 3m de profundidade, con- tem um potencial enorme de geração de energia hidrelé-
siderada um dos maiores atrativos turísticos do estado trica e hoje é um exportador desse importante insumo.
e o Lago do Preto, localizado a 25km da cidade de La- Em 2008, o Tocantins produzia 1420 Mw e consumia ape-
goa da Confusão, com suas águas escuras, tom adqui- nas 136 Mw, ou seja, apenas 9% do que produzia.
rido pelas sombras da mata virgem às suas margens. O estado possui UHE (usinas hidréletricas de grande
porte), como Lajeado ou Luís Eduardo Magalhães, em Mi-
Possui 18km de extensão e abriga cardumes de tucu-
racema e Lajeado, Isamu Ikeda, em Monte do Carmo e
naré. Ponte Alta. E Peixe/Angical que abrange os municípios de
Peixe, São Salvador e Paranã.
Cachoeiras Tem também as PCH (pequenas centrais hidrelétricas)
Taquaruçu é um distrito do município de Palmas, no es- como: Lajes (Wanderlândia), Corujão (Araguaína), Lajea-
tado do Tocantins com mais de 80 cachoeiras. Ta- dinho (Tocantínia), Ponte Alta do Bom Jesus (no município
quaruçu é conhecida como a região serrana de Palmas, de mesmo nome), Bagagem (Natividade) Dianópolis, Dia-
pela riqueza de sua vegetação e clima ameno. O distrito cal I e II e Agro Trafo (Dianópolis), Taguatinga e Sobrado
possui diversas cachoeiras e balneários naturais, sendo (Taguatinga).
Foi inaugurada recentemente, em outubro de 2012, no
considerado como um dos principais atrativos turísticos
Rio Tocantins, a UHE de Estreito, na divisa do Tocan-
do Tocantins.
tins com o Maranhão (Estreito-MA, Aguiarnópolis-TO e
Palmeiras do Tocantins-TO), que é maior de todo o es-
tado e uma das maiores do Brasil, com capacidade de
geração de 1.087 Mw.

Polêmica
O conservacionistas criticam a construção indiscriminada
de usinas ao longo dos rios do estado, especialmente o Rio
Tocantins. O impacto ambiental provocado pela formação
de imensos lagos colocam em risco a sobrevivência do cer-
rado, portanto são questionáveis e desastrosos, especial-
mente à fauna e a flora e também à vida dos ribeirinhos e
populações indígenas.
Por outro lado, o desenvolvimentistas vêm a construção
dessas usinas como uma das saídas para o desenvolvi-
mento sócio-econômico do estado, especialmente com o
uso múltiplo das mesmas, ou seja, o aproveitamento para
navegação, irrigação, lazer, turismo, além, claro, da própria
geraçao de energia.
O estado é rico em cachoeiras, dentre outras destacam- TURISMO
se a Cachoeira Velha, no município de Mateiros com O estado do Tocantins tem um potencial turístico muito
bom, porém, ainda pouco explorado. O principal segmento

357
Apostila TJ-TO

do estado é o de turismo ecológico. Outro foco importante Cachoeira do Lajeado


de turismo no estado é o segmento histórico-religioso. A Cachoeira do Lajeado é um trecho de 25 m composto
Nos últimos anos, as políticas públicas de incentivo ao por degraus formando várias quedas. Para chegar é pre-
turismo e a divulgação do estado tem trazido um nú- ciso percorrer 45 km pela estrada para a Fazenda do Chi-
mero cada vez maior de pessoas que sde encantam quinho.
Cachoeira do Brejo da Cama
com as belezas dessa terra.
Sua queda tem apenas 3 m de altura e fica dentro de um
buraco. O acesso é pela estrada para Fazenda do Chiqui-
nho (45 km).
Cachoeira da Velha
Com cerca de 25 m de altura, essa cachoeira, que tem
duas quedas em forma de ferradura, deságua no Rio Novo.
Para se chegar a Cachoeira da Velha siga pela estrada
para Fazenda Triagro (101 km).
Dunas

O turista que optar por aproveitar as praias na capital to-


cantinense não se arrependerá, pois a programação é re-
cheada de atrações.
As principais praias de Palmas são a da Graciosa e a do
Prata. Contam com infra-estrutura completa com banhei-
ros, barracas, telefones, policiamento, salva-vidas, posto É possível ver dunas no Jalapão no km 136 da estrada
médico, bares, restaurantes, estacionamentos amplos, para Mateiros. Elas chegam a alcançar até 40 m de altura
quadra de esportes, barracas institucionais e caixas eletrô- e tem a cor alaranjada.
nicos. Fervedouro
Nas férias do meio do ano, durante os finais de semana, Nesse poço de olho d água a água azul borbulha da areia
são realizados shows musicais com atrações nacionais e do fundo. Esse fenômeno acontece, pois essa piscina na-
torneios esportivos. Em julho acontece o tradicional Pal- tural se localiza sobre um lençol freático. A sensação que
mas Folia, considerado a maior micareta da região Norte. o turista tem é de flutuar em suas águas. Para chegar até
Vale a pena conferir. o Fervedouro, basta pegar a estrada para São Félix do Ja-
Jalapão lapão (192 km).
Localizado no leste de Tocantins, o Jalapão é um verda- Cachoeira do Rio Formiga
deiro oásis perdido no meio do cerrado. Seu nome se ori- De águas esverdeadas e transparentes esse pequeno rio,
gina de uma planta muito comum da região: a erva jalapa- perfeito para um banho conta ainda com uma pequena
do-brasil. O grande atrativo e a melhor maneira de conhe- queda. O acesso é pela estrada para São Félix do Jalapão
cer o Jalapão é fazendo o rafting no Rio Novo, que corta (199 km).
boa parte da região. Existem inúmeras atrações naturais Rafting no Rio Novo
como a Cachoeira da Formiga, as dunas de até 40 m e o Para conhecer bem o Rio Novo o ideal é fazer o rafting de
Fervedouro, um poço de águas borbulhantes. Para conhe- quatro dias. O passeio começa na altura da Ponte do Rio
cer essa região inóspita é preciso ter espírito aventureiro, Novo, onde as águas são bem calmas. Durante a descida
pois o Jalapão, além de ter uma das densidades demográ- observa-se o cerrado, os chapadões e as matas formadas
ficas mais baixas do país, não possui quase infra-estrutura na beira do rio. O percurso vai ficando cada vez mais emo-
para os turistas. Um prato cheio para quem está atrás de cionante à medida que se desce o rio. O passeio termina
grandes emoções. perto da Cachoeira Velha.
ATRAÇÕES: Atividades Noturnas
Entre grutas, cachoeiras, dunas e rios o Jalapão oferece A verdadeira atração da noite é ela mesma. Curtir o céu
inúmeras atrações para o viajante. estrelado ou ouvir os sons da natureza são os principais
Gruta de Suçuapara programas no Jalapão.
Localizada na altura do km 15 da estrada para Mateiros Ilha do Bananal
está uma gruta de 15 m de altura e 60 m de comprimento, Considerada pela UNESCO Reserva da Biosfera, é um
que forma um cânion com cachoeira. dos mais importantes santuários ecológicos do Brasil, a

358
Apostila TJ-TO

ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, apre- exuberância ímpar. Sua área é banhada pelo magnífico rio
senta fauna e flora características tanto do cerrado Araguaia, com suas inúmeras praias de areias brancas e
quanto do pantanal. finas, entremeadas por rios como o Coco e Javaé, e canais
de águas transparentes e rasas.
Mais de 500 espécies de aves podem ser avistadas no
Parque e seu entorno. Botos, jacarés e tartarugas são
presença constante nos canais e nas praias do Parque
Estadual do Cantão. Em suas 833 lagoas e lagos con-
centram-se peixes da bacia do Araguaia, proporcio-
nando uma experiência espetacular para o pescador
esportivo. Uma ampla rede de canais naturais, onde a
floresta e os animais podem ser vistos com intimidade,
torna a região um paraíso para o ecoturismo.

Na estação seca, entre junho e setembro, as águas dos


rios baixam e revelam amplas praias de areia branca e
fina, onde tartarugas, gaivotas, talha-mares e outras
A ilha do Bananal situa-se no estado do Tocantins, na di-
visa com Mato Grosso. Formada pelo rio Araguaia, es- aves aquáticas fazem seus ninhos. Nesta época, gran-
tende-se por 320km, com uma largura máxima de 55km. O des cardumes de corvinas e fidalgos transitam pelos ca-
braço principal do rio forma a fronteira entre os estados de nais entre as ilhas do Araguaia. Tucunarés, pirararas,
Mato Grosso e Tocantins, e o braço menor é navegável por pacús, piranhas e outros peixes concentram-se nos
pequenas embarcações. Um terço da área corresponde ao grandes lagos isolados no meio da floresta durante a
Parque Nacional do Araguaia, fundado em 1959, e o res-
seca.
tante cabe à reserva indígena, onde vivem índios javaés e
carajás. A ilha é pontilhada de lagos e coberta por densa
mata, com árvores de até trinta metros de altura. Na época
da cheia, dois terços de sua área ficam inundados.
O parque possibilita ao visitante ver onças-pintadas, su-
çuaranas, corvos, veados, cachorros-do-mato, taman-
duás e tatus. Nas áreas alagadas abundam emas, per-
dizes, garças reais, curicacas, colheireiros, irerês e mu-
tuns. Apesar da importância da ilha como santuário na-
tural, na década de 1990 a criação de gado, além da
ação de caçadores e da pesca predatória, que faz au-
mentar a população de piranhas, traziam desequilíbrios
ecológicos.

A mistura de ecossistemas em um mesmo local forma a


riqueza biológica da região, tornando a região uma das zo-
nas de ecótono (transição de biomas) das mais ricas em
biodiversidade do mundo. Três quartos da área total de
89.150 hectares são cobertos por várzeas típicas do cer-
rado. A vegetação é caracterizada por florestas secas,
inundáveis e perenes. Animais de variadas espécies e por-
tes encontram ali um habitat rico em alimentos, seguro e
intocado. São antas, capivaras, lobos, jaburus, veados, ari-
ranhas, emas, mutuns, jacarés, tartarugas, onças-pinta-
das, araras-azuis, gaviões-reais e águias-pescadoras, con-
vivendo em meio a árvores como os jatobás, barus, angi-
cos vermelhos e outras nativas das florestas e do cerrado.
O Parque Estadual do Cantão, com área definida de apro- Na época das cheias as aves da floresta fazem seus ni-
ximadamente 90 mil hectares abrangendo os municípios nhos e criam seus filhotes. Ninhos de inúmeras espécies
de Caseara e Pium, abriga um dos grandes espetáculos da podem ser vistos com facilidade nas margens de rios e no
Amazônia. Em suas ilhas, lagoas, canais e matas alagadas interior dos igapós, muitas vezes a poucos palmos acima
de várzea, encontram-se animais e plantas da floresta da água que os rodeia e protege dos predadores. No topo
Amazônica, do cerrado e dos pantanais do Araguaia, numa
359
Apostila TJ-TO

das árvores, bandos de macacos e quatis são facilmente Aurora do Tocantins (TO)
avistados, alimentando-se dos frutos abundantes. Localizado no sudeste do Tocantins, no município de Au-
É um ecossistema único, uma vasta planície no coração do rora do Norte, quase na divisa com Taguatinga, o Rio Azuis
Brasil, no ponto exato onde o rio e floresta, pantanal, cer- nasce de dois olhos d’água que brotam num barranco for-
rado e Amazônia se encontram e se mesclam, regidos pelo mando um lago de águas azul-esverdeadas. Com uma ex-
grande ciclo anual das enchentes. tensão de apenas 147 metros, deságua no Rio Sobrado,
O Parque Estadual do Cantão é dotado de equipamentos perto dali. Chegou a ser considerado o menor rio do mundo
para monitoramento, fiscalização e pesquisa, voltados pelo Guiness Book, mas atualmente não ostenta mais esse
para a proteção da área. Existem planos para o seu ma- título.
nejo, tais como a implantação de um módulo ecoturístico, No Balneário Azuis, o visitante poderá saborear pratos
com centro de visitantes, aeroporto, museu e estrutura de típico da região como a galinha caipira, com pirão, arroz
hospedagem (restaurantes, lojas, quiosques, trilhas, cais e saladas, queijo fresco, produtos advindos da agricul-
para embarcações). Após a conclusão do plano de manejo,
tura familiar e conhecer a diversidade de orquídeas ori-
a iniciativa privada será convidada a aprimorar a estrutura,
sempre visando o desenvolvimento sustentado. ginárias do cerrado tocantinense, no orquidário de um
Diversos passeios ecológicos podem ser feitos em trilhas produtor familiar.
a cavalo, expedição em canoas ou caiaques, cruzeiros flu-
viais, safári fotográfico ou mesmo em visita ao projeto que-
lônios, voltado para conservação de tracajás e tartarugas
em período de reprodução.
Lagoa da Confusão
O belo atrativo turístico está a 206 km de Palmas, na
região Centro-Oeste. Destaca a lagoa homônima, com
4,5 km de diâmetro e própria para esportes aquáticos.
Tem diversas pousadas confortáveis. A cidade dá
acesso à Ilha do Bananal. Chega-se ali pelo trevo de
Cristalândia, cidade histórica e com grande tradição de
riquezas minerais, como diamantes e cristal de rocha,
pela BR-153 ligando à TO-230.

Manifestações culturais tocantinenses


São muitas as manifestações culturais no estado do To-
cantins. A maior parte tem cunho religioso. Dentre algumas
delas destacamos.
Festa do Divino Espírito Santo
A celebração do Divino Espírito Santo, como festa po-
pular de cunho religioso, tem sua origem no catolicismo
português. Relatos de Portugal contam que a rainha
Isabel e seu marido Dom Diniz teriam feito no século
XIV uma promessa de alimentar os famintos e oferecer
a sua coroa ao Divino Espírito Santo em troca de paz.
Nessa época, Portugal e Espanha travavam uma guerra
de quase cem anos. O objetivo foi alcançado e a pro-
messa cumprida. Dessa forma teve início a devoção ao
Rio Azuis – o menor do Brasil –

360
Apostila TJ-TO

Divino Espírito Santo, que se difundiu em solo portu-


guês e chegou ao Brasil no século XVI.

A rigor, a festa do Divino deveria coincidir com o Domingo


de Pentecostes, no calendário católico, que ocorre aproxi- A Folia de Reis comemora o nascimento de Jesus Cristo
madamente 50 dias após a Páscoa, ou seja, num prazo encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém
que compreenderia exatamente os 40 dias do giro da folia para adorar o Menino-Deus. Dados a respeito desta festa
afirmam que a sua origem é portuguesa e tinha um caráter
e o novenário.
No Brasil, no entanto, as folias têm datas variadas. No To- de diversão, era a comemoração do nascimento de Cristo.
cantins vão de janeiro a julho, de acordo com as caracte- No Brasil, a Folia de Reis chega no século XVIII, com ca-
rísticas de cada localidade. Essas festas são realizadas em ráter mais religioso do que de diversão. No Tocantins, os
várias cidades, com destaque para Monte do Carmo e Na- foliões têm o alferes como responsável pela condução da
bandeira, que sai pelo sertão "tirando a folia", ou seja, can-
tividade. Em Monte do Carmo a celebração ao Divino Es-
tando e colhendo donativos para a reza de Santos Reis,
pírito Santo foi aproximada à época da festa da padroeira
da cidade, passando a ter data fixa para a sua realização, realizada sempre no dia 6 de janeiro.
dia 16 de julho. Natividade mantém a tradição da data mó- A Folia de Reis, diferentemente do giro do Divino Espírito
vel. Santo, acontece em função de pagamento de promessa
As folias do Divino anunciam a presença do Espírito Santo. pelos devotos e somente à noite. O compromisso pode ser
para realizar a folia apenas uma vez ou todos os anos. A
As romarias conduzem a bandeira. O giro da folia repre-
senta as andanças de Jesus Cristo e seus 12 apóstolos folia visita as famílias de amigos e parentes. Os foliões che-
durante 40 dias, levando a sua luz e a sua mensagem, con- gam à localidade e se apresentam tocando, cantando e
vidando todos para a festa, a festa da hóstia consagrada. dançando. A família recebe a bandeira, o anfitrião percorre
com ela toda a casa, guardando-a em seguida, enquanto
Os foliões que representam os apóstolos andam em
aos foliões são servidos bolos, biscoitos e bebidas que os
grupo de 12 ou mais homens, conduzidos pelo alferes, mantêm nas suas andanças pela noite.
em jornada pelo sertão. Esse grupo percorre as casas Ao se retirarem, o proprietário da casa devolve a bandeira
dos lavradores, abençoando as famílias e unindo-as em e os foliões agradecem a acolhida, repetindo o gesto da
torno da celebração da festa que se aproxima. Saem a entrada. Quando o dia amanhece, os foliões retornam às
cavalo pelas trilhas e estradas, quando chegam às fa- suas casas para descansar e, ao anoitecer, retomam as
zendas para o pouso, alinham os cavalos no terreiro e andanças. Quando termina o roteiro da folia, realiza-se a
festa de encerramento na residência da pessoa que fez a
cantam a licença, pedindo ritualmente acolhida. Du-
promessa. Neste momento reza-se o terço, com a pre-
rante o giro os foliões recolhem donativos para a festa. sença dos foliões e dos convidados, em frente ao altar or-
namentado com flores, toalhas bordadas e a bandeira dos
Santos Reis. Em seguida, é servido um jantar com uma
mesa especial para os foliões.
A tradição é muito forte. Os mais velhos acreditam se-
rem os Santos Reis os protetores contra a peste, a
praga na lavoura e, principalmente, os responsáveis
pela prosperidade, pela fartura e por muito dinheiro.

361
Apostila TJ-TO

As manifestações culturais no Tocantins estão quase sem-


pre atreladas às festas em comemoração aos santos da
igreja Católica. A festa de Nossa Senhora da Natividade é
uma celebração tipicamente religiosa. A devoção a Nossa
Senhora e a história da sua imagem existente em Nativi-
dade, onde é festejada há quase três séculos, no dia 8 de
setembro, motivaram a eleição desta como Padroeira do
Tocantins. A festa à Padroeira Nossa Senhora da Nativi-
dade acontece de 30 de agosto a 8 de setembro. Durante
os festejos, acontece o novenário e são montadas barra-
cas onde se fazem leilões. É celebrada missa solene no
dia dedicado à santa. As comemorações acontecem na
igreja matriz de Natividade, uma das mais antigas do Es-
tado, datada de 1759.
Como a palavra Natal, Natividade significa nascimento. Em
Portugal, ficou reservada para indicar o nascimento da Vir-
Também conhecida como Súcia ou Suça, a Sússia é dan- gem Maria. A igreja Católica celebra o nascimento da mãe
çada no folclore de Paranã, Santa Rosa do Tocantins, de Jesus desde o ano 33 da era cristã. A festa de Nossa
Monte do Carmo, Natividade, Conceição do Tocantins, Senhora teve origem no Oriente, a Virgem Maria passa a
Peixe, Tocantinópolis e outras cidades do interior tocanti- ser comemorada no Ocidente no século VII.
nense. A dança de origem africana, trazida pelos escravos, História
é caracterizada por músicas agitadas ao som de tambores A comemoração a Nossa Senhora da Natividade está
e cuícas. Uma espécie de bailado em que homens e mu- relacionada à festa da Imaculada Conceição de Maria,
lheres dançam em círculos. celebrada em 8 de dezembro. Nove meses depois, co-
A sússia era a diversão dos negros e realizava-se nas sen-
memora-se Nossa Senhora da Natividade. Esse inter-
zalas, em comemorações marcantes e também como la-
zer. É dançada na Festa do Divino e na Festa da Padroeira, valo diz respeito ao período de gestação de Maria no
Nossa Senhora da Natividade, em 8 de setembro. ventre de Santa Ana. Os devotos acreditam que Maria,
Os movimentos são variados. No caso da Jiquitaia – uma como mãe de Jesus, preservada do pecado original,
variação da dança - eles lembram a retirada de formigas merece ser cultuada.
conhecidas como jiquitaias, que invadem os corpos dos
pares num bailado sensual, leve e ao mesmo tempo frené-
tico, uma vez que apenas insinua o toque. A dança é a
eterna busca da conquista do par.
A Sússia na Folia do Divino é dançada ao som da viola,
do pandeiro e do roncador, instrumento artesanal feito
de tronco de árvore que tem a mesma marcação do
surdo. Também é dançada ao som do tambor em outras
manifestações populares, como na festa de Nossa Se-
nhora do Rosário.

Igreja de Nossa Senhora do Rosários dos Pretos


A imagem de Nossa Senhora da Natividade foi trazida, pe-
los jesuítas, para o norte da província de Goiás, em 1735.
Foi a primeira a entrar nessa região, em embarcações pelo
rio Tocantins, depois nos ombros dos escravos até o pé da
serra onde se erguia o povoado denominado de Vila de
Nossa Senhora da Natividade, Mãe de Deus, mais tarde
São Luiz e depois Natividade. Essa imagem é a mesma,
venerada, ainda hoje, na Igreja Matriz.
Com a criação do Estado do Tocantins, a população de
Natividade, junto com o clero tocantinense e o recém-cri-
Padroeira do Tocantins

362
Apostila TJ-TO

ado Conselho de Cultura, desenvolveu campanha para tor- O ponto alto das comemorações do Bonfim, em Nativi-
nar a já venerada Nossa Senhora da Natividade em padro- dade, acontece no dia 15, com a celebração da missa cam-
eira do Estado. dom Celso Pereira de Almeida, bispo dio- pal, em louvor ao Senhor do Bonfim. No dia 16 em home-
cesano de Porto Nacional envia, em março de 1992, solici- nagem a Nossa Senhora da Conceição e no dia 17 ocorre
tação ao papa João Paulo II, expressando o desejo dos a missa dos romeiros. Vários pagadores de promessa atra-
devotos de Nossa Senhora, de vê-la consagrada padroeira vessam a pé os 22 Km de Natividade ao Bonfim para de-
do seu novo Estado. Diz dom Celso: "sendo nosso povo positar as suas oferendas aos pés da imagem do santo.
católico, na grande maioria, e devoto de Nossa Senhora, Araguacema
temos, nós bispos, recebido freqüentes apelos a fim de pe- A romaria do Senhor do Bonfim acontece no povoado do
dirmos a Vossa Santidade se digne declarar Nossa Se- Bonfim, distante 40 Km de Araguacema. Atualmente para
nhora, sob a invocação de Nossa Senhora da Natividade, lá se deslocam cerca de dez mil pessoas. São romeiros
padroeira principal deste Estado" das cidades vizinhas e do sul do Pará. O festejo inicia-se
Acrescenta ainda dom Celso na sua justificativa , que os com o novenário e termina com a celebração da missa
habitantes do sul do Estado "veneram com muito afeto a campal, em homenagem ao Nosso Senhor do Bonfim, no
imagem de Nossa Senhora da Natividade, trazida para a dia 15 de agosto.
nossa região pelos missionários jesuítas. Esta devoção é As homenagens ao Senhor do Bonfim, no município, têm
sempre viva no nosso povo". (BRAGA, 1994, p. 14). A so- início em 1932, quando para lá chegou, vinda do Mara-
licitação foi aceita pelo Vaticano e em 15 de agosto de nhão, a família do senhor Arcanjo Francisco Almeida com
1992 dom Celso oficializa, durante a Romaria do Bonfim, uma imagem do Bonfim. Seu filho, Natalino Francisco de
em Natividade, Nossa Senhora da Natividade padroeira Almeida, é o atual responsável pela manutenção do templo
principal do Tocantins. e pela guarda da imagem que pertence à família desde o
Romaria do Bonfim século XIX. Segundo Natalino, essa imagem foi encon-
No Tocantins, as romarias do Nosso Senhor do Bonfim trada pelo bisavô de sua mãe quando este, junto com a sua
acontecem nos municípios de Natividade, no sudeste família, fugia dos conflitos da Balaiada, ocorrida no Mara-
do Estado, e Araguacema, a sudoeste. nhão, entre os anos de 1838 e 1841.
Um dia, após longa caminhada, seu tataravô encontrou na
mata uma vertente de água onde havia um oratório feito
em pedra. Nele estava depositada uma imagem. Ele levou
essa imagem consigo e após o término da Balaiada retor-
nou à sua cidade de origem onde pediu ao padre para “ba-
tizá-la”. O padre batizou-a de Jesus do Bonfim e definiu o
seu festejo para 15 de agosto. Desde então, a família faz a
festa em sua devoção.
Em Fortaleza do Tabocão também se comemora a Ro-
maria do Bonfim.

Em Natividade, a romaria remonta ao século XVIII com a


formação dos primeiros arraiais. Existem diversas hipóte-
ses a respeito da formação do povoado do Bonfim, para
onde seguem os romeiros todos os anos. Alguns acreditam
que ele teria se originado de um santuário criado por fiéis
ou de um núcleo missionário das irmãs carmelitas ou dos
jesuítas.
Os moradores da região afirmam que um vaqueiro teria en-
contrado nessa área, em local pantanoso, a imagem do
Senhor do Bonfim em cima de um toco de madeira. Essa
imagem teria sido retirada várias vezes desse local e le- De origem africana mas com influência ibérica, o congo
vada para Natividade, mas desaparecia e reaparecia no já era conhecido em Lisboa entre 1840 e 1850. É popu-
mesmo lugar onde foi encontrada. A crença nesses acon- lar no Nordeste e Norte do Brasil, durante o Natal e nas
tecimentos deu início à peregrinação para essa localidade. festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Bene-
Em Natividade, a romaria do Senhor do Bonfim é realizada dito.
de 6 a 17 de agosto, no povoado do Bonfim situado a 22
Km da sede do município, onde vivem pouco mais de 100 A congada é a representação da coroação do rei e da rai-
pessoas. Esse pequeno povoado recebe em média 60 mil nha eleitos pelos escravos e da chegada da embaixada,
fiéis, vindos de várias regiões do Estado e do país. que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador.

363
Apostila TJ-TO

Vence o rei, perdoa-se o embaixador. Termina com o bati- mentos para a batalha simbolizando que estes estão pre-
zado dos infiéis. parados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da
Os motivos dramáticos da dança do congo baseiam-se na Abadia e em honra ao imperador.
história da rainha Ginga Bandi, que governou Angola no O ritual da luta entre mouros e cristãos é antecedido pelo
século XVII. Ela decidiu, certa vez, enviar uma representa- desfile dos caretas, grupo de mascarados representando
ção atrevida ao rei D. Henrique, de Portugal. Seu filho, o bruxas, caras de boi com chifres e outros animais. Os ca-
heróico príncipe Suena, é morto durante essa investida. O valos, usados pelos caretas, são enfeitados com flores e
quimboto (feiticeiro) o ressuscita. portam instrumentos que produzem um barulho que os
Na dança do congo só os homens participam, cantando identifica.
músicas que lembram fatos da história de seu país. A con- Os cavalheiros que participam do ritual das Cavalhadas,
gada é composta por doze dançarinos. O vestuário usado ao contrário dos mascarados, são quase sempre os mes-
pelos componentes do grupo é bem colorido e cada cor mos. Nas Cavalhadas tem-se a figura do rei, do embaixa-
tem o seu significado. Azul e branco são as cores de Nossa dor e dos guerreiros. Todos desfilam sobre cavalos para-
Senhora do Rosário. O vermelho representa a força divina. mentados com selas cobertas por mantas bordadas e, so-
Os adornos na cabeça representam a coroa. O xale sobre bre os olhos dos animais há uma máscara toda trabalhada
os ombros representa o manto real. em cor prata enfeitada com penas vermelhas e amarelas.
Em Monte do Carmo, o congo é acompanhado por mu- As Cavalhadas são formadas por vinte e quatro cavalhei-
lheres, chamadas de taieiras. Essas dançarinas usam ros, distinguindo os mouros na cor vermelha e os cristãos
trajes semelhantes aos usados pelas escravas que tra- na cor azul. Doze cavalheiros representam os cristãos e,
os outros doze, os mouros.
balhavam na corte. Trajam blusas quadriculadas em
Os cristãos trajam camisa azul de cetim com enfeites dou-
tom de azul e saias brancas rodadas, colares de várias rados; calça branca com botas azuis e enfeites dourados.
cores e na cabeça turbante branco com uma rosa pen- Na cabeça, um cocar cor prata ou ouro com penas colori-
durada. Os dois grupos se apresentam juntos, nas ruas, das.
durante o cortejo do rei e da rainha, na festa de Nossa Os mouros usam camisa de cetim ou lamê prata brocado,
Senhora do Rosário. capa vermelha com bordados de ouro e calça vermelha
com bordados e botas prateadas; na cabeça um cocar cor
prata ou ouro com penas coloridas.
A espada e a lança usadas durante a encenação do
combate complementam a indumentária dos cavalhei-
ros.

Na Idade Média, os árabes foram denominados generica-


Os caretas são homens que usam máscaras confecciona-
mente de mouros. Estes povos invadiram a Europa por
das em couro, papel ou cabaça, com o objetivo de provocar
volta do século VIII e só foram banidos do continente euro-
medo nas pessoas. No município de Lizarda, participam da
peu no século XV. As cavalhadas representam a luta entre
festa que acontece, tradicionalmente, durante a Semana
o exército de Carlos Magno e os mouros. Carlos Magno foi
Santa, na Sexta-Feira da Paixão.
coroado Imperador do Ocidente no ano 800 pelo Papa
Monta-se um cenário, um semicírculo com pés de bana-
Leão III.
neira, chamado pelos caretas de quinta atrativa, onde se
Alguns autores acreditam que as cavalhadas tenham sido
coloca pedaços de cana de açúcar. Num verdadeiro espe-
introduzidas no Brasil pelos padres jesuítas como meio de
táculo teatral, os caretas perseguem com pinholas - uma
facilitar a catequese através da junção entre o sagrado e o
espécie de chicote feito de sola ou trançados de palha de
profano.
buriti - as pessoas que tentam invadir a quinta para roubar
Em Taguatinga, no sul do Estado do Tocantins, as Cava-
a cana. A proteção da cana pode ter relação com a crença
lhadas tiveram início em 1937. Acontecem durante a festa
da população de que no calvário de Jesus Cristo ele foi
de Nossa Senhora da Abadia, nos dia 12 e 13 de agosto.
açoitado com pedaços de cana. Na encenação, os caretas
O ritual se inicia com a benção do sacerdote aos cavalhei-
tentam impedir esse sofrimento.
ros; a entrega ao imperador das lanças usadas nos treina-

364
Apostila TJ-TO

Faz parte dos caretas personagens como a catita (homem O Governo do Estado do Tocantins tem trabalhado con-
trajando roupas femininas, a mulher dos caretas que fica juntamente com a Secretaria Especial de Políticas de
se oferecendo para os homens que estão assistindo a en- Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal. En-
cenação, servindo como distração) e a égua (personagem
tre as ações realizadas estão: a capacitação dos gesto-
que assusta os espectadores, feita da caveira de um ani-
mal, onde se prende a sua cabeça a um pau e amarra uma res públicos; a realização de um diagnóstico de seis co-
corda de maneira que puxando, se abre e fecha a boca). A munidades quilombolas e a criação do Comitê Gestor
encenação continua até a madrugada de Sábado de Ale- de Implementação do Plano Estadual de Promoção da
luia. Igualdade Étnico-Racial do Tocantins.
Festa dos Caretas de Arraias
No sudeste do Tocantins, em Arraias, também no período
da Semana Santa é realizada a festa dos caretas.
Os homens (especialmente os mais jovens) da cidade, na
madrugada do sábado de aleluia fantasiam-se de caretas
e saem a cavalgar pelas ruas da cidade, animando a ma-
nhã do sábado com a queima do "Judas" (boneco confec-
cionado com tecido e recheado de bombinhas), que fazem
a alegria da criançada, seguindo-se da leitura do Testa-
mento do Judas, com referências engraçadas às persona-
lidades locais.
Nos últimos anos a polícia tem interferido nos festejos pois
o anonimato dos mascarados estaria sendo usado para o
cometimento de crimes e também para caluniar e difamar
pessoas durante a leitura do Testamento de Judas.
Festa da Colheita do Capim Dourado em Mateiros
Uma nova tradição, surgida no ano 2000, está movi- Atualmente, estão sendo construídas casas em algumas
mentando o turismo na região do Jalapão, na Comuni- comunidades em parceria com a Caixa Econômica Fede-
dade Quilombola Mumbuca, em Mateiros. ral, por meio da Secretaria de Habitação e Desenvolvi-
mento Urbano.
O Governo do Estado está dando uma atenção especial às
comunidades quilombolas com ações na área da saúde,
da agricultura, promovendo a inserção das famílias nos
programas sócias do Governo Federal e Estadual, levando
eletrificação rural, cursos de geração de renda, entre ou-
tras ações.
O mais importante é que o Governo do Estado está discu-
tindo melhorias para as comunidades respeitando suas ca-
racterísticas e preservando os aspectos culturais.
Em abril de 2014, segundo a Secretaria de Justiça e dos
Direitos Humanos do Tocantins, em fevereiro de 2011, ha-
via 31 comunidades quilombolas reconhecidas no Tocan-
tins.
Comunidades Quilombolas reconhecidas no Tocantins
1) Lagoa da Pedra, Arraias
2) Mimoso (Kalunga do Mimoso), Arraias
3) Baviera, Aragominas
A festa, que dura três dias, envolve desde a colheita do 4) Córrego Fundo, Brejinho de Nazaré
capim dourado até a confecção dos produtos artesanais, 5) Malhadinha, Brejinho de Nazaré
além de comidas típicas, roda de conversa, comercializa- 6) São José, Chapada de Natividade
ção de artesanatos e apresentações culturais. 7) Chapada de Natividade, Chapada de Natividade
O Objetivo é dar visibilidade à atividade artesanal da região 8) Mumbuca, Mateiros
e conscientizar os mais jovens da necessidade do uso sus- 9) Redenção, Natividade
tentável desse recurso natural que é umas das fontes prin- 10) São Joaquim, Porto Alegre do Tocantins
cipais de geração de renda na região. 11) Laginha, Porto Alegre do Tocantins
As peças, confeccionadas pela tradicional comunidade qui- 12) Cocalinho, Santa Fé do Araguaia
lombola, são comercializadas em todo o país e também 13) Morro de São João, Santa Rosa do Tocantins
são destinadas à exportação. 14) Barra da Aroeira, Santa Teresa do Tocantins
Comunidades Quilombolas 15) Povoado do Prata, São Félix do Tocantins
Foi com a Portaria nº 06 de 1º de março de 2004, que a
16) Grotão, Filadélfia
Fundação Cultural Palmares deu o reconhecimento a algu-
17) Mata Grande, Monte do Carmo
mas comunidades remanescentes de quilombolas em al-
guns estados, entre elas, as do Tocantins. 18) Santa Maria das Mangueiras, Dois Irmãos
19) Carrapato, Mateiros
365
Apostila TJ-TO

20) Formiga, Mateiros Região metropolitana é uma organização política criada


21) Ambrósio, Mateiros por lei, composta por um município-núcleo (que empresta
22) Curralinho do Pontal, Brejinho de Nazaré seu nome à Região Metropolitana) somado a um conjunto
23) Manoel João, Brejinho de Nazaré de municípios que, em termos funcionais, formam um
24) Dona Juscélia, Muricilândia único espaço urbano integrado.
25) Lajeado, Dianópolis No último Censo Demográfico (2010) o Brasil possuía 36
26) Rio da Almas, Jaú do Tocantins Regiões Metropolitanas e três Regiões Integradas de De-
27) Ilha de São Vicente, Araguatins senvolvimento (RIDEs). Desse total apenas 12 são metró-
poles, as demais classificam-se como capitais regionais -
28) Pé do Morro, Aragominas
nível na hierarquia urbana imediatamente inferior.
29) Claro, Paranã
Em termos de hierarquia de cidades Palmas é classificada
30) Prata, Paranã pelo IBGE como Capital Regional.
31) Ouro Fino, Paranã A diferença básica entre as RIDEs e às Regiões Metropo-
litanas, que são recortes territoriais semelhantes, está na
ATUALIDADES DO TOCANTINS composição, pois enquanto nas RIDES existem municípios
Reconhecidas três novas comunidades quilombolas de mais de uma Unidade da Federação, nas Regiões Me-
no Tocantins tropolitanas todos os municípios são da mesma Unidade
09/04/2014 – Paranã (TO) da Federação, a segunda diferença e que as RIDES são
Após levantamento histórico elaborado pela Secretaria de criadas por lei federal e as regiões metropolitanas são leis
Defesa Social (Seds), por meio do Departamento de Pro- dos estados.
teção dos Direitos Humanos e Social, e posteriormente en- Região Metropolitana de Gurupi
caminhado para apreciação à Fundação Cultural Palma- A região Metropolitana de Gurupi foi criada pela Lei Com-
res, do Ministério da Cultura, as Comunidades do Claro, do plementar nº 93/2014, composta por 18 municípios: Gu-
Prata e Ouro Fino, localizadas no município de Paranã/TO, rupi, Aliança do Tocantins, Figueirópolis, Dueré, Lagoa da
a 304 Km da Capital, receberam a certificação como Re- Confusão, Crixás do Tocantins, Cariri do Tocantins, Sucu-
manescentes de Quilombo. pira, Peixe, Jaú do Tocantins, São Valério da Natividade,
Segundo o historiador e supervisor dos Afro-descendentes Alvorada, Palmeirópolis, Araguaçu, Sandolândia, Formoso
e dos Povos Indígenas da Seds, André Luiz Gomes da do Araguaia, Talismã e São Salvador do Tocantins.
Silva, responsável pelo histórico, essas comunidades da- Em termos de hierarquia de cidades o IBGE classifica Gu-
tam sua existência a mais de 250 anos, são compostas por rupi como Centro Sub-Regional. Araguaína possui a
54 famílias. E por morarem na mesma área geográfica e mesma hierarquia.
pertencerem ao mesmo tronco familiar (Kalunga) reuniram-
se e formaram a Associação Quilombola das Comunidades
do Claro, do Prata e Ouro Fino (Asquiccapo).
Região Metropolitana de Palmas (RMP) GEOGRAFIA - EXERCÍCIOS DE PROVAS ANTERIORES
Foi sancionada a lei que institui e organiza a região metro- 01- (TRE-TO) Assinale a opção que traduz adequada-
politana de Palmas. Abrangendo 16 municípios da região mente a posição do estado do Tocantins em relação ao
central do Tocantins. Brasil.
Inicialmente criada pela Lei ordinária 2.824/13 foi substitu- a) Com óbvia exceção da região sul, o Tocantins faz divisa
ída pela lei complementar 90/2013. A RMP é "destinada a com todas as demais regiões brasileiras.
unificar a organização, planejamento e execução de fun- b) O Tocantins é o mais setentrional dos estados da região
ções públicas de interesse comum", conforme informou o amazônica.
governo do estado. c) Na contramão da tendência atual da economia brasi-
De acordo com a CF/1988 não se pode criar R.M. com leira, o agronegócio se expande no Tocantins.
lei ordinária só com lei complementar. d) Por sua localização geográfica, o Tocantins é a passa-
gem terrestre natural entre o sul e o norte do país.
As cidades que fazem parte da região metropolitana de e) Ao contrário de outras regiões brasileiras, parques naci-
Palmas são: Aparecida do Rio Negro, Barrolândia, Brejinho onais e reservas indígenas inexistem no Tocantins, fruto
de Nazaré, Fátima, Ipueiras, Lajeado, Miracema do Tocan- da negociação política com a União quando o estado foi
tins, Miranorte, Monte do Carmo, Oliveira de Fátima, Para- criado.
íso do Tocantins, Porto Nacional, Pugmil, Silvanópolis e O2- (AL-TO) Dos estados abaixo relacionados apenas
Tocantínia. um não faz divisa com o estado do Tocantins. Assi-
Segundo o governo, a lei tem como objetivo promover o nale-o:
planejamento regional, o desenvolvimento socioeconô- a) Pará
mico e a melhoria da qualidade de vida da população. "O b) Bahia
projeto também requer a cooperação entre os três níveis c) Maranhão
de governo, com máximo aproveitamento dos recursos pú- d) Minas Gerais
blicos, mediante descentralização, articulação e integração e) Goiás
dos respectivos órgãos e entidades administrativas diretas
e indiretas atuantes na região."
Hierarquia de Cidades

366
Apostila TJ-TO

03- (Agente Penitenciário-TO) Após sua criação em 09- (UFT-TO) Para calcular esse índice são utilizadas
1988, pela Assembléia Nacional Constituinte, foi insta- três variáveis básicas que fazem parte do nosso dia-a-
lado o estado do Tocantins em 1º. de janeiro de 1989. dia. Considere os itens abaixo:
Antes disso, o Tocantins fazia parte do estado de I – Expectativa de vida
Goiás. Os limites do estado do Tocantins são: II – Renda per capita
a) Ao norte com o Maranhão e o Amazonas, ao sul com III – Taxa de mortalidade
Minas Gerais; a leste com Goiás e Bahia e a oeste com o IV – Porcentagem de exportações
Pará. V – Educação
b) Ao norte com o Maranhão; ao sul com Goiás; a leste As três variações básicas que compõem o IDH são
com o Piauí; e a oeste com Mato Grosso e Pará. APENAS as que constam em:
c) Ao norte com o Pará e o Amazonas; ao sul com Goiás; a) I, II e III
a leste com o Maranhão, Piauí e Paraíba, a oeste com o b) I, II e V
Amazonas e o Mato Grosso. c) I, III e IV
d) Ao norte com o Maranhão e o Pará; ao sul com Minas d) II, III e V
Gerais; a leste com Piauí e Bahia e a oeste com Mato e) III, IV, V
Grosso do Sul. 10- (SECAD-TO) A respeito dos aspectos demográficos
e) Ao norte com Maranhão e Pará; ao sul com Goiás; a do estado do Tocantins, na atualidade, assinale a afir-
leste com Maranhão, Paraíba e Pernambuco e a oeste com mativa correta.
Mato Grosso e Pará. a) Os migrantes que chegam ao Tocantins têm origem ex-
04- (PM-TO) O estado do Tocantins está situado geo- clusivamente no Maranhão e no Pará, estados vizinhos
graficamente na região: que estimulam as migrações temporárias.
a) Centro-Oeste, fazendo divisa com MA, BA, GO, MT, PI b) O projeto do governo, que abriu um corredor de passa-
e PA. gem para que a população litorânea atinja a Amazônia tem
b) Norte, fazendo divisa ao norte com MA e PA. favorecido o povoamento do Tocantins, mesmo não sendo
c) Centro-Oeste, fazendo divisa ao sul com GO. ele estado amazônico.
d) Norte, fazendo divisa a Oeste com BA, PI e MA. c) O crescimento demográfico do Tocantins é bem superior
05- O estado do Tocantins foi criado no ano de ........... à média nacional, o que pode ser explicado pelas migra-
a partir da divisão do estado de ........... . Complete as ções regionais que, a partir de sua criação, se intensifica-
lacunas da frase acima. ram em relação àquele estado.
a) 1972 – Piauí d) O estado do Tocantins consolidou seu crescimento po-
b) 1985 – Pará pulacional graças à necessidade de ampliar a ocupação
c) 1988 – Goiás econômica da Amazônia.
d) 1989 – Mato Grosso e) Somente os estados interiores, como o Tocantins, rece-
e) 1990 - Maranhão bem maior quantidade de população em função da neces-
06- (Bombeiro e PM-TO) Em relação ao espaço geográ- sidade de constituir um mercado consumidor.
fico do estado do Tocantins, como estado mais jovem As exportações da carne tocantinense atingiram marcas
da federação, é correto afirmar quanto aos seus limi- recordes em 2004. A comercialização do produto gerou
tes: perto de 10 milhões de dólares, marca que colocou o To-
a) Ao nordeste: Pará e Mato Grosso cantins na liderança das exportações de carne da região
b) A oeste: Bahia e Mato Grosso Norte, representando cerca de 50% do total enviado ao ex-
c) Ao sul: Goiás e Piauí terior. As exportações do produto também atingiram a
d) Ao sudeste: Pará e Maranhão maior marca da história do estado, com um crescimento
e) Ao leste: Maranhão, Piauí e Bahia. superior a 116% em relação a 2003. Isso dá ao Tocantins
07- (Bombeiro e PM-TO) A última alteração em relação a quinta colocação entre os estados que somaram os mai-
ao número de municípios que compõem a base territo- ores crescimentos nas exportações de carne no país. “Os
rial do estado do Tocantins, ocorreu em primeiro de ja- números foram muito bons. Ganhamos espaço em 2002,
neiro de 1997, permanecendo este número até os dias quando foi registrada a doença da vaca louca na Europa.
atuais. Quanto ao número de municípios existentes no O custo baixou e o valor do produto atingiu uma boa
estado do Tocantins, pode-se afirmar que é de: marca”, avalia o presidente do Sindicato das Empresas Fri-
a) 129 municípios goríficas do Tocantins.
b) 138 municípios Emerson Alencar. Estado lidera exportação de carne na
c) 149 municípios região Norte. Jornal do Tocantins. In: Internet:
d) 139 municípios <http://www2.jornaldotocantins.com.br>.
08- O estado do Tocantins tem várias reservas indíge- 11- (TRE-CESPE-2005) Tendo o texto acima como refe-
nas demarcadas. Na Ilha do Bananal convivem duas et- rência inicial e considerando os diversos aspectos que
nias indígenas que se consideram aparentadas (povo envolvem o tema por ele abordado, assinale a opção
iny). São elas: INCORRETA.
a) Xerente e Krahô a) A pecuária extensiva constitui atividade predominante
b) Xerente e Xavante no conjunto da economia tocantinense, possuindo o estado
c) Karajá e Javaés o terceiro maior rebanho de gado da região Norte.
d) Pankararu e Apinaye b) O Tocantins é um dos símbolos do atual momento vivido
e) Xambioá e Krahô-kanela pela economia brasileira, em que o agronegócio tem cres-
cente relevância na pauta de exportações do país.
367
Apostila TJ-TO

c) A ocorrência de graves doenças no rebanho, como o mal e) Os investimentos na região foram conseqüência direta
da vaca louca, acaba por reduzir o consumo de carne e a da decadência da nova capital federal, Brasília, que em dez
possibilidade de sua comercialização nos mercados mun- anos de vida iniciava um processo de involução urbana.
diais. 14- (CESGRANRIO-SECAD) Atualmente, no estado do
d) Em geral, a abertura dos mercados internacionais para Tocantins, o setor industrial é representado principal-
um produto como a carne está condicionada às adequadas mente pela agroindústria, centralizada em distritos ins-
e confiáveis condições sanitárias das áreas produtoras. talados em quatro cidades-polo. Dentre essas cidades-
e) Além da pecuária, o Tocantins se notabiliza por ser uma polo, além da capital Palmas, está incluída
fronteira agrícola em permanente expansão, apresentando a) Gurupi.
excelentes condições em relação ao circuito produtivo da b) Pau D’ Arco.
economia brasileira. c) Pedro Afonso.
12- (SECAD-TO) Sobre as atividades agrárias e a estru- d) Paraíso do Tocantins.
tura fundiária do espaço brasileiro, considere as afir- e) Miracema do Tocantins.
mativas abaixo: Localizado no centro geodésico do Brasil, o Tocantins pos-
I – A recente mecanização da agricultura reduziu a oferta sui uma área de quase 280 mil km2, onde vivem atual-
de trabalho no campo, contribuindo, assim, para a forma- mente cerca de 1 milhão e 200 mil habitantes. Guardando
ção de um contingente de trabalhadores desempregados expressivo acervo de riquezas naturais, o estado está situ-
e/ou temporários e posseiros. ado na maior área de transição geográfica do continente
II – A expansão acelerada das fronteiras agrícolas e a es- americano.
trutura fundiária concentrada geram permanentes conflitos 15- (TRE-CESPE) - A partir desse cenário físico, do qual
pela posse da terra, resultando quase sempre na expropri- decorrem aspectos econômicos e turísticos muito pró-
ação por parte de grileiros. prios da região, julgue os itens subseqüentes.
III – A força histórica da aristocracia rural, reforçada pela I - A forte prevalência da floresta tropical úmida da Amazô-
lei de Terras de 1850, gerou um modelo concentrador cu- nia no Tocantins, ocupando a maior parte de seu território,
jas tentativas de desarticulação tem se mostrado, muitas torna-se, segundo os especialistas no setor, o maior impe-
vezes, inócuas. ditivo ao turismo no estado.
IV – As dificuldades de cultivo no atual estado do Tocantins II - A maior área de transição geográfica das Américas, em
remontam ao século XVI, quando a região ainda pertencia que está situado o Tocantins, corresponde ao encontro dos
à Espanha, que esgotou o solo do território com a atividade ecossistemas do cerrado, da mata atlântica e da floresta
mineradora. amazônica.
Marque a alternativa correta: III - O estado do Tocantins abriga a maior bacia hidrográ-
a) I e II apenas. fica totalmente brasileira, a do Tocantins-Araguaia, cujo
b) II e III apenas. principal rio formador — o Tocantins — tem suas nascen-
c) III e IV apenas. tes no estado de Goiás, ao norte da cidade de Brasília.
d) I e II e III apenas. IV Negociações políticas à época da criação do estado do
e) I e III e IV apenas. Tocantins explicam o fato de a ilha do Bananal, a maior ilha
A partir da década de 70 do século XX, o modelo de de- fluvial do mundo, ter ficado fora de seu território e mantida
senvolvimento adotado pelo Brasil para a integração regi- sob jurisdição de Goiás.
onal chega, também, ao norte de Goiás, que passa a se V Um dos mais conhecidos pólos de atração de visitantes
tornar alvo de investimentos governamentais com o obje- no Tocantins é o Jalapão, área em que dunas chegam a
tivo de incorporar a região ao mercado nacional. 40 metros de altura, convivendo com um complexo aquá-
13- (SECAD-TO) Sobre esse processo é correto afirmar tico de rios, cachoeiras, córregos e lagos, além de singula-
que: res formações rochosas.
a) Apesar do acentuado desequilíbrio regional existente, o Estão certos apenas os itens
modelo econômico adotado para a região facilitou a inte- a) I e II
gração dos sistemas de transporte, tornando viável a b) I e III
emancipação política do norte de Goiás. c) II e IV
b) Apesar dos esforços do governo federal na tentativa de d) III e V
dinamizar a economia do centro-oeste, a facilidade de im- e) IV e V
portação de bens de consumo favorecia a desativação das 16- (CESGRANRIO-SECAD) Vera vai viajar para Tocan-
indústrias locais. tins e, analisando o mapa do Estado, constatou que,
c) A opção do governo pelos investimentos no centro-oeste entre os muitos rios existentes, os dois mais importan-
se explica pela tranqüilidade da região numa época de di- tes por sua extensão e curso são:
tadura política quando todas as demais regiões brasileiras a) Araguaia e Javaé.
viviam a realidade da guerrilha e da luta armada. b) Araguaia e Tocantins.
d) Uma das conseqüências da reestruturação espacial c) Caiapó e Balsas.
nesta área foi a presença de conflitos pela posse da terra, d) Palmas e Sono.
tornando a área conhecida como Bico do Papagaio um e) Tocantins e Palmas.
foco de grilagem e violência no campo. 17- (CESGRANRIO-SECAD) A usina hidrelétrica do La-
jeado é muito importante para o desenvolvimento de

368
Apostila TJ-TO

Tocantins. Qual o principal benefício que essa usina e) As coberturas vegetais do estado podem ser represen-
trouxe para o Estado? tadas pelos cerrados que ocupam a maior parte, florestas
a) Ampliação do ecossistema. densas e florestas abertas mistas.
b) Combate à poluição. 22- (PM-TO) O principal ecossistema do estado do To-
c) Criação de um lago artificial. cantins é o cerrado, que cobre cerca de 87% de sua
d) Maior oferta de energia. área. Além do cerrado, são encontradas outras vegeta-
e) Menor consumo energético. ções no Estado, tais como:
18- (FASAMAR-TO) Sobre a geografia do Tocantins a) caatinga ou floresta estacional decidual
NÃO é CORRETO AFIRMAR: b) Floresta estacional ou caatinga
a) O Tocantins é banhado pela bacia do Tocantins-Ara- c) Floresta ombrófila ou floresta amazônica
guaia, formada pelos dois rios, respectivamente. d) Floresta ombrófila ou caatinga
b) No território tocantinense encontra-se a maior ilha fluvial e) Caatinga e Floresta Amazônica
do mundo, a ilha do bananal. 23- (PM-TO) O principal ecossistema do estado do To-
c) A caatinga e o pantanal são dois tipos de vegetação ca- cantins é o cerrado, que cobre cerca de 87% de sua
racterística do estado do Tocantins. área. Além do cerrado, são encontradas outras vegeta-
d) A partir da construção da BR-153, Belém-Brasília, a ções no Estado tais como, floresta estacional decidual.
atual região do Tocantins, antigo norte de Goiás desenvol- Esta floresta é conhecida também como:
veu-se economicamente de forma bastante considerável. a) Floresta Amazônica, que ocupa mais de 20% da vege-
e) O clima predominante no Tocantins é o tropical. tação do estado.
19- (TRE-TO) Considerando os aspectos geográficos e b) Caatinga, característica de tipos arbóreo-herbáceos ou
econômicos que caracterizam o estado do Tocantins, intermediários.
assinale a opção correta. c) Caducifólia, perdendo mais de 50% de suas folhas no
a) O Tocantins faz divisa com todos os estados da região período de estiagem.
norte. d) Cerrado e ocupa cerca de 45% da área do estado.
b) o Tocantins está numa área de transição com porções 24- (Agente Penitenciário-TO) Uma importante via de
de cerrado e de floresta amazônica. transporte está sendo construída no estado do Tocan-
c) A maior parte do território tocantinense é coberta pela tins, cuja conclusão permitirá a ligação de outros
mata atlântica, que tem no estado sua área mais preser- transportes a este, e que levará a produção do Tocan-
vada. tins até o Porto de Itaqui, no Maranhão, o mais próximo
d) Nascida nos Andes, a bacia dos rios Tocantins e Ara- da Europa e da América do Norte. O texto refere-se a:
guaia corta o território do estado do Tocantins. a) Ferrovia norte-sul
e) Embora economicamente muito forte, a região do cer- b) Estrada BR-010
rado cobre parcela reduzida do território tocantinense. c) Hidrovia Araguaia-Tocantins
20- (FECIPAR-TO) O estado do Tocantins tem grande d) Aeroporto Internacional de Araguaína que será ligado a
extensão latitudinal e a altitude de suas terras varia Palmas
muito, indo desde as baixas planícies fluviais até as e) Estradas estaduais que estão sendo pavimentadas
plataformas e cabeceiras elevadas com altitudes entre 25- (CBMGO/CADETE/FUNRIO/2016) Da divisão regio-
200 e 600m. Devido a essas características qual o clima nal nacional apresentada nesse mapa a seguir, até a
predominante do estado? década de 1990, a região Centro-Oeste passou por
a) Equatorial transformações do ponto de vista político, territorial e
b) Semi-árido econômico. Nesse período, o território da região Cen-
c) Sub-tropical tro-Oeste foi alterado com a
d) Tropical (A) divisão de Goiás, proporcionando a diminuição do ter-
e) Equatorial de altitude ritório atual da região Centro-Oeste.
21- (ETF-Palmas-TO) “O estado do Tocantins está lo- (B) construção de Brasília, que favoreceu o esvaziamento
calizado numa área de transição, apresenta caracterís- populacional do estado de Goiás.
ticas climáticas e físicas tanto da Amazônia Legal (C) divisão do Mato Grosso, elevando os índices de sub-
quanto na zona central do Brasil, com duas estações: desenvolvimento do Centro-Oeste.
seca e chuvosa”. Considerando o estado do Tocantins, (D) criação do estado de Tocantins, propiciando o aumento
marque a alternativa FALSA. da arrecadação tributária do Centro Oeste.
a) As temperaturas médias anuais na região variam entre (E) criação do Distrito Federal, prejudicando o desenvolvi-
23º. e 26º., sendo crescente no sentido do sul para o norte. mento urbano-industrial da região.
b) Os ventos da região da bacia do Araguaia são fracos,
sendo o regime eólico na região caracterizado por uma in-
cidência média de calmaria da ordem de 80% ao ano.
c) As precipitações pluviais crescem do sul para o norte
variando de 1500m a 1750mm/ano, do leste para o oeste
de 1000 a 1800mm/ano.
d) A bacia hidrográfica do estado do Tocantins está delimi-
tada principalmente pelo rio Araguaia a leste, e pelo rio To-
cantins a oeste. Esses rios correm no sentido sul-norte e
se encontram no extremo norte do estado, na região do
Bico do Papagaio.
369
Apostila TJ-TO

por pivôs centrais na região do Matopiba – Brasil. EM-


RAPA, 2014.
28- (COPESE/2016) A opção INCORRETA relacionada à
busca de sustentabilidade ambiental na expansão da
agricultura irrigada na região da Matopiba, é:
(A) Devem ser realizadas ações estimulando a melhoria da
qualidade da água.
(B) Devem ser estabelecidas medidas de conservação de
nascentes.
(C) Deve ser realizado o uso eficiente dos recursos hídri-
cos visando à melhoria da qualidade e quantidade de água
disponível.
(D)Devem ser ocupadas as Áreas de Preservação Perma-
nente.
(E)Devem ser minimizados os conflitos relacionados ao
uso da água das bacias hidrográficas nas áreas em que a
região está inserida.
Após cerca de 25 anos de espera, o trecho de 855 km da
ferrovia Norte-Sul, que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO),
a 55 km de Goiânia, foi inaugurado na manhã desta quinta-
feira (22 de maio). A presidente da República, Dilma Rous-
seff (PT), participou da cerimônia e chegou ao local em lo-
comotiva acompanhada por cerca de oito autoridades, en-
tre elas o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o
ministro dos transportes, César Borges, e o presidente da
Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável
pelas obras, José Lúcio Lima Machado.
Internet: . Acesso em 26/12/2014 (com adaptações).
29- (SPTC/2015/Funiversa) A respeito da ferrovia
Norte-Sul e do transporte ferroviário em Goiás, assi-
26- (PMTO-Consulplan/2013)São estados que fazem li- nale a alternativa correta.
mites com Tocantins, EXCETO: (A) Mais de dois terços da produção agrícola do estado são
(A) Pará. transportados por esse meio.
(B) Goiás. (B) Entre os objetivos da ferrovia Norte-Sul, está o de indu-
(C) Maranhão. zir a ocupação econômica do cerrado brasileiro, além de
(D) Minas Gerais. favorecer a multimodalidade de transportes no País.
27- (PMTO-2013/Consulplan) Sobre o estado do Tocan- (C) Em seu trecho goiano, a ferrovia Norte-Sul cortará im-
tins, marque V para as afirmativas Verdadeiras e F para portantes cidades das regiões do entorno do Distrito Fede-
as falsas. ral e do Sudeste do estado.
( ) Encontra-se totalmente incluído na Amazônia Legal, (D) Quando estiver completa, a Norte-Sul terá início no Ce-
cuja vegetação é predominante. ará e terminará no Rio Grande do Sul, exercendo impor-
( ) Está localizado na região Centro-Oeste, exatamente no tante papel na integração dos mercados regionais.
centro geográfico do país. (E) A Norte-Sul permitirá uma maior utilização de um meio
( ) Possui muitas áreas de preservação, unidades de con- de transporte que, apesar de mais flexível que o rodoviário,
servação e bacias hídricas. é menos econômico que ele.
( ) Seu ponto mais elevado é a Serra das Traíras, com alti- GABARITO: 11- c 21- d
tude máxima de 1.340 metros. GEOGRAFIA 12- d 22- c
A sequência está correta em:
01- d 13- d 23- c
(A) F, F, V, V 02- d 14- a 24- a
(B) F, V, V, F
03- b 15- d 25- a
(C) V, F, V, F
04- b 16- b 26- d
(D) V, V, F, F 05- c 17- d 27- a
A região da Matopiba é considerada de grande interesse
06- e 18- c 28- d
para expansão da fronteira agrícola, com o aumento da
07- d 19- b 29- b
agricultura irrigada. Apesar do benefício potencial da irriga-
08- c 20- d
ção para a produção agrícola do país, estratégias para pro-
09- b
mover o aumento da produção agrícola irrigada devem ser
10- c
consideradas, assim como a sustentabilidade social e am-
biental da área em questão.
LANDAU, E. C.; GUIMARAES, D. P.; SOUZA, D. L. de, Ca-
racterização ambiental das áreas com agricultura irrigada

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